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Por que estudar a relação estado – sociedade? É o resultado dos conflitos, dos interesses, das interações e dos sonhos. Tratar dessa relação é falar sobre o poder e a vida, como se organizar e como assegurar a sobrevivência da espécie humana. A relação dialética Estado e Sociedade moldou a história da humanidade: Mas de que forma? ❖ Explodimos bombas atômicas, ❖ Produzimos guerras mundiais, ❖ Declaramos que todos os humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, ❖ Criamos doenças e inventamos vacinas, ❖ Comprometemos a biosfera e lutamos contra as mudanças do clima, ❖ Concentramos renda, ❖ Lutamos contra as injustiças sociais. ❖ Somos indiferentes ou omissos ❖ Naturalizamos desigualdades Conflitos de interesses X Convivência 1. Conceituando ESTADO E SOCIEDADE 2. Como surgiram os ESTADOS: teorias 3. Elementos do ESTADO 4. Constituição: uma conquista para a cidadania? 5. Brasil e sua formação enquanto Estado 6. Como pensar em cidadania diante dessa história? 7. Filme e debate 8. Sociedade e família 9. Estudos de caso Conceituando... ➢ SOCIEDADE ➢ ESTADO É na SOCIEDADE que o ESTADO vai existir. sociedade ➢ Sociedade é um conjunto de pessoas que vive em certa faixa de tempo e de espaço, segundo normas comuns e que são unidas pelas necessidades de grupo. É, na verdade, uma entidade autônoma que emerge da experiência da vida coletiva e possui características próprias que transcendem aos indivíduos que a ela pertençam. ➢ Grupamento humano devidamente organizado que coopera entre si com um objetivofim (melhoria da vidados indivíduos garantindo a continuidade desta). estado ➢ O Estado teria surgido da necessidade de se estabelecer um acordo/ regras/normas entre os indivíduos que viviam em comunidade, com o objetivo de dirimir os conflitos que porventura se apresentavam. CONCEPÇÕES DA ORIGEM DO ESTADO • Existem cinco principais correntes que teorizam a este respeito: – A corrente teológica; – A corrente familiar ou patriarcal; – A corrente da força ou violência; – A corrente contratualista; – Por fim, a corrente econômica. Teoria da origem natural O Estado se forma naturalmente – concepção de que o homem é naturalmente um ser social. Conjunção de vários fatores como a origem do Estado. “O homem é um ser político” Aristóteles Evidencia a natureza social do homem O homem precisa viver em sociedade O homem que vive fora da sociedade ou é uma divindade (porque não precisa) ou se tornará um doente mental, não estará completo CORRENTE TEOLÓGICA • Uma divindade criou o Estado • O Estado deve seguir os ensinamentos desta divindade • Toda a sociedade segue aos preceitos religiosos vigentes • A soberania é legitimada pela religião • O corpo político é visto de duas maneiras: – O governante é a encarnação desta divindade na Terra; – Ou o governante é um representante desta divindade na Terra. • Teocracia – A religião eleva ao governo o chefe do poder espiritual – Estados do Oriente Médio; – O Antigo Egito; – A babilônia. Tomás de Aquino ▪ Principal expoente desta teoria ▪ Utiliza o espaço religioso para ocupar o espaço político CORRENTE FAMILIAR OU PATRIARCAL • O Estado surge da evolução do sistema familiar – As famílias primitivas se ampliaram e criaram grandes comunidades – A família mais representativa (mais forte ou mais numerosa, etc.) passava a dominar a comunidade – Iniciando uma dominação no âmbito público • O governante era o pai da família mais representativa • A soberania era a ampliação do poder patriarcal (via sucessão hereditária) • O poder permanecia nas mãos da mesma família CORRENTE FAMILIAR OU PATRIARCAL TEORIA MATRIARCAL - Dentre as diversas correntes teóricas da origem familiar do estado e em oposição formal ao patriarcalismo, destaca-se a teoria matriarcal. A primeira organização familiar teria sido baseada na autoridade da mãe. De uma primitiva convivência em estado de completa promiscuidade, teria surgida a família matrilínea, naturalmente, por razões de natureza filosófica. Assim, como era geralmente incerta a paternidade, teria sido a mãe a dirigente e autoridade suprema das primitivas famílias, de maneira que, o clan matronímico, sendo que a mais antiga forma de organização familiar, seria o “fundamento” da sociedade civil. O matriarcado precedeu realmente o patriarcado, na evolução social. Entretanto, é a família patriarcal a que exerceu crescente influência, em todas as fases da evolução histórica dos povos. CORRENTE FAMILIAR OU PATRIARCAL • Esta corrente procurou justificar: – O absolutismo monárquico; – O poder da família real. • Decadência com o avanço da democracia Como na Inglaterra por exemplo CORRENTE DA FORÇA OU VIOLÊNCIA • O Estado surge em decorrência das lutas e guerras; a organização política resultou do poder de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos – A força superior de um grupo provocou a submissão dos demais grupos mais fracos – O Estado nasce então para regular as relações criadas entre vencedores e vencidos – Os governantes são os mesmos que dominavam antes da formação do Estado CORRENTE DA FORÇA OU VIOLÊNCIA • Esta teoria teve duas influências marcantes: – O organicismo Pois o Estado é considerado uma criação e extensão da organização social – O darwinismo Pois há dominação dos mais fortes sobre os mais fracos Além de os mais fortes se perpetuarem no poder Esta corrente procurou justificar o colonialismo territorial, econômico e social (durante a grande expansão comercial) Thomas Hobbes discípulo de Bacon, foi o principal sistematizador desta doutrina, no começo dos tempos modernos. Afirma este autor que os homens, no estado de natureza, eram inimigos uns dos outros e viviam em guerra permanente. E como toda guerra termina com a vitória dos mais fortes, o Estado surgiu como resultado dessa vitória, sendo uma organização do grupo dominante para manter o domínio sobre os vencidos. CORRENTE DA FORÇA OU VIOLÊNCIA Assim, através de um contrato, surge o ESTADO CORRENTE CONTRATUALISTA • O Estado é fruto de um Contrato Social • O Contrato Social só é firmado com os seguintes requisitos: – Todos devem ter a livre intenção de firmar o contrato; – Todos devem concordar com as condições e obrigações estabelecidas pelo contrato. • O indivíduo existe antes da Sociedade e do Estado • Corrente que defendia os ideais burgueses • Abro mão do meu direito para evitar o caos CORRENTE CONTRATUALISTA • O Estado surge a partir de um processo que envolve três fases: 1) O Estado de Natureza; Momento de total insegurança e medo Guerra de todos contra todos 2) O Contrato Social; Pacto que forma o Estado e a Sociedade Civil 3) O Estado e a Sociedade Civil. Entes que compõe a sociedade Absolutismo Racional CORRENTE CONTRATUALISTA ➢ Thomas Hobbes na Inglaterra: Justifica o poder absoluto → O homem não é naturalmente sociável como pretende a doutrina aristotélica. No estado de natureza o homem era inimigo feroz dos seus semelhantes. Cada um devia se defender contra a violência dos outros. Cada homem era um lobo para os outros homens. Para saírem desse estado caótico, todos indivíduos teriam cedido os seus direitos. “Autorizo e transfiro a este homem ou assembléia de homens o meu direito de governar-me a mim mesmo, com a condição de que vós outros transfirais também a ele o vosso direito, e autorizeis todos os seus atos nas mesmas condições como o faço.” CORRENTE CONTRATUALISTA ➢ John Locke na Inglaterra Desenvolveu o contratualismo em bases liberais, opondo-se ao absolutismo de Hobbes. - O homem não delegou ao Estado senão poderes de regulamentação das relações externas na vida social, pois reservou para si uma parte de direitos que são indelegáveis. - As liberdades fundamentais, o direito à vida, como todos os direito inerentes à personalidade humana, são anteriores e superiores ao Estado. Locke encara o governo como troca de serviços: os súditos obedecem e são protegidos;a autoridade dirige e promove justiça; o contrato é utilitário e sua moral é o bem comum. Liberdade religiosa, sem dependência do Estado. CORRENTE CONTRATUALISTA Estado é convencional: Resulta da vontade geral (soma da vontade manifestada pela maioria dos indivíduos). A nação (povo organizado) é superior ao rei, portanto não há direito divino da coroa, mas sim, direito legal decorrente da soberania nacional. O governo é instituído para promover o bem comum, e só é suportável enquanto justo. (Caso não corresponda às expectativas, o povo tem direito de substituí-lo, refazendo o contrato) ➢ Rousseau na França CORRENTE ECONÔMICA • O Estado é produto do desenvolvimento econômico • Surge com a propriedade privada dos meios de produção • A economia criou a divisão de classes (pois antes as regras eram gerais, por interesse de todos): – Exploradores ou dominantes (proprietários); Detentores dos meios de produção Donos da mais valia Participação na riqueza – Explorados ou dominados (trabalhadores) Fornecem a mão-de-obra CORRENTE ECONÔMICA • As classes economicamente mais abastadas mantinham um domínio sobre as demais • O Estado é criado para legitimar este domínio – Assim, as classes economicamente dominante passaram a ser as classes politicamente dominante – Subjugando cada vez mais as demais classes • O Estado (entidade soberana que rege a todos, imparcial, ) e o Direito surgem para defenderem a propriedade privada – Interesse puramente econômico das classes dominantes Karl Marx Prega a revolução do proletariado como forma da sociedade ascender à igualdade real Elementos do estado “Pode-se conceituar Estado como uma instituição que tem por objetivo organizar a vontade do povo politicamente constituído, dentro de um território definido, tendo, como uma de suas características, o exercício do poder coercitivo sobre os membros da sociedade. É, portanto, a organização político-jurídica de uma coletividade, objetivando o bem comum.” ➢ Nação ➢ Territorio ➢ Poder (soberania) Nação ➢ Ao falar nação, estamos dando um sentido sociológico por entendermos que a formação do estado está condicionada ao passado e principalmente a uma consciência, que brota do povo,em relação a um projeto futuro. ➢ Alma de um povo, identidade, espírito que unifica um povo. ➢ Povo: é o conjunto de cidadãos que instituem e ao mesmo tempo se subordinam ao poder soberano, possuindo direitos iguais perante a lei. TERRITÓRIO ➢ Extensão de terra em que o estado se estabelece, além do espaço aéreo e aquático. ➢ Tem a função de fornecer recursos materiais para o Estado. ❑ Extra-territorialidade: pontos fora da terra onde o Estado tenha soberania (Ex: navio, aviões das forças armadas) ❑ Inclui territórios inabitados ‒ onde não há interações sociais - e o Estado pode controlar seus recursos. PODER ➢ Expressa-se como ordenamento jurídico impositivo (o conjunto das normas e leis que regulam o convíviosocial) ➢ O poder do Estado é diferente do poder de um sociedade qualquer, por exigir uma soberania, ou seja, um poder incontrastável. ▪ Soberania: Conjunto de prerrogativas que dão o máximo grau de poder a seu titular. ➢ Dá ao Estado a força para que suas leis sejam cumpridas “Primeiramente, o poder nas sociedades primitivas estava espalhado por toda a sociedade e com o passar do tempo ele foi sendo transferido para um única pessoa. Mais tarde, houve a necessidade de uma estabilidade da ordem social, que trouxe como conseqüência a transferência do poder das mãos de uma única pessoa para o Estado, ou seja, o Estado passou a ser titular do poder.” constituição É o Estado que cria um ambiente indispensável para a vida do homem em sociedade. A função da Constituição é manifestar a subordinação do poder à vontade coletiva, porque é ela que explicita o jeito da coletividade conceber a ordem desejável. Por os governantes serem considerados "órgãos do Estado", as ordens e as diretrizes que deles emanam não se fundamentam na vontade individual e sim no Estado. E a manutenção dos governantes no poder depende de uma ligação constante entre o poder e a idéia-ideal vigente no grupo. constituição ➢ A ideia de Constituição Desde a Antiguidade, há a percepção sobre a hierarquia das leis. Na célebre obra de Aristóteles – Política – está clara a distinção entre leis constitucionais e outras leis, comuns ou ordinárias. O surgimento da ideia de Constituição está, portanto, fortemente relacionada à necessidade do estabelecimento de poderes específicos e de normatização social. ➢ Antecedentes - Pactos, forais e cartas de franquia (pactos = convenções entre o monarca e seus súditos/ forais = permitiam aos burgos se autogovernarem/ cartas de franquia = asseguravam independência às corporações para o exercício de suas atividades. constituição ➢ Antecedentes - Pactos, forais e cartas de franquia (pactos = convenções entre o monarca e seus súditos/ forais = permitiam aos burgos se autogovernarem/ cartas de franquia = asseguravam independência às corporações para o exercício de suas atividades). - Contratos de colonização (Surgem com os descobrimentos das Américas). - Leis fundamentais do Reino (existência de leis fundamentais que se impõem ao próprio rei impostas pelos legisladores). - Doutrinas do pacto social (acordo dos diversos segmentos de uma sociedade na definição das regras fundamentais da convivência social). Revolução Francesa constituição ➢ Antecedentes - Fisiocratismo (Iluministas impõe a prevalência da Razão e transforma o capitalismo mercantilista no capitalismo liberal. A mudança começa com uma “escola econômica” chamada Fisiocrata, que pregava a virtude da livre concorrência, situação em que o Estado JAMAIS deve intervir na economia, dizendo: “Laissez-faire, laissez- passer, le monde va de lui-même”, ou seja, “deixa fazer, deixa passar, que o mundo vai por si mesmo”) - Liberalismo Clássico ( mesma livre concorrência, porém, ele entendia que o Estado só deveria intervir na Economia para o trabalhador trabalhar, pois: “O trabalho é a riqueza das nações”. constituição ➢ Antecedentes - Construção histórica dos direitos do homem Montesquieu, em sua obra, discute a respeito das instituições e das leis, e busca compreender as diversas legislações existentes em diferentes lugares e épocas. Esta obra inspirou os redatores da Constituição de 1791 (França) e tornou-se a fonte das doutrinas constitucionais liberais, que repousam na separação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Um pouco antes, em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, formulada durante a Revolução Francesa, já expressava o entendimento de que: “Toda sociedade na qual não está assegurada a garantia dos direitos nem determinada a separação dos poderes não tem Constituição” (art. 16). constituição – marco histórico Em síntese, o primeiro marco histórico de uma constituição, de um pensamento de cidadania, de direitos humanos, da forma como se concebe hoje, nasce na Idade Moderna, com a construção teórica do que viria a ser o Estado Liberal, advinda dos ideais iluministas, em oposição ao absolutismo monárquico. Os revolucionários franceses elaboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, como resultado das discussões em torno das disparidades sociais e econômicas verificadas, principalmente, durante o regime absolutista francês, representado pelo monarca Luís XVI. “Os direitos nascem juntos com a idéia de cidadania.” Primeira república (1890 a 1930) – República Velha (República dos coronéis) ❖Movimento pelo sufrágio feminino (após Revolução de 30) ❖Primeira Reforma da Constituição (1926) → O governo federal se debruçou, pela primeira vez, sobre a organização das questões trabalhistas no Brasil. ❖Sindicatos rurais precederam aos urbanos (pensar na presença de trabalhadores estrangeiros - e muitos anarquistas expulsos de seus paises - na cafeicultura). ❖Movimento tenentista (em 1922 e 1924)→ Jovens oficiais descontentes com a situação política do país no Rio de Janeiro e São Paulo (recuperar o poder perdido pelos militares para as oligarquias). ❖Política do café com leite: Alternancia de poder entre São Paulo e Minas Gerais. Ambos alternavam-se na presidência, era a denominada Política do café-com-leite. Primeira república (1890 a 1930) – República Velha (República dos coronéis) ❖Em 1930, o acordo foi violado, quando São Paulo insistiu em manter um candidato paulista. A elite política mineira, frustrada em suas ambições, aliou- se à elite gaúcha, representada por Getúlio Vargas, insatisfeita com o domínio constante de paulistas no poder central. ❖Revolução de 1930 (golpe de Estado): Getúlio Vargas assume interinamente “O que não compreendem é que uma nação, como o Brasil, após mais de um século de vida constitucional e liberalismo, retrogradasse para uma ditadura sem freios e sem limites como essa que nos degrada e enxovalha perante o mundo civilizado!” Julio Prestes http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura Da revolução de 30 ao golpe militar ❖1945→ Vargas é derrubado por seus próprios ministros militares ❖Convocação de eleições presidenciais e legislativas. (Eurico Gaspar Dutra) ❖Constituição de 1946 manteve as conquistas sociais do período anterior e garantiu os direitos civis e políticos. ❖1950→ Getúlio Vargas candidata e é vence: governo populista (direitos vistos como independentes da ação do governo, mas como um favor, em troca do qual se deviam gratidão e lealdade) Ação em consonância com os dirigentes sindicais Monopólio estatal da exploração e refino do petróleo, corporificada na criação da Petrobrás ❖1954→ Suicídio de Vargas Da revolução de 30 ao golpe militar ❖O próximo presidente foi Juscelino Kubitscheck → construção da nova capital federal, Brasília; altos índices de desenvolvimento econômico, aumento da inflação. Seu sucessor, Jânio Quadros, foi eleito, em 1960, com 48,3% dos votos. ❖1960→ Jânio Quadros (janeiro a agosto de 1961) ❖Crise política: Ministros militares declararam não aceitar a posse de João Goulart, vice-presidente. ❖ Institui-se o Parlamentarismo (presidente seria o Chefe de Estado e a chefia do governo ficaria a cargo de um primeiro-ministro, eleito pelo Congresso Nacional) ❖Janeiro de 1963→ Plebiscito que definiria o sistema de governo. O presidencialismo venceu e Goulart assumiu a presidência. Da revolução de 30 ao golpe militar ❖1964 → Comício propondo nacionalização de refinaria de petróleo e desapropriação de terras às margens de ferrovias, de rodovias federais e de barragens: MEDO DO COMUNISMO (Guerra Fria) ❖“Pretexto” para implantar o Regime Militar REGIME militar – Três fases ❖ Primeira fase (1964 a 1968) → General Castelo Branco e primeiro ano do general Costa e Silva. Início das proibições, torturas e expulsões. Altos índices de crescimento. ❖ Segunda fase (1968 a 1974)→ “Anos sombrios” com o General Garrastazu Médici. AI5: √ Fechou o Congresso Nacional por quase um ano; √ Cassou mandato de senadores, deputados, governadores e prefeitos; √ Interveio no poder judiciário, demitindo juízes e ministros do STF; √ Decretou estado de sítio; √ Recrudesceu a censura aos meios artísticos e à mídia ❖ Terceira fase: começou em 1974 (posse do general Ernesto Geisel), continuou em 1979 (com o general João Batista de Oliveira Figueiredo), terminou, em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves, senador por Minas Gerais (Diretas Já!) Redemocratização do brasil ❖Constituição Cidadã de 1988: características liberais e democráticas ▪ Universalidade do voto tornando-o facultativo aos analfabetos e aos adolescentes (com idade entre 16 e 18 anos). ▪ Respeito à diversidade, ao estatuir em seu art. 3º: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: [...] IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. ❖1989: Primeira eleição direta para presidente da República, desde 1960, sendo eleito Fernando Collor de Mello (elite politica): governo marcado por corrupções→ Cassação do presidente. ❖Substituição pelo vice-presidente, à época, Itamar Franco. CONSTITUIÇÃO CIDADÃ A Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, dispõe que o Brasil é uma República Federativa, constituída pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e que esses entes têm autonomia política, administrativa e financeira para cuidar dos interesses dos cidadãos. No art. 2º diz que o Estado brasileiro está organizado em poderes. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judiciário Responsável pela elaboração das leis Sua missão é proceder a execução das leis Fiscalizador do real cumprimento das leis Congresso Nacional: Câmara dos Deputados e Senado Federal Assembleias Legislativas Câmara de Vereadores Presidente da república (Ministros) Governadores (Secretarios nos estados) Prefeitos (Secretarios Municipais) Supremo Tribunal Federal, de Justiça Tribunais Regionais Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, Redemocratização do brasil ❖1994: Fernando Henrique Cardoso. ▪ Plano Real conseguiu reduzir, sensivelmente, a inflação (abertura comercial, elevação substancial das taxas de juros, redução da atividade econômica, elevação significativa do desemprego). ▪ Lei de Responsabilidade Fiscal ▪ Criação dos primeiros programas sociais de transferência direta de renda condicionada ao cumprimento de metas pelas famílias beneficiadas, como o bolsa-escola, o vale-gás e o bolsa-alimentação. ❖Nas eleições de 2002 venceu o ex-líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. O governo do presidente Lula compreendeu um primeiro mandato, de 2003 a 2006, sendo reeleito para o período de 2007 a 2010. Redemocratização do brasil ❖Governo(s) Lula: ▪ Seu governo manteve a política econômica de controle da inflação, iniciada com o Plano Real. ▪ Antecipação do pagamento das dívidas ao FMI; ▪ Fim do ciclo de privatizações; ▪ Estímulo ao microcrédito e linhas de financiamento para aposentados e trabalhadores de baixa renda; ▪ Ampliação de investimentosna agricultura familiar; ▪ Redução do índice de desemprego. ▪ Criação do Programa Bolsa Família (ampliação e integração dos programas sociais existentes) com o objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional, contribuindo para a redução da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome. ▪ Criação do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação ▪ Criação do PROUNI (Programa Universidade para Todos) Redemocratização do brasil ❖Governo DILMA: ▪ Primeiramulher a assumir o cargo de presidenta ▪ Deu seguimento à politica do Governo Lula ▪ Inflação não tão controlada como no governo anterior (uso do aumento da taxa de juros para controlar) ▪ Crescimentoda economia chegando a 6ª do mundo. ▪ Aumentos anuais do salário minino ▪ Criação de Secretarias com caráter de ministérios específicos para as “minorias”: Secretaria Especial de Direitos Humanos, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de Políticas para as mulheres ▪ Criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ▪ Lançou o Programa Mais Médicos (interiorização da saúde) ▪ Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). http://pt.wikipedia.org/wiki/Pronatec Estado democrático de direito e cidadania Eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida. Um cidadão com um sentimento ético forte e consciência da cidadania não deixa passar nada, não abre mão desse poder de participação. Herbert de Souza, o Betinho (1994) Ser cidadão (...) é participar o máximo possível da vida em comunidade para que seja possível compartilhar com ossemelhantes as coisas boas da vida – as materiais e as culturais. Ser cidadão é, ainda, opor-se a toda forma de não participação. Ser cidadão é, enfim, adotar uma postura em favor do bem comum. (...) cidadania deve englobar todos, mesmo aqueles desprivilegiados, em situação de desvantagem em relação aos outros. Todos devem ser cidadãos. (MELLO, 2001) O Estado de Direito é aquele em que os homens são governados pelo poder da lei e não pelo poder de outros homens. A lei é a proposição jurídica que trata igualmente todos que estejam na mesma situação. A vontade da lei se impõe tanto aos particulares como aos agentes do Estado como pessoa de direitos e obrigações. (NOGUEIRA, 1989) democracia A democracia, segundo Abraham Lincoln, é o governo do povo, pelo povo e para o povo. É o modo de partilha de poder em que o povo participa da gestão e das decisões fundamentais do Estado. Como governo do povo, precisa do consenso da maioria dos cidadãos e do respeito às regras estabelecidas. Ao mesmo tempo, abriga diversidade, antagonismos e necessita do conflito de ideias e opiniões. ➢ Consenso X Conflito; ➢ Liberdade X Igualdade X Fraternidade ➢ ComUNIDADE nacional X Antagonismos sociais e ideológicos. “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio dos representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. (CF/1988 Art. 1º § único) cidadania ❖ Como surge: Cidadão era o membro da polis, ou seja, da Cidade-Estado grega. ❖ Conceitos: “O direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da cidade por meio da ekklesia, assembléia popular, na ágora, praça pública onde se reunia para deliberar sobre decisões de comum acordo”. “O direito de ter direitos” “Direitode todos a ter todos os direitos iguais” ↓ cidadania ✓ Direitos civis → são os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei, desdobrando-se na garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de manifestar pensamento, de organizar-se, de ter respeitada a inviolabilidade do lar e da cor- respondência, de não ser preso a não ser pela autoridade competente e de acordo com as leis, de não ser condenado sem processo legal regular. ✓ Direitos políticos → referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade, como a capacidade de se organizar em partidos, de votar, de ser votado. Parlamento livre e representativo. ✓ Direitos sociais → garantem a participação na riqueza coletiva. Eles incluem direitos à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria. cidadania “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. (CF/1988 Art. 6º) ““Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]” (CF/1988 Art. 5º) O artigo 14 assegura a todo cidadão o direito ao voto direto e secreto para a escolha dos representantes, por meio dos quais é exercida a soberania popular. O artigo 17 estabelece a liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
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