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Ginástica aeróbica,step-training e jump

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MUSCULAÇÃO E 
GINÁSTICA DE 
ACADEMIA
Iberico Alves Fontes
Ginástica aeróbica, 
step-training e jump
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar a ginástica aeróbica.
 � Definir os componentes de uma aula de step-training.
 � Analisar os elementos existentes em uma aula de jump.
Introdução
A ginástica aeróbica e as modalidades criadas a partir dela têm se tornado 
uma escolha frequente para indivíduos que queiram ingressar em um 
programa de exercício, devido aos aspectos motivacional e estético e 
por ser uma atividade que se adapta bem à rotina, com treinos de até 
60 minutos.
Neste capítulo, você conhecerá os benefícios, as formas de elaboração 
de uma aula e as características da ginástica aeróbica (no contexto das 
academias e clubes de esportes), do jump e do step-training.
1 Ginástica aeróbica: das academias 
para os clubes
Entre as diversas modalidades/opções de exercícios físicos existentes, seja para 
melhorar a aptidão cardiorrespiratória e/ou para benefícios estéticos, estão as 
mais variadas formas de ginástica aeróbica (GA). Conceituar a GA, pode ser 
algo difícil, devido ao seu caráter amplo, com diversos objetivos e elementos, 
como ritmo (trabalhado por meio da música), passos de dança, melhora do 
condicionamento físico, entre outros (SILVA et al., 2019b). 
Ao longo da história, alguns autores tentaram conceituar a GA. Ceas et al. 
(1987) definiram a GA como uma atividade física, cuja execução é orientada 
por um ritmo musical. Já Wells (1991) considera a GA mais ampla, definida 
como a combinação de movimentos da dança, exercícios e música. Blyth e 
Goslin (1985) acrescentam que a aula de GA pode contemplar alongamentos 
e exercícios localizados (SILVA et al., 2019b).
A partir do exposto, pode-se ter um olhar mais amplo sobre a GA, defi-
nindo-a como uma atividade física aeróbica, realizada por meio de exercícios 
ritmados, que tem a música como um forte elemento (podendo ser trabalhada 
por meio de coreografias e passos de dança) e traz diversos benefícios para 
seus praticantes, como melhora de aptidão física, flexibilidade, coordenação 
motora, autoestima, bem-estar e redução do estresse (ROCHA, 2008; SILVA 
et al., 2019b).
A GA trabalhada nas academias incorpora diversos elementos motiva-
cionais, como convívio social, perda de peso e melhora do condicionamento 
físico, além de trazer a influência da música. Pode ser trabalhada por meio 
de exercícios com séries e rotinas baseadas em coreografias, que utilizam 
passos básicos com variação dos movimentos da dança e exercícios vindos 
da calistenia, como: agachamentos, avanços, corrida estacionária, exercícios 
para os músculos dos braços (p. ex., flexão e extensão de cotovelo, abdução 
e flexão de ombro), exercícios para os músculos abdominais e diversas ou-
tras possibilidades (FRANZ; NASCIMENTO, 2018; MONTEIRO; SILVA; 
ARRUDA, 1998; SILVA et al., 2019a; VALIM; VOLP, 1998). 
A estrutura da GA tem três etapas: 
 � Aquecimento: no aquecimento, há o acolhimento, no qual, além da 
preparação para a etapa seguinte, deve-se trabalhar o aspecto social 
do aluno, dialogar sobre os aspectos do treino da aula, bem como fazer 
recomendações para uma atividade mais prazerosa.
 � Parte principal: com cerca de 30 a 40 minutos, é constituída por 
exercícios de média e alta intensidades.
 � Volta à calma: etapa de relaxamento, na qual é possível trabalhar 
alongamentos, meditações e elementos do yoga.
Ginástica aeróbica, step-training e jump2
Silva et al. (2019a) realizaram um estudo cujo objetivo era avaliar a in-
fluência da ginástica aeróbica no bem-estar de mulheres com idade entre 
30 e 50 anos, com 3 sessões de ginástica por semana, durante 2 meses. Ao 
fim do estudo, observou-se que as participantes tiveram melhoras no quadro 
de bem-estar geral devido à ginástica, principalmente nas áreas relacionadas 
à atividade física e ao convívio social.
Liebl et al. (2014) compararam os efeitos de um programa de musculação 
e ginástica localizada em uma amostra de 30 mulheres que praticavam uma 
das modalidades por, pelo menos, 6 meses. O estudo não encontrou diferenças 
significativas para a força máxima de membros inferiores no teste abdominal e 
de flexão de braços, o que prova que a ginástica pode ser uma ótima atividade 
física para prover ganhos de força e resistência muscular.
Lopes, Zangelmi e Lima (2009), ao estudarem o efeito agudo da glicemia 
capilar em diabéticos tipo II e praticantes de GA, obtiveram importantes re-
sultados, que sugerem que a GA, quando bem indicada, prescrita e executada, 
tem um importante papel no controle glicêmico do portador de diabetes.
De Paoli et al. (2005) investigaram o consumo calórico durante a “parte 
principal” de uma aula de ginástica. Nesse estudo, participaram 15 mulheres 
com idade média de 30 anos, as quais apresentaram um valor médio de consumo 
energético de 6,08 kcal/min, para uma média de peso corporal de 55, 74 e 
88 kg. Como uma aula normalmente tem duração de 60 minutos, pode-se dizer 
que essa atividade se mostra eficiente para promover o gasto calórico do grupo. 
Contudo, lembre-se de que o papel do profissional quanto ao planejamento 
será sempre fundamental nesse aspecto.
Existem formas simples e rápidas de mensurar a intensidade das aulas, 
a frequência cardíaca e as escalas de percepção de esforço, como a escala 
de Borg, mas é sempre importante que o professor conheça seu aluno, assim 
como o perfil da turma (p. ex., alguns indivíduos tendem a superestimar as 
escalas), a fim de identificar possíveis sinais que referem ao andamento e 
à intensidade da aula.
A motivação é um ponto bastante importante na aderência à prática da 
modalidade, sendo o professor um dos principais aspectos responsáveis pela 
aderência e a manutenção dos alunos. Nesse sentido, ele é responsável por 
transformar o ambiente de aula em um local confortável para o desenvolvimento 
das atividades, respeitando e adaptando as atividades às possíveis limitações 
de infraestrutura e ao nível de condicionamento físico e possíveis limitações 
de seus alunos.
3Ginástica aeróbica, step-training e jump
Ginástica aeróbica esportiva
A ginástica aeróbica esportiva (GAE) é uma das oito modalidades da ginás-
tica, que, segundo a Federação Internacional de Ginástica (FIG, 2019a), são 
as seguintes: 
1. ginástica para todos;
2. ginástica artística masculina;
3. ginástica artística feminina;
4. ginástica rítmica;
5. ginástica acrobática;
6. trampolim;
7. parkour; 
8. ginástica aeróbica.
A GAE teve sua origem nas décadas de 1970 a 1980, sendo caracterizada 
por fundir sequências de exercícios aeróbicos, com elementos de dificuldade 
da ginástica, transições originais, colaborações e interações entre membros 
da equipe (FIG, 2019a). Assim como na GA das academias, a musicalidade 
mostra-se um importante elemento, visto que as rotinas de exercícios são 
inspiradas e executadas em sincronia com o ritmo/melodia (FIG, 2019a).
A GAE oferece diversas modalidades ou plataformas, e os ginastas podem 
competir de forma individual, dupla mista, em trios e em grupos de 5 ou 8 par-
ticipantes. Em todas as categorias os participantes devem realizar movimentos 
no solo e no ar, de modo que utilizem toda a extensão da arena (FIG, 2019b).
O Brasil é um dos grandes representantes dessa modalidade, e os atletas 
Lucas Barbosa e Tamires Silva ocupam o 1º e 9º lugar, respectivamente, no 
ranking mundial nas modalidades individuais, e, na dupla mista, os mesmos 
atletas ocupam a 2ª posição. No entanto, a modalidade não faz parte dos jogos 
olímpicos (FIG, 2019c).
2 Step-training/bodystep
Modalidade que utiliza a plataforma step (que se assemelha a um degrau), 
o step-training teve sua origem na década de 1980. Com uma proposta inova-
dora, ele conquistou o mercado fitness ao longo dos anos, sendo, hoje, uma das 
principais modalidades a serem trabalhadas em espaços destinados à prática 
de atividade física (PEREIRA; MONTEIRO, 2017).Ginástica aeróbica, step-training e jump4
O step-training tem como objetivo a melhora da aptidão cardiorrespiratória 
do praticante e caracteriza-se como uma modalidade aeróbica. Sua execução 
consiste em subir e descer plataformas com alturas reguláveis, utilizando 
música e coreografias para marcar o ritmo das aulas. A modalidade é reco-
mendada pelo American College of Sports Medicine (ACSM), para atingir a 
melhora do condicionamento físico (ACSM, 2014; AMANTÉA, 2003; BOM; 
PORTO, 2016; JUCÁ, 1993; PEREIRA; MONTEIRO, 2017).
Assim como na GA, as aulas de step propiciam o convívio social, por se 
tratar de uma modalidade que normalmente é trabalhada de forma coletiva. 
Os benefícios dessa prática são: perda de peso, melhora da autoestima, redução 
do estresse, melhora da coordenação motora, da força, além de efeito protetor 
para doenças, como depressão, diabetes e hipertensão.
Os exercícios/movimentos executados na aula acionam os músculos exten-
sores dos membros inferiores, abdutores da coxa, que, por sua vez, permitem 
exercitar a estabilidade postural, auxiliando no ganho de massa muscular, força 
muscular e potência muscular (PEREIRA; MONTEIRO, 2017). A modalidade 
que utiliza combinações/associações de movimentos de membros inferiores 
com superiores (feita de forma simultânea ou não) tem como benefício o 
auxílio na melhora da densidade mineral óssea, já que a plataforma, quando 
ajustada a 15 centímetros, permite produzir forças reativas ao apoio, o sufi-
ciente para promover modificações na densidade mineral óssea (PEREIRA; 
MONTEIRO, 2017).
Quanto ao controle de intensidade da aula, o professor pode utilizar a 
frequência cardíaca e as escalas de percepção de esforço como uma forma 
não invasiva, sem gastos financeiros e de fácil aplicação. Os aspectos que 
influenciam diretamente na intensidade são: coreografia associada à música, 
movimentos mais rápidos e intensos e a altura da plataforma (algumas possuem 
a opção de ajustes).
Existem inúmeros movimentos e combinações de passos, porém, com 
alunos iniciantes, o ideal é que se comece com os mais simples, como marcha, 
corrida, flexão de quadril, flexão de joelho, passo em v e passo em l, para, 
depois, passar a criar coreografias e aulas intensas/divertidas (PEREIRA; 
MONTEIRO, 2017).
A progressão pedagógica dos exercícios (começando com movimentos 
simples e progredindo para movimentos mais complexos) deve ser respeitada, 
a fim de facilitar o aprendizado da coreografia e manter os alunos motivados. 
Os passos mais complexos são os que trabalham com a dissociação de movi-
mentos (p. ex., quando se pede que o aluno execute uma tarefa como subir no 
5Ginástica aeróbica, step-training e jump
step com o pé esquerdo e chutar com o direito, ou associar algum movimento 
de membros inferiores com superiores). 
Uma realidade encontrada nas academias é a heterogeneidade das turmas, 
ou seja, alunos iniciantes e mais experientes/adultos e idosos frequentando a 
mesma aula, o que pode ser um fator que influencia na motivação/desistência 
dos praticantes, cabendo ao professor utilizar as metodologias corretas, a fim 
de minimizar qualquer efeito desestimulante que essa característica possa 
exercer sobre a aula.
Assim, o profissional de educação física deve estar atento ao posicionamento 
de seus alunos em sala, principalmente os iniciantes, com os quais se deve 
manter o contato visual, para que se consiga corrigi-los, caso necessário, e 
para que eles consigam ficar atentos aos comandos e às coreografias. Além 
disso, o professor deve estar ciente de algumas condutas para diminuir o 
risco de lesões, como: orientar sobre o calçado correto; não pular etapas da 
aula, como aquecimento/alongamento, já que elas têm a função de diminuir/
prevenir lesões; controlar a velocidade dos movimentos executados na coreo-
grafia, começando com 118 a 122 batidas por minuto (bpm) — um bom ritmo 
para se trabalhar e utilizar técnicas de execução corretas, a fim de diminuir 
qualquer possibilidade de lesão — e indo até 128 bpm (para alunos mais 
avançados). Contudo, é possível encontrar na literatura estudos que indicam 
132 bpm como limite de segurança, e há, ainda, a recomendação de que, para 
populações especiais, como idosos, o bpm seja entre 100 e 110 (PEREIRA; 
MONTEIRO, 2017).
Existem diversos aspectos que devem ser levados em consideração ao se 
elaborar uma aula, como a forma de aproximação da plataforma (refere-se à 
posição em que alunos e professores ficarão em relação ao step), os passos ou 
movimentos utilizados para elaborar as coreografias, além de que o calçado 
deve ser próprio para a prática de exercícios aeróbicos, a fim de evitar lesões 
e melhorar o rendimento. No caso do step-training, o calçado é um importante 
acessório para minimizar as forças verticais do impacto (BOM; PORTO, 2016; 
PEREIRA; MONTEIRO, 2017).
A música, uma das responsáveis pelo ritmo, a intensidade e a motivação, 
é um forte elemento que se faz presente nas aulas. Hoje, no mercado, já é pos-
sível encontrar trilhas preparadas para a modalidade de step-training. Em sua 
estrutura, são encontradas os batimentos por minuto (bpm), que auxiliarão na 
marcação das aulas. Esse aspecto é muito importante, pois remete à segurança, 
visto que a falta de ritmo apresentada por algum aluno pode desencadear um 
possível acidente. Por exemplo, em uma aula cheia, com steps organizados 
Ginástica aeróbica, step-training e jump6
um atrás do outro, a coreografia exige que se faça movimentos em que aluno 
se desloque para a frente e para atrás do step. No momento em que a turma 
está se deslocando de forma sincronizada para a frente de seu step, um aluno 
fora de ritmo indo contra esse sentido pode gerar um contato físico e, talvez, 
uma lesão (BOM; PORTO, 2016; PEREIRA; MONTEIRO, 2017).
No que diz respeito ao planejamento das aulas, assim como na GA, estas 
são divididas em aquecimento, parte principal e volta à calma. O aquecimento 
tem duração de aproximadamente 10 minutos, com o objetivo de prevenir 
lesões e preparar o aluno para a parte principal. Já a parte principal, com 
duração aproximada de 35 a 40 minutos, tem como objetivo a aprendizagem 
motora dos movimentos/passos e o aumento da aptidão cardiorrespiratória e 
dos níveis de força muscular por meio dos exercícios. Por fim, a volta à calma 
é caracterizada como um momento de relaxamento da aula, a qual deve ser 
incluída devido aos possíveis eventos associados a arritmias e queda de pressão 
(PEREIRA; MONTEIRO, 2017).
É de extrema importância que o professor de step-training domine as 
diferentes metodologias de ensino, assim como suas aplicações. O processo 
de aprendizagem ocorre em três etapas, descritas a seguir. 
1. Cognitivo: corresponde ao momento em que o aluno tem seu primeiro 
contato com a atividade. É caracterizado por uma grande quantidade de 
erros de aprendizado e envolve diversos estímulos, percepções e desen-
volvimento motor (PEREIRA; MONTEIRO, 2017; SILVA et al., 2019b). 
É o momento em que o professor deve ter um contato mais direto com 
o aluno, estar sempre próximo, acolhê-lo de forma que esses erros não 
se transformem em frustrações e, consequentemente, vergonha de estar 
em público fazendo esses exercícios com um grupo mais experiente. 
Apresentar esse aluno para a turma e fazer uma coreografia um pouco 
mais lenta no primeiro contato são algumas medidas que podem ajudar 
a criar um ambiente mais agradável.
2. Associativo: é a fase na qual os alunos começam a desenvolver e com-
preender os mecanismos motores para a realização dos movimentos. 
Essa fase apresenta menor número de erros em relação à cognitiva 
(PEREIRA; MONTEIRO, 2017; SILVA et al., 2019b). Nela, os alunos 
já têm um certo tempo da prática (há casos de alunos com uma boa 
vivência motora anterior, que, já no primeiro contato, demonstram maior 
habilidade que os alunos com mais tempo de prática) e já assimilaram 
alguns passos, coreografias e comandos de voz.
7Ginástica aeróbica, step-training e jump
3. Autônomo:consiste na etapa em que o aluno assimila os movimentos 
e está pronto para os novos desafios que serão impostos pelo profes-
sor. Nessa fase, o aluno já está bem adaptado à atividade, dominando 
aspectos motores e espaciais (PEREIRA; MONTEIRO, 2017; SILVA 
et al., 2019b). Além disso, o aluno já apresenta domínio dos elementos 
das aulas, como passos e coreografia, o que permite que o professor 
lance novos desafios, como coreografias mais elaboradas e aulas mais 
intensas.
A literatura apresenta diversas metodologias, sendo as principais descritas 
a seguir.
 � Método por partes: os movimentos são ensinados de forma isolada 
e, depois, são agrupados. Esse método possui um bom retorno, princi-
palmente com turmas iniciantes. Trata-se de dividir a sequência ou a 
coreografia em partes, logo, um movimento “a” é ensinado, e, após a sua 
fixação, um segundo movimento “b” é executado; após o entendimento 
dos movimentos, eles são apresentados em associação.
 � Método da substituição: o professor substitui de forma progressiva os 
movimentos básicos de uma sequência por movimentos com maior grau 
de dificuldade. Esse método requer domínio dos movimentos e um bom 
tempo de prática. No entanto, a transição de movimentos mais simples 
para mais complexos pode confundir os alunos. Uma recomendação para 
minimizar esse efeito é introduzir passos neutros, como uma marcha 
no step, para indicar que haverá mudança na coreografia.
 � Método da espera ativa: nesse método, é inserido um movimento 
simples para que o aluno execute enquanto escuta e observa as instruções 
para o próximo movimento. O professor pede que os alunos executem 
uma marcha ou o toque no step e demonstra o próximo movimento. Os 
alunos devem continuar executando o movimento solicitado enquanto 
observam o professor e, ao comando do docente, executar o novo passo 
com ele.
 � Verbalização: técnica em que o professor anuncia de forma verbal 
o próximo movimento, sem que tenha terminado a sequência atual. 
Aqui, há a necessidade de uma turma familiarizada com comandos/
nomenclaturas, sendo possivelmente um perfil de turma intermediária/
avançada. Trabalhar com essa modalidade requer prática, devido à 
necessidade de aprendizagem dos diversos recursos que poderão ser 
implementados na aula. 
Ginástica aeróbica, step-training e jump8
Portanto, o professor deve experimentar e vivenciar as diferentes técnicas 
de ensino, bem como saber aplicá-las no momento correto, de acordo com as 
demandas de sua turma.
3 Jump
O jump consiste em um programa de exercícios ritmados que utiliza membros 
inferiores e superiores, no qual os movimentos são executados sobre um mi-
nitrampolim (LEMOS et al., 2008). Por se tratar de uma modalidade aeróbica, 
seus benefícios são os mesmos das modalidades discutidas anteriormente. 
Furtado, Simão e Lemos (2004), ao analisarem o comportamento de va-
riáveis metabólicas relacionadas à aula de jump, como frequência cardíaca, 
consumo máximo de oxigênio, produção de dióxido de carbono, quociente 
respiratório, equivalente metabólico e dispêndio energético por meio da espi-
rometria, constataram que a modalidade proporciona aumento da resistência 
cardiorrespiratória, que, por sua vez, contribui para a manutenção e a melhora 
da qualidade de vida de seus praticantes (FURTADO; SIMÃO; LEMOS, 2004).
Sendo composta por saltos, corridas (bem como suas variações e combina-
ções) e coreografias, a aula de jump se mostra uma modalidade extremamente 
motivante e estimulante para o praticante, proporcionando a melhora da resis-
tência cardiorrespiratória, da aptidão cardiorrespiratória e, consequentemente, 
da saúde (PERANTONI et al., 2009).
O controle da intensidade da aula é de extrema importância para a obtenção 
dos benefícios decorrentes da prática de jump, e diferentes técnicas para a sua 
mensuração podem ser utilizadas, como: volume máximo de oxigênio, limiares 
ventilatórios e de lactato, percepção de esforço e frequência cardíaca, sendo 
estas duas últimas as mais utilizadas e de fácil aplicação, as quais são ótimas 
alternativas para grandes grupos (MIGUEL et al., 2017). 
A aula de jump tem cerca de 50 a 55 minutos de duração, sendo também 
dividida em aquecimento, parte principal e volta à calma ou relaxamento. 
O ritmo das músicas deve acompanhar essas fases, ou seja, na fase de relaxa-
mento, a música deve ser mais calma/com um ritmo mais leve.
O aquecimento deve ser iniciado fora do minitrampolim, para que, depois, 
seja continuado nele. Já a parte principal deve possuir músicas com intervalos 
de intensidade (leve, moderada e intensa), cabendo ao professor conduzir a 
intensidade dos exercícios de acordo com esses intervalos. A última fase é 
caracterizada por alongamentos específicos e exercícios de respiração.
9Ginástica aeróbica, step-training e jump
A coreografia de uma aula de jump é um dos pontos altos da aula, já que 
ela permite uma grande variação de estímulos, o que torna a aula ainda mais 
prazerosa para os alunos. Existem inúmeros passos que podem ser executados 
durante uma coreografia, sendo que muitos já são bastante conhecidos e 
nomeados, como os listados a seguir.
 � Corrida: como o nome sugere, são realizados movimentos que simulam 
uma corrida, com movimentos de membros inferiores e membros su-
periores. Pode-se, ainda, prescrever variações, alternando a velocidade 
em movimentos conhecidos como pré-corrida e sprint. A Figura 1 
apresenta um exemplo de corrida estacionária em uma aula de jump.
 � Calcanhar à frente: nesse movimento, um dos calcanhares é projetado 
para a frente ou para trás da linha do corpo, ao passo que o outro pé 
permanece em contato com a plataforma. O movimento de amplitude 
baixa é bem semelhante a um “chute” curto. 
 � Calcanhar atrás: nessa movimentação, é feita uma flexão de joelho, e 
o calcanhar é movido em direção aos glúteos. É possível variar, fazendo 
o movimento duplo de flexão, alternando-o entre duplo e simples, 
ou, ainda, incluir a movimentação dos membros superiores em um 
movimento chamado de “galope”.
 � Elevação de joelho: movimento em que é realizada uma flexão de 
quadril associada a uma flexão de joelho. Além da variação de velo-
cidades, o movimento pode ser feito isoladamente ou com associação 
dos membros superiores homolaterais ou contralaterais. 
 � Corrida alta (hop): o movimento do hop é muito semelhante ao da 
elevação de joelhos, no entanto, é realizado de forma mais intensa e 
com maior coordenação, com movimento de braços e quadris. A corrida 
alta pode ser variada com movimentos duplos de cada membro ou 
alternando entre movimentos duplos e simples.
 � Chinelo: nesse exercício, os membros inferiores fazem uma movimen-
tação semelhante ao polichinelo, isto é, um pequeno saltito com os pés 
juntos, no centro da cama elástica, e outro saltito com os pés afastados 
lateralmente. Como variação, pode-se fazer o movimento duplo (dois 
saltitos com os pés juntos e dois saltitos com os pés afastados), ou 
alternando entre saltitos simples e duplos. 
 � Cowboy: essa movimentação é feita com um saltito associado a uma leve 
abdução do quadril e flexão do joelho, visando a trazer a parte interna 
do pé para cima. Ele pode ser feito em amplitudes baixas ou altas, bem 
como pelas repetições, podendo ser simples ou duplo. 
Ginástica aeróbica, step-training e jump10
 � Twist: nessa movimentação, os saltitos são associados a movimentos 
de rotação do tronco, geralmente fazendo os pés/as pernas ficarem 
apontando para uma direção, enquanto o tórax e a cabeça apontam 
para o outro lado. O movimento pode ser feito associando movimentos 
dos membros superiores, com saltitos duplos para o mesmo lado, bem 
como com alterações entre saltitos simples e duplos.
 � Tcha-Tcha: essa movimentação ocorre com um deslocamento lateral, 
de modo que primeiro é realizado um passo lateral, visando a “abrir” 
a distância entre os pés, e o segundo passo os aproxima. Em seguida, 
é realizada a abertura para o outro lado da cama elástica e, então, 
omovimento é repetido.
Figura 1. Momento em que os alunos executam uma corrida estacionária em uma aula 
de jump.
Fonte: Giorgio Rossi/Shutterstock.com.
Vale destacar que esses são apenas alguns dos passos que são utilizados 
em uma coreografia de jump, de modo que o professor possui total liberdade 
para inovar e criar novos movimentos e, posteriormente, incorporá-los a 
novas coreografias.
11Ginástica aeróbica, step-training e jump
A heterogeneidade da turma é uma situação com a qual o professor deve estar pre-
parado para lidar. Assim como nas aulas de step e GA, o professor deve saber utilizar 
as metodologias adequadas, e mensurar a intensidade das atividades (principalmente 
com alunos iniciantes) é de extrema importância. Os princípios e técnicas a serem 
aplicados aqui podem ser os mesmos citados anteriormente. Lembre-se, sempre, 
de que o professor é o responsável pela motivação, a aderência e a permanência do 
aluno em um programa de atividade física.
Dessa forma, os três diferentes métodos de ginástica de academia apresenta-
dos são práticas que demandam profissionais com conhecimento e experiência 
específicos para ministrar as aulas. Uma aula de ginástica bem planejada, com 
uma boa coreografia, associada a uma ótima relação entre o professor e os 
alunos, é, sem dúvidas, uma excelente estratégia para aprimorar o condicio-
namento físico dos alunos de maneira bastante prazerosa. 
ACSM. Diretrizes do American College of Sports Medicine para os testes de esforço e sua 
prescrição. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2014. 
AMANTÉA, M. Step force: a verdadeira aula de step. São Paulo: Fontoura, 2003.
BLYTH, M.; GOSLIN, B. R. Cardiorespiratory responses to "aerobic dance". The Journal of 
Sports Medicine and Physical Fitness, [s. l.], v. 25, n. 1–2, p. 57–64, 1985.
BOM, F. C.; PORTO, G. M. Os processos didáticos das aulas de ginástica: modalidade de 
step training. Revista Biomotriz, Cruz Alta, v. 10, n. 1, p. 171–185, 2016.
CEAS, B. et al. Ginástica aeróbica e alongamento. Barueri: Manole, 1987.
DE PAOLI, M. P. et al. O custo energético de uma aula de ginástica localizada avaliada 
por meio de calorimetria indireta. Motricidade, [s. l.], v. 1, p. 28–35, 2005.
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