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Profª	Ms.	Francielly	da	Silva	Camim	
	
TÉCNICAS	E	TIPOS	DE	ISOLAMENTO	DO	CAMPO	
OPERATÓRIO	EM	ODONTOLGIA	
	
 
1.	 INTRODUÇÃO	
	
Dentre	os	vários	e	principais	artifícios	utilizados	e	desenvolvidos	no	meio	da	Odontologia	
está	o	Isolamento	do	Campo	Operatório.	Esse	auxílio	surgiu	por	meio	da	ideia	de	que	os	
materiais	 restauradores	 necessitam	 de	 um	 campo	 operatório	 isolado,	 seco	 e	
perfeitamente	limpo	para	atingirem	sua	longevidade	e	sucesso	clínico.	Dessa	forma,	o	
isolamento	pode	ser	absoluto,	relativo	ou	ainda	podemos	lançar	mão	de	medicamentos	
auxiliares	os	quais	diminuem	o	fluxo	salivar	(MONDELLI,	2006).		
	 	
2.	 ISOLAMENTO	ABSOLUTO	
	
Segundo	a	literatura,	em	1864,	na	cidade	de	Nova	York,	Sanford	C.	Barnum	idealizou	e	
introduziu	 à	 odontologia	 o	 isolamento	 absoluto,	 atingindo	 com	 êxito	 um	 campo	 de	
trabalho	adequado	(GILMORE	HM,	LUND	MR,	1975;	GLENNER	RA,	1994).		
As	áreas	da	odontologia	que	mais	fazem	uso	desse	tipo	de	isolamento	são	a	Dentística	
e	Endodontia	visto	que	há	uma	maior	necessidade	de	visão,	condições	favoráveis	para	
os	materiais	utilizados	e	proteção	para	o	paciente.	Além	dessas	vantagens,	o	isolamento	
absoluto	 oferece	 uma	 eficácia	 maior	 quando	 comparado	 ao	 isolamento	 relativo,	
proteção	dos	tecidos	bucais	além	de	controlar	as	infecções	cruzadas.		
É	válido	lembrar	que	dessa	forma	o	cirurgião-dentista	estará	trabalhando	em	condições	
favoráveis	de	obter-se	qualidade	e	durabilidade	do	material	restaurador	além	de	evitar	
qualquer	tipo	de	risco	de	o	paciente	aspirar	algum	material	ou	deglutir	um	instrumental	
de	 menor	 tamanho,	 garantindo	 seu	 conforto	 e	 sossego	 durante	 o	 tratamento	
odontológico.		
	
	
2.1)	Materiais	empregados:	
	
a)	 Lençol	de	Borracha:	
Confeccionado	com	látex	e	disponível	no	mercado	com	cores	e	espessuras	variadas	de	
0,15	 a	 0,35mm.	 Tem	 como	 objetivo	 vedar,	 afastar	 e	 proteger	 os	 tecidos	 moles	
subjacentes.	Geralmente	é	fornecido	em	rolo	ou	já	cortado	de	forma	quadrangular	para	
uso	 imediato.	 As	 cores	 disponíveis	 são	 as	 seguintes:	 preto,	 verde,	 azul,	 rosa	 e	 a	 cor	
natural	do	látex.		
	
b)	 Perfurador	do	lençol	de	borracha:	
Apresenta	número	de	furos	suficientes	com	diâmetros	variados	para	os	os	elementos	
dentários	específicos.	Tem	como	função	realizar	orifícios	na	borracha	a	fim	de	acomodar	
cada	tipo	de	dente.	É	importante	que	os	furos	sejam	bem	feitos	e	o	perfurador	esteja	
em	bom	estado	para	que	evite	um	corte	da	borracha	inadequado,	o	que	provocará	em	
um	isolamento	deficiente	com	perda	de	vedamento	e	a	contaminação	do	mesmo	com	
saliva.	 Sendo	 assim,	 a	 base	 dos	 orifícios	 poderá	 ser	 afiada	 com	 lixas	 ou	 borrachas	
abrasivas.			
	
c)	 Porta-Dique	de	borracha:	
O	porta-dique	mais	utilizado	entre	os	profissionais	é	o	“Arco	de	Young”,	o	qual	apresenta	
o	formate	de	um	“U”.	Além	disso,	apresenta	pequenas	projeções	ou	pinos	metálicos	ao	
redor	que	permitirão	a	apreensão	da	borracha,	a	mantendo	em	posição.	No	mercado,	
ainda	podemos	encontrar	outros	tipos	de	porta-diques	como	o	“Porta-Dique	de	Ostby”,	
feito	 de	 plástico	 e	 que	 apresenta	 o	 formato	 de	 um	 arco	 fechado	 com	 projeções	
pontiagudas.	Também	existem	os	porta-diques	de	plástico	fabricados	pela	“Jon”,	o	de	
Woodbury	e	o	de	Wizzard	além	do	modelo	desenvolvido	pelo	Prof.	Dr.	José	Mondelli,	o	
qual	aumentou	a	área	de	curvatura,	possibilitando	um	campo	operatório	mais	amplo	e	
visível,	uma	formação	de	dobras	no	lençol	de	borracha	menor	e	uma	respiração	mais	
livre	por	parte	do	paciente,	garantindo	maior	conforto.		
	
d)	 Grampos:	
Auxiliam	 na	 manutenção	 do	 lençol	 de	 borracha	 em	 posição	 junto	 aos	 dentes.	 São	
encontrados	vários	tipos	e	marcas	no	mercado	além	de	serem	indicados	para	todos	os	
casos	de	isolamento	e	também	em	situações	de	coroa	clínica	curta	e	retração	gengival.		
Cada	grampo	apresenta	a	seguinte	estrutura:	alça,	asa,	orifício	e	garra.	
Os	 grampos	 são	 divididos	 em	 números	 e	 cada	 grupo	 é	 indicado	 para	 os	 seguintes	
elementos	dentários:	
I.	 200	a	205:	indicados	para	molares;	
II.	 206	a	209:	indicados	para	pré-molares;	
III.	 210	e	211:	indicados	para	dentes	anteriores.		
Ainda	existem	os	grampos	W8A	e	14A,	os	quais	adaptam-se	a	um	grande	número	de	
dentes,	 sendo	 considerados	 “especiais”.	 Esses	 grampos	 apresentam	 pequenas	
adaptações	 permitindo	 a	 utilização	 em	praticamente	 todos	 os	 dentes	 posteriores.	O	
grampo	26	não	apresenta	asas	e	é	indicado	para	molares	como	é	o	caso	dos	molares	
inferiores	 com	 pouca	 retenção	 e	 também	 para	 casos	 de	 colocação	 de	 grampo	 sem	
projeções	laterais.	Já	o	grampo	212	é	indicado	para	casos	de	retração	gengival	podendo	
necessitar	de	algumas	modificações	como	mudanças	da	garra	lingual	para	incisal	e	da	
vestibular	para	apical.	Essas	modificações	podem	ser	realizadas	através	do	auxílio	de	
uma	lamparina	ou	bico	de	Bunsen	e	também	do	alicate	121.	O	alicate	mantém	a	posição	
do	grampo	e	com	outro	alicate	do	mesmo	tipo	realiza-se	a	curvatura	das	garras.	Dessa	
forma,	devemos	manter	esse	grampo	em	posição	utilizando	godiva	e	ainda	lançar	mão	
do	verniz	cavitário	sobre	os	dentes	e	as	alças	do	grampo	a	fim	de	melhorar	a	aderência	
da	godiva	às	superfícies	dentárias	e	metálicas.	O	grampo	212	ainda	pode	sofrer	outras	
modificações	ao	remover	a	alça	de	um	dos	lados	além	das	garras	a	fim	de	melhorar	o	
acesso	 por	 parte	 do	 operador	 ou	 ainda	 para	 realizar	 trabalhos	 simultâneos	 em	 dois	
dentes.		
	
e)	 Pinça	Porta-Grampo:		
Apresenta	 como	 principal	 função	 levar	 o	 grampo	 ao	 dente.	 O	 mais	 utilizado	 na	
atualidade	é	o	porta-grampo	de	Palmer.	Todo	modelo	deve	apresentar	uma	mola	entre	
os	seus	cabos	e	uma	alça	corrediça	para	manter	o	grampo	distendido	entre	as	pontas	
ativas	das	garras.	Apesar	de	existirem	modelos	com	um	intermediário	longo	ou	curvo,	
os	mesmos	não	se	soltam	com	facilidade	do	grampo,	não	sendo,	assim,	selecionados	e	
escolhidos	pelo	profissional.	
Materiais	 auxiliares	 também	 são	 necessários	 para	 a	 confecção	 de	 um	 isolamento	
absoluto	 efetivo.	 Entre	 eles,	 podemos	 citar:	 fio	 dental,	 godiva,	 caneta	 esferográfica,	
lubrificantes	como	creme	de	barbear	masculino	e	parte	do	próprio	lençol	de	borracha	o	
que	facilita	a	invaginação	do	lençol	e	substitui	muitas	vezes	o	fio	dental.			
		
2.2)	Passos	clínicos:	
	
1.	 Preparação	do	lençol	de	borracha:		
	
Para	um	tratamento	restaurador,	sempre	devemos	incluir	o	maior	número	de	dentes	
possíveis	a	fim	de	facilitar	a	visão	e	realizar	uma	comparação	com	os	dentes	vizinhos.	
Como	regra	geral,	o	dique	de	borracha	deve	incluir	no	mínimo	dois	dentes	a	distal	do	
elemento	 que	 será	 tratado	 e	 o	 restante	 para	 mesial	 até	 o	 canino	 pertencente	 ao	
hemiarco	 do	 lado	 oposto.	 Quando	 o	 tratamento	 exige	 intervenção	 nos	 dentes	
anteriores,	o	correto	é	sempre	isolar	de	pré-molar	de	um	hemiarco	ao	outro	pré-molar	
do	 lado	 oposto.	 Já	 em	 casos	 de	 intervenção	 de	 um	 elemento,	 o	 isolamento	 poderá	
abranger	 um	 número	 menor	 de	 dentes	 desde	 que	 não	 prejudique	 o	 acesso	 e	
desenvolvimento	da	restauração.		
É	válido	lembrar	que	é	sempre	bom	realizar	os	orifícios	do	lençol	de	forma	correta	a	fim	
de	facilitar	o	desenvolvimento	do	procedimento.		
	
2.	 Posição	do	orifício	no	lençol	de	borracha:	
	
A	distância	entre	os	orifícios	costuma	ser	igual	à	distância	entre	os	eixos	longitudinais	
dos	dentes.		
		
3.	 Métodos	de	perfuração	da	borracha:	
	
Os	seguintes	métodos	tendem	a	auxiliar	essa	etapa:	
Divisão	em	quadrantes:	podemos	dividir	o	 lençol	de	borracha	em	quatro	quadrantes,	
traçando	uma	linha	vertical	e	outra	horizontal	a	fim	de	facilitar	a	perfuração	dos	orifícios	
pelo	perfurador	de	dique	de	borracha.	O	auxílio	de	uma	regra	milimetrada	nessa	fase,	é	
essencial	para	que	o	o	lençol	de	borracha	fique	dividido	de	forma	correta.	A	marcação	é	
sempre	feita	a	partir	do	centro	e	é	necessário	deixar	sempre	uma	pequena	distância	
entre	a	marcação	dos	dentes	para	que	após	a	perfuração	não	reste	muito	remanescente	
do	dique	a	prejudiquea	sua	invaginação;		
Mordida	 em	 cera:	 o	 paciente	 deve	morder	 uma	 lâmina	 de	 cera	 número	 7	 que	 será	
colocada,	 posteriormente,	 será	 colocada	 na	 região	 superior	 ou	 inferior	 da	 borracha,	
conforme	o	arco	a	ser	isolado,	procurando	manter	as	distâncias	das	margens	previstas	
pelo	método	de	divisão	em	quadrantes.	Mais	tarde,	realiza-se	as	perfurações	através	
das	impressões	registradas	na	lâmina	de	cera;	
Marcação	na	boca:	através	de	uma	caneta	esferográfica	marcamos	o	lençol	de	borracha	
diretamente	 na	 boca	 para	 posteriormente	 realizarmos	 a	 perfuração	 exatamente	 nas	
regiões	marcadas.	É	importante	posicionar	bem	o	mesmo	com	o	auxílio	do	arco	e	esticá-
lo	para	que	a	distância	entre	os	orifícios	fique	adequada;	
Carimbo:	 método	 prático	 através	 da	 marcação	 das	 posições	 dos	 dentes	 decíduos	 e	
permanentes	diretamente	no	lençol	de	borracha.		
	
4.	 Preparação	dos	dentes	para	receber	o	lençol	de	borracha:		
	
Primeiramente,	 os	 pontos	 de	 contato	 entre	 os	 dentes	 devem	 ser	 checados	 com	 fia	
dental	 a	 fim	 de	 verificar	 se	 há	 alguma	 irregularidade.	 Em	 caso	 positivo,	 o	 fio	 será	
dilacerado	prejudicando	a	invaginação	do	lençol.	Sendo	assim,	o	cirurgião	dentista	deve	
estar	atento	para	essa	fase	e	ver	se	terá	a	necessidade	de	regularizar	as	regiões	com	
tiras	de	lixa,	por	exemplo,	antes	da	inserção	do	lençol.		
Cuidados	prévios	com	os	dentes	também	são	necessários	no	que	se	diz	respeito	a	uma	
boa	profilaxia	e	lubrificação	dos	lábios	com	vaselina,	por	exemplo.		
	
5.	 Técnicas	de	colocação	do	dique	de	borracha:	
	
Apesar	de	oferecer	uma	redução	no	tempo	de	trabalho,	muitos	ainda	alegam	que	não	
se	adaptam	ao	isolamento	absoluto	por	não	terem	um	tempo	maior	de	execução.	Sendo	
assim,	no	decorrer	do	tempo,	houve	uma	simplificação	das	técnicas	facilitando	assim	
seu	uso	pelos	profissionais	e	auxiliares	da	área.	As	técnicas	existentes	são	as	seguintes:	
1)	 Técnica	1:	primeiramente	coloca-se	o	grampo	selecionado,	depois	a	borracha	e	
por	último	o	arco.	Uma	outra	opção	é	colocar	o	grampo,	depois	a	borracha	com	o	porta-
dique,	sendo	que	o	lençol	deve	estar	folgado	no	porta-dique;	
2)	 Técnica	2:	primeiramente	coloca-se	o	grampo	sem	asas	com	o	lençol	de	borracha	
e	posteriormente,	o	porta-dique.	Essa	técnica	é	conhecida	como	Técnica	de	Ingraham;	
3)	 Técnica	3:	primeiramente	coloca-se	o	conjunto	Lençol	+	Arco	e	posteriormente,	
o	grampo	selecionado;	
4)	 Técnica	4:	coloca-se	o	conjunto	Grampo	+	Arco	+	Lençol	de	borracha	juntos.	
As	 técnicas	1	e	2	 requerem	o	uso	de	grampos	sem	asas	ou	projeções	 laterais	 (26	ou	
W8A),	pois	o	lençol	passará	por	cima	do	grampo.		
	
6.	 Sequência	de	colocação	do	dique	de	borracha:	
	
Como	dito	anteriormente,	primeiramente	verifica-se	a	presença	de	irregularidades	nos	
pontos	 de	 contato	 com	 fio	 dental	 para	 depois	 selecionarmos	 o	 grampo	 ideal	 para	 a	
técnica	e	elemento	dentário	a	ser	restaurado.		Após	realizada	a	marcação	do	lençol	de	
borracha	 com	a	divisão	em	quadrantes	e	os	dentes	que	 serão	 isolados,	perfura-se	o	
lençol	 de	 borracha	 com	o	 número	 de	 orifícios	 necessários	 através	 do	 perfurador	 de	
dique	de	borracha.	Aplica-se	 lubrificante	nas	 regiões	dos	orifícios	a	 fim	de	 facilitar	e	
favorecer	 a	 invaginação	 do	 dique,	 desenvolve-se	 a	 técnica	 selecionada	 como	 dito	
anteriormente	e	confecciona-se	as	amarrias	com	o	auxílio	do	fio	dental	e	de	uma	cureta	
podendo	ser	a	espátula	número	1	de	inserção	ou	uma	colher	de	dentina.	Para	finalizar	
a	amarria,	executa-se	um	nó	cirúrgico	seguido	de	um	nó	simples,	por	vestibular.	O	nó	
deve	estar	bem	firme	e	deve	ter	permitido	uma	invaginação	bem	eficiente	do	lençol	de	
borracha	para	que	não	haja	contaminação	pela	saliva	do	paciente	e	prejudicando,	assim,	
a	 eficiência	 do	 isolamento	 absoluto.	 Com	 o	 auxílio	 da	 cureta	 ou	 espátula,	 insere-se	
qualquer	remanescente	do	lençol	que	tenha	ficado	na	superfície	dos	dentes	e	insere-o	
no	sulco	gengival.	Os	jatos	de	ar	ajudam	na	verificação	de	regiões	deficientes	em	que	há	
necessidade	de	melhora	do	isolamento.		
Para	a	remoção	do	dique	de	borracha,	estica-se	o	lençol	por	vestibular	e	secciona-se	as	
porções	 interdentais	 com	 cuidado	 através	 de	 uma	 tesoura	 clínica.	 Posteriormente,	
remove-se	o	grampo	e	o	porta-dique	com	o	lençol	de	borracha.	Para	finalizar	a	remoção,	
deve-se	observar	os	pontos	de	contato	passando	o	fio	dental	com	o	intuito	de	eliminar	
qualquer	 remanescente	 do	 lençol	 de	 borracha	 além	 de	 realizar	 uma	 massagem	 na	
gengiva,	reativando	a	circulação	da	região	isolada.		
	
7.	 Indicações	de	isolamento	absoluto:	
	
Entre	 as	 principais	 indicações	 podemos	 citar:	 tratamento	 endodôntico,	 tratamento	
restaurador,	casos	de	microabrasão	e	clareamento	dental.		
Existem	casos	especiais	em	que	o	 isolamento	deverá	ser	adaptado	como	é	o	caso	de	
pacientes	 com	 prótese	 parcial	 fixa,	 com	 aparelho	 ortodôntico	 ou	 em	 casos	 de	
tratamento	endodôntico	em	que	muitas	 vezes	 iremos	 isolar	 apenas	o	 elemento	que	
sofrerá	intervenção.		
	
	
3.	 ISOLAMENTO	RELATIVO	
	
O	 isolamento	relativo	pode	ser	empregado	em	casos	em	que	não	há	necessidade	de	
desenvolver	o	isolamento	absoluto	ou	em	situações	em	que	não	foi	possível	realizar	o	
absoluto.	 Para	 isso,	 deve-se	 utilizar	 os	 seguintes	 materiais:	 rolos	 de	 algodão,	 gaze,	
cânula	para	aspiração,	prendedor	de	rolo	de	algodão,	fios	retratores,	afastador	labial,	
pinça	clínica	e	espelho	clínico.	Esse	tipo	de	isolamento	costuma	ter	uma	boa	aceitação	
por	parte	do	paciente.		
No	arco	superior,	os	materiais	utilizados	como	roletes	de	algodão	são	mantidos	pela	
pressão	da	musculatura	da	bochecha	e	lábio.	No	caso	do	arco	inferior,	são	necessários	
dispositivos	 para	 auxiliar	 na	 manutenção	 dos	 roletes	 de	 algodão.	 Como	 exemplos	
podemos	citar	os	seguintes	dispositivos:	Autômato	de	Eggler	e	dispositivo	similar	ao	da	
Ivory	e	Dispositivo	plástico	Rolo-plast.		
Esse	tipo	de	 isolamento	exige	uma	maior	atenção	por	parte	do	operador	e	auxiliar	e	
oferece	maior	risco	afetando	a	segurança	do	paciente.	Dessa	forma,	ele	deve	ser	o	mais	
absoluto	possível,	os	roletes	de	algodão	devem	ser	trocados	com	frequência	assim	que	
estiverem	saturados	de	saliva	ou	sangue,	por	exemplo.		
Com	relação	a	técnica	de	execução	de	um	bom	isolamento	relativo,	o	profissional	deve	
sempre	jogar	jatos	de	ar	mantendo	a	mucosa	seca,	posicionar	o	material	de	absorção	
de	forma	correta	levando	em	consideração	se	a	área	de	intervenção	será	o	arco	superior	
ou	inferior.	O	cirurgião	dentista	deve	sempre	estar	atento	para	que	os	materiais	fiquem	
em	posição	 além	de	 trocar	 aqueles	 que	 se	 encontram	 saturados	 com	 frequência	 ou	
quando	 necessários.	 O	 espelho	 clínico	 pode	 servir	 como	 instrumento	 auxiliar	 para	
afastar	os	tecidos	e	melhorar	a	visão	além	de	evitar	a	contaminação	da	região.	Antes	de	
remover	os	materiais	de	absorção,	é	importante	umidecê-los	com	jatos	leves	de	água	
para	não	causar	injúrias	a	mucosa	que	se	encontra	desidratada.		
Como	indicações	para	esse	tipo	de	isolamento,	podemos	citar:	exame	clínico,	aplicação	
tópica	 de	 flúor,	 polimento	 dental,	 aplicação	 de	 selante,	 moldagens,	 restaurações	
provisórias	e	cimentação	de	provisórios.			
	
4.	 DROGAS	SIALOPRESSORAS	
	
As	 drogas	 sialopressoras	 complementam	 a	 execução	 do	 isolamento	 absoluto	 ou	
relativo,	visto	que	atuam	sobre	o	sistema	parassimpático,	diminuindo,	assim,	o	 fluxo	
salivar.	Essas	drogas	administradas	em	doses	baixas	promovem	um	bloqueio	temporário	
do	 fluxo	 salivar.	 	 Em	 casos	 de	 paciente	 com	 fluxo	 salivar	 intenso,	 recomenda-se	 a	
administração	dessas	drogas	meia	hora	antes	do	atendimento.		
Cuidados	 são	 exigidos	 quanto	 aos	 efeitos	 colaterais	 como	 taquicardia,	 inibição	 da	
secreção	gástrica	e	dificuldade	de	acomodação	da	pupila.	É	válido	destacar	que	esses	
medicamentos	são	contra-indicados	para	pacientes	com	glaucoma,	visto	que	aumentam	
a	pressão	intra-ocular.			
	
	
	
5.	 REFERÊNCIAS	
	
GILMORE,	H.M.;	LUND,	M.R	Dentisticaoperatória.	2.	ed.	Rio	de	Janeiro	:	
Guanabara	Koogan,	1975.	p.192-227.	
	
GLENNER,	RA	The	rubber	dam.	Buli	Hist	Dent,	Chicago,	v.	42,	n.	1,	p.	33-4,	
Mar.	1994.	
	
MONDELLI,	J.	et	al.	Fundamentos	de	Dentística	Operatória.	São	Paulo:	Editora	Santos,	
2006.	
	
	
	
Material	desenvolvido	por:		
Profª	Ms.	ALYSSA	TEIXEIRA	OBEID	
Profª	Dra.	ANA	CRISTINA	TÁVORA	DE	ALBUQUERQUE	LOPES	
Faculdade	de	Odontologia	de	Bauru	(FOB-USP)

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