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AVA 1 - Fórum UVA - Perícia e Arbitragem - 2023 - Nota 100

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Entrega da Avaliação - Fórum de Discussão 
[AVA 1] 
Olá Estudantes, 
Parece existir uma grande diferença, na perícia judicial contábil, entre o perito nomeado pelo 
juiz e o perito assistente, nominado também como assistente-técnico. Tem-se a ideia de 
hierarquização, em que o “assistente” assume o papel “secundário” de assistir, no sentido 
de ajudar, o perito “principal”. Muito longe disso. O perito assistente é assim chamado 
apenas por conta de não ter sido nomeado pelo juiz. Perícia, sabemos, é um meio de prova 
que concorre para elucidar um fato jurídico, neste sentido, na perícia judicial contábil, o 
perito do juiz responde aos quesitos formulados pelo próprio juiz e pelos peritos 
assistentes. 
A partir deste contexto, propomos a seguinte questão para debate: 
Na atividade de perícia contábil, que trabalhos são desenvolvidos pelo perito nomeado pelo 
juiz e pelo perito assistente? 
Cada participante do fórum apresenta evidências de uma tarefa desenvolvida por cada perito 
a partir da leitura dos textos indicados neste fórum e no seu material de estudos. O próximo 
apresenta mais dados para enriquecer as discussões. 
Indicação de leitura: 
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/35576/000785064.pdfLinks to an external 
site. 
 
Página 22 de: https://www.crpsp.org/uploads/impresso/88/y2SOWRsoiqe0NwGbpy2kSHf8G-
aKrs4M.pdfLinks to an external site. 
 
Resposta 
Boa noite a todos! 
Entende-se por perícia o ato de deter conhecimento profundo sobre algo onde, após 
minuciosa pesquisa e inspeção, seja possível apresentar provas materiais ou científicas 
para fundamentar a respeito de sua autenticidade, motivação e implicações. Na maioria 
das vezes de natureza jurídica (como em disputas entre partes e litígio) tal atividade tem 
como principal objetivo trazer clareza e entendimento sobre o assunto em questão, 
decifrando-o de uma forma que permita sua resolução permanente. Geralmente feita por 
profissionais qualificados ou especialistas, chamados de peritos, a perícia é uma função 
que abrange as diversas disciplinas de estudo (ex.: médica, criminal, tecnológica, etc.), 
sendo sua especialização feita de acordo com a área de formação inicial do profissional. A 
perícia contábil, portanto, se enquadra exatamente na definição acima porém trata 
somente de questões relacionadas à contabilidade, principalmente ao se tratar de seu 
objeto de estudo, o patrimônio. Sá (2019, p. 3) define a perícia contábil como sendo “[…] a 
verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado, visando oferecer opinião 
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/35576/000785064.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/35576/000785064.pdf
https://www.crpsp.org/uploads/impresso/88/y2SOWRsoiqe0NwGbpy2kSHf8G-aKrs4M.pdf
https://www.crpsp.org/uploads/impresso/88/y2SOWRsoiqe0NwGbpy2kSHf8G-aKrs4M.pdf
mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, 
investigações, avaliações, arbitramentos, em suma, todo e qualquer procedimento 
necessário à opinião”. 
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, as NBCs, criadas com o intuito de 
regulamentar e padronizar as atividades contábeis, apresentam as regras e os requisitos 
relacionados às atividades periciais através da NBC PP 01 (R1) – Norma Profissional do 
Perito Contábil, que discorrem sobre as competências necessárias para exercício do cargo 
de perito contábil, habilitação profissional, honorários, dentre outros, e da NBC TP 01 (R1) 
– Norma Técnica de Perícia Contábil, que apresenta os objetivos e a correta execução da 
atividade de perícia, os procedimentos que podem ser utilizados e as etapas de 
planejamento e cronograma de trabalho. O professional habilitado para exercer tal função, 
o perito contábil, deve ser contador com expertise na área que irá atuar. Este por sua vez 
pode assumir duas funções, ambas igualmente importantes, dentro de um processo 
judicial, ora atuando como o perito oficial, quando nomeado pelo juiz, ora atuando como 
assistente técnico, ou perito assistente, quando solicitado diretamente por uma das partes 
envolvidas no processo (requerente ou requerida). Como mencionado no enunciado do 
exercício, é presente na sociedade a ideia de que o perito assistente teria uma função de 
menor importância quando comparado com o trabalho exercido e a responsabilidade do 
perito nomeado, porém a realidade em nada se compara com essa percepção. 
Primeiramente ambos precisam ser devidamente qualificados com bacharel em ciências 
contábeis e registrados no órgão de classe (Conselho Federal de Contabilidade – CFC), 
precisam ter conhecimento aprofundado e preciso do tema em questão, além terem 
experiência comprovada em suas áreas. Dito isso, cabe ressaltar que existem diferenças 
no papel e dever de cada um destes profissionais quando da resolução dos conflitos 
judiciais. 
Por exemplo, o perito nomeado pelo juiz é seu auxiliar, solicitado pelo mesmo como o 
próprio nome já diz, que demanda sua presença quando é desprovido de conhecimento 
técnico-científico e específico sobre o assunto da discordância entre as partes. É 
responsável pela execução da perícia, analisando todos os dados e as informações que 
irão compor a provas e as evidências apresentadas para o juiz. Deverá chegar a 
conclusões técnicas a respeito do desacordo elaborando posteriormente, de forma 
totalmente imparcial e profissional, um documento oficial chamado de laudo pericial, que 
servirá de base para o magistrado em sua tomada de decisão. Neste documento terão 
descritos todas as etapas da investigação e dos estudos realizados, os métodos utilizados, 
os testes executados, os documentos que embasaram a pesquisa e finalmente sua opinião 
técnico-científica sobre o caso. Vale lembrar que ao ser nomeado, o perito oficial deve 
atender ao pedido feito pelo juiz, caso esteja impossibilitado deve justificar legitimamente, 
deve respeitar os prazos estipulados para seu comparecimento e entrega do laudo pericial, 
não deve ter ou manter qualquer tipo de envolvimento com nenhum dos participantes do 
processo, deve exercer o bom senso e a discrição. Deve também ser extremamente 
técnico, lógico, criterioso e leal, sendo seus honorários apresentados pelo próprio de 
acordo com critérios pessoas como tempo de experiência e qualificações e rateados entre 
as partes envolvidas. 
De outro lado temos o perito assistente ou assistente técnico que por sua vez, mesmo sua 
presença não sendo obrigatória, pode beneficiar e contribuir grandiosamente para a 
resolução da demanda em questão. Indicado diretamente por uma ou ambas as partes 
envolvidas individualmente, ou seja, cada um com o seu perito assistente de escolha, o 
AT, como também é chamado, tem o papel principal de elucidar os fatos e oferecer 
assistência técnica, criando novas provas para fundamentar o processo em pauta. Deve 
também motivar quesitos (perguntas, que também podem ser feitas pelo juiz) e 
indagações, contestando ou contradizendo os argumentos expostos no laudo pericial inicial 
elaborado pelo perito nomeado. Tais questionamentos são apresentados através de um 
documento chamado parecer técnico, que futuramente, fará parte da documentação final 
entregue para o magistrado para a etapa decisória e de conclusão da ação. Por fim, ele 
tem o objetivo principal de, diferentemente do perito oficial e dentro dos limites técnicos e 
legais, defender os interesses pessoais da parte que o contratou e pagou pelos seus 
serviços para que assim, esta tenha maiores chances de obter sucesso e alcance dos seus 
objetivos dentro da disputa. 
Sendo assim, apesar de apresentaram diferenças em suas atuações dentro de um 
processo judicial, ambos profissionais são essenciais para a elaboração das provas 
periciais que por sua vez irão subsidiar a decisão final do magistrado, 
sempre baseando seus comportamentos e atitudes nos princípios da justiça, da eticidade e 
da legalidade.Além disso, devem trabalhar de forma cooperativa, respeitosa, amigável 
durante todo o processo. Por fim, o juiz, baseando-se na documentação apresentada pelo 
perito nomeado, o laudo pericial, é o responsável por dar a sentença final e apresentar a 
resolução do caso, encerrando assim o processo judicial. 
 
REFERÊNCIAS 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade – 
NBC PP 01 (R1) - Dá nova redação à NBC PP 01, que dispõe sobre perito contábil, de 19 
de março de 2020. Disponível em: <https://cfc.org.br/wp-content/uploads/ 
2016/02/NBC_PP_01.pdf >. Acesso em 17 maio 2023. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade – 
NBC TP 01 (R1) - Dá nova redação à NBC TP 01, que dispõe sobre perícia contábil, de 19 
de março de 2020. Disponível em: <https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/ 
NBCTP01(R1).pdf >. Acesso em 17 maio 2023. 
Descubra o que faz o perito assistente e qual sua função na investigação. Perícias 
Online, [s.d]. Disponível em:< https://periciasonline.com.br/o-papel-do-perito-assistente-
tecnico/>. Acesso em 19 maio 2023. 
GUEDES, Eduardo Pinto. Perícia Contábil Judicial: O papel do perito contábil 
nomeado. TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) – Faculdade de Ciências Econômicas, 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, p. 24, 2011. 
Perícia e Arbitragem. Unidade I e II. Material da disciplina fornecido na plataforma virtual 
UVA. 
Perícia Contábil: o que faz e como seguir essa profissão. Blog Unyleya, [s.d.]. 
Disponível em:<https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/pericia-contabil-o-que-faz-e-
como-seguir-essa-profissao/>. Acesso em 20 maio 2023. 
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia Contábil. 11. ed. - São Paulo: Atlas, 2019. p. 3. 
 
	Entrega da Avaliação - Fórum de Discussão [AVA 1]

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