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Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 1 Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação Caderno Pedagógico Equipe do Ceduc@f Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 2 PROGRAMA DO CURSO Ementa Hiperatividade: o que e? A hiperatividade infantil; Déficit de atenção; Principais sintomas da hiperatividade; Tratamento medicamentoso; A mediação como forma de estimular o aprendizado do aluno com hiperatividade e déficit de atenção; Relações- professor-escola-mediação-família. Objetivos do curso O objetivo geral do curso e discutir a diversidade e suas particularidades nas diferentes necessidades dos alunos com hiperatividade e déficit de atenção, considerando aspectos sociais, emocionais e relacionais que de alguma forma interfere na aprendizagem. Objetivos específicos Reconhecer a hiperatividade na criança, para possível tratamento; Verificar principais sintomas da hiperatividade e a importância do tratamento medicamentoso; Entender que a mediação entre professor e aluno, melhora muito o desenvolvimento deste, na aprendizagem e no autocontrole; Saber que não é somente o professor que deverá atuar, mas a família e toda a escola no caso de alunos com hiperatividade ou déficit de atenção que necessitam de apoio. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 3 ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO TOTAL: 250horas/aula de estudo de livre extensão Curso Unidades Curriculares CH Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação A hiperatividade: características, sintomas 25 Transtornos que podem ser confundidos com a hiperatividade 25 A hiperatividade infantil 50 Transtorno de déficit de Atenção e hiperatividade 50 Principais sintomas do TDAH 25 Tratamento com remédios 25 A mediação entre professor e aluno com hiperatividade e déficit de atenção 50 Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 4 APRESENTAÇÃO “...Ou isto ou aquilo. Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquila..." "Cecília Meireles" Este curso contém um conjunto de textos que compõem o tema Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação. Quando se fala em hiperatividade com déficit de atenção, é algo complexo. Mesmo estudando sobre o assunto e até entendendo dele, ainda assim, é necessária muita cautela ao conduzir este trabalho. Tudo o que conhecemos não nos assusta! É necessário analisar a diversidade pela subjetividade de cada sujeito, incluindo o educador, considerando detalhadas sobre as necessidades especiais e suas particularidades diante da situação de aprendizagem, para dar maiores subsídios para o professor, no dia a dia em sala de aula, diante do aluno incluso. Para se diagnosticar um caso de hiperatividade com déficit de atenção é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e; ou seis sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses. A família é a primeira instituição a reconhecer esses sintomas e depois vem a escola que em seu papel, busca amenizar os percalços da aprendizagem. https://sites.google.com/site/seaeeducacaoespecial/system/errors/NodeNotFound?suri=wuid:gx:b8205f13ba4cf9d Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 5 SUMÁRIO Introdução...................................................................................................................................................................6 Considerações acerca da hiperatividade.....................................................................................................................8 Características da hiperatividade....................................................................................................................8 Hiperatividade: Tema de preocupação entre os educadores.....................................................................................12 Percentagem da hiperatividade infantil entre sexos..................................................................................................14 Hiperatividade: sintomas, marginalização e escola..................................................................................................16 Outros transtornos podem ser confundidos com hiperatividade...............................................................................19 Hiperatividade na fase infantil..................................................................................................................................20 A hiperatividade infantil numa condição física.......................................................................................................20 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade....................................................................................................22 Dificuldade de concentração e impulsividade..........................................................................................................22 Principais sintomas do TDAH..................................................................................................................................27 A importância do tratamento medicamentoso..........................................................................................................30 Olhar a diversidade, olhar o todo..............................................................................................................................32 O professor e o diferente...........................................................................................................................................34 O papel da mediação escolar.....................................................................................................................................35 Limites e cuidados da mediação escolar...................................................................................................................37 Relação professor-mediação-escola..........................................................................................................................38 Relação família-escola..............................................................................................................................................39 Relação escola-outras famílias..................................................................................................................................40 Considerações Finais................................................................................................................................................41 Bibliografia...............................................................................................................................................................44 Trabalho de conclusão do curso...............................................................................................................................46 INTRODUÇÃO Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 6 O principal sintoma da hiperatividade acontece no momento em que uma criança ou um adulto não consegue aproveitar todo o seu potencial. As crianças e os adultos hiperativos são, na maior parte das vezes, pessoas com inteligência acima da média,carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de gostar”, criativos, etc. Mas, infelizmente não conseguem gerir todas estas características para benefício próprio e das pessoas que os rodeiam. Normalmente a desatenção, a hiperatividade e impulsividade são os sintomas da hiperatividade mais observados e considerados. Mas existem muitos outros e muitas vezes parecem não estar relacionados. A inquietude permanente, a busca constante, esta confusa forma de estar, são as características essenciais de uma pessoa hiperativa. São estas características que mais preocupam os pais e professores dos nossos dias, pois conduzem a déficit de atenção/concentração incompatíveis com as exigências de uma aprendizagem que se quer é orientada pelas normas da coerência e da disciplina. Os transtornos comportamentais que advém deste impaciente modo de vida contribuem para alterar, de forma significativa, o relacionamento com os outros, conduzindo-os, frequentemente, a situações de isolamento escolar e social. Perante este quadro, onde os requisitos fundamentais para o desenvolvimento cognitivo estão comprometidos, o insucesso escolar torna-se uma realidade, Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 7 os níveis de autoestima diminuem, originando com frequência graves problemas de índole psicológico. O professor busca trabalhar a mediação, para tranquilizar o aluno que apresenta a hiperatividade e o déficit de atenção quando está no processo de ensino aprendizagem, no meio social no convívio com os outros. Mas o professor embora faça o melhor, é de suma importância a participação da família e de outros profissionais. É das supostas causas e das inevitáveis consequências desta patologia, que atinge três a cinco por cento dos alunos hiperativos, de forma a atingir a tranquilidade que ele e, principalmente, aqueles que o rodeiam, tanto ambicionam. CONSIDERAÇÕES ACERCA DA HIPERATIVIDADE Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 8 Atualmente não existe um consenso na descrição da hiperatividade, no sentido em que esta se manifesta através de uma conduta caótica, inquieta, não centrada em objetivos ou finalidades e com falta de persistência, parecendo até uma falta de limite. “(…) a criança hiperativa manifesta padrões de conduta que poderíamos qualificar de excessos comportamentais: mexer-se continuadamente; sair do seu lugar, pegar em coisas, baloiçar-se, deitar-se ao chão, implicar com os colegas…” Vasquez in Bautista, (1997, p.159). Características da Hiperatividade Apesar destas serem características da criança hiperativa, nem todas elas as manifestam na totalidade. Falta de atenção – Quando a criança em casa ou na escola, é incapaz de seguir as indicações e diretrizes, que lhe são dadas e de se concentrar na realização das tarefas, que se desenrolam por um certo período de tempo. Dificuldades de aprendizagem perceptivo-cognitivas – A maioria das crianças hiperativas apresenta dificuldades na aprendizagem. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 9 Assim, estas crianças têm problemas em apanhar a informação sensorial, organizá-la, processá-la cognitivamente e expressá-la de seguida. Problemas de comportamento – As crianças revelam-se por vezes agressivas e violentas com os colegas, assim como, com os adultos. Não é só uma agressividade verbal, é também física. Falta de maturidade – Por vezes, a criança apresenta uma certa imaturidade nas suas atitudes. Impulsividade – Quando realiza alguma atividade nova, a criança começa entusiasmada, mas efetua-a de maneira desorganizada, desestruturada e quase nunca a conclui. Desobediência – A criança faz o contrário do que se lhe pede ou, simplesmente, não faz. Labilidade emocional – A criança está sujeita a repentinas alterações de humor. Irrita-se com bastante facilidade, quando os seus desejos não são satisfeitos prontamente. Atividade motora excessiva – A mobilidade excessiva contrasta com a rigidez e com a falta de flexibilidade dos seus movimentos. Características que influenciam os acidentes frequentes e as quedas que estas crianças dão. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 10 Também quanto às características associadas à hiperatividade não existe um consenso. Alguns autores referem-se como características principais inerentes à hiperatividade: a falta de atenção, as dificuldades de aprendizagem perceptivo-cognitivas, os problemas de comportamento e a falta de maturidade (Safer & Allen, 1979 citados por Vasquez in Bautista 1997:160). Outros como Lorente & Encío, (2000) referem para além destas, as seguintes características: a impulsividade, desobediência, labilidade emocional. Um fato que merece ser mencionado é que em algumas pessoas com TDAH poderá predominar a impulsividade ou a desatenção, são subtipos, a saber: Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Combinado. Este subtipo deve ser usado se seis (ou mais) sintomas de desatenção e seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade persistem há pelo menos 6 meses. A maioria das crianças e adolescentes com o transtorno tem o Tipo Combinado. Não se sabe se o mesmo vale para adultos com o transtorno. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Desatento. Este subtipo deve ser usado se seis (ou mais) sintomas de desatenção (mas menos de seis sintomas de hiperatividade-impulsividade) persistem há pelo menos seis meses. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 11 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo. Este subtipo deve ser usado se seis (ou mais) sintomas de hiperatividade- impulsividade (porém, menos de seis sintomas de desatenção) persistem há pelo menos 6 meses. A desatenção pode, com frequência, ser uma característica clínica importante nesses casos. (DSM – IV, 2002, p. 114) É importante lembrar que algumas pessoas com TDAH apresentam comorbidades, que é a coexistência de transtornos, ou seja, é a ocorrência simultânea de 2 (dois) ou mais problemas de saúde na mesma pessoa. Os estudos epidemiológicos realizados em crianças portadoras do TDAH documentam uma incidência elevada de distúrbios psiquiátricos comórbidos (Rohde et al., 1999) incluindo Transtornos Disruptivos de Comportamento (Transtorno Opositivo Desafiador, Transtorno de Conduta, Transtorno de Personalidade Anti-Social): 30 a 50% (Biedemann, 1991); Transtorno de Aprendizagem Escolar: 20 a 80%; Transtorno de Ansiedade: 8 a 30% (bindemann, 1991); Transtorno do Humor: 15% e 75% (Bindemann, 2005), e Transtorno de Tics: 3,5 a 17% (Souza, 2003). (CORNACHINI, s.d.). Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 12 O comprometimento não é só social, existe o comprometimento no aprendizado, chegam na adolescência muitas vezes, sem saber ler, mal saberão escrever, e foram passadas de ano não por conhecimento, mas por influência dos pais, ou por leis absurdas do governo. A preocupação é grande, pois a criança não consegue um adequado desenvolvimento no aprendizado, além dos transtornos comportamentais que apresenta na sala de aulas. A escola é local onde a alteração do comportamento se apresenta de modo mais visível. Mesmo que a criança seja hiperativa em casa a acomodação dos familiares a esse comportamento não permite, por vezes, uma boa percepção. O percentual de crianças com hiperatividade é grande. Chega à faixa dos 10% no pré-escolar e 4,5% no escolar. Temos dois tipos de crianças com hiperatividade,os que têm problemas escolares, pela dispersão, desatenção, falta de concentração e em consequência do seu comportamento não conseguem atingir os objetivos no aprendizado; temos os hiperativos com um desempenho escolar muito bom, conseguem fazer as tarefas muito rapidamente, mas não ficam quietos, atrapalham a dinâmica da classe passam a ser também mal quistos pelos colegas e até rejeitados pelo grupo porque acabam incomodando aqueles que querem aprender e não conseguem por estarem sendo incomodados. A mais provável causa orgânica da hiperatividade é uma disfunção do sistema nervoso, e essa disfunção leva a esse tipo de comportamento. HIPERATIVIDADE: TEMA DE PREOCUPAÇÃO ENTRE OS EDUCADORES Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 13 Quando usa-se medicamentos para tratar, altera-se essa desorganização bioquímica, e com isso consegue-se um comportamento adequado, diminuímos a hiperatividade, melhorado todo o contexto que está em torno, que é a dispersão, desatenção, falta de concentração e com isso atingimos um desempenho escolar adequado. O medicamento pode melhorar rapidamente essa parte comportamental, e o tratamento psicológico é algo necessário e até obrigatório em muitos casos. A hiperatividade pode ser de ordem psicológica, as vezes fica difícil saber quem veio primeiro, temos crianças que são hiperativas desde pequenas já no primeiro ano de idade, acordam muitas vezes durante a noite, ou não dormem, são crianças com muitas cólicas, que choram o tempo todo, são aquelas crianças eternamente insatisfeitas. Por outro lado, temos crianças que por uma desestruturação familiar podem apresentar um comportamento hiperativo, tanto que o tratamento nesses casos é sempre paralelo, o medicamento não substitui o tratamento psicológico porque a criança hiperativa já tem alguns problemas em outros setores, escola, família, social, etc. que devem ser abordados. O medicamento corrige o comportamento, mas a reestruturação individual necessita de outra abordagem.O medicamento age de modo agudo na hiperatividade e o tratamento psicológico necessita de longo prazo, o resultado será tardio, e nesse período o indivíduo continua inadaptado, continua a ser rejeitado, continua apresentando os mesmos problemas do início. Quando uma criança ou um adulto recebe o tratamento medicamentoso observa-se uma melhora no comportamento hiperativo, uma vez que o medicamento modula o comportamento, e a partir daí, tem-se a certeza de que Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 14 atingiu-se a cura ou uma boa parte dela, o medicamento é retirado progressivamente até parar e com isso a criança mantém o comportamento esperado. Esse é um dos pontos que considera-se muito importante na evolução, é saber que o modelo bioquímico cerebral é muito importante no esquema terapêutico desses casos, por ser a hiperatividade considerada uma “doença”. Percentagem da hiperatividade infantil entre os sexos Em relação à percentagem entre os sexos, também parece não existir um consenso. Alguns estudos apontam para 80% do sexo masculino e 20%, outros apontam para que seja uma percentagem igual. Segundo estudos poderá acontecer 60% sexo masculino e 40% sexo feminino por duas razões: A vertente da impulsividade, que representa um comportamento com maior expressão exterior à criança, está mais presente/é mais visível nos rapazes daí a percepção de haver mais hiperativos do sexo masculino. As crianças do sexo feminino são condicionadas pela família e sociedade para terem um comportamento mais discreto e serem mais recatadas, logo disfarçando os sintomas da hiperatividade Mas a maioria das crianças têm outro tipo de desordem em simultâneo a que se dá o nome de coexistências. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 15 As desordens que normalmente coexistem com a hiperatividade infantil são: Comportamento perturbador, desestabilizador e/ou desafiante; Doença Bipolar; Depressão; Ansiedade; Dependência de Álcool ou Drogas; Dificuldades de Aprendizagem; Síndrome de Tourette; Geneticamente a hiperatividade é determinada porque encontramos uma predominância no sexo masculino, encontramos antecedentes familiares, pais, avós, que tinham um quadro semelhante. Estudos estão em desenvolvimento no sentido de se determinar qual o gen. responsável e já existem algumas descrições a respeito. Não tem uma diferença fundamental na apresentação clínica, mas através dos testes psicológicos é que faremos uma avaliação da parte emocional, e assim detectar as alterações relacionadas ao quadro. A avaliação psicológica é pertinente, é necessária, porque temos que fazer uma abordagem bi-lateral. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 16 Se formos imaginar que a criança já vem desde a época de berço apresentando a hiperatividade, não será a questão emocional a mais evidente. Por outro lado existem correntes que consideram o stress da gravidez como um ponto de desenvolvimento da hiperatividade e com isso a criança já nasceria com essas características e o tempo se encarregaria de desenvolver o quadro de modo mais exuberante. O medicamento que sem dúvida nenhuma é o ponto do tratamento agudo e com o medicamento obteremos melhoria no máximo em uma semana, dez dias, já nota-se uma melhoria importante no comportamento, ao passo que o tratamento psicológico, como é um tratamento mais lento de sedimentação, necessita um tempo longo. Há pessoas que pensam que porque estão tomando o medicamento não precisam do psicólogo, ou se estão em tratamento psicológico não precisam do remédio, o que é uma bobagem, muitos profissionais pensam isso, e estão errados, pois são pontos que devem ser trabalhados conjuntamente. Hiperatividade: sintomas, marginalização e escola Quais são os sintomas que o hiperativo apresenta? * crianças que não param, na refeição a criança não fica sentada à mesa, se levantam o tempo todo e na grande maioria das vezes para que se alimente, tem que se correr com o prato de comida atrás desta criança; * crianças que não conseguem assistir um programa de TV, ficam o tempo todo se mexendo, plantando bananeira, não conseguem se concentrar mexem em coisas; Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 17 * crianças que não conseguem ficar brincando com determinado brinquedo durante um período, trocando de brinquedo e brincadeira o tempo todo, nada satisfaz. * crianças que não dormem, que ficam todo tempo chorando, ficam insatisfeitas sempre; * crianças que se expõe com muita facilidade a situações de perigo, não percebem essa faceta e temos que ficar vigiando sempre. * crianças que na escola, se destacam em seu comportamento. * crianças que não param na sala de aula, não param sentadas na carteira, não ficam quietas, mesmo ouvindo a professora contando uma história. * crianças que não conseguem se manter em um grupo ficam girando em torno de grupo para ver o que um está fazendo ou outro está fazendo, mexe com os outros, fala o tempo todo, interrompe as conversas, às vezes até por motivos não inerentes aquela conversa, muitas vezes essas crianças interferem nas conversas e são muitas vezes reprimidas, fazem perguntas o tempo todo e não esperam a resposta. Esta criança normalmente fica marginalizada? Então aí começa todo o conflito, eles não tem "desconfiômetro", acham que não estão fazendo nada de especial, nada de anormal, muitas vezes são castigadas e não entendem porque estão sendo punidas, o comportamento não lhes diz nada, mas a punição existe, assim sendo, essa marginalização dos colegas, dos professores, da família acabaacontecendo mais hora menos hora, e deixa uma cicatriz muito forte. Temos que trabalhar muito no sentido de melhorar a autoestima desta criança. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 18 Como a escola pode ajudar na hiperatividade? A escola ajuda quando detecta, chama os pais, encaminha para avaliações especializadas. As escolas sempre encaminham as crianças para uma avaliação psicológica, porém, muitas vezes fica por isso mesmo. Essas crianças não são tratadas com medicamentos, uma gama enorme de crianças que chegam a fazer a avaliação sendo tratadas a dois, três anos sem resolver nada.Muitas das ocasiões nem foram os profissionais que as encaminharam para o tratamento, foram os pais que acabaram por conta própria levar seus filhos ou por uma série de informações que passaram a conhecer diante das situações diárias. Muitas vezes vão para o pediatra e este muito pouco conhece sobre a hiperatividade e acaba encaminhando mal, uma das tendências é dizer que isso passa com o tempo, é fase, só que essa fase dura entre os nove e quinze anos, o que compromete toda a vida do indivíduo. O comprometimento não é só social, existe o comprometimento no aprendizado, chegam na adolescência muitas vezes, sem saber ler, mal saberão escrever, e foram passadas de ano não por conhecimento, mas por influência dos pais, ou por leis absurdas do governo. Muitos adolescentes pedem ajuda aos pais, por se conscientizar que não conseguem se concentrar, não conseguem estudar, não conseguem memorizar. Com o diagnóstico precoce se obtém um êxito melhor no tratamento e é muito mais econômico, pois o tempo de tratamento é mais curto; quanto mais crônico é um problema, maior a dificuldade para a sua resolução. Existe um desconhecimento grande, apesar de não ser um assunto novo, há 35 anos, 40 anos já existia o diagnóstico que antes era usado à sigla DCM Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 19 (Disfunção Cerebral Mínima) e que depois com o tempo acabou sendo desdobrada: Distúrbio da Atenção, Síndrome do Déficit de Atenção com ou sem hiperatividade, mudou a sigla, mas o quadro é exatamente o mesmo. Se trabalharmos com educação, temos que conhecer todos os caminhos da educação, se você trabalha com neurologia infantil tem que conhecer todos os meandros da neurologia infantil, mesmo que não seja especialista numa determinada área, tem que conhecer e saber que existe. Um pediatra se é generalista, tem que conhecer a hiperatividade, mesmo que não a trate, tem por obrigação diagnosticar e encaminhar corretamente, essa é uma falha que existe e é frequente. Professor mal formado já se sabe que o Estado tem, mas o que mais surpreende é ver nas escolas particulares regiamente pagas, pessoas que não conhecem, não sabem observar um comportamento anormal, confundindo-o muitas vezes com má educação ou os considera "bagunceiros" ou até deficiente intelectual. Outros transtornos podem ser confundidos com hiperatividade Deve-se ficar alerta pois existem muitas doenças que se acompanham do quadro hiperativo. Crianças com Síndrome de Down, em sua maioria, são hiperativas, e ela deverá ser tratada da sua hiperatividade para ajuda-la em seu aprendizado, crianças com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), muitos são hiperativos, isso atrapalha no rendimento global; tem os autistas hiperativos e temos que tratar, alguns com dislexia apresentam hiperatividade; crianças com distúrbio de aprendizagem também podem ser hiperativas. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 20 A HIPERATIVIDADE NA FASE INFANTIL Educar ou viver com uma criança hiperativa é um desafio enorme e os familiares, amigos e colegas de pessoas com hiperatividade deveriam de receber o devido mérito. A hiperatividade Infantil também não é uma condição psicológica que se uma criança realmente quisesse era pontual e organizada ou que passa com a ajuda dum psicólogo. Pedir a uma criança hiperativa para se concentrar e organizar é a mesma coisa que pedir a uma pessoa com miopia para se esforçar mais e tentar ler sem óculos ou pedir a um coxo para correr mais depressa. É impossível e está fora do controle da criança com hiperatividade. A hiperatividade infantil numa condição física A hiperatividade infantil é uma condição física que se caracteriza pelo sub-desenvolvimento e mau funcionamento de certas partes do cérebro, nomeadamente: Lobos Frontais Corpo Caloso Gânglios da Base ou Núcleos da Base Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 21 Cerebelo Sistema Dopaminérgico – Falta de e/ou Recaptação Precoce da Dopamina Sistema Noradrenérgico – Falta de e/ou Recaptação Precoce da Noradrenalina Mas também pela menor e menos eficaz atividade elétrica, menor circulação sanguínea no cérebro e má gestão da glucose que é o principal combustível do cérebro. Tudo isto leva a que haja uma má comunicação entre neurônios, má comunicação e falta de sincronização entre as várias partes do cérebro. A hiperatividade infantil é uma condição que apresenta três sintomas: Desatenção ou Distração Hiperatividade Impulsividade E tem três subtipos: Predominantemente Desatento Predominantemente Hiperativo Combinado Desatento + Hiperativo – O mais comum A hiperatividade Infantil é atualmente a “desordem mental” mais diagnosticada em crianças, estimando-se que 5 a 10% de todas as crianças sejam hiperativas. As estatísticas indicam que cerca de 40% das crianças diagnosticadas deixam de ter sintomas durante a adolescência ou seja o cérebro, com a ajuda de fatores ambientais, “encontra o caminho” para o normal desenvolvimento. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 22 O que significa que os outros 60% vão continuar a ter os sintomas da hiperatividade durante a vida adulta. A maior parte dos adultos hiperativos não sabem que a têm porque sempre se pensou que a Hiperatividade desaparecia durante a adolescência Em muitos casos não é muito evidente porque a pessoa desenvolveu estratégias para lidar e minimizar as consequências dos sintomas. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto. • Dificuldades de concentração e impulsividade: uma criança com déficit de atenção importante pode precisar de um profissional que possa mediar sua atenção e ensiná-lo a se autorregular no tempo, com seus materiais, facilitando assim a organização da criança, o planejamento de atividades e a antecipação das possíveis reações, como controle da impulsividade, eventualmente. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 23 O Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – DSM – IV (2002, p. 112) considera: A característica essencial do Transtorno de déficit de Atenção/ Hiperatividade consiste num padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, mais frequente e grave do que aquele tipicamente observado nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento [...] Alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam comprometimento devem ter estado presentes antes dos sete anos, mas muito indivíduos são diagnosticados depois, apósa presença dos sintomas por alguns anos [...]. Também no mesmo Manual é explicitado que, para estabelecer o diagnóstico, é necessário que a criança apresente sinais de desatenção e hiperatividade (seis ou mais), em um período de tempo não menor que seis meses. Estes sinais envolvem algumas dificuldades: DESATENÇÃO: - prestar e/ou manter atenção; - demonstrar que está escutando quando lhe dirigem a palavra; - organizar tarefas; - seguir instruções; - terminar tarefas ou atividades; - lembrar-se dos compromissos diários; - envolver-se em atividades que exijam esforço mental; - zelar pelos seus objetos. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 24 HIPERATIVIDADE: - manter-se quieto quando o ambiente “solicita”; - brincar ou envolver-se silenciosamente em atividade de lazer; - escutar e esperar a vez para falar ou responder; - em situações de jogos, brincadeiras, não conseguem aguardar a sua vez; - falar com moderação; - manter-se sentado sem agitar as mãos, pés ou pernas; - não envolver-se em assuntos alheios. Os sintomas devem estar presentes em pelo menos dois espaços, casa-escola e escola-trabalho, devem ser constantes e apresentar situações conflitantes nas relações sociais, acadêmicas ou de trabalho. Góes (1999, p. 67) diz que a atenção pode ser definida como a capacidade de o indivíduo filtrar os estímulos de uma situação e manter-se focalizado neles por certo tempo, mesmo na presença de estímulos secundários. Sendo a atenção uma atividade cerebral, portanto, complexa, há de se considerar três aspectos funcionais: a seletividade, a persistência e a inibição. A seletividade é a habilidade do indivíduo em manter-se focalizado em um estímulo central, quando outros fatores de distração estão presentes. A persistência é o tempo em que o indivíduo consegue manter-se focado e envolvido na tarefa (embora não haja um tempo padrão), crianças com TDAH apresentam mais fadiga mental, já a falta de inibição é entendida como impulsividade, ou seja, é a rapidez no tempo entre o evento e a resposta que a pessoa dá. As respostas são impulsivas e geralmente equivocadas. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 25 Ainda, segundo o DSM – IV: Os hábitos de trabalho frequentemente são desorganizados e os materiais necessários para a realização da tarefa com frequência são espalhados, perdidos ou manuseados com desleixo e danificados. [...] Os indivíduos com este transtorno são facilmente distraídos por estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral são facilmente ignorados por outros (p. ex. a buzina de um automóvel, uma conversa ao fundo) [...] Eles frequentemente se esquecem de coisas nas atividades diárias (p. ex. faltar a compromissos marcados, esquecer de levar o lanche para o trabalho ou a escola). (p.112). Na mesma obra: A hiperatividade pode variar de acordo com a idade e o nível de desenvolvimento do indivíduo, devendo o diagnóstico ser feito com cautela em crianças pequenas. Os bebês e pré-escolares com este transtorno diferem de crianças ativas, por estarem constantemente irrequietos e envolvidos com tudo à sua volta; eles andam para lá e para cá, movem-se “mais rápido do que a sombra”, sobem ou escalam móveis, correm pela casa e têm dificuldades em participar de atividades sedentárias em grupo durante a pré-escola (p. ex. para escutar uma estória). Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 26 sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais frequentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um. Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 27 Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 28 Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este problema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos, desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um "certo grau" de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas, e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo, uma criança que "apronta todas" em casa, mas na escola se comporta bem, muito provavelmente não tem hiperatividade. O que pode estar havendo é uma falta de limites (na educação) em casa. Na escola, responde à colocação de limites, comportando-se adequadamente em sala de aula. No adulto, para se ter esse diagnóstico, é preciso uma investigação que mostre que ele já apresentava os sintomas antes dos sete anos de idade. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 29 Uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendoa maior parte do tempo em suas atividades: Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras; Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas; Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas; Frequentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades; Com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa); Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades; São facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 30 executando; Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias; A Importância de tratamento medicamentoso São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores". Segundo, para que a criança não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva. Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar minimizar consequências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas (o que é relativamente frequente em adolescentes e adultos com o problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de conduta. Como se diagnostica? O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 31 Como se trata? O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico- estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado. Um aspecto fundamental desse tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxílio para que a criança possa reestruturar seu ambiente, reduzindo sua ansiedade. Uma exigência quase universal consiste em ajudar os pais a reconhecerem que a permissividade não é útil para a criança, mas que utilizando um modelo claro e previsível de recompensas e punições, baseado em terapias comportamentais, o desenvolvimento da criança pode ser melhor acompanhado. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 32 “Olhar a diversidade, olhar o todo” Atualmente, a educação e os profissionais a ela ligados (educadores), pedagogos, psicólogos, etc) têm se beneficiado com a contribuição dessas teorias, sendo a psicanálise, a comportamental e a teoria sistêmica as mais conhecidas. Para o professor que busca a formação continuada, considera-se importante conhecer a contribuição das diferentes linhas teóricas para a educação, aprofundar seus conhecimentos, para que possa compreender as diferentes formas de intervenção e, assim, optar pela que mais lhe agrade. Uma abordagem teórica bastante difundida é o behaviorismo desenvolvido por Watson e seguido Skinner, entre outros, O termo “behavior” significa comportamento. Por isso, também é conhecida como teoria comportamental, análise experimental do comportamento, análise do comportamento. O behaviorismo dedica-se ao estudo do comportamento. O behaviorismo dedica- se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, os estímulos deste e a resposta do sujeito. A análise experimental do comportamento pode nos ajudar em muitas situações, através da modificação do comportamento. Os conceitos comportamentais são amplamente utilizados por educadores. Muitos métodos de ensino e situações de aprendizagem são organizados, embasados por essa concepção. A educação especial utiliza-se amplamente desses conceitos. Outra abordagem é a psicanálise, criada por Freud, a psicanálise é uma teoria, um método de investigação e uma prática profissional. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 33 Enquanto teoria constitui-se de um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre a vida psíquica. Como método de investigação tem como característica principal a interpretação, buscando o significado oculto daquilo que é manifestado pelo sujeito por ações e palavras, pelo imaginário, sonhos. A prática profissional, hoje não se limita somente à análise (busca o autoconhecimento). A psicanálise é usada como base para a psicoterapia, aconselhamento, orientação, em trabalho de grupo, em instituições e também nas escolas. A terceira abordagem é o modelo sistêmico, entende que qualquer organismo é um sistema em interação. Essa interação é simultânea e mutuamente interdependente de outros componentes. Entende que o sujeito está inserido no “mundo das relações”, no qual, ao mesmo tempo em que influencia também sofre influências. Esse modelo propõe, que todas as redes sociais envolvidas numa situação são corresponsáveis tanto pelos recursos a serem utilizados, quanto pelos impasses que surgem ao longo do caminho. Trata-se de construir, junto com o sujeito, a família, a escola, os profissionais, uma experiência compartilhada, através da busca de alternativas de intervenção para essa realidade. Dentro dessa visão, as diversidades na aprendizagem têm diferentes origens, causas e manutenção, em razão da diversidade dos sujeitos e dos e dos contextos escolares. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 34 O professor e o diferente O professor muitas vezes não pode muito, mas, pode muito. O professor muitas vezes sabe mais sobre seus alunos do que os pais, pedagogos, psicólogos. Ele tem mais conhecimento do que imagina. É capaz de organizar estratégias de ação e reformulá-las em segundos, diante de uma turma de alunos. Muitas vezes esquecemos que o professor é uma pessoa e não um super-herói, com uma história de vida, concepções próprias, sentimentos, preconceitos, medos, etc, oriundos de sua experiência anterior. De acordo com MARQUES (2001), a forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua vida pessoal, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. Contudo, mesmo quando suas práticas pedagógicas têm pressupostos de integração e de inclusão, elas vêm acompanhadas de concepções excludentes e segregacionistas. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 35 O PAPEL DA MEDIAÇÃO ESCOLAR A mediaçãoé um processo de aprendizagem que favorece a interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus aspectos cruciais, atribuindo significado à informação recebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental relevante e significativo, favorecendo o desenvolvimento. A mediação pode levar a criança a detectar variações por meio da diferenciação de informações sensoriais, como visão, audição e outras; reconhecer que está enfrentando um obstáculo e identificar o problema. Pode também contribuir para que a criança tome mais iniciativa mediante diferentes contextos, sem deixar que este processo siga automaticamente e encorajar a criança a ser menos passiva no ambiente. Desenvolver a flexibilidade também é importante. A mediação pode ser atuante, criando pequenas mudanças e problemas para que a criança perceba, inicie, tolere mudanças e aprenda a lidar com estas situações. Por meio da mediação, a criança pode ser levada a permanecer por mais tempo em atividades sequenciais que exijam ações complexas e comunicação. Para isso o mediador pode: lançar experiências que solicitem várias etapas na resolução do problema (usando uma forma de comunicação); questionar quem quer resolver o problema; o que deve ser resolvido e oferecer recursos para que o problema seja resolvido. A oferta de recursos no auxílio à resolução do problema deve ser realizada de forma sutil, indicando, por exemplo, onde a resolução do problema pode ser Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 36 procurada e quais as ferramentas necessárias. A principal função da mediação é ser o intermediária entre a criança e as situações vivenciadas por ela, onde se depare com dificuldades de interpretação e ação. Logo, a mediação pode atuar como intermediário nas questões sociais e de comportamento, na comunicação e linguagem, nas atividades e/ou brincadeiras escolares, e nas atividades dirigidas e/ou pedagógicas na escola. A mediação também atua em diferentes ambientes escolares, tais como a sala de aula, as dependências da escola, pátio e nos passeios escolares que forem de objetivo social e pedagógico. Também pode acompanhar a criança ao banheiro, principalmente se estiver com objetivo de desfralde, auxiliando nos hábitos de higiene, promovendo independência e autonomia no decorrer da rotina. Isso poderá ser acordado junto à equipe escolar, se esta tiver auxiliar de turma, para que não aconteça conflito nas ações. Adaptar a estrutura física para organizar objetos no entorno, evitando grandes distrações ou exposição daqueles que representam manias é uma ação igualmente relevante. O trabalho do professor mediador ajuda com as atividades e trabalhos de adaptação individualizada, a fim de permitir que os professores ganhem tempo com as demais atividades do dia a dia. Podem ajudar e apoiar as crianças na aprendizagem e aplicação de material de classe. Também proporcionam aos alunos uma atenção individual, quando os alunos estão tendo dificuldades com o material proposto para o resto do grupo. Algumas adaptações curriculares podem ser feitas seguindo a proposta do professor da turma e das terapias de apoio. Para tanto, é necessário conversar com a equipe terapêutica para que as ações sejam coerentes e uniformes. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 37 LIMITES E CUIDADOS DA MEDIAÇÃO ESCOLAR Como em todas as experiências novas, conflitos e falhas acontecem, e devem ser tomados como base para uma aprendizagem. Portanto, serão compartilhadas situações que podem ser geradoras de estresse se não devidamente gerenciadas: Individualização A singularidade é uma questão central na compreensão do desenvolvimento infantil. Esta premissa requer dos profissionais um trabalho individualizado. Cada criança tem diferentes necessidades educacionais, cada um deles tem pontos fortes e desafios diferentes, valores, interesses pessoais e personalidade única. Além disso, os sintomas encontrados se manifestam de forma diferente. Portanto, não é possível estabelecer uma receita única para trabalhar. O que funciona para um, talvez não seja tão útil para outra criança. Conhecer o aluno que será acompanhado pela mediação, discutir com a equipe pedagógica da escola e com a equipe de apoio terapêutico são pontos fundamentais para atender à necessidade específica e assim alcançar os objetivos estabelecidos pela equipe. Outro problema ético considerado grave nesta relação é a saída do profissional antes do fim do ano letivo. Mudanças constantes de mediadores escolares trazem prejuízos importantes para o desenvolvimento da criança que precisa de um vínculo estável nesta função, como também desorganiza o ambiente escolar. O professor que medias suas aulas não pode esquecer que Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 38 também há vínculos criados com os demais alunos da turma, que ele faz parte da rotina deles. Assumir o trabalho com alunos com déficit de atenção e hiperatividade é assumir um ano letivo de trabalho, já que o seu desligamento pode provocar uma recusa da escola em aceitar submeter toda a turma à adaptação de um novo adulto em sala de aula, o que comprometerá o desenvolvimento da criança, a relação da família com a escola e da família com os outros pais de alunos. Relação professor- mediação -escola O professor da classe é o responsável por organizar as ações de todos os seus alunos, inclusive do que precisa, ao menos momentaneamente, de um mediador escolar. Mediar a aprendizagem e atuar em parceria com a escola com objetivo de compartilhar conhecimento, e o mais indicado. Quanto mais os profissionais que assistem a criança estiverem preparados, maior será o desenvolvimento dela e, consequentemente, o êxito profissional daqueles que nela investem. Além disso, a atuação este professor mediador dos conhecimentos, também diz respeito a atividades que favoreçam a interação com a criança. Ter outro adulto na turma atuando com uma criança especifica, não exclui o professor da relação com seu aluno. O professor deve estar apto a orientar as crianças com estratégias que favoreçam o comportamento interativo. O professor mediador não pode esquecer que a turma, incluindo a criança que ele atua, tem um grande compromisso de não desequilibrar sua turma. É fundamental ter sensibilidade para que o professor não se sinta invadido, mas que ele entenda que o melhor deve ser feito e que devemos somar sempre. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 39 Relação família-escola A inserção da mediação no ambiente escolar tem, dentre outros objetivos, facilitar a aprendizagem e a aquisição do conteúdo pedagógico. A família, principal interessada no pleno desenvolvimento da criança com hiperatividade e déficit de atenção, aspira pela apreensão de conhecimento por parte do aluno e pode, em alguns momentos, questionar determinados objetivos pedagógicos elencados pela equipe da instituição de ensino. Devemos ter cautela nessas situações, pois a equipe pedagógica da escola possui o conhecimento específico necessário para identificar quais serão os objetivos adequados a cada seriação. A parceria é necessária. Se são as famílias os que conhecem seus filhos no dia a dia, os especialistas na área estão na escola e devem ser respeitados em seu papel. Portanto, esta troca, envolvendo também a equipe terapêutica de apoio, é que vai favorecer a adaptação necessária ao desenvolvimento da criança. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 40 Relação escola-outras famílias Um profissionalque atua com mediação na sala de aula para determinado aluno com o objetivo de realizar intervenções específicas pode ajudar no desenvolvimento infantil. O papel do professor mediador só é justificável na medida em que suas funções são compreendidas e tal esclarecimento deve ser feito a todos daquela classe ou escola. Ademais, inclusão é um movimento útil não somente para crianças com deficiência, mas para todo cidadão em formação, em busca de uma sociedade mais justa. Por meio dos filhos, os pais de outras crianças podem aprender a se despir de preconceitos, compreendendo que nem todos precisam do mesmo tipo de ajuda. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS A hiperatividade e o déficit de atenção é um "estudo de caso", o que significa dizer que cada caso é único. Não se pode perder de vista a singularidade do sujeito, seu momento, nem sua história construída na família e continuada na escola. Tanto os pais, quanto os profissionais (professores, equipe multidisciplinar) devem estar cientes que a heterogeneidade daqueles que são atendidos precisam ser considerados quando tratamos das expectativas de sua evolução. Os indivíduos devem ser comparados com eles mesmos, avaliando quais habilidades foram desenvolvidas num determinado espaço de tempo. Portanto, para favorecer a adaptação da criança ao ambiente escolar e do ambiente escolar à criança, é fundamental que todos os envolvidos no processo tenham conhecimento e sensibilidade para identificar o que é específico para cada aprendiz. O ajuste dos materiais, das propostas e do ambiente pode ser muitas vezes essencial para o bom andamento da escolarização formal. Prevenir situações estressantes ou intervir no momento certo pode ser determinante para o investimento que aquele aluno fará em suas aprendizagens e relações. Quando um aluno com dificuldades sociais é exposto a estímulos sem a devida intervenção, por exemplo, pode se tornar ansioso e tenso por causa da saturação de informações que podem lhe parecer sem função. Pode não conseguir se organizar para aprender, desestruturando a si próprio como também sua sala de aula, comprometendo o desenvolvimento da turma como Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 42 um todo. Do mesmo modo um aluno com dificuldades importantes na motricidade fina e escrita pode se recusar a realizar algumas tarefas e apresentar birra ou comportamentos não esperados diante de grande quantidade de cópia em tarefa de sala de aula. É relevante dizer, mais uma vez, que todos os envolvidos na inclusão (escola, família, professores, e equipe multidisciplinar) precisam trabalhar em consonância, a fim de suprir a necessidade educativa daquela criança, favorecendo a conquista dos objetivos traçados por toda equipe. Cabe a cada um de nós se inteirar do assunto e procurar ver qual o segmento mais adequado. Mesmo os indivíduos que não tem grandes desvios comportamentais, carregam durante muitos anos dificuldades na escolaridade, dificuldade no aprendizado, uma série de outros transtornos que irão carregar até a idade adulta. Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida: Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira; Com frequência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; Frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação); Com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 43 em atividades de lazer; Está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"; Frequentemente fala em demasia. Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos: Frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; Com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez; Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas). Para finalizar, outro fato que merece ser explicitado é que não existe teste, comprovado cientificamente, para diagnosticar o TDAH. É necessário coletar e analisar todas as informações: médicas, pedagógicas, comportamentais, observar a criança nos variados espações, perceber como e por que se comporta dessa ou daquela forma, e por quanto tempo perduram estes comportamentos. Lembrando, o TDAH pode ser melhor descrito como uma forma exacerbada daquilo que pode ser um comportamento apropriado para a idade. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 44 BIBLIOGRAFIA ANTUNES, Celso. Miopia da atenção – problemas de atenção e hiperatividade em sala de aula. 2. Ed. São Paulo: Salesiano, 2003. ABBAMONTE R, Gavioli C, Ranoya F. O acompanhamento terapêutico na inclusão escolar, 2003. Disponível em: http://www.netpsi.com.br/projetos/acomp_terap_inclusao.htm. BARKLEY, Russel A. ligados em 220 volts. Revista Doenças do Cérebro: hiperatividade e epilepsia. São Paulo: Duetto, 2010, V. 3. BRASIL. Saberes e práticas de inclusão: estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais. Brasília: MEC: SEESP;2003. v.4. CUNHA ACB. Estilos de midiatização e interação mãe-criança: estratégias de promoção do desenvolvimento infantil. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática. 2004;9:243-51. COSTA, Ana; KANAREK, Deborah. 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As crianças e os adultos hiperativos são, na maior parte das vezes, pessoas com inteligência acima da média, carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de gostar”, criativos, etc. B) O principal sintoma da hiperatividade acontece no momento em que uma criança ou um adulto consegue aproveitar todo o seu potencial. As crianças e os adultos hiperativos são, na maior parte das vezes, pessoas com inteligência acima da média, carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de gostar”, criativos, etc. C) O principal sintoma da hiperatividade acontece no momento em que uma criança ou um adulto quase consegue aproveitar todo o seu potencial. As crianças e os adultos hiperativos são, na maior parte das vezes, pessoas com inteligência acima da média, carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de gostar”, criativos, etc. D) O principal sintoma da hiperatividade acontece no momento em que uma criança ou um adulto pouco consegue aproveitar todo o seu potencial. As crianças e os adultos hiperativos são, na maior parte das vezes, pessoas com inteligência acima da média, carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de gostar”, criativos, etc. 2- As desordens que normalmente coexistem com a hiperatividade infantil são: A) ( ) Comportamento perturbador, desestabilizador e/ou desafiante; Doença Bipolar; Depressão; Ansiedade; Dependência de Álcool ou Drogas; Dificuldades de Aprendizagem; Síndrome de Tourette. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 47 B) ( ) Comportamento sem dor, desestabilizador e/ou desafiante; Doença Bipolar; Dependência de Álcool ou Drogas; Dificuldades de Aprendizagem; Síndrome de Tourette. C) ( ) Comportamento perturbador, estabilizador e/ou desafiante; Doença Tripolar; Depressão; Ansiedade; Dependência de Álcool ou Drogas; Dificuldades de Aprendizagem; Síndrome de Tourette. D) ( ) Comportamento perturbador, desinibidor e/ou desafiante; Doença Bipolar; Depressão; Ansiedade; Dependência de Álcool ou Drogas; Síndrome de Tourette. 3- A forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua vida pessoal, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. Contudo, mesmo quando suas práticas pedagógicas têm pressupostos de integração e de inclusão, elas vêm acompanhadas de concepções excludentes e segregacionistas. A) MARQUES (2001) B) SILVA (2003) C) SCHWARTZMAN (2001) D) VYGOTSKY. LS (1987) 4 - “(…) a criança hiperativa manifesta padrões de conduta que poderíamos qualificar de excessos comportamentais: mexer-se continuadamente; sair do seu lugar, pegar em coisas, baloiçar-se, deitar-se ao chão, implicar com os colegas…”. A) VASQUEZ IN BAUTISTA, (1997, P.159) B) GÓES (1999, P. 67) C) COSTA, ANA; KANAREK (2000, P. 31 a 33) D) CUNHA (2004, 9:243-251) 5- Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o ..................são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionadas com o transtorno. A) TDAH B) AUTISMO C) TOC D) TIC Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 48 6- São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores". A) A importância de tratamento fora da escola B) A importância de tratamento medicamentoso C) A importância de tratamento natural D) A importância de tratamento manipulado 7- Uma abordagem teórica bastante difundida é o behaviorismo desenvolvido por Watson e seguido Skinner, entre outros, O termo “behavior” significa: A) Comportamento B) Diagnóstico C) Anamnese D) Síndrome 8- De acordo com MARQUES (2001), A) A forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua carreira, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. B) A forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua história, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. C) A forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua vida pessoal, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. D) A forma como o professor recebe alunos com dificuldades de aprendizagem ou hiperatividade depende das relações estabelecidas ao longo de sua escolaridade, de sua formação profissional e de sua prática pedagógica, retratando o seu modo de ser e de agir, suas concepções. 9- Entende-se que qualquer organismo é um sistema em interação. Essa interação é simultânea e mutuamente interdependente de outros componentes. Entende que o sujeito está inserido no “mundo das relações”, no qual, ao mesmo tempo em que influencia também sofre influências. Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 49 A) O modelo genérico B) O modelo médico C) O modelo sistêmico D) O modelo hiperativo 10- Está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"... A) Transtorno de hiperatividade B) Transtorno obsessivo C) Transtorno compulsivo D) Transtorno bipolar Educação Especial: Hiperatividade e déficit de atenção com foco na mediação CÓDIGO: 1128 50 AVALIAÇÃO DE CONCLUSÃO DO CURSO 1128 NOME: ___________________________________________________________________________ DATA: _____________________________________CARGA HORÁRIA: ____________________ CPF:______________________________________RG:____________________________________ Preencha o cartão resposta e nos encaminhe por e-mail ou WhatsApp. 01 A B C D 02 A B C D 03 A B C D 04 A B C D 05 A B C D 06 A B C D 07 A B C D 08 A B C D 09 A B C D 10 A B C D Assinatura do (a) Cursista CEDUCAF – CENTRO DE EDUCAÇÃO, CAPACITAÇÃO EAPERFEIÇOAMENTO PROFISSIONALRua; Pedro João Pereira, 331 / Mato Alto / CEP: 88904174 Telefone: (48) 3526-0166 Celular WhatsApp: (48) 99623-3849 E-mail: fale@ceducaprofissional.com.br Site: http://www.ceducaprofissional.com.br mailto:fale@ceducaprofissional.com.br http://www.ceducaprofissional.com.br/
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