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Prévia do material em texto

científica digital
2023 - GUARUJÁ - SP
1ª EDIÇÃO
científica digital
Diagramação e arte
Equipe editorial
Imagens da capa
Adobe Stock - licensed by Editora Científica Digital - 2023
Revisão
Os Autores
2023 by Editora Científica Digital 
Copyright da Edição © 2023 Editora Científica Digital 
Copyright do Texto © 2023 Os Autores
Acesso Livre - Open Access
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.com.br - contato@editoracientifica.com.br
Parecer e revisão por pares
Os textos que compõem esta obra foram submetidos para avaliação do Conselho Editorial da Editora 
Científica Digital, bem como revisados por pares, sendo indicados para a publicação.
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores.
É permitido o download e compartilhamento desta obra desde que pela origem da publicação e no formato 
Acesso Livre (Open Access), com os créditos atribuídos aos autores, mas sem a possibilidade de alteração 
de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais.
 
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 
Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C569 Ciência das plantas: desafios e potencialidades em pesquisa / Organizadores Flávia Cartaxo Ramalho Vilar, Teonis Batista da 
Silva. – Guarujá-SP: Científica Digital, 2023.
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Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5360-349-3
DOI 10.37885/978-65-5360-349-3
1. Plantas. I. Vilar, Flávia Cartaxo Ramalho (Organizadora). II. Silva, Teonis Batista da (Organizador). III. Título.
CDD 582
Índice para catálogo sistemático: I. Plantas 2 0 2 3
Elaborado por Janaina Ramos – CRB-8/9166
científica digital
científica digital
Direção Editorial
Reinaldo Cardoso
João Batista Quintela
Assistentes Editoriais
Erick Braga Freire
Bianca Moreira
Sandra Cardoso
Bibliotecários
Maurício Amormino Júnior - CRB-6/2422
Janaina Ramos - CRB-8/9166
Jurídico
Dr. Alandelon Cardoso Lima - OAB/SP-307852 C
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Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Cordeiro
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. Rogério de Melo Grillo
Universidade Estadual de Campinas
Profª. Ma. Eloisa Rosotti Navarro
Universidade Federal de São Carlos
Prof. Dr. Ernane Rosa Martins
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de 
Goiás
Prof. Dr. Rossano Sartori Dal Molin
FSG Centro Universitário
Prof. Dr. Carlos Alexandre Oelke
Universidade Federal do Pampa
Prof. Esp. Domingos Bombo Damião
Universidade Agostinho Neto - Angola
Prof. Me. Reinaldo Eduardo da Silva Sales
Instituto Federal do Pará
Profª. Ma. Auristela Correa Castro
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Dalízia Amaral Cruz
Universidade Federal do Pará
Profª. Ma. Susana Jorge Ferreira
Universidade de Évora, Portugal
Prof. Dr. Fabricio Gomes Gonçalves
Universidade Federal do Espírito Santo
Prof. Me. Erival Gonçalves Prata
Universidade Federal do Pará
Prof. Me. Gevair Campos
Faculdade CNEC Unaí
Prof. Me. Flávio Aparecido De Almeida
Faculdade Unida de Vitória
Prof. Me. Mauro Vinicius Dutra Girão
Centro Universitário Inta
Prof. Esp. Clóvis Luciano Giacomet
Universidade Federal do Amapá
Profª. Dra. Giovanna Faria de Moraes
Universidade Federal de Uberlândia
Prof. Dr. André Cutrim Carvalho
Universidade Federal do Pará
Prof. Esp. Dennis Soares Leite
Universidade de São Paulo
Profª. Dra. Silvani Verruck
Universidade Federal de Santa Catarina
Prof. Me. Osvaldo Contador Junior
Faculdade de Tecnologia de Jahu
Profª. Dra. Claudia Maria Rinhel-Silva
Universidade Paulista
Profª. Dra. Silvana Lima Vieira
Universidade do Estado da Bahia
Profª. Dra. Cristina Berger Fadel
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª. Ma. Graciete Barros Silva
Universidade Estadual de Roraima
Prof. Dr. Carlos Roberto de Lima
Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista
Universidade do Estado de Mato Grosso
Prof. Dr. Cristiano Marins
Universidade Federal Fluminense
Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia 
de Vitória
Prof. Dr. Daniel Luciano Gevehr
Faculdades Integradas de Taquara
Prof. Me. Silvio Almeida Junior
Universidade de Franca
Profª. Ma. Juliana Campos Pinheiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Prof. Dr. Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento
Universidade Federal do Piaui
Prof. Dr. Antônio Marcos Mota Miranda
Instituto Evandro Chagas
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Profª. Dra. Samylla Maira Costa Siqueira
Universidade Federal da Bahia
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de Minas, Brasil
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Profª. Dra. Luciane Martins de Oliveira Matos
Faculdade do Ensino Superior de Linhares
Profª. Dra. Rosenery Pimentel Nascimento
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Profª. Esp. Lívia Silveira Duarte Aquino
Universidade Federal do Cariri
Profª. Dra. Irlane Maia de Oliveira
Universidade Federal do Amazonas
Profª. Dra. Xaene Maria Fernandes Mendonça
Universidade Federal do Pará
Profª. Ma. Thaís de Oliveira Carvalho Granado Santos
Universidade Federal do Pará
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CONSELHO EDITORIAL
Prof. Me. Fábio Ferreira de Carvalho Junior
Fundação Getúlio Vargas
Prof. Me. Anderson Nunes Lopes
Universidade Luterana do Brasil
Profª. Dra. Iara Margolis Ribeiro
Universidade do Minho
Prof. Dr. Carlos Alberto da Silva
Universidade Federal do Ceara
Profª. Dra. Keila de Souza Silva
Universidade Estadual de Maringá
Prof. Dr. Francisco das Chagas Alves do Nascimento
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Réia Sílvia Lemos da Costa e Silva Gomes
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. Evaldo Martins da Silva
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. António Bernardo Mendes de Seiça da Providência Santarém
Universidade do Minho, Portugal
Profª. Dra. Miriam Aparecida Rosa
Instituto Federal do Sul de Minas
Prof. Dr. Biano Alves de Melo Neto
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano
Profª. Dra. Priscyla Lima de Andrade
Centro Universitário UniFBV
Prof. Dr. Gabriel Jesus Alves de Melo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Prof. Esp. Marcel Ricardo Nogueira de Oliveira
Universidade Estadual do Centro Oeste
Prof. Dr. Andre Muniz Afonso
Universidade Federal do Paraná
Profª. Dr. Laís Conceição Tavares
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Prof. Me. Rayme Tiago Rodrigues Costa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme
Universidade Federal do Tocatins
Prof. Me. Valdemir Pereira de Sousa
Universidade Federal do Espírito Santo
Profª. Dra. Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida
Universidade Federal do Amapá
Prof. Dr. Arinaldo Pereira Silva
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Profª. Dra. Ana Maria Aguiar Frias
Universidade de Évora, Portugal
Profª. Dra. Deise Keller Cavalcante
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro
Profª. Esp. Larissa Carvalho de Sousa
Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal
Esp. Daniel dos Reis Pedrosa
Instituto Federal de Minas Gerais
Prof. Dr. Wiaslan Figueiredo Martins
Instituto Federal Goiano
Prof. Dr. Lênio José Guerreiro de Faria
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Tamara Rocha dos Santos
Universidade Federal de Goiás
Prof. Dr. Marcos Vinicius Winckler Caldeira
Universidade Federal do Espírito Santo
Prof. Dr. Gustavo Soares de Souza
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
Profª. Dra. Adriana Cristina Bordignon
Universidade Federal do Maranhão
Profª. Dra. Norma Suely Evangelista-Barreto
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Prof. Me. Larry Oscar Chañi Paucar
Universidad Nacional Autónoma Altoandina de Tarma, Peru
Prof. Dr. Pedro Andrés Chira Oliva
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. Daniel Augusto da Silva
Fundação Educacional do Município de Assis
Profª. Dra. Aleteia Hummes Thaines
Faculdades Integradas de Taquara
Profª. Dra. Elisangela Lima Andrade
Universidade Federal do Pará
Prof. Me. Reinaldo Pacheco Santos
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Profª. Ma. Cláudia Catarina Agostinho
Hospital Lusíadas Lisboa, Portugal
Profª. Dra. Carla Cristina Bauermann Brasil
Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Humberto Costa
Universidade Federal do Paraná
Profª. Ma. Ana Paula Felipe Ferreira da Silva
Universidade Potiguar
Prof. Dr. Ernane José Xavier Costa
Universidade de São Paulo
Profª. Ma. Fabricia Zanelato Bertolde
Universidade Estadual de Santa Cruz
Prof. Me. Eliomar Viana Amorim
Universidade Estadual de Santa Cruz
Profª. Esp. Nássarah Jabur Lot Rodrigues
Universidade Estadual Paulista
Prof. Dr. José Aderval Aragão
Universidade Federal de Sergipe
Profª. Ma. Caroline Muñoz Cevada Jeronymo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
Profª. Dra. Aline Silva De Aguiar
Universidade Federal de Juiz de Fora
Prof. Dr. Renato Moreira Nunes
Universidade Federal de Juiz de Fora
Prof. Me. Júlio Nonato Silva Nascimento
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Profª. Dra. Cybelle Pereira de Oliveira
Universidade Federal da Paraíba
Profª. Ma. Cristianne Kalinne Santos Medeiros
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profª. Dra. Fernanda Rezende
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudo em Educação Ambiental
Profª. Dra. Clara Mockdece Neves
Universidade Federal de Juiz de Fora
Profª. Ma. Danielle Galdino de Souza
Universidade de Brasília
Prof. Me. Thyago José Arruda Pacheco
Universidade de Brasília
Profª. Dra. Flora Magdaline Benitez Romero
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Profª. Dra. Carline Santos Borges
Governo do Estado do Espírito Santo, Secretaria de Estado de Direitos 
Humanos.
Profª. Dra. Rosana Barbosa Castro
Universidade Federal de Amazonas
Prof. Dr. Wilson José Oliveira de Souza
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Prof. Dr. Eduardo Nardini Gomes
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Prof. Dr. José de Souza Rodrigues
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Prof. Dr. Willian Carboni Viana
Universidade do Porto
Prof. Dr. Diogo da Silva Cardoso
Prefeitura Municipal de Santos
Prof. Me. Guilherme Fernando Ribeiro
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Profª. Dra. Jaisa Klauss
Associação Vitoriana de Ensino Superior
Prof. Dr. Jeferson Falcão do Amaral
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro- 
Brasileira
Profª. Ma. Ana Carla Mendes Coelho
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Prof. Dr. Octávio Barbosa Neto
Universidade Federal do Ceará
Profª. Dra. Carolina de Moraes Da Trindade
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Prof. Me. Ronison Oliveira da Silva
Instituto Federal do Amazonas
Prof. Dr. Alex Guimarães Sanches
Universidade Estadual Paulista
Profa. Esp. Vanderlene Pinto Brandão
Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí
Profa. Ma. Maria Das Neves Martins
Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí
Prof. Dr. Joachin Melo Azevedo Neto
Universidade de Pernambuco
Prof. Dr. André Luís Assunção de Farias
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Danielle Mariam Araujo Santos
Universidade do Estado do Amazonas
Profª. Dra. Raquel Marchesan
Universidade Federal do Tocantins
Profª. Dra. Thays Zigante Furlan Ribeiro
Universidade Estadual de Maringá
Prof. Dr. Norbert Fenzl
Universidade Federal do Pará
Prof. Me. Arleson Eduardo Monte Palma Lopes
Universidade Federal do Pará
Profa. Ma. Iná Camila Ramos Favacho de Miranda
Universidade Federal do Pará
Profª. Ma. Ana Lise Costa de Oliveira Santos
Secretaria de Educação do Estado da Bahia
Prof. Me. Diego Vieira Ramos
Centro Universitário Ingá
Prof. Dr. Janaildo Soares de Sousa
Universidade Federal do Ceará
Prof. Dr. Mário Henrique Gomes
Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, 
Portugal
Profª. Dra. Maria da Luz Ferreira Barros
Universidade de Évora, PortugalCONSELHO EDITORIAL
Profª. Ma. Eliaidina Wagna Oliveira da Silva
Caixa de Assistência dos advogados da OAB-ES
Profª. Ma. Maria José Coelho dos Santos
Prefeitura Municipal de Serra
Profª. Tais Muller
Universidade Estadual de Maringá
Prof. Me. Eduardo Cesar Amancio
Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba
Profª. Dra. Janine Nicolosi Corrêa
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Profª. Dra. Tatiana Maria Cecy Gadda
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Profª. Gabriela da Costa Bonetti
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Me. Thales do Rosário De Oliveira
Universidade de Brasília
Profª. Dra. Maisa Sales Gama Tobias
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. Pedro Igor Dias Lameira
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Geuciane Felipe Guerim Fernandes
Universidade Estadual do Norte do Paraná
Prof. Me. Teonis Batista da Silva
Universidade do Estado da Bahia
Profª. Ma. Aline Maria Gonzaga Ruas 
Universidade Estadual de Montes Claros
Profª. Dra. Alessandra Knoll
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Profª. Ma. Carla Cristina Sordi
Universidade Estadual do Ceará
Profª. Dra. Caroline Lourenço de Almeida
Fundação Educacional do Município de Assis
Profª. Dra. Rosângela Gonçalves da Silva
Fundação Educacional do Município de Assis
Prof. Dr. Marcus Fernando da Silva Praxedes
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Prof. Dr. Cleberton Correia Santos
Universidade Federal da Grande Dourados
Prof. Dr. Leonardo de Carvalho Vidal
Instituto Federal do Rio de Janeiro
Profª. Dra. Mônica Aparecida Bortolotti
Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná
Profª. Dra. Lucieny Almohalha
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Prof. Esp. Layane Caroline Silva Lima Braun
Universidade Federal do Pará
Profª. Ma. Michelle Cristina Boaventura França
Universidade Federal do Pará
Prof. Dr. Fernando da Silva Cardoso
Universidade de Pernambuco
Prof. Me. Hugo José Coelho Corrêa de Azevedo
Fundação Oswaldo Cruz
Profª. Ma. Letícia Keroly Bezerra Alexandrino
Universidade de Fortaleza
Prof. Dr. Luiz Gonzaga Lapa Junior
Universidade de Brasília
Profª. Ma. Martha Luiza Costa Vieira
Universidade Federal do Pará
Profª. Dra. Vânia Maria Arantes
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Prof. Me. Paulo Roberto Serpa
Universidade do Vale do Itajaí
Prof. Dr. Hercules de Oliveira Carmo
Faculdade de Educação de Guaratinguetá
Profª. Dra. Caroline Nóbrega de Almeida
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Profª. Ma. Camila Tâmires Alves Oliveira
Universidade Federal Rural do Semiárido
Prof. Me. Francisco Lidiano Guimarães Oliveira
Universidade Estadual do Ceará
Prof. Dr. Mauro José de Deus Morais
Universidade Federal do Acre
Profª. Ma. Terezinha Maria Bogéa Gusmão
Instituto Histórico e Geográfico de Arari
Prof. Dr. Felipe Vitório Ribeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Esta obra constituiu-se a partir de um processo colaborativo entre professores, 
estudantes e pesquisadores que se destacaram e qualificaram as discussões neste 
espaço formativo. Resulta, também, de movimentos interinstitucionais e de ações 
de incentivo à pesquisa que congregam pesquisadores das mais diversas áreas do 
conhecimento e de diferentes Instituições de Educação Superior públicas e privadas de 
abrangência nacional e internacional. Tem como objetivo integrar ações interinstitucionais 
nacionais e internacionais com redes de pesquisa que tenham a finalidade de fomentar a 
formação continuada dos profissionais da educação, por meio da produção e socialização 
de conhecimentos das diversas áreas do Saberes.
Agradecemos aos autores pelo empenho, disponibilidade e dedicação para o 
desenvolvimento e conclusão dessa obra. Esperamos também que esta obra sirva de 
instrumento didático-pedagógico para estudantes, professores dos diversos níveis de 
ensino em seus trabalhos e demais interessados pela temática. 
Flávia Cartaxo Ramalho Vilar
Teonis Batista da Silva
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SUMÁRIO
Capítulo 01
CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOAGRONÔMICA DO MELOEIRO: UM ESTUDO DE REVISÃO 
Teonis Batista da Silva; Gênesis Alves de Azevedo; Manoel Abílio de Queiróz; Flávia Cartaxo Ramalho Vilar
 ' 10.37885/230513123 ................................................................................................................................................................................................11
Capítulo 02
COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS BAIRROS DO MUNICÍPIO DE CAMPOS 
DOS GOYTACAZES, RJ
Wellington Rodrigues de Matos
 ' 10.37885/230512999 ................................................................................................................................................................................................27
Capítulo 03
CRIOPRESERVAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS: UMA REVISÃO
Roziane Pereira Paiva; Mairon César Coimbra; Ana Hortência Fonsêca Castro
 ' 10.37885/230513004 ................................................................................................................................................................................................36
Capítulo 04
ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS CSR DE ESPÉCIES DOMINANTES EM DUNAS MÓVEIS DE SANTA CATARINA
João Carlos Ferreira de Melo Júnior; Heloísa Fagundes Salvador; Gustavo Borba da Silva; Bruna Brodbeck; Rodrigo Dümes Chaves Cabral
 ' 10.37885/230412635 ................................................................................................................................................................................................52
Capítulo 05
IDENTIFICAÇÃO DE FABACEAE (LEGUMINOSAE) FORRAGEIRAS DO IFSERTÃOPE CAMPUS PETROLINA 
ZONA RURAL
Leonardo Feijó Cadena de Oliveira Filho; Teonis Batista da Silva; Flavia Cartaxo Ramalho Vilar
 ' 10.37885/230513127 .................................................................................................................................................................................................66
Capítulo 06
INVENTÁRIO FLORÍSTICO DE UM PARQUE AMBIENTAL LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE ANAPURUS, 
MARANHÃO, NORDESTE DO BRASIL
Mateus César Araújo Pestana; Pedro Victor Cardoso dos Santos; Mateus Monteles Vieira; José Augusto dos Santos Silva; Alessandra 
Vieira Monteles; Maria Ildilene da Silva; Maria Erika de Sousa Silva
 ' 10.37885/230412774 .................................................................................................................................................................................................85
Capítulo 07
LEVANTAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICA DE PLANTAS DANINHAS NO CULTIVO DO 
COENTRO (CORIANDRUM SATIVUM L.) NO MARANHÃO
Mário Luiz Ribeiro Mesquita; Ricardo Vitor Silva de Lima
 ' 10.37885/230513021 ................................................................................................................................................................................................98
SUMÁRIO
Capítulo 08
PRODUÇÃO DE ÁCIDO CHIQUÍMICO A PARTIR DE FONTES ALTERNATIVAS AO ILLICIUM SPP. 
Marcus Barifouse Matallo; Sydney Dionísio Batista de Almeida; Daniel Andrade de Siqueira Franco; Sonia Claudia do Nascimento 
de Queiroz; Antonio Luiz Cerdeira
 ' 10.37885/230312549 ................................................................................................................................................................................................113
Capítulo 09
PRODUÇÃO DE SABONETE LÍQUIDO UTILIZANDO EXTRATOS DE ANDIROBA E MULATEIRO POR MEIO DA 
APLICAÇÃO DE PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
Rudyere Nascimento Silva; Heloide de Lima Cavalcante
 ' 10.37885/230111799 .................................................................................................................................................................................................121
SOBRE OS ORGANIZADORES ............................................................................................................................. 138
ÍNDICE REMISSIVO .............................................................................................................................................139
01
'10.37885/230513123
01
CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOAGRONÔMICA 
DO MELOEIRO: UM ESTUDO DE REVISÃO 
Teonis Batista da Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Gênesis Alves de Azevedo
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
(UEPJMF)
Manoel Abílio de Queiróz
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Flávia Cartaxo Ramalho Vilar
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Sertão Pernambucano (IFSertãoPE)
https://dx.doi.org/10.37885/230513123
RESUMO
O Nordeste brasileiro é responsável por quase totalidade da produção nacional de melão 
sendo também destaque mundial. Devido sua tamanha relevância, a qualidade da semente 
é fator de extrema importância para que se obtenha a produtividade esperada; manter se-
mentes em armazenamento tem como objetivo básico manter o nível de qualidade fisiológica 
das sementes. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico 
sobre a cultura do melão e seus aspectos voltados para germinação, emergência e o arma-
zenamento de sementes. Os procedimentos metodológicos adotados tiveram como base a 
pesquisa bibliográfica, onde foi realizado um levantamento das publicações mais relevantes 
acerca do assunto. 
Palavras-chave: Germinação, Cucurbitaceae, Fisiologia de Sementes, Variabilidade Genética.
13
Ciência das Plantas: desafios e potencialidades em pesquisa - ISBN 978-65-5360-349-3 - Vol. 1 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
INTRODUÇÃO
O melão é conhecido como uma das relevantes olerícolas produzidas no Brasil e de 
maior popularidade no mundo (KIST, 2021).
Segundo dados da FAO (2018) cerca de 80% da produção mundial de alimentos provem 
da agricultura familiar, sendo responsável por uma ocupação de 85% das terras cultivadas 
da Ásia, 83% das Américas do Norte e Central, 68% do continente Europeu, 62% da África 
e 18% da América do Sul. Destaca-se que no Brasil mais de 80% das explorações agrícolas 
são do tipo familiar, e, esse cenário brasileiro, permite que o país se destaque como o 8ª 
maior produtora de alimentos no mundo nesse segmento (SEAD, 2018).
No Semiárido nordestino o melão tem um papel socioeconômico de grande importância 
nas regiões produtoras, devido à grande demanda de mão de obra vinculada de forma direta 
e indireta na cadeia produtiva da cultura (SILVA et al., 2014).
Compreende-se que a região Nordeste do Brasil é a principal produtora de melão do 
Brasil, sendo o Rio Grande do Norte o estado de maior significância, com cerca de 375.574 
toneladas de área produzida, 13.669 ha de área colhida e rendimento médio 27.476 kg/
ha. A produção está concentrada nos municípios de Mossoró, Tibau, Baraúna e Apodi 
(IBGE, 2021). Distribuição das principais áreas de produção de melão do Nordeste brasi-
leiro o Rio Grande do Norte com cerca de 361.649 toneladas de área produzida, 13.760 
hectares de área colhida e rendimento médio 26.283 Kg por hectare o Ceará com cerca de 
70.665 toneladas de área produzida, 2.585 hectares de área colhida e rendimento médio 
27.337 Kg por hectare. A Bahia com cerca de 86.866 toneladas de área produzida, 3.304 
hectares de área colhida e rendimento médio 26.291 Kg por hectare. E Pernambuco com 
cerca de 37.525 toneladas de área produzida, 1.394 hectares de área colhida e rendimento 
médio 26.919 Kg por hectare. (IBGE, 2021).
É importante destacar que a cultura do melão apresenta duas situações de cultivo bem 
destacadas no Semiárido brasileiro. De um lado os cultivos comerciais que ocorrem em locais 
com disponibilidade de água como ocorre nos estados mencionados no parágrafo anterior 
no estado do Rio Grande do Norte, onde se tem a maior produção de melão comercial de 
região Semiárida (IBGE, 2021). “A segunda situação ocorre, principalmente nos estados do 
Maranhão e até certo ponto também no estado do Piauí, no entorno de Teresina. Nesses 
cultivos, os agricultores plantam totalmente em áreas dependentes da chuva, também chama-
dos de cultivo de sequeiro, e nesses casos os agricultores guardam as sementes dos frutos 
que são selecionados pelos agricultores de acordo com as suas preferências para cultivo 
no ano seguinte. No entanto, se pode incluir nesse sistema de cultivo, os plantios feitos por 
agricultores familiares, mesmo em áreas onde tem grande disponibilidade de água, onde 
os agricultores podem até comprar sementes de alguns híbridos ou cultivares de polinização 
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aberta, porém, só adquirem sementes de casas comerciais para o primeiro cultivo e a partir 
daí, utilizam as sementes próprias” (comunicação pessoal, 31 de outubro de 2022). 
O uso de sementes com alto potencial fisiológico é fundamental para o sucesso na 
produção agrícola (PEREIRA FILHO; BORGHI, 2016). Então, mediante esse contexto é 
fundamental se compreender que o armazenamento tem como objetivo básico manter o 
nível de qualidade fisiológica das sementes até sua utilização na semeadura (CARVALHO; 
NAKAGAWA, 2012). 
Segundo Santos; Menezes; Vilella (2005) relatam que a qualidade das sementes não 
pode ser melhorada durante o armazenamento, mas pode ser preservada quando as con-
dições de conservação são favoráveis.
O armazenamento e qualidade fisiológica de sementes auxiliam na manutenção da 
viabilidade e do vigor contribuindo para a produção de mudas (INÔ et al., 2019). A manu-
tenção da qualidade fisiológica de sementes é diretamente afetada pela embalagem, tempo 
e ambiente de armazenamento, que acumulam prejuízos fisiológicos resultando na redução 
do poder germinativo e do vigor (MARCOS-FILHO, 2015). A deterioração das sementes está 
associada às características dos recipientes que as contêm, dependendo da maior ou menor 
facilidade para as trocas de vapor d’água entre as sementes e a atmosfera, e das condições 
do ambiente em que as mesmas permanecem armazenadas (MARCOS FILHO, 2015). 
A cultura do meloeiro
O meloeiro originou-se na África, contudo, foi na Índia e nos países tropicais, que o 
seu cultivo se difundiu com algumas cultivares, a exemplo do Amarelo, o Pele de Sapo, o 
Cantaloupe, Orange Flesh e o Gália (MANSOURI et al., 2017).
Neste sentido, Nunes et al. (2018) afirmam que no Brasil, o seu cultivo ocorreu a par-
tir da década de 1960, época em que a produção nacional se estabelecia, principalmente 
nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, no entanto, as condições edafoclimáticas 
eram limitantes.
O melão é uma das hortaliças mais apreciada em todo o mundo. Observa-se que no 
país brasileiro é considerado um dos maiores produtores da fruta, destinando cerca de 
60% da produção para exportação e entre os principais importadores estão a Comunidade 
Europeia e o Canadá (HF BRASIL, 2020). 
Características morfofisiológicas e botânicas do meloeiro
O meloeiro é uma das olerícolas pertencente à classe Dycotyledoneae, da ordem 
Cucurbitales, família das Cucurbitáceas, gênero Cucumis (MANSOURI; MIRZABE; RAUF, 
2015). Essa hortaliça trata-se de uma dicotiledônea herbácea, de caule prostrado que 
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apresenta variações no número de hastes ou ramificações. As folhas são de tamanho va-
riável, alternadas, simples, ásperas, providas de tricomas, limbo orbicular, reniforme, pen-
talobadas, com as margens denteadas.
O sistema radicular é fasciculado com crescimento abundante nos primeiros 30 cm 
de profundidade no solo (HORA et al., 2018). As pesquisas recentemente apontam que, a 
cultura do melão também apresenta exigência quanto ao tipo de solo, privilegiando solos 
bem drenados, com alta fertilidade e baixa acidez (ZEBALOS et al., 2017). As flores são 
amarelas constituídas por cinco pétalas e estão presentes em diferentes pontos da planta: 
as flores masculinasaparecem em ramas primárias enquanto as femininas e hermafroditas 
aparecem em ramas secundárias e terciárias (HORA et al.,2018). Os frutos do meloeiro são 
bagas carnudas que apresentam tamanhos, formatos e colorações variadas. A colheita dos 
frutos pode variar entre 60 e 70 dias (SALVIANO et al., 2017). O seu ciclo é anual, diplóide, 
de crescimento rasteiro, com inúmeras ramificações (MALLEK-AYADI et al., 2018).
Pitrat (2016) elaborou e propôs algumas modificações na classificação intraespecífica 
de C. melo, o que a diferenciou das outras classificações já existentes. Deste modo, Pitrat 
(2016) sugere que não seja necessário manter a classificação intraespecífica de subespécies 
para o melão, sendo necessário usar, apenas, o nível de grupo e, em alguns casos, o nível 
de subgrupo. Assim, são sistematizados 19 grupos botânicos, sendo eles descritos a seguir: 
Grupo agrestis, Grupo kachri, Grupo chito, Grupo tibish, Grupo acidulus, Grupo momordi-
ca, Grupo conomon, Grupo makuwa: Subgrupo ogon, Subgrupo nashi-uri, Subgrupo yuki, 
Subgrupo kanro, Subgrupo ginmakuwa, Subgrupo seikan, Grupo chinensis, Grupo flexuo-
sus: Subgrupo adjour, Subgrupo tara, Subgrupo arya, Grupo chate, Grupo dudaim, Grupo 
chandalak, Subgrupo zami, Subgrupo tachmi, Subgrupo garma, Subgrupo bucharici, Grupo 
indicus, Grupo ameri: Subgrupo ananas, Subgrupo maculati, Subgrupo bargi, Subgrupo 
mashhadi, Grupo cassaba: Subgrupo kirkagac, Subgrupo hassanbey, Subgrupo kuscular, 
Grupo ibericus: Subgrupo pele de sapo, Subgrupo amarillo, Subgrupo tendral, Subgrupo 
rochet, Subgrupo branco, Grupo inodorus, Subgrupo honeydew, Subgrupo earl’s, Grupo 
cantalupensis: Subgrupo prescott, Subgrupo saccharunus, Subgrupo charentais, Subgrupo 
ogen, Subgrupo american western e Subgrupo american eastern.
Contudo, os melões cultivados no Brasil comercialmente e que entram nas estatísticas 
oficiais são apenas dos grupos inodorus e cantalupensis e têm programas de melhoramento 
bem estabelecidos seja no setor público como a Embrapa como no setor privado de onde 
vem a grande maioria das cultivares comerciais utilizadas atualmente nos perímetros irriga-
dos (ARAGÃO, 2013). Por outro lado, existe cultivo de diferentes grupos botânicos no Sul 
do Brasil notadamente os tipos cultivados na agricultura tradicional, tendo sido resgatados 
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30 acessos (PRIORI et al., 2010) dos quais uma parte desses acessos coletados no Rio 
Grande do Sul e Paraná foram caracterizados morfologicamente (NEITZKE et al., 2009).
Todavia, é na agricultura familiar também no Nordeste brasileiro que existe uma gran-
de atividade na produção de melões, como indicado anteriormente. Foi resgatado um bom 
número de amostras tendo-se cerca de 140 acessos de diferentes Estados, porém, a maior 
contribuição foi conseguida com os agricultores familiares do estado do Maranhão (cerca 
de 70%). Esses acessos estão no Banco Ativo de Germoplasma de Cucurbitáceas para 
o Nordeste brasileiro que estão armazenados em câmara fria a 10 ºC e 40% de umidade 
relativa na Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE (QUEIRÓZ, 2011). Uma amostra desse 
germoplasma foi caracterizada por Torres Filho (2008) tendo encontrado grande variação 
genética entre os acessos e, posteriormente, Aragão (2011) fez uma caracterização mole-
cular dos mesmos acessos e confirmou a grande variação entre os acessos da agricultura 
familiar do Maranhão.
Posteriormente, Santos (2015) usando a classificação de Pitrat et al. (2000) caracterizou 
uma amostra de 15 acessos da agricultura tradicional do Maranhão (amostra I) e encontrou 
melões pertencentes aos grupos cantalupensis, momordica, conomom e chandalak, enquan-
to no estudo de uma nova amostra adicional de mais 15 acessos (amostra II) coletados no 
mesmo Estado foram identificados os grupos botânicos makuwa, cantalupensis e reticula-
tus (AMORIM, 2016). Foi possível se detectar variação entre e dentro dos acessos muito 
contrastante inclusive com teor médio de açúcar ao redor de 10 ºBrix, diferentes formatos 
e cores internas e externas de frutos, tolerância ao oídio (SANTOS, 2011) e vários outros 
caracteres. Esses resultados foram muito promissores, pois se observou grande variação 
de tipos e formatos.
“Os estudos realizados foram mais concentrados na caracterização dos recursos gené-
ticos disponíveis, dando-se ênfase à avaliação agronômica dos acessos visando identificar 
caracteres de importância que possam ser usados nos programas de melhoramento de 
melão (duração de prateleira, conteúdo de açúcar, presença de compostos bioativos, entre 
outros). Também foram examinadas a tolerância a estresses bióticos (oídio, broca dos frutos, 
mosca minadora, viroses, entre outros). Nesse estudo se deve ter como referência as culti-
vares comerciais disponíveis, visando comparar a variabilidade do germoplasma comercial 
com o germoplasma existente nas populações tradicionais da agricultura familiar e assim 
identificar o potencial desse germoplasma para o melhoramento das cultivares comerciais 
e até o melhoramento dos próprios tipos tradicionais, pois poderá ser possível selecionar 
um tipo de melão com bom teor de açúcar entre os melões da variedade botânica makuwa” 
(comunicação pessoal, 18 de Julho de 2022).
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Aspectos econômicos da cultura do meloeiro
O melão (Cucumis melo L.) é uma das hortaliças de grande importância no mun-
do. De acordo com a FAO (2022) maiores produtores mundiais desse fruto em 2020 foram 
China, Turquia e Índia. Dentre as frutas mais exportadas no Brasil, o melão, apesar de ser 
uma hortaliça, é comercializado como fruto, ocupa segundo lugar, demonstrando expressiva 
participação na balança comercial brasileira (CARVALHO et al., 2017; COSME et al., 2017).
A região do Submédio do Vale do São Francisco que engloba os estados de Bahia e 
Pernambuco o município de Petrolina/PE obteve uma produção de 375 t, com rendimento 
médio de 25.000 kg/ha e Juazeiro/BA tendo uma produção de 7.159 t, com rendimento 
médio em torno de 30.991 kg/ha (SIDRA, 2021).
Neste contexto o cultivo do melão tem grande importância econômica no mercado bra-
sileiro, por se tratar de uma cultura que se destaca no mercado de exportações (DALASTRA 
et al., 2016). Além da relevância no mercado de exportação, o cultivo de melão desempe-
nha um papel socioeconômico muito importante para o país, podendo gerar cerca de 60 mil 
empregos diretos e indiretos nessa atividade (SANTOS et al., 2021).
Qualidade das sementes
A semente consiste em um insumo básico para a produção de alimentos (JILITO et al. 
2020), pois nela está contida a informação para o desenvolvimento de uma futura planta 
(CHABLE et al. 2020).
De acordo com Peske et al. (2012), a qualidade da semente é determinada como o 
conjunto de todos os atributos genéticos (compostos pela pureza varietal, potencial produtivo, 
resistência a pragas e doenças e qualidade do grão), físicos (grau de umidade, pureza física, 
massa de mil, aparência e peso volumétrico), fisiológicos (germinação, dormência e vigor) 
e sanitários (incidência de fungos, vírus, bactérias e nematoides) que afetam a capacidade 
de originar plantas de alto desempenho.
A qualidade fisiológica da semente está intimamente relacionada com o estado de 
deterioração que a mesma se encontra e deste modo, sementes deterioradas possuem 
menor qualidade fisiológica, o que repercute em um primeiro momento na redução do vigor 
e em um segundo momento, na redução do número de plântulas normais, até a morte da 
semente (MARCOS-FILHO, 2020).
Pode-se afirmar que a execução de análise biométrica de sementes proporciona a 
compreensão dos atributos físicos e concede o desenvolvimento de tecnologias e planeja-
mento para a coleta desementes, sendo possível deste modo a diferenciação de espécies 
e favorecendo a sua dispersão (LEÃO et al., 2015).
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Segundo Oliveira-Bento (2012) destaca-se que classificar as sementes por tamanho 
ou por massa é um aspecto que pode ser praticado para homogeneizar a emergência das 
plântulas e obter mudas de tamanho similar ou de maior vigor.
Germinação
O potencial fisiológico de um lote de sementes é determinado através do teste de ger-
minação. Porém, este considera apenas a viabilidade das sementes, concedendo referências 
quanto a maior porcentagem de germinação de um lote (LEITE et al., 2019). Dessa maneira, 
a demanda de se acrescentar os conhecimentos oferecidos pela avaliação de germinação 
e a probabilidade de aplicação de meios tecnológicos de alta pontualidade para avaliar o 
potencial fisiológico são fundamentais aos programas de controle de qualidade das empresas 
produtoras de sementes (CASTAN et al., 2018).
De acordo com Dutra (2016) a germinação é definida por uma continuação de even-
tos fisiológicos, tornando-se descrita posteriormente a embebição pelo começo da atuação 
metabólica, possibilitando o desenvolvimento do eixo embrionário, seguidamente acontece 
intervalo de preparação e ativação do metabolismo e logo a protrusão do embrião.
A germinação e formação de plântula são processos dinâmicos controlados por uma 
série de genes de forma coordenada (FU; AHMED; DIEDERICHSEN, 2015), sendo de muita 
valia para a ecologia das espécies vegetais, uma vez que determina o desenvolvimento e a 
perpetuação das espécies, e do ponto de vista agronômico, determina também a produtivi-
dade das culturas (FINCH-SAVAGE; BASSEL, 2016; DWIVEDI et al., 2021).
Emergência
Segundo Ramos et al. (2014) relatam que o teste de emergência em campo contribui 
na estimação do vigor das sementes. No momento em que é associado à presença de pa-
tógenos, o teste de vigor é ainda mais sensível para identificar diferenças sutis no potencial 
fisiológico, entre lotes com germinação aceitável.
O teste de emergência é eficiente para avaliar o potencial fisiológico de lotes de semen-
tes, por ser conduzido em condições que simulam aquelas que as sementes estarão sujeitas 
em campo. Através desse teste pode-se determinar o índice de velocidade de emergência, 
que objetiva detectar diferenças de vigor, pois quanto mais rápido a semente germinar ou 
emergir, maior o vigor (MARCOS FILHO, 2005).
A emergência das plântulas corresponde às fases do ciclo de vida de uma planta em 
que ela se encontra mais vulnerável aos estresses do ambiente e aos ataques de pragas e 
doenças (MARCOS FILHO, 2005). Diante disso, quanto maior for a velocidade de emergência 
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de uma plântula, menos tempo ela ficará exposta aos fatores bióticos e abióticos que possam 
prejudicar seu desenvolvimento (SAMPAIO et al, 2015).
Armazenamento
O armazenamento surge como uma ferramenta importante na conservação da viabi-
lidade e vigor das sementes, especialmente quando se utiliza embalagens que atenuam a 
influência do ambiente externo, diminuindo a interferência na respiração e no processo de de-
terioração das sementes (CAPILHEIRA et al., 2020). A embalagem em que a semente é arma-
zenada também influência na conservação da qualidade fisiológica (MARCOS-FILHO, 2015).
A semente em posse do agricultor para o cultivo no próximo plantio e para que con-
serve suas características germinativas, é necessário um adequado armazenamento, pois, 
após a colheita, a semente continua em um processo contínuo de respiração e deterioração 
natural (MARCOS FILHO 2015). A realidade da agricultura familiar em relação ao armaze-
namento de sementes é descrita como rudimentar (Da Silva et al., 2021). Durante o período 
em que permanecem armazenadas, as sementes podem ficar expostas a condições não 
controladas, com oscilações de temperatura e umidade relativa do ar, ataque de pragas 
e fungos de armazenamento, sendo que isso pode contribuir para diminuir sua qualidade 
(ZUFFO et al., 2017).
Santana (2014) menciona que as exigências de armazenamento são fundamentais para 
a conservação da qualidade fisiológica das sementes, lembrando que a sua qualidade não 
possa ser melhorada, as boas práticas no decorrer deste período colaborarão para mantê-
-las viáveis por um maior período, retardando o processo de deterioração, e manutenção 
da viabilidade das sementes.
Embalagens de armazenamento
Na região do Submédio do Vale do São Francisco é muito comum a realização da 
prática de agricultores rurais guardar suas sementes de um cultivo para plantar em um novo 
ciclo futuro. De fato, é importante destacar que mesmo em áreas de disponibilidade de água 
para irrigação, alguns agricultores adquirem sementes de alguns híbridos ou cultivares de 
melão e a seguir, retiram sementes e seguem com os próximos plantios de forma similar 
aos agricultores familiares das áreas de sequeiro.
Desse modo, os agricultores acabam preservando e valorizando as sementes da agri-
cultura familiar, tornando está atividade relevante de convivência com o semiárido, possi-
bilitando também mais autonomia ao agricultor, na medida em que lhe permite plantar no 
tempo que lhe convém (TEIXEIRA; PIRES, 2017).
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É comum na agricultura familiar que o armazenamento de sementes e grãos seja feito 
em garrafas PET (Polietileno tereftalato), devido à limitação de investimentos para construção 
de unidades armazenadoras e na capacitação dos agricultores quanto ao armazenamento 
adequado. Vale salientar que esse armazenamento nesses recipientes deve ser realiza-
do corretamente, evitando, assim, prejuízos quanto a sua qualidade fisiológica e sanitária 
(RODRIGUES et al., 2018).
Condutividade elétrica
Dentre os testes que avaliam a qualidade fisiológica das sementes pode-se destacar 
a condutividade elétrica (FERREIRA et al., 2017; HAESBAERT et al., 2017).
Segundo Fatonah et al. (2017), o teste de condutividade elétrica de sementes avalia o 
vigor da semente pela quantidade retirada de eletrólitos liberados pela semente e isso pode 
ser um indicativo da emergência da semente em campo.
O teste de condutividade elétrica é eficiente e rápido na determinação da qualidade 
fisiológica das sementes (TORRES et al., 2015), em que o aumento na quantidade de li-
xiviados na água de embebição em que as sementes ficam imersas (LIMA et al., 2015) é 
proporcional ao nível de deterioração das sementes (AZEREDO et al., 2016).
O teste de condutividade elétrica detecta o início do processo de deterioração, que é ca-
racterizado pela desestruturação do sistema das membranas celulares, ou seja, as sementes 
menos vigorosas apresentam menor velocidade de restabelecimento da integridade das 
membranas celulares durante a absorção de água para a germinação e, em consequência, 
liberam maiores quantidades de solutos para o exterior (MARCOS FILHO, 2015).
A condutividade elétrica tem sido usada na avaliação do vigor de sementes em culturas 
como por exemplo em: algodão, ervilha, café, girassol, feijão, soja, milho e várias outras 
espécies, sendo uma ferramenta de fundamental importância aplicada com frequência em 
programas internos de controle de qualidade de sementes, especialmente para as cultu-
ras de grãos e hortaliças (HERTER; BURRIS, 1989; BRUGGINK et al., 1991: BILIA et al., 
1994; FAHL et al. 1994; VIEIRA, et al., 1994; VON PINHO, et al. 1996; FAGIOLI, 1997; 
MARCOS-FILHO, 2015).
Teor de umidade ideal para armazenar sementes
A umidade é um dos fundamentais fatores que influenciam na qualidade das sementes,principalmente no período de armazenamento, visto que a umidade promove o aumento da 
respiração, insetos e microrganismos, diminuindo o poder germinativo e o vigor da semente, 
pois os mesmos provocam a queima das reservas, provocam danos físicos, inviabilizando 
as sementes em algumas situações (PARRELLA, 2011).
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A importância da umidade na conservação da qualidade fisiológica das sementes 
armazenadas, que confirma ser um dos fatores mais importantes na longevidade destas 
sementes, se fazendo capaz de colher no momento certo e baixar a umidade antes de se 
levar para o armazenamento (BRAGANTINI, 2005; CASSOL et al., 2012).
Bancos de Germoplasma
Os Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) são criados com a finalidade de conservar e 
preservar a diversidade genética, manejar a variabilidade genética entre e dentro de gêneros 
ou espécies, evitar ou minimizar o processo de erosão genética, com fins de utilização para 
a pesquisa, especialmente para o melhoramento genético, além de alimentar as atividades 
de intercâmbio nacional e internacional (CARVALHO; ARAÚJO; SILVA, 2008; CARVALHO; 
SILVA; MEDEIROS, 2009).
Os bancos de germoplasma podem ser classificados em dois tipos: a) bancos ativos de 
germoplasma, os quais tratam de conservação de sementes em curto e médio prazos onde 
são desenvolvidas atividades pertinentes aos recursos genéticos, tais como: introdução, 
intercâmbio, avaliação, caracterização, seleção, multiplicação, regeneração e preservação 
(se for pouco tempo) (SALOMÃO, 2010); e b) banco base de germoplasma, o qual se refere 
a um local de armazenagem de acessos, a longo prazo podendo ser conservados em câ-
maras-frias de -10 a -20°C com controle de umidade, in vitro e em tambores com nitrogênio 
líquido (VEIGA et al., 2015).
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02
'10.37885/230512999
02
COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA ARBORIZAÇÃO 
URBANA DE TRÊS BAIRROS DO MUNICÍPIO DE 
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ
Wellington Rodrigues de Matos
Instituto Federal Fluminense (IFF)
https://dx.doi.org/10.37885/230512999
RESUMO 
A necessidade de se estudar as florestas urbanas pode ser entendida não somente no tempo 
presente, mas também nas perspectivas para o futuro. o conhecimento da arborização urbana 
depende de uma avaliação por meio de inventário florístico. O trabalho foi realizado em três 
bairros do município de Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro, sendo eles: 
Parque Vista Alegre, Parque Benta Pereira e Parque Jóquei Clube. Ao final do levantamento 
foram encontradas 43 espécies vegetais arbóreas, divididas em 20 famílias. As famílias com 
maior riqueza de espécies foram Fabaceae (7 sp.), Anacardiaceae (5 sp.), Arecaceae (4 sp.) 
e Myrtaceae (4 sp.). Com base nos resultados conclui-se que a composição da vegetação 
urbana dos bairros analisados está dentro do esperado, quando comparado a outros bairros 
do município. Sendo esse um número menor do que o recomendado. Assim comprometendo 
a qualidade de vida da população. Sobretudo dos bairros mais carentes, onde a percepção 
dos moradores muitas vezes é de que as plantas representam mais problemas do que be-
nefícios. Além de ações do poder público para garantir áreas verdes, também é necessário 
investir em educação ambiental. Possibilitando assim que as pessoas sejam conscientes 
sobre o papel da vegetação para sua qualidade de vida. 
Palavras-chave: Cidades, Vegetação, Florestas Urbanas, Urbanização.
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INTRODUÇÃO
A importância de se estudar as florestas urbanas pode ser entendida não somente no 
tempo presente, mas também nas perspectivas para o futuro. Segundo o World Resource 
Institute (2001) a urbanização é um fenômeno mundial. As estimativas são de que em 2025 
entre 75 e 80% da população sul americana esteja vivendo em cidades. No Brasil mais de 
75% da população é urbana segundo o IBGE (www.ibge.gov.br, capturado em 2006), com 
tendência a aumentar. Esse fenômeno ao mesmo tempo deverá aumentar todas as pressões 
que as áreas de florestas urbanas sofrem, mas também deverá aumentar a carência por seus 
benefícios. Isso torna então imprescindível que no presente momento sejam concentrados 
esforços para estudos e projetos multidisciplinares que visem estudar, administrar e preservar 
essas áreas naturais. Konijnendijk (2000) discute a demanda por florestas urbanas, ou seja, 
pelos seus benefícios para a sociedade na Europa. 
Segundo Graziano (1994), a arborização urbana é essencial para diversas funções nos 
centros urbanos. Ela melhora a qualidade de vida no ambiente urbano, pois tem a capacidade 
de produzir sobra, mitigando assim o calor do sol e reduzindo a temperatura. Também reduz 
o ruído, e produzindo oxigênio e mantendo a umidade do ar acaba por também melhorar a 
qualidade do ar. Para Gonçalves et al. (2002), a arborização nas cidades além de servir ao 
paisagismo acaba por fornecer proteção contra o vento, mitigar a poluição, reduzir o gás 
carbônico, proteger dos raios solares e da poluição sonora. 
Para Tarnowski (1991) deve servir a paisagem urbana de forma que possam cooperar 
para mitigar efeitos da edificações e vias das cidades. Para Bonametti (2020), seu planeja-
mento deve estar de acordo com as vias e circulação de carros e pedestres, a fim de evitar 
conflitos. Ainda segundo o autor a arborização urbana é retrato da sociedade na qual esta 
está estabelecida. Refletindo assim a própria história da sociedade e sua relação com a 
natureza. Em Campos dos Goytacazes a falta de área verde é uma realidade já destacada 
na mídia e em artigos científicos (ARAÚJO; AGUIRRE, 2014).
De acordo com Melo et al. (2019) e Takahashi (1994) o conhecimento da arborização 
urbana depende de uma avaliação por meio de inventário florístico. Assim é possível conhecer 
as espécies que ocorrem na região e observar também outros dados como conflitos e estado 
fitossanitário das plantas. Sendo este dados fundamentais para o manejo da vegetação e 
planejamento de ações de melhorias e adequações. 
Entre os trabalhos recentes sobre arborização no município de Campos dos Goytacazes 
podemos citar as contribuições de De Souza, et al. (2011a).; De Souza, et al. (2011b; Araújo, 
et al. (2018), De Souza et al. (2019), e Araújo e Aguirre, (2014).
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Diante do exposto acima o presente trabalho teve como objetivo principalavaliar a 
composição e diversidade arbórea da vegetação urbana de três bairros residenciais em 
Campos dos Goytacazes, RJ. 
Resultados e Discussão
O trabalho foi realizado em três bairros do município de Campos dos Goytacazes no 
estado do Rio de Janeiro, sendo eles: Parque Vista Alegre, Parque Benta Pereira e Parque 
Jóquei Clube. A distribuição destes bairros pode ser vista na no mapa da Figura 1. Estes 
bairros se destacam por serem tipicamente residenciais, apenas um uma rua com grande 
concentração comercial. 
Apenas uma praça é encontrada na área da amostra, além de outros terrenos vazios. 
Segundo Silva Neto et al. (2018) os bairros possuem um total aproximado de 8000 habitan-
tes, distribuídos por 1619 no Parque Vista Alegre, 1641 no Parque Benta Pereira e 4824 no 
Parque Jóquei Clube. Segundo levantamento de Araújo e Aguirre (2014) estes três bairros 
contam com muito pouca área verde, sendo a arborização das ruas a quase que a única 
vegetação presente. 
Figura 1. Mapa dos bairros analisados neste levantamento. Em VERMELHO - Bairro Vista Alegre, VERDE - Bairro Pereira 
Benta e AZUL - Bairro Parque Jóquei Clube. 
A amostragem do material ocorreu no período de dezembro de 2021 a janeiro de 
2022. O material coletado foi herborizado segundo recomendações de Guedes-Bruni et al. 
(2002). A maior parte das espécies encontradas são de espécies comuns e não foi preciso 
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coleta para sua identificação. A documentação fotográfica do material botânico e da paisa-
gem foi feita com uma máquina fotográfica digital CANON 5I. 
Para as espécies que necessitam de análise mais detalhadas para sua identificação fo-
ram utilizadas a lupa Carl Zeiss, Stemi SV 6 e bibliografias auxiliares à identificação de famílias 
e gêneros, tais como: Barroso et al. (1978), Barroso et al. (1984), Barroso et al. (1986), Gentry 
(1993), Lima et al. (1994), além de monografias diversas sobre famílias e/ou gêneros. A pa-
dronização dos binômios foi feita pelos indexadores taxonômicos publicados nas webs do 
Missouri Botanical Garden (MBG W3 Tropicos) e do The International Plant (IPNI). Os nomes 
dos autores dos binômios foram abreviados segundo Brumitt & Powell (1990). 
Ao final do levantamento foram encontradas 43 espécies vegetais arbóreas, divididas 
em 20 famílias, como pode ser visto na Tabela 1. Este valor é maior do que o encontrado 
por Araújo et.al. (2018) em levantamento feito no Centro histórico do Município de Campos 
dos Goytacazes, quando encontraram 24 espécies. Grande parte das espécies encontradas 
são exóticas, e amplamente utilizadas pelo homem, seja para fins alimentícios ou paisagís-
ticos. A espécie quantitativamente mais comum foi Murraya paniculata (murta), encontrada 
nos três bairros e com grande frequência nas calçadas. Entre as espécies alimentícias mais 
comuns destaca-se Mangifera indica (mangueira) e Persea americana (abacateiro)
As famílias com maior riqueza de espécies foram Fabaceae (7 sp.), Anacardiaceae (5 
sp.), Arecaceae (4 sp.) e Myrtaceae (4 sp.). Já 12 famílias foram representadas apenas por 
uma espécie. Os gêneros com maior número de espécies foram Schinus, Dypsis, Hibiscus 
e Syzygium, cada um com duas espécies. 
A falta de áreas verdes nos bairros analisados acaba por comprometer a qualidade 
de vida da população, que não conta com os benefícios proporcionados pela vegetação, 
quando integrada às demais estruturas urbanas. Em estudo realizado em quatro bairros do 
presente municípios Benevenuto et al. 2017 verificou-se que a presença de áreas verdes é 
proporcional à renda da população. Ao mesmo tempo, o autor verificou que em áreas com 
menor poder aquisitivo as pessoas tendem a reduzir a presença de plantas, indicando para 
isso motivos como violência, limpeza e aumentar os espaços para o lazer. 
Das espécies encontradas 42% são consideradas frutíferas. Esse valor é esperado 
para regiões onde a arborização urbana fica a cargo dos moradores. Estes muitas vezes 
privilegiam a produção de frutas, desconsiderando características técnicas, como o tamanho 
das folhas e resistência dos caules. Em trabalho realizado no município de Campos dos 
Goytacazes, Beraldi, (2019) analisou a percepção dos moradores sobre a vegetação e em seu 
resultado ficou claro que uma das principais importâncias citadas era a produção de frutos. 
Verificou-se que uma grande diferença entre a quantidade de árvores nas ruas, desta-
cando-se a Av. Winston Churchill no bairro do Jóquei Clube como uma das mais arborizadas 
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(Figura 2). Já muitas outras ruas apresentaram um número muito reduzido de árvores, 
principalmente considerando-se a presença de indivíduos arbóreos de grande porte, desta-
cando-se a Rua Dr Ricardo Quitete.
Figura 2. Arborização da Av. Winston Churchill no bairro do Jóquei Clube.
Tabela 1. Lista de espécies encontradas no levantamento Composição e diversidade da arborização urbana de três bairros 
em Campos dos Goytacazes, RJ.
N FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
1
Anacardiaceae
Anacardium occidentale L. Cajú
2 Mangifera indica L. Mangueira
3 Schinus molle L Aroeira-mole
4 Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-vermelha
5 Spondias purpurea L Seriguela
6
Apocynaceae
Allamanda cathartica L Alamandra
7 Thevetia peruviana (Pers.) K.Schum. Cascabela
8 Nerium oleander L Espirradeira
9
Arecaceae
Dypsis decaryi ( Jum. ) Beentje & J.Dransf. Palmeira-triângulo
10 Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. Areca-bambu
11 Phoenix roebelenii O´Brien Palmeira-fenix
12 Cocos nucifera L Coqueiro
13 Asparagaceae Yucca elephantipes Regel Yucca
14 Bignoniaceae Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos Ipê-amarelo
15 Caricaceae Carica papaya L. Mamão
16 Chrysobalanaceae Licania tomentosa (Benth) Cowan Oiti
17 Combretaceae Terminalia catappa L. Amendoeira
18 Cupressaceae Juniperus chinensis L. Pinheirinho
19 Euphorbiaceae Aleurites moluccana (L) Willd. Nogueira-de-iguape
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N FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
20
Fabaceae
Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca
21 Delonix regia (Bojer ex Hook) Raf. flamboyant
22 Erythrina crista-galli L. Corticeira
23 Cenostigma pluviosum (DC.) E. Gagnon & G.P. Lewis Sibipiruna
24 Cassia fistula L Cássia-imperial
25 Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz Pau-ferro
26 Albizia falcataria (L.) Fosberg Albizia
27 Lauraceae Persea americana Mill. Abacateiro
28 Lythraceae Punica granatum L. Romã
29 Malpighiaceae Malpighia emarginata DC Acerola
30
Malvaceae
Hibiscus tiliaceus L Algodoeiro-da-praia
31 Hibiscus rosa-sinensis L. Brinco-de-princesa
32 Pachira aquatica Aubl. Falso-cacau
33
Moraceae
Ficus benjamina L. Figueira
34 Morus nigra L Amoreira
35
Myrtaceae
Eugenia uniflora L. Pitangueira
36 Psidium guajava L. Goiabeira
37 Syzygium jambos (L.) Alston Jambo
38 Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão
39 Oxalidaceae Averrhoa bilimbi L. biribiri
40
Rubiaceae
Genipa americana L. Jenipapo
41 Morinda citrifolia L. Noni
42
Rutaceae
Citrus sp. Limoeiro
43 Murraya paniculata (L.) Jack Murta-de-cheiro
CONCLUSÃO
Com base nos resultados conclui-se que a composição da vegetação urbana dos bair-
ros analisados está dentro do esperado, quando comparado a outros bairros do município. 
Também fica evidente o predomínio de espécies exóticas e que o estabelecimento da arbo-
rização urbana se deu mais pela atuação dos moradores do que por ação do poder público. 
Os benefícios da arborização para a qualidade de vida da população já são bem co-
nhecidos, contudo ainda falta conscientização do poder público para o estabelecimentode 
um plano gestor para este aspecto tão importante da estrutura urbana das cidades. Dessa 
forma além de ações do poder público visando garantir a presença de áreas verdes no mu-
nicípio também é importante ações de educação ambiental, a fim de informar os moradores 
sobre a importância das plantas para sua qualidade de vida. 
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03
'10.37885/230513004
03
CRIOPRESERVAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS: 
UMA REVISÃO
Roziane Pereira Paiva
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Mairon César Coimbra
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Ana Hortência Fonsêca Castro
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
https://dx.doi.org/10.37885/230513004
RESUMO
À medida que a população mundial aumenta, as fronteiras agrícolas se expandem, ocupando 
o habitat de várias espécies de interesse medicinal. A criopreservação é um processo que 
preserva organelas, células, tecidos ou qualquer outro material vegetal resfriando as amostras 
a temperaturas muito baixas. A criopreservação bem sucedida de células e tecidos têm gra-
dualmente aumentando nos últimos anos, com o uso de agentes crioprotetores. Entretanto, 
o sucesso da criopreservação depende da compreensão contínua das propriedades físicas e 
químicas que ocorrem no ciclo de congelamento e descongelamento, porque a formação de 
cristais de gelo, o choque osmótico e danos à membrana durante o congelamento e descon-
gelamento podem causar a morte celular. Nesta revisão foi realizada uma análise qualitativa 
breve dos processos representativos de criopreservação, com ênfase na vitrificação, e nos 
agentes crioprotetores, por meio da análise de dezoito artigos publicados entre os anos de 
2016 e 2020. Além disso, alguns efeitos adversos da criopreservação são mencionados. 
Concluiu-se que as técnicas abordadas são relevantes e úteis para a preservação, conser-
vação e melhoramento genético das plantas estudadas.
Palavras-chave: Preservação, Planta Medicinal, Vitrificação, Crioprotetores.
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INTRODUÇÃO
A utilização de plantas medicinais ocorre desde os primórdios da humanidade e constitui 
uma importante fonte de recursos terapêuticos. Atualmente, sabe-se que 25% das drogas 
existentes no mercado são derivadas de plantas e muitas outras são sintéticas análogas, 
produzidas a partir de compostos isolados de plantas (MUTHEE et al., 2011).
A ação medicinal das plantas se deve à presença de substâncias bioativas, geralmente 
provenientes do metabolismo secundário, as quais estão envolvidas em processos de cres-
cimento, desenvolvimento e reprodução das plantas, como flavonoides, alcaloides, taninos, 
terpenos, entre outros (MAZID et al., 2011). 
À medida que a população mundial aumenta, as fronteiras agrícolas se expandem, 
ocupando o habitat de várias espécies de interesse medicinal. A expansão agrícola também 
é favorecida pelo grande emprego na agricultura de espécies melhoradas geneticamente, 
devido ao seu potencial dietético, alta produtividade e/ou resistência a doenças e estresses 
ambientais (SAKAI; ENGELMANN, 2007). Várias espécies medicinaissão alvo da exploração 
indiscriminada e predatória, que muitas vezes ameaçam sua perpetuação. Devido a elevada 
importância das espécies medicinais, protocolos têm sido elaborados no sentido de favore-
cer a conservação das espécies fora do seu ambiente natural. O emprego de técnicas de 
melhoramento genético tem favorecido o advento de novas cultivares que atendam de perto 
as necessidades agrocomerciais, no que diz respeito à proteção de acessos armazenados 
dentro de grandes bancos de germoplasma em diversas instituições (SILVA et al., 2014). 
Atualmente, a proteção do germoplasma de espécies medicinais ainda é realizada 
mais especificamente, por meio de banco de sementes e coletas disciplinares. Esse tipo de 
proteção supre, em parte, as necessidades modernas de conservação das espécies, apre-
sentando baixo custo de proteção, entretanto, não protegem completamente as coleções do 
ataque de pragas e doenças e também da deterioração natural, além de não serem satisfa-
tórias para espécies que produzem sementes recalcitrantes (SAKAI; ENGELMANN, 2007). 
A criopreservação é uma técnica que consiste no armazenamento de material biológico 
a temperaturas ultrabaixas, frequentemente em nitrogênio líquido (-196oC). Esta técnica per-
mite a conservação segura e econômica a longo prazo dos recursos genéticos de espécies 
que têm sementes recalcitrantes ou que são propagadas vegetativamente (ENGELMANN, 
2004). Muitos progressos foram feitos nos últimos anos nesta área, com o desenvolvimento 
de técnicas de criopreservação para centenas de espécies de plantas. Os protocolos de 
criopreservação estão cada vez mais disponíveis para a rotina e aplicação em bancos de 
germoplasma. No entanto, a maior parte dos trabalhos se refere a espécies medicinais de 
clima temperado e as pesquisas sobre espécies medicinais tropicais e subtropicais ainda 
ocorrem em menor número (ENGELMANN, 2011). 
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O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a técnica de criopre-
servação, com ênfase na conservação de espécies com importância medicinal. 
DESENVOLVIMENTO
Criopreservação 
A criopreservação é uma técnica utilizada para a conservação de várias espécies vege-
tais por meio da permanência de sementes, ápices caulinares, segmentos nodais e células 
em suspensão em nitrogênio líquido (NL), por longos períodos (CHEN et al., 2011). Em tem-
peraturas ultrabaixas, os processos metabólicos são interrompidos, o que permite o armaze-
namento de uma grande quantidade de material em um pequeno espaço, por tempo ilimitado, 
sem que haja alterações no material (ENGELMANN, 2004). 
A conservação a longo prazo de espécies vegetais pode ser obtida através de meto-
dologias de criopreservação, um método disponível para a conservação em longo prazo dos 
recursos genéticos de espécies propagadas vegetativamente ou ameaçadas de extinção 
(ENGELMANN, 2011).
A criopreservação consiste em conservar o material biológico em temperaturas ultra-
-baixas, em nitrogênio líquido (NL), a -196ºC, ou em seu vapor, em torno de -170ºC. A esta 
temperatura, a divisão celular e os processos metabólicos cessam ou são paralisados e 
mantidos em estado latente, podendo o material permanecer armazenado por tempo inde-
finido sem alterações em sua estrutura (ZANG et al., 2017). 
As técnicas de criopreservação são simples e aplicáveis a uma ampla gama de genóti-
pos. Essas requerem espaço mínimo e manutenção e o material vegetal desejado pode ser 
preservado por períodos ilimitados sem alteração (PANIS, 2008; KAVIANI, 2011). De acordo 
com Engelmann (2011), a criopreservação, ao proporcionar uma redução baixa do me-
tabolismo celular, mantém intacto o material biológico conservado, assegurando-lhe alta 
estabilidade genética e fisiológica.
Além da redução de espaço no armazenamento do material e do tempo de preservação 
indeterminado, há vantagens na criopreservação relacionadas à redução dos custos asso-
ciados à manutenção de coleções in vivo. Apesar dos custos variarem quanto à espécie, 
métodos e reagentes, no geral a criopreservação é o conjunto de métodos com menores 
custos de manutenção à longo prazo (LI; PRITCHARD, 2009). 
O ponto mais crítico do processo é a presença de água no material a ser criopreser-
vado. Quando a semente possui um elevado teor de umidade pode ocorrer a formação de 
cristais de gelo intracelular durante o congelamento podendo causar a ruptura do sistema de 
endomembranas e resultando na perda da semipermeabilidade e da compartimentalização 
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celular (KAVIANI et al., 2009). A maioria dos explantes utilizadas na criopreservação con-
tem quantidades elevadas de água intracelular e, portanto, extremamente sensível a lesões 
de congelamento causadas pela formação de cristais de gelo, quando expostas a baixas 
temperaturas (REED, 2008).
A criopreservação pode ser aplicada para a conservação de diferentes tipos de ex-
plantes como protoplastos, suspensões celulares, calos embriogênicos, ápices caulinares, 
gemas laterais, sementes, embriões zigóticos e somáticos (BENSON, 2008).
A criopreservação oferece aos responsáveis pelos bancos de germoplasma uma al-
ternativa a mais, para incrementar as formas de conservação de germoplasma já existen-
tes. A opção por determinado método de conservação irá depender do período de conser-
vação desejável, das espécies a serem conservadas, da parte da planta a ser preservada, 
da disponibilidade de mão de obra e dos recursos financeiros disponíveis. Espera-se que 
em poucos anos, a criopreservação se torne cada vez mais utilizada no armazenamento de 
materiais vegetais e, consequentemente, na conservação das fontes genéticas vegetais por 
longos períodos de tempos (ENGELMANN, 2011).
Criopreservação de sementes
A criopreservação de sementes é um método simples, de menor custo inicial e de 
manutenção e que permite o armazenamento do material biológico por longos períodos de 
tempo (TOWIL, 2002). Dependendo de sua maior ou menor tolerância à dessecação e ao 
armazenamento sob baixas temperaturas, as sementes podem ser classificadas em orto-
doxas, recalcitrantes ou intermediárias. Sementes ortodoxas em geral, apresentam elevada 
longevidade, podendo ser secas até baixo teor de água (entre 5% e 7%) e armazenadas em 
ambientes com baixas temperaturas por longos períodos (COSTA, 2009).
As sementes ortodoxas, pelo fato de resistirem à desidratação, podem ser criopreser-
vadas sem qualquer tratamento, o que não ocorre com a maioria dos materiais empregados 
em experimentação (calos, meristemas, sementes recalcitrantes, entre outros), os quais 
possuem quantidade elevada de água em seus tecidos (REED et al., 2011). De acordo com 
Carvalho (2006), sementes ortodoxas podem ter seu teor de água reduzido e serem colo-
cadas diretamente em nitrogênio líquido. Em espécies ortodoxas, o resfriamento rápido de 
embriões e sementes com teor de água reduzido dispensam o uso de crioprotetores (etileno 
glicol, glicerol, dimetilsulfóxido) (ENGELMANN, 2011).
Buscando avaliar o sucesso da criopreservação em sementes ortodoxas, vários pes-
quisadores têm realizado estudos, a exemplo de Gonzaga et al. (2003) que relataram su-
cesso na criopreservação de sementes de aroeira (Astronium urundeuva Engl.) e baraúna 
(Schinapsis brasiliensis Engl) e Salomão (2002) que estudou a tolerância à criopreservação 
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de sementes ortodoxas de 66 espécies nativas do Cerrado e da Mata Atlântica de diferentes 
famílias, inclusive Fabaceae, demonstrando a eficiência deste método como alternativaem 
relação à conservação à -20ºC. Lima et al. (2008) estudaram a tolerância à criopreservação 
de 19 espécies da floresta decídua do Vale do Rio Paraná, em Goiás, pertencentes à dife-
rentes famílias, incluindo Fabaceae e observaram que todas as espécies toleraram bem a 
criopreservação. 
A criopreservação é utilizada na conservação de sementes ortodoxas, principalmente 
visando prolongar a longevidade das sementes em que a viabilidade é reduzida com o tempo 
e também para espécies em risco de extinção. No mundo, atualmente existem alguns bancos 
de germoplasma, com o objetivo de garantir a preservação de espécies de interesse, como 
exemplo o Centro Nacional para Preservação dos Recursos Genéticos (NCGRP- National 
Center for Genect Resources Preservation, Fort Collins, CO, EUA) conserva aproximada-
mente 360.629 sementes, armazenadas em fase de vapor do NL. Uma outra é a Agência 
Nacional para Pesquisa de Recursos Genéticos Vegetais (NBPGR- National Bureau for Plant 
Genect Resources, New Delhi, Índia) conserva 1.200 acessos de 50 espécies diferentes, 
sendo, em sua maioria, espécies de plantas medicinais em risco de extinção. A criopreser-
vação é também realizada em vários jardins botânicos. Mais de 110 acessos de espécies 
raras ou ameaçadas estão criopreservadas no “Perth Royal Botanic Garden”, na Austrália 
e o jardim botânico de Cincinnati (EUA) também conserva sementes de espécies raras ou 
ameaçadas em NL (ENGELMANN, 2011). 
As técnicas clássicas de criopreservação envolvem resfriamento lento até uma tempe-
ratura de pré-congelamento, seguida de imersão rápida em nitrogênio líquido. Com redução 
da temperatura durante o resfriamento lento, as células e o meio externo inicialmente super 
esfria, seguida de formação de gelo no meio. A membrana celular atua como uma barreira 
física e impede que o gelo semeie o interior da célula e as células permanecem desconge-
ladas, mas super-resfriadas. Como a temperatura é diminuída ainda mais, uma quantidade 
crescente da solução extracelular é convertida em gelo, resultando assim na concentração 
de solutos intracelulares (BERJAK; PAMMENTER, 2013). Estas técnicas têm sido aplicadas 
com sucesso em sistemas de cultura indiferenciados, como suspensões de células e calos 
(VOLK, 2010). No caso de estruturas diferenciadas, essas técnicas podem ser empregadas 
para congelar ápices de espécies (FONSECA et al., 2019). 
Para uma criopreservação bem-sucedida é essencial evitar congelamento que ocorre 
durante o resfriamento rápido em nitrogênio líquido (PANIS; LAMBARDI, 2005). Assim, 
os espécimes a serem preservados devem ser suficientemente desidratados para evitar 
o congelamento intracelular e, assim, vitrificar após resfriamento rápido em nitrogênio 
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líquido. A vitrificação pode ser o único mecanismo para evitar o congelamento que permi-
te que células, tecidos e órgãos hidratados sobrevivam à temperatura do líquido nitrogê-
nio (SAKAI, 2000).
Para a criopreservação de plantas, alguns métodos criogênicos simplificados e valiosos 
podem ser utilizados como vitrificação (JANSKA et al., 2010), secagem ao ar (FISCHER 
et al., 2015) e a técnica de encapsulamento-desidratação (ENGELMANN, 2011).
Criopreservação de ápices caulinares
Para a criopreservação de ápices caulinares, a técnica mais utilizada é a “droplet 
vitrification” onde os ápices são pré-tratados em meios com diferentes concentrações de 
sacarose e, após são tratados em uma solução chamada de carregamento que é com-
posta por 2 M de glicerol + 0,4 M de sacarose em meio de cultura MS (MURASHIGE 
e SKOOG, 1962), antes da imersão em solução de vitrificação (solução de PVS2) a 
0°C. O descongelamento é realizado à temperatura ambiente, em solução de diluição 
rica em sacarose. Após o descongelamento, os ápices são colocados em meio específico 
de regeneração previamente estabelecido e a retomada do crescimento é avaliada após 
algumas semanas de cultivo (ENGELMANN, 2011; CHEN et al., 2011).
Vitrificação 
A vitrificação é um método breve, que já não requer o uso de dispositivos únicos, 
porém, utiliza concentrações excessivas de crioprotetores, o que pode ser perigoso para a 
viabilidade do embrião ou do gameta a ser criopreservado. A vitrificação, que na verdade 
significa “transformação em vidro”, pode ser descrita como a conversão do material genéti-
co, com o auxílio do uso de viscosidade crescente, sem extravasamento de segmentos ou 
cristalização de água e, consequentemente, em total ausência de gelo. Este fenômeno pode 
ser executado com a ajuda de agentes crioprotetores, com o objetivo de evitar a formação 
de cristais de gelo durante a queda de temperatura, o que acontece em algum momento 
dentro das células e dentro do segmento líquido final (SAKAI; ENGELMANN, 2007).
A chave para o sucesso da criopreservação por vitrificação é induzir a tolerância de 
amostras à desidratação com uma solução de vitrificação altamente concentrada. No méto-
do de vitrificação, células e meristemas excisados são geralmente pré-cultivados em meio 
enriquecido com sacarose ou sorbitol por 1 ou 2 dias para induzir a tolerância à desidratação 
(ENGELMANN, 2011). Um alto nível de açúcar ou sorbitol acumulado durante a pré-cultura 
tem sido relatada como muito importante para melhorar a sobrevivência de células e meris-
temas criopreservados (FISCHER et al., 2015). O acúmulo de açúcares aumenta a estabili-
dade das membranas sob condições de desidratação severa (SAKAI; ENGELMANN 2007).
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Principais técnicas de criopreservação
As principais técnicas de criopreservação empregadas e os resultados conclusivos 
sobre a criopreservação de algumas espécies vegetais entre os anos de 2016 e 2020 podem 
ser observados nas Tabelas 1 e 2. 
Os processos de criopreservação podem ser agrupados nos seguintes tipos: a) con-
gelamento lento; b) vitrificação; c) armazenamento não congelante abaixo de 0oC e d) pre-
servação no estado seco (Tabela 1). Entre as técnicas de criopreservação mais utilizadas 
nos trabalhos consultados destaca-se a técnica de vitrificação utilizada por Pathirana et al. 
(2016), Bruňáková et al. (2016), Ghaffarzadeh-Namazi et al. (2017), Pettinelli et al. (2017), 
Köpnick et al. (2018), Li et al. (2019), Yong et al. (2019), Vettorazi et al. (2019), Bekheet 
et al. (2020) e Edesi et al. (2020) (Tabela 2).
Na técnica de criopreservação por vitrificação é importante o uso de substâncias criopro-
tetoras. Os crioprotetores são substâncias geralmente fluidas, que reduzem a lesão por 
congelamento durante o processo de criopreservação. De acordo com Jang et al. (2017), os 
crioprotetores devem ser biologicamente aceitáveis, capazes de penetrar nas células e ter 
baixa toxicidade; estes são usados para reduzir a quantidade de gelo formado em qualquer 
temperatura, dependendo do tipo de célula, taxa de resfriamento e taxa de aquecimento. A fim 
de alcançar a melhor taxa de sobrevivência de células e tecidos, o volume da amostra, taxa 
de resfriamento, aquecimento e as concentrações de crioprotetores devem ser otimizadas 
dependendo dos diferentes tipos de células e contexto dos tecidos (ENGELMANN, 2011).
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Tabela 1. Principais técnicas de criopreservação empregadas na conservação de espécies medicinais entre 2016 e 2020.
Técnica Parte da Planta Espécie Vegetal Família Usos Medicinais Referência
Criopreservação 
(placa V) Ápices caulinares
Marchantia 
polymorpha Marchantiaceae
Cicatrizante,
anti-inflamatória Tanaka et al., (2016)
Conservação e repro-
dução in vitro
Sementes, pólen, 
protoplasmas,ápices, 
suspensões celulares, 
rizomas, tecidos meris-
temáticos
Dendrobium nobile., 
Dendrobium cv., Lady 
Hamilton, Calanthe 
furcate, Dendrobium 
nobile, Dactylorhiza 
fuchsii
Orchidaceae
Tratamento de insônia, 
ansiedade, infestações 
helmínticas e estresse
Popova et al. (2016)
Vitrificação Gemas axilares e apicais Vitis vinifera Vitaceae - Pathirana et al. (2016)
Criopreservação 
clássica
Sementes e pontas de 
brotos Betula lenta Betulaceae
Tratar febres, resfriados 
e gripes Rathwell et al. (2016)
Criopreservação lenta, 
vitrificação
Meristemas apicais, 
pontas de broto e sus-
pensões celulares
Hypericum perfo-
ratum, Hypericum 
richeri, Hypericum um-
bellatum, Hypericum 
rumeliacum
Hypericaceae
Tratamento da depressão, 
efeitos antimicrobianos, 
efeitos anti-inflamató-
rios, ação antitumoral e 
antiviral.
Bruňáková et al. (2016)
Vitrificação Calos Satureja spicigera Lamiaceae Atividade antibacteriana Ghaffarzadeh-Namazi et al. (2017)
Vitrificação Embriões Petiveria alliacea. Phytolaccaceae Propriedades antitumo-rais Pettinelli et al. (2017)
Criopreservação 
clássica Sementes Catasetum atratum. Orchidaceae Tratamento de ansiedade Suzuki et al. (2018)
Resfriamento lento e 
rápido Sementes Coffea canephora Rubiaceae Energético Coelho et al. (2018)
Vitrificação e congela-
mento de gotas Pontas de brotos Solanum tuberosum Solanaceae Emoliente Köpnick et al. (2018)
Criopreservação 
(placa V) Pontas de brotos Passiflora suberosa Passifloraceae
Calmante, relaxante, 
atividade hipoglicêmicas 
e hipolipidêmicas.
Vianna et al. (2019)
Vitrificação, Encapsu-
lamento-vitrificação e 
encapsulamento-desi-
dratação
Pontas de brotos, pólen 
e sementes Lilium spp. Lamiaceae Atividade antioxidante Li et al. (2019)
Vitrificação e encapsu-
lamento Sementes Artemisia sieversiana Asteraceae
Cicatrizante, atividade 
anti-inflamatória. Yong et al. (2019)
Vitrificação Sementes imaturas e sementes maduras
Cattleya harrisoniana 
× Cattleya walkeria-
na, Cattleya tigrina e 
Cattleya guttata.
Orchidaceae Atividade anti-inflama-tória Vettorazzi et al. (2019)
Vitrificação por gotí-
culas Botões florais Rubus humulifolius Rosaceae Antimicrobiano Edesi et al. (2020)
Criopreservação 
clássica Pontas de brotos Persea americana Lauraceae Controle lipídico O’Brien et al. (2020)
Crio-placa e placa de 
vitrificação Sementes Dendrobium cruentum Orchidaceae Antimicrobiano 
Prasongsom et al. 
(2020)
Vitrificação Ápices dos brotos Cynara scolymus Asteraceae Controle lipídico e con-trole glicêmico. Bekheet et al. (2020)
https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR995BR995&sxsrf=ALiCzsZa7QKrqgsYlc1z4_pXk1BdW29J4w:1656894580997&q=Passifloraceae&stick=H4sIAAAAAAAAAONgVuLUz9U3MDZKSylfxMoXkFhcnJmWk1-UmJyamAoAWczzax4AAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjGx7in_d34AhXgu5UCHa59D-oQmxMoAXoFCIYBEAM
https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR995BR995&biw=1366&bih=625&sxsrf=ALiCzsaidfAVy6vxPtV6RlBA1ZmjEqvdHA:1656895420255&q=Lauraceae&stick=H4sIAAAAAAAAAONgVuLUz9U3MMxOL7FcxMrpk1halJicmpgKAB7IW7gZAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwj0zdC3gN74AhVKjZUCHSIkBOsQmxMoAXoECG4QAw
http://pt.wikipedia.org/wiki/Asteraceae
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Tabela 2. Resumo sobre os resultados dos estudos sobre criopreservação de plantas medicinais entre 2016 e 2020.
Autores Objetivos Resumo Conclusões
Tanaka et al. (2016) Verificar os benefícios da criogenia no 
cultivo de plantas
O método V-Cryoplate requer três etapas 
críticas antes da imersão em nitrogênio líqui-
do. Primeiro, os materiais vegetais a serem 
criopreservados são pré-cultivados para in-
duzir a tolerância à desidratação. Em seguida, 
os materiais pré-cultivados são encapsulados 
em grânulos de alginato, em uma crioplaca, 
para permitir a desidratação lenta na etapa se-
guinte. Finalmente, os materiais vegetais são 
desidratados para evitar a formação de gelo.
A criopreservação permitiu a preser-
vação clonal e a rápida propagação de 
linhagens transgênicas ou mutantes.
Popova et al. (2016) Avaliar o uso da criogenia em diferen-
tes partes de diferentes plantas
O desenvolvimento e a aplicação bem-su-
cedidos da criobiotecnologia se estendem a 
quase 100 espécies e híbridos comerciais de 
orquídeas, sustentando futuros programas 
de melhoramento e conservação de espécie.
Foi possível fornecer uma contribui-
ção para o progresso de criobancos de 
várias partes de orquídeas, incluindo 
sementes, pólen, protocormos, ápices 
extirpados de plantas in vitro, suspen-
sões celulares e rizomas.
Pathirana et al. (2016) Elucidar como genótipos de Vitis são 
recalcitrantes à criopreservação.
A toxicidade da solução de vitrificação foi tes-
tada em gemas axilares e apicais de acessos 
de Vitis.
Houve considerável contribuição para a 
conservação do germoplasma de Vitis, 
evitando os riscos associados à técnica 
baseada em campo.
Rathwell et al. (2016) Verificar se há maior regeneração de 
plantas após descarregamento (reidra-
tação) em meio com 0,8 mol·L–1 de 
sacarose, em 30 min.
O estudo descreve um método de criopreser-
vação para sementes e pontas de brotos in 
vitro de Betula lenta para conservar o germo-
plasma disponível.
Análise de calorimetria de varredura 
diferencial confirmou a ausência de 
cristalização de gelo nas pontas dos 
brotos durante o resfriamento e rea-
quecimento.
Bruňáková et al. (2016) Avaliar o uso da criogenia em diferen-
tes espécies de Hypericum
O armazenamento criogênico de longo prazo 
representa uma ferramenta adequada para a 
preservação de recursos genéticos de espécies 
de Hypericum ameaçadas de extinção ou no-
vas variantes somaclonais com propriedades 
únicas. Muitos representantes do gênero são 
conhecidos como produtores de policetídeos 
farmacologicamente importantes, como naf-
todiantronas e floroglucinóis.
Os efeitos de proteção do ABA foram 
comprovados em níveis fisiológicos e 
estruturais através da redução do teor 
de água, incluindo a proporção de água 
congelável, preservação da integridade 
do tecido meristemático e estabilização 
do sistema de membrana interna do 
aparelho fotossintético.
Ghaffarzadeh-Namazi et al. 
(2017)
Verificar como a criogenia é benéfica 
no cultivo de calos de Satureja spici-
gera.
Foi adotado o procedimento de reaqueci-
mento rápido, que consistiu em mergulhar 
os criotubos em banho-maria a 40 ◦C por 2 
min. Depois removendo o PVS3, o conteúdo 
dos criotubos foi despejado em uma placa de 
Petri com 4 ml de sacarose 1,2 M. Os aglome-
rados de calos foram incubados nesta solução 
a 25 ◦C por 20 min.
A porcentagem de rebrota do calo crio-
preservado foi significativamente maior 
após o tratamento com PVS3 (98,7%). 
Com base neste resultado, a vitrificação 
com PVS3 é recomendada como proto-
colo mais adequado para criopreserva-
ção de calos de S. spicigera.
Pettinelli et al. (2017) Verificar como a criogenia é benéfica 
no cultivo de plantas
Com a técnica de vitrificação, os SEs tratados 
com solução de PVS2 (0,4 M de sacarose, 3,3 
M de glicerol, 2,4 M de etilenoglicol e 1,9 M 
DMSO) por 30 min apresentou alta viabilidade 
(85%) e recuperação de proliferação interme-
diária (cerca de 12 SEs adventícios produzidos 
a partir de SEs originais [SEs/SE] após 90 dias 
da cultura).
A técnica de crioplaca levou a alta via-
bilidade (85%) e recuperação da proli-
feração (19 SEs/SE) de SEs criopreser-
vados após 90 min desidratação. Nas 
condições experimentais testadas, o 
método de crioplaca D foi a técnica 
mais eficiente para criopreservação de 
SEs de P. alliacea.
Suzuki et al. (2018) Avaliar o efeito de diferentes criopro-
tetores em sementes de orquídea Ca-
tasetum atratum.
As soluções crioprotetoras foram: glicerol, 
sacarose, PVS2 e floroglucinol isolados e 
combinados.
A sobrevivência dos protocormos foi de 
62,0% (PVS2) e 65,4% (+ 1% sacarose 
floroglucinol).
Coelho et al. (2018) Estabelecer um protocolo de criopre-
servação para armazenar sementesde 
Coffea canephora, aplicando-se dois 
métodos de criopreservação: resfria-
mento lento e rápido.
No primeiro experimento, as sementes secas 
foram submetidas a tratamentos de resfria-
mento lento nas velocidades -1 ºC min.-1, -3 
ºC min.-1 e -5 ºC min.-1 até às temperaturas 
finais de -40 ºC, -50 ºC, e -60 ºC, por meio de 
um biocongelador, e posteriormente imersas 
em nitrogênio líquido.
A secagem das sementes de Coffea 
canephora até o teor de água de 0.25 
g g-1 não prejudica a viabilidade das 
sementes. As enzimas catalase e este-
rase são bons marcadores bioquímicos 
para sementes de café criopreservadas 
e sua atividade é maior nas sementes 
de maior qualidade fisiológica.
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Autores Objetivos Resumo Conclusões
Köpnick et al. (2018) Verificar como a criogenia é benéfica 
no cultivo de Solanum tuberosum
As correlações entre o crescimento da ponta 
do broto e a concentração de açúcar estava 
ausente e significativa em baixa extensão com 
ATP (r = 0,4, P <0,01).
A criopreservação, genótipos, período 
de pré-cultivo e número de subcultu-
ras afetam a capacidade de rebrota dos 
explantes.
Vianna et al. (2019) Estabelecer um protocolo de crio-
preservação de pontas de brotos de 
P. suberosa com a técnica de V-Cryo-
-plate, avaliando a influência da idade 
do explante e exposição às soluções de 
vitrificação PVS2 e PVS3.
A ocorrência do estresse oxidativo nas dife-
rentes etapas do protocolo foi avaliada por 
meio do monitoramento da peroxidação lipí-
dica e da atividade de enzimas antioxidantes. 
A maior recuperação pós-congelamento foi 
observada em pontas de brotos de 40 dias 
tratadas com PVS2 por 60 min (45%) ou PVS3 
por 45 a 90 min (50–60%).
Esses ensaios revelaram que o estresse 
oxidativo ocorreu, principalmente, nas 
etapas de osmoproteção e desidratação 
PVS3, que foram consideradas as mais 
críticas do protocolo V-Cryo-plate para 
a criopreservação de pontas de brotos 
de P. suberosa.
Li et al. (2019) Verificar o sucesso na criopreservação 
de pólen, sementes e pontas de brotos 
em Lilium.
Genes que existem em Lilium, incluindo aque-
les que regulam a forma, cor e tamanho das 
flores, e que são resistentes ao estresse pelo 
frio e doenças causadas por fungos e vírus, 
fornecem uma rica fonte de recursos genéti-
cos valiosos para programas de melhoramen-
to para criar nova cultivares exigido pelos mer-
cados globais de floricultura e ornamentais.
O estudo forneceu informações atuali-
zadas e abrangentes sobre o desenvol-
vimento de técnicas que têm avançado 
na criopreservação de Lilium.
Yong et al. (2019) Avaliar o benefício da criogenia para a 
conservação de Artemisia sieversiana.
Quando encapsulado, tanto a vitalidade quan-
to a taxa de germinação diminuíram. Mudan-
ças na taxa de vitalidade durante o período 
de armazenamento foram medidos. Como 
resultado, a vitalidade mantida pela semente 
quando a solução de vitrificação é utilizada.
As sementes podem ser preservadas 
com segurança sem deterioração da 
vitalidade pela criopreservação, usan-
do a solução PVS 3
Vettorazzi et al. (2019) Avaliar a eficiência da criopreservação 
pela técnica de vitrificação, como mé-
todo de conservação a longo prazo de 
sementes imaturas do híbrido Cattleya 
harrisoniana × Cattleya walkeriana.
O experimento foi conduzido em um deline-
amento inteiramente casualizado com cinco 
tratamentos, a saber: germinação direta de 
sementes in vitro sem PVS2 e sem nitrogênio 
líquido; PVS2 a 0°C por 60 min sem nitrogê-
nio líquido; PVS2 a 0 °C por 30 min ou 1 h, 
seguido por imersão em nitrogênio líquido; e 
imersão direta das sementes em nitrogênio 
líquido sem PVS2.
Para sementes maduras de C. guttata 
com baixo teor de água, a imersão di-
reta em nitrogênio líquido sem PVS2 foi 
eficaz, não sendo necessário o uso de 
vitrificação. Esses resultados demons-
tram o efeito do teor de água das se-
mentes na criopreservação.
Edesi et al. (2020) Estudar o efeito de um pré-tratamento 
de 10 dias com 0, 2 ou 4 mg/l de ABA, 
em comparação com gemas recém 
dissecadas.
Sementes de R. humulifolius foram utiliza-
das em meio a técnica de pré-tratamento 
com ABA. A regeneração de gemas contro-
le não criopreservadas aumentou de 51% a 
70%, 90% ou 87%, enquanto a regeneração 
de gemas criopreservadas diminuiu de 52% 
a 35%, 6% ou 9% após pré-tratamentos de 0, 
2 ou 4 mg/l de ABA, respectivamente. Plan-
tas subcultivadas por 1 mês tiveram 63% de 
sobrevivência, que, no entanto, diminuiu para 
29% após 2 ou 4 meses de subcultura.
O cultivo no jardim é necessário para 
restauração futura da espécie na na-
tureza. Crioarmazenamento e outras 
ações de conservação ex situ realizados 
em jardins botânicos pode ser de cres-
cente importância como ferramenta 
para manter biodiversidade de plantas 
no futuro.
O’Brien et al. (2020) Analisar os efeitos da criopreservação 
combinada conservar o germoplasma 
do abacate.
Plantas de abacate foram submetidas a duas 
condições diferentes de pré-tratamento; 1) 
alta sacarose (0,3 M) ou 2) baixa temperatura 
(10 ° C), durante um período de 2 semanas 
antes da extração das pontas dos rebentos. As 
pontas de brotos extraídas foram submetidas 
a tratamentos com PVS2 e avaliados quanto à 
sobrevivência e rebrota antes do tratamento 
com nitrogênio líquido.
As condições de pré-tratamento bem-
-sucedidas podem ser usadas para 
preparar pontas de broto de abacate 
para crioprotetores e é fundamental 
para preparar o caminho para o de-
senvolvimento do primeiro protocolo 
de criopreservação de pontas de brotos 
para abacate.
Prasongsom et al. (2020) Avaliar criopreservação em Dendro-
bium cruentum
Sementes de Dendrobium cruentum foram 
submetidas à criopreservação para conser-
vação a longo prazo, usando as técnicas de 
crioplaca D e crioplaca V. A viabilidade das 
sementes foi testada. Para a técnica de crio-
placa, as sementes foram encapsuladas sobre 
a placa criogênica usando 2% (p/v) alginato 
de sódio e polimerizado com 100 mM CaCl2.
O excesso de desidratação pode causar 
a redução da germinação e regeneração 
das plantas. A técnica de crioplaca mos-
trou-se adequada para criopreservação 
de sementes de D. cruentum.
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Autores Objetivos Resumo Conclusões
Bekheet et al. (2020) Este estudo foi realizado para otimizar 
um método confiável para criopreser-
vação in vitro de ápices caulinares e 
culturas de calos de alcachofra, usando 
dimetilsulfóxido (DMSO) e Soluções de 
Vitrificação de Plantas 2 (PVS2) como 
soluções crioprotetoras.
Os ápices dos brotos foram expostos a DMSO 
ou PVS2 por 20, 40, 60 e 80 minutos antes 
do mergulho nitrogênio líquido (LN). Consta-
tou-se que o uso de PVS2 como crioprotetor 
na criopreservação de ápices caulinares de 
alcachofra foi mais eficaz em comparação com 
o uso de DMSO sozinho. Entre os tempos de 
exposição testados, 60 min apresentou o me-
lhor resultado de sobrevivência.
Os resultados demonstraram que o uso 
de PVS2 como crioprotetor na criopre-
servação de ápices caulinares e culturas 
de calos de alcachofra foi mais eficaz, 
em comparação com DMSO.
Os crioprotetores podem ser divididos em duas categorias: (1) crioprotetores que 
permeiam a membrana celular, como dimetilsulfóxido, glicerol,19 e 1,2-propanodiol; e (2) 
crioprotetores não permeáveis à membrana, como 2-metil-2,4-pentanodiol e polímeros como 
polivinilpirrolidona, hidroxietilamido e vários açúcares (JANG et al., 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do levantamento realizado conclui-se que as técnicas de criopreservação abor-
dadas são relevantes para a preservação e conservação de espécies de interesse medicinal, 
uma vez que as mesmasmantêm as características genéticas importantes para a expressão 
de moléculas com potencial curativo. 
O progresso no desenvolvimento e aplicação das técnicas de criopreservação apre-
sentadas possibilitará uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na indução de 
tolerância à desidratação e criopreservação em explantes congelados. Pesquisas focadas 
em diferentes aspectos desses mecanismos estão em curso e possibilitarão a conservação 
de um número cada vez maior de espécies de interesse farmacêutico.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), à 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ao Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Fundação de Amparo à 
Pesquisa do Estado de Minas Gerais pelo apoio financeiro. O presente trabalho foi realiza-
do com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil 
(CAPES) – Código de Financiamento 001.
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04
'10.37885/230412635
04
ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS CSR DE ESPÉCIES 
DOMINANTES EM DUNAS MÓVEIS DE SANTA 
CATARINA
João Carlos Ferreira de Melo Júnior
(UNIVILLE)
Heloísa Fagundes Salvador
(UNIVILLE)
Gustavo Borba da Silva
(UNIVILLE)
Bruna Brodbeck
(UNIVILLE)
Rodrigo Dümes Chaves Cabral
(UNIVILLE)
https://dx.doi.org/10.37885/230412635
RESUMO
Este estudo identificou as estratégias ecológicas de sete espécies herbáceas-subarbustivas 
dominantes em ambiente de dunas móveis por meio do método CSR. A área de estudo com-
preende um remanescente de restinga, pertencente ao Parque Estadual Acaraí, localizado 
no município de São Francisco do Sul, Santa Catarina. As espécies avaliadas foram: Smilax 
campestris Griseb. (Smilacaceae), Scaevola plumieri (L.) Vahl. (Goodeniaceae), Canavalia 
rosea (Sw.) D.C. e Stylosanthes viscosa (L.) Sw. (Fabaceae), Blutaparon portulacoides 
(A.St.-Hil.) Mears (Amaranthaceae), Ipomoea imperati (Vahl) Griseb. (Convolvulaceae) e 
Remirea maritima Aubl. (Cyperaceae). 60% das espécies exibiram estratégia tolerante ao 
estresse (S, 97 a 100%) e as demais mostraram condições de competidoras tolerantes ao 
estresse (S/CS), com elevada representatividade da estratégia tolerante ao estresse (S, 79 
a 80%) e baixa representatividade de competição (C, 20 a 21%). Os dados obtidos ajudam 
na compreensão da montagem e no funcionamento das comunidades biológicas da restinga, 
podendo ser usados em ações de conservação da biodiversidade.
Palavras-chave: Ecologia Funcional, Restinga, Mata Atlântica, Conservação da Biodiversidade.
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INTRODUÇÃO
Discussões acerca da abrangência do termo restinga divide opiniões e estimula autores 
de diferentes campos de estudos a reverem sucessivamente o seu conceito (SOUZA et al., 
2008). Quando examinado a uma visão ecológica, o termo restinga, no Brasil, se estabe-
lece como um ecossistema típico de planícies costeiras pertencente ao domínio da Mata 
Atlântica, com área de ocupação aproximada de pouco menos do que três quartos de todo 
litoral brasileiro e de vegetação formada por um mosaico de comunidades florísticas fisiono-
micamente distintas (ARAÚJO, 1992). Seu habitat oferece condições extremas de sobrevi-
vência, caracterizadas por altas luminosidade e temperatura, ventos frequentes, alternância 
de períodos de inundação e seca, salinidade elevada e escassez de nutrientes. Pelo solo 
presente nesse ecossistema ser arenoso e pobre em nutrientes, a principal fonte nutritiva 
acaba sendo o spray marinho (LACERDA & ARAÚJO, 1987). Em consequência desse filtro 
ambiental, sua flora utiliza numerosos mecanismos adaptativos para sobreviver (MELO 
JÚNIOR et al., 2017; SILVA et al., 2016; MELO JÚNIOR e BOEGER, 2015; CABRAL, 2018).
A vegetação de restinga, distribuída ao longo de um gradiente edáfico, apresenta 
formações com gradativo aumento de riqueza específica, incluindo a formação herbácea, 
menos diversa e composta por espécies herbáceas e subarbustivas, psamófilas e halófitas; 
formação de restinga arbustiva, constituída por maciços mosaicos de arbustos; formação de 
restinga arbustiva-arbórea, composta por arbustos e arvoretas; e a floresta de transição ou 
floresta de restinga, que possui maior diversidade de espécies e tem predomínio de arvo-
retas e árvores (MELO JÚNIOR et al., 2018). A biodiversidade dessas áreas é proveniente 
de biomas como Cerrado, Caatinga e a Mata Atlântica, sendo representada por espécies 
adaptadas às condições litorâneas (MELO JÚNIOR & BOEGER, 2015).
As formações de restinga são definidas pela influência marinha e pelas condições de 
solo (SOUZA, 2004; SAMPAIO et al., 2005). Os solos associados à região do pós-praia, 
porção em forma-se o ambiente de dunas, possuem coloração amarela, pouca incidência 
de ácido húmico e baixa disponibilidade de matéria orgânica, tais fatores somam-se à bai-
xa capacidade de retenção de água e de nutrientes (MELO Jr. & BOEGER, 2015). Sendo 
assim, o ambiente de dunas, com baixa capacidade de retenção de água e baixa fertilidadenatural, é considerado limitante ao desenvolvimento das espécies capazes de colonizá-lo.
A adaptação das espécies às condições determinadas pelo ambiente de desenvolvi-
mento é regrada pela capacidade plástica de um genótipo em exibir seus atributos fenotípi-
cos funcionais (BRADSHAW, 2006) e, por meio dessa capacidade, a ecologia tem tentado 
compreender melhor como se dá o processo de montagem das comunidades biológicas, 
o padrão de dominância de certas espécies (ROSADO & DE MATTOS, 2017) e, também, 
como estas funcionam dentro dos ecossistemas (PIERCE et al., 2017). Nesta perspectiva, 
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atributos funcionais das plantas são expressados em diferentes níveis de organização do 
corpo vegetal, sendo representados por atributos morfológicos, anatômicos, ecofisiológicos, 
fenológicos e reprodutivos que traduzem as estratégias ecológicas adotadas pelas plantas 
em resposta aos fatores ambientais, além de influenciarem outros níveis tróficos e as pro-
priedades dos ecossistemas (PÉREZ-HARGUINDEGUY et al., 2013).
A compreensão sobre os atributos funcionais direciona ao entendimento da diversida-
de funcional. Embora a ideia de diversidade funcional seja até intuitiva, inexiste no campo 
científico um consenso a respeito deste tema (CIANCIARUSO et al., 2009), mas se assu-
me como mais aceito o conceito que diz que o valor e a variação das espécies e de suas 
características influenciam o funcionamento das comunidades (TILMAN, 2001), ou seja, o 
alcance das características das espécies irá determinar o funcionamento do ecossistema, 
ao invés da riqueza de espécies em si (DÍAZ & CABIDO, 2001). 
Como forma de avaliar tais atributos funcionais e o seu papel ecossistêmico exercido 
por uma população vegetal, a teoria CSR apresenta três principais estratégias que as plan-
tas possuem para ocupar diferentes ambientes lidando com os recursos neles disponíveis: 
competição (C), tolerância ao estresse (S) ou ruderal (R) (GRIME & PIERCE, 2012). Assim, 
as espécies competidoras (C) sobrevivem em habitats relativamente estáveis e produtivos 
através do investimento de recursos em crescimento vegetativo contínuo e rápida obtenção 
de grande tamanho individual; as espécies estresse tolerantes (S) apresentam desempenho 
metabólico em ambientes variáveis e com poucos recursos por investir principalmente na 
capacidade de reter recursos e reparar componentes celulares em tecidos densos e persisten-
tes; as espécies ruderais (R) investem grande proporção de recursos, não no indivíduo, mas 
em propágulos a partir dos quais a população pode se regenerar face a distúrbios (PIERCE 
et al., 2017). Em adição, nesta teoria, são apresentadas quatro estratégias secundárias: i) 
ruderal–competidora (C-R) frequente nos ambientes de estresse e competição considerados 
baixos, mas com sujeição para distúrbios de nível intermediário; ii) competidora-tolerante ao 
estresse (C-S) com ocorrência em condições não perturbadas, mas pode ocorrer estresse 
de nível intermediário; iii) ruderais-tolerantes ao estresse (S-R), ocorrendo em ambientes 
com estresse de nível moderado com distúrbios menores; iv) plantas C-S-R expostas em 
ambientes de perturbação, estresse e competição de nível moderado (GRIMES & PIERCE, 
2012). Os estudos voltados a CSR vêm demonstrando eficácia à medida que seus dados 
podem ser calibrados de forma a melhor compreender as particularidades de diferentes 
biomas e propor um sistema global de ecologia vegetal comparativa (PIERCE et al., 2017). 
O presente estudo objetivou identificar as estratégias funcionais de espécies dominan-
tes em dunas da restinga do Parque Estadual Acaraí, município de São Francisco do Sul, 
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Santa Catarina, por meio do método global de cálculo de estratégias ecológicas de plantas, 
à luz do conceito CSR.
CONSTRUINDO A BASE DE DADOS
O ambiente de ocorrência natural das espécies vegetais investigadas compreende o 
maior remanescente de restinga do Estado de Santa Catarina, nominado Parque Estadual 
Acaraí, uma unidade de conservação localizada no município de São Francisco do Sul 
(coordenadas de 26º17’S e 48º33’W) com cerca de 6.667 ha e tida como área prioritária 
para a conservação da biodiversidade (PROBIO, 2003; MELO JÚNIOR & BOEGER, 2017). 
Seu relevo caracteriza-se em planície costeira coberta por formações de restinga herbácea, 
restinga arbustiva, restinga arbustivo-arbórea e floresta de transição (Figura 1), além de 
floresta submontana, várzeas e manguezais em pequenas proporções (MELO JÚNIOR & 
BOEGER, 2015). O clima, fortemente influenciado pela umidade marítima, é mesotérmico 
sem estação seca definida e com verões quentes (Cfa, segundo a classificação de Köeppen), 
com índices pluviométricos médios de 1.874 mm ao ano (KNIE, 2002). Na restinga herbácea 
o solo é classificado como Neossolo Quartzarênico de origem eólica e marinha (OLIVEIRA 
& VIEIRA, 2008).
A seleção de espécies para a caracterização de atributos funcionais considerou os 
dados de estrutura comunitária da flora publicada para o Parque Estadual Acaraí (MELO 
JÚNIOR & BOEGER, 2015), considerando aquelas de maior índice de valor de importância no 
ambiente de dunas, isto é, as espécies dominantes na formação de restinga herbácea. São 
elas Smilax campestris Griseb. (Smilacaceae), Scaevola plumieri (L.) Vahl. (Goodeniaceae), 
Canavalia rosea (Sw.) D.C. e Stylosanthes viscosa (L.) Sw. (Fabaceae), Blutaparon portula-
coides (A.St.-Hil.) Mears (Amaranthaceae), Ipomoea imperati (Vahl) Griseb. (Convolvulaceae) 
e Remirea maritima Aubl. (Cyperaceae).
De cada espécies foram selecionados 15 espécimes, dos quais foram coletadas 10 
folhas completamente desenvolvidas as quais foram fixadas entre o 3º e o 6º nós, no sentido 
ápice-base, totalizando 150 folhas por espécime. Foram mensurados os seguintes atributos 
funcionais foliares: a) massa fresca foliar (MFF, mg); b) massa seca foliar (MSF, mg); e área 
foliar (AF, mm²). O conjunto de dados foi analisado pelo protocolo StrateFy para calcular as 
proporções relativas das estratégias CSR para cada espécie (PIERCE et al., 2017). Dados 
ambientais como radiação luminosa, disponibilidade hídrica e condição nutricional do solo 
foram mensuradas para melhor se relacionar os resultados funcionais obtidos das espécies.
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Figura 1. Localização geoespacial e respectivas formações da restinga do Parque Estadual do Acaraí, São Francisco do 
Sul, SC, Brasil.
OS RECURSOS DISPONÍVEIS NO AMBIENTE DE DUNAS
Um dos caminhos para entender a origem do ecossistema de restinga é levar em consi-
deração as características de solo compartilhadas por essas formações ao longo do território 
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que compreendem em um conjunto de depósitos arenosos costeiros variados provenientes da 
ação dos ventos, da deriva litorânea e, principalmente, das regressões e das transgressões 
marinhas (TURQ, 1984). Estudos apontam que as categorias de solos identificados na costa 
brasileira são em sua grande maioria Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos (MOURA 
FILHO, 1998; GOMES et al., 1998; ROSSI, 1999). Neossolos Quartzarênicos são localizados 
mais próximos do mar, logo após a faixa de praias, possuem horizontes A-C e diferem dos 
Espodossolos essencialmente pela falta de horizonte espódico (B) (GOMES et al., 2007). 
Solos Espodossolos são solos minerais, que quando nos trópicos, são tipicamente hidro-
mórficos e profundos, possuemhorizontes A-E-Bh podendo apresentar horizontes Bs ou até 
mesmo Bhs-C, simbolizados conforme predomínio do teor de matéria orgânica (h), óxidos 
de alumínio e, ou ferro (s) ou ambos (hs), localizado logo abaixo de horizontes E ou A, exibe 
consistência arenosa ao longo do horizonte e quanto ao caráter químico, são solos ácidos e 
de baixa fertilidade natural, solos com horizonte B estão presentes em ambientes costeiros 
de restingas brasileira datados do período Quaternário (OLIVEIRA, 2007).
O ambiente de dunas, imediato à porção pós-praia, é caracteristicamente formado por 
sedimentos arenosos, do tipo Neossolo Quartzarênico, de origem eólica e marinha. Como 
a cobertura vegetal é esparsa e de pequeno porte, não há o acúmulo de serapilheira para 
a formação de uma camada húmica, o que resulta na baixa fertilidade do solo. As caracte-
rísticas físicas do sedimento, tais quais a granulometria e porosidade, dificultam a retenção 
hídrica e de nutrientes. A radiação luminosa incidente atinge a vegetação de forma direta 
e expõe igualmente as populações de plantas à elevada luminosidade, uma vez que neste 
ambiente há ausência de elementos altos ou mesmo de estratificação. A tabela 1 sumariza as 
condições ambientais observadas nas dunas e que exercem influência direta no estabeleci-
mento, crescimento e desenvolvimento das espécies vegetais nelas encontradas. Importante 
salientar que as condições observadas, quando comparadas a outros ambientes de restinga 
mais distantes do mar, tornam as dunas um ambiente limitante ao desenvolvimento.
Tabela 1. Variáveis químicas do solo, salinidade, espessura da serapilheira, umidade gravimétrica e radiação 
fotossinteticamente ativa no ambiente de dunas da restinga do Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, Santa 
Catarina, Brasil. 
Componente Variável Unidade de medida Teor
Potencial hidrogeniônico (pH) - 5,47
Fósforo (P) mg.dm-3 2,67
Potássio (K) mmolc.dm-3 1,13
Sódio (Na) mmolc.dm-3 0,93
Solo Calcio (Ca) mmolc.dm--3 9,33
Magnésio (Mg) mmolc.dm-3 2,67
Acidez potencial (H + Al) mmolc.dm-3 9,00
Soma de bases (SB) mmolc.dm-3 14,07
Capacidade de troca catiônica (CTC) mmolc.dm-3 23,07
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Componente Variável Unidade de medida Teor
Saturação por bases (V) % 59,67
Matéria orgânica (MO) g.dm-3 7,33
Camada húmica cm 0,1
Água Retenção hídrica % 4,9
Luz Radiação fotossinteticamente ativa (PAR) μmol.s-1.m-2 1.512,7
AS ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS DAS ESPÉCIES
Ocupado por uma vegetação, na maioria das vezes esparsa, ora rala ora adensada em 
pequenas moitas rentes ao sedimento, formando um mosaico de vegetação e sedimentos 
desnudos, o ambiente de dunas é recoberto por uma formação de restinga caracterizada 
por plantas psamófilas e halófitas, com predomínio do hábito herbáceo rizomatoso, ces-
pitoso e reptante.
Do conjunto de espécies dominantes da formação herbácea de restinga, ocorrendo 
sobre dunas, aproximadamente 60% exibiram estratégia tolerante ao estresse (S, 97 a 
100%) e as demais mostraram condições de competidoras tolerantes ao estresse (S/CS), 
com elevada representatividade da estratégia tolerante ao estresse (S, 79 a 80%) e baixa 
representatividade de competição (C, 20 a 21%) (Tabela 2).
Tabela 2. Estratégias ecológicas CSR de espécies dominantes em dunas da restinga do Parque Estadual Acaraí, município 
de São Francisco do Sul, Santa Catarina. 
Espécie Família AF CMSF AEF CSR Análise
 (mm²) (mg) (mm².mg-¹) C (%) S (%) R (%) Proporção Estratégia
Smilax campestris Smilacaceae 331.49 62.65 5.895 9.13 90.87 0.00 9 : 91 : 0 % S
Scaevola plumieri Goodeniaceae 1244.25 54.92 4.72 20.75 79.25 0.00 21 : 79 : 0 % S/CS
Canavalia rosea Fabaceae 2263.09 77.74 9.39 20.65 79.35 0.00 21 : 79 : 0 % S/CS
Stylosanthes viscosa Fabaceae 23.32 7.64 7.62 0.00 100.00 0.00 0 : 100 : 0 % S
Blutaparon portulacoides Amaranthaceae 131.24 5.79 5.54 2.91 97.09 0.00 3 : 97 : 0 % S
Ipomoea imperati Convolvulaceae 1088.39 54.81 8.16 19.52 80.48 0.00 20 : 80 : 0 % S/CS
Remirea maritima Cyperaceae 68.61 19.52 5.85 1.90 98.10 0.00 2 : 98 : 0 % S
Nota: as espécies estão organizadas em ordem decrescente de valor de importância, conforme Melo Júnior e Boeger (2015).
Condições ambientais variam espacial e temporalmente e exibem padrões complexos 
na natureza, os quais podem ser limitantes ao estabelecimento e desenvolvimento da ve-
getação (ROSSATTO et al., 2009). Fatores como clima, precipitação, altitude, relevo, solo 
e luz exercem influência sobre as características estruturais das plantas (GIVNISH, 1983). 
Dentre esses fatores, a fertilidade do solo e a luminosidade afetam de forma direta o cres-
cimento das plantas (HENRIQUES & MARCELIS, 2000). A disponibilidade de nutrientes 
do solo condiciona diferentes estratégias de alocação dos recursos minerais disponíveis e 
alterações em certos atributos funcionais da planta (BOEGER et al., 2004), enquanto que 
a radiação luminosa incidente, por apresentar maior heterogeneidade espacial e temporal 
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(PUGNAIRE & VALLADARES, 2007), regula o crescimento vegetal por sua conversão em 
biomassa (GIVNISH, 1988). Uma forma de compreender essas relações se dá por meio da 
determinação das estratégias que as espécies possuem para ocupar diferentes ambientes 
lidando com os recursos neles disponíveis. Para tanto, os atributos de área foliar, massa seca 
e área específica foliar são determinantes (PIERCE et al., 2017). O espectro da área foliar 
em espécies coexistentes num mesmo habitat tem sido um atributo funcional bem documen-
tado, que evidencia a produção de folhas menores em locais mais secos e mais pobres em 
nutrientes (PICKUP et al., 2005). Já a massa seca foliar representa a contribuição líquida 
da parte aérea de uma planta na alocação de recursos e, consequentemente, no ganho de 
biomassa (PICKUP et al., 2005). Por fim, a área específica foliar representa um indicador de 
estratégias ecológicas relacionadas à produtividade em ambientes sob estresse (NIKLAS & 
CHRISTIANSON, 2011) e da fertilidade do solo (HODGSON et al., 2011) que, por sua vez, 
é interpretada como importante driver ambiental que controla as funções dos ecossistemas 
terrestres (SHIPLEY et al., 2006). 
A combinação desses três atributos foliares evidenciou, neste estudo, que as espécies 
possuem, em maioria, a estratégia “estresse tolerante” (S), podendo ocorrer em ambientes 
variáveis e com poucos recursos por investir principalmente na capacidade de reter recursos 
e reparar componentes celulares em tecidos densos e persistentes. O estresse consiste 
em condições que restringem o crescimento da planta, podendo ser exercido por fatores 
lumínicos, nutricionais e de temperatura (PIERCE et al., 2017). 
Conforme Melo Júnior & Boeger (2015), a espécie Smilax campestris, que faz parte 
do grupo de espécies estresse tolerantes (S), é encontrada de forma abundante nas for-
mações de restinga mais próximas ao mar, mas também é encontrada em formações mais 
interioranas deste ecossistema. Trata-se de uma espécie nativa, presente além da restinga 
na Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica stricto sensu e Pampa (Flora do Brasil, 2017). Possui 
forma herbácea, lianescente ou subarbustiva cespitosa. Seus frutos são utilizados como re-
curso alimentar, tendo influência direta na permanência de animais na restinga (Cabral et al., 
2018). A espécie Stylosanthes viscosa (L.) Sw., apresenta um elevado nível de tolerância 
à seca, à salinidade e adaptabilidade a diversos tipos de solo (AMÉRICO, 2019). É uma 
planta neotropical, perene, com flores e frutos durante o ano todo, muito comum no litoral 
brasileiro, cerrado com solo arenoso ou argiloso e no semiárido (AMÉRICO, 2019). Sua 
ocorrência é bem distribuída por todas as regiõesgeográficas do Brasil, Norte, Nordeste, 
Centro-Oeste, Sudeste e Sul (REFLORA, 2020). Nas costas do sul do Brasil, Blutaparon 
portulacoides produz um grande número de inflorescências durante a primavera e o verão 
(CORDAZZO & SEELIGER, 1988; BERNARDI & SEELIGER, 1989), mas também se res-
tabelece rapidamente a partir do rizoma fragmentado após perturbações pela quebra das 
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ondas do mar. A espécie Remirea maritima foi listada como característica e exclusiva das 
formações de vegetação típica das dunas móveis e semi-fixas para as formações na ilha de 
Santa Catarina (BRESOLIN, 1979), sendo resistente à alta salinidade, baixo teor de nutrien-
tes no solo, altas temperaturas, alta insolação e elevada mobilidade da areia (CORDEIRO, 
2005; BOEGER & GLUZEZAK, 2006; ALMEIDA & ZICKEL, 2009). 
Na estratégia competidoras tolerantes ao estresse (S/CS), há um grupo formado por 
três espécies: Scaevola plumieri, Canavalia rosea e Ipomoea imperati. A espécie S. plumieri 
encontra-se exclusivamente na planície costeira, do Ceará até Santa Catarina. A espécie 
é xeromórfica, composta por indivíduos subarbustivos a arbustivos. Nas dunas móveis e 
semifixas, auxilia na estabilização da areia movida pelo vento ao longo da praia (MELO 
JÚNIOR et al., 2017). A espécie C. rosea é uma planta de hábito herbáceo, com o desen-
volvimento de caules estoloníferos, os quais auxiliam na estabilização dos cordões areno-
sos na região pós-praia, muito importantes como fixadoras de dunas (MELO JÚNIOR & 
BOEGER, 2015). Além disso, distribuídas amplamente em toda região costeira dos trópicos 
e subtrópicos, é adaptável à seca, salinidade/alcalinidade e estresse térmico (ZOU, et al., 
2022). A espécie I. imperati é uma planta estolonífera, característica das dunas de quase 
todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No litoral brasileiro, apresenta ampla 
distribuição (O’DONELL, 1960; FALCÃO, 1976; FALCÃO & FALCÃO, 1976), sendo que na 
Ilha de Santa Catarina ocorre nas dunas móveis e semifixas, funcionando como fixadora de 
areia (BRESOLIN, 1979)
De modo geral, as plantas adaptadas à colonização das dunas nas formações pioneiras 
do litoral brasileiro estão sujeitas a uma ampla gama de fatores relacionados ao estresse 
ambiental (HESP, 1991). Nessa condição limitante, tais espécies tendem a ser funcionalmente 
mais redundantes, produzem estratégias que lhes permitem alocar os escassos recursos 
em favor de estruturas mais duradouras, uma vez que a escassez hídrica e nutricional não 
permite uma reposição rápida do corpo vegetal. Em adição, a sua propagação no ambien-
te ocorre por meio de crescimento clonal ou por produção de sementes. O primeiro modo 
garante longevidade, proliferação de baixo risco e manutenção da população localmente 
adaptada (GRIME, 1979). O segundo modo favorece a dispersão de muitas sementes to-
lerantes ao estresse para garantir a sobrevivência dos indivíduos (FENNER, 1985). Numa 
perspectiva mais ampla acerca das estratégias ecológicas adotadas pelas plantas, pode-se 
inferir que sua compreensão contribui para embasar iniciativas de conservação da biodiver-
sidade (VIBRANS et al., 2012).
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05
'10.37885/230513127
05
IDENTIFICAÇÃO DE FABACEAE (LEGUMINOSAE) 
FORRAGEIRAS DO IFSERTÃOPE CAMPUS 
PETROLINA ZONA RURAL
Leonardo Feijó Cadena de Oliveira Filho
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Sertão Pernambucano (IFSertãoPE)
Teonis Batista da Silva
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Flavia Cartaxo Ramalho Vilar
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Sertão Pernambucano (IFSertãoPE)
https://dx.doi.org/10.37885/230513127
RESUMO
Objetivo: o presente trabalho teve como objetivo produzir uma chave analítica dicotômica 
fácil e acessível para ajuda na identificação taxonômica das espécies de Leguminosae 
forrageiras encontradas no IFSertãoPE Campus Petrolina Zona Rural. Visando facilitar a 
identificação correta espécies dessa família com importância forrageira principalmente pe-
los docentes e discentes da área animal e pecuaristas de regiões próximas. Métodos: foi 
realizado levantamento florístico por caminhamento em áreas remanescentes de Caatinga 
e áreas destinadas ao cultivo agrícola visando a coleta das espécies de Fabaceae for-
rageiras. As espécies foram coletadas até atingir a curva de coletor. O material coletado 
foi incorporado no Herbário Vale do São Francisco, registrando assim a ocorrência das 
espécies no Campus. As amostras foram identificadas através do uso de chaves de iden-
tificação pré-existentes, por comparação com outras amostras depositadas e identificadas 
por especialistas, e a consulta à especialistas na família. Após a identificação, as espécies 
foram descritas morfologicamente seguindo as regras de taxonomia vegetal. Todas regis-
tradas fotograficamente. De acordo com as descrições morfológicas foi elaborada a chave 
dicotômica. Resultados: Foram encontradas 18 espécies de Leguminosae, distribuidas em 
15 gêneros distintos. O Gênero Mimosa L., com três espécies. O hábito mais abundante 
foi o arbustivo. Quanto a origem das espécies, 23,53% delas são exóticas. Conclusão: 
Este trabalho é um excelente recurso para identificação correta das Fabaceae forrageiras, 
auxiliando na pesquisa e ensino. Permitindo a identificação das espécies forrageiras pela 
chave analítica ou por comparação com descrição morfológica e/ou fotografia, podendo ser 
utilizado em qualquer pessoa.
Palavras-chave: Identificação Botânica, Chave Analítica, Manual de Identificação.68
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INTRODUÇÃO
Fabaceae Lindl. é uma das maiores famílias botânicas, ocorre em quase todas as re-
giões do mundo, com aproximadamente 765 gêneros e 19.581 espécies (AZANI et al., 2017).
Quem realiza os estudos pertinentes a essas espécies é o Grupo de Estudos de 
Taxonomia de Leguminosae, em inglês Legume Taxonomy Working Group - LTWG. No es-
tudo mais atual do grupo, Azani et al. (2017) dividiram Fabaceae em 6 subfamílias, levando 
em consideração a filogenia das espécies.
Porém, para facilitação do entendimento pela população sertaneja, a divisão mais 
abrangente e mais facilitadora, continua tomando base as questões morfológicas. Queiroz 
(2009) dividiu em seu estudo de Leguminosae da Caatinga, nas subfamílias Caesalpinoideae 
Dc., Mimosoideae Dc. e Faboideae Dc., cada uma com suas características específicas, 
uma divisão já utilizada e de fácil compreensão morfológica. 
No semiárido nordestino é a família de plantas mais presente na vida do sertanejo, 
atuando na alimentação do ser humano, com a presença do feijão, da fava, soja, do amen-
doim, entre outros. Além de ter um forte desempenho na produção de lenha, madeira para 
construção e na utilização como pastagens naturais (QUEIROZ, 2009).
 Sabe-se que o preço para o manejo do gado se torna muito caro, principalmente para 
pessoas com baixa condição, muitas vezes a presença das Leguminosae para os pequenos 
pecuaristas se torna a única fonte de alimento alternativo para o gado. (COSTA et al., 2002).
Costa et al. (2002) apontam diversas espécies de Leguminosae utilizadas na Caatinga 
para alimentação caprina, ovina, suína, entre outros. Citando também a parte da planta 
utilizada, como frutos e folhas.
Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo produzir uma chave analítica dico-
tômica fácil e acessível para ajuda na identificação taxonômica das espécies de Leguminosae 
forrageiras encontradas no IFSertãoPE Campus Petrolina Zona Rural. Visando facilitar a 
identificação correta espécies dessa família com importância forrageira principalmente pelos 
docentes e discentes da área animal e pecuaristas de regiões próximas. 
Uma chave dicotômica atua como um funil, no início apresentando as característi-
cas mais básicas, e à medida que os passos vão se construindo as características ficam 
mais específicas. 
METODOLOGIA
Foi realizado levantamento florístico por caminhamento em áreas remanescentes de 
Caatinga e áreas destinadas ao cultivo agrícola do IFSertãoPE Campus Petrolina Zona 
Rural, visando a coleta das espécies de Fabaceae forrageiras. As espécies foram coletadas 
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até atingir a curva de coletor, ou seja, quando não se observa novas amostras, e as que já 
foram coletadas começam a se repetir.
O material coletado foi incorporado no Herbário Vale do São Francisco, registrando 
assim a ocorrência das espécies no Campus, podendo subsidiar outros projetos de estudos 
com tais amostras. 
As amostras foram identificadas através do uso de chaves de identificação pré-exis-
tentes, por comparação com outras amostras depositadas e identificadas por especialistas, 
e a consulta à especialistas na família.
Após a identificação, as espécies foram descritas morfologicamente seguindo as regras 
de taxonomia vegetal. Todas registradas fotograficamente. De acordo com as descrições 
morfológicas foi elaborada a chave dicotômica.
RESULTADOS
Foram encontradas 18 espécies de Leguminosae, distribuidas em 15 gêneros distin-
tos. O Gênero Mimosa L., com três espécies, M. caesalpiniifolia Benth. (sabiá), M. ophthal-
mocentra Mart. ex Benth. (jurema-branca) e M. tenuiflora (Willd.) Poir. (jurema-preta).
O hábito mais abundante foi o arbustivo com 38,88% (7 spp.) seguido do arbóreo com 
33,33% (6 spp.). O hábito trepador com 27,77% (5 spp.) esteve presente apenas na sub-
família Faboideae.
Quanto a origem das espécies, 23,53% delas são exóticas, dentre elas a algaroba, a 
leucena e o espinho-de-jerusalém (Parkinsonia aculeata L.) e a cunhã, uma planta natura-
lizada no Brasil. Dentre as espécies nativas ocorrem o mororó (Bauhinia cheilantha (Bong.) 
Steud.), a caatingueira (Cenostigma microphyllum (Mart. ex G. Don) E. Gagnon & G.P. 
Lewis) e são-joão (Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby var. pudibunda 
(Benth.) H.S.Irwin & Barneby), entre outras.
Chave de identificação para as principais espécies de Leguminosae forrageiras 
ocorrentes no IFSertãoPE Campus Petrolina Zona Rural
1 Folhas simples bifolioladas ou compostas trifolioladas.....................................................2
1’ Folhas compostas 4 folíolos ou mais................................................................................6
 
2 Folhas simples bifolioladas, prefloração valvar, pétalas brancas.Bauhinia cheilantha
2’ Folhas compostas trifolioladas..........................................................................................3
 
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3 Perianto papilionado, petalas não retorcidas....................................................................4
3’ Perianto papilionado, petalas retorcidas...........................................................................5
4 Folhas triangulares à deltoides, ápice agudo..................Ancistrotropis peduncularis
4’ Folhas estreito-lanceoladas, com nervuras bem visíveis na face abaxi
al.......................................................................................................Centrosema pascuorum
 
5 Pétalas vermelho claro, folhas redondas, caule e folhas com indumento branco à creme, 
bem pubescente.......................................................................................Macroptilium martii
5’ Pétalas vermelho-arroxeadas, folhas elípticas, caule e folhas com indumento branco, em 
menor quantidade.......................................................Macroptilium lathyroides
 
6 Folhas compostas com 4 folíolos, pétalas amarelas, sépalas grandes, órgãos reprodu-
tores grandes..................................................................Senna macranthera var. pudibunda
6’ Folhas compostas com mais de 4 folíolos (compostas e bicompostas)............................7
 
7 Perianto papilionado, petalas azuladas, com centro do estandarte bran-
co..................................................................................................................Clitoria ternatea
7’ Perianto não papilionado...................................................................................................8
 
8 Flores vistosas, geralmente amarelas com uma das pétalas vermelha............................9
8’ Flores diminutas, as vezes reunidas em espigas e glomérulos........................................11
9 Arbusto ou erva prostada, folhas compostas ou bicompostas.........................................10
9’ Árvore exótica, casca esverdeada, ramos bem aculeados, folhas com pecíolo alado e 
folíolos diminutos de fácil queda, pétalas amarelas, as vezes com uma das pétalas verme-
lha.........................................................................................................Parkinsonia aculeata
10 Arbusto ereto, casca esbranquiçada, ramos avermelhados, com pulvino na base das 
folhas, folhas bicompostas, inflorescência com indumento avermelhado, flores amarelas 
com uma das pétalas vermelha fortemente zigomorfas, frutos com indumento avermelha-
do...................................................................................................Cenostigma microphyllum
10’ Erva prostada, folhas compostas, presença de estípulas, caule com trico-
mas, flores amarelas,pétalas amarelas, fortemente actinomorfas, frutos bem pilo-
sos........................................................................................................Chamaecrista repens
 
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11 Arbusto de pequeno porte, folhas diminutas, flores dispostas em gloméru-
los diminutos, de 2 à 5 flores por glomérulo, com órgãos reprodutores avermelha-
dos.....................................................................................................Calliandra depauperata
11’ Arbustos ou árvores com flores dispostas em espigas ou glomérulo vistosos .............12
 
12 Arbustos ou árvores com flores dispostas em espigas...................................................13
12’ Arbustos ou árvores com flores dispostas em glomérulos.............................................16
 
13 Árvores, flores dispostas em espigas, frutos indeiscentes, vagens de coloração creme, 
conhecida popularmente como algaroba.......................................................Prosopis pallida
13’ Arbustos ou árvores, flores dispostas em espigas, frutos deiscentes com coloração mar-
rom claro à escuro...............................................................................................................14
 
14 Arbusto ou árvore, com caule negro à avermelhado, com flores dispostas em espigas 
solitárias, frutos do tipo vagem enrugada...................................................Mimosa tenuiflora
14’ Arbusto ou árvore, com caule negro à avermelhado, flores dispostas numa inflorescên-
cia composta (racemo de espigas), vagens não enrugadas...............................................15
 
15 Folhas compostas por folíolos pequenos....................................Mimosa ophtalmocentra
15’ Folhas compostas por folíolos grandes com formato elíptico.......Mimosa caesalpiniifolia
 
16 Frutos deiscentes...........................................................................................................17
16’ Frutos indeiscentes com aspecto retorcido.......................Enterolobium contortisiliquum
 
17 Árvores com acúleos arredondados no tronco, com frutos do tipo folículo, abrindo-se em 
duas abas, sementes mais achatadas...........................................Anadenanthera colubrina
17’ Árvores sem acúleos arredondados no tronco, frutos do tipo vagem, abrindo-se com-
pletamente dispersando as sementes..............................................Leucaena leucocephala
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FABACEAE (LEGUMINOSAE) FORRAGEIRAS
Ancistrotropis peduncularis (Kunth) A. Delgado
Nomes populares: feijãozinho.
Erva, ramos volúveis, glabros a glabrescentes. Folhas com 3 folíolos, triangulares ou 
ovados, ápice agudo, base truncada, membranáceos, glabros em ambas as faces, nerva-
ção peninérvea, estipulas estreitas à lanceoladas. Inflorescência racemosa. Flores com 
cálice verde, com indumento serício; corola pétalas rósea à lilás; Fruto do tipo legume com 
indumento seríceo.
Figura 1. A. peduncularis. (A) Folhas; (B) Flores.
 
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Nomes populares: Angico, angico-branco, cambuí-angico e moró.
Árvore, ca. 4,0-10 m alt., caule característico de coloração escura, com acúleos arre-
dondados e cônicos, ramos com coloração castanho-escuro à negro. Folhas bicompostas, 
40 pinas em média, folíolos com ápice agudo, margem inteira, base assimétrica à truncada, 
nervura central visível, nervuras secundárias inconspícuas. Inflorescências compostas de 
vários glomérulos. Flores completas, diclamídeas, perianto infundibuliforme, hermafroditas, 
pentâmeras; cálice dialissépalo, branco; corola dialipétala, branca; gineceu unicarpelar, uni-
locular, pluriovulado, ovário súpero, estilete terminal, estigma único; androceu 10 estames, 
isodidinamos, diplostêmone, brancos, anteras rimosas, dorsifixas. Frutos do tipo folículo, 
margens do fruto acompanham formato irregular de cada semente dentro do fruto. Sementes 
negras, com formato achatado.
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Figura 2. A. colubrina. (A) Fruto maduro; (B) Fruto imaturo; (C) Inflorescências; (D) Sementes.
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud.
Nomes populares: mororó, miroró, mão-de-vaca, pata-de-vaca, unha-de-vaca.
Arbusto, ca. 1,5-3,0 m alt., ramos jovens com indumento denso, tricomas curtos e 
amarelados. Folhas com lâmina cartácea, compostas bifolioladas ou simples bilobadas, 
lobos com ápice arredondado, base cordada, tricomas tectores, brancos à creme em ambas 
as faces, tricomas glanduláres próximo as nervuras. Inflorescências terminais, racemo-
sas. Flores com botão floral de coloração creme, com tricomas brancos à creme, pétalas 
5 brancas; estames 10, isodidinamos, diplostêmones, anteras rimosas; ovário unilocular, 
unicarpelar, pluriovulado, estilete terminal, estigma único. Fruto do tipo legume, deiscente, 
aspecto lenhoso.
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 Figura 3. B. cheilantha. (A) Folhas e botões florais; (B) Flores em antese.
 
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Calliandra depauperata Benth
Nomes populares: carqueja.
Arbusto ca 1,0-1,5 m alt., ramos lenhosos, muito ramificados. Folhas diminutas, dísti-
cas, pecíolo curto, folíolos muito pequenos, 1,5-3 x 0,5-1 mm, lineares, apenas com a nervura 
central, estípulas na base das folhas, lineares. Inflorescência do tipo glomérulo, diminutos, 
com 2 a 5 flores. Flores pentâmeras, cálice e corola esverdeados, estames 10, vináceos à 
avermelhado, ovário unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estilete terminal, estigma único. 
Fruto do tipo vagem deiscente, valvas amarronzadas.
Figura 4. C. depauperata. Folhas diminutas, e frutos deiscentes.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
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Cenostigma microphyllum (Mart. ex G. Don) E. Gagnon & G.P. Lewis
Nomes populares: caatingueira-de-porco, catingueirinho, pempem, catingueira-ras-
teira.
Arbusto ca 1,0-5,0 m alt., tronco com casca lisa esbranquiçada à acinzentada. Folhas 
bicompostas, ca. 7 pares de folíolos, divididos em foliólolos pequenos, peciolo avermelhado, 
pulvino na base da folha, com tricomas brancos à avermelhados. Inflorescência do tipo 
racemosa, flores dispostas alternadamente, indumentada com tricomas glandulares verme-
lhos. Flores pentâmeras, fortemente zigomorfas, amarelas, com estandarte menor que as 
outras pétalas, com máculas avermelhadas, botôes florais com indumento vermelho, estames 
10, heterodidínamos, anteras rimosas, ovário súpero, unicarpelar, unilocular. Fruto do tipo 
vagem indeiscente, com indumento glutinoso vermelho.
Figura 5. C. microphyllum. (A) Flores; (B) Folhas diminutas e inflorescência.
 
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Centrosema pascuorum Mart. ex Benth.
Erva, ramos volúveis, pilosos. Folhas com 3 folíolos, coriáceos, formato lanceolado, 
muito mais longos do que largos, com nervuras expressadas na face abaxial, ápice acumi-
nado, base obtusa. Inflorescência composta de racemos curtos. Flores com cálice verde; 
corola com pétalas róseas; Fruto do tipo legume.
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 Figura 6. C. pascuorum. (A) Flor; (B) Folhas lanceoladas 
 
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.Chamaecrista repens (Vogel) H.S.Irwin & Barneby
Nomes populares: angiquinho.
Erva ca. 20 cm alt., ramos com indumento pubérulo. Folhas compostas, foliolos es-
treitos, 10 pares, ápice cuspidado, nervação palminévia. Flores pentâmeras, com sépalas 
lanceoladas, verdes; pétalas amarelas, ovais; estames 10, diplostemones, heterodidínamos. 
Frutos do tipo legume, lineares.
Figura 7. C. repens. (A) Hábito; (B) Folhas e flores.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Clitoria ternatea L.
Nomes populares: cunhã.
Erva, ramos volúveis, pilosos. Folhas com 7 folíolos, membranáceos, formato elíptico, 
nervura peninérvea, ápice retuso, base atenuada. Inflorescência composta de racemos cur-
tos. Flores com cálice verde; corola com pétalas fortemente azuladas, com guia nectarífero 
branco. Fruto do tipo legume.
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Figura 8. C. ternatea. (A) Flor em destaque; (B) Folhas e flores
 
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong
Nomes populares: tamboril, tamburi, orelha-de-nego.
Árvore, ca. 15 m alt., copa bem ramificada, tronco grosso, casca acinzentada. Folhas 
bicompostas, com 20 pinas. Inflorescências tipo glomérulo, globosos. Flores alvas à creme, 
estames brancos, 10. Frutos do tipo vagem, retorcidos, negros quando maduros, indeiscen-
tes. Sementes negras, arredondadas.
Figura 9. E. contortisiliquum. (A) Copa; (B) Frutos, parte frontal e traseira.
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
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Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit
Nomes populares: leucena.
Árvore, ca. 4 m alt. ramos inermes. Folhas alternas, bipinadas, peciolada, 8 pares de 
folíolos opostos, foliólulos oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, glabros, 
nervação actinódroma, com estípulas lanceoladas. Inflorescência do tipo glomérulo. Flores 
pentâmeras, actinomorfas; cálice gamossépalo, alvo, corola gamopétala, alva; androceu 
dialistêmone, estames 10, diplostêmone, filetes maiores que o comprimento da corola, al-
vos, anteras rimosas; gineceu simples, ovário súpero, pluriovulado, unicarpelar, unilocular, 
placentação marginal. Fruto do tipo legume deiscente, marrom.
Figura 10. L. leucocephala. (A) Inflorescência; (B) Frutos.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Macroptilium lathyroides (L.) Urb.
Erva, ramos eretos, glabrescentes à pubescentes. Folhas trifolioladas, folíolos mem-
branáceos, com venação camptódroma, face adaxial glabra, face abaxial pubescente, mar-
gens inteiras, ovais. Inflorescência do tipo racemo. Flores com corola arroxeada, retorcida. 
Fruto legume deiscente. 
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Figura 11. (A e B) Folhas e inflorescências de M. lathyroides.
Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet
Erva, ramos volúveis, densamente pilosos. Erva trifolioladas, faces adaxial e abaxial 
com pilosidade creme, margem inteira, ovados a largo-elípticos. Inflorescência do tipo ra-
cemo. Flores com pétalas vermelhas a alaranjadas, retorcidas. Fruto do tipo legume.
Figura 12. (A e B) Inflorescências e folhas de M. martii.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Mimosa caesalpiniifolia Benth.
Nomes populares: sabiá.
Árvore, ca. 4 m alt. ramos inermes. Folhas alternas, foliolos arredondados. 
Inflorescência conjunto de espigas. Flores pentâmeras, actinomorfas; cálice gamossépa-
lo, alvo, corola gamopétala, alva; androceu dialistêmone, estames 10, diplostêmone, filetes 
maiores que o comprimento da corola, alvos, anteras rimosas; gineceu simples, ovário 
súpero, pluriovulado, unicarpelar, unilocular, placentação marginal. Fruto do tipo craspédio.
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Figura 13. M. caesalpiniifolia. (A) Folhas; (B) Frutos.
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth.
Nomes populares: jurema-branca, calumbí-vermelho, jureminha.
Arbusto, ca. 4 m alt., ramos nigrescentes, com lenticelas brancas, com acúleos pontia-
gudos. Folhas bicompostas, com pinas lineares e opostas, ápice obtuso, base cordada, pe-
ninérvios. Inflorescência composta por um racemo de espigas, terminais. Flores com cálice 
verde, corola branca, tetrâmeras; estames brancos. Fruto do tipo craspédio, séssil, plano.
Figura 14. M. ophthalmocentra. (A) Acúleos; (B) Folhas; (C) Inflorescências; (D) Flores.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
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Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.
Nomes populares: jurema-preta, jurema, calumbí.
Arbusto, ca. 3 m alt., ramos nigrescentes a avermelhados, com acúleos pontiagudos. 
Folhas bicompostas, com pinas lineares e opostas, ápice obtuso, base oblíqua, venação 
uninérvia. Inflorescência do tipo especiforme, axilar. Flores com cálice verde, corola branca, 
tetrâmeras; estames brancos. Fruto do tipo craspédio, enrugado.
Figura 15. M. tenuiflora. (A) Folhas e frutos; (B) Inflorescência.
 
Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Parkinsonia aculeata L.
Nomes populares: espinho-de-jerusalém, turco, espinho-de-tuco.
Arbusto, ca. 4 m alt., ramos esverdeados, com acúleos pontiagudos. Folhas com-
postas, pinas diminutas e de fácil queda, raque com espessura grossa. Inflorescência do 
tipo racemosa, axilar. Flores amarelas, zigomorfas, pétala central com mácula vermelha. 
Fruto do tipo legume, cilíndrico.
Figura 16. P. aculeata. (A) Folhas; (B) Frutos.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Prosopis pallida (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Kunth
Nomes populares: algaroba.
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Árvores, caule marrom-escuro, com ritidoma fissurado, indumento pubescente nos 
ramos. Folhas bipinadas; pinas oblongas, ápice agudo, margem inteira, base arredondada. 
Inflorescência composta de racemos. Flores branco-esverdeadas; cálice campanulado; 
estames brancos. Frutos do tipo legume, brancos à creme.
Figura 17. P. pallida. (A) Tronco; (B) Copa; (C) Frutos.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby var. pudibunda (Ben-
th.) H.S.Irwin & Barneb
Nomes populares: são-joão.
Arbusto, ca. 2 m alt., caule marrom acinzentado. Folhas compostas, 2 pares de fo-
líolos, coriáceos, elípticos, ápice arredondado, com tricomas nas margens, margem inteira, 
base assimétrica. Inflorescência racemosa, axilar. Flores com sépalas maiores, verdes; 
pétalas amarelas à alaranjadas; estames 10, antera poricida; ovário unicarpelar, unilocular, 
plurióvulado. Fruto do tipo vagem, cilíndrico, verde, carnoso, negros quando maduros.
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Figura 18. S. macranthera var. pudibunda. (A) Folha; (B) Sépalas; (C) Pétalas; (D) Fruto.
 Fonte: L.F.C Oliveira-Filho, 2023.
CONCLUSÃO
Este trabalho é um excelente recurso para identificação correta das Fabaceae forra-
geiras, auxiliando na pesquisa e ensino. Permitindo a identificação das espécies forrageiras 
pela chave analítica ou por comparação com descrição morfológica e/ou fotografia, podendo 
ser utilizado em qualquer pessoa.
Agradecimentos
Meus sinceros agradecimentos a Rubens Teixeira Queiroz (Leguminosae) e Alessandro 
Soares (Bauhinia) pelas identificações realizadas. Agradeço a FlaviaCartaxo pela orientação 
no levantamento, nas descrições e na confecção da chave.
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REFERÊNCIAS
AZANI, Nasim et al. A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxo-
nomically comprehensive phylogeny: The Legume Phylogeny Working Group (LPWG). 
taxon, v. 66, n. 1, p. 44-77, 2017.
COSTA, Jorge Antonio Silva et al. Leguminosas Forrageiras da Caatinga. Universidade 
Estadual de Feira de Santana, 2002.
QUEIROZ, Luciano Paganucci de. Leguminosas da caatinga. Universidade Estadual de 
Feira de Santana, 2009.
06
'10.37885/230412774
06
INVENTÁRIO FLORÍSTICO DE UM PARQUE 
AMBIENTAL LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE 
ANAPURUS, MARANHÃO, NORDESTE DO BRASIL
Mateus César Araújo Pestana
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Pedro Victor Cardoso dos Santos
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Mateus Monteles Vieira
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
José Augusto dos Santos Silva
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Alessandra Vieira Monteles
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Maria Ildilene da Silva
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Maria Erika de Sousa Silva
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
https://dx.doi.org/10.37885/230412774
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo disponibilizar o inventario florístico das espécies encontradas 
no Parque Ambiental do município de Anapurus, Maranhão, Brasil. O levantamento florístico 
ocorreu durante o mês de agosto de 2022, sendo que o reconhecimento da área e posterior 
registro dos dados deu-se através de caminhadas aleatórias. As amostras botânicas coleta-
das seguiram técnicas usuais de herborização e para identificação das espécies utilizou-se a 
bibliografia adequada e chaves taxonômicas. No total, registramos 28 famílias, 37 gêneros e 
40 espécies, sendo sete espécies pertencentes ao grupo das briófitas, oito são samambaias 
e 25 são angiospermas. Dentre as famílias mais frequentes, estão: Arecaceae, com cinco 
espécies, e Araceae com quatro, as demais com uma ou duas espécies, cada. A avaliação 
das formas de vida revelou uma predominância de ervas: 22 espécies no total, seguido de 
árvores, seis espécies, e palmeiras, com cinco. Avaliando os tipos de habitat, 25 espécies 
são terrícolas, sete aquáticas, três epífitas, três corticícola, uma hemiepífita e uma rupíco-
la. A área de estudo possui uma elevada diversidade florística. Além disso, apresenta grande 
importância tanto para o meio urbano, devido aos inúmeros benefícios que pode proporcionar 
para qualidade de vida dos cidadãos, quanto para o equilíbrio do ecossistema.
Palavras-chave: Biodiversidade, Cerrado, Flora Urbana.
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INTRODUÇÃO
O crescimento populacional estimula a demanda por mais recursos naturais. As so-
ciedades modernas são responsáveis por produzirem mais dejetos do que qualquer outro 
período do passado, fato esse que estar vinculado ao uso intensivo dos recursos naturais por 
meio de tecnologias sofisticadas. Logo, tal problemática incita a necessidade da criação de 
espaços que garanta a manutenção do meio natural, conservação da biodiversidade e prote-
ção dos ecossistemas, sendo esses espaços conhecidos como “Unidades de Conservação” 
(HASSLER, 2005).
As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais e seus recursos 
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais 
relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de con-
servação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual 
se aplicam garantias adequadas de proteção (Lei 9.985/2000) (MEDEIROS 
et al., 2018, p.13).
Outro ponto a ser mencionado são os “Parques Urbanos” que desempenham papéis 
importantes na qualidade de vida das pessoas. Uma vez que, esses “lugares verdes” pro-
movem a manutenção das funções ecológicas/ambientais e tornam-se espaços de lazer, 
interações sociais e de práticas de exercícios físicos (SOARES et al., 2019). Para Muñoz e 
Freitas (2017) toda vegetação presente em parques, cidades e praças formam a chamada 
floresta urbana, espaços de alto potencial pedagógico para práticas conservacionistas, pois 
estabelecem uma aproximação entre homem e a natureza. 
Estas interações apresentam grande relevância, principalmente quando se há necessi-
dade em compreender o atual estado da biodiversidade. Pensando nisso, surgem os inven-
tários florísticos que são pré-requisito de muitas pesquisas fundamentadas em ecologia de 
comunidades que almejam uma modelagem que proporcione a compreensão dos padrões 
de diversidade de espécies ou de suas distribuições (JAYAKUMAR et al., 2011).
No bioma Cerrado, que se destaca pelos altos níveis de riqueza de espécies, en-
demismos e grau de ameaças, os inventários vegetais têm contribuído para esclarecer a 
riqueza de espécies, as diferenças na composição de comunidades entre áreas e de suas 
estruturas ao longo do tempo (LIMA et al., 2020). Diante desse cenário, o presente estudo 
objetiva disponibilizar um inventario florístico de espécies encontradas no Parque Ambiental 
do município de Anapurus, Maranhão, Brasil.
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MÉTODOS
Área de estudos
O município de Anapurus está localizado entre as coordenadas 03°44’23” e 03°23’09” S e 
43°18’38” e 42°57’46” W (Figura 1). Compreende uma área total de aproximadamente 609 
km² e está inserido na mesorregião do Leste Maranhense. A vegetação do município é cons-
tituída pelo Cerrado (IBGE, 2020), e o clima, segundo a classificação climática de Köppen, 
é o Tropical (ANDRADE et al., 2013).
Figura 1. Localização do município de Anapurus.
Fonte: Autores (2023) - Organizado por Santos, P. V. C.
Coleta de dados
O levantamento florístico ocorreu no Parque Ambiental de Anapurus, em agosto de 
2022. O reconhecimento da área e posterior levantamento de dados se deram através de 
caminhadas aleatórias (FILGUEIRAS et al., 1990) por toda a área do Parque.
As amostras botânicas foram coletadas de acordo com metodologias usuais de her-
borização (FIDALGO; BONONI, 1989). A identificação taxonômica das espécies ocorreu 
através de bibliografia especializada (SOUZA; LORENZI, 2012; LORENZI, 2020), uso de 
chaves taxonômicas e comparação com imagens de exsicatas disponíveis nos herbários 
virtuais Reflora e SpeciesLink.
Na lista florística as famílias das angiospermas estão de acordo com o APG IV (2016), as 
samambaias seguem o PPG I (2016) e as briófitas seguem Shaw e Goffinet (2009). O nome 
das espécies foi redigido conforme sugere o International Plant Name Index (2023), e a 
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classificação quanto a forma de vida e habitat foram definidas em consultas ao Flora e Funga 
do Brasil (2023).
RESULTADOS
Composição florística
A flora do Parque Ambiental de Anapurus está representada por 28 famílias, 37 gê-
neros e 40 espécies (Tabela 1). Sete espécies pertencem ao grupo das briófitas, oito são 
samambaias e 25 são angiospermas (Anexo 1; Anexo 2).
Tabela 1. Espécies catalogadas no Parque Ambiental de Anapurus. * = Briófitas; ** = Samambaias.
Família/Espécie Forma de vida Habitat
ARACEAE 
Montrichardia linifera (Arruda) Schott Erva Terrícola
Philodendron acutatum Schott Erva Epífita
Urospatha sagittifolia (Rudge) Schott Erva Terrícola
Xanthosoma sp. Erva Terrícola
ARECACEAE 
Attalea speciosa Mart. ex Spreng. Palmeira Terrícola
Bactris setosa Mart. Palmeira Terrícola
Euterpe oleracea Mart. Palmeira Terrícola
Mauritiella armata(Mart.) Burret Palmeira Terrícola
Mauritia flexuosa L.f Palmeira Terrícola
CALYMPERACEAE* 
Calymperes erosum Müll. Hal. Tapete Corticícola
Octoblepharum albidum Hedw. Coxim/tufo Corticícola
COMBRETACEAE 
Terminalia catappa L. Árvore Terrícola
COMMELINACEAE 
Commelina diffusa Burm.f. Erva Terrícola
ERIOCAULACEAE 
Tonina fluviatilis Aubl. Erva Aquática
FISSIDENTACEAE* 
Fissidens sp. Tapete Terrícola
HELICONIACEAE 
Heliconia psittacorum L.f. Erva Terrícola
LEJEUNEACAE* 
Lejeunea sp. Trama Corticícola
LENTIBULARIACEAE 
Utricularia gibba L. Erva Aquática
Família/Espécie Forma de vida Habitat
LECYTHIDACEAE 
Lecythis pisonis Cambess. Árvore Terrícola
LYGODIACEAE** 
Lygodium venustum Sw. Erva Terrícola
MYRTACEAE
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Família/Espécie Forma de vida Habitat
Syzygium cumini (L.) Skeels Árvore Terrícola
NEPHROLEPIDACEAE** 
Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott Erva Epífita
NYMPHAEACEAE 
Nymphaea rudgeana G.May. Erva Aquática
Nymphaea jamesoniana Planch. Erva Aquática
NOTOTHYLADACEAE* 
Notothylas javanica (Sande Lac.) Gottsche Talosa Terrícola
ONAGRACEAE 
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H. Raven Erva Terrícola
ORCHIDACEAE 
Vanilla palmarum (Salzm. ex Lindl.) Lindl. Erva Hemiepífita
POLYPODIACEAE** 
Phlebodium aureum (L.) J.Sm Erva Epífita
PLANTAGINACEAE 
Bacopa salzmannii (Benth.) Wettst. ex Edwall Erva Terrícola
Bacopa aubletiana Scatigna Erva Aquática
POTTIACEAE* 
Hyophiladelphus agrarius (Hedw.) R.H.Zander Tapete Rupícola
PTERIDACEAE** 
Ceratopteris thalictroides (L.) Brongn Erva Aquática
Pityrogramma calomelanos (L.) Link Erva Terrícola
RUBIACEAE 
Genipa americana L. Árvore Terrícola
RICCIACEAE* 
Riccia weinionis Steph. Talosa Terrícola
SALVINIACEAE** 
Salvinia auriculata Aubl. Erva Aquática
THELYPTERIDACEAE** 
Cyclosorus interruptus (Willd.) H. Ito Erva Terrícola
Meniscium serratum Cav. Erva Terrícola
URTICACEAE 
Cecropia pachystachya Trécul Árvore Terrícola
VOCHYSIACEAE 
Vochysia ferruginea Mart. Árvore Terrícola
Fonte: Autores (2023).
As famílias mais frequentes foram Arecaceae, com cinco espécies, e Araceae, com 
quatro, seguido de Thelypteridaceae, Calymperaceae, Nymphaeaceae, Plantaginaceae e 
Pteridaceae, com duas espécies cada uma (Figura 2). Estas famílias concentram 49% da 
diversidade total da área.
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Figura 2. Riqueza de espécies por famílias.
Fonte: Autores (2023).
A nível de gêneros, a família Arecaceae foi a mais diversa com cinco (13%), seguida 
por Araceae com quatro (10%), Calymperaceae, Pteridaceae e Thelypteridaceae com dois 
gêneros cada uma (26%). Os gêneros mais diversos foram Nymphaea L. e Bacopa Aubl., 
com somente duas espécies cada um, os demais (89%) foram representados por uma única 
espécie, demostrando uma alta diversidade genérica no inventário (Figura 2).
Formas de vida e habitat
A avaliação das formas de vida revelou uma predominância de ervas, com 23 espécies 
registradas, seguido de árvores, com seis espécies, e palmeiras, com cinco. Em relação 
às briófitas, que apresentam formas de vida diferentes das angiospermas e samambaias, 
três são tapete, duas talosa, uma trama e uma coxim/tufo. Avaliando os tipos de habitat, 25 
espécies são terrícolas, sete aquáticas, três epífitas, três corticícola, uma hemiepífita e uma 
rupícola. Embora somente sete espécies foram classificadas como aquáticas, a maioria das 
espécies catalogadas apresentou distribuição vinculada às áreas úmidas da área de estudos.
DISCUSSÃO
O predomínio de espécies da família Arecaceae pode ser explicado por possuir espé-
cies de ampla distribuição (SOARES et al. 2014). A espécie Attalea speciosa, por exemplo, 
ocorre na maioria dos estados brasileiros, além de ser amplamente distribuída no Maranhão 
(SpeciesLink, 2023).
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Dentre as espécies de Arecaceae catalogadas, vale destacar a ocorrência de Euterpe 
oleracea, Mauritiella armata e Mauritia flexuosa, pois geralmente se estabelecem em áreas 
alagáveis (D’ARACE et al., 2019). A presença dessas espécies é justificada devido o Parque 
ter sido construído em uma área de brejo, com a presença marcante da M. flexuosa.
A espécie Mauritia flexuosa é reconhecida pelo seu importante papel ambiental, pois 
serve de abrigo para algumas espécies de araras, e faz parte da alimentação de animais, 
como peixes e primatas, que dependem do fruto para sobreviver, fazendo com que esta 
palmeira seja símbolo de preservação (RESENDE et al., 2012).
As Araceae são mais diversas e abundantes em áreas tropicais úmidas, onde são 
encontradas em uma grande variedade de formas de vida, além de muitas espécies ocorre-
rem como terrestres ou aquáticas (TEMPONI et al., 2005). Dentre as espécies catalogadas, 
a maioria delas (Montrichardia linifera, Urospatha sagittifolia e Xanthosoma sp.) estavam 
associadas a corpos d’agua.
As famílias de samambaias Thelypteridaceae e Pteridaceae tem sido catalogada com 
frequência em estudos sobre flora urbana (MACEDO; NONATO, 2018; FREITAS et al., 2021; 
PINHEIRO et al., 2022). A exemplo disso, Freitas et al. (2021) catalogaram sete espécies 
de Pteridaceae e seis espécies de Thelypteridaceae em um fragmento florestal urbano no 
estado do Paraná, com microambientes (sombreamento e umidade) semelhantes ao do 
Parque Ambiental de Anapurus.
As formas de vida estabelecidas para as briófitas estão relacionadas à luminosidade e 
umidade no ambiente (COSTA; PERALTA, 2015). Portanto, a maior representatividade das 
espécies tipo tapete (42%) encontradas em este estudo, refere-se à capacidade que elas 
têm em reter consideráveis quantidades de água por longos períodos.
Todas as espécies de briófitas encontradas são generalistas e nenhuma apresenta 
distribuição restrita ao cerrado (Flora e Funga do Brasil, 2023). Em se tratando de estudos 
realizados em área de cerrado maranhense a área possui espécies semelhantes com o 
estudo de Vieira et al. (2017) realizado no município de São João do Sóter.
A maior porcentagem de ervas (62%) no inventário pode estar relacionada às ativida-
des antrópicas voltadas à visitação do Parque, bem como a derrubada de grande parte do 
estrato arbóreo para a implementação dele, o que possibilitou a abertura de clareiras na 
área de estudos. Corroborando com esta afirmação, Braga e Jardim (2019) comentam que 
elevadas taxas de luminosidade favorecem o desenvolvimento e estabelecimento de ervas, 
sobrepondo outras formas de vida.
Quanto ao hábitat, na área inventariada as espécies de briófitas mostraram preferência 
pelo substrato Corticícola (48%). A preferência por esse substrato pode ser explicada devido 
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a elevada umidade na área estudada, o que proporciona condições microclimáticas ideais 
para o desenvolvimento destas plantas (FRAHM, 2003).
Em relação as samambaias e angiospermas, a maioria das espécies apresentaram 
hábitat terrícola. Segundo dados do Flora e Funga do Brasil (2023), o Brasil possui apro-
ximadamente 40 mil espécies classificadas como terrícolas, sendo 30 mil angiospermas. 
Ademais, a maioria das famílias catalogadas são terrícolas, conforme classificação de Lorenzi 
(2020), mesmo que Arecaceae, Araceae e Plantaginaceae possuam representantes que 
toleram solos encharcados.
CONCLUSÃO
O presente inventário relevou uma elevada composição florística no ecossistema em 
questão. A maioria das espécies são angiospermas,seguido das samambaias e briofi-
tas. O maior percentual de espécies coletadas configuram-se como ervas, seguido por ár-
vores e palmeiras. Em relação a forma de vida, as espécies em grande parte são terrícolas, 
seguido - em menor proporção - da forma de vida aquática. Logo, a área de estudo é de 
grande importância tanto para o meio urbano, devido aos inúmeros benefícios que pode 
proporcionar para qualidade de vida dos cidadãos, quanto para o equilíbrio do ecossistema.
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ANEXOS
Anexo 1. Algumas das espécies registradas no Parque Ambiental de 
Anapurus. A: Mauritiella armata; B: Syzygium cumini; C: Lecythis pisonis; D: Mauritiella 
armata; E: Attalea speciosa; F: Genipa americana; G: Philodendron acutatum; H: Salvinia 
auriculata; I: Mauritia flexuosa; J: Bactris setosa; K: Terminalia catappa.
Fonte: Autores (2023) - Elaborado por M.C.A. Pestana
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Anexo 2. Algumas das espécies registradas no Parque Ambiental de Anapurus 
(Continuação). A: Xantossoma sp.; B: Commelina difusa; C: Utricularia gibba; D: Notothylas ja-
vanica; E: Cyclosorus interruptus; F: Vanilla palmarum; G: Meniscium serratum; H: Urospatha 
sagittifolia; I: Ludwigia octovalvis; J: Tonina fluviatilis; K: Bacopa aubletiana.
Fonte: Autores (2023) - Elaborado por M.C.A. Pestana
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'10.37885/230513021
07
LEVANTAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE 
FITOSSOCIOLÓGICA DE PLANTAS DANINHAS NO 
CULTIVO DO COENTRO (CORIANDRUM SATIVUM 
L.) NO MARANHÃO
Mário Luiz Ribeiro Mesquita
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus 
Bacabal
Ricardo Vitor Silva de Lima
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus 
Bacabal
https://dx.doi.org/10.37885/230513021
RESUMO
O conhecimento sobre a composição florística, a fitossociologia e a diversidade de comu-
nidades de plantas daninhas que ocorrem no cultivo do coentro (Coriandrum sativum L.) é 
crucial para subsidiar a aplicação de métodos de controle sustentáveis. O presente trabalho 
objetivou avaliar a composição florística, analisar a fitossociologia e calcular a diversidade 
florística das comunidades de plantas daninhas em quatro áreas de produção de hortaliças na 
microrregião do Médio Mearim, sendo duas localizadas no município de Bacabal (nos Polos 
de Produção de Hortaliças de Areal e Catucá) e duas em São Luís Gonzaga (em Centro da 
Josina e Coheb). O levantamento das espécies foi realizado pelo método quadro inventário, 
com 30 coletas em cada área de cultivo, totalizando 120 amostras em todoo estudo. Os pa-
râmetros fitossociológicos avaliados foram os valores absolutos e relativos da Densidade, 
Frequência e Abundância, além do Valor de Importância de cada espécie. A diversidade 
florística foi avaliada por meio do cálculo do Índice de Diversidade de Shannon (H’). No total 
foram registrados 6727 indivíduos distribuídos em 54 espécies e 24 famílias. As três famílias 
com maior riqueza de espécies foram Poaceae (n = 7), Asteraceae (n = 6) e Fabaceae (n 
= 5). Com base no Valor de Importância, as espécies que se destacaram foram Portulaca 
oleracea, Cyperus iria e Eleusine indica, em Areal, Cyperus iria, Eleusine indica e Synedrella 
nodiflora, em Catucá, Phyllanthus niruri, Amaranthus lividus e Ludwigia octovalvis, em Centro 
da Josina, e Phyllanthus niruri, Hedyotis corymbosa e Eleusine indica, em Coheb. O Polo de 
Produção de Catucá apresentou a maior diversidade florística (H’ = 2,48 nats ind-1). Essas 
informações podem subsidiar a implantação de métodos de controle eficientes e sustentáveis 
das plantas daninhas que ocorrem no cultivo do coentro na região.
Palavras-chave: Alelopatia, Diversidade, Invasão Biológica.
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INTRODUÇÃO
O coentro (Coriandrum sativum L.), pertencente à família botânica Apiaceae, é uma 
planta herbácea, de porte ereto, com hastes que crescem de 20 a 70 cm altura, de ciclo 
anual, nativa da região do Mediterrâneo oriental, muito utilizada na culinária. As folhas são 
verdes com uma variável forma lanceolada e superfícies glabras, enquanto as flores são 
brancas ou rosadas em umbelas com formas assimétricas. O caule é verde pálido com ra-
mos ocos e superfície glabra (MAHLEYUDDIN et al, 2021, p. 2). O coentro é rico em vitami-
nas A, B1, B2, C e fonte de cálcio e ferro. Além disso, o coentro também tem propriedades 
medicinais anti-inflamatórias, anestésicas e antioxidantes por meio dos óleos essenciais 
que podem ser extraídos de todas as partes da planta (MANDAL; MANDAL, 2015, p. 421; 
SINGLETARY, 2016, p. 151).
Como a arquitetura da planta se caracteriza pelas folhas pequenas e crescimento ereto, 
o coentro não consegue formar copa e dessa forma, não pode sombrear o solo deixando 
espaços para a germinação e crescimento de plantas daninhas que interferem no cresci-
mento e desenvolvimento da cultura, podendo causar perdas de 57% (HASSANEIN et al, 
2020, p. 1349) a 62% na produção (SZEMPLIŃSK et al, 2018, p. 456). 
As plantas daninhas afetam negativamente o cultivo do coentro pela competição por 
água, nutrientes, espaço e radiação solar. Além disso, muitas espécies possuem mecanismos 
alelopáticos que impedem ou inibem o crescimento de outras espécies a elas associadas, 
resultando na diminuição da produção e na renda dos agricultores. Assim, a ocorrência de 
plantas daninhas é o principal problema biológico que limita a produção desta cultura.
O cultivo do coentro tem grande expressividade no Nordeste do Brasil, particularmente 
no estado do Maranhão. Dados sobre a distribuição geográfica da produção de hortali-
ças mostram que, com relação ao número de estabelecimentos que cultivam hortaliças no 
Maranhão, o coentro, juntamente com a cebolinha (Allium schoenoprasum L.) ocupam a 
terceira posição, com 1.998 estabelecimentos, ficando atrás apenas do maxixe (Cucumis 
anguria L.) com 3.788 estabelecimentos e do milho verde (Zea mays L.), com 3.487 esta-
belecimentos (EMBRAPA, 2017). Entretanto, não há nenhum relato sobre a ocorrência de 
plantas daninhas no cultivo do coentro nessa região.
Estudos fitossociológicos são fundamentais na obtenção do conhecimento sobre as 
populações e a biologia de espécies de plantas daninhas, visto que proporcionam a identifi-
cação das espécies presentes na área e também daquelas que têm maior importância, o que 
permite constituir uma ferramenta determinante no embasamento técnico de recomendação 
de manejo adequado e condução das culturas, reduzindo os custos de produção e o impacto 
ambiental (ALMEIDA et al, 2018, p. 190; CARVALHO et al, 2019, p. 2).
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Levantamentos florísticos e fitossociológicos de plantas daninhas já foram realiza-
dos em várias espécies de hortaliças incluindo o tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) 
(CORREA, 2015, p. 11), cenoura (Daucus carota L.) (RODRIGUES et al, 2016, p. 73), 
quiabo (Abelmoschus esculentus Moench) (SANTOS et al, 2017, p. 251), pimenta do rei-
no (Piper nigrum L.) (MARTINS et al, 2018, p. 91), feijão-caupi [(Vigna unguiculata) (L.) 
Walp.)] (BANDEIRA et al, 2018, p. 327) e cebolinha (Allium schoenoprasum L.) (AMORIM; 
MESQUITA, 2019, p. 1), mas não há relatos sobre levantamentos florísticos e fitossocioló-
gicos de plantas daninhas no cultivo do coentro.
A identificação das espécies e das famílias botânicas; a quantificação do número de 
indivíduos de cada espécie; o cálculo dos parâmetros fitossociológicos incluindo a Densidade, 
Frequência, Abundância; o Valor de Importância de cada espécie e o cálculo da Diversidade 
Florística da comunidade de plantas daninhas podem ajudar na proposição de programas 
de controle de plantas daninhas no cultivo do coentro (CORREA, 2015, p. 11).
Com isso, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma investigação para avaliar 
a composição florística, a fitossociologia e a diversidade das plantas daninhas presentes no 
cultivo do coentro (Coriandrum sativum L.) em quatro locais de produção dessa espécie, 
nos municípios de Bacabal e São Luís Gonzaga do Maranhão, na microrregião do Médio 
Mearim, Estado do Maranhão, nordeste do Brasil.
MÉTODOS
Descrição da área de estudo
As coletas das amostras foram realizadas em duas áreas do município de Bacabal, 
nos polos de produção de hortaliças de Areal (4º14’12,2” S e 44º49’21,8” W) e Catucá 
(4º09’04” S e 44º40’40,1” W), e em duas áreas do município de São Luís Gonzaga do 
Maranhão, em hortas familiares nas comunidades rurais Centro da Josina (4º22’25” S e 
44º36’05” W) e Coheb (4º21’14” S e 44º39’06” W). Ambos os municípios estão localizados 
na microrregião do Médio Mearim, Estado do Maranhão.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Aw tropical, quente 
e úmido, com uma estação chuvosa que vai de janeiro a junho e outra seca, de julho a 
dezembro. A temperatura média é de 25°C e a precipitação é de, aproximadamente, 1.800 
mm por ano (AMORIM; MESQUITA, 2019, p. 2).
O relevo é plano e suave ondulado. A altitude é de aproximadamente 38 metros. Nota-
se a presença de morros residuais em alguns trechos. Essas formas foram modeladas nos 
siltitos, argilitos e às vezes arenitos argilosos e folhelhos que fazem parte da litologia da 
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Formação Itapecuru que deu origem aos Plintossolos, Argissolos e Latossolos, que predo-
minam na região (EMBRAPA, 2018, p. 104).
A vegetação natural da área pertence à Floresta Ombrófila Aberta, com Babaçu (Attalea 
speciosa Mart.) Arecaceae, que não corresponde mais à descrição original devido à prática 
de corte e queima da vegetação tanto para implantação de pastagens, quanto para plantio 
de arroz, milho, feijão-caupi, mandioca e hortaliças (GEHRING et al, 2011, p. 128; GOMES 
et al, 2022, p. 211).
O plantio de coentro nas áreas amostradas foi feito de maneira tradicional, por meio de 
cultivo orgânico, sem uso de agrotóxicos, visando a conservação do agrossistema. Os can-
teiros continham cerca de 10 metros de comprimento, 1 metro de largura e 30 cm de altura, 
preparados manualmente pelos produtores. As sementes foram plantadas em sulcos transver-
sais, distanciados em 20 cm entre eles, com uma profundidade de aproximadamente2,0 cm.
A adubação foi feita principalmente com esterco bovino, com aproximadamente 20 
kg/m2. As plantas foram irrigadas diariamente utilizando o método de irrigação por super-
fície. As plantas daninhas foram controladas por capina manual entre e dentro das fileiras, 
uma ou duas vezes por mês, dependendo do nível de infestação. A colheita do coentro foi 
feita aos 35 dias após o plantio, sendo arrancada a planta por inteiro do solo.
Amostragem e avaliação da composição florística das plantas daninhas
As coletas das plantas daninhas foram realizadas no segundo semestre de 2021, nas 
áreas delimitadas do município de Bacabal (no dia 15 de outubro, em Areal e no dia 22 
de outubro, em Catucá). E nas áreas pertencentes ao município de São Luís Gonzaga do 
Maranhão, as amostras foram coletadas no primeiro semestre de 2022 (no dia 24 de maio, 
em Centro da Josina e no dia 13 de junho, em Coheb).
As amostragens foram feitas pelo método do quadro inventário, por meio de um dispo-
sitivo de ferro vazado com as dimensões de 80 cm x 50 cm, perfazendo uma área amostral 
de 0,40 m². O dispositivo foi lançado aleatoriamente 30 vezes sobre os canteiros de cultivo 
do coentro em cada área, totalizando 12 m2 em cada local de cultivo. Assim, foram feitos 
120 lançamentos em todo o estudo.
As plantas encontradas no perímetro do dispositivo foram arrancadas e armazena-
das dentro de sacolas plásticas enumeradas de 1 a 30, representando cada lançamento 
ou área amostral. Após a coleta, as plantas foram separadas, identificadas e contadas por 
espécie. Dessa forma, as informações foram organizadas em planilhas do software Excel® 
colocando-se o nome científico de cada espécie, o número de indivíduos e o nome das fa-
mílias botânicas. A identificação das espécies foi feita por meio de comparações com outras 
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espécies já identificadas na literatura (LORENZI, 2008) e também por meio de consultas a 
especialistas em botânica sistemática.
A lista florística com famílias e espécies foi organizada de acordo com o sistema de 
classificação estabelecido nas diretrizes do Angiosperm Phylogeny Group IV (APG IV, 2016, 
p. 1). Todos os nomes científicos e seus autores foram confirmados após verificação no 
International Plant Names Index (IPNI, 2022).
Cálculo dos parâmetros fitossociológicos
Os dados quantitativos obtidos a partir das coletas das espécies de plantas daninhas, 
como, por exemplo, o número de indivíduos e número de amostras, serviram para o cálculo 
dos parâmetros fitossociológicos, incluindo os valores absolutos e relativos de Densidade, 
Frequência, Abundância e o Valor de Importância de cada espécie.
A Densidade mostra o número de indivíduos de cada espécie por unidade de 
área. A Frequência permite avaliar a distribuição das espécies na área. A Abundância mostra 
a relação entre o número total de indivíduos de uma espécie e o número total de unidades 
amostrais que contém a espécie. A Frequência, a Densidade e a Abundância relativas infor-
mam a relação de cada espécie com as outras encontradas na área. O Valor de Importância 
indica quais são as espécies mais importantes na área estudada sob o ponto de vista quan-
titativo e qualitativo (AMORIM; MESQUITA, 2019, p. 5).
Os parâmetros fitossociológicos foram calculados utilizando as seguintes fórmulas 
(MULLER-DOMBOIS; ELLEMBERG, 1974, apud ALMEIDA; FERRÃO, 2022, p. 43):
Frequência Absoluta (FA) FAi = !"#
!"$
FAi = Frequência absoluta da espécie i
NUi = Número de unidades amostrais com a presença da espécie i
NUT = Número total de unidades amostrais
Frequência Relativa (FR) FRi = 
𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹
∑𝐹𝐹𝐹𝐹
	×100	
FRi = Frequência relativa da espécie i
FAi = Frequência absoluta da espécie i
∑ FA = Soma de todas as frequências absolutas
Densidade Absoluta (DA) DAi = 
𝑁𝑁𝑁𝑁
𝐴𝐴
	
DAi = Densidade absoluta da espécie i
Ni = Número total de indivíduos da espécie i
A = Área amostrada em m2
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Densidade Relativa (DR) DRi = !"#∑ !" 	×100
DRi = Densidade relativa da espécie i
DAi = Densidade absoluta da espécie i
∑ DA = Soma de todas as densidades absolutas
Abundância Absoluta (ABA) ABAi = !"!#$"
ABAi = Abundância absoluta da espécie i
Ni = Número total de indivíduos da espécie i
NUTi = Número total de unidades amostrais que contém a espécie i
Abundância relativa (ABR) ABRi = !"!#
	∑ !"!	
	×100
ABRi = Abundância relativa da espécie i
ABAi = Abundância absoluta da espécie i
∑ ABA = Soma de todas as abundâncias absolutas 
Valor de Importância (VI) = 𝐹𝐹𝐹𝐹 + 𝐷𝐷𝐹𝐹 + 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐹𝐹
FR = Frequência relativa
DR = Densidade relativa
ABR = Abundância relativa
Avaliação da Diversidade florística
A Diversidade Florística de cada área de cultivo de coentro foi avaliada por meio 
do cálculo do Índice de Diversidade de Shannon (H’) com base no logaritmo natural, que 
considera o peso igual entre as espécies raras e abundantes. Tendo em conta que quanto 
maior o valor de H’, maior a Diversidade Florística (SHANNON; WEAVER, 1949). O Índice 
de Diversidade de Shannon foi calculado pela fórmula:
𝐻𝐻𝐻 = −%𝑝𝑝𝑝𝑝 ln 𝑝𝑝𝑝𝑝
!
"#$
Onde:
H’ = Índice de Diversidade de Shannon;
S = Número de espécies (a riqueza de espécies);
Pi = Proporção de indivíduos da espécie i com relação ao total de indivíduos (isto é, a 
abundância relativa da espécie);
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Pi = !"
#
ni = Número de indivíduos amostrados da espécie i;
ln = Logaritmo natural;
N = Número de todos os indivíduos de todas as espécies.
Assim, o resultado é expresso em dígitos naturais (nats) por indivíduo, pois a fórmula 
usa uma base logarítmica e. O Índice de Diversidade de Shannon varia de 1,5 a 3,5 e difi-
cilmente ultrapassa 4,0 (KWAK; PETERSON, 2007, p. 699).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em todo o estudo, foram coletados 6727 indivíduos pertencentes a 54 espécies de 24 
famílias (Tabela 1).
O número de espécies encontrado neste estudo é maior do que aquele encontrado por 
BANDA et al, 2011, na Colômbia (n = 15), e por JIBAT et al, 2019, na Etiópia (n = 22). A di-
ferença no número de espécies registradas entre as áreas cultivadas pode ser explicada 
pelo histórico das áreas, pelo tempo de cultivo do coentro e pelas práticas de manejo das 
plantas daninhas utilizadas pelos produtores. 
Tabela 1. Lista de espécies, famílias e número de indivíduos de plantas daninhas no cultivo de coentro nas quatro áreas 
de todo o estudo, no município de Bacabal e São Luís Gonzaga do Maranhão, estado do Maranhão
Espécies Famílias
Números de Indivíduos
Bacabal S. L. Gonzaga
Areal Catucá Centro da Josina Coheb
Trianthema portulacastrum L. AIZOACEAE 22 43 2 59
Alternanthera tenella Colla AMARANTHACEAE 102 48 155 10
Amaranthus lividus L. AMARANTHACEAE 15 17 303 93
Spondias mombin L. ANARCADIACEAE - - - 8
Ageratum conyzoides L. ASTERACEAE 2 - - -
Bidens subaltelrnans DC. ASTERACEAE 1 - - -
Eclipta alba (L.) Hassk. ASTERACEAE 26 25 - -
Emilia coccínea (Sims) G. Don ASTERACEAE 13 5 4 49
Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. ASTERACEAE - 148 2 -
Xanthium strumarium L. ASTERACEAE - 1 - -
Cleome affinis DC. BRASSICACEAE - 10 - 1
Carica papaya L. CARICACEAE - - - 1
Commelina benghalensis L. COMMELINACEAE 58 134 70 20
Commelina erecta L. COMMELINACEAE - - 1 -
Murdannia nudiflora (L.) Brenan COMMELINACEAE 18 86 14 9
Ipomoea triloba L. CONVOLVULACEAE 2 - 6 -
Ipomoea ramosíssima (Poir.) Choisy CONVOLVULACEAE - 3 - -
Momordica charantia L. CUCURBITACEAE - - 38 -
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Espécies Famílias
Números de Indivíduos
Bacabal S. L. Gonzaga
Areal Catucá Centro da Josina Coheb
Cyperus iria L. CYPERACEAE 163 346 35 186
Fimbristylis miliacea (L.) Vahl CYPERACEAE 7 - - -
Kyllinga odorata Vahl CYPERACEAE - - - 22
Chamaesyce hirta (L.) Millsp. EUPHORBIACEAE 8 39 38 129
Chamaesyce prostrata (Aiton) Small EUPHORBIACEAE 14 - - 2
Calopogonium mucunoides Desv. FABACEAE 1 1 10 -
Crotalaria spectabilis Roth FABACEAE 1 2 - -
Desmodium incanum DC. FABACEAE 1 - - -
Mimosa pudica L. FABACEAE - 3 - -
Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby FABACEAE - 5 - -
Lindernia crustácea (L.) F. Muell. LINDERNIACEAE 2 1 16 51
Spigelia anthelmia L. LOGANIACEAE - 1 - -
Sida cordifolia L. MALVACEAE 15 114 70 5
Sida glaziovii K. Schum. MALVACEAE 3 - - -
Sida rhombifolia L. MALVACEAE 1 - 3 -
Urena lobata L. MALVACEAE 5 1 - -
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P. H. Raven ONAGRACEAE 11 32 241 80
Phyllanthus niruri L. PHYLLANTHACEAE 56 73 332 1044
Peperomia pelucida (L.) Kunth PIPERACEAE - - 5 3
Stemodia verticillata (Mill.) PLANTAGINACEAE - - 2 8
Digitaria ciliaris (Retz.) Koeler POACEAE 6 29 6 -
Echinochloa colona (L.) Link POACEAE - - - 6
Echinochloa crus-galli (L.) P. Beauv. POACEAE - 1 - -
Eleusine indica L. POACEAE 145 176 45 201
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. POACEAE - - - 15
Eragrostis pilosa (L.) P. Beauv POACEAE - - - 4
Megathyrsus maximus (Jacq.) B. K. Simon & S. W. L. Jacobs POACEAE - - - 8
Portulaca oleracea L. PORTULACACEAE 353 21 21 50
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. PORTULACACEAE 2 13 - 30
Talinum triangulare (Jacq.) Willd. PORTULACACEAE - - - 19
Hedyotis corymbosa L. RUBIACEAE - - 59 548
Spermacoce palustres (Cham. & Schlldtl.) RUBIACEAE - - 8 -
Physalis angulata L. SOLANACEAE 5 1 4 9
Urtica dioica L. URTICACEAE - - 7 110
Espécie não identificada 1 ** - - - 12
Espécie não identificada 2 ** - - - 1
Fonte: De autoria própria, 2022.
As três famílias que apresentaram a maior riqueza de espécies foram Poaceae (n = 7), 
Asteraceae (n = 6) e Fabaceae (n = 5) (Figura 1). Entretanto, a espécie que apresentou o 
maior número de indivíduos foi Phyllanthus niruri L., pertencente à família Phyllanthaceae, 
com 1505, representando 22,4% de todos os indivíduos coletados. Tal quantidade ocor-
reu principalmente pela alta infestação dessa população encontrada na área de cultivo de 
Coheb, onde registrou-se 1044 indivíduos dessa espécie, um número muito alto em compa-
ração com o que foi identificado nas outras áreas. Isso ser explicado pelo comportamento 
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adaptativo dessa espécie, fácil reprodução e mecanismos alelopáticos (GÖTTERT, 2014 
apud FERREIRA, 2019, p. 87).
A riqueza de espécies da família Poaceae está relacionada à forma como a maioria de 
suas espécies cresce formando touceiras densas ou a presença de indivíduos rizomatosos 
e estoloníferos amplamente dispersos na comunidade de plantas daninhas. Esta é consi-
derada uma das principais características da dominância desta família em muitos campos 
de cultivo (MUNHOZ; FELFILI, 2006, p. 682). 
A família Asteraceae contém espécies que produzem muitas sementes pequenas, que 
tem como principal característica, a facilidade de dispersão pelo vento, facilitando a forma-
ção de bancos de sementes no solo, a germinação e o crescimento em áreas cultivadas 
(KURDIOKOVA, 2018, p. 156).
Por outro lado, espécies da família Fabaceae apresentam cumarinas, ácidos fenólicos, 
flavonoides, alcaloides, terpenóides e taninos como constituintes químicos, sendo notório 
que tais substâncias despontam uma capacidade alelopática, como por exemplo na espécie 
Calopogonium mucunoides Desv. (OLIVEIRA et al, 2020, p. 65).
Figura 1. Composição florística das comunidades de plantas daninhas registradas em todas as quatros áreas de cultivo do 
coentro, onde foram realizadas as coletas, no município de Bacabal e São Luís Gonzaga do Maranhão, estado do Maranhão.
Fonte: De autoria própria, 2022.
Estudos feitos por AMORIM; MESQUITA, 2019, com outra hortaliça nos mesmos polos 
de produção, realizados no cultivo de cebolinha, mostraram que muitas espécies de plan-
tas daninhas são similares às encontradas no cultivo do coentro. No entanto, os resultados 
diferem quando se compara as famílias que apresentaram maior representatividade com 
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relação a riqueza de espécies, por exemplo, no cultivo da cebolinha, as famílias que tiveram 
a maior riqueza de espécies foram Poaceae (n = 7), Cyperaceae (n= 6) e Asteraceae (n = 3), 
enquanto que no cultivo do coentro as famílias com maior riqueza de espécies foram Poaceae 
(n = 7), Asteraceae (n = 6) e Fabaceae (n = 5). Entretanto, apesar da diferença entre as três 
famílias que mais se destacaram nos dois estudos, a família Poaceae apresentou a maior 
quantidade de espécies em ambos, devido principalmente às características adaptativas e 
alta capacidade de competição das espécies representantes desta família.
O maior número de indivíduos, 2793 (41,5%) foi registrado na horta familiar na 
Comunidade Rural Coheb, em São Luís Gonzaga (Tabela 1), assim como também a maior 
quantidade de espécies, em comparação com as demais localidades (N = 32). A diferença 
no número de espécies registradas entre os locais, pode ser explicada pelo histórico das 
áreas, pelo tempo de cultivo do coentro, pelas práticas de manejo das plantas daninhas, 
utilizadas pelos produtores e, pelo nível de degradação.
Das 54 espécies registradas neste estudo, 15 (27,8%) foram comuns às quatro áreas de 
cultivo: Alternanthera tenella, Amaranthus lividus, Chamaesyce hirta, Commelina benghalen-
sis, Cyperus iria, Eleusine indica, Emilia coccínea, Lindernia crustácea, Ludwigia octovalvis, 
Murdannia nudiflora, Phyllanthus niruri, Physalis angulata, Portulaca oleracea, Sida cordifolia 
e Trianthema portulacastrum. Isso indica que além de possuírem uma grande capacidade de 
adaptação a diferentes locais, estas espécies também apresentam uma notável tolerância 
ao estresse imposto pelo manejo de plantas daninhas utilizado pelos agricultores.
Por outro lado, cinco espécies foram registradas somente em Areal: Ageratum cony-
zoides, Bidens subalternans, Desmodium incanum, Fimbristylis miliacea e Sida glazio-
vii. Do mesmo modo, seis espécies foram registradas apenas em Catucá: Echinocchloa 
crus-galli, Ipomoea ramosíssima, Mimosa pudica, Senna obtusifolia, Spigelia anthelmia, 
e Xanthium strumarium. Em Centro da Josina foram registradas três espécies particula-
res: Commelina erecta, Momordica charantia e Spermacoce palustris. E em Coheb houve 
a ocorrência de oito espécies particulares desta área em comparação com as demais: 
Carica papaya, Echinochloa colona, Eragrostis ciliaris, Eragrostis pilosa, Kyllinga odorata, 
Megathyrsus maximus, Spondias mombin e Talinum triangulare.
Com base no Valor de Importância, obtido a partir do somatório da densidade relativa, 
frequência relativa e abundância relativa (Tabela 2), das espécies coletadas em Areal, des-
tacam-se Portulaca oleracea (VI = 67,12), Cyperus iria (VI = 34,43) e Eleusine indica (VI = 
31,32). Já em Catucá, as espécies que apresentaram maior importância foram Cyperus iria 
(VI = 48,49), Eleusine indica (VI = 29,33) e Synedrella nodiflora (VI = 26,04). Em Centro da 
Josina, as espécies com maior valor de importância foram Phyllanthus niruri (VI = 45,62), 
Amaranthus lividus (VI = 42,29) e Ludwigia octovalvis (VI = 36,81). E por fim, em Coheb 
destacaram-se as espécies Phyllanthus niruri (VI = 71,16), Hedyotis corymbosa (VI = 41,22) 
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os produtores devem ter o maior cuidado e preocupação quando forem implantar os mé-
todos de controle.
Tabela 2. Densidade relativa, Frequência relativa, Abundância relativa e Valor de Importância das principais espécies 
das comunidades de plantas daninhas coletadas no cultivo do coentro, nos quatro polos de produção de hortaliças, nos 
municípios de Bacabal e São Luís Gonzaga do Maranhão, estado do Maranhão, 2022.
Bacabal – MA
Areal Catucá
Espécies DR (%) FR (%) ABR (%) VI Espécies DR (%) FR (%) ABR (%) VI
Portulaca oleracea 33,3 7,0 26,7 67,1 Cyperus iria 25,1 10,2 13,2 48,5
Cyperus iria 15,4 11,5 7,5 34,4 Eleusine indica 12,8 8,6 7,9 29,3
Eleusine indica 13,7 8,0 9,6 31,3 S. nodiflora 10,7 6,7 8,6 26,0
Alternanthera tenella 9,6 6,5 8,3 24,5 C. benghalensis 9,7 10,2 5,1 25,0
Phyllanthus niruri 5,3 10,5 2,8 18,6 Sida cordifolia 8,3 7,1 6,3 21,6
São Luís Gonzaga – MA
Centro da Josina Coheb
Espécies DR (%) FR (%) ABR (%) VI Espécies DR (%) FR (%) ABR (%) VI
Phyllanthus niruri 22,2 9,5 14,0 45,6 Phyllanthus niruri 37,4 7,7 26,1 71,2
Amaranthus lividus 20,2 10,2 11,9 42,3 H. corymbosa 19,6 7,4 14,2 41,2
Ludwigia octovalvis 16,1 7,0 13,7 36,8 Eleusine indica 7,2 7,7 5,2 19,9
Alternanthera tenella 10,3 6,3 9,8 26,4 Cyperus iria 6,7 7,7 4,6 19,0
Sida cordifolia 4,7 7,7 3,6 16,0 Chamaesyce hirta 4,6 6,1 4,0 14,8
Fonte: De autoria própria, 2022.
Figura 2. Espécies de plantas daninhas que se destacaram, com base no Valor de Importância, nas quatros áreas de 
estudo: Areal, Catucá, no município de Bacabal e Centro da Josina e Coheb no município São Luís Gonzaga, estado do 
Maranhão, 2022.
Plantas daninhas mais importantes, em Areal: a – Portulaca oleracea, b – Cyperus iria, c – Eleusine indica; em Catucá: d – Cyperus iria, e 
– Eleusine indica, f – Synedrella nodiflora; em Centro da Josina: g – Phyllanthus niruri, h – Amaranthus lividus, i – Ludwigia octovalvis; em 
Coheb: j – Phyllanthus niruri, k – Hedyotis corymbosa, l – Eleusine indica.
Fonte: De autoria própria, 2022.
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A maior diversidade florística, fundamentada no Índice de Diversidade de Shannon, foi 
encontrada no Polo de Produção de Catucá (H’ = 2,48), ficando à frente da Horta familiar 
em Centro da Josina (H’ = 2,36), seguido pelo Polo de Produção de Areal (H’ = 2,23) e pela 
Horta familiar em Coheb (H’ = 2,21), respectivamente. Sendo que todos os índices obtidos 
estão dentro da variação prevista por KWAK; PETERSON, 2007, quanto aos valores obtidos 
a partir do cálculo do Índice de Diversidade de Shannon.
CONCLUSÕES
No cultivo do coentro em Bacabal e São Luís Gonzaga do Maranhão, constatou-se a 
ocorrência de 54 espécies de plantas daninhas, distribuídas em 24 famílias, com a maior 
incidência de espécies pertencentes às famílias Poaceae, Asteraceae e Fabaceae, eviden-
ciando uma maior riqueza de espécies nessas famílias, justificada pelos mecanismos de 
adaptação, reprodução e alelopáticos de representantes dessas famílias.
As espécies mais importantes no cultivo de coentro em Bacabal, no Polo de Produção 
de Areal, baseadas no Valor de Importância foram, em ordem decrescente, Portulaca olera-
cea, Cyperus iria e Eleusine indica, e em Catucá, foram as espécies Cyperus iria, Eleusine 
indica e Synedrella nodiflora. Por outro lado, em São Luís Gonzaga, no Centro da Josina, 
as espécies mais importantes foram Phyllanthus niruri, Amaranthus lividus e Ludwigia oc-
tovalvis, e em Coheb, destacaram-se Phyllanthus niruri, Hedyotis corymbosa e Eleusine 
indica. Isso indica, que na prática, os agricultores locais terão que lidar mais com indivíduos 
dessas espécies, assim, deverão optar por um tipo de manejo que melhor se adeque às 
características fisiológicas e reprodutivas deste grupo de plantas daninhas.
A diversidade florística das espécies de plantas daninhas coletadas variou entre as 
quatro áreas de estudo, sendo o polo de produção de Catucá a área que apresentou maior 
valor do Índice de Diversidade de Shannon (H’ = 2,48).
Assim, esses resultados podem subsidiar a definição de estratégias de manejo de 
plantas daninhas mais adequadas e sustentáveis para o cultivo de coentro na microrregião 
do Médio Mearim, estado do Maranhão.
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'10.37885/230312549
08
PRODUÇÃO DE ÁCIDO CHIQUÍMICO A PARTIR DE 
FONTES ALTERNATIVAS AO ILLICIUM SPP. 
Marcus Barifouse Matallo
Instituto Biológico, Campinas
Sydney Dionísio Batista de Almeida
Instituto Biológico, Campinas
Daniel Andrade de Siqueira Franco
Instituto Biológico, Campinas
Sonia Claudia do Nascimento de Queiroz
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna
Antonio Luiz Cerdeira
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna
https://dx.doi.org/10.37885/230312549
RESUMO
O interesse pelo ácido chiquímico (SA) tem apresentado um forte incremento nos últimos 
anos devido à crescente demanda da indústria farmacêutica e cosmética. O SA é utilizado 
como um precursor para a síntese do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®), um potente inibidor 
viral. Este ácido é extraído principalmente da planta Illicium verum Hook. A disponibilidade 
desta planta é um fator limitante para o crescimento do mercado no futuro próximo. Este 
artigo propõe fontes alternativas e viáveis para a produção do SA como Eichornia crassipes, 
Ginkgo biloba, Criptomeria japonica, Urocloa plantaginea, Zea mays, Glycine max e Pinus 
silvestrys. Assim, mais atenção deve ser dada ao desenvolvimento de tecnologias eficien-
tes para a produção de ácido chiquímico, bem como encontrar fontes alternativas para sua 
extração e purificação.
Palavras-chave: Produção, Ácido Chiquímico, Illicium spp. 
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INTRODUÇÃO
O recente surto de COVID 19, relatado em dezembro de 2019 seguido pelo anúncio 
de alerta epidemiológico, que atingiu milhares de pessoas na China e, posteriormente pela 
disseminação desenfreada da doença a nível mundial, levou a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) declarar em março de 2020 o surto do novo coronavírus como uma pandemia 
global (CUcinotta & Vareli, 2020). Em 26 de novembro de 2021, a OMS designou a variante 
denominada Ômicron e que apresenta um grande número de mutações; outras variantes 
ainda estão em circulação. Atualmente, de acordo com a OMS estão registrados mais de 
750 milhões de casos com um número de mortes superior a seis milhões de pessoas em 
todo mundo (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 2023).
Em meio à situação emergencial de pandemia, os medicamentos antivirais comumente 
usados na prática clínica estão sendo investigados para o tratamento de pacientes infecta-
dos pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), com o objetivo de avaliar seu efeito isolado ou 
em associação com outros medicamentos no tratamento da Covid-19. O oseltamivir é um 
inibidor potente e seletivo das neuraminidases indicado na prevenção e tratamento de gripe 
por vírus influenza A e vírus influenza B 2 (Stein et. al., 2020).
Embora com restrições, estudos mostram que oseltamivir em combinação com regime 
de terapia de rotina ou combinado no regime de tratamento quando ocorrer influenza, mos-
trou-se mais eficaz em comparação com o regime de terapia de rotina isolado, com rápida 
recuperação e alta hospitalar precoce, sendo associado a uma menor taxa de mortalidade 
(Zendehdel et. al., 2022).
O fosfato de oseltamivir, é um fármaco semi-sintético, produzido a partir do ácido chi-
químico (Figura 1) que é comercializado pela ROCHE sob o nome comercial de TAMIFLU® 
contra diversas variantes de vírus influenza, incluindo o H1N1 e H5N1, sendo considerado 
como o mais eficiente tratamento contra a gripe aviária (KRAMER et. al., 2003 ).
O ácido chiquímico, isolado pela primeira vez por Eykmann em 1885 em plantas Ilicium 
religiosum (CHEN, 2014), é uma substância química escassa e de alto custo, obtida princi-
palmente a partir de sementes de Ilicium verum, um arbusto nativo da China popularmen-
te conhecido como estrela chinesa, e I. anisatum nativo do Japão (SADAKA & GARCIA, 
1999). A produção anual de ácido chiquímico é insuficiente para produzir a quantidade 
de Tamiflu® necessária no caso de uma pandemia (BRADLEY, 2005). Existe, portanto, a 
necessidade urgente da produção de grandes quantidades desse ácido a partir de fontes 
diferentes do Ilicium spp.
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Figura 2. Estrutura química do ácido chiquímico.
Qual o objetivo?
Usou qual metodologia ? 
FONTES ALTERNATIVAS DE OBTENÇÃO DE ÁCIDO CHIQUÍMICO
A diversificada gama de vias biossintéticas em plantas e microrganismos contribui 
significativamente para o fornecimento de uma variedade de estruturas que são a base 
fundamental de muitos produtos químicos de grande interesse pelo mundo. A capacida-
de de produzir produtos valiosos por meio de processos biológicos, utilizando diversos 
microrganismos e plantas tem se mostrado uma versátil e promissora rota para obtenção 
de fontes de matéria prima. Assim, as indústrias químicas estão percebendo a utilidade de 
biossistemas para mediar efetivamente a conversão química para a produção de compostos 
bioativos importantes (RAWAT et al 2013 ). O ácido chiquímico é um metabolito primário, 
amplamente distribuído nas plantas, tendo sido identificado em diversas plantas angiosper-
mas e gimnospermas. Porconta disso, o ácido chiquímico é um produto químico valioso 
que tem atraído a atenção mundial devido à sua aplicação farmacêutica, sendo considerado 
como “commodity químico” (Frost et al. 2001 ). A seguir estão descritos alguns exemplos de 
espécies produtoras de ácido chiquímico.
Eichorni crassipes
De acordo com Cardoso (2014), Eichornia crassipes pode ser considerada uma fonte 
promissora de ácido chiquímico; analisando extratos metanólicos e aquosos das partes aé-
reas e das raízes dessa macrófita aquática por CLAE-DAD, em comparação com I. verum, 
verificou que, apesar das vagens de Illicium verum renderem 3,3% de ácido chiquímico e 
das partes aéreas de E. crassipes renderem 2,26%, esta última possui a vantagem de ter 
desenvolvimento mais rápido além de alta produção de biomassa, enquanto que I. verum 
cresce quase que exclusivamente em quatro províncias montanhosas no sudoeste da China, 
e suas vagens são colhidas somente entre no período de março a maio. E. crassipes dobra 
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sua área a cada 6-7 dias, quando em condições ótimas de crescimento, chegando a produzir 
480 toneladas de massa verde/ha/ano (Moura et al., 2009 ).
Ginkgo biloba
Numerosas plantas medicinais contêm ácido chiquímico, uma vez que é um importante 
intermediário bioquímico na biossíntese de aminoácidos. Nesse contexto, USUKI et al (2011) 
extrairam ácido chiquímico de folhas de Ginkgo biloba representando 2,64% em peso seco, 
consequentemente a um fornecimento conveniente de ácido chiquímico, permitindo assim 
a produção de maiores quantidades do agente antiviral Tamiflu.
Criptomeria japônica
Trabalhos desenvolvidos conjuntamente pelo Instituto Biológico e Embrapa Meio 
Ambiente, mostraram que Criptomeria japonica, espécie conífera arbórea de grande porte 
revelou ser uma fonte renovável e confiável de ácido chiquímico, com uma concentração 
média de 56,36 mg.kg-1 desse ácido na sua biomassa foliar seca (representando 5,64% em 
peso seco), frente a 96,57 mg.kg-1 encontrada na semente de I. verum (Cerdeira et al, 2020), 
com a vantagem de ter um rápido crescimento e boa adaptação ao clima e solo da região 
sul do Brasil, permitindo sua ampla produção em escala comercial (Kratz, 2011).
APLICAÇÃO DE SUBDOSE DE GLIFOSATO PARA INDUÇÃO DA PRO-
DUÇÃO DE ÁCIDO CHIQUÍMICO
A via metabólica do chiquimato, exclusiva de plantas e microorganismos, é a res-
ponsável pela produção dos aminoácidos aromáticos tirosina e fenilalanina. O glifosato 
é um potente herbicida cujo mecanismo de ação atua por inibição competitiva da enzima 
5-enolpiruvilshikimato-3-fosfato sintase (EPSPS), que catalisa uma etapa essencial na via 
biossintética dos aminoácidos aromáticos. Com o aumento da comercialização de culturas 
geneticamente modificadas (GM) resistentes ao glifosato, é importante investigar a relação 
entre o uso desse herbicida e sua relação com o ácido chiquímico. A medição do acúmulo 
de ácido chiquímico em resposta à inibição de EPSPS pelo glifosato é um ensaio rápido 
e preciso para quantificar a concentração desse ácido nas plantas por meio da técnica de 
Cromatografia Líquida de Alta eficiência (HPLC).
Acúmulo de ácido chiquímico foi observado por MUELLER et al (2003 ) em populações 
suscetíveis e resistentes ao glifosato de Conyza canadensis tratadas com esse herbicida, 
com diferenças nas concentrações entre os biótipos, uma vez que naqueles resistentes a 
concentração de ácido chiquímico decaiu 40% no período de 2 a 4 dias após a aplicação do 
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produto, enquanto que nos biótipos suscetíveis de C. canadensis observou-se um aumento 
de 35% na concentração desse ácido no mesmo período.
Visando determinar a inibição de EPSPs, com base no acúmulo de ácido chiquímico 
em biótipos de C. bonariensis resistentes e suscetíveis ao glifosato, VARGAS et al (2014), 
empregando a metodologia descrita por Matallo et al (2009) verificaram que o acúmulo de 
ácido chiquímico ocorreu em ambos os biótipos após a aplicação do glifosato, mas o biótipo 
suscetível apresentou as maiores concentrações, indicando maior sensibilidade da enzima 
EPSPs. Resultado semelhante foi observado por FRANCO et al (2012 ) ao relatarem o 
acúmulo de ácido chiquímico em soja transgênica resistente ao glifosato.
Buscando induzir a produção de ácido chiquímico em plantas de Urocloa plantaginea 
tratadas com glifosato, como fonte alternativa de matéria prima para a produção de Tamiflu, 
ALMEIDA et al. (2020) observaram um crescimento exponencial nas concentrações de ácido 
chiquímico aos 6 dias após a aplicação de glifosato a 36 g.e.a.ha-1, representando, segundo 
COSTA et al. (2016) um aumento médio de 345% em relação às plantas não tratadas.
MATALLO et al. (2014) verificaram um aumento de 969% e 33000% na concentração 
de ácido chiquímico em milho e soja, respectivamente, quando tratadas com subdoses de gli-
fosato de 230 g.e.a.ha-1, quando comparadas com as plantas não tratadas, demonstrando o 
potencial uso desse herbicida como indutor na exploração de fontes alternativas de ácido chi-
químico, e consequentemente para a produção de Oseltamivir, com baixo impacto ambiental.
EXTRAÇÃO DE ÁCIDO CHIQUÍMICO DE PLANTAS E MICRORGANIS-
MOS
Diversos métodos têm sido testados para a extração e purificação do ácido chiquímico 
a partir de plantas e microorganismos. O ácido chiquímico é altamente solúvel em água (189 
g.L-1 a 20 oC) porém insolúvel em solvente apolar (GHOSH et al., 2012), dessa forma a ex-
tração com água quente a partir de tecidos vegetais tem se mostrado eficiente. Um método 
simples e rápido baseado na extração utilizando água quente (45 a 75 oC) como solvente foi 
empregado em acículas de Pinus silvestrys e produziu 1,6% de ácido chiquímico (p/p) (SUI, 
2008). Outro método simples, rápido e eficiente foi obtido utilizando a extração assistida por 
microondas (MWAE) do ácido chiquímico em plantas de cana de açúcar, soja e U. plantaginea 
fortificadas, usando como solvente água acidificada e posterior separação e quantificação 
por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detecção por Arranjo de Diodos (HPLC-
DAD). Este último foi desenvolvido por MATALLO et al. (2009) obtendo recuperações com 
eficiência acima de 90% e ótima seletividade (cromatogramas livres de interferentes).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ácido chiquímico é o intermediário chave na via de biossíntese de aminoácidos 
aromáticos. É um composto quiral economicamente importante usado como um bloco de 
construção para a síntese de diferentes fármacos e produtos cosméticos. No entanto, seu 
mais importante uso é como substrato para indústrias na síntese do Tamiflu, cuja demanda 
tem aumentado consideravelmente, não alcançando a necessidade global. Portanto, mais 
atenção deve ser dada ao desenvolvimento de tecnologias eficientes para a produção de 
ácido chiquímico, bem como encontrar fontes alternativas para sua extração e purificação.
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amsu.2022.103679
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'10.37885/230111799
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PRODUÇÃO DE SABONETE LÍQUIDO UTILIZANDO 
EXTRATOS DE ANDIROBA E MULATEIRO POR 
MEIO DA APLICAÇÃO DE PLANEJAMENTO 
EXPERIMENTAL
Rudyere Nascimento Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Amazonas (IFAM)
Heloide de Lima Cavalcante
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Amazonas (IFAM)
https://dx.doi.org/10.37885/230111799
RESUMO
Por suas atraentes propriedades, os extratos vegetais da região amazônica tornaram-se 
matérias-primas fundamentais para a fabricação de produtos cosméticos no mercado mun-
dial, neste contexto incluem-se os extratos de andiroba e mulateiro que possuem excelentes 
propriedades benéficas à pele. Na criação e desenvolvimento de novos produtos, o plane-
jamento fatorial apresenta-se como uma ferramenta científica eficiente a ser empregada. 
Desta forma, o objetivo deste trabalho consistiu em realizar o desenvolvimento de um sa-
bonete líquido combinando os extratos vegetais de mulateiro e andiroba, uma vez que não 
se tem conhecimento de qualquer produto que combine as ações de ambos, com o auxílio 
de planejamento experimental estatístico. Com esta ferramenta estatística foi possível ava-
liar a influência dos principais componentes da formulação (lauril, amida, anfótero, extrato 
vegetal e essência) nas propriedades físico-químicas do produto. Após o desenvolvimento 
experimental, verificou-se que a proposta de criação de um sabonete líquido com a utilização 
dos dois extratos é viável, pois não observou-se desiquilíbrio físico-químico promovido pela 
combinação nas formulações desenvolvidas. Por sua vez, a análise do planejamento fatorial 
demonstra que o lauril (lauril éter sulfato de sódio) influenciou as seguintes propriedades: 
pH, condutividade elétrica, viscosidade, densidade e resíduo seco. A amida (dietanolamina 
de ácido graxo de coco), por sua vez, influencia o pH, viscosidade e resíduo seco. O com-
ponente anfótero (anfótero bezaínico) influenciou as respostas para viscosidade, densidade 
e resíduo seco. Por fim, a essência foi significativa apenas para a resposta de resíduo seco, 
enquanto o extrato vegetal nas formulações não apresentou significância estatística nas 
respostas obtidas.
Palavras-chave: Cosméticos, Extratos Vegetais, Plantas Amazônicas.
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INTRODUÇÃO
A indústria de cosméticos tem investido, já há algum tempo, em uma promissora alter-
nativa que vem fornecendo excelentes resultados na estética e nos cuidados especiais com 
o meio ambiente: a utilização de produtos oriundos de recursos vegetais, principalmente, 
em substituição aos de origem mineral. Esta nova opção caracteriza a nova tendência de 
cosméticos ecologicamente corretos e eficazes na obtenção do padrão de beleza tão cobi-
çado na sociedade moderna (Cherubim, Martins, Fariña e Lucca, 2019).
A utilização de extratos vegetais apresenta muitos benefícios à pele. Estes compo-
nentes reagem melhor com o tecido e permitem que tanto a água, como outros princípios 
ativos existentes nos cosméticos aplicados sejam bem absorvidos. Além disso, aumentam 
a proteção da pele contra a perda excessiva de líquidos, permitem a respiração cutânea e 
assimilam a luz solar, auxiliam o restabelecimento de peles rachadas e ressecadas, norma-
lizando e reforçando a estrutura do tecido. Também causam menos reações citotóxicas e 
alérgicas. E, finalmente, são biodegradáveis, não poluem e nem agridem o meio ambiente 
(Bezerra, Rufino, Luna e Sarubbo, 2018).
Dentre os extratos vegetais mais utilizados, destacam-se aqueles oriundos da região 
amazônica, utilizados na fabricação de diversos bioprodutos. Por causa de suas atraentes 
propriedades, o mercado mundial para estes produtos encontra-se em constante expan-
são. E, desta forma, representam um segmento cada vez mais atrativo para futuros investi-
mentos no país, que atualmente tem desenvolvido arranjos políticos, econômicos e ambientais 
para a exploração deste recurso de maneira sustentável (Paiva, 2019).
A Amazônia apresenta inúmeras espécies nativas de plantas que apresentam poten-
cial econômico, tecnológico e nutricional, as quais têm despertado o interesse de estudos 
científicos em diversificadas áreas, tais como: alimentícia, farmacêutica, cosmética, aro-
matizante e essências (Pereira et. al., 2021). E dentro deste contexto, encontram-se duas 
plantas bastante conhecidas na região cujos extratos apresentam ótimos benefícios à pele 
e, portanto, possuem apreciável potencial de utilização em cosméticos. São eles: o mulateiro 
(Calycophyllum spruceanum (Benth.) Hook. f. ex K. Schum) e a andiroba(Carapa guianenses 
Aubl). A utilização da andiroba é bastante conhecida em produtos utilizados em tratamentos 
capilares com o intuito de deixar os cabelos sedosos, macios e brilhantes; e em produtos 
utilizados na pele. Os seus principais benefícios são emoliência, maciez, suavidade e res-
tauração, entre outros (Ribeiro, Costa, Lima e Silva, 2021). Por sua vez, o extrato obtido 
do mulateiro possui características antibacteriana, antioxidante, antiparasítica, repelente e 
inseticida, sendo empregada em cosméticos para eliminação de manchas, cicatrizes e pre-
venção de rugas (Dookie, Garcia, Silva, Nunez, Silva e Espinar, 2021). Os extratos dessas 
plantas são plenamente utilizados para elaboração de diversos produtos cosméticos, inclusive 
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em outros países e até mesmo em combinação com outros produtos (Pereira et. al., 2021). 
Entretanto, não foi encontrado na literatura qualquer produto que utilizasse esses dois ex-
tratos simultaneamente. Portanto, torna-se interessante a investigação da possibilidade de 
desenvolvimento de um produto que combine as propriedades de ambos.
Na criação e desenvolvimento de novos produtos, uma ferramenta científica apre-
senta-se como ótima alternativa a ser empregada, o planejamento fatorial 2k. De acordo 
com Montgomey e Runger (2009), este é um método através do qual são realizados testes 
com diferentes fatores, cada um com dois níveis, e, desta forma, os experimentos podem 
demonstrar quais fatores possuem efeito em relação ao resultado. Com isso, é possível 
determinar os parâmetros ideais a fim de obter as características desejadas para o produto 
que está sendo desenvolvido.
Desta forma, tendo em vista a disponibilidade dos recursos destas plantas e do des-
conhecimento de um produto que envolva a utilização deles simultaneamente, este trabalho 
se propôs a desenvolver um cosmético utilizando estes dois extratos com o intuito de ajudar 
a diversificar a gama de produtos com as matérias-primas da Amazônia e contribuir com os 
estudos sobre o potencial dos produtos naturais e agregar mais valor aos produtos da região.
Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho consistiu em realizar o desenvolvimento 
de um sabonete líquido combinando os extratos vegetais de mulateiro e andiroba com o 
auxílio de planejamento experimental estatístico. E os objetivos específicos foram: i) Utilizar 
os principais componentes para a formulação do sabonete líquido como fatores em um plane-
jamento fatorial; ii) Realizar a caracterização físico-química das formulações desenvolvidas; 
iii) Avaliar a influência dos componentes da formulação nas características do produto.
METODOLOGIA
Formulação cosmética
O desenvolvimento das formulações abrange a elaboração de formulações em veículos 
emulsionados, avaliando-se a obtenção de emulsões macroscopicamente estáveis, com 
valores de viscosidade variados, de pH compatível com o da pele e de características orga-
nolépticas (aspecto, cor e odor) adequadas, segundo critérios do formulador, mercadológicos 
e outros referendados pela literatura (Brasil, 2011; Minto, Vieira, Viríssimo e Miranda, 2020; 
Pires, Pires, Lopes, Aguiar, Cavalcante, Oliveira, Dourado e Morais, 2021).
Neste trabalho, a composição demonstrada na Tabela 1 foi estabelecida como ponto 
central para a produção das diferentes formulações de sabonete líquido. A partir dela foram 
definidos, então, os níveis para os componentes estabelecidos como fatores no planejamento 
fatorial (Monteiro, Tavares e Vasconcelos, 2020; Silva, Santos e Vasconcelos, 2021).
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Tabela 1. Composição estabelecida como ponto central.
Componente Concentração (% p/p)
Lauril éter sulfato de sódio (lauril) 20
Dietanolamina de ácido graxo de coco a 80% (amida) 3
Anfótero betaínico (anfótero) 3
Combinado de extratos vegetais de andiroba e mulateiro 2
Essência de mulateiro 2
Metilparabeno 0,15
Propilparabeno 0,05
EDTA 0,01
Água destilada q.s.p.
Fonte: Autores.
Dentre os componentes utilizados, metilparabeno, propilparabeno e ácido etilenodiamino 
tetra-acético (EDTA) já estão em sua concentração fixa, não sendo permitida a utilização 
de níveis mais elevados do que aqueles apresentados na Tabela 1 para estes itens. Desta 
forma, foram estabelecidas como fatores as matérias-primas que permitiam variação em sua 
proporção. São elas: lauril, amida, anfótero, extrato e essência; totalizando cinco fatores, 
cada qual com dois níveis (Tabela 2). Também foi realizada a triplicata no ponto central do 
planejamento fatorial, portanto o resultado do experimento é definido com a utilização de 35 
formulações (Tabela 3). Ao todo, foram preparadas 150 gramas para cada formulação, quan-
tidade necessária de amostra para a realização das análises organolépticas e físico-químicas.
Tabela 2. Fatores e níveis utilizados no planejamento fatorial 25.
Fatores Nível Inferior (-1) Ponto Central (0) Nível Superior (+1)
Lauril 15% 20% 25%
Amida 1% 3% 5%
Anfótero 1% 3% 5%
Extrato 1% 2% 3%
Essência 1% 2% 3%
Fonte: Autores.
Tabela 3. Combinações entre os diferentes níveis e fatores. 
Formulações Lauril Amida Anfótero Extrato Essência
1 1 1 -1 1 -1
2 -1 -1 -1 1 1
3 -1 1 -1 1 -1
4 -1 -1 1 1 1
5 1 1 1 1 1
6 1 1 -1 -1 1
7 1 1 1 -1 -1
8 -1 -1 1 -1 1
9 -1 -1 -1 1 -1
10 -1 1 1 1 1
11 -1 1 -1 -1 1
12 -1 1 1 -1 1
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Formulações Lauril Amida Anfótero Extrato Essência
13 1 -1 1 1 1
14 -1 -1 1 -1 -1
15 1 1 -1 1 1
16 -1 -1 -1 -1 1
17 1 -1 -1 1 1
18 1 -1 -1 1 -1
19 -1 -1 1 1 -1
20 -1 1 1 1 -1
21 1 -1 1 -1 1
22 1 1 1 -1 1
23 1 -1 1 -1 -1
24 1 -1 -1 -1 -1
25 1 1 -1 -1 -1
26 -1 1 1 -1 -1
27 -1 1 -1 -1 -1
28 1 1 1 1 -1
29 1 -1 -1 -1 1
30 -1 1 -1 1 1
31 1 -1 1 1 -1
32 -1 -1 -1 -1 -1
33 0 0 0 0 0
34 0 0 0 0 0
35 0 0 0 0 0
Fonte: Autores.
Como resposta deste planejamento fatorial, foram realizadas medições de pH, conduti-
vidade elétrica, viscosidade, densidade específica, teste de centrifugação, materiais voláteis 
e resíduos secos, além das análises organolépticas como odor, aspecto e cor; procedimen-
tos realizados para a verificação da estabilidade em cosméticos (Brasil, 2007). Por fim, os 
resultados foram analisados utilizando-se o software Statistica 10.0.
Parâmetros organolépticos
As características organolépticas foram determinadas macroscopicamente de acordo 
com o Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos (Brasil, 2007).
pH
A medição do pH das formulações foi realizada através da determinação potenciométri-
ca utilizando-se o pHmetro digital de modelo CG 1800 da marca GEHAKA. Com o pHmetro 
previamente calibrado com as soluções-tampão de 4,01, 7,01 e 10,01, as medições foram 
realizadas em triplicata para cada formulação (Moussavou e Dutra, 2012).
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Condutiva elétrica
A determinação da condutividade das formulações foi realizada em triplicata para 
cada formulação utilizando-se um condutivímetro de bancada, modelo CG 1800 da marca 
GEHAKA, a temperatura ambiente, previamente calibrado com solução de KCl com condu-
tividade de 1,413 μS/cm (Moussavou e Dutra, 2012).
Determinação da viscosidade
A viscosidade é uma variável que caracteriza reologicamente um sistema. A avaliação 
desse parâmetro ajuda a determinar se um produto apresenta a consistência ou fluidez 
apropriada e pode indicar se a estabilidade é adequada, ou seja, fornece indicação do com-
portamento do produto ao longo dotempo (Brasil, 2007).
Para esta determinação foi utilizado o aparelho Viscosímetro Rotativo Analógico – 
Q860A da marca Quimis. No tubo de amostras do equipamento foram introduzidos cerca 
de 20 a 25 mL das formulações. Dependendo da velocidade de rotação e do tipo de rotor 
utilizados, obtiveram-se valores para o coeficiente K, ao mesmo tempo em que se obtinham 
leituras no ponteiro de medição para o ângulo de deflexão (α). Assim sendo, utilizou-se a 
Equação 1 para se determinar a viscosidade absoluta (η) das amostras (Quimis, 2010).
 η=κ.α (Equação 1)
Densidade específica
A densidade específica das formulações foi obtida através de medições com a utilização 
de picnômetros de vidro de 50 mL, a temperatura ambiente. Primeiramente, pesou-se o pic-
nômetro e anotou-se seu peso (M0). Depois encheu-se completamente com água destilada, 
evitando-se a formação de bolhas. Então, a parte externa do picnômetro foi cuidadosamente 
seca e o mesmo foi pesado novamente anotando seu peso (M1), a água foi descartada e 
encheu-se completamente o picnômetro limpo e seco com as amostras, sempre evitando 
a formação de bolhas, este foi pesado mais uma vez e seu peso (M2) foi anotado para 
cálculos posteriores. O cálculo foi baseado na Equação 2 onde d representa a densidade 
específica (Brasil, 2007):
 𝑑𝑑 = 	
𝑀𝑀! −𝑀𝑀"
𝑀𝑀# −𝑀𝑀"
	 (Equação 2)
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Materiais Voláteis e Resíduo Seco
Esta determinação foi realizada em triplicata para cada formulação. Primeiramente, ob-
teve-se a massa inicial (mi) realizando a pesagem de aproximadamente 1,0 g das amostras 
em vidros de relógio. As amostras foram submetidas ao aquecimento em estufa da marca 
Sterilifer, modelo SX 1.2 DTME, a 105 ºC até que se atingisse peso constante. O vidro de 
relógio com o material resultante, conhecido como resíduo seco, foi pesado novamente para 
a obtenção da massa final (mf). Os cálculos de materiais voláteis (MV) e de resíduo seco 
(RS) foram realizados conforme as Equações 3 e 4 (Moussavou e Dutra, 2012).
 
𝑀𝑀𝑀𝑀 =	
𝑀𝑀! −𝑀𝑀"
𝑀𝑀!
. 100%
 (Equação 3)
 𝑅𝑅𝑅𝑅 = 	
𝑀𝑀!
𝑀𝑀"
. 100% (Equação 4)
Teste de Centrifugação
Foram pesados cerca de 10 gramas das amostras em tubos para centrífuga. O equi-
pamento utilizado foi a centrífuga de modelo Centrifuge Model 90-1. O ensaio de centrifu-
gação foi realizado em duas réplicas para cada formulação nas seguintes condições: tem-
peratura ambiente e rotações de 1.000, 2.500 e 3.500 rpm durante 30 minutos para cada 
valor de velocidade.
Após o teste, as amostras foram analisadas quanto ao aspecto e classificadas como: 
(IM) para intensamente modificada; (M) para modificada; (LM) para levemente modificada 
e (N) para normal, ou seja, sem alteração quanto ao aspecto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Avaliação das propriedades organolépticas
Resumidamente, as formulações preparadas (Figura 1) apresentaram aspecto homo-
gêneo, coloração que variou entre amarelo claro (para aquelas preparadas com o nível mais 
baixo de extrato) e amarelo escuro (para aquelas com o maior nível de extrato). A coloração 
apresentada foi o resultado proporcionado pela combinação dos extratos de andiroba e mu-
lateiro. Por sua vez, o odor das formulações foi característico da essência utilizada.
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Figura 1. Aspecto das formulações preparadas.
Fonte: Autores.
pH
Após a realização das medições potenciométricas em triplicata para as formulações 
determinadas no planejamento experimental, verifica-se que os valores de pH obtidos para 
as formulações mantiveram-se no intervalo que variou entre 6,82 e 7,94. Os resultados apre-
sentaram-se divergentes da faixa compatível com o pH fisiológico da pele, que varia de 4,2 a 
5,9, dependendo da área do corpo aferida (Korting e Braun-Falco, 1996). Preferencialmente, 
se busca utilizar produtos com pH ligeiramente ácido a fim de que a microbiota cutânea não 
sofra nenhuma interferência e estes produtos também são menos irritantes que os alcalinos 
(Korting, Hubner, Greiner e Braun-Falco, 1990).
De acordo com Soares (2013), para a obtenção do pH desejado em formulações cos-
méticas pode se fazer uso da adição de soluções de ácido cítrico ou ácido lático, comumente 
utilizados para este fim. No trabalho desenvolvido por Pires et. al. (2021), os pesquisadores 
utilizaram ácido cítrico para atingir o pH de interesse nas formulações elaboradas. Neste 
trabalho, porém, não foi utilizado este recurso com o intuito de se avaliar este parâmetro 
como resposta experimental, e assim verificar quais componentes apresentariam influência 
nesta resposta. Com a aplicação das respostas no planejamento fatorial se obtém o Gráfico 
de Pareto (Figura 2) que demonstra as variáveis com efeitos estatisticamente significantes 
em relação à resposta observada.
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Figura 2. Gráfico de Pareto. Variáveis significativas para a resposta de pH.
Fonte: Autores.
A linha tracejada de cor vermelha na Figura 2 representa o nível de significância es-
tatística igual a 5%. As variáveis cujos blocos ultrapassam esta linha são estatisticamente 
relevantes para a resposta. Portanto, observa-se que dentre as variáveis observadas, apenas 
duas apresentaram significância estatística relevante na determinação do pH das formula-
ções, amida e lauril, sendo a amida é a variável com maior influência significativa para elevar 
o valor do pH das formulações.
Segundo Araújo (2011), o fato de a amida ter maior influência no pH das formulações, 
tornando-as mais alcalinas, deve-se ao par de elétrons livres do átomo de nitrogênio pre-
sente na estrutura química da dietanolamina de ácido graxo de coco. Eles estão dispostos 
a receber cátions H+, fazendo, portanto, que esta substância seja uma base de Lewis.
Condutividade elétrica
Com relação a este parâmetro observou-se valores na faixa de 36,40 e 69,97 μS/cm 
para as formulações preparadas. Os resultados obtidos para a condutividade elétrica foram 
utilizados no planejamento fatorial para a obtenção do Gráfico de Pareto, no qual verificou-se 
que o fator mais significativo é o componente lauril.
Segundo Swisher (1987), tensoativos aniônicos como lauril éter sulfato de sódio origi-
nam íons carregados negativamente quando dissociados em água. Os íons liberados pelo 
tensoativo influenciam no aumento da condutividade elétrica na solução. Diferentes íons 
variam nessa habilidade, mas em geral, a maior concentração de íons na água natural, 
corresponde à maior condutividade. Pode-se utilizar o parâmetro da condutividade elétrica 
para obter uma noção da quantidade de sais na amostra, uma vez que está diretamente 
ligada à quantidade de sólidos dissolvidos totais (SCHNEIDER, 2022).
A determinação da condutividade elétrica das formulações é uma técnica muito utiliza-
da para monitorar a estabilidade das emulsões, verificando a integridade da fase externa, 
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visto que esta é dependente da natureza da fase externa da formulação (Latreille e Paquin, 
1990). Através desse método é possível avaliar a variação no conteúdo de água livre no 
sistema emulsionado e, dessa maneira, identificar mudanças estruturais que possam ocorrer 
(Korhonen, Hellen, Hirvonen, Yliruusi, 2001).
Viscosidade absoluta
Os resultados obtidos para a viscosidade absoluta variaram entre 14,10 e 26280,00 
mPa.s. Eles foram utilizados no planejamento fatorial para a obtenção do Gráfico dePareto 
(Figura 3) para a identificação das variáveis significativamente influentes na resposta.
Assim sendo, verifica-se que os fatores com maior influência estatística foram lauril, 
anfótero e amida, nesta ordem de significância. Por possuírem coeficiente positivo, com-
preende-se que o aumento da viscosidade absoluta é proporcional ao aumento da quantidade 
destes componentes.
De acordo com Knothe e Steidley (2005), a viscosidade aumenta com o aumento da 
cadeia carbônica e com o aumento no grau de insaturação, sendo influenciado por ramifica-
ções e posicionamento das insaturações. Esta característica é observada nos componentes 
que apresentaram significância estatística neste planejamento fatorial para a resposta da 
viscosidade absoluta. 
As forças intermoleculares comandam o grau de atração das moléculas e podem 
ser modificadas pela presença de grupos funcionais modificadores de conformação ou de 
polaridade das moléculas, aumentando ou diminuindo determinado tipo de interação inter-
molecular (Knothe e Steidley, 2005).
Figura 3. Gráfico de Pareto: efeitos estatisticamente relevantes para a viscosidade absoluta.
Fonte: Autores.
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Densidade específica
Figura 4. Gráfico de Pareto: efeitos estatisticamente relevantes para a densidade específica.
Fonte: Autores.
Os valores obtidos para densidade específica ficaram bastante próximo entre as for-
mulações, variando entre 1,0254 e 1,0450. Valores semelhantes para este parâmetro fo-
ram obtidos nos trabalhos desenvolvidos por Pires et. al. (2021), Rusdianto et. al. (2021), 
Nainggolan e Sinaga (2021), Lopes et. al. (2018), entre outros trabalhos possíveis de serem 
encontrados na literatura. Segundo o gráfico de Pareto (Figura 4), construído para analisar 
as contribuições das variáveis observadas neste trabalho, apenas lauril e anfótero mostra-
ram-se componentes com relevância estatística neste parâmetro.
Materiais voláteis (MV) e resíduo seco (RS)
A análise dos parâmetros MV e RS geraram os gráficos de Pareto demonstrados na 
Figura 5, no qual observa-se que os componentes lauril, amida, anfótero e essência apre-
sentaram relevância estatística em ambos os parâmetros. Os valores dessas medições são 
observados na Tabela 4.
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Tabela 4. Valores em porcentagens de MV e RS para as formulações preparadas no planejamento fatorial.
Formulação RS (%) ± DP MV (%)± DP Formulação RS (%)± DP MV (%)± DP
1 0,3097 ± 0,0039 0,6903 ± 0,0039 19 0,1824 ± 0,0022 0,8176 ± 0,0022
2 0,1744 ± 0,0016 0,8256 ± 0,0016 20 0,2140 ± 0,0014 0,7860 ± 0,0014
3 0,2084 ± 0,0051 0,7916 ± 0,0051 21 0,2825 ± 0,0042 0,7175 ± 0,0042
4 0,1897 ± 0,0009 0,8103 ± 0,0009 22 0,3151 ± 0,0013 0,6849 ± 0,0013
5 0,3214 ± 0,0017 0,6786 ± 0,0017 23 0,2770 ± 0,0041 0,7230 ± 0,0041
6 0,3119 ± 0,0030 0,6881 ± 0,0030 24 0,2666 ± 0,0016 0,7334 ± 0,0016
7 0,3201 ± 0,0020 0,6799 ± 0,0020 25 0,2760 ± 0,0009 0,7240 ± 0,0009
8 0,1853 ± 0,0041 0,8147 ± 0,0041 26 0,2206 ± 0,0011 0,7794 ± 0,0011
9 0,1644 ± 0,0027 0,8356 ± 0,0027 27 0,2054 ± 0,0041 0,7946 ± 0,0041
10 0,2301 ± 0,0035 0,7699 ± 0,0035 28 0,3229 ± 0,0023 0,6771 ± 0,0023
11 0,2701 ± 0,0108 0,7299 ± 0,0108 29 0,2675 ± 0,0001 0,7325 ± 0,0001
12 0,3031 ± 0,0031 0,6969 ± 0,0031 30 0,2061 ± 0,0035 0,7939 ± 0,0035
13 0,3122 ± 0,0581 0,6878 ± 0,0581 31 0,2848 ± 0,0021 0,7152 ± 0,0021
14 0,1871 ± 0,0034 0,8129 ± 0,0034 32 0,1692 ± 0,0014 0,8308 ± 0,0014
15 0,3478 ± 0,0019 0,6522 ± 0,0019 33 0,2380 ± 0,0008 0,7620 ± 0,0008
16 0,1646 ± 0,0012 0,8354 ± 0,0012 34 0,2390 ± 0,0028 0,7610 ± 0,0028
17 0,2661 ± 0,0024 0,7339 ± 0,0024 35 0,2345 ± 0,0011 0,7655 ± 0,0011
18 0,2671 ± 0,0019 0,7329 ± 0,0019
Fonte: Autores.
Figura 5. Gráfico de Pareto: efeitos estatisticamente relevantes para MV e RS.
Fonte: Autores.
Teste de centrifugação
As amostras analisadas receberam classificações quanto às alterações que sofreram 
após a realização do teste: IM para intensamente modificada; M para modificada; LM para 
levemente modificada e N para normal, ou seja, sem alteração quanto ao aspecto.
Os resultados obtidos no teste de centrífuga demonstraram que as amostras não so-
freram modificações significativas quanto ao seu aspecto. Das 35 formulações, apenas 13 
demonstraram uma pequena alteração, portanto foram classificação como LM (Figura 6). Tal 
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circunstância deve-se, possivelmente, a sedimentação de substâncias insolúveis presentes 
nos extratos vegetais.
Figura 6. Modificação observada em algumas das amostras após o teste de centrifugação.
Fonte: Autores.
CONCLUSÃO
A partir das condições experimentais avaliadas neste trabalho, observou-se que a pro-
posta de se utilizar os extratos vegetais de mulateiro e andiroba simultaneamente tornou-se 
possível, tendo em vista que os parâmetros físico-químicos e organolépticos analisados 
permaneceram estáveis durante todo o processo de formulação, havendo compatibilidade 
química entre os componentes de formulação. No entanto, ainda se faz necessário a rea-
lização de outros estudos, como teste de eficácia, para se comprovar devidamente a ação 
dermatológica deste produto.
Portanto, conclui-se que o planejamento experimental estatístico é uma ferramenta 
com grande possibilidade de ser utilizada na elaboração de produtos cosméticos como o 
proposto por este trabalho.
Agradecimentos
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) pelo 
apoio e infraestrutura.
134 135
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SOBRE OS ORGANIZADORES
Flávia Cartaxo Ramalho Vilar
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1989), mestrado em 
Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1994) e doutorado em Agronomia - 
UFPB-Centro de Ciências Agrárias (2006). Atualmente é professora titular do Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina Zona Rural. 
Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ecologia e Taxonomia Vegetal, atuando 
principalmente nos seguintes temas: sistemática, taxonomia, citogenética, invasão biológica, 
plantas espontâneas e plantas medicinais.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9447112150619350
Teonis Batista da Silva
Bacharelado em Agronomia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão 
Pernambucano Campus Petrolina Zona Rural. Especialista em agronomia pela faculdade FAVENI. 
Mestre em Agronomia: Horticultura Irrigada, pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), 
Campus III, Juazeiro, BA . Doutorando em Ciências agrárias pela Universidade Federal do Piauí 
(UFPI). Técnico em Zootecnia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão 
Pernambucano Campus Petrolina Zona Rural. Atualmente estou trabalhando na Linha de pesquisa: 
Propagação e manejo cultural de plantas. Possui experiência técnica, científica e acadêmica,com 
atuação em elaboração de diversos projetos, análises laboratoriais e docência no curso superior e 
técnico. Possui experiência em aulas Práticas realizadas no Laboratório de Bilogia Vegetal, atuando 
nas atividades das disciplinas Anatomia Vegetal, Fisiologia Vegetal, Botânica Sistemática e Plantas 
Medicinais.Possui experiência em Laboratório de Informatica, e de acervo de biblioteca. Possui o 
curso em Educação Inclusiva com ênfase em LIBRAS- Pelo Instituto Federal de Educação, Ciência 
e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus Petrolina Zona Rural. Estagiei no laboratório de 
análise de sementes atuando na área de germinação,emergência de radícula vigor, pela Embrapa 
semiárido. Atualmente desenvolvir projetos na área de Ensino, pesquisa, extensão e inovação 
tecnológica. Possui experiência na áreas de conhecimento de plantas medicinais: resgatando 
e reconhecendo as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios 
caseiros.Compilando informações relevantes sobre o uso das plantas medicinais e indicando 
e orientando sobre o uso correto das plantas medicinais e fitoterápicos segundo a ANVISA. 
Publicou artigos em periódicos especializados e vários trabalhos em anais de eventos, na forma de 
resumos, resumos expandidos e artigos completos. Possui 8 capítulos de e-books publicados. Faço 
parte do grupos de pesquisa de Ecofisiologia e Taxonomia das Plantas da Caatinga coordenado 
pela Professora Dra. Flávia Cartaxo Ramalho Vilar atuando nas linhas de pesquisa, Educação 
ambiental no campo,Biodiversidade da flora da caatinga: Florística e Fitossociologia, Plantas 
medicinais: ecologia, anatomia, taxonomia, fitoquímica e farmacobotânica e a extensão rural e o 
desenvolvimento sustentável.
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A
Alelopatia: 99
Andiroba: 121, 122, 123, 124, 125, 128, 134, 136
B
Biodiversidade: 46, 53, 54, 56, 61, 64, 86, 87
C
Cerrado: 41, 48, 54, 60, 64, 86, 87, 88, 92, 96, 111
Chave Analítica: 67, 68, 83
Cidades: 28, 29, 33, 87, 96, 97
Conservação da Biodiversidade: 53, 56, 61, 87
Crioprotetores: 37, 40, 42, 43, 45, 46, 47
Cucurbitaceae: 12, 25, 105
D
Diversidade: 21, 25, 27, 30, 32, 54, 55, 65, 86, 87, 
91, 97, 99, 101, 104, 105, 110
E
Ecologia Funcional: 53
F
Fisiologia de Sementes: 12, 24
Flora Urbana: 86, 92
Florestas Urbanas: 28, 29
G
Germinação: 12, 17, 18, 20, 22, 24, 25, 46, 49, 
100, 107
I
Identificação Botânica: 67
Illicium spp: 113, 114
Invasão Biológica: 99
M
Manual de Identificação: 67
Mata Atlântica: 35, 41, 53, 54, 60
Mulateiro: 121, 122, 123, 124, 125, 128, 134, 135
P
Planejamento Fatorial: 122, 124, 125, 126, 129, 
130, 131, 133, 136
Planta Medicinal: 37
Preservação: 21, 22, 35, 37, 39, 41, 43, 45, 47, 
92, 96
Produção: 12, 13, 14, 16, 17, 22, 24, 26, 31, 60, 
61, 68, 96, 99, 100, 101, 107, 109, 110, 111, 113, 
114, 115, 116, 117, 118, 119, 121, 124, 136
R
Restinga: 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 62, 63, 64, 
65
S
Sabonete Líquido: 121, 122, 124, 136
U
Urbanização: 28, 29
V
Variabilidade Genética: 12, 21, 62
Vegetação: 28, 29, 30, 31, 33, 54, 58, 59, 61, 62, 
63, 87, 88, 102
Vitrificação: 37, 42, 43, 44, 45, 46, 47
ÍNDICE REMISSIVO
VENDA PROIBIDA - acesso livre - OPEN ACCESS
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científica digital
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https://www.instagram.com/editoracientifica/
	01
	Características gerais e morfoagronômica do meloeiro: um estudo de revisão 
	Teonis Batista da Silva
	Gênesis Alves de Azevedo
	Manoel Abílio de Queiróz
	Flávia Cartaxo Ramalho Vilar
	10.37885/230513123
	02
	Composição e diversidade da arborização urbana de três bairros do município de Campos dos Goytacazes, RJ
	Wellington Rodrigues de Matos
	10.37885/230512999
	03
	Criopreservação de plantas medicinais: uma revisão
	Roziane Pereira Paiva
	Mairon César Coimbra
	Ana Hortência Fonsêca Castro
	10.37885/230513004
	04
	Estratégias ecológicas CSR de espécies dominantes em dunas móveis de Santa Catarina
	João Carlos Ferreira de Melo Júnior
	Heloísa Fagundes Salvador
	Gustavo Borba da Silva
	Bruna Brodbeck
	Rodrigo Dümes Chaves Cabral
	10.37885/230412635
	05
	Identificação de Fabaceae (Leguminosae) forrageiras do IFSertãoPE Campus Petrolina Zona Rural
	Leonardo Feijó Cadena de Oliveira Filho
	Teonis Batista da Silva
	Flavia Cartaxo Ramalho Vilar
	10.37885/230513127
	06
	Inventário florístico de um Parque Ambiental localizado no município de Anapurus, Maranhão, Nordeste do Brasil
	Mateus César Araújo Pestana
	Pedro Victor Cardoso dos Santos
	Mateus Monteles Vieira
	José Augusto dos Santos Silva
	Alessandra Vieira Monteles
	Maria Ildilene da Silva
	Maria Erika de Sousa Silva
	10.37885/230412774
	07
	Levantamento, identificação e análise fitossociológica de plantas daninhas no cultivo do coentro (Coriandrum sativum L.) no Maranhão
	Mário Luiz Ribeiro Mesquita
	Ricardo Vitor Silva de Lima
	10.37885/230513021
	08
	Produção de ácido chiquímico a partir de fontes alternativas ao Illicium spp. 
	Marcus Barifouse Matallo
	Sydney Dionísio Batista de Almeida
	Daniel Andrade de Siqueira Franco
	Sonia Claudia do Nascimento de Queiroz
	Antonio Luiz Cerdeira
	10.37885/230312549
	09
	Produção de sabonete líquido utilizando extratos de andiroba e mulateiro por meio da aplicação de planejamento experimental
	Rudyere Nascimento Silva
	Heloide de Lima Cavalcante
	10.37885/230111799
	SOBRE OS ORGANIZADORES
	ÍNDICE REMISSIVO

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