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Teoria geral dos sistemas e sua evolução SST Teoria geral dos sistemas e sua evolução Ano: 2021 nº de p. : 10 Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. Teoria geral dos sistemas e sua evolução 3 Apresentação Esta unidade apresenta a Teoria Geral dos Sistemas, que se tornou a base para grande parte das tecnologias usadas nos dias de hoje. Aqui você também conhecerá os parâmetros da Teoria Geral dos Sistemas para então compreender o conceito de sistema de informação que, atualmente, é um componente essencial para o sucesso de uma organização. Apresentaremos seus benefícios para as empresas, bem como para as pessoas vinculadas a elas. 4 1. Teoria geral dos sistemas e evolução Como fundamento para compreender de que maneira os sistemas e serviços de informação gerencial auxiliam as empresas, vamos começar apresentando a Teoria Geral de Sistemas (TGS), que surgiu com os estudos do biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, em 1950, bem como suas premissas e pressupostos. A Teoria Geral de Sistemas foi desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy a partir da necessidade de solucionar problemas que, até então, não haviam sido solucionados com a utilização de métodos científicos clássicos. Ludwig von Bertalanffy identificou que todo organismo, seja uma pessoa, a natureza ou uma empresa, faz parte de um sistema global, sendo interligado e interdependente de outras partes. A teoria é aplicável a diversas áreas do conhecimento, seja nas ciências exatas, sociais, naturais etc. Nesse contexto, foi aplicada nas ciências sociais, auxiliando no entendimento de diversos assuntos relacionados às organizações, permitindo avaliá- las como um todo, fazendo parte de um sistema, e não somente em departamentos ou setores separados. Dessa forma, a Teoria Geral de Sistemas passou a exercer grande influência no campo da administração e penetrou rapidamente na teoria administrativa, tornando-se uma das principais ferramentas de solução de problemas utilizadas por executivos de grandes empresas. Isso aconteceu, principalmente, devido a duas razões específicas (CHIAVENATO, 1993 apud REZENDE; ABREU, 2014, p. 5): Uma maior necessidade de integração das teorias precedentes. A tecnologia da informação trouxe possibilidades de desenvolvimento e operacionalização de ideias que convergiram para uma teoria de sistemas aplicada à administração. Para Rezende e Abreu (2014), o uso da abordagem sistêmica nas empresas permitiu, entre outras coisas: • Minimizar esforços humanos de todos os tipos. • Melhorar os processos e atividades. • Reduzir o desperdício de tempo. • Otimizar o uso de equipamentos, matérias-primas, procedimentos, espaços físicos e recursos humanos. • Melhorar a produtividade e a qualidade. 5 • Tornar as empresas mais modernas. • Maximizar os lucros e a competitividade das empresas, que é o principal ob- jetivo de todas as empresas. Tecnologias Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer:A figura mostra tecnologias representadas por notebook e celula- res, as quais representam sistemas integrados. 2. Conceito genérico de sistemas Entender o conceito genérico de sistemas, bem como seus componentes e o ambiente em que está inserido, nos ajudará a compreender os demais conceitos que serão apresentados nesta unidade. • Sistema segundo O’Brien e Marakas (2007): um sistema é definido como um conjunto de componentes inter-relacionados com limites claramente definidos, que colaboram para a realização de um conjunto comum de objetivos, admitindo subsídios e produzindo resultados em um processo de transformação organizado. 6 • Sistema Segundo Rezende e Abreu (2014): sistema é um conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado. A partir das definições de O’Brien e Marakas (2007) e Rezende e Abreu (2014), concluímos que podemos classificar praticamente tudo como sendo um sistema, desde atividades mais básicas do nosso dia a dia, como o ato de tomar banho, passando por atividades menos rotineiras, como realizar uma viagem, até situações da administração organizacional, como uma linha de produção em uma empresa. Por que não, um sistema de informação, que iremos estudar nesta unidade. Sistemas Abertos Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: A imagem representa sistemas interligados ao qual são repre- sentados por notebook, celulares, computadores e outras tecnologias. 3. As premissas básicas dos sistemas Vamos agora entender as premissas básicas da Teoria Geral de Sistemas e sua importância para o melhor entendimento de um sistema. Os sistemas existem dentro dos sistemas A primeira premissa apresenta que um sistema pode ser formado por N subsistemas interagindo entre si. Esse sistema pode fazer parte de um sistema maior, em que 7 também podem existir outros sistemas, formando o meio ambiente do sistema e, assim, uma hierarquia. O meio ambiente envolve o sistema e os dois são inter-relacionados e interdependentes. Para ilustrar, vamos analisar um sistema muito conhecido por todos nós: o smartphone. O dispositivo divide-se em diversos subsistemas, como o telefone que utilizamos para realizar ligações, a câmera fotográfica, presente, hoje em dia, em 100% dos smartphones, além, claro, dos demais aplicativos instalados nele. No meio ambiente desse sistema, estamos nós, os usuários, as operadoras de celular, o fabricante do aparelho, os desenvolvedores de aplicativos, entre outros, que formam um sistema em paralelo com seus respectivos subsistemas. Os sistemas são abertos A segunda premissa da Teoria Geral dos Sistemas é explicada pelo fato de que os sistemas se relacionam com o meio ambiente do qual fazem parte, bem como com outros sistemas que estão a sua volta e também com os subsistemas. Este relacionamento de um sistema com outros sistemas e com o meio ambiente é realizado por meio de entradas, que passam por um processo de transformação (processamento) e pelas saídas, que é o resultado que o sistema entregará. A seguir, apresentamos uma representação gráfica de um sistema aberto que tem três elementos como funções básicas: a entrada, o processamento e, por fim, a saída: Representação de um sistema aberto Fonte: Elaborada pelo autor (2021). #PraCegoVer: A imagem mostra a representação do meio ambiente em três fases: entrada, processamento e saída em azul e uma seta abaixo em verde com o dizer retroalimentação. 8 • As entradas de um sistema: São os insumos necessários para que exista o processamento. Esses insumos são provenientes do ambiente externo e estão disponíveis no meio ambiente. No caso de uma empresa, as entradas podem ser a energia necessária para ela operar, a matéria-prima que passará pelo processo de transformação, a mão de obra necessária para realizar a transformação, entre outras. Quando pensamos em um sistema de informação, a entrada será um dado proveniente de um banco de dados. • O processamento: É responsável pela transformação. É a ação que produz a mudança, que converte as entradas em saídas. Podemos citar o processo de fabricação de um iogurte ou a análise de dados enviados para processamento. As atividades do processamento podem ser: processar, classificar, organizar, calcular, entre outras que transformem a entrada do sistema em um produto diferente do que era no momento da entrada. • Saída: É o resultado, o produto originado pela transformação do sistema. Pode ser o iogurte pronto, engarrafado ou a informação originada da análise do dado. Além das três funções básicas, podemos perceber também mais dois elementos adicionais apresentados: • Retroalimentação; • Meio ambiente. Podemos comparar a retroalimentação com um processo de qualidade, pois é nela que a saída do sistema será comparada com um critério ou padrão que fora previamente definido, garantindo que a saída o atenda. Já o meio ambiente é necessário para que o sistema exista. Precisamos ainda compreenderque mais de um sistema pode coexistir em um mesmo meio ambiente, inclusive relacionando-se entre si. 9 Fechamento Nessa Unidade, apresentamos a Teoria Geral do Sistemas, bem como suas características principais, como entradas, processamentos e saídas. Os sistemas são elementos importantes a serem observados, pois podem ser otimizados e buscar melhorar o ambiente organizacional. Até a próxima! 10 Referências O’BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de Sistemas de Informação: uma introdução. 13. ed. São Paulo, SP: McGraw-Hill, 2007. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais. São Paulo: Atlas, 2014.