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Economia Política

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1) Que transformações históricas levaram ao surgimento do capitalismo, a assim chamada acumulação primitiva?
R: O início da dissolução do feudalismo está claramente ligado ao início do capitalismo e consequentemente de uma das essências do capitalismo: a acumulação primitiva. A desapropriação da população camponesa é um marco na mudança entre o sistema econômico feudal para o capitalismo, processo ocorrido inicialmente na Inglaterra. Essas mudanças estruturais e de relações sociais de produção remontam para uma trajetória contínua da história pré-capitalista. A acumulação primitiva é o processo histórico que separa o camponês de seu meio de produção, a terra. O camponês desapropriado precisará, a partir desse processo, vender a sua força de trabalho para poder obter seu sustento. Esse movimento histórico que transformou o servo em assalariado, superficialmente, é remetido à população por um princípio de liberdade. Quando na verdade, eles saíram de uma situação de servidão para a exploração. A questão da exploração fica ainda mais clara com o início da revolução industrial, onde o trabalhador assalariado passa mais horas trabalhando nas indústrias produzindo mercadorias, para receber um salário muito baixo em troca da sua mão de obra, iniciando o processo de mais-valia, o qual está relacionado com a acumulação primitiva.
2) Quais os antecedentes históricos que levaram o surgimento do capitalismo?
R: A origem do capitalismo advém da ruína do feudalismo. Naquele momento histórico, o senhor feudal era detentor das terras e da parte da produção (agrícola e manufatura) que era produzida pelos camponeses/servos e pago ele pelo uso das terras. A riqueza no feudalismo era possuir terras. A produção do feudo ficava no feudo. Com o crescimento do comércio, para o senhor feudal adquirir produtos que não possuía em seu feudo era necessário dinheiro/moeda. Neste momento, o senhor feudal passa a exigir que o camponês pague com dinheiro pelo uso da terra; é o principal ponto para a implosão do feudalismo.
O camponês que produzia ou trocava os bens para a sua necessidade é expropriado da terra, sendo obrigado a migrar para a cidade e vender a sua força de trabalho nas indústrias capitalista para sobreviver, dando origem ao trabalhador assalariado/operário. Desta é a origem da acumulação primitiva do capital que necessitou da acumulação do capital mercantil, a exploração da força de trabalho e o aumento da acumulação de moeda/riquezas.
3) O que é valor, qual a sua essência, qual sua magnitude e que formas assumiu ao longo da história?
R: O valor está relacionado por tempo de trabalho gasto para se produzir uma mercadoria. Para ser mercadoria é necessário que se possua valor de uso e valor de troca; deve ser reproduzida em escala e vendida/comercializada. O valor de uso está relacionado a qualidade e intrínseco; é o que satisfaz à necessidade humana. O valor de troca é a porção quantitativa; proporção do valor de uso. Quanto maior a força de trabalho -> menor o tempo de produção da mercadoria -> menor a massa de trabalho empregada -> menor o valor.
O valor é o inverso da força produtiva. As formas de valor foram evoluindo:
- Forma Simples: Relativa/Equivalente
- Forma extensiva: Propõe trocas mais comuns, dependia das horas que colocava na mercadoria.
- Equivalente geral: facilitador
- Dinheiro: ouro/prata
Quanto mais escasso o produto, maior seu valor, pois maior o tempo gasto para produzir/extrair da natureza. Não há transferência de valor, exemplo: 2 cadeiras = 1 mesa -> o tempo gasto para produzir 2 cadeiras equivalente ao de produzir 1 mesa -> essa é a relação de troca.
A força de trabalho possui como virtude sem a força criadora de valor.
4) Qual origem do lucro capitalista?
R: Para os clássicos o lucro advém da venda da mercadoria por um preço maior; já para Marx o lucro vem da mais-valia, que é o trabalho que produz excedente. 
Inicialmente, o detentor de uma mercadoria M1 -> vendia por uma quantidade de dinheiro D -> comprava outra mercadoria M2, portanto não havia circulação ou geração de dinheiro ou lucro.
Com a produção de excedente, o comerciante comprava mercadoria em volume e escala e a revendia por um valor maior, portanto, D – M – D’ -> havia a troca pela troca e a circulação de dinheiro.
Com o desenvolvimento/revolução industrial, o industrial empregava dinheiro para aquisição de matéria-prima e força de trabalho, essa composição produzia nova mercadoria que era revendida, portanto, D – M – MP/FT > P – D’ -> a diferença entre D e D’ é o lucro, e essa diferença surge da exploração da força de trabalho gera excedente. A mais-valia geral o lucro -> esta é a diferença entre o valor criado pela força de trabalho e oque essa força de trabalho custam. Simplificando o processo produtivo, um operário gasta 4 horas para produzir uma cadeira e a sua remuneração semanal é equivalente a essas 4 horas, no entanto, o operário trabalha outras 40 horas semanais produzindo outras cadeiras (+8 unidades), essa produção excedente não é repassada ao operário, e é desse excesso, desse trabalho empregado não remunerado que surge o lucro.
5) Como o dinheiro se torna capital e qual a especificidade da mercadora força de neste processo?
R: A circulação do dinheiro como capital tem a finalidade de valorização do valor, não estando destinada à satisfação da necessidade humana. Dessa maneira visando o valor de lucro, sendo este conquistado na mercadora força, onde o capitalista compra a força de trabalho, as quais são necessárias para gerar mercadorias e seus valores. Essa compra, tem como consequência a mais-valia. Ou seja, o lucro e a valorização são adquiridos através da produção e do valor do trabalho.
6) O método de Marx?
R: O método de investigação de Marx, surge com uma noção histórica e de evolução. Para Marx, é preciso compreender o processo histórico e a evolução das coisas que adquirem novos significados. 
O seu método parte do concreto visível e chega de novo ao concreto, o compreendido e explicado. Segue a seguinte lógica: Parte do concreto e análise, usando o método indutivo lógico, chegando até a parte mais elementar, posteriormente a síntese e o novo concreto, ou concreto pensado, utilizando o método indutivo histórico. O Método consiste em seis passos: 
1. Partir do concreto 
2. Fase analítica 
3. Explora as conexões 
4. Descobrir os elos intermediários 
5. Verificação empírica 
6. Descobertas de novos dados.

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