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DIA 11. 
 
Direito Penal: Teoria geral do crime (artigos 13 ao 28 do CP). 
 
(Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase) 
1. Francisco foi vítima de uma contravenção penal de vias de fato, pois, enquanto estava de costas 
para o autor, recebeu um tapa em sua cabeça. Acreditando que a infração teria sido praticada 
por Roberto, seu desafeto que estava no local, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido, 
apontando, de maneira precipitada, o rival como autor. 
 
Diante disso, foi instaurado procedimento investigatório em desfavor de Roberto, sendo, 
posteriormente, verificado em câmeras de segurança que, na verdade, um desconhecido teria 
praticado o ato. Ao tomar conhecimento dos fatos, antes mesmo de ouvir Roberto ou Francisco, 
o Ministério Público ofereceu denúncia em face deste, por denunciação caluniosa. 
 
Considerando apenas as informações expostas, você, como advogado(a) de Francisco, deverá, 
sob o ponto de vista técnico, pleitear 
 
a) a absolvição, pois Francisco deu causa à instauração de investigação policial imputando a 
Roberto a prática de contravenção, e não crime. 
b) extinção da punibilidade diante da ausência de representação, já que o crime é de ação 
penal pública condicionada à representação. 
c) reconhecimento de causa de diminuição de pena em razão da tentativa, pois não foi proposta 
ação penal em face de Roberto. 
d) a absolvição, pois o tipo penal exige dolo direto por parte do agente. 
 
Gabarito: alternativa D 
 
Fundamento: Para tipificação do delito imputado no caso apresentado, exige-se dolo direto. De 
acordo com o Art. 339 do CP, restaria configurado o crime quando o agente der causa à instauração 
de procedimento de investigação contra alguém imputando-lhe crime de que o sabe inocente. No 
caso, apesar de precipitado, Francisco acreditava que Roberto seria o autor da contravenção, já 
que seria seu desafeto e estaria no local dos fatos. Quando agiu, Francisco não sabia que Roberto 
seria inocente, logo deve ser absolvido do crime de denunciação caluniosa. CP, art. 20. O erro sobre 
elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, 
se previsto em lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase) 
2. Yuri foi denunciado pela suposta prática de crime de estupro qualificado em razão da idade da 
vítima, porque teria praticado conjunção carnal contra a vontade de Luana, de 15 anos, 
mediante emprego de grave ameaça. No curso da instrução, Luana mudou sua versão e afirmou 
que, na realidade, havia consentido na prática do ato sexual, sendo a informação confirmada 
por Yuri em seu interrogatório. 
 
Considerando apenas as informações expostas, no momento de apresentar alegações finais, a 
defesa técnica de Yuri deverá pugnar por sua absolvição, sob o fundamento de que o 
consentimento da suposta ofendida, na hipótese, funciona como 
 
a) causa supralegal de exclusão da ilicitude. 
b) causa legal de exclusão da ilicitude. 
c) fundamento para reconhecimento da atipicidade da conduta. 
d) causa supralegal de exclusão da culpabilidade. 
 
Gabarito: alternativa C 
 
Fundamento: Necessário ter conhecimento da redação do crime de estupro, previsto no art. 213, 
do CP (Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a 
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso; § 1o Se da conduta resulta lesão 
corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos). 
Por ter Luana consentido na prática do ato sexual, na verdade, não há que se falar em crime, pois 
ausente a circunstância elementar ‘constranger’, já que Luana consentiu. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase) 
3. Inconformado por estar desempregado, Lúcio resolve se embriagar. Quando se encontrava no 
interior do coletivo retornando para casa, ele verifica que o passageiro sentado à sua frente 
estava dormindo, e o telefone celular deste estava solto em seu bolso. Aproveitando-se da 
situação, Lúcio subtrai o aparelho sem ser notado pelo lesado, que continuava dormindo 
profundamente. Ao tentar sair do coletivo, Lúcio foi interpelado por outro passageiro, que 
assistiu ao ocorrido, iniciando-se uma grande confusão, que fez com que o lesado acordasse e 
verificasse que seu aparelho fora subtraído. 
 
Após denúncia pelo crime de furto qualificado pela destreza e regular processamento do feito, 
Lúcio foi condenado nos termos da denúncia, sendo, ainda, aplicada a agravante da embriaguez 
preordenada, já que Lúcio teria se embriagado dolosamente. 
 
Considerando apenas as informações expostas e que os fatos foram confirmados, o(a) 
advogado(a) de Lúcio, no momento da apresentação de recurso de apelação, poderá requerer 
 
a) o reconhecimento de causa de diminuição de pena diante da redução da capacidade em 
razão da sua embriaguez, mas não o afastamento da qualificadora da destreza. 
b) a desclassificação para o crime de furto simples, mas não o afastamento da agravante da 
embriaguez preordenada. 
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c) a desclassificação para o crime de furto simples e o afastamento da agravante, não devendo 
a embriaguez do autor do fato interferir na tipificação da conduta ou na dosimetria da pena. 
d) a absolvição, diante da ausência de culpabilidade, em razão da embriaguez completa. 
 
Gabarito: alternativa C 
 
Fundamento: Não houve destreza e não deve ser levado em consideração a embriaguez para 
determinar a pena do agente, conforme art. 28, inciso II, CP e art. 155, §4º, inciso II, CP. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase) 
4. Regina dá à luz seu primeiro filho, Davi. Logo após realizado o parto, ela, sob influência do 
estado puerperal, comparece ao berçário da maternidade, no intuito de matar Davi. No entanto, 
pensando tratar-se de seu filho, ela, com uma corda, asfixia Bruno, filho recémnascido do casal 
Marta e Rogério, causando-lhe a morte. Descobertos os fatos, Regina é denunciada pelo crime 
de homicídio qualificado pela asfixia com causa de aumento de pena pela idade da vítima. 
 
Diante dos fatos acima narrados, o(a) advogado(a) de Regina, em alegações finais da primeira 
fase do procedimento do Tribunal do Júri, deverá requerer 
 
a) o afastamento da qualificadora, devendo Regina responder pelo crime de homicídio simples 
com causa de aumento, diante do erro de tipo. 
b) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, não podendo 
ser reconhecida a agravante pelo fato de quem se pretendia atingir ser descendente da 
agente. 
c) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro na execução (aberratio ictus), 
podendo ser reconhecida a agravante de o crime ser contra descendente, já que são 
consideradas as características de quem se pretendia atingir. 
d) a desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, podendo ser 
reconhecida a agravante de o crime ser contra descendente, já que são consideradas as 
características de quem se pretendia atingir. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: Artigo 123, CP: Matar sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o 
parto, ou logo após: Pena: detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. Artigo 20, §3, CP: O erro quanto à 
pessoacontra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, nesse caso, as 
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o 
crime. Nesse caso, o advogado deveria pedir a "desclassificação de homicídio qualificado" para 
"infanticídio" porque a pena do homicídio qualificado é mais gravosa que a pena aplicada ao 
infanticídio e não se aplica a situação narrada. No caso, a mãe, sob influência do estado puerperal, 
teve a intenção de matar o filho. Porém, ao matar outra criança, acreditando ser o próprio filho, agiu 
com erro sobre a pessoa. Como ela tinha a intenção de matar o filho, deve ser aplicado a pena de 
infanticídio e não a pena de homicídio qualificado. Não há que se falar em reconhecimento de 
agravante "crime praticado contra descendente", já que o próprio tipo penal prevê que o crime de 
infanticídio é praticado contra o "próprio filho". Assim, já é elementar do tipo penal. 
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(Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase) 
5. Enquanto assistia a um jogo de futebol em um bar, Francisco começou a provocar Raul, dizendo 
que seu clube, que perdia a partida, seria rebaixado. Inconformado com a indevida provocação, 
Raul, que estava acompanhado de um cachorro de grande porte, atiça o animal a atacar 
Francisco, o que efetivamente acontece. Na tentativa de se defender, Francisco desfere uma 
facada no cachorro de Raul, o qual vem a falecer. O fato foi levado à autoridade policial, que 
instaurou inquérito para apuração. 
 
Francisco, então, contrata você, na condição de advogado(a), para patrocinar seus interesses. 
Considerando os fatos narrados, com relação à conduta praticada por Francisco, você, como 
advogado(a), deverá esclarecer que seu cliente 
 
a) não poderá alegar qualquer excludente de ilicitude, em razão de sua provocação anterior. 
b) atuou escorado na excludente de ilicitude da legítima defesa. 
c) praticou conduta atípica, pois a vida do animal não é protegida penalmente. 
d) atuou escorado na excludente de ilicitude do estado de necessidade. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase) 
6. Durante a madrugada, Lucas ingressou em uma residência e subtraiu um computador. Quando 
se preparava para sair da residência, ainda dentro da casa, foi surpreendido pela chegada do 
proprietário. Assustado, ele o empurrou e conseguiu fugir com a coisa subtraída. 
 
Na manhã seguinte, arrependeu-se e resolveu devolver a coisa subtraída ao legítimo dono, o 
que efetivamente veio a ocorrer. O proprietário, revoltado com a conduta anterior de Lucas, 
compareceu em sede policial e narrou o ocorrido. Intimado pelo Delegado para comparecer em 
sede policial, Lucas, preocupado com uma possível responsabilização penal, procura o 
advogado da família e solicita esclarecimentos sobre a sua situação jurídica, reiterando que já 
no dia seguinte devolvera o bem subtraído. 
 
Na ocasião da assistência jurídica, o(a) advogado(a) deverá informar a Lucas que poderá ser 
reconhecido(a) 
 
a) a desistência voluntária, havendo exclusão da tipicidade de sua conduta. 
b) o arrependimento eficaz, respondendo o agente apenas pelos atos até então praticados. 
c) o arrependimento posterior, não sendo afastada a tipicidade da conduta, mas gerando 
aplicação de causa de diminuição de pena. 
d) a atenuante da reparação do dano, apenas, não sendo, porém, afastada a tipicidade da 
conduta. 
 
 
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Gabarito: alternativa D 
 
Fundamento: Conforme se observa, Lucas não incorreu em desistência voluntária, posto que foi 
até o fim dos atos executórios, consumando o delito. Não se pode falar em arrependimento eficaz, 
tendo em vista que o agente não agiu para impedir o resultado, tendo levado a execução às últimas 
consequências. O empurrão (violência) impede a aplicação do instituto do arrependimento posterior, 
que só incide nos crimes sem violência ou grave ameaça. Assim, o agente somente faz jus à 
atenuante da reparação do dano, na forma do art. 65, inciso III, alínea 'b' do CP. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase) 
7. Após discussão em uma casa noturna, Jonas, com a intenção de causar lesão, aplicou um golpe 
de arte marcial em Leonardo, causando fratura em seu braço. Leonardo, então, foi encaminhado 
ao hospital, onde constatou-se a desnecessidade de intervenção cirúrgica e optou-se por um 
tratamento mais conservador com analgésicos para dor, o que permitiria que ele retornasse às 
suas atividades normais em 15 dias. 
 
A equipe médica, sem observar os devidos cuidados exigidos, ministrou o remédio a Leonardo 
sem observar que era composto por substância à qual o paciente informara ser alérgico em sua 
ficha de internação. Em razão da medicação aplicada, Leonardo sofreu choque anafilático, 
evoluindo a óbito, conforme demonstrado em seu laudo de exame cadavérico. 
Recebidos os autos do inquérito, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Jonas, 
imputando-lhe o crime de homicídio doloso. 
 
Diante dos fatos acima narrados e considerando o estudo da teoria da equivalência, o(a) 
advogado(a) de Jonas deverá alegar que a morte de Leonardo decorreu de causa superveniente 
 
a) absolutamente independente, devendo ocorrer desclassificação para que Jonas responda 
pelo crime de lesão corporal seguida de morte. 
b) relativamente independente, devendo ocorrer desclassificação para o crime de lesão 
corporal seguida de morte, já que a morte teve relação com sua conduta inicial. 
c) relativamente independente, que, por si só, causou o resultado, devendo haver 
desclassificação para o crime de homicídio culposo. 
d) relativamente independente, que, por si só, produziu o resultado, devendo haver 
desclassificação para o crime de lesão corporal, não podendo ser imputado o resultado 
morte. 
 
Gabarito: alternativa D 
 
Fundamento: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, 
por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
 
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(Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase) 
8. No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à forma de dançar 
de sua esposa, Clara, 30 anos mais nova, efetua disparos de arma de fogo contra ela, com a 
intenção de matar. 
 
Arrependido, após acertar dois disparos no peito da esposa, Vinícius a leva para o hospital, 
onde ela ficou em coma por uma semana. No dia 12/03/2015, porém, Clara veio a falecer, em 
razão das lesões causadas pelos disparos da arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos fatos, 
o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime 
previsto no Art. 121, § 2º, inciso VI, do Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi publicada 
a Lei nº 13.104, que previu a qualificadora antes mencionada, pelo fato de ocrime ter sido 
praticado contra a mulher por razão de ser ela do gênero feminino. 
 
Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos 
os fatos são confirmados, pugnando o Ministério Público pela pronúncia nos termos da 
denúncia. Em seguida, os autos são encaminhados ao(a) advogado(a) de Vinícius para 
manifestação. 
 
Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Vinicius poderá, no 
momento da manifestação para a qual foi intimado, pugnar pelo imediato 
 
a) reconhecimento do arrependimento eficaz. 
b) afastamento da qualificadora do homicídio. 
c) reconhecimento da desistência voluntária. 
d) reconhecimento da causa de diminuição de pena da tentativa. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: CF Art. 5 - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; CP Art. 2º - 
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, 
que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase) 
9. Talles, desempregado, decide utilizar seu conhecimento de engenharia para fabricar máquina 
destinada à falsificação de moedas. Ao mesmo tempo, pega uma moeda falsa de R$ 3,00 (três 
reais) e, com um colega também envolvido com falsificações, tenta colocá-la em livre circulação, 
para provar o sucesso da empreitada. 
 
Ocorre que aquele que recebe a moeda percebe a falsidade rapidamente, em razão do valor 
suspeito, e decide chamar a Polícia, que apreende a moeda e o maquinário já fabricado. Talles 
é indiciado pela prática de crimes e, já na Delegacia, liga para você, na condição de 
advogado(a), para esclarecimentos sobre a tipicidade de sua conduta. 
Considerando as informações narradas, em conversa sigilosa com seu cliente, você deverá 
esclarecer que a conduta de Talles configura 
 
a) atos preparatórios, sem a prática de qualquer delito. 
b) crimes de moeda falsa e de petrechos para falsificação de moeda. 
c) crime de petrechos para falsificação de moeda, apenas. 
d) crime de moeda falsa, apenas, em sua modalidade tentada. 
 
Gabarito: alternativa C 
Fundamento: Crime de petrechos para falsificação de moeda: artigo 291 do CP: fabricar, adquirir, 
fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou 
qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda é crime, sujeito a pena de 
reclusão de dois a seis anos e multa. Crime de moeda falsa de $ 3,00 não existe: Crime impossível; 
Art. 17 CP - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984). 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase) 
10. Laura, nascida em 21 de fevereiro de 2000, é inimiga declarada de Lívia, nascida em 14 de 
dezembro de 1999, sendo que o principal motivo da rivalidade está no fato de que Lívia tem 
interesse no namorado de Laura. 
 
Durante uma festa, em 19 de fevereiro de 2018, Laura vem a saber que Lívia anunciou para 
todos que tentaria manter relações sexuais com o referido namorado. Soube, ainda, que Lívia 
disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na frente de seus 
colegas, como forma de humilhá-la. 
 
Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, Laura, durante a festa, 
desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente para 
o hospital. Dois dias depois, Lívia vem a falecer em virtude dos golpes sofridos. 
Descobertos os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do 
crime de homicídio qualificado. 
 
Confirmados integralmente os fatos, a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconhecimento 
da 
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a) inimputabilidade da agente. 
b) legítima defesa. 
c) inexigibilidade de conduta diversa. 
d) atenuante da menoridade relativa. 
 
Gabarito: alternativa A 
 
Fundamento: Laura nasceu no dia 21/02/2000, portanto ainda era menor de 18 anos ao tempo do 
fato (19/02/2018): Art. 27 do Código Penal: os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente 
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial (ECA). 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase) 
11. Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e 
informa do seu desejo, pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na 
residência, no que foi atendido. No dia do fato, considerando que a porta já estava aberta, João 
ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por Pablo, e subtrai uma TV. 
 
Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho 
subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, 
narrando todo o ocorrido ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o 
registro próprio. 
 
Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá 
ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que 
 
a) nenhum deles responderá pelo crime, tendo em vista que houve arrependimento eficaz por 
parte de João e, como causa de excludente da tipicidade, estende-se a Pablo. 
b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena 
apenas a João, em razão do arrependimento posterior. 
c) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena 
para os dois, em razão do arrependimento posterior, tendo em vista que se trata de 
circunstância objetiva. 
d) João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do 
arrependimento posterior, enquanto Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio. 
 
Gabarito: alternativa D 
 
Fundamento: Art. 16, CP: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, 
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
 
 
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(Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) 
12. Pedro, jovem rebelde, sai à procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a intenção de matá-
lo, vindo a encontrá-lo conversando com uma senhora de 68 anos de idade. Pedro saca sua 
arma, regularizada e cujo porte era autorizado, e dispara em direção ao rival. Ao mesmo tempo, 
a senhora dava um abraço de despedida em Henrique e acaba sendo atingida pelo disparo. 
Henrique, que não sofreu qualquer lesão, tenta salvar a senhora, mas ela falece. 
 
Diante da situação narrada, em consulta técnica solicitada pela família, deverá ser esclarecido 
pelo advogado que a conduta de Pedro, de acordo com o Código Penal, configura 
 
a) crime de homicídio doloso consumado, apenas, com causa de aumento em razão da idade 
da vítima. 
b) crime de homicídio doloso consumado, apenas, sem causa de aumentoem razão da idade 
da vítima. 
c) crimes de homicídio culposo consumado e de tentativa de homicídio doloso em relação a 
Henrique. 
d) crime de homicídio culposo consumado, sem causa de aumento pela idade da vítima. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: O presente caso trata-se de um homicídio doloso consumado, pois houve erro na 
execução, na forma do art. 73 do CP. Não há aumento de pena em razão da agravante de ter sido 
praticado contra pessoa idosa, pois consideram-se as condições pessoais da vítima visada, e não 
as da vítima atingida, nos termos do art. 73 c/c art. 20, §3º do CP. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase) 
13. Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de 
remédios, sem ter conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em 
seu interior. Por outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L. 
(maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material em sua posse para 
fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das drogas, 
denunciados pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. Considerando apenas as 
informações narradas, o advogado de Tony e José deverá alegar em favor dos clientes, 
respectivamente, a ocorrência de 
 
a) erro de tipo, nos dois casos. 
b) erro de proibição, nos dois casos. 
c) erro de tipo e erro de proibição. 
d) erro de proibição e erro de tipo. 
 
Gabarito: alternativa C 
 
 
 
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Fundamento: Tony incidiu em erro de tipo, enquanto José incidiu em erro de proibição. O erro de 
tipo está previsto no artigo 20 do Código Penal: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). O erro de proibição, por sua vez, está previsto no artigo 21 
do Código Penal, que o chama de "erro sobre a ilicitude do fato": Art. 21 - O desconhecimento da 
lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminui-la de um sexto a um terço. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase) 
14. Acreditando estar grávida, Pâmela, 18 anos, desesperada porque ainda morava com os pais e 
eles sequer a deixavam namorar, utilizando um instrumento próprio, procura eliminar o feto 
sozinha no banheiro de sua casa, vindo a sofrer, em razão de tal comportamento, lesão corporal 
de natureza grave. Encaminhada ao hospital para atendimento médico, fica constatado que, na 
verdade, ela não se achava e nunca esteve grávida. O Hospital, todavia, é obrigado a noticiar o 
fato à autoridade policial, tendo em vista que a jovem de 18 anos chegou ao local em situação 
suspeita, lesionada. Diante disso, foi instaurado procedimento administrativo investigatório 
próprio e, com o recebimento dos autos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de 
Pâmela pela prática do crime de “aborto provocado pela gestante”, qualificado pelo resultado 
de lesão corporal grave, nos termos dos Art. 124 c/c o Art. 127, ambos do Código Penal. Diante 
da situação narrada, assinale a opção que apresenta a alegação do advogado de Pâmela. 
 
a) A atipicidade de sua conduta. 
b) O afastamento da qualificadora, tendo em vista que esta somente pode ser aplicada aos 
crimes de aborto provocado por terceiro, com ou sem consentimento da gestante, mas não 
para o delito de autoaborto de Pâmela. 
c) A desclassificação para o crime de lesão corporal grave, afastando a condenação pelo 
aborto. 
d) O reconhecimento da tentativa do crime de aborto qualificado pelo resultado. 
 
Gabarito: alternativa A 
 
Fundamento: a conduta de Pâmela é atípica, já que ela sequer estava grávida. Trata-se de crime 
impossível, previsto no artigo 17 do Código Penal, diante da absoluta impropriedade do objeto: Art. 
17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase) 
15. Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo regularmente 
contratado, apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina, durante 
toda a semana. Em seu horário de “serviço”, com várias crianças brincando na piscina, fica 
observando a beleza física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular 
com um amigo, acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse momento, uma criança vem 
a falecer por afogamento, fato que não foi notado por Carlos. Sobre a conduta de Carlos, diante 
da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que 
concretamente não viu a criança se afogando. 
b) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando 
o dever de garantidor. 
c) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando 
o dever de garantidor. 
d) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia 
contrato regular que o obrigasse a agir como garantidor. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: Art. 13, § 2°: A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia 
agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: b) de outra forma, assumiu a 
responsabilidade de impedir o resultado. 
 
 
Direito Civil: Pessoas jurídicas e domicílio (artigos 40 ao 78 do Código Civil) 
 
(Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) 
16. Em ação judicial na qual Paulo é réu, levantou-se controvérsia acerca de seu domicílio, 
relevante para a determinação do juízo competente. Paulo alega que seu domicílio é a capital 
do Estado do Rio de Janeiro, mas o autor sustenta que não há provas de manifestação de 
vontade de Paulo no sentido de fixar seu domicílio naquela cidade. 
 
Sobre o papel da vontade nesse caso, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Por se tratar de um fato jurídico em sentido estrito, a vontade de Paulo na fixação de 
domicílio é irrelevante, uma vez que não é necessário levar em consideração a conduta 
humana para a determinação dos efeitos jurídicos desse fato. 
b) Por se tratar de um ato-fato jurídico, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é irrelevante, 
uma vez que, embora se leve em consideração a conduta humana para a determinação dos 
efeitos jurídicos, não é exigível manifestação de vontade. 
c) Por se tratar de um ato jurídico em sentido estrito, embora os seus efeitos sejam 
predeterminados pela lei, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é relevante, no sentido 
de verificar a existência de um ânimo de permanecer naquele local. 
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d) Por se tratar de um negócio jurídico, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é relevante, 
já que é a manifestação de vontade que determina quais efeitos jurídicos o negócio irá 
produzir. 
 
Gabarito: alternativa C 
 
Fundamento: Nos atos jurídicos em sentido estrito, a vontade é elemento essencial (representam 
condutas, e não eventos), sendo que as consequências desses atosestão estabelecidas pela lei, 
não possuindo um conteúdo ajustável como nos negócios jurídicos. O domicílio é, por conseguinte, 
um ato jurídico stricto sensu. CC, art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece 
a sua residência com ânimo definitivo. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - XV – Primeira Fase) 
17. Paulo foi casado, por muitos anos, no regime da comunhão parcial com Luana, até que um 
desentendimento deu início a um divórcio litigioso. Temendo que Luana exigisse judicialmente 
metade do seu vasto patrimônio, Paulo começou a comprar bens com capital próprio em nome 
de sociedade da qual é sócio e passou os demais também para o nome da sociedade, restando, 
em seu nome, apenas a casa em que morava com ela. 
 
Acerca do assunto, marque a opção correta 
 
a) A atitude de Paulo encontra respaldo na legislação, pois a lei faculta a todo cidadão defender 
sua propriedade, em especial de terceiros de má-fé 
b) É permitido ao juiz afastar os efeitos da personificação da sociedade nos casos de desvio 
de finalidade ou confusão patrimonial, mas não o contrário, de modo que não há nada que 
Luana possa fazer para retomar os bens comunicáveis. 
c) Sabendo-se que a “teoria da desconsideração da personalidade jurídica” encontra aplicação 
em outros ramos do direito e da legislação, é correto afirmar que os parâmetros adotados 
pelo Código Civil constituem a Teoria Menor, que exige menos requisitos 
d) No caso de confusão patrimonial, gerado pela compra de bens com patrimônio particular em 
nome da sociedade, é possível atingir o patrimônio da sociedade, ao que se dá o nome de 
“desconsideração inversa ou invertida'', de modo como matrimoniais e comunicáveis 
 
Gabarito: alternativa D 
 
Fundamento: No caso de confusão patrimonial, gerado pela compra de bens com patrimônio 
particular em nome da sociedade, é possível atingir o patrimônio da sociedade, ao que se dá o 
nome de “desconsideração inversa ou invertida'', de modo como matrimoniais e comunicáveis. 
Caracteriza-se a desconsideração inversa quando é afastado o princípio da autonomia patrimonial 
da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio. Ao se desconsiderar a 
autonomia patrimonial, será possível responsabilizar a pessoa jurídica pelo devido ao ex-cônjuge 
do sócio. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o Juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas 
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relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da 
pessoa jurídica. 
 
 
(Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase – Reaplicação) 
18. Roberto, por meio de testamento, realiza dotação especial de bens livres para a finalidade de 
constituir uma fundação com a finalidade de promover assistência a idosos no Município do Rio 
de Janeiro. Todavia, os bens destinados foram insuficientes para constituir a fundação 
pretendida pelo instituidor. Em razão de Roberto nada ter disposto sobre o que fazer nessa 
hipótese, é correto afirmar que 
 
a) os bens dotados deverão ser convertidos em títulos da dívida pública até que, aumentados 
com os rendimentos, consigam perfazer a finalidade pretendida. 
b) os bens destinados à fundação serão, nesse caso, incorporados em outra fundação que se 
proponha a fim igual ou semelhante. 
c) a Defensoria Pública do estado respectivo, responsável por velar pelas fundações, destinará 
os bens dotados para o fundo assistencial mantido pelo Estado para defesa dos 
hipossuficientes. 
d) os bens serão arrecadados e passarão ao domínio do Município, se localizados na 
respectiva circunscrição. 
 
Gabarito: alternativa B 
 
Fundamento: Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados 
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se 
proponha a fim igual ou semelhante. 
 
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