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TECNOLOGIA ASSISTIVA E SALA DE RECURSOS

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1 
 
 
TECNOLOGIA ASSISTIVA E SALA DE RECURSOS 
1 
 
 
 
Sumário 
 
Sumário .................................................................................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3 
Conceito e Objetivo Tecnologia Assistiva .............................................................. 4 
Tecnologia Assistiva – Conceito Brasileiro ............................................................ 5 
Categorias de Tecnologia Assistiva ........................................................................ 7 
Comunicação Aumentativa e Alternativa ................................................................ 8 
Projetos arquitetônicos para acessibilidade ........................................................ 10 
Órteses e próteses .................................................................................................. 10 
Adequação Postural ................................................................................................ 10 
Auxílios de mobilidade ........................................................................................... 11 
Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem conteúdos 
visuais em áudio ou informação tátil..................................................................... 11 
Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para traduzir os 
conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais .................................. 12 
Mobilidade em veículos .......................................................................................... 12 
Esporte e Lazer ........................................................................................................ 13 
O que é e o que não é Tecnologia Assistiva ......................................................... 13 
Interdisciplinaridade e a organização de serviços em TA. .................................. 16 
Terminologia aplicada em nosso país ................................................................... 18 
A Legislação Brasileira em TA e as Ações Governamentais .............................. 20 
Desenho Universal .................................................................................................. 26 
A Tecnologia Assistiva e o Jogo no Processo de Ensino Aprendizagem ......... 27 
2 
 
 
A Teoria Histórico-Cultural e a Educação Especial ............................................. 35 
Jogo Soletrando ...................................................................................................... 41 
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Conceito e Objetivo Tecnologia Assistiva 
 TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos 
e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de 
pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. 
(BERSCH & TONOLLI, 2006) 
 Num sentido amplo percebemos que a evolução tecnológica caminha na 
direção de tornar a vida mais fácil. Sem nos apercebermos utilizamos constantemente 
ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as 
atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, 
automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, 
que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são instrumentos que 
facilitam nosso desempenho em funções pretendidas”. Introduzirmos o conceito da 
TA com a seguinte citação: “Para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as 
coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas 
possíveis”. (RADABAUGH, 1993) 
 Cook e Hussey definem a TA citando o conceito do ADA - American with 
Disabilities Act, como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e 
práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados 
pelos indivíduos com deficiências”. (COOK & HUSSEY, 1995) 
 A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma 
habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que 
se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento. 
Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com 
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da 
5 
 
 
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de 
seu aprendizado e trabalho. . 
Tecnologia Assistiva – Conceito Brasileiro 
 Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da 
Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê 
de Ajudas Técnicas - CAT, que reuniu um grupo de especialistas brasileiros e 
representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho. 
 O CAT foi instituído como objetivos principais de: apresentar propostas de 
políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos 
referentes à área de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de 
conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente 
trabalham com o tema; detectar os centros regionais de referência, objetivando a 
formação de rede nacional integrada; estimular nas esferas federal, estadual, 
municipal, a criação de centros de referência; propor a criação de cursos na área de 
tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimento de outras ações com o objetivo de 
formar recursos humanos qualificados e propor a elaboração de estudos e pesquisas, 
relacionados com o tema da tecnologia assistiva. (BRASIL – SDHPR, 2012) 
 Para elaborar um conceito de tecnologia assistiva que pudesse subsidiar as 
políticas públicas brasileiras os membros do CAT fizeram uma profunda revisão no 
referencial teórico internacional, pesquisando os termos Ayudas Tecnicas, Ajudas 
Técnicas, Assistive Tecnology, Tecnologia Assistiva e Tecnologia de Apoio. Alguns 
dos conceitos pesquisados são citados e analisados no texto que segue. 
 De acordo com o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das 
Pessoas com Deficiência (SNRIPD) de Portugal afirma: “Entende-se por ajudas 
6 
 
 
técnicas qualquer produto, instrumento, estratégia, serviço e prática utilizada por 
pessoas com deficiência e pessoas idosas, especialmente, produzido ou geralmente 
disponível para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, 
incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade de vida dosindivíduos”. (PORTUGAL, 2007). 
 Nesta descrição percebemos a grande abrangência do tema, que extrapola a 
concepção de produto e agrega outras atribuições ao conceito de ajudas técnicas 
como: estratégias, serviços e práticas que favorecem o desenvolvimento de 
habilidades de pessoas com deficiência. 
 O conceito proposto no documento "Empowering Users Through Assistive 
Technology" - EUSTAT, elaborado por uma comissão de países da União Européia 
traz incorporado ao conceito da tecnologia assistiva as varias ações em favor da 
funcionalidade das pessoas com deficiência afirmando: “...em primeiro lugar, o termo 
tecnologia não indica apenas objetos físicos, como dispositivos ou equipamento, mas 
antes se refere mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou modos 
de agir, que encerram uma série de princípios e componentes técnicos”. (EUROPEAN 
COMMISSION - DGXIII, 1998) Já os documentos de legislação nos Estados Unidos 
apresentam a TA como recursos e serviços sendo que: “Recursos são todo e qualquer 
item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-
medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das 
pessoas com deficiência. Serviços são definidos como aqueles que auxiliam 
diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos 
acima definidos”. (ADA - American with Disabilities ACT 1994.) 
 A partir destes e outros referenciais o CAT - aprovou, em 14 de dezembro de 
2007, o conceito brasileiro de Tecnologia Assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área 
7 
 
 
do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a 
funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, 
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social". (BRASIL - SDHPR. – Comitê de Ajudas Técnicas 
– ATA VII). 
 
 
Categorias de Tecnologia Assistiva 
 Auxílios para a vida diária e vida prática Materiais e produtos que favorecem 
desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado 
de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, 
cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. São exemplos os 
talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para 
facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de 
apoio, etc. Também estão incluídos nesta categoria os equipamentos que promovem 
a independência das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas como: 
consultar o relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do corpo, identificar se 
as luzes estão acesas ou apagadas, cozinhar, identificar cores e peças do vestuário, 
verificar pressão arterial, identificar chamadas telefônicas, escrever etc. Alimentação 
(fixador do talher à mão, anteparo de alimentos no prato, fatiados de pão) Vestuário 
(abotoador, argola para zíper e cadarço mola) Materiais escolares (aranha mola para 
fixação da caneta, pulseira de imã estabilizadora da mão, plano inclinado, 
engrossadores de lápis, virador de página por acionadores) 
8 
 
 
Comunicação Aumentativa e Alternativa 
 Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem 
entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar, escrever e/ou 
compreender. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com 
simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados 
pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, 
entendimentos. 
 A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o 
computador com softwares específicos e pranchas dinâmicas em computadores tipo 
tablets, garantem grande eficiência à função comunicativa. Prancha de comunicação 
impressa; vocalizadores de mensagens gravadas; prancha de comunicação gerada 
com o software Boardmaker SDP no equipamento EyeMax (símbolos são 
selecionados pelo movimento ocular e a mensagem é ativada pelo piscar) e pranchas 
dinâmicas de comunicação no tablet. 
Recursos de acessibilidade ao computador 
 Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o 
computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), 
intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, teclados e acionadores 
diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, informações táteis). 
 São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os teclados 
virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, software de 
reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam movimento de 
cabeça, movimento de olhos, ondas cerebrais (pensamento), órteses e ponteiras para 
digitação, entre outros. 
9 
 
 
 Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela, software 
para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), os softwares leitores 
de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, impressão em relevo, entre 
outros. 
 Teclado expandido e programável IntelliKeys, diferentes modelos de mouse e 
sistema EyeMax para controle do computador com movimento ocular, Linha 
Braille. 
 Sistemas de controle de ambiente Através de um controle remoto as pessoas 
com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletro-
eletrônicos como a luz, o som, televisores, ventiladores, executar a abertura e 
fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas telefônicas, acionar 
sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, 
casa e arredores. O controle remoto pode ser acionado de forma direta ou 
indireta e neste caso, um sistema de varredura é disparado e a seleção do 
aparelho, bem como a determinação de que seja ativado, se dará por 
acionadores (localizados em qualquer parte do corpo) que podem ser de 
pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz etc. As 
casas inteligentes podem também se auto ajustar às informações do ambiente 
como temperatura, luz, hora do dia, presença de ou ausência de objetos e 
movimentos, entre outros. Estas informações ativam uma programação de 
funções como apagar ou acender luzes, desligar fogo ou torneira, trancar ou 
abrir portas. No campo da Tecnologia Assistiva a automação residencial visa a 
promoção de maior independência no lar e também a proteção, a educação e 
o cuidado de pessoas idosas, dos que sofrem de demência ou que possuem 
10 
 
 
deficiência intelectual. Representação esquemática de controle de ambiente a 
partir do controle remoto. 
Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
 Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e 
mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. 
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de 
rampas, elevadores, adequações em banheiros, mobiliário entre outras, que retiram 
ou reduzem as barreiras físicas. Projeto de acessibilidade no banheiro, cozinha, 
elevador e rampa externa. 
Órteses e próteses 
 Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. 
Órteses são colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um melhor 
posicionamento, estabilização e/ou função. São normalmente confeccionadas sob 
medida e servem no auxílio de mobilidade, de funções manuais (escrita, digitação, 
utilização de talheres, manejo de objetos para higiene pessoal), correção postural, 
entre outros. Próteses de membros superiores e órtese de membro inferior. 
Adequação Postural 
 Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um 
bom desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quandose está 
inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto. Um projeto de 
adequação postural diz respeito à seleção de recursos que garantam posturas 
alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso corporal. 
11 
 
 
 Indivíduos que utilizam cadeiras de rodas serão os grandes beneficiados da 
prescrição de sistemas especiais de assentos e encostos que levem em consideração 
suas medidas, peso e flexibilidade ou alterações músculo-esqueléticas existentes. 
Recursos que auxiliam e estabilizam a postura deitada e de pé também estão incluídos, 
portanto, as almofadas no leito ou os estabilizadores ortostáticos, entre outros, fazem 
parte deste grupo de recursos da TA. 
 Quando utilizados precocemente os recursos de adequação postural auxiliam 
na prevenção de deformidades corporais. Desenho representativo da adequação 
postural, módulo postural em cadeira de rodas e várias crianças bem sentadas 
obtendo melhores condições para desempenhar atividades com as mãos. 
 
Auxílios de mobilidade 
 A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, carrinhos, 
cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, 
equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. Cadeiras de 
rodas motorizadas; equipamento para cadeiras de rodas subirem e desceram escadas. 
Carrinho de transporte infantil, cadeira de rodas de auto-propulsão, andador transfer. 
Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem conteúdos 
visuais em áudio ou informação tátil 
 São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas eletrônicas; os 
softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e relevos, mapas e 
gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação de texto informativo, etc. 
Lupas manuais, lupa eletrônica, aplicativos para celulares com retorno de voz, leitor 
autônomo mapa tátil em relevo, representação tátil de uma obra de arte em museu. 
12 
 
 
 
 
Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para traduzir os 
conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais 
 Auxílios que incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para 
surdez, sistemas com alerta táctil-visual, celular com mensagens escritas e chamadas 
por vibração, software que favorece a comunicação ao telefone celular transformando 
em voz o texto digitado no celular e em texto a mensagem falada. Livros, textos e 
dicionários digitais em língua de sinais. Sistema de legendas (close-caption/subtitles). 
Avatares LIBRAS Aparelho auditivo; celular com mensagens escritas e chamadas por 
vibração, aplicativo que traduz em LIBRAS mensagens de texto, voz e texto 
fotografado. 
 
 
Mobilidade em veículos 
 Acessórios que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um 
automóvel, facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para cadeiras 
de rodas (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), rampas para 
cadeiras de rodas, serviços de autoescola para pessoas com deficiência. Adequações 
no automóvel para dirigir somente com as mãos e elevador para cadeiras de rodas. 
 
 
13 
 
 
 
Esporte e Lazer 
 Recursos que favorecem a prática de esporte e participação em atividades de 
lazer: Cadeira de rodas/basquete, bola sonora, auxílio para segurar cartas e prótese 
para escalada no gelo. 
 
 
O que é e o que não é Tecnologia Assistiva 
 A TA deve ser entendida como o “recurso do usuário” e não como “recurso do 
profissional”. Isto se justifica pelo fato de que ela serve à pessoa com deficiência que 
necessita desempenhar funções do cotidiano de forma independente. Por exemplo: a 
bengala é da pessoa cega ou daquela que precisa de um apoio para a locomoção; a 
cadeira de rodas é de quem possui uma deficiência física e com este recurso chega 
aos lugares que necessita; a lente servirá a quem precisa melhorar sua eficiência 
visual. O software leitor, fala o conteúdo de textos digitalizados à pessoa com 
deficiência visual ou a quem não consegue ler em função da dislexia ou deficiência 
intelectual. 
 Todos estes recursos promovem maior eficiência e autonomia nas várias 
atividades de interesse de seus usuários. Por princípio, o recurso de TA acompanha 
naturalmente o usuário que o utilizará em diferentes espaços na sua vida cotidiana. 
Devemos diferenciar a TA de outras tecnologias como as aplicadas na área médica e 
de reabilitação. No campo da saúde a tecnologia visa facilitar e qualificar a atividade 
dos profissionais em procedimentos de avaliação e intervenção terapêutica. São 
14 
 
 
equipamentos utilizados no diagnóstico de saúde, no tratamento de doenças ou na 
atividade específica de reabilitação, como melhorar a força muscular de um indivíduo, 
sua amplitude de movimentos ou equilíbrio. 
 Estes equipamentos não são tecnologia assistiva e sim tecnologia médica ou 
de reabilitação. A tecnologia educacional também é facilmente confundida com a 
Tecnologia Assistiva. Um aluno com deficiência física nos membros inferiores e que 
faz uso de cadeira de rodas, utilizará o computador com o mesmo objetivo que seus 
colegas: pesquisar na web, construir textos, tabular informações, organizar suas 
apresentações etc. 
 O computador é para este aluno, como para seus colegas, uma ferramenta 
tecnológica aplicada no contexto educacional e, neste caso, não se trata de 
Tecnologia Assistiva. Qualquer aluno, tendo ou não deficiência ao utilizar um software 
educacional está se beneficiando da tecnologia para o aprendizado. Na escola o 
professor propõe novas ferramentas tecnológicas com objetivo de diversificar e 
qualificar o acesso ativo dos alunos às informações e também proporcionar a eles 
múltiplas formas de organizarem, expressarem e apresentarem os conhecimentos 
construídos. Quando então a tecnologia pode ser considerada Assistiva no contexto 
educacional? 
 Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por objetivo romper 
barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que limitam/impedem seu acesso às 
informações ou limitam/impedem o registro e expressão sobre os conhecimentos 
adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em 
projetos pedagógicos; quando possibilitam a manipulação de objetos de estudos; 
quando percebemos que sem este recurso tecnológico a participação ativa do aluno 
no desafio de aprendizagem seria restrito ou inexistente. São exemplos de TA no 
15 
 
 
contexto educacional os mouses diferenciados, teclados virtuais com varreduras e 
acionadores, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos ampliados, 
textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobilidade 
pessoal etc. 
 No campo educacional, por vezes, pode haver uma distinção sutil entre TA e 
tecnologia educacional e para tirar dúvidas a respeito disso sugiro que se façam três 
perguntas: 
• O recurso está sendo utilizado por um aluno que enfrenta alguma barreira em função 
de sua deficiência (sensorial, motora ou intelectual) e este recurso/estratégia o auxilia 
na superação desta barreira? 
• O recurso está apoiando o aluno na realização de uma tarefa e proporcionando a ele 
a participação autônoma no desafio educacional, visando sempre chegar ao objetivo 
educacional proposto? 
• Sem este recurso o aluno estaria em desvantagem ou excluído de participação? 
Tendo respostas afirmativas para as três questões, eu ouso chamar a ferramenta 
utilizada pelo aluno de Tecnologia Assistiva, mesmo quando ela também se refere à 
tecnologia educacional comum. Podemos afirmar então que a tecnologia educacional 
comum nem sempre será assistiva, mas também poderá exercer a função assistiva 
quando favorecer de forma significativa a participação do aluno com deficiência no 
desempenho de uma tarefa escolar proposta a ele. Dizemos que é tecnologia assistiva 
quandopercebemos que retirando o apoio dado pelo recurso, o aluno fica dificuldades 
de realizar a tarefa e está excluído da participação. 
 
16 
 
 
Interdisciplinaridade e a organização de serviços em TA. 
 O serviço de Tecnologia Assistiva atuará realizando a avaliação; a seleção do 
recurso mais apropriado a cada caso; o ensino do usuário sobre a utilização de seu 
recurso; o acompanhamento durante a implementação da TA no contexto de vida real; 
as reavaliações e ajustes no processo. Também é atribuição do prestador de serviço 
conhecer e orientar o usuário quanto ao acesso público e particular aos recursos de 
TA. 
 O serviço de TA agregará profissionais de distintas formações como os 
educadores, engenheiros, arquitetos, designers, terapeutas ocupacionais, 
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos, assistentes sociais, psicólogos, entre outros. 
 A equipe de profissionais envolvidos e a coordenação do serviço de TA poderá 
variar, a depender da característica deste serviço, da modalidade de TA que se propõe 
a orientar e colocar em prática e do local onde está inserido, como por exemplo, uma 
sala de recursos multifuncionais dentro de uma escola, um centro de reabilitação, uma 
Universidade com serviço especializado e pesquisa na área da comunicação 
alternativa, uma serviço de arquitetura especializado em acessibilidade ambiental, um 
centro formador de paraatletas, um serviço de reabilitação profissional, etc. 
 Todo o trabalho desenvolvido em um serviço de TA deverá envolver 
diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto de vida, a 
valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como a 
identificação de suas habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá com a 
avaliação do potencial físico, sensorial e cognitivo do usuário; com o conhecimento a 
respeito dos recursos de TA disponíveis no mercado ou que deverão ser projetados 
para uma necessidade particular. 
17 
 
 
 Uma característica importante do serviço de TA é que ele deve voltar-se à 
formação do usuário para que este possa se tornar um consumidor informado e 
competente, ou seja, que o usuário e seus familiares adquiram a habilidade de: 
• DEFINIR O PROBLEMA: Explicitar claramente a dificuldade que pretendem superar; 
• PARTICIPAR ATIVAMENTE DE TODO O PROCESSO DE SELEÇÃO: Ser ativo no 
processo de experimentação de várias alternativas tecnológicas, retroalimentando a 
equipe de profissionais com suas considerações, em cada item de TA experimentado. 
 O usuário e familiares conhecem profundamente o problema e a organização 
do ambiente onde a tecnologia será implementada. Estas informações serão 
fundamentais para que a equipe defina de forma exitosa a melhor solução em TA 
 • DEFINIR A SOLUÇÃO: Durante o percurso de consultoria o usuário deverá adquirir 
os conhecimentos necessários para definir, junto com a equipe, no ponto final deste 
processo, a escolha da melhor tecnologia que atenderá seu problema específico. 
 Os usuários e familiares, ao participarem ativamente do processo de seleção 
da Tecnologia Assistiva, tomarão consciência das possibilidades e das limitações das 
tecnologias exploradas no processo avaliativo e isto os ajudará a tomar a decisão de 
qual recurso atende melhor à necessidade perseguida. 
 Compreenderão também que mudanças de rotina e novos empenhos diários 
aparecerão para todos os envolvidos e que os objetivos de maior autonomia para o 
usuário serão alcançados se efetivamente todos se envolverem no aprendizado e na 
utilização da TA durante o período de implementação. 
 A participação do usuário é considerada como ponto fundamental para que se 
evite o abandono ou a subutilização posterior do investimento em TA. Um dos papéis 
18 
 
 
do serviço de TA é a Educação do usuário à autonomia. Ao descrever um serviço de 
TA podemos afirmar que os profissionais e os usuários formam uma única equipe. 
Nela, os profissionais serão os consultores e os formadores e os usuários assumem 
um papel ativo desde a definição do problema até a escolha da solução. . 
 
Terminologia aplicada em nosso país 
 Ao pesquisar o tema da Tecnologia Assistiva deveremos direcionar a busca a 
partir dos termos: tecnologia assistiva, ajudas técnicas, tecnologia de apoio. Na 
legislação brasileira, o que aprofundaremos a seguir, ainda é aplicado o termo “ajudas 
técnicas”, quando trata dar garantias ao cidadão brasileiro com deficiência de acesso 
a recursos destinados a melhorar suas habilidades funcionais. 
 Em agosto de 2007, o CAT/ SEDH / PR aprovou o termo Tecnologia Assistiva 
como sendo o mais adequado e passa a utilizá-lo em toda a documentação legal ele 
produzida. Desta forma, estimula que o termo tecnologia assistiva seja aplicado nas 
formações de recursos humanos, nas pesquisas e referenciais teóricos brasileiros. 
 O comitê sugere também que se façam os possíveis encaminhamentos para 
revisão da nomenclatura em instrumentos legais. A aprovação no CAT para a 
oficialização do termo tecnologia assistiva leva em conta a ausência de consenso 
sobre haver diferença conceitual entre os termos pesquisados no referencial teórico 
internacional. 
 Os conceitos aplicados a cada um destes termos ora se assemelham, ora 
mostram algumas diferenças, principalmente na abrangência, pois podem referir-se 
especificamente a um artefato ou podem ainda incluir serviços, práticas e 
19 
 
 
metodologias aplicadas ao alcance da ampliação da funcionalidade de pessoas com 
deficiência. 
 O CAT considera também que há uma tendência nacional já firmada da 
utilização do termo Tecnologia Assistiva no meio acadêmico, nas organizações de 
pessoas com deficiência, em setores governamentais (MEC, MCT, CNPq) e no 
mercado de produtos. Justifica ainda que tecnologia assistiva por ser um termo criado 
para representar um conceito específico nos remete diretamente à compreensão 
deste conceito e se solidifica. 
 O CAT propõe ainda que as expressões "tecnologia assistiva" e "ajudas 
técnicas", neste momento, continuem sendo entendidas como sinônimos, pois em 
nossa legislação oficial ainda consta o termo “ajudas técnicas”. Outro ponto importante 
na definição terminológica é que na documentação produzida pelo CAT está indicado 
que a expressão Tecnologia Assistiva seja utilizada sempre no singular, por referir-se 
a uma área de conhecimento e não a uma coleção específicas de produtos. 
 Utilizar corretamente o termo no singular ajuda à compreensão da abrangência 
deste conceito. Sendo assim, é incorreto dizer “as tecnologias assistivas”. Para nos 
referirmos a um conjunto de equipamentos deveremos dizer: Recursos de TA. Para 
especificar serviços e procedimentos utilizamos: os serviços de TA, os procedimentos 
em TA. 
 
 
 
 
20 
 
 
A Legislação Brasileira em TA e as Ações Governamentais 
 Apesar de a legislação brasileira apontar para o direito do cidadão com 
deficiência da concessão dos recursos de tecnologia assistiva dos quais necessita, 
estamos no início de um trabalho para o reconhecimento e estruturação desta área 
de conhecimento em nosso país. Inicial também é o estágio de incentivos à pesquisa 
e à produção nacional de recursos de TA, que venham a atender a grande demanda 
reprimida existente, no entanto, passos importantes estão acontecendo nestes últimos 
anos. No que se refere à legislação nacional podemos mencionar a promulgação do 
Decreto 3.298 de 1999, que no artigo 19, fala do direito do cidadão brasileiro com 
deficiência às Ajudas Técnicas. 
 Nele consta que: “Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste 
Decreto, os elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais 
motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de 
permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua 
plena inclusão social. Parágrafo único. São ajudas técnicas:I - próteses auditivas, visuais e físicas; 
 II - órteses que favoreçam a adequação funcional; 
 III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa 
portadora de deficiência; 
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados 
ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência; 
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a 
autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência; 
21 
 
 
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização 
para pessoa portadora de deficiência; 
VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e 
recreação da pessoa portadora de deficiência; 
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e 
a autonomia pessoal; e 
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia." (LIMA.2007). 
 Também o decreto 5.296 de 2004 que dá prioridade de atendimento e 
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possui um capítulo específico 
sobre as ajudas técnicas onde descreve várias intenções governamentais na área da 
tecnologia assistiva, além de referir a constituição do CAT/SEDH. Neste decreto 
encontramos que: “Consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos, 
equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a 
funcionalidade de pessoas portadoras de deficiência, com habilidade reduzida 
favorecendo autonomia pessoal, total ou assistida", (LIMA, 2007). O Brasil ratificou a 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência da ONU e a incorporou ao 
seu ordenamento jurídico conferindo-lhe equivalência constitucional. (BRASIL, 
SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - 
SNPD. 2012) Os Estados parte desta Convenção comprometem-se a assegurar os 
direitos nela impressos e aqui destacamos todos os artigos referentes ao tema da 
Tecnologia Assistiva: 
“Artigo 4. Das obrigações gerais: Realizar ou promover a pesquisa e o 
desenvolvimento, bem como a disponibilidade e o emprego de novas tecnologias, 
22 
 
 
inclusive as tecnologias da informação e comunicação, ajudas técnicas para 
locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, adequados a pessoas com 
deficiência, dando prioridade a tecnologias de custo acessível; Propiciar informação 
acessível para as pessoas com deficiência a respeito de ajudas técnicas para 
locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, incluindo novas tecnologias bem 
como outras formas de assistência, serviços de apoio e instalações; 
Artigo 20: Mobilidade pessoal Facilitando às pessoas com deficiência o acesso a 
tecnologias assistivas, dispositivos e ajudas técnicas de qualidade, e formas de 
assistência humana ou animal e de mediadores, inclusive tornando-os disponíveis a 
custo acessível; Incentivando entidades que produzem ajudas técnicas de mobilidade, 
dispositivos e tecnologias assistivas a levarem em conta todos os aspectos relativos 
à mobilidade de pessoas com deficiência. 
Artigo 26: Habilitação e reabilitação Os Estados Partes promoverão a disponibilidade, 
o conhecimento e o uso de dispositivos e tecnologias assistivas, projetados para 
pessoas com deficiência e relacionados com a habilitação e a reabilitação. 
Artigo 29: Participação na vida política e pública. Proteção do direito das pessoas com 
deficiência ao voto secreto em eleições e plebiscitos, sem intimidação, e a candidatar-
se nas eleições, efetivamente ocupar cargos eletivos e desempenhar quaisquer 
funções públicas em todos os níveis de governo, usando novas tecnologias assistivas, 
quando apropriado; 
Artigo 32: Cooperação Internacional Propiciar, de maneira apropriada, assistência 
técnica e financeira, inclusive mediante facilitação do acesso a tecnologias assistivas 
e acessíveis e seu compartilhamento, bem como por meio de transferência de 
tecnologias.” (Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - UNU, 2007) 
23 
 
 
Mais recentemente temos a Lei Brasileira de Inclusão, LEI Nº 13.146, de 6 de julho de 
2015, que no seu Art. 74 diz: "É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, 
recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços de tecnologia assistiva 
que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida." A legislação 
brasileira estabelece o direito à tecnologia assistiva e preconiza uma ação propositiva 
da parte do governo, para atender esta demanda, no entanto, o cidadão brasileiro com 
deficiência carece primeiramente da informação sobre a existência desta legislação e 
da implicação disto sobre o que lhe é de direito. Não há ainda uma orientação pública 
acessível (texto orientador ou site institucional) que concentre as informações 
necessárias sobre Tecnologia Assistiva e aponte aos usuários finais, de forma clara e 
fácil, os caminhos para o acesso a estes bens e serviços públicos. 
 As informações existentes estão pulverizadas e ficam, muitas vezes, restritas 
aos diferentes agentes de governo e que atuam nas áreas saúde, educação, 
assistência social, direitos humanos, trabalho, fazenda etc. Cientes que nossa 
legislação "garante o acesso" à Tecnologia Assistiva cabe agora fiscalizarmos e 
pressionarmos o governo e autoridades constituídas, no sentido de dar continuidade 
as ações e políticas públicas já iniciadas dentro desta temática. De 2007 a 2010 
tivemos importantes ações decorrentes da Agenda Social da Presidência da 
República e mais recentemente, 2011 para cá, do Programa Viver sem Limites, 
também da Presidência. 
 Recursos financeiros públicos estão sendo aplicados em políticas sociais que 
integram ações de vários Ministérios e são voltadas às pessoas com deficiência. Entre 
elas, está o incremento da pesquisa, desenvolvimento e inovação da TA (Ministério 
da Ciência Tecnologia e Inovação) e a organização de redes de serviços e concessão 
de Tecnologia Assistiva (Ministério da Saúde). 
24 
 
 
 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (Ministério 
da Educação) efetivou os Programas Salas de Recursos Multifuncionais e o Programa 
Escola Acessível. Uma ação conjunta entre Secretaria Nacional de Direitos Humanos, 
Ministério da Fazenda e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria 
com o Banco do Brasil, promoveu a criação de um crédito especial subsidiado para 
compra direta de 250 itens de produtos de TA. 
 O usuário possui acesso a crédito facilitado, o "BB Crédito Acessibilidade" que 
conta com taxa de juros de 0,57% ao mês para quem recebe até cinco salários 
mínimos, ou 0,64% para quem recebe de seis a dez salários mínimos mensais. Para 
compra do bem ou serviço o financiamento pode ser de até 100% do valor, com limite 
máximo de até R$ 30 mil por pessoa e prestações debitadas diretamente na conta 
corrente. O prazo para quitação é de quatro a 60 meses e a primeira prestação pode 
ser paga em até 59 dias. Outra ação que teve por objetivo facilitar o acesso a 
Tecnologia Assistiva e a diminuição do custo final dos produtos, foi feita pelo Ministério 
da Fazenda ao aprovar a de impostos de importação de alguns itens de TA não 
fabricados no Brasil. Segundo resultados divulgados pelo IBGE, do Censo 2010, o 
País possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% 
da população. 
 No campo da Tecnologia Assistiva estes números revelam a grande demanda 
existente no sentido de se incrementar ações de desenvolvimento e concessão destes 
recursos que são fundamentais à promoção da inclusão das pessoas com deficiência, 
tanto no campo da educação, inserção no trabalho como na vida em sociedade. 
Apesar de visualizarmos ações importantes podemos afirmar que estamos dando os 
primeiros passos e o que conseguimos fazer no momentoatual ainda é insuficiente. 
25 
 
 
 Como ter acesso a financiamento para compra de TA no âmbito das escolas 
públicas? As redes públicas de educação possuem financiamento para compra de 
recursos de TA por meio dos programas Salas de Recursos Multifuncionais, Escola 
Acessível, do Plano de Ações Articuladas - PAR e do Fundeb duplo. O Ministério da 
Educação introduziu o Serviço de Tecnologia Assistiva nas escolas públicas por meio 
do Programa “Salas de Recursos Multifuncionais” (SRMF). 
 As SRMF são espaços onde o professor especializado realiza o “Atendimento 
Educacional Especializado” (AEE) para alunos com deficiência, no contraturno escolar. 
É atribuição do professor do AEE reconhecer as necessidades de recursos 
pedagógicos e de recursos de Tecnologia Assistiva que serão necessários à 
participação de seu aluno nos desafios de aprendizagem que acontecem no dia a dia 
da escola comum. Identificando o recurso de TA apropriado o professor encaminhará 
a sua aquisição e trabalhará junto com seu aluno capacitando-o no uso da tecnologia. 
Juntos, levarão esta ferramenta para a escola, visando a superação das barreiras à 
plena participação do aluno nos vários projetos, experimentos, acesso às informações, 
produções/registros pessoais, comunicação e avaliações. 
 O programa Escola Acessível disponibiliza verba diretamente na escola na 
promoção da acessibilidade arquitetônica e compra de recursos de TA. No PAR – 
Plano de Ações Articuladas, as secretarias de educação municipais e estaduais 
poderão demandar verbas para adequação do espaço físico de suas escolas, 
tornando-as acessíveis, poderão ainda solicitar salas de recursos multifuncionais e 
verbas específicas para compra de recursos de TA destinados à complementação dos 
equipamentos já existentes nas salas de AEE ou que deverão servir diretamente aos 
alunos atendidos por este serviço. Ainda no PAR o gestor poderá demandar verbas 
26 
 
 
para a organização de eventos de formação dos profissionais da educação e estes, 
poderão contemplar o Tema da Tecnologia Assistiva no contexto educacional. 
 As prefeituras e estados recebem do governo federal o valor referente ao Fundo 
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb). No caso dos alunos com deficiência o repasse 
deste valor é acrescido de 1.2 nas matrículas daqueles que frequentam classes 
comuns do ensino regular e o atendimento educacional especializado. Este valor 
adicional poderá ser utilizado para a compra de recursos de tecnologia assistiva e 
também em outras ações destinadas a qualificar a educação inclusiva e a ação da 
educação especial nesta perspectiva, sendo um exemplo o investimento na formação 
dos gestores, dos profissionais do AEE e da escola comum. 
 
Desenho Universal 
 O Decreto N° 5.296 de 2004 apresenta o conceito do “Desenho Universal” 
considerado neste documento legal como: “concepção de espaços, artefatos e 
produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes 
características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, 
constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade”. (LIMA, 
2007). 
 Acreditamos que este importante conceito do desenho universal, que 
contempla a realidade da diversidade humana, deva estar cada vez mais presente na 
formação das nossas engenharias de edificações e de produtos. Desta forma, não 
precisaríamos investir em reformas e adaptações para atender a um grupo específico 
de pessoas, mas novos ambientes e produtos serão originalmente criados buscando 
27 
 
 
atender a todos, independente de sua idade, tamanho, condição física, intelectual ou 
sensorial. 
 Precisamos também ultrapassar o entendimento de que o Desenho Universal 
se destina exclusivamente à concepção e desenvolvimento de espaços e artefatos. 
Ele se aplica devidamente à ação educacional, quando esta é preparada e exercida 
levando-se em conta a diversidade existente na escola e o seu valor, na qualificação 
da educação para todos. Segundo Rose e Meyer, “O Desenho Universal para 
Aprendizagem (Universal Design for Learning - UDL), é um conjunto de princípios 
baseados na pesquisa e constitui um modelo prático para maximizar as oportunidades 
de aprendizagem para todos os estudantes. 
 Os princípios do Desenho Universal se baseiam na pesquisa do cérebro e mídia 
para ajudar educadores a atingir todos os estudantes a partir da adoção de objetivos 
de aprendizagem adequados, escolhendo e desenvolvendo materiais e métodos 
eficientes, e desenvolvendo modos justos e acurados para avaliar o progresso dos 
estudantes”. (ROSE e MEYER, 2002). 
A Tecnologia Assistiva e o Jogo no Processo de Ensino Aprendizagem 
 O termo Tecnologia Assistiva, conforme Bersch (2008), começou a ser 
estudado e discutido a partir de 1988, nos Estados Unidos, com o intuito de 
regulamentar os direitos das pessoas com deficiência, estabelecendo recursos e 
serviços que viessem a favorecer a independência e a autonomia destes indivíduos, 
bem como, sinalizar novas possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem 
e o desenvolvimento destes sujeitos. 
 Na visão da autora acima citada, a tecnologia está presente no nosso cotidiano, 
proporcionando-nos novas possibilidades, seja dentro ou fora do ambiente escolar. 
28 
 
 
Nesse contexto, a Tecnologia Assistiva, ao longo dos últimos anos, tem sido revisada 
e vem ganhando destaque, devido à sua abrangência e importância para o 
atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais. 
 Para as autoras Sartoretto e Bersch (2010), a expressão Tecnologia Assistiva 
deve ser utilizada para identificar todo arsenal de recursos e serviços que contribuem 
para proporcionar, ou ampliar, as habilidades das pessoas com deficiência, 
oportunizando a estas, consequentemente, melhor qualidade de vida, independência 
e inclusão. 
 No Brasil, encontramos diferentes denominações para este recurso/serviço, 
tais como: Tecnologias de apoio e Ajudas técnicas. O Comitê de Ajudas Técnicas da 
Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência 
(CORDE) ressalta que, quando nos referimos às Tecnologias Assistivas, estas não se 
limitam somente aos recursos utilizados em sala de aula, mas, estende-se a todos os 
ambientes da escola, capazes de propiciar o acesso e a participação efetiva de todos 
os alunos (CAT, 2007). 
 Ao discorrer sobre o tema, Bersch (2007, p.31) aponta que: Fazer TA na escola 
é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou 
precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar 
o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação, a partir de suas 
habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para comunicação, escrita, 
mobilidade, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais escolares e 
pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador, etc. É envolver 
o aluno ativamente, desafiando-se a experimentar e conhecer, permitindo que 
construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar do aluno o papel 
de expectador e atribuir-lhe a função de ator. 
29 
 
 
 Segundo Galvão Filho (2013), a sistematização e construção do conceito de 
Tecnologia Assistiva, no decorrer desse processo, vem apresentando diversas 
concepções, possibilitando novas reflexões e perspectivas. Dessa forma, o autor 
afirma que “[...] as funções cognitivas, mesmo quando comprometidas por uma 
deficiência devem ser relacionadas às estratégias pedagógicas e à tecnologia 
educacional para o acesso aos conhecimentos e ao aprendizado, e não à Tecnologia 
Assistiva” (GALVÃO FILHO, 2013, p.40). 
 Atendendo a essa perspectiva, o projeto PDE, que foi proposto e implementado, 
enfatiza a importância da utilização de Tecnologia Assistiva e de jogos, visandosatisfazer a algumas questões básicas, no que se refere à forma de atendimento dos 
alunos com Necessidades Educacionais Especiais, considerando que a apropriação 
do conhecimento cientifico ocorre a partir da ação do sujeito sobre o meio, levando-
se em conta as suas especificidades e potencialidades. 
 A respeito desta concepção, é relevante mencionar Vygotsky (1989, p.84), 
afirmando que: Em se tratando do atendimento a crianças com necessidades 
educacionais especiais e da importância da aprendizagem para o desenvolvimento 
dessas crianças, faz-se necessário uma prática docente que evidencie a importância 
da educação da criança com deficiência junto às demais crianças, destacando a 
relevância da ação educativa e interação social para o seu desenvolvimento. 
 Conforme postula a teoria Histórico-cultural, os instrumentos de mediação têm 
a função de orientar o comportamento do indivíduo, rumo à internalização das funções 
psicológicas. Sendo assim, é possível indicar que a Tecnologia Assistiva, o jogo e os 
demais signos utilizados no cotidiano da Sala de Recursos podem ser compreendidos 
como instrumentos mediadores da aprendizagem. Em se tratando da Tecnologia 
Assistiva, é viável considerar que ela oferece diversas possibilidades de recursos, 
30 
 
 
conforme as especificidades apresentadas por cada aluno, cabendo ao professor 
buscar os mais adequados, adaptando-os em sua prática. 
 Conforme Tonolli e Bersch (1998 apud Bersch, 2013, p.05-10) os recursos de 
Tecnologia Assistiva podem ser organizados de acordo com os objetivos funcionais a 
que se destinam. Dessa forma, apresentaremos um resumo, baseado nos estudos 
das autoras, que classificam os referidos recursos em dez categorias, de acordo com 
as suas finalidades: 
- Auxílios para a vida diária e vida prática 
- Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em 
tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de 
auxílio [...]; 
- CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa 
- Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre 
sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. [...]; 
- Recursos de acessibilidade ao computador 
- Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador 
acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e 
motoras. [...]; 
- Sistemas de controle de ambiente: Através de um controle remoto as pessoas com 
limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos [...]; 
- Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
31 
 
 
- Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e 
mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. [...]; 
- Órteses e próteses 
- Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. Órteses são 
colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento, 
estabilização e/ou função. [...]; 
- Adequação postural 
- [...] Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que 
garantam posturas alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso 
corporal. [...]; 
- Auxílios de mobilidade 
- [...] equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal; 
- Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a informação 
a pessoas com baixa visão ou cegas [...]; 
- Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo [...]. 
 Na área educacional, a utilização de Tecnologias Assistivas vem sendo 
discutida e estudada amplamente, sendo que as pesquisas sinalizam para a abertura 
de novas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem, e no 
desenvolvimento de alunos com deficiência; mesmo quando é considerada a 
complexidade do processo de apropriação deste serviço/recurso e a influência direta 
que este tem sobre a evolução do aluno. 
32 
 
 
 Para Bersch (2006, p.92) a “[...] aplicação da Tecnologia Assistiva na educação 
vai além de simplesmente auxiliar o aluno a ‘fazer’ tarefas pretendidas; ela deve 
possibilitar ao aluno: ser e atuar de forma construtiva no seu processo de 
desenvolvimento”. 
 Os referenciais teóricos e cursos de formação propõem diversas definições e 
reflexões em relação à Tecnologia Assistiva, exemplificando o uso desta nas áreas da 
deficiência física, visual e auditiva. No que diz respeito à Deficiência Intelectual, notase 
que o uso da Tecnologia Assistiva, ainda, suscita dúvidas, sendo que, muitas vezes, 
sua utilização é comparada ao uso da tecnologia educacional e de recursos 
pedagógicos. 
 Quando se elaborou a proposta didática, implementada na Sala de Recursos, 
com os alunos da área de deficiência intelectual, recorreu-se aos jogos, pois, estes 
atendem ao proposto no contexto educacional de um paradigma inclusivo, que 
percebe as dificuldades, decorrentes dessa deficiência, como aspectos cognitivos, 
que podem ser trabalhados, não sendo vistos como estáticos. Dessa forma não 
utilizamos Tecnologia Assistiva, Já que esta visa ao atendimento dos alunos que 
apresentam necessidades específicas, decorrentes de uma deficiência física/motora, 
sensorial ou de comunicação. No entanto, ambos atendem ao proposto no currículo 
inclusivo, sendo considerados indispensáveis, no sentido de promover a participação 
ativa dos alunos com deficiência, no processo de ensino e aprendizagem. 
 Na visão de Galvão Filho (2013), a sistematização e construção do conceito de 
Tecnologia Assistiva são partes de um processo, que apresenta alguns 
questionamentos, surgidos ao longo das pesquisas, sendo apontada a necessidade 
de reformulações. Na concepção do mesmo autor, este recurso/serviço pode ser 
utilizado como um tipo de mediação instrumental, visando compensar, potencializar e 
33 
 
 
auxiliar as funções pessoais comprometidas pela deficiência que, geralmente, estão 
relacionadas às: Funções Motoras; Funções Visuais; Funções Auditivas; e/ou 
Funções de Comunicação. Ainda conforme Galvão Filho (2013, p.17): [...] o 
favorecimento dos processos cognitivos e de aprendizado dos estudantes com 
deficiência intelectual estão relacionadas nãpois o à Tecnologia Assistiva, mas, sim, 
às estratégias pedagógicas a serem estruturadas pela escola e pelos professores, e 
também estão relacionadas às tecnologias educacionais que auxiliam na estruturação 
e aplicação dessas estratégias pedagógicas, de maneira a que respondam 
efetivamente às necessidades e processos específicos de cada estudante, com ou 
sem deficiência. 
 Nessa perspectiva, observamos que o educando com deficiência intelectual é 
percebido como um sujeito em desenvolvimento, sendo que as dificuldades cognitivas 
apresentadas por ele podem ser trabalhadas e estimuladas no decorrer do processo 
de ensino e aprendizagem, por meio de práticas pedagógicas e mediações. 
 Dias e Oliveira (2013, p.179) revelam que: A deficiência deixa de ser uma 
condição restritiva e passa a ser uma possibilidade de desenvolvimento que se 
constrói no entrelaçamento dialético entre as condições ambientais, histórico-culturais 
e as condições subjetivas da pessoa que um dia recebeu o diagnóstico de deficiência 
intelectual. 
 A ética inclusiva, difundida em primeira mão pela escola, abre possibilidades 
de ressignificação da deficiência intelectual. Se, por um lado, determinados alunos 
são introduzidos na categoria de deficiência intelectual no momento inicial da 
escolarização por meio do critério do déficit, por outro lado, essa mesma escola, 
quando comprometida com uma visão de desenvolvimento processual, dinâmica e 
complexa, promove condições de superação da dificuldade inicial. 
34 
 
 
 Em face destas considerações, compreendemos que a deficiência intelectual 
não é uma barreira estática e os alunos com deficiência intelectual podemaprender, 
não na tentativa de atenuar as dificuldades decorrentes da deficiência, mas, com o 
objetivo de compensar e equilibrar estas limitações. Portanto, podemos notar que os 
jogos e as mediações pedagógicas, apresentadas nas Unidades Didáticas, foram 
utilizados na Sala de Recursos buscando inferir na zona de desenvolvimento proximal 
dos alunos com deficiência intelectual, a fim de promover avanços, que não 
ocorreriam de forma espontânea. 
 A respeito dos benefícios que o jogo pode trazer, Grando (2004, p.18), assim 
assinala: O jogo propicia um ambiente favorável ao interesse da criança, não apenas 
pelos objetos que o constituem, mas também pelo desafio das regras impostas por 
uma situação imaginária que, por sua vez, pode ser considerado como meio do 
pensamento abstrato. Além disso, o jogo pode ser considerado como uma atividade 
lúdica socializadora, que oportuniza à criança a interação com o outro, o 
desenvolvimento de diversas habilidades e a estruturação cognitiva, elementos 
essenciais para a formação de todo sujeito. 
 Sobre esta questão, Elkonin (2009, p.34) discorre que: A base do jogo evoluído 
não é o uso do objeto, mas as relações entre as pessoas, mediante as suas ações 
com os objetos. Não é a relação homem objeto, mas a relação homem-homem: a 
assimilação dessas relações transcorre mediante o papel de adulto assumido pela 
criança. Levando em consideração a relevância do jogo e da mediação no processo 
de ensino e aprendizagem, por meio do material didático selecionado e os 
encaminhamentos metodológicos propostos, neste trabalho, buscou-se implementar 
uma ação sistematizada e intencional na Sala de Recursos, a fim de possibilitar ao 
35 
 
 
educando o desenvolvimento de suas funções superiores e a apropriação do 
conhecimento científico. 
 Para Vygotsky (apud Rego, 2000, p.50), há dois elementos básicos 
responsáveis por essa mediação: “[...] o instrumento, que tem a função de regular as 
ações sobre os objetos e o signo, que regula as ações sobre o psiquismo das pessoas”. 
 Diante do exposto, constatamos que, ao se planejar o trabalho pedagógico, 
tendo-se como público alvo os alunos com necessidades educacionais especiais, 
deve-se utilizar a Tecnologia Assistiva e os jogos como recursos, pois estes 
enriquecem a prática pedagógica; porém, isto deve acontecer de forma planejada, 
intencional e por meio da interação, pois, estas estratégias possibilitam o 
desenvolvimento dos alunos, em diversos aspectos, durante o processo de ensino e 
aprendizagem. 
A Teoria Histórico-Cultural e a Educação Especial 
 Em consonância com Silva e Galuch (2009), a Teoria Histórico-Cultural 
compreende a interação como uma ferramenta essencial no processo de ensino e 
aprendizagem, no qual, os alunos, por meio das atividades cognitivas, estabelecem 
relações com os conteúdos, tornando possível o seu desenvolvimento pessoal, a partir 
das mediações intencionais elaboradas. 
 Complementando este pensamento, Vygotsky assegura que o ambiente 
escolar, por meio das interações, pode propiciar aos alunos com necessidades 
educacionais especiais a apropriação dos conteúdos sistematizados. Ainda segundo 
o autor, o sujeito é um ser social, que se constitui mediante as relações sociais de 
trabalho, estabelecidas em cada momento histórico, sendo a ação, a consciência e a 
36 
 
 
subjetividade humanas vistas como produtos das relações interpessoais (VYGOTSKY, 
1997). 
 Observamos, portanto, que a consciência e a linguagem são produtos das 
relações estabelecidas e fazem parte de um processo, que envolve as histórias 
individuais e coletivas dos homens (SANTOS; PAULINO, 2008, p.93-94). Notamos, 
então, que o psiquismo é constituído culturalmente, por meio das relações 
estabelecidas no coletivo, tendo como base as produções humanas, onde “[...] o 
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe 
em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam 
impossíveis de acontecer”. Sendo assim, constatamos que “[...] o aprendizado é um 
aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções 
psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas” 
(VYGOTSKY,1998, p.118). 
 Em se tratando do processo de aprendizagem e desenvolvimento mental dos 
alunos, na perspectiva da teoria Histórico-Cultural, Albuquerque (2008) explicita que 
este se dá a partir de práticas intencionais e sistematizadas e das relações 
estabelecidas com o outro, por meio da mediação de instrumentos, principalmente, 
por meio da linguagem (instrumento simbólico fundamental aos grupos humanos) e 
dos objetos (instrumentos concretos), por meio dos quais o indivíduo obtém a 
internalização dos elementos elaborados historicamente. 
 Consideramos, portanto, que no processo de ensino e aprendizagem a 
apropriação do conhecimento científico ocorre a partir da mediação estabelecida entre 
professor e aluno, sendo este um fator importante para o desenvolvimento dos 
indivíduos que vivem a experiência escolar, pois, esta mediação possibilita aos 
sujeitos a elaboração de processos mentais, que ainda não estão internalizados. 
37 
 
 
 Para Vygotsky (1997), as funções psicológicas elementares da criança, com 
deficiência ou não, vão se transformando em funções psicológicas superiores, quando 
elas, por meio da interação com o outro, e com a mediação de instrumentos físicos e 
simbólicos, apropriam-se dos conhecimentos historicamente produzidos pelo homem. 
 A respeito disto, Albuquerque (2008, p.62) atesta que: O desenvolvimento da 
consciência humana, por meio da linguagem e do pensamento, está atrelado às 
relações sociais e de trabalho, sendo mediado pelos instrumentos e em especial pela 
linguagem. A perspectiva histórico-cultural nos dá subsídios para compreender como, 
historicamente, o homem vai se apropriando dos instrumentos, signos e significados 
produzidos socialmente, e como as condições sociais, culturais e econômicas estão 
diretamente ligadas ao surgimento e transformação da consciência humana. 
 Segundo os pressupostos desta teoria, as relações sociais e as trocas que o 
sujeito estabelece com outros sujeitos propiciam e determinam o desenvolvimento de 
formas mais complexas de pensamento. Dessa forma, o ensino precisa ser 
organizado com procedimentos adequados, de maneira tal, que possibilite 
aprendizagens significativas, as quais promovam o desenvolvimento das funções 
psíquicas superiores dos alunos. 
 Vygotsky (1997) aponta, ainda, que o desenvolvimento psíquico da pessoa, 
com e sem deficiência, resulta de um processo dialético; ou seja, ocorre a partir das 
relações entre as pessoas, e, portanto, deve-se considerar a realidade histórica e 
social de cada indivíduo. Notamos, então, que a abordagem Histórico-Cultural, a qual 
Vygotsky defende, propõe um olhar para além das aparências, focando na 
aprendizagem e no desenvolvimento humano. Qualquer deficiência, seja ela física ou 
mental, destaca Vygotsky (1997), modifica a relação do homem com o mundo e 
influencia as relações com o outro. No entanto, a limitação orgânica não deve ser 
38 
 
 
considerada como fator limitador do desenvolvimento, uma vez que a maneira como 
a sociedade concebe e valoriza as pessoas com necessidades educacionais especiais, 
constitui-se em um fator de ordem social, que implicará no seu desenvolvimento como 
ser humano e como cidadão. Sendo assim, observamos que a relação estabelecida 
por meio das interações sociais, constitui-se em fator primordial para o 
desenvolvimento do indivíduo, com ou sem deficiência. 
 No entendimento de Vygotsky, a educação dos alunos com deficiência deve 
ser concebida a partir da compensação, que pode superar suas limitações, não com 
a intenção de atenuar as dificuldades decorrentes da deficiência, mas, sim, como 
recurso a ser utilizado para mediar, compensar e equilibrar essas limitações,enfatizando as potencialidades do indivíduo. 
 Segundo Lipps (1907, p.127 apud Vygotsky, 1997, p.46): “Se um fato psíquico 
é interrompido ou inibido em seu curso natural, ou se neste último aparece em 
qualquer ponto um elemento estranho, ali onde se produz a interrupção, o retardo ou 
a perturbação do curso do evento psíquico, ocorre uma inundação”3 . “Si um hecho 
psíquico se interrumpe o se inhibe em su curso natural, o si en este último aparece en 
cualquier punto um elemento esxtraño, alli donde se produce la interrupción, el retardo 
o la pertubación del curso del hecho psíquico”. Tradução livre: profª Mestre Salete da 
Silva. Em face do exposto, entendemos que a dificuldade apresentada, em 
decorrência da deficiência, não deve ser entendida como um fator determinante na 
aprendizagem do educando, deve ser percebida como um estímulo para que 
possamos recorrer a outras vias e, assim, alcançar os objetivos propostos. 
 Ainda mencionando Vygotsky, o autor explicita que: A energia se concentra em 
determinado ponto, se eleva e pode vencer o retardo. Pode ocorrer um desvio do 
caminho. Entre muitos outros fatores aqui está incluída a elevada valorização do que 
39 
 
 
foi perdido, ou mesmo está só deteriorado. [...] Aqui já está contida toda a idéia da 
supercompensação4 (VYGOTSKY, 1997 p.46). 
 Nessa perspectiva, o aluno que apresenta necessidades educacionais 
especiais, com limitações cognitivas acentuadas em determinada área do 
desenvolvimento, deve ser estimulado, levando em consideração suas 
potencialidades, acreditando-se que, por meio das mediações, são acionados 
mecanismos de compensação, que irão promover a super compensação e, 
consequentemente, a aprendizagem. 
 No que se refere à organização da Produção Didático-Pedagógica, ela foi 
estruturada no formato de Unidade Didática, desenvolvida a partir de duas temáticas, 
distribuídas em unidades um e dois, que foram implementadas, no decorrer do 1º 
semestre de 2017, perfazendo um total de trinta e duas horas. 
 Na Unidade 1, contemplou-se a utilização do “Material Dourado” e a “Escala 
Cuisenaire”, com a finalidade de trabalhar a área cognitiva e acadêmica dos alunos, 
para a compreensão de conceitos matemáticos. O jogo “Soletrando”, com a finalidade 
de desenvolver estratégias de leitura, escrita, bem como, da oralidade, oportunizando, 
ainda, a ampliação do vocabulário dos alunos. 
 Os resultados da implementação, gradativamente, foram socializados e 
discutidos com profissionais da área, a fim de se viabilizar um espaço de discussões, 
reflexões e interação, entre todos os participantes. Quando optou-se pela utilização 
do Material Dourado, o objetivo foi o de desenvolver as relações abstratas, usando a 
imagem concreta, pois, esta estratégia facilita a compreensão dos algoritmos e 
viabiliza um aprendizado significativo. O período de realização deste tópico da 
Unidade foi de 02/03/2017 a 23/04/2017, perfazendo a carga horária de 10 horas. 
40 
 
 
Inicialmente, foi oportunizado o contato dos alunos com o Material Dourado, de forma 
lúdica, sendo que, na sequência, foi realizada a apresentação do material, sendo 
fornecidas informações, quanto à sua estrutura e composição. 
 Questionamentos foram feitos, de forma que fosse possibilitado aos sujeitos 
pensar sobre determinadas situações, formular hipóteses sobre elas e resolver, na 
prática, as situações solicitadas, analisando as peças do referido material e 
compreendendo a sua relação de inclusão. Dando continuidade às atividades, foram 
propostos jogos utilizando o Material Dourado e a realização de agrupamentos. Os 
alunos trabalharam, ainda, com a representação do processo de adição e de 
subtração, utilizando as peças do referido material, além de fazerem registros, por 
meio de desenhos e cálculos sistematizados. 
 Em se tratando da Escala de Cuisenaire, esta foi utilizada como ferramenta 
relevante para o processo de ensino e aprendizagem, colaborando para a 
compreensão e construção de conceitos matemáticos, envolvendo os números 
naturais, as operações, a sistematização dos cálculos matemáticos e a internalização 
de noções básicas, necessárias para a apropriação do conhecimento. Este tópico foi 
desenvolvido no período de 06/04/2017 a 20/04/2017, perfazendo a carga horária de 
06 horas. Inicialmente, foi oportunizado o contato dos alunos com a Escala de 
Cuisenaire, de forma lúdica, sendo que, na sequência, foi realizada a apresentação 
do material, sendo fornecidas informações quanto à sua estrutura e composição. 
Questionamentos foram feitos, de forma que os sujeitos fossem motivados à 
exploração do material, buscando fazer a representação e sistematização das peças, 
relacionando cada grupo ao seu valor numérico e realizando comparações. Dando 
continuidade às atividades, os alunos representaram o processo de adição e 
subtração, com as barrinhas da escala de Cuisenaire e, na sequência, fizeram o 
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registro dos cálculos, sistematizando-os por meio de desenhos e numerais. Para 
encerrar, foram propostos jogos, envolvendo cálculos de adição e subtração. 
 
Jogo Soletrando 
 Vygotsky (1994), destaca a importância das interações sociais e mediações no 
processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, os jogos utilizados nesta 
produção são entendidos como recursos mediadores do referido processo. No que se 
refere ao jogo Soletrando, ele foi trabalhado com a finalidade de desenvolver 
estratégias de leitura, escrita, bem como, da oralidade, além de propiciar aos alunos 
a ampliação de seu vocabulário. 
 O período de realização desta atividade foi de 07/03/2017 a 24/04/2017, 
perfazendo a carga horária de 16 horas. Inicialmente, foi preciso verificar quais eram 
os conhecimentos prévios que os alunos tinham sobre o jogo. Sendo assim, por meio 
de uma roda de conversa, a professora ouviu relatos do que eles sabiam a respeito 
do Soletrando. 
 Dando continuidade às atividades, foi realizada a apresentação do jogo, 
prestando-se informações sobre a sua estrutura, formação e organização. Os alunos 
puderam manusear as peças, livremente, conversando a respeito do que tinham 
ouvido sobre ele até aquele momento. 
 Nas aulas que se sucederam, foram utilizadas atividades diversificadas, tais 
como: organização de um banco de palavras; pesquisas online para compreender a 
origem, o significado e os possíveis sinônimos das palavras que foram selecionadas; 
discussão orientada, pela professora, sobre os princípios e as normas ortográficas, 
que regem a construção de um repertório de palavras; resolução de um caça-palavras; 
42 
 
 
e execução do jogo Soletrando. É preciso enfatizar que os alunos foram preparados, 
gradualmente, para que tivessem condições para jogar, a fim de que pudessem se 
sentir ativos na execução da atividade. 
 Dando continuidade à implementação do projeto, foi solicitado aos alunos que 
fizessem um relato das regras e estratégias que foram utilizadas durante o jogo. Na 
sequência, foi discutido com os alunos sobre a importância do registro das atividades 
para organizar o pensamento e o aprendizado, sendo que a professora apresentou 
aos alunos alguns gêneros textuais, explicitando sobre as características que os 
compõem e os diferenciam. Foi sugerido que pesquisassem sobre o gênero 
Instrucional, especificamente, sobre os elementos que constituem um Manual de 
Instrução (estrutura, organização, finalidade, etc.). Após a pesquisa, as informações 
coletadas foram compartilhadas com o grupo, sendo que a professora foi a mediadora 
da discussão, tendo a responsabilidade de oportunizar aos alunos o aprofundamento 
das informações sobre este tipo de texto. 
 Finalmente, como conclusão de nossa implementação, propomos uma 
produção textual, solicitando aos alunos que produzissem um manual de instrução 
para o jogo Soletrando. A professora supervisionou a reconstrução e reestruturação 
do texto, até que o mesmofosse considerado satisfatório, atendendo aos critérios 
relativos aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Por meio da implementação da 
Produção Didático-Pedagógica, constatou-se que as brincadeiras e os jogos 
estabelecem a relação entre o mundo interno do indivíduo (a imaginação, a fantasia) 
e o mundo externo (a realidade compartilhada com os outros). Sendo assim, torna-se 
possível afirmar que, por meio delas, a criança vivencia situações práticas e lúdicas, 
que contribuem para a elaboração de conceitos, o estímulo do raciocínio lógico e o 
43 
 
 
desenvolvimento da criatividade, favorecendo, desta forma, o processo de 
apropriação dos conhecimentos científicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
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