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Controle Biológico - Fenômeno natural → regulação de plantas e animais por meio de inimigos naturais; - Predadores, parasitóides e patógenos → Agentes de mortalidade biótica; - Todas espécies de plantas e animais → inimigos naturais; - Atualmente considerado componente - Manejo Integrado de Pragas (MIP) - Alicerce de programas modernos de controle de pragas juntamente: • Nível de Controle (NC); • Amostragem; • Taxonomia; → Inimigos naturais mantêm populações de pragas em equilíbrio; Vantagens - Protege a biodiversidade, agindo no ecossistema; - Especificidade → não causa desequilíbrio; - Não deixa resíduos → alimentos, água, solo; - Não afeta polinizadores → aumenta lucro do produtor; Desvantagens - Especificidade → culturas com muitas pragas; - Exige conhecimento de tecnologia → as vezes de difícil implementação; Histórico - Conhecimento dos inimigos naturais remonta século III; - Chineses → formigas predadoras contra pragas de citros; - Europa: • Século XVII (1602) → emergência Hymenoptera – Lepidoptera; • Século XVIII → Joaninhas e aves insetívoras – agentes de controle; → transferência dos agentes para localidades afetadas; • Século XIX → Importância Ichneumonidae → parasitóides; → Descrição de centenas de espécies; → Inseto fitófago → complexo de predadores e parasitóides; • 1830 → Fungos - bactérias e protozoários – causa de mortalidade; • 1870 → Primeira tentativa de controle → patógenos; • 1873 → Transferência internacional de predador → controle; → Ácaro dos EUA – França → filoxera das vinhas; • 1888 → Introdução na Califórnia da Joaninha → Austrália; → Joaninha Rodolia cardinalis → pulgão-branco-dos-citros; → Controle completado → 2 anos; → Marco na área de controle biológico; • Século XX → Vírus – agentes de controle; → Grandes avanços no controle biológico; → Difundido mundialmente; → Controle biológico de ervas daninhas → insetos e patógenos; • Brasil → 1921 Hymen. EUA → Cochonilha-branca-do-pessegueiro; → Maior impacto controle da Broca-da-cana em São Paulo; → Introdução e liberação de Cotesia flavipes (Hymenoptera); → Infestação que era de 8 a 10% → 2%; → Resultou economia de 80 milhões de dólares/ano; Procedimentos básicos de controle biológico - No Manejo Integrado de Pragas → procedimentos de controle biológico: • Introdução → Controle biológico clássico; • Conservação → Controle biológico natural; • Multiplicação → Controle biológico aplicado; Tipos de controle biológico 1. Controle biológico clássico - Início utilizava-se apenas esse tipo de controle biológico; - Importação e colonização inimigos naturais → controle pragas exóticas; - Liberações dos agentes biológicos → inoculativas; - Medida de controle de longo prazo → culturas semiperenes e/ou perenes; - Década 50 → inseticidas orgânicos sintéticos - ↓ tipo de controle; * Controle biológico neo-clássico - Introdução de parasitóides e predadores de outras regiões; - Controle de pragas nativas; - Considerado perigoso e não recomendado; 2. Controle biológico natural - Controle pragas → inimigos naturais - naturalmente agrossistema; - Controle realizado → sem favorecimento ou com favorecimento; - Favorecimento → técnicas manejo - proteger ou aumentar populações; • Aplicação de inseticidas → realmente necessário e época correta; • Utilizar inseticidas seletivos → sub-dosagem; • Aplicação em reboleiras e/ou ruas alternadas; • Formar e/ou povoar bosques nas proximidades; • Diversificar espécies vegetais cultivadas ; - Tipo de controle biológico muito importante no MIP Responsável pelo nível de equilíbrio das pragas agroecossistemas - Recomendado culturas em geral → culturas grande número de pragas; 3. Controle biológico aplicado ou artificial - Criação em massa de parasitóides e predadores em laboratório; - Liberação de grandes quantidades em campo; - Rápida redução da população de pragas → nível equilíbrio (NE); - Liberações → Inoculativa – pequeno número de ind. em vários pontos; → Inundativa – grande número de ind. – efeito imediato sobre pragas; - Vespas parasitóides (Hymenoptera); Patógenos -fungos, bactérias e vírus - Desenvolvimento de dietas artificiais para insetos; - Necessário criar parasitóide ou predador + hospedeiro; → Hospedeiro – hospedeiro natural ou hospedeiros alternativos; - China → Trichogramma em larga escala e em dieta artificial; - Firmas comercializam inimigos naturais → EUA e Europa; Vantagens - Tipo de controle biológico mais aceito → ação rápida semelhante inseticidas - Pressões mundiais – evitar produtos químicos agressivos meio ambiente; Definições dos Inimigos Naturais Predadores - Organismos de vida livre → se alimentam de outros organismos - presas; - Tanto fase adulta como imatura atacam presas → morre; - Geralmente pouco específicos → polífagos ou oligófagos; - Principais predadores: • Diptera → Syrphidae, Cecidomyidae, Asilidae; • Hymenoptera → Vespidae, Formicidae, Sphecidae; • Coleoptera → Coccinelidae (joaninhas), Carabidae, Staphylinidae; • Neuroptera → Chrysophidae; • Hemiptera-Heteroptera → Anthocoridae, Reduviidae, Pentatomidae; • Dermaptera, Odonata, Ácaros, Aranhas e vertebrados; Parasitóides - Organismos período da vida se desenvolvem em outros organismos; - Estágio imaturo parasitário → obrigatoriamente matam o hospedeiro; - Adultos → vida livre; - Parasitóides → ovos, larvas ou ninfas, pupas e adultos; - Principais parasitóides: • Hymenoptera → Braconidae, Trichogrammatidae, Ichneumonidae, Scelionidae, Pteromalidae, Chalcididae e Bethylidae; • Diptera → Tachinidae, Sarcophagidae; • Neuroptera, Coleoptera, Strepsiptera; Lepidoptera; Categorias de parasitoidismo 1) Com relação ao posicionamento no hospedeiro - Ectoparasitóides → Desenvolvem-se fora do corpo do hospedeiro; - Endoparasitóides → Desenvolvem-se dentro do corpo do hospedeiro; 2) Com relação ao número de tolerância dos parasitóides - Solitários → Uma única larva desenvolve no hospedeiro; - Gregários → Várias larvas se desenvolvem no hospedeiro; 3) Com relação a forma de exploração dos hospedeiros - Parasitóides primários → Se desenvolve hospedeiro não parasitado; - Multiparasitoidismo → Mais de uma espécie em um hospedeiro; - Superparasitoidismo → Várias indivíduos mesma espécie – hospedeiro; - Hiperparasitoidismo → Se desenvolve dentro de outros parasitóides; 4) Formas de exploração do hospedeiro - Coinobiontes → Não afeta crescimento e desenvolvimento hospedeiro; → Parasitóides ovo-larva e larva-pupa; - Idiobiontes → Matam hospedeiros antes da emergência do adulto; → Larvas se desenvolvem em hospedeiros mortos ou paralisados; → Parasitóides de ovos, larvas, pupas e adultos; Patógenos - Controle biológico realizado microrganismos – vírus, bactérias, fungos; - Utilização racional de microrganismos entomopatogênicos; Manutenção das populações das pragas em níveis de equilíbrio; - Tipo de controle biológico → parte conjunto de medidas de controle; - Podem ser empregados → qualquer programa de MIP e associado a praticamente todos os métodos de controle; 1. Fungos - Contaminam insetos penetrando pelo tegumento, via oral e anal; - Produzem micotoxinas; patologias na hemocele; bloqueio mecânico do aparelho digestivo; Perda do apetite → morte; Vantagens - Seletividade; - Persistência no meio; - Baixa toxicidade; - Baixoimpacto no meio; Desvantagens - Dependência do meio → umidade, temperatura, luz; - Dificuldade na produção e armazenamento; - Efeito não imediato; 2. Bactérias - Várias espécies atacam insetos → Bacillus thuringiensis e variedades; - Produz esporos e cristais protéicos → ingeridos pelos insetos; - Esporos produzem toxinas → perda de apetite e morte; Vantagens - Especificidade; - Alta patogenicidade; - Não contaminação do meio; - Difícil resistência; Desvantagens - Dependência do meio → evitar radiação solar; - Poucos produtos comerciais no mercado; - Cuidados armazenamento e transporte; - Perder atividade; 3. Vírus - Ocorrem naturalmente infectando insetos de importância agrícola; - Promissores como inseticidas biológicos; - Ingestão → liberação de vírions → infestação generalizada; - Perda de apetite, redução da mobilidade → morte; Vantagens - Especificidade; - Uso das técnicas de aplicação inseticidas; - Não contaminação do meio; - Persistência e multiplicação no meio; Desvantagens - Restrita a determinadas pragas; - Poucos produtos comerciais no mercado; 4. Protozoários - Várias espécies importantes no controle natural de insetos; - Contaminação oral; - Agentes de difícil manipulação e formulação; 5. Nematóides - Várias espécies atuam no controle natural de importantes pragas; - Cigarrinha-das-pastagens, Broca-da-cana-de-açúcar, Broca-da-bananeira - Algumas espécies já são utilizadas para controle biológico; - Controle da vespa-da-madeira Sirex Noctilio em Pinus; 6. Rickéttsias e Mollicutes - Microrganismos normalmente associados aos insetos; - Promovem danos nas glândulas salivares, aparelho reprodutor e sistema nervoso; - Pouco estudados → avaliar potencial controle biológico; Manejo utilizando-se controle microbiano: 1. Introdução inoculativa ou colonização; - Introdução dos entomopatógenos → agentes naturais de controle; - Pequena quantidade de insetos contaminados ou pulverizações pragas; - Patógeno pode levar longo tempo para se estabelecer; 2. Produto microbiano; - Aplicados na forma de produto microbiano → proteção imediata cultura; - Concentrações elevadas; - Eficientes independentemente da densidade populacional da praga 3. Conservação e proteção; - Manipulação do ambiente utilizando certos cultivares, espaçamentos, tratos culturais, sistemas de cultivo e defensivos seletivos; - Visando conservação dos entomopatógenos; 4. Plantas transgênicas; - Plantas recebem genes bacterianos → expressam toxinas contra insetos; - Toxinas Bacillus thuringiensis → plantas transgênicas; - Controle de lagartas e alguns besouros (Coleoptera); Métodos Genéticos de Controle - Técnicas de controle baseadas na modificação genética de organismos; - Visando controle de populações de insetos praga; - Manipulação genética → Populações própria espécie praga; → Outros componentes do sistema: plantas e inimigos naturais; Controle Autocida - Técnicas utilizam organismos - espécie praga modificada geneticamente → reduzir população de sua própria espécie; - Objetivo principal → reduzir potencial reprodutivo das pragas; - Duas técnicas principais: 1. Técnica do inseto estéril • Técnica mais difundida no controle autocida; • Criação massal de pragas e sua esterilização → radiações γ ou x ou substâncias químicas; • Liberação contínua e inundativa de machos estéreis no campo; • Competir com insetos férteis no acasalamento com fêmeas; • Grau de controle → relação macho estéril x macho fértil; Machos férteis naturais Machos estéreis % de controle 1.000 1.000 50 1.000 3.000 75 1.000 9.000 90 1.000 99.000 99 • Constituição genética insetos não é afetada → reprodução reduzida; redução – extinção das populações de pragas; • Produzir ovos inférteis → não deixando descendentes; • EUA → Bicheira Cochliomyia hominivorax (Diptera, Calliphoridae) → Praga importância veterinária – praticamente erradicada; • Mundo → Moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae); → Praga importância agrícola - bons resultados; 2. Manipulação genética das pragas • Esterilização híbrida, mutações condicionais letais, esterilidade de translocação, incompatibilidade cromossômica, etc; • Manipular a composição do “pool” gênico de uma praga → reduzir os níveis populacionais; • Alterando processos genéticos normais → manipulação gametas: → Diminuindo fecundidade, longevidade ou tornando-os estéreis; • Melhoramentos genéticos → inimigos naturais; • Apesar potencial e conhecimento de vários processos genéticos → técnica ainda não utilizada na prática; Esterilização → Ato de tornar inseto incapaz de produzir descendentes; Procedimentos de esterilização - Pode ser realizada física ou quimicamente; - Físicas → radiações ionizantes; - Químicas → produtos esterilizantes; - Considerada vantajosa → produto pode ser aplicado condições naturais; - Não utilizado na prática → carcinogênicos, mutagênicos, teratogênicos; - Agem de vários modos: • Impedindo formação de óvulos e espermatozóides; • Matando células reprodutoras depois de serem produzidas; • Danificando material genético das cel. reprodutoras e impedindo o desenvolvimento da progênie; Quimioesterilizantes - Atualmente conhecidos – 300 compostos de ação esterilizante; - Pode ser utilizado em erradicação → capacidade de 100% de controle; - Todos bastante tóxicos e perigosos; - Possui efeito retardado e só se manifesta a partir da segunda geração; Radiação Ionizante - Emprego de insetos estéreis → controle e erradicação de pragas; - Constitui um processo muito recente; - Conhecido desde 1916 → raios x no besouro-do-fumo → ovos inférteis - Esterilização: • Infecundidade das fêmeas; • Aspermia ou inativação nos machos; • Incapacidade de acasalar; • Mutação letal dominante células reprodutivas – machos ou fêmeas; → condição mais viável utilizada em controle; - Insetos submetidos a radiação ionizante → combinações de situações; • Machos transmitem mutações letais dominantes no inicio do acasalamento e no final ficam com aspermia; - Esterilização → tipos de radiação comumente empregado: • Radiação em forma de energia → raios x e raios γ; → maior poder de penetração; • Radiação em forma de partículas → raios α, raios β, nêutrons acelerados e elétrons acelerados; - Raios γ são os mais utilizados, seguidos pelos elétrons acelerados; - Isótopos como fonte de radiação γ → Cobalto (60Co) e Césio (137Cs); - Radiações podem ser empregadas de 2 maneiras no controle: • Esterilização total e Técnica do inseto estéril; Esterilização total - Aplicação direta dos raios sobre a população dos insetos; - Por um tempo preestabelecido → permitir esterilização total; - Utilizado para pragas de produtos armazenados; Técnica de inseto estéril (TIE) - Liberação de machos e fêmeas esterilizados no agroecossistema; - Permite competição com indivíduos da população natural; - Quantidade de insetos estéreis → grande suficiente competição vantajosa - Visando diminuição ou erradicação da espécie do agroecossistema; - Podem ser necessárias inúmeras liberações subseqüentes; - Técnica → diminuir os acasalamentos férteis, reduzindo população de insetos a cada geração; Limitações 1. Bastante complexa → estudos sobre comportamento da praga visada; 2. Dependente de técnicas de criação massal de insetos; 3. Controle de qualidade dos insetos liberados → competitivos; Sucesso 1. Esterilização não pode afetar comportamento macho → atividadesexual 2. Dependente de técnica econômica e simples para criação massal insetos; 3. Insetos estéreis liberados → boa capacidade de dispersão; 4. Praga a ser liberada deve estar com baixa densidade populacional; → Recomendado liberações 9x maiores população natural; → Quanto menor densidade populacional, mais econômico o processo; → Controle químico → visando diminuir a população praga antes de inicia a TIE; 5. População estéril não pode produzir danos → processo não viável; → Fêmeas de moscas-das-frutas → danos em frutas; 6. TIE visa erradicação → empregado quando atua sobre todo ecossistema → Áreas geográficas definidas pelo clima – limitante a praga; → Brasil em desvantagem devido sua enorme extensão territorial; 7. Fiscalização permanente → evitar reinfestação na área erradicada; → Mosca-da-bicheira → faixa de segurança 160 km → 320km; 8. Estudo completo → taxonomia, biologia e ecologia da praga; → Desconhecimentos dados com ciclo – comprometer controle; 9. Planejamento econômico→ considerando possíveis reinfestações; → EUA – erradicação mosca-da-bicheira → US$ 12.000.000; → Lucros obtidos ausência da mosca → US$ 275.000.000; 10. Assegurar continuidade do programa durante várias gerações praga; → Qualquer interrupção pode anular todo trabalho desenvolvido Organismos transgênicos - Técnica mais recente de controle de pragas; - Se baseia nas técnicas de DNA recombinante e engenharia genética; - Introduzir organismos genes de outros - vegetais, animais ou bacterianos; - Aumentar funções já existentes ou criar novas características; - Principal uso no controle de pragas → conferir resistência as plantas; - Plantas com novos genes → conferir resistência contra insetos; - Toxinas Bacillus thuringiensis → expressam toxinas contra insetos; - Inibidores de enzimas digestivas extraídos de sementes do feijão; - Uso potencial → modificação de entomopatógenos; - Incrementar virulência e potência de toxinas → vírus, fungos e bactérias; - Desenvolvimento de inseticidas microbianos mais potentes e eficientes; - Modificar inimigos naturais → genes conferem resistência a inseticidas; Controle de Pragas na Agricultura Alternativa - Estratégias de manejo de pragas empregadas no sistema de agricultura alternativa; - Agricultura orgânica; natural; biodinâmica; permacultura e etc. - França (1967) – Teoria da Trofobiose: • “Todo processo vital está na dependência da satisfação das necessidades dos organismos vivos, sejam eles animais ou vegetais” • “A planta ou o órgão vegetal será atacado somente quando seu estado bioquímico, determinado pela natureza e pelo teor de substâncias nutritivas solúveis, corresponder as exigências tróficas da praga ou do patógeno em questão” - Grande número de insetos e ácaros depende de substâncias solúveis; → Aminoácidos livres e açúcares redutores; - Pulgões, cochonilhas, cigarrinhas, cigarras, tripes vários insetos fitófagos; - Não são capazes de quebrar proteínas em aminoácidos; - Dependentes de aminoácidos livres → seiva plantas ou suco celular; - Adubos minerais solúveis → nitrogenados e agrotóxicos sintéticos; - Absorvidos pelas plantas → interferem na fisiologia e ↓ proteossíntese; - Acarretando acumulo de aminoácidos livres e açúcares redutores → prontamente utilizáveis por pragas e agentes fitopatogênicos; → capazes de crescer e se multiplicar numa planta já prejudicada; Cultura alternativa - Controle de pragas se baseia no equilíbrio nutricional (químico e fisiológico) das plantas; - Buscando > resistência planta pela estabilidade energética e metabólica Princípios - Não a monocultura → Diminui populações de inimigos naturais das pragas; → Favorecem populações de espécies fitófagas especialistas; - Diversificação do agroecossistema: → Consórcio: ↑ diversidade biológica e alimentar a entomofauna benéfica → Cultivo em faixas: plantio de faixas de outra cultura que sirva de atrativo para inimigos naturais; Principais medidas de contenção de pragas e doenças Métodos culturais 1. Manejo de matéria orgânica - Melhora das condições físicas do solo e fornecimento complementar nutrientes para espécies que alimentem diretamente da matéria orgânica 2. Consórcio e manutenção de plantas invasoras - ↑ diversidade hospedeira dos agroecossistemas; 3. Uso de cobertura morta - Controla algumas pragas e repelem outras; - Torna planta mais resistente ao ataque de pragas; 4. Rotação de cultura - Promove quebra do ciclo das pragas; - Melhora condições físicas e químicas do solo; - Aumenta microflora e fauna do solo; Métodos comportamental, físico e mecânico 1. Comportamental - Uso de feromônios, atraentes e repelentes; - Modificar comportamento da praga → reduzir sua população e danos; 2. Físico - Medidas → drenagem, inundação e temperatura no controle no pragas; 3. Mecânico - Eliminação direta de pragas → catação manual, batidas, barreiras, etc; Uso de compostos orgânicos - Apresentam efeitos nutricionais, fungiostático, bacteriostático, inseticida, nematicida e repelente; Mais comum → a base de esterco bovino; - Receita: 50 kg de esterco de gado e 100 l de água → adicionar nutrientes Caldas - Mistura de substâncias inorgânicas; - Visando controle de pragas, doenças e aumento da resistência das plantas - Resistência → restabelecimento do equilíbrio trófico; - Calda Viçosa → Fungicida, inseticida e acaricida; - Sulfato de cobre, de zinco, de magnésio, uréia, ácido bórico e cal hidratada; Extratos de plantas 1. Fumo → Pulgões, ácaros e cochonilhas; - Nicotiana → poderoso alcalóide de ação inseticida; - Preparação → talos e nervuras grossas das folhas; 2. Piretro → mosquitos e moscas - Não é tóxica ao ser humano → resíduos tóxicos sobre alimentos; - Empregado pó de pireto ou seu extrato; 3. Timbó-rotenona → pulgões, lagartas, tripes e ácaros; - Cipós → gênero Serjana; - Substâncias tóxicas aos insetos → inseticidas; 4. Tomate → pulgões - Extrato das folhas eficiência no controle de pulgões; Fórmulas caseiras 1. A base de óleos animais → percevejos e vaquinhas - Óleo de peixe (2,8 kg) + KOH (500g) + água (1,25 l) 2. A base de óleo vegetal → cochonilhas - Óleo vegetal (2 l) + sabão de óleo de peixe (1kg) + água (100 l) 3. A base de óleo mineral → cochonilhas - Querosene (5-7 l) + sabão de cinza (1kg) + água (100 l) 4. A base de produtos inorgânicos a. Ácido bórico (10 g) + açúcar moído (90g) → baratas b. Bórax (308 g) + água (20 l) → formigas, ovos e larvas moscas; Métodos de Controle Químico - Controle realizado – substâncias químicas → pragas a morte; Histórico - Egípcios (3.500 anos) → enxofre – desinfetar habitações dos reis; - Século XIX → Principais produtos de combates as pragas: • Sais minerais – de metil-mercúrio, de arsênico, etc; • Produtos derivados de plantas – nicotiana, rotenoma, etc; • Óleos – minerais e derivados de plantas; - Século XX → Desenvolvimento dos produtos sintéticos; → Produtos mais utilizados nos agroecossistemas até hoje; Agrotóxicos - Todos os produtos utilizados para combater as pragas da agricultura; - Produtos → segundo os organismos que controlam: → Inseticidas, acaricidas, fungicidas, nematicidas, herbicidas, etc; Inseticidas - Compostos químicos que aplicados direta ou indiretamente sobre insetos, em doses adequadas, provocam sua morte; - Poder tóxico inseticida → dose mínima necessária para matar um inseto; - Dose mínima mortal é variável segundo: → tipo de produto, espécie de inseto, reações fisiológicas dos insetos; - Inseticidas - toxicidade variável → ao ser humano,animais e plantas; - Necessidade de estabelecer normas quanto a seu uso → resultar: • Aumento de produção; • Controle das pragas; • Conseqüências pequenas a outros organismos e ao meio ambiente; Formulações - Permite que o produto seja utilizado de forma conveniente; - Transformar um produto técnico numa forma (produto) utilizável; Substâncias inertes - Substâncias de baixo custo, neutras e servem para diluir inseticida puro; - Funciona como veículo do inseticida → empregado na forma de pó; - Amianto, apatita, areia, argila calcinada, talco, enxofre, diluentes vegetais (polpas, farinhas e resíduos vegetais) e etc; Observações: - Inerte não neutro → degradar o inseticida – fracasso no controle; - Inerte bom para formulação pó seco ↔ não ser bom para pó molhável; - Inerte higroscópico → bom para pó molhável e ruim pó seco; Formulações: 1. Pó seco → Sigla comercial: P; - Pó para polvilhamento plantas, animais, solo ou sementes; - Contém 1 a 10% princípio ativo - empregado conforme vem de fábrica; - Não deve ser concentrado → tóxico e perigoso – aplicador; 2. Pó molhável → Sigla comercial: PM; - Inseticida recebe agente molhante – elevado grau de absorção → permitir que na mistura com água forme suspensões estáveis; - Inerte → grande capacidade de absorção; - Produto aplicado em suspensão aquosa → veículo - água; - Água ajuda na adesão do produto na folha → sólido pequenas dimensões - Formulação - menor problema de decomposição catalítica → pó seco; por estar em concentrações mais elevadas; 3. Pó solúvel → Sigla comercial: PS; - Formulação de ingredientes ativos sólidos, solúveis em água sob a forma moída ou de pequenos cristais → dissolvidos em água; - Formulação ideal - mistura é perfeita → Poucos produtos solúveis água; - Cartap, metomil e triclorflon; 4. Granulados → Sigla comercial: G; - Formulados na forma de pequenos grânulos; - Empregados comumente para controle pragas do solo ou; - Pragas sugadoras parte aérea - absorvidos raiz → brotos, folhas, frutos; - Preparados máquinas especiais e secos em estufa; • Isca formicida → contra formigas cortadeiras; → baixa concentração – iscas bagaço de laranja e farinha mandioca; • Inseticida de solo → concentração máxima de 10%; → Terbufós, aldicarb, carbofuran e benfuracarb; • Tratamento de plantas →controle de pragas na parte aérea; → Pragas da cana-de-açúcar e milho; - Vantagens → facilidade de aplicação e segurança ao usuário; 5. Concentrados emulsionáveis, emulsão concentrada ou emulsões e dispersões aquosas → Siglas comerciais: CE e EC ou E; - Formulação líquida mais antiga; - Inseticida dissolvido em determinados solventes → concentrações elevadas; - Adicionados a substâncias emulsificantes → emulsões de aspecto leitoso; - Concentração de 5 a 100% ingrediente ativo, aplicação exige → água; - Líquidos são mais eficientes que sólidos → melhor aderência as folhas; - São menos lavados pela chuva → penetram nos tecidos das plantas; 6. Soluções concentradas → Existem dois tipos: • Para diluição em água ou óleo; - Diversos inseticidas são soluções para diluição em água; - Inseticidas para diluição em óleo geralmente são herbicidas; • Soluções em ultrabaixo volume (UBV); - Não devem receber diluição em campo; - Produto oleoso e exige aparelhamento especial para aplicação; - Aplicação mais eficiente → via aérea; - Economia na mão-de-obra → 8 litros/ha; - Poucos inseticidas autorizados → riscos de toxicidade; 7. Aerosóis → Inseticidas embalados em recipientes resistentes a pressão; - Solventes altamente voláteis → deixam inseticida em suspensão ar; 8. Gasosos → Comércio – encontrados forma líquida ou sólida; - Gás na forma líquida ou sólida → gaseifica em contato com o ar; - Ação fumigante, contato com ar, restringe uso para ambientes fechados; - Algumas pragas do solo → certa profundidade, perto do local da praga; 9. Pastas → Formulação de ingrediente ativo sob forma pastosa; - Utilizado sem diluição sobre as partes vegetais; - Encontrada em bisnagas; - Fosfina em pasta → controle de coleobrocas; 10. Microencapsulada - Formulação em que partículas do inseticida são envolvidas por parede porosa e fina composta por polímeros → revestimento - microcápsula; - Microcápsula permite liberação + lenta produto e ↑ segurança aplicador Observações - Formulações pós molháveis, pós solúveis, concentradas emulsionáveis, dispersões aquosas, suspensões líquidas, soluções concentradas e microencapsuladas → aplicadas em pulverizações; - Operação requer água distribuição do inseticida em determinada área; Espalhantes adesivos - Substâncias adesivas → maximizar eficiência dos inseticidas; - Capacidade de fixação dos inseticidas → ligada natureza do substrato; - Couve, repolho, ervilha – ricas ceras → dificulta a fixação dos inseticidas; - Cafeeiro – pequena quantidade de cera → também dificulta fixação dos inseticidas; - Plantas de fácil molhabilidade → desprotegidas após chuva pesada; - Espalhantes adesivos → auxiliam fixação do inseticida na planta; → protege por período + prolongado, inclusive chuvas intensas; - Adicionados às soluções aquosas ou suspensões → pulverizações; - Diminuem a tensão superficial das gotículas → > espalhamento e adesão Classificação dos inseticidas segundo a fonte de obtenção 1. Naturais a) Inorgânicos - Sais de metil-mercúrio (iodo, nitrato, fosfato); - Sais de arsênico (arseniato de Pb, Ca, Na); - Sais fluorados (criolita); b) Orgânicos - Botânicos (piretro, nicotina, rotenona); - Biopraguicidas produzidos por microrganismos (avermectinas) - Óleos vegetais (derivados de plantas); - Óleos minerais (derivados de petróleo); 2. Sintéticos - Organonoclorados; - Organofosforados; - Carbamatos; - Piretróides; - Fumigantes (brometo de metila) - Reguladores de crescimento; - Inibidores de crescimento; - Neonicotinóides Organoclorados - Compostos caracterizados pela presença de C, H, Cl, as vezes O; - Possuem várias uniões C-Cl; - DDT, BHC, Lindano → formados por anéis de benzeno; - Compostos lipofílicos, pouco solúveis em água e altamente estáveis; - Pouco degradáveis seja por processos físico-químicos (fotólise, hidrólise) ou processos biológicos (biodegradação) → bio-acumuláveis; - Se acumulam no ambiente → demoram décadas para degradar; - Brasil → uso proibido na agricultura; - Convenção de Estocolmo → banir produto em todo mundo; - Possui vários mecanismos de ação → Afetar o sistema nervoso; Organofosforados - Ésteres derivados do ácido fosfórico (H3PO4); - Compostos moderada lipofilicidade e moderada solubilidade em água; - Pouco persistentes no ambiente → 1 a 12 semanas; - Facilmente hidrolizáveis e meio alcalino e são biodegradáveis; - Altamente tóxicos para mamíferos; - Ação: Inibidores irreversíveis de acetilcolisterase; - Parathion (proibido), malation, pirimifosmetilo, etc; Carbamatos - Compostos derivados do ácido carbâmico (NH2COOH) ou ac. n-metilcarbâmico (CH3NHCOOH); - Lipofilicidade e solubilidade em água variáveis → depende do composto - Pouco estáveis e biodegradáveis → pouco persistentes; - Propriedades inseticidas, acaricidas, nematicidas e fungicidas; - Ação: Inibidores reversíveis de acetilcolinesterase; - Menos tóxicos para mamíferos; Piretróides - Compostos derivados de piretro natural; - Muito solúveis em lipídios e pouco solúveis em água; - Hidrolizáveis por ácidos ou bases e também são biodegradáveis; - Pouca toxicidade para mamíferos, muito tóxicos organismos aquáticos;- Ação: Afetam sistema nervoso; - Permetrina, cipermetrina, deltametrina, esbiotrina; Inibidores do crescimento (inibidores síntese de quitina) - Compostos classificados quimicamente → benzofenilureas ou acilureas; - Ação: Inibem enzimas proteases encarregadas de metabolizar proteínas inibidoras da enzima quitina sintetase; - Inibe o processo de síntese de quitina necessária formação exoesqueleto; - Exoesqueleto fraco e permeável → imobilização, desidratação e morte; - Baixa toxicidade para mamíferos; - Diflubenzuron e teflubenzuron; Reguladores de crescimento - Substâncias químicas análogas ao hormônio juvenil; - Mais efetivos quando o hormônio juvenil está em baixa concentração; - Ação: desenvolvimento anormal com aparecimento de indivíduos com características intermediárias → larvas- adultos ou pupas-larvas; - Aparecimentos de estágios imaturos a mais ou malformações letais; - Diminuição da fertilidade e/ou fecundidade nos adultos; - Fenoxycarb e Methoprene; Avermectinas - Compostos produzidos pelo fungo Streptomyces avermectilis; - Atividade inseticida, helmíntica e acaricida; - Intensamente estudados → potencial biopraguicida; - Ação: afeta sistema nervoso; Classificação dos inseticidas conforme a ação 1. Não sistêmicos - Não são absorvidos pela planta e tem ação dependente da aplicação direta sobre insetos-praga ou planta; 2. Sistêmicos - Aplicados nas folhas, ramos, raízes, solos e são absorvidos pela planta; - Absorvidos e conduzidos junto com seiva para várias partes planta; - Atuam sobre insetos sugadores, algumas vezes mastigadores; - Mais eficientes → modo de ação sistêmica; - Podem atuar por contato → pulverizados - insetos ou folhas da planta; - Vários processos de aplicação: → Sementes, bulbos e tubérculos – tratados com produto em pó; Germinarem – contém inseticida circulando na seiva; → Aplicar ao redor das sementes no solo → raízes atingem inseticida; Vantagens dos inseticidas sistêmicos: • Menor desequilíbrio biológico; • Ação quase exclusiva sobre insetos sugadores; • Menor perda em decorrência das lavagens de chuvas ou irrigações; • Sem necessidade de cobertura perfeita do inseticida sobre a planta; Desvantagens dos inseticidas sistêmicos: • Ação quase exclusiva sobre insetos sugadores; • Não atuam em plantas de grande porte; • Não funcionam em plantas no período de repouso; • Bastante tóxicos ao homem → principalmente ação de contato; Emprego dos inseticidas sistêmicos 1. Pulverizações - Sobre a parte aérea da planta → ação sistêmica – sugadores ou ácaros; → atuando por contato ou ingestão – alguns mastigadores; - Absorção pelas folhas pode durar 3 a 4 semanas – dependendo inseticida; 2. Regas no solo - Casos esporádicos - pequena quantidade plantas deve receber tratamento - Elevada quantidade de inseticida → efeitos são pouco satisfatórios; 3. Pincelamento do caule - Inseticida pincelado na forma concentrada sobre caule das plantas; - Maioria dos sistêmicos na forma líquida pode atuar por esse processo; - Dosagens variam de acordo com diâmetro do caule; 4. Tratamento de sementes - Recomendado para sementes de hortaliças e algodão; - Sementes lisas → solução com espalhantes adesivos; - Semeadura feita logo após tratamento; 5. Granulado no solo - Inseticida aplicado nas covas ou sulco de plantio a certa profundidade; - Germinando sementes entram em contato com inseticida → raízes; - Raízes → absorvem e incorporam inseticida na seiva; - Emprego batatinha, citros, feijão, tomate, melancia e outros; - Dose 10-30 kg de produto por hectares a 5, 10 ou 15 % ingrediente ativo; - Pode ser empregado ao redor de plantas já formadas ou em formação; - Alguns centímetros de profundidade → controle sugadores de raízes; 6. Granulado nas folhas - Algumas plantas podem receber granulado nas axilas das folhas; - Capacidade de retenção água - solubilização do inseticida → absorvido; - Atua cochonilhas situadas nas invaginações das folhas e raízes; - Inseticida atua lentamente a medida que é absorvido pelos tecidos; - Ação máxima conseguida de 3 a 4 dias; Manejo Integrado de Pragas (MIP) - Sistema controle → utiliza todas as técnicas disponíveis - modo compatível; → populações de pragas abaixo do NDE; Histórico - Desenvolvimento dos produtos químicos sintéticos; - Aplicação sistemática → produtos químicos culturas importância agrícola; - Aplicação baseada: • Calendários • Poder residual dos produtos; Problemas: • Qual/quais pragas estavam presentes?; • Praga visada tinha atingido nível que pudesse causar prejuízos?; • Aplicações → mesmo sem praga estar presente cultura; - Aplicações desordenadas criaram série de problemas graves: • Resistência de pragas a diversos pesticidas; • Aparecimento de pragas consideradas secundárias; • Ressurgência de pragas; • Efeitos adversos sobre ecossistema; • Efeitos prejudiciais ao ser humano → aplicação ou resíduos; - 1940-1960 → Idade negra do controle de pragas; - 1970 → Surgiu novo conceito de controle de pragas; → minimização de todos problemas – uso indiscriminado produtos químicos; - Controle Integrado → Manejo Integrado de Pragas (MIP); - Precursores → conhecimento biologia dos insetos e práticas culturais; - Controle biológico + controle químico → forma complementar; - Resposta da comunidade científica ao uso incorreto dos produtos químicos; Manejo Integrado de Pragas (MIP) - Controle de insetos com bases ecológicas e que envolve qualquer tipo de problema que limite a produção agrícola decorrente da competição interespecífica → insetos, patógenos, nematóides, ervas daninhas, etc; - Novo conceito → muito amplo – somatório conhecimentos várias áreas Entomologia, fisiologia, matemática, economia, fitotecnia, etc; - Estrutura objetiva → emprego de novos métodos de controle; - Levando em consideração: • Efeitos negativos de cada método controle → sociedade e/ou ambiente; • Utiliza ao máximo agentes naturais do meio → físico e biológico; • Manipular agentes naturais → características ecológicas e econômicas das culturas e das pragas; - Termos objetivos MIP → técnicas visam manter pragas abaixo do NDE; Observação - MIP → não é caracterizado pelo uso de vários métodos de controle; → relação do método(s) dentro de preceitos ecológicos, econômicos e sociais – constituem a base do manejo de pragas; Componentes para implementação do MIP 1. Avaliação da população de pragas • Reconhecimento das pragas mais importantes (pragas-chave); • Identificação taxonômica; • Bionomia – biologia, hábitos, hospedeiros, inimigos naturais, etc; • Amostragem → verificação densidades populacionais; 2. Avaliação dos inimigos naturais • Mortalidade natural agroecossistema; • Reconhecimento dos inimigos + importantes → taxononomia; • Técnicas de criação de inimigos → liberação em campo; • Técnicas de produção de patógenos; • Amostragem → verificação densidades populacionais; 3. Avaliação dos fatores climáticos • Determinar aumento ou diminuição das populações de pragas e inimigos naturais; • Determinar eficiência dos métodos de controle; 4. Determinação dos níveis de NDE e de NC • Prejuízos causados pela praga; • Custo do controle; • Preço da produção; 5. Estágio fenológico das plantas • Avaliação do grau de suscetibilidade da cultura em cada estágio; 6. Avaliação dos métodos mais adequados para incorporar num programa de manejo • Técnicas adequadas ao combate a praga; • Compatíveis entre si; Determinação dos níveis de NE, NDE e NC - Praga → densidades populacionais + danoscausados as plantas; - Injúria → não afeta a produção → pragas indiretas; - Danos → causados em produtos comercializados → afeta produção; 1. Nível de equilíbrio (NE) - População de insetos → densidade média constante ao longo do tempo - Equilíbrio com ambiente; 2. Nível de Dano Econômico (NDE) - Densidade populacional da praga que causa prejuízo a cultura = ao custo de adoção de medidas de controle; - Menor densidade populacional capaz de causar perdas econômicas; - Pragas → curto espaço de tempo capaz de reproduzir e atingir níveis populacionais que causam danos a cultura; - Controle → densidade populacional causa + perdas – custos controle; Ct = custo de controle por unidade de produção V = valor da produção por unidade de produção IMPORTANTE O NDE não será o mesmo para diferentes espécies de insetos numa mesma cultura ou para uma determinada espécie em culturas diferentes; - Maioria dos casos → medidas para evitar que a praga cause danos; 3. Nível de Controle (NC) ou ação - Densidade populacional em que medidas controle são adotadas para impedir que a população atinja o NDE; Pragas podem ser classificadas: a) Pragas não econômicas - Densidade populacional raramente ultrapassa o NDE; b) Pragas ocasionais - Densidade populacional ultrapassa o NDE em ocasiões especiais; - Condições climáticas atípicas ou uso inadequado de pesticidas; c) Pragas perenes - Densidade populacional atinge o NDE com freqüência; d) Pragas severas - Densidade populacional está sempre acima do NDE caso medidas de controle não sejam adotadas; Amostragem populações de pragas e inimigos naturais - Verificar densidades populacionais nos agroecossistemas; - Decidir se uma praga deve ou não ser controlada; - Estabelecer → metodologia de avaliação populacional, plano de amostragem e tipo de caminhamento adotado na amostragem; - Dependente dos seguintes componentes: a) Pessoal → Conhecimento do entomólogo sobre cultura, pragas e inimigos naturais e das técnicas para efetuar a amostragem; b) Mecânico → Aparelhos utilizados para amostragem → armadilhas; c) Econômico → Custos amostragem e vantagem ou não da sua execução; d) Estatístico → Componente que dá a precisão da amostragem; - Necessário estabelecer plano da amostragem: • Tamanho da amostra: número de amostra por unidade de área; • Unidade da amostra: no de observações a serem feitas por amostra; • Tipo de caminhamento: maneira deslocar para realizar levantamento → Varia de acordo com cada cultura e tipo de amostragem; • Tipo de amostragem: maneiras de conduzir uma amostragem; → Convencional, seqüencial, biológica e sensoriamento remoto; Tipos de amostragem 1. Amostragem convencional - Baseada número fixo de amostras a serem colhidas por unidade de área; - Fichas com número fixo de amostras → calculada a % de infestação comparado com NC já conhecidos; 2. Amostragem seqüencial - Amostragem em que o número de amostras é variável; - Amostragem padrão → número de amostras é fixo; - Não se preocupa em estimar parâmetros populacionais; - Hipótese previamente testada sobre parâmetros - definir diferentes classes sobre resultados acumulados das unidades amostrais examinadas - Sempre leva a 3 conclusões: • Aceitar a hipótese de não controlar a praga; • Aceitar a hipótese de controlar a praga; • Continuar amostrando → tomar hipóteses anteriores; Vantagens em relação amostragem convencional: • Considerável economia de tempo e trabalho → média 30%; • Plano de amostragem seja bem feito e preciso; - Coluna da esquerda – limite inferior → indica controlar; - Coluna da direita – limite superior → indica não controlar; Preenchimento - Fruto infestado → nota 0 (soma-se 0) → Considerado infestado – fruto com 30 ou mais ácaros/cm2; - Fruto não infestado → nota 1 (soma-se 1); - Número repetido corresponde plantas com ácaros; - Tomada de decisão → valor acumulado a partir 10ª amostra; • Valor menor do que o da esquerda → controlar; • Valor maior ou igual ao da direita → não controlar; • Valor intermediário → continuar amostrando; 3. Amostragem biológica a) Dieta artificial - Baseado em parâmetros biológicos para determinar a época de ataque de uma praga para seu controle; - Controle pragas depende mais do momento certo de aplicação do que do próprio inseticida utilizado; - Determinar o início do ataque da praga → eficiência do controle; - Bicho-furão → controle antes que penetre no fruto; b) Feromônios - Respostas comportamentais → atração indivíduos da mesma espécie; - Várias armadilhas de feromônio para monitoramento de pragas; - Monitoramento → 1 armadilha para cada talhão – 10 a 20 ha; - Controle ou coleta massal → armadilha a cada 30 m; c) Iscas - Utilização de atrativos para levantamento de insetos; - Iscas coloridas → diferentes cores atrativas para várias pragas; → fitas adesivas, óleo mineral, água+detergente, etc; - Cultura isca → plantas atrativas a praga; 4. Sensoriamento remoto - Técnica baseada na agricultura de precisão utilizando satélites sensores; - Pode-se reconhecer presença de determinada praga a distância; → por meio de sensores detectam energia radiante desse objeto e transformam numa forma nominal de interpretação visual; - Resolução pode variar de 5 a 30 m → dependente do satélite; - Facilita levantamento em grandes áreas e altas infestações de 1 praga; Seleção e implementação das diferentes táticas de controle - Plena utilização MIP → grande conhecimento da cultura visada; → características bioecológicas das pragas relacionadas; → integração de diferentes áreas de atuação; - Adoção do MIP → mundo - lenta e baseada em apenas 1 item do MIP; → Aplicação de inseticidas no momento certo baseado em estudos; → Direcionado apenas pragas – não interferindo patógenos; - MIP ainda demanda muitos recursos humanos e econômicos → ideal; - Problema → transferência da tecnologia para campo; - Resistência do agricultor e empresário diante de duas opções: • Continuar com método tradicional de aplicação de inseticidas; - Tecnologia mais simples e menor responsabilidade nas decisões; - Ao mesmo tempo → maior risco ecológico, ambiental e social; • Passar a utilizar o MIP; - Exige mais técnica, observações mais detalhadas e conhecimentos que operam nos agroecossistemas; - Paises subdesenvolvidos essa transferência é dificultada: • Baixo nível cultural do agricultor → normalmente analfabeto; • Problema de tradição → não substitui o vem sendo feito a gerações; - Implantação desse tipo de programa: • Bom serviço de extensão → levar esses programas comunidades; → credibilidade nas novas alternativas; • Demonstração da relação custo/beneficio aplicação da nova técnica Considerações finais sobre MIP - Conjunto de medidas que visa manter pragas abaixo do NDE; → critérios econômicos, ecológicos e sociais; - Multidisciplinar → entomólogos, fitotecnistas, fisiologistas, ecólogos, especialistas em nutrição de plantas, patologistas, geneticistas, etc; - Desenvolve conscientização da necessidade de conhecer: • Pragas e inimigos naturais; • Nível de controle das pragas → aplicação no momento certo; - Redução do uso de inseticidas é conseqüência da utilização do MIP; → produtos químicos ainda são necessários para muitas culturas; - Integração de métodos alternativos + produtos químicos → harmoniosamente → incentivo produtos químicosde baixo impacto ao meio ambiente; - No Brasil → MIP restrito ao controle biológico ou simplesmente orientação para levantamentos (amostragens) de pragas; Pragas de Culturas Cana-de-Açúcar Saccharum spp. Broca-da-cana-de-açúcar -Diatraea saccharalis (Lepidoptera, Crambidae) - Principal praga da cana → originária da América central e sul; - Mariposa com asas anteriores amarelo-palha, posteriores esbranquiçadas; - Ovos → Face dorsal da folha (5 a 50) – semelhante a escama de peixe; - Lagartas → Inicialmente se alimenta das folhas, posteriormente abre galerias no colmo; - Ciclo de 53 a 60 dias; Estágio larval 40 dias; Prejuízos → Abertura de galerias – morte das gemas; → Galerias transversais – queda da planta pelo vento; → Enraizamento aéreo e brotações laterais; Controle → Cultural – plantio de variedades resistentes ou tolerantes; → Biológico – parasitóides e predadores; → Químico – aplicações de inseticidas; Broca-gigante – Castnia licus (Lepidoptera, Castniidae) - Adultos → mariposas de 35 mm comprimento e 90 mm envergadura; - Coloração escura, com manchas brancas porção apical e faixa transversal branca nas asas anteriores, posteriores 7 manchas vermelhas; - Hábitos diurnos → postura de 50 a 100 ovos em touceiras velhas; - Lagartas grandes → 80 mm comprimento e 12 mm de largura; - Brancas com pintas pardas no pronoto → 2 a 10 meses período larval; Prejuízos → Prejuízos da ordem de 20 a 60%; → Afetam produção de cana, açúcar e álcool; Controle → Não existe método de controle eficiente; → Utilizado - catação manual de larvas e pupas; Lagarta-elasmo - Elasmopalpus lignosellus (Lepidoptera, Pyralidae) - Mariposa acinzentada → 15 a 25 mm de envergadura; - Lagartas verde-azulada, cabeça marrom-escura → 15 mm; - Inicialmente alimentam folhas - penetram no colmo construindo galerias; Prejuízos → Ataca cana recém brotadas → replantio; → Sintoma “coração morto” - secamento folha central e desprendimento Controle → Não existe método de controle eficiente; → Manutenção do solo úmido contribui para diminuir prejuízos; Cigarrinhas – Mahanarva fimbriolata e M. posticata (Hemiptera, Cercopidae) - M. fimbriolata → Mais comum em São Paulo – novembro - abril; - Macho → 13 mm comprimento e fêmea → 14 mm comprimento; - Vermelho com asas pretas nas margens e faixas longitudinais pretas; - Ninfas → raízes (espuma branca); adultos → parte aérea da planta; - M. posticata → machos – 12 mm e fêmeas – 14 mm de comprimento; - Marrom-avermelhado e escutelo, pronoto e cabeça marrom-esverdeado; - Ninfas → bainha das folhas (espuma branca); adultos → parte aérea; Prejuízos → Sucção da seiva – “queima” das folhas → pontas enroladas; → Colmos definham → ficam aspecto de palmeira; → Perda de açúcar → até 17%; Controle → Biológico – Diptera-Syphidae e fungo-verde; → Químico – aplicação inseticidas específicos; Percevejo-castanho – Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae (Hemiptera, Cydnidae) - Adultos e imaturos hábitos subterrâneos → sugam raízes; - Adultos marrom-claro a preto e ninfas brancas; Prejuízos → Infestação intensa - definhamento, amarelecimento e secamento; Controle → preventivo; Pão-de-galinha - Euetheola humilis e Stenocrates spp. (Coleoptera, Scarabaeidae) - Besouros de cor marrom-escuro; - Larvas atacam toletes e raízes da cana e matéria orgânica; - Brancas e recurvadas – 50 mm; Período larval de 12 a 20 meses; Prejuízos → Larvas danificam toletes, pefurando-os em todos os sentidos; → Adultos – também fazem orifícios nos toletes; Controle → Cultural – Rotação de culturas e aragem; → Biológico – Diptera, Sarcophagidae e Nematóides; → Químico – Fiopronil e/ou endosulfan → visando larvas; Cupim – Heterotermes tenuis, Syntermes spp., Procornitermes spp. e Cornitermes spp. (Isoptera, Termitidae) - Principal espécie Heterotermes tenuis → mandíbulas longas; - Insetos sociais subterrâneos → ninhos 10 cm altura por 6 cm diâmetro; - Atacam plantações nas proximidades de seus ninhos; Prejuízos → Atacam toletes danificando as gemas; → Influem na germinação da cana → grande número de falhas – replantio; Controle → Utilização de iscas específicas → Termitrap; →Químico – Fipronil 800 WG ou endosulfan 350 CE; Curuquerê-dos-capinzais - Mocis latipes (Lepidoptera, Noctuidae) - Mariposa pardo-acinzentada → 42 mm de envergadura; - Lagartas amareladas com estrias longitudinais castanho-escuras; - Locomovem como lagartas mede-palmo → 40 mm; Prejuízos → Infestação intensa – destruir totalmente a folhagem; → Alguns casos a cultura inteira é destruída; Controle → Aplicação inseticida microbiano – Bacillus thuringiensis; Lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (Lepidoptera, Noctuidae) - Mariposa pequena, pardo-escura → 35 mm; - Lagartas de coloração cinza-escuro a marrom → 50 mm; Período larval – 12 a 30 dias; - Canibais → apenas uma larva desenvolvida por folha; Prejuízos → Infestação intensa – destruir totalmente a folhagem; Controle → Biológico → Predador – Doru luteipes (tesourinha); → Parasitóides - Trichogramma (ovos) e Chelonus insularis (lagartas); → Químico → Inseticidas fosforados, carbamatos, piretróides; Crucíferas Couve, couve-flor, brócolis Pulgões – Brevicoryne brassicae e Myzus persicae (Hemiptera, Aphididae) - B. brassicae →Verdes com cabeça e tórax pretos, abdômen manchado; - Formam colônias na face superior das folhas; - M. persicae → Verdes com cabeça e tórax e antena pretos – alados; - Partenogenéticos → Partenogênese telítoca – cerca de 80 indivíduos; - Formam colônias na face inferior das folhas; Prejuízos → Engruvinhamento folhas → prejudicando desenvolvimento; Controle → Químico → pulverizações de fosforados ou carbamatos; → Piridafention, metomil, cartap ou pirimicarb – 7 dias antes colheita; Curuquerê-da-couve – Ascia orseis (Lepidoptera, Pieridae) - Borboleta → branco-amarelada com bordos marrom-escuros – 50 mm; - Ovos face inferior das folhas → lavas alimentam das folhas; - Lagartas – cinza-esverdeadas, cabeça escura → 30 a 35 mm; Prejuízos → Altamente prejudicial às crucíferas; → Devoram praticamente toda folhagem → destruindo a plantação; Controle → Mecânico – Catação manual dos ovos e larvas nas folhas; → Químico – Pulverizações produtos de baixo poder residual; → Microbiano – com Bacillus thurigiensis; Traça-das-crucíferas – Plutella xylostella (Lepidoptera, Plutellidae) - Mariposa parda → Macho - margem posterior da asa anterior branca e na posição de repouso forma uma mancha branca alongada e característica; - Larvas após eclosão penetram interior das folhas alimentam parênquima; - Após 3 dias abandonam a galeria se alimentam da epiderme face inferior; - Larvas – verde-claras com cabeça parda → 8 a 10 mm; Prejuízos → Alimentam das folhas inutilizando-as para consumo; Controle → Pulverizações com reguladores de crescimento ou abamectin; Lagarta-rosca – Agrotis ipsilon (Lepidoptera, Noctuidae) - Mariposas pequenas, asas anteriores marrons com manchas pretas e posteriores semitransparentes; - Lagartas pardo-acinzentadas, hábitos noturnos → 45 mm; Prejuízos → Cortam plantas novas próximo ao solo reduzindo no/área; Controle → Biológico – Micro Hymenoptera e Diptera → parasitóides; → Químico – Plantas iscas → melaço + inseticida; Lagarta-mede-palmo - Trichoplusia ni (Lepidoptera, Geometridae) - Mariposa pardacom asa anterior mancha branco-prateada → 25 mm; - Lagartas verdes, se deslocam “medindo palmo” → 30 mm; Prejuízos → Atacam folhas, produzindo orifícios e inutilizando-as; Controle → Mecânico – Catação manual dos ovos e larvas nas folhas; → Químico – Pulverizações produtos de baixo poder residual; → Microbiano com Bacillus thurigiensis; Broca-da-couve – Hellula phidilealis (Lepidoptera, Crambidae) - Mariposa pardacenta e asas com faixas brancas e série de pontos negros - Lagartas de coloração verde-clara com faixas marrons horizontais; Prejuízos → Broqueiam as hastes e provocam secamento; Controle → Cultural – destruição das plantas atacadas; → Químico – aplicação de inseticidas com ação de profundidade Cucurbitáceas Melancia, Melão, Pepino, Abóbora, etc Mosca-branca – Bemisia tabaci (Hemiptera, Aleyrodidae) - Insetos pequenos com asas com pulverulência branca → 1 mm; - Adultos, ninfas e ovos → face inferior das folhas; Prejuízos → Sugam seiva das folhas → atraso de desenvolvimento e favorecendo aparecimento de fumagina; → Em abóboras → prateamento das folhas; Controle → Pulverização com inseticidas; Tripes – Thrips palmi (Thysanoptera, Thripidae) - Adultos amarelados, pequenos com asas franjadas → 1mm; - Ninfas amarelas e ápteras → face inferior da planta junto com adultos; - Raspadores e sugadores de seiva → manchas amareladas; Prejuízos → Sugam folhas provocando manchas e deformações; Controle → Químico – Pulverizações imidacloprid ou neonicotinóide; Broca-das-curcubitáceas – Diaphania nitidalis e D. hyalinata (Lepidoptera, Crambidae) - D. nitidalis → Mariposa marrom-violácea, asas com área central amarelada e semitransparente e bordos marrom-violáceos; - Lagartas esverdeadas – alimentam qualquer parte vegetal → frutos; - D. hyalinata → Mariposa marrom-violácea, asas com área central semitransparente e branca e bordos com faixa escura mais retilínea; Prejuízos → São pragas em muitos casos limitantes para cultura; → Atacam folhas, brotos, ramos e principalmente frutos; → Brotos atacados secam e ramos ficam com as folhas secas; → Frutos abrem galerias e destroem a polpa – apodrecimento; Controle → Cultural – plantio intercalar de abobrinha italiana que funciona como planta-isca sobre o qual é aplicado inseticida; → Químico – Inseticidas fosforados, carbamatos, piretróides; Mosca-das-frutas – Anastrepha grandis (Diptera, Tephritidae) - Moscas amareladas com mancha em forma de V incompleto na asa; - Ovos colocados nos frutos e larvas se alimentam da polpa; - Larvas brancas com cabeça afilada → 12 mm; Prejuízos → Larvas destroem os frutos → apodrecimento; Controle → Químico – pulverizações com piretróides → frutos verdes; – Aplicação de iscas tóxicas contra os adultos; Percevejo - Leptoglossus gonagra (Hemiptera, Coreidae) - Inseto marrom-escuro, com expansões laterais nas tíbias posteriores; - Listras alaranjadas na cabeça e linha transversal amarela no pronoto; - Adultos e ninfas atacam diversas plantas; Prejuízos → Atacam ramos e frutos mais novos → depauperados; → Sugarem – introduzem substâncias tóxicas prejudicando a cultura; Controle → Pulverização com inseticidas fosforados ou piretróides; Vaquinhas – Diabrotica speciosa e Epilachna cacica (Coleoptera, Chrysomelidae) - D. speciosa → Besouro verde de cabeça castanha com 3 manchas élitro; - Larvas branco leitosas → 10 mm; - E. cacica → Besouros marrons com faixa preta contornando os élitros; - Larvas com corpo revestido de espinhos pretos e longos; Prejuízos → Perfuram folhas prejudicando desenvolvimento da planta; Controle → Pulverização com inseticidas fosforados ou piretróides; Broca-da-haste-do-chuchu – Adetus analis (Coleoptera, Cerambycidae) - Besouros marrom-acinzentados e mancha preta arredondada com um halo branco no élitro e com antenas longas → 10 mm; Prejuízos → Larvas broqueiam hastes e caules – secamento da planta; Controle → Eliminação de plantas atacadas e aplicação de fosforados; Seringueira Hevea brasiliensis Mandarová – Erinnyis ello (Lepidoptera, Sphingidae) - Mariposas de grande porte → 90 mm de envergadura; - Ovos colocados isoladamente em cada folha; - Lagartas → verde, marrom a preta – 10 cm de comprimento; - Ciclo → 26 a 30 dias; Estágio larval → 15 dias; - Ocorrência irregular → Altas infestações em certos anos; - Norte - junho a setembro → planta emite novas folhas – grandes danos; Prejuízos → Devora toda folhagem, deixando apenas ramos desfolhados; Controle → Biológico: Parasitóides de ovos – Trichogramma spp; → Parasitóides de lagartas – Belsovia spp e Oxysarcodexia spp; → Patógeno Baculovirus – contra lagartas pequenas; Químico: Pulverizações – fosforados, carbamatos, piretróides ou reguladores de crescimento; Híbridos – Possuem capacidade de brotação ano todo e acabam diminuindo os danos; Lagarta Pararama – Premolis semirufa (Lepidoptera, Arctiidae) - Mariposas amarelas, base asa avermelhada e área semitransparente ápice; - Lagartas escuras com manchas esbranquiçadas, ventre avermelhado; - Recobertas por densa pilosidade, com áreas cerdas + longas → 40 mm; - Alimentam-se das folhas durante noite → durante dia se escondem; - Ocorrem principalmente na época chuvosa; Prejuízos → Formam grandes colônias nas folhas; → Depauperamento das plantas e atraso no desenvolvimento; Controle → Controle biológico natural na região bastante eficiente; → Biológico: Hymenoptera → Chalcididae e Braconidae; Mosca-branca – Aleurodicus cocois (Hemiptera, Aleyrodidae) - Insetos pequenos com asas com pulverulência branca → 2 mm; - Ninfas achatadas e elípticas, vivem presas as folhas → 1mm; - Adultos, ninfas e ovos → vivem na face inferior das folhas; Prejuízos → Formam grandes colônias nas folhas acarretando; → Depauperamento das plantas e atraso no desenvolvimento; → Podem provocar desenvolvimento da fumagina – fungo preto Controle → Aplicação de inseticidas sistêmicos – dimetoato, fosfamidon; Cochonilha-do-Coqueiro – Aspidiotus destructor (Hemiptera, Diaspididae) - Fêmeas → circular, achatada, amarelo-parda, semitransparente → 1 mm; - Mobilidade limitada → propagação por contato das folhas; - Machos → forma oval, mais escuro e mais raros que fêmeas - alados; Prejuízos → Formam grandes colônias nas folhas acarretando; → Deformações e atraso desenvolvimento das plantas; Controle → Químico: Pulverizações óleos emulsionáveis; → Altas populações – fosforados sistêmicos ou não; Percevejo-de-renda – Leptopharsa heveae (Hemiptera, Tingidae) - Insetos pequenos de asas ornamentadas → rendadas; - Formam colônias na face inferior das folhas durante todo o ano; - Postura endofítica, em folhas novas → ciclo de vida dura 48 dias; - Picos populacionais → outubro a novembro; Prejuízos → Sucção de seiva → secamento e queda das folhas; → Redução do diâmetro do caule e altura da planta; → Prejudica “sangria” das plantas → ↓ produção 30%; Controle → Químico → monocrotofós, endosulfan e diafenturon; → Períodos úmidos → fungo Sporothrix insectorum; Ácaro da Seringueira – Calacarus heveae (Acari, Eriophyidae) - Ácaro branco de aspecto vermiforme; - Face superior folhas → perda do brilho foliar e pó fino esbranquiçado; - Ocorrência de fevereiro junho; Prejuízos → Desfolha precoce seringais meses alta produtividade látex; → Pode acarretar na paralisação das atividades de “sangria”; Controle → Aplicação de óxido de fembutatina – compatível com a presença natural do fungo Hirsutella thompsonii; Cacaueiro Theobroma cacaoL. Tripes – Selenothrips rubrocinctus (Thysanoptera, Thripidae) - Inseto preto ou marrom-escuro → 1,5 mm; - Ninfas amareladas com dois primeiros segmentos abdominais vermelhos; - Ovos colocados sob epiderme da folha coberta por secreção – escura; - Três picos populacionais – março-maio, setembro e outubro; Prejuízos → Ataque intenso → “queima” da folha – desfolhamento total; → Reinfestação após brotação → depauperamento da planta; → “emponteiramento” da copa do cacaueiro; → Causa ferrugem nos frutos novos – dificultando identificação → Inicio do desenvolvimento → murcham e secam; Controle → Pulverizações com inseticidas – Endosulfan, malation, etc; → Aplicações início da frutificação após aparecimento da ferrugem; Pulgão – Toxoptera aurantii (Hemiptera, Aphididae) - Insetos de coloração verde-escura, fêmea alada → 1 a 1,5 mm; - Fêmeas ápteras maiores do que fêmeas aladas; - Localizam-se na parte inferior das folhas; Prejuízos → Sugam seiva preferencialmente de folhas novas e brotações; → Ataques → planta crescimento afetado; Controle → Pulverizações com inseticidas – Endosulfan, malation; Cochonilha – Planococcus citri (Hemiptera, Coccidae) - Fêmea com corpo recoberto por secreção branca e pulverulenta; - Formando 17 apêndices de cada lado e 2 posteriores → 5 mm; - Atacam brotações e frutos para sugar seiva; Prejuízos → Frutos – fendilhamento da casca pelas picadas; → Prejudicar as sementes; Controle → Químico – diazinon, dimetoato, etion, paration metílico; Percevejo-do-cacaueiro – Monalonion schaefferi e M. annulipes (Hemiptera, Miridae) - Praga mais importante na Bahia e grande importância na região Norte; - M. shaefferi → Macho cabeça preta no vértice e clara na parte inferior, pronoto marrom-avermelhado, asas avermelhadas e pretas, abdômen vermelho; - Fêmea coloração semelhante ao dos machos → 10 mm, macho → 8 mm; - M. annulipes → Amarelado, com cabeça e protórax vermelho → 8mm; - Encontrada Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia e São Paulo; - Jovens e adultos sugam seiva nas hastes e folhas novas da planta; Prejuízos → Picada injetam toxinas → áreas necróticas; → Ramos tem crescimento paralisado; → Desfolhamento da planta – folhas novas e brotos secam; → Frutos novos formação da “bexiga” → com queda; → Frutos desenvolvimento – deformação e má formação sementes; Controle → Pulverizações com inseticidas – Endosulfan, malation; → Duas aplicações nas épocas de brotação; Vaquinhas – Taimbezinhia theobromae e Percolaspis ornata (Coleoptera, Chrysomelidae) - T. theobromae → besouro de coloração preta → 3 mm; - P. ornata → besouro marrom-avermelhado com élitro verde → 5 mm; - Espécie predominante nas plantações; - Maiores populações nos meses de lançamento das folhas novas; Prejuízos → Atacam folhas novas → orifícios em toda folha; → Atacar ponteiros – retardando crescimento da planta; Controle → Químico – Duas aplicações de triclorfon, deltametrina, malation ou endosulfan na época de lançamento das folhas; Lagarta-do-compasso – Hemeroblemma mexicana (Lepidoptera, Noctuidae) - Mariposa marrom-escura com asa anterior faixa branca longitudinal e asa posterior com faixa branca e dois pontos escuros na margem → 55 mm; - Lagartas amarelo-escuras → acinzentadas com cabeça e pernas avermelhadas → 60 mm; - Hábitos crepusculares e noturnos → escondendo nas folhas durante dia; Prejuízos → Alimentam-se de folhas e brotos novos das plantas; → Perfuram frutos novos e danificam os mais desenvolvidos; → Destruir frutos ou torná-los defeituosos com sementes pequenas; Controle → Químico – Aplicações de carbaril e triclorfon; Gorgulhos – Heilipodus clavipes, Lasiopus cilipes, Lordops aurosa e Naupactus bondari (Coleoptera, Curculionidae) - Besouros pequenos com prolongamento cefálico – rostro; - Adultos atacam as plantas de cacau e larvas vivem no solo; - H. clavipes → Marrom-escuro a preto, faixa transversal branca no élitro; - L. cilipes → Preta com protórax e pernas marrom-escuro → 20 mm; - L. aurosa → Verde-azulada brilhante, protórax e élitro pretos com manchas verde-azuladas e verde- amareladas formando desenhos - 15 mm; - N. bondari → Verde, pouco brilhante e pontuado de preto, com linha azulada no élitro no sentido longitudinal → 10 mm; Prejuízos → Grandes orifícios no limbo foliar → danificando folhas; → Atacam brotações prejudicando o desenvolvimento da planta Controle → Químico – Duas aplicações de triclorfon, deltametrina, malation ou endosulfan na época de lançamento das folhas; Formiga-de-enxerto – Azteca paraensis bondari (Hymenoptera, Formicidae) - Constrói ninhos esféricos ao redor dos ramos; - Levam sementes para os ninhos → germinam, folhas e hastes – proteção; - Epífitas (erva-de-passarinho) → formiga-de-enxerto; Prejuízos → Danificam brotos, folhas novas e casca dos frutos - ninhos; → Ninhos grandes concorrem cacaueiro por espaço e luz; → Protegem insetos sugadores → alimentar excreções; Controle → Destruição dos ninhos com aplicação de piretróides; Formiga-pixixica – Wasmannia auropunctata (Hym., Formicidae) - Formigas pequenas, marrom-claras →3 a 5 mm; - Ninhos na serrapilheira e colonizam o cacaueiro; Prejuízos → Vivem sobre frutos → associados as cochonilhas; → Atacam operadores na época da colheita; Controle → Controle indireto → eliminação das cochonilhas; Manhoso – Steirastoma brevis (Coleoptera, Cerambycidae) - Besouro cinza com pontuações pretas pelo corpo → 20 mm; - Grande importância nos pólos cacaueiros da Amazônia; Prejuízos → Larvas abrem galerias em espiral e penetram no lenho; → Causam morte dos ramos e cacaueiros jovens → 2 anos; Controle → Cultural → eliminação de ramos atacados; → armadilhas para adultos; → Químico → Aplicação de fosfinas em pasta – larvas; → Pulverizar endosulfan – adultos; Broca-dos-frutos – Conotrachelus humeropictus (Coleoptera, Curculionidae) - Besouros marrons com pequeno rostro → 10 mm; - Fêmeas depositam ovos nos frutos → larvas penetram na polpa; Prejuízos → Larvas danificam frutos internamente; → Orifícios para saída → fungos patogênicos – apodrecimento; Controle → Cultural → podas após colheita principal; → Uso de iscas atrativas com frutas para adultos; Abacateiro Persea americana Mill. Cochonilhas – Protopulvinaria longivalvata (Hemiptera, Coccidae) e Aspidiotus destructor (Hemiptera, Diaspididae) - P. longivalvata → Achatado, vermelho acastanhado → 3 mm; - Vivem na parte inferior da folhas → grandes colônias; - A. destructor → Fêmeas circular, achatada, amarelo-parda → 1 mm; - Mobilidade limitada → propagação por contato das folhas; - Machos → forma oval, mais escuro e mais raros que fêmeas - alados; Prejuízos →Atacam folhas e segunda espécie também ataca frutos; → Grandes colônias atraso no desenvolvimento das plantas; Controle → Pulverizações óleo mineral ou vegetal emulsionável a 1% com fosforados sistêmicos ou não; Lagarta-das-folhas – Pterourus scamander (Lepidoptera, Papilionidae) - Borboletas pretas, asa anterior faixa amarela, asa posterior com mancha amarela acompanhando borda e com pontuações vermelhas → 80 mm; - Lagartas branco-pardacentas → verdes com duas faixas no abdômen; Prejuízos → Grandes infestações → prejudicar sensivelmente a planta; Controle → Químico → Pulverizações com inseticidas; Lagarta-do-fruto – Stenoma catenifer (Lepidoptera, Oecophoridae) - Mariposas branco-esverdeadas, 2 manchas pretas no tórax → 15 mm; - Lagartas atacam polpa e sementes do abacate; Prejuízos→ Destroem a polpa dos frutos pequenos; → Atingem as sementes → fruto cai; Controle → Mecânico → catação manual e destruição dos frutos atacados → Químico → Pulverização com triclorfon, malation, carbaril; → Antes da penetração da lagarta no fruto; → Biológico → Trichogramma (Hymenop, Trichogrammatidae) Coleobrocas – Apate terebrans (Coleoptera, Bostrichidae) - Besouros pretos de élitro pontuados e truncados posteriormente – 25mm; - Larvas esbranquiçadas, do tipo escarabeiforme; - Larvas e adultos vivem no interior de galerias feitas nos troncos e ramos; Prejuízos → Abrem galerias nos ramos e tronco → parte atacada seca; Controle → Mecânico → destruição das partes atacadas; → Químico → Fosfina em pasta nos orifícios das brocas; Besouro-de-limeira – Sternocolaspsis quatuordecimcostata (Coleoptera, Chrysomelidae) - Besouro verde-azulado brilhante, com carenas longitudinais no élitro; - Antenas negro-azuladas, com 11 segmentos → ♂ - 7mm e ♀ - 10 mm; - Ovos → solo; Larvas vivem no solo → adultos atacam parte aérea; Prejuízos → Atacam folhas → destruindo total ou parcialmente; Controle → Químico → Pulverizações com inseticidas;
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