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Break 02 - O poder disponível na oração ESTRELLA, Pedro de A. & VILELA, Fábio P. Categoria: Vida Cristã / Maturidade Cristã / Devocional 1º Edição - Fevereiro de 2016 Edição: Fábio P. Vilela Revisão: Anaily Mafra Capa: Anderson Pereira Diagramação: Fábio P. Vilela Todos os direitos reservados. É proíbida a reprodução deste livro e de seu conteúdo com fins comerciais sem prévia autorização dos autores. Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicações específicas. Publicação independente Impressão: Promove artes gráficas Contato: pedroestrell@hotmail.com / fabio.pv@gmail.com Sumário Introdução 005 Primeira Semana: Por que orar? 009 - 1º Dia - Falando com o Pai 011 - 2º Dia - Precisamos orar 013 - 3º Dia - A sós com Deus 015 - 4º Dia - Orando a um amigo 017 - 5º Dia - A oração que Cristo nos ensinou I 019 - 6º Dia - A oração que Cristo nos ensinou II 021 - 7º Dia - A oração que Cristo nos ensinou III 023 Segunda Semana: Oração do Justo 025 - 1º Dia - Deus ouve somente o Justo 027 - 2º Dia - O que é a justificação 029 - 3º Dia - O dom da Justiça 031 - 4º Dia - Devemos orar como justos 033 - 5º Dia - Graça 035 - 6º Dia - Deus não está zangado com você 037 - 7º Dia - Vencendo toda acusação 039 Terceira Semana: Principios da oração respondida 041 - 1º Dia - Principios da oração respondida 043 - 2º Dia - Seja específico 045 - 3º Dia - Espere o melhor 047 - 4º Dia - Faça da sua oração uma confissão 049 - 5º Dia - Perseverando em oração 051 - 6º Dia - Todo que pede recebe 053 - 7º Dia - Tenha um desejo profundo 055 Quarta Semana: Tipos de oração I 057 - 1º Dia - Os tipos de Oração 059 - 2º Dia - A oração da fé 061 - 3º Dia - Ore de acordo com a Palavra 063 - 4º Dia - Creia que já recebeu 065 - 5º Dia - O elemento ações de graças 067 - 6º Dia - A oração em nome de Jesus 069 - 7º Dia - Orando com Autoridade 071 Quinta Semana: Tipos de oração II 073 - 1º Dia - Orando com ações de graças 075 - 2º Dia - A virtude da gratidão 077 - 3º Dia - O poder do louvor 079 - 4º Dia - A oração de adoração 081 - 5º Dia - A oração de Entrega 083 - 6º Dia - A oração da intecerssão 085 - 7º Dia - O Espírito Santo, nosso intercessor 087 Sexta Semana: Tipos de oração III 089 - 1º Dia - A oração de consagração 091 - 2º Dia - Faça-se a tua vontade 093 - 3º Dia - A oração em espírito 095 - 4º Dia - As formas de oração 097 - 5º Dia - Andar em amor 099 - 6º Dia - Vitória certa na oração 101 - 7º Dia - A oração e o jejum 103 Sétima Semana: Obstáculos a oração I 105 - 1º Dia - Quando o céu fica em silêncio I 107 - 2º Dia - Quando o céu fica em silêncio II 109 - 3º Dia - Ingratidão 111 - 4º Dia - Adoração irreverente 113 - 5º Dia - Pecado não confessado 115 - 6º Dia - Incredulidade 117 - 7º Dia - Orgulho 119 Oitava Semana: Obstáculos a oração II 121 - 1º Dia - Recusa a ajudar os necessidatos 123 - 2º Dia - Relacionamento errado na família 125 - 3º Dia - Indisposição em perdoar 127 - 4º Dia - Motivações erradas 129 - 5º Dia - Rebeldia 131 - 6º Dia - Orando e trabalhando 133 - 7º Dia - Uma vida de oração 135 Introdução Seja bem vindo ao “Break”, o seu período diário de desfrutar do Senhor. “Break” é uma palavra inglesa, que significa “quebrar”; também utilizada, frequentemente, para expressar“intervalo”. Por exemplo: “Coffee break” significa “intervalo” para um café ou lanche; “have a break” nos remete à ideia de tirar um período de “intervalo” para descanso; e ter um “break” é o mesmo que interromper, momentaneamente, o que se está fazendo. Após definirmos o vocábulo “break”, temos como objetivo lhe propor que você venha separar um intervalo, um tempo, no meio de sua rotina dividida entre trabalho, estudos, cursos, academia, criação de filhos e viagens, para desfrutar de uma intimidade com o Senhor. “Break” é mais do que uma série ou um livro, é uma proposta de disciplina que o estimulará a desenvolver a sua intimidade com o Senhor, a ser mais piedoso; conduzindo-o a um novo estilo de vida. Entretanto, a prática das disciplinas espirituais; que são a oração, meditação na Palavra e o jejum; ou de uma vida piedosa, nos ajudam a consertar a inconstância de nossa alma. Mas para isso, é fundamental se aquietar e conectar o seu coração com o de Deus. Poucas coisas são tão difíceis quanto orar, e poucas coisas são tão difíceis como continuar orando. Quanto tempo você investe cultivando uma vida de oração? Quanto tempo do seu dia você investe na meditação da Palavra? O “Break” tem o propósito de nos ajudar na prática de orarmos uma hora por dia, ler a Bíblia e meditar em seus versículos diariamente. E dia a dia, durante estes próximos dois meses, você conhecerá mais a respeito dEle, bem como será desafiado a desenvolver e a estreitar esse relacionamento. Por isso, para cada dia da semana, escrevemos uma mensagem especial, um suprimento que contribuirá para a renovação da sua mente. Nesse segundo exemplar – O PODER DISPONÍVEL NA ORAÇÃO - trataremos das chaves espirituais para cultivarmos uma vida de oração frutífera. As páginas desse livro estão cheias de vida e revelação; sua percepção será completamente mudada a respeito da oração, uma vez que ela é vital para aprendermos a nos relacionar com Deus e assim conhecê-lo. Infelizmente, muitos não crescem no relacionamento com Deus por meio da oração, simplesmente porque não oram até o fim, até obter a resposta do Senhor. Quando a resposta não vem, presumem que não era a vontade de Deus, e simplesmente esquecem 5Introdução 6 Break - O Poder disponível na Oração do assunto. A oração é, na verdade, um grande privilégio espiritual. É uma oportunidade, dada pela graça de Deus, de mergulharmos na sua presença santa e desfrutarmos de todo poder disponível. Para o nosso “Break Time”, fazemos as seguintes recomendações: 1) Separe um tempo no seu dia para orar e meditar na mensagem do dia e nos textos bíblicos sugeridos. 2) Siga o disco de oração para que você consiga orar por todos os alvos e alcançar uma hora de oração diária. Invista cinco minutos para cada alvo, começando no item um e seguindo até o item doze. À medida que você for fluindo na oração, vá seguindo a direção do Espírito para o encontro diário com Deus. Ele trará sempre a direção necessária. 3) Escolha um dia na semana para jejuar e retire uma das refeições (Café da manhã, almoço, lanche da tarde e Jantar). Durante o horário da refeição escolhida para o jejum, invista esse tempo para oração e meditação na Palavra. 4) No momento que estiver meditando, desligue o celular, a TV e qualquer outra coisa que possa te desconcentrar. 5) Responda às perguntas do momento de confissão com sinceridade. Caso exista algum pecado, confesse-o diante de Deus em arrependimento. Isso te ajudará a crescer em maturidade espiritual. Momento de Confissão Diária: 1. Agi de forma hipócrita? Ensinei para alguém aquilo que não vivo? 2. Falei demais? Não pensei antes de falar? 3. Magoei alguém? 4. Contei algo pra alguém que me foi contado em segredo? 5. Traí a confiança de alguém? 6. Errei hoje e me justifiquei ao invés de assumir o meu erro? 7. A Palavra de Deus esteve viva em mim? 8. Tive meu “Break Time”? 9. Falei de Jesus para alguém? 10. Gastei mais dinheiro do que eu poderia? 7 Break - O Poder disponível na Oração 11. Desobedeci a Deus em alguma coisa? 12. Eu desprezei alguém? 13. Murmurei? 8Introdução 11Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Segunda-feira Texto Base: “Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivasaos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? ” Mateus 7.9-11 Leitura Bíblica: Lc 11.11-13; Rm 8.29 Falando com o Pai A oração é a base do nosso relacionamento com Deus; sem oração não há relacionamento, pois é através dela que podemos entrar em um diálogo com o nosso Pai Celestial. A oração é tão importante que foi desenvolvida e praticada na vida e ministério de Jesus. Havia uma íntima ligação entre a sua vida pública e sua vida secreta de oração. Jesus tinha tanto encargo por orar, que seus discípulos perceberam que tinham muito que aprender neste aspecto; por isso, pediram: Senhor, ensina-nos a orar (Lucas 11.1). Jesus inaugura este tempo e se dispõe a ensinar a todos os redimidos que desejam profundamente desfrutar deste mesmo poder em sua vida de oração. Jesus abre a porta que nos permite viver a mesma realidade vivida por Ele em sua vida de oração. Ao lermos os evangelhos percebemos algo muito comum em todas orações que Ele orou. Ele orou a Deus, porém o denominou como Pai. Não vemos Jesus endereçando suas orações ao Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, nem ao Senhor dos Exércitos. Sabemos que Deus tem esses nomes, porém, Ele também é chamado de Pai, de Aba, de Paizinho. Ao endereçar a sua oração ao Pai, Jesus nos revela a devida intimidade que podemos ter como filhos de Deus. O segredo da oração não está no tom da voz, em decorar versículos bíblicos, ou ter uma formação acadêmica que lhe forneça “uma proximidade de Deus”. O segredo da oração de Jesus, que lhe fazia ser ouvido sempre, e ter esta convicção, é que Ele sabia a quem estava orando; Ele orava ao seu Pai. E que pai não ouve um pedido de seu filho? Se os pais naturais agem assim, o que podemos dizer Daquele no qual se 12 Break - O Poder disponível na Oração origina a verdadeira paternidade? Deus é Pai, e o seu desejo é responder a oração de seus filhos. Não podemos começar essa jornada sem ter o entendimento correto sobre com quem estamos falando. Deus é amor, é Pai, nos fez seus filhos, logo, não precisamos ter medo, assim como não precisamos dar nada em troca para que Ele receba a nossa oração e a responda. Necessitamos apenas ter a convicção da infinita e eterna paternidade de Deus; que Ele nos fez filhos para sermos seus eternos filhos, a mesma semelhança de seu filho Jesus Cristo. E se somos filhos como Jesus Cristo, temos a mesma posição que Ele tem diante do Pai. Podemos orar como Ele orou, sabendo que nossas orações serão respondidas, como a dEle foi, pois, o Pai responde ao pedido de um filho. Confissão de fé: Eu sou filho e Deus é Pai. O Pai não rejeita ao pedido de um filho. Como filho, fui aceito por meu Pai e posso orar tendo a convicção de que não existe separação entre eu e Ele. Fui aceito nEle; e como um pai atende ao pedido de um filho, Deus atende ao pedido de seus filhos. Oração: Peça a Deus revelação a respeito de sua paternidade, para que você o enxergue como um Pai que te ama, te aceita, cuida de você e deseja responder aos seus pedidos. 13Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Terça-feira Texto Base: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.” Mateus 18.18 Leitura Bíblica: Mt 16.19; Jo 20.23 Precisamos orar Em nossa vida, não existe nada tão importante do que orar, e nada tão difícil do que manter uma vida de oração. Como vimos anteriormente, Jesus manteve uma vida de oração tão empolgante que inspirou os seus discípulos a quererem aprender a orar como Ele. Se Jesus priorizou a sua vida de oração, nós também devemos fazê-lo. Sem dúvidas, deve haver alguma necessidade em nossa oração. Precisamos entender que estamos aqui para edificar um reino, e este reino que estamos edificando tem as suas leis. Assim como no mundo físico e natural, temos leis que nos governam; no reino espiritual não é diferente; existem leis espirituais que também nos governam. Essas leis espirituais são superiores às leis terrenas, e são delas que se originaram as leis do reino desse mundo. Por mais que muitas delas não pareçam justas, todo sistema de governo teve origem em Deus. Para isso, gostaria de definir a soberania de Deus através de uma comparação com um imperador tirano. Deus é soberano, mas não é tirano. Todo tirano é soberano, ou seja, não existe nenhuma outra autoridade superior a ele, porém, o que o torna tirano é o fato de não se submeter a nenhuma lei estabelecida, nem por ele mesmo. O tirano não obedece à lei alguma, nem as que ele mesmo estabeleceu. No caso do soberano é diferente, não existe nenhuma autoridade acima dele; porém, ele é fiel e obedece às suas leis. Deus é soberano, e não tirano, logo, não há nenhuma autoridade sobre Ele. Mas, ao mesmo tempo, Ele não passa por cima das leis espirituais que Ele mesmo estabeleceu. A Bíblia nos revela que a terra pertence ao Senhor, tudo aquilo que Deus criou e estabeleceu pertence a Ele. Apesar de Deus ter a terra 14 Break - O Poder disponível na Oração como sua possessão, vemos em Gênesis que, após tê-la criado, Ele entregou toda a criação nas mãos do homem. Deus deu ao homem o governo, a autoridade sobre toda criação. Isso quer dizer que, enquanto não se encerra este tempo de domínio do homem sobre toda criação, Deus só pode fazer alguma coisa se ele assim pedir. Deus quer agir na terra, mas é necessário que o homem peça, isso quer dizer que Deus só pode agir se o homem lhe pedir em oração. John Wesley dizia que “Deus nada faz a não ser em resposta à oração”. Esta foi uma lei espiritual que Ele mesmo estabeleceu, mesmo tendo criado todas as coisas, deu a autoridade e o governo ao homem. Se Deus passar por cima desta lei, Ele se torna tirano, o que, de fato, Ele não é. Logo, tudo que Deus faz em nosso meio é em resposta a nossa oração, ou seja, nós O autorizamos a agir; nós O suplicamos, nós O pedimos, devolvemos a Ele a autoridade para que Ele faça na terra a sua vontade, como Ele faz no céu, que é a sua esfera de autoridade. Por isso que Mateus 18 afirma que, o que ligamos na terra, é ligado nos céus; o que desligamos na terra, é desligado nos céus. Sabemos que a vontade de Deus para o homem é boa, perfeita e agradável, porém, Ele só a viverá se assim pedir. Confissão de fé: Eu devolvo a Deus toda autoridade que recebi dEle, e escolho submeter-me a Deus. Que sua vontade seja feita em minha vida, minha família e meu ministério, como ela é feita nos céus. Oração: Peça a Deus o entendimento desta verdade para que você viva a realidade do reino de Deus em todas as áreas de sua vida. 15Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Quarta-feira Texto Base: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6.6 Leitura Bíblica: Is 26.20; 1Rs 18.26; Ec 5.2 A sós com Deus Jesus compartilha com os seus discípulos um princípio fundamental da vida de oração: o secreto. É interessante percebermos que nos capítulos cinco, seis e sete de Mateus estão os relatos do sermão do monte. Neste momento, Jesus separou os seus discípulos para transmitir a eles princípios do reino de Deus. Entre tudo o que foi abordado neste discurso de Jesus, observamos Jesus ensinando os seus discípulos a todos os dias terem um tempo exclusivo com Deus. Jesus fazia isto. Regularmente, Jesus se distanciava das pessoas e ia orar, para desfrutar de um momento de comunhão com Deus. Ali, Ele recebia o frescor da sua presença e sua intimidade, para que pudesse caminhar no ministério que Deus havia estabelecido para Ele. Perceba a profundidade do que é abordado por Jesus neste texto - “Quando orares, entra no teu quarto” – o quarto é o nosso espaço. Não levamos qualquer pessoa para o nosso quarto, somente aqueles que desfrutam de nossa intimidade. Sendo assim, este tempo a sós com Deus não é apenas momentopara pedir, mas também para desfrutar da intimidade com o Pai. Jesus também nos manda fechar a porta. Quando queremos conversar algo com alguém no particular, nós fechamos a porta, para que fiquemos o mais a vontade possível. Jesus está nos ensinando que, neste momento, devemos fechar a porta para ficarmos sozinhos, ou seja, ninguém deve entrar ou não devemos levar nada conosco. Somos somente nós e o Senhor. Neste momento, desligue seu telefone, deixe todos os problemas e ansiedades do lado de fora. Ninguém é bem-vindo neste momento, a não ser o Senhor. Desfrute da intimidade dEle, e deixe que Ele desfrute de você. 16 Break - O Poder disponível na Oração Jesus continua dizendo que devemos orar ao Pai, que está em secreto. Secreto significa oculto, escondido; isso não quer dizer que Deus se esconde de nós, como se estivesse brincando de esconde-esconde. Na verdade, Jesus quer nos ensinar a encontrá-lo. Muitas vezes, estamos procurando o Senhor no lugar errado. Ele não está longe, lá no céu, intocável. Ele habita dentro de cada um de nós. Este lugar escondido, secreto, onde nunca entramos, onde nunca chegamos, é lá que o encontramos. A grande verdade é que encontramos Cristo ao voltarmos para o nosso interior, para o nosso íntimo, para o nosso espírito. Ele não está escondido debaixo da nossa cama ou em alguma gaveta de nosso quarto. Como mencionamos, o quarto nos fala de intimidade, ou seja, não são necessárias formalidades; fechar a porta nos fala de reservado, somente nós e Ele; e secreto nos fala de escondido, ou seja, em um lugar que não costumamos procurar. Desligue-se de tudo, despindo-se de toda formalidade e religião. Volte-se para o seu íntimo e, ali, desfrute da perfeita comunhão com Deus. Como o próprio Jesus diz, você não vai se arrepender, e Deus te recompensará. Experimente viver esta realidade, você perceberá que o Senhor está muito mais perto do que você imaginava. Confissão de fé: Eu sou morada do Altíssimo, Ele veio morar em mim. Eu posso desfrutar de sua intimidade e de sua presença, se tão somente voltar-me para dentro de mim. Oração: Ore a Deus para que esses dias de oração sejam dias onde você descubra a fonte que há dentro de você, onde, de fato, Deus habita. 17Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Quinta-feira Texto Base: “Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.” Lucas 11.5-8 Leitura Bíblica: Lc 18.1 Orando a um amigo O texto de Lucas 11 é uma parábola apresentada por Jesus para nos expor princípios importantes da oração. A principal figura desta ilustração são os amigos. Em ambos os casos, podemos perceber uma relação de amizade, afinal, somente amigos pedem para pousar na casa de alguém tarde da noite; e somente um amigo pede ajuda a outra pessoa quase meia-noite. O texto nos apresenta, então, a relação entre grupos de amigos; o primeiro é o viajante e quem o recebe, e o segundo o dono da casa e um amigo no qual lhe pede três pães. Podemos perceber, neste caso, que todos estavam precisando de ajuda para resolver um problema, e todos eles recorrem aos seus amigos. Amizade nos fala de liberdade, de intimidade; quem tem amigos tem tudo, pois sabemos que nos momentos mais apertados que passamos, somente os amigos estão ao nosso lado para cooperar conosco. Amigos fazem sem esperar nada em troca, nos ajudam simplesmente por nos amarem e desejarem ver o nosso bem. Jesus, então, lança esta parábola para ensinar aos seus discípulos princípios de oração. A primeira coisa que Ele nos ensina é que, quando oramos, estamos pedindo para um amigo. Jesus é alguém por nós, Ele está ao nosso favor; Ele quer nos ajudar, quer ver a nossa vitória, quer nos ver bem. Ele é alguém que temos a liberdade e a intimidade para pedirmos seja o que for, em que horário for. 18 Break - O Poder disponível na Oração O texto nos mostra que o amigo que foi importunado a meia- noite lhe atenderia ou pela amizade, ou pela importunação. Jesus não está nos ensinando que devemos importuná-lo, porque se formos bem chatos, Ele vai nos atender. O que Jesus nos ensina é que pessoas normais ajudam uns aos outros por esses dois motivos, ou porque são amigos, ou para que a importunação cesse. Mas nós somos amigos e amigos nunca importunam, amigos nunca incomodam. Não existe prazer maior do que poder ajudar alguém que amamos. Jesus revela nesta parábola qual o tipo de relacionamento que temos com Ele. Ele é nosso amigo e nós somos seus amigos. Ele nos ama e não existe nada que seja muito difícil ou incômodo demais para que Ele possa nos ajudar. Logo, não tenha vergonha, não tenha medo. Da mesma forma que você corre para pedir socorro a um amigo, você pode pedir socorro ao nosso Senhor, independente do dia, do horário, Ele está sempre disponível para nos abençoar. Confissão de fé: Jesus se coloca como meu amigo e me ensina que eu posso me achegar a Ele em qualquer circunstância, em qualquer horário, sem nenhum medo ou vergonha. Eu nunca o importuno, eu nunca o incomodo. Oração: Ore para que toda mentira seja quebrada. Você precisa entender que Deus se importa com você e não existe nada que seja importante para você que também não seja importante para Ele. É necessário que você compreenda a importância da oração para desfrutar do melhor que Deus tem para você. 19Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Sexta-feira Texto Base: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! ” Mateus 6.9-13 Leitura Bíblica: Dt 326; Is 63.16; 64.8; Jo 16.27; Rm 8.14-17; 2Co 1.3-4; 11.3; Gl 4.4-7; Ef 1.3; Fl 4.20; Hb 12.8-10; Tg1.17; 1Jo 3.1-2 A oração que Cristo nos ensinou I Os capítulos cinco, seis e sete do livro de Mateus revelam um dos momentos mais importantes do ministério de Jesus. É neste relato que observamos Jesus escolhendo seus discípulos e estabelecendo os princípios do reino de Deus. Nestes versículos destacados acima, podemos observar Jesus ensinando seus discípulos a orar. O propósito da oração do Pai nosso é servir de modelo, para que saibamos como orar, afim de que ela não se torne uma reza a ser repetida inúmeras vezes, como uma ladainha. O Pai nosso revela o coração de Deus a respeito da oração, para que possamos aprender como orar, segundo a vontade de Deus. Como se faz com uma criança, Jesus então faz com os seus discípulos. Jesus não lançou um livro, uma apostila ou um curso “Aprenda a orar em sete dias”. Ele pegou os seus discípulos, e na simplicidade deles, no nível deles, mostrou-os como é possível orar, se aproximando do Pai. Qualquer criança poderia fazer aquela oração. Mas, apesar de tão simples, ela abrange tudo o que Deus pode dar. Uma forma de oração que se torna modelo e inspiração para todas as outras, para ser a mais profunda expressão da nossa alma diante de nosso Deus. A oração começa com a seguinte fala: Pai nosso, que estás nos céus! Nas Escrituras, vemos que ninguém se aventurou a dirigir a Deus como Pai. Todos os grandes homens de Deus do Antigo Testamento tinham apenas a revelação de Deus como Senhor. Essa abertura nos revela a missão 20 Break - O Poder disponível na Oração de Cristo, de revelara nós que seu Pai também é nosso Pai. É fantástico percebermos este avanço na relação entre o homem e Deus ao passar para o Novo Testamento. A oração tem início exatamente na consciência de que Ele é nosso Pai, e por isso, podemos desfrutar da sua comunhão e do seu amor. Jesus mostra que, da mesma forma que Ele podia desfrutar de uma poderosa e íntima vida de oração junto a Deus, como sendo Pai, nós também podemos, pois Ele é o “Pai nosso que estás no céus!”. É importante ressaltar que não são todos filhos de Deus, ou seja, não são todos que podem orar como “Pai nosso”. Por mais que vejamos muitos insistirem em dizer que Deus é Pai de todos, sabemos que Deus só é Pai daqueles que nasceram de novo, daqueles que estão em Cristo, daqueles que foram feitos filhos de Deus. Se Deus fosse Pai de todos, Jesus não tinha ensinado esta oração somente para os seus discípulos, mas para toda a multidão que o seguia. Confissão de fé: Senhor, eu te chamo de Pai pois tu és meu Pai. Posso desfrutar da mesma liberdade e intimidade que Cristo desfrutava, pois estou nEle e Ele está em ti. Não sou mais estranho, Tu me fizestes filho. Oração: Em oração, declare todo seu amor a Ele como seu Pai. Busque compreender a paternidade à luz de Deus para que você viva e desfrute de dEle como seu Pai. 21Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Sábado Texto Base: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! ” Mateus 6.9-13 Leitura Bíblica: Sl 8.1; 72.17; 145.11-13; Is 9.6-7; Mt 4.17; 6.33; Lc 17.21-23; Jo 1.14; Rm 14.17; I Co 4.20; Cl 1.12-14; Hb 12.28 A oração que Cristo nos ensinou II Jesus ensina seus discípulos a orar revelando a eles a paternidade de Deus, mostrando que podemos e devemos nos achegar a Ele como filhos amados. Uma barreira é quebrada, pois além de Senhor, de Deus, de Soberano e Todo Poderoso, Ele também toma a forma íntima e próxima, como Pai. Jesus continua a oração dizendo: Santificado seja o teu nome. Jesus inverte a ordem natural de nossas orações. Ao invés de começar como costumamos começar, isto é, levando nossas próprias necessidades a Deus para depois pensar sobre o que pertence a Ele e seus interesses, Jesus coloca em primeiro lugar o TEU NOME, TEU REINO e a TUA VONTADE, para depois “dá-nos”, “perdoe-nos”, “guia-nos” e “liberta- nos”. Jesus, em sua oração, nos ensina que Deus tem a primazia, e quanto mais cedo aprendermos a esquecer de nós mesmos, desejando que Ele seja glorificado, mais rica será a bênção que a oração trará para nossas vidas. É estranho dizer “santificado seja o seu nome” pois o nome de Deus é santo. Jesus nos ensina aqui a santificar este novo nome de Deus. Deus foi conhecido como vários outros nomes no Antigo Testamento, mas agora, no Novo Testamento, o GRANDE EU SOU recebe o nome de Pai. Este nome é separado para se referir ao nosso Deus, a partir de Cristo. Jesus continua: “Venha o teu reino”. Nosso Pai também é Rei, e 22 Break - O Poder disponível na Oração como Rei, Ele tem um reino. Nossa maior ambição deve ser de querer ver a glória deste reino do Pai. Estamos aqui neste mundo como peregrinos, como estrangeiros, não somos daqui. Este mundo não é o reino do nosso Pai, é território inimigo. O reino que está nos céus ainda não se manifestou plenamente para nós. Por isso, é natural para nós, seus filhos, almejarmos e clamarmos com profundo entusiasmo: venha o teu reino. É muito difícil para um filho se adaptar a um ambiente que não é a sua casa; por isso clamamos, pois temos um anseio pela eternidade. A oração continua com “faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”. No céu, a vontade de Deus é feita. Jesus nos ensina a pedir para que a vontade dEle seja feita na terra como acontece no céu. Será que no céu há sofrimento? Há enfermos? Há miséria? Não podemos aceitar de maneira nenhuma em nosso meio estas realidades, pois somos filhos, e como filhos, devemos viver na glória do nosso Pai. Por isso, devemos pedir para que a sua vontade seja uma realidade entre nós, da mesma forma como ela é real no céu. Esta verdade nos revela que há um nível de glória muito superior que devemos buscar. Não podemos nos acomodar com o que temos, se sabemos que a vontade de Deus é infinitamente superior. Confissão de fé: Meu Pai, eu te dou a minha vida para que nela se cumpra conforme o seu querer. Que seu nome seja glorificado através de minha vida; que teu reino venha através de mim e que sua vontade seja tão real em minha vida, como é real no céu. Oração: Peça para que Deus te dê uma insatisfação para que nunca se acomode, aceitando qualquer coisa que seja diferente da vontade de Deus para você. Peça a Deus para que você se posicione diante de qualquer circunstância diferente do que Deus tem para a sua vida. 23Primeira Semana: Por que orar? Primeira Semana - Domingo Texto Base: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! ” Mateus 6.9-13 Leitura Bíblica: Rm 4.7-8; 1Co 10.13; 2Co 9.10; Gl 1.4-5; Fl 4.19; 1Ts 1.10; 1Jo 1.9; 2.12. A oração que Cristo nos ensinou III Jesus, na oração do Pai nosso, nos revela que Deus é Pai e o coloca em primeiro lugar para que seu nome seja santificado entre nós, para que seu reino e sua vontade sejam uma realidade em nosso meio. Depois de colocar a Deus em lugar de primazia, Jesus então nos ensina a orar pelas nossas necessidades pessoais. “Pão nosso de cada dia” nos fala do nosso pão diário, ou das nossas necessidades diárias. Uma vez que nossas vidas foram rendidas totalmente a Ele, podemos dar continuidade fazendo nossos pedidos pessoais. Deus não deseja ver os seus filhos passando necessidades, Ele se importa com a comida dos seus servos. Podemos orar sem medo a Deus, tendo a confiança de que Ele cuida de você. Aquilo que é seu pão de cada dia, ou seja, aquilo que é uma necessidade sua hoje, você não precisa ter vergonha de pedir, pois o Pai quer cuidar de cada uma das suas necessidades. Lembre-se sempre que não existe nada que seja importante para você que também não seja importante para o nosso Pai. Pão nos fala de necessidades do nosso corpo; perdão nos fala de uma necessidade da nossa alma. “Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos os nossos devedores” nos apresenta essa necessidade de termos de Deus perdão constante. Aquilo que é confessado diante de Deus é perdoado por Ele, e, pela fé, recebemos o seu perdão. Porém, percebemos uma condição posta por Cristo, que nos mostra que somos perdoados à medida que perdoamos. Deus é 24 Break - O Poder disponível na Oração perdoador por natureza, Ele é gracioso, contudo, precisamos andar nesta mesma graça que Ele, sendo perdoadores. Perdoe, pois você é perdoado à medida que você perdoa. Depois do pão de cada dia, e do perdão, Jesus nos revela que também podemos pedir proteção a Deus contra toda tentação e ataques do maligno. É libertador sabermos que não vencemos as tentações, nem o diabo na força do nosso braço, mas na força do Senhor. Você não vence o pecado por você mesmo, mas é o Senhor que te dá vitória sobre o pecado. Isto significa que temos vitória sobre o diabo e as tentações somente pedindo a Ele e descansando em sua proteção. Mesmo tendo reconhecido o senhorio de Deus no início da oração, após todas as petições, Jesus a encerra reconhecendo que deDeus é o reino, o poder e a glória; não só hoje, como para todo o sempre. Este encerramento é o reconhecimento de que somente o Pai pode responder a estas petições, pois tudo é dEle e para Ele; ontem, hoje e sempre será. Em nossas orações não pode faltar o reconhecimento de sua soberania. Confissão de fé: Como meu Pai, eu sei que não existe nada que seja importante para mim que não seja importante para ti. Por isso, eu creio que o Senhor está cuidando de cada uma das minhas necessidades pessoais; creio que em ti tenho perdão para minhas falhas e proteção diante das tentações e do maligno. Oração: Ore a Deus pedindo aquilo de que você necessita, com fé, crendo que Ele te responderá. Peça perdão pelas suas falhas, com fé, crendo que Ele te perdoará. Peça proteção contra o mal, com fé, crendo que Ele te protegerá. 27Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Segunda-feira Texto Base: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Tiago 5.16 Leitura Bíblica: Jo 16.8; Rm 3.24; 4.4-5; 5.9, 17; 8.1; 10.4; 2Co 5.21; Hb 4.14-16 Deus ouve somente o justo Cultivar uma vida de oração não é apenas a nossa maior prioridade, mas também nossa maior necessidade. Uma vez que aprendemos o motivo pelo qual devemos cultivá-la, podemos avançar na revelação de uma chave espiritual fundamental para desfrutarmos do poder disponível na oração: a revelação de que fomos justificados em Cristo. Como poderemos ter ousadia, confiança e liberdade para nos aproximarmos diante de Deus? Como poderemos ter a certeza de que nossas orações sempre serão ouvidas? Deus somente ouve a oração dos justos. As pessoas estão sempre à procura de alguém que consideram estar mais “pertinho” de Deus para que ore por elas. Na verdade, elas estão corretas; mas o que não sabem é que, em Cristo, todo aquele que crê é declarado justo, e por causa do sangue de Jesus que nos aproxima, já estamos mais perto do Pai quanto é possível estar. Possuir a revelação de que fomos justificados em Cristo é a chave. Pense um pouco sobre isso. O que impede alguns de terem uma vida de oração? O que impede alguns de serem curados? Por que não recebem resposta para determinado pedido de oração? Porque se sentem indignos de receber, pensando que ainda são injustas, que há pecado em sua vida; ainda pensam que a doença é um castigo de Deus. Mas quando temos revelação e consciência do dom da justiça, nos tornamos inabaláveis. Enquanto pensarmos que ainda temos pecado diante de Deus; enquanto nos permitirmos ser dominados pelo medo e pela culpa, não teremos fé para orar com ousadia. Entretanto, no momento em que cremos que fomos justificados em Cristo, a fé e a ousadia invadem o 28 Break - O Poder disponível na Oração nosso coração. O dom da justiça, o perdão dos pecados, a remoção do medo e da culpa, sempre irão gerar fé em nosso coração. Nunca pense que esse é um assunto pequeno e sem importância; antes, é a fonte para uma vida de oração frutífera. Se você crê que é justificado, também será curado, liberto e santificado, desfrutando de toda sorte de bênção espiritual. Rejeite toda culpa pelo que você fez no passado, pois em Cristo não há mais condenação. Encha a sua mente dessa verdade e desfrute de um relacionamento verdadeiro e profundo com o Seu Pai Celestial. Quando Adão pecou, ele começou a experimentar sentimentos que não conhecia antes; e, dominado pela culpa, se escondeu da presença de Deus. O processo da obra redentora de Cristo foi remover o pecado, para, então, anular a culpa por meio do conhecimento da verdade. Assim, o homem teria o relacionamento com Deus restaurado. Você crê que, se morresse hoje, entraria no céu? A mesma qualificação que lhe garante entrar no céu, lhe garante que o céu venha até você. Tiago 5.16 diz que “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Sempre pensamos que justo é aquele que possui um comportamento mais santo que os demais, e por causa disso, está mais perto de Deus. Mas não é esse o conceito de justo na Nova Aliança. Justo é aquele que teve todos os seus pecados perdoados pelo sangue de Jesus, e que recebeu a justiça de Cristo pela fé. A justiça é um dom, um presente de Deus. Então, não podemos orar apropriadamente se não compreendermos que fomos justificados pela obra de Cristo na cruz. Confissão de fé: Obrigado Pai pelo dom da justiça. Posso orar com fé e confiança, pois sei que fui justificado em Cristo. Eu tenho liberdade para desfrutar da presença de Deus com ousadia. Oração: Ore expressando a sua gratidão pelo perdão dos pecados e pela realidade da justificação em Cristo. 29Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Terça-feira Texto Base: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 5.1 Leitura Bíblica: Rm 3.24,28-30; 4.4-5; 5.17,20; 2Co 5.21; Ef 1.7; Cl 1.20; 2.6,14 O que é Justificação? Suponha que uma mulher muito pobre tenha se casado com um homem muito rico. Por meio da união do casamento, ela desfruta de todas as riquezas do marido. Da mesma forma, nós fomos unidos a Cristo e desfrutamos de toda a sua riqueza. Nós nos unimos a Cristo e nos tornamos um com Ele. É assim que fomos justificados diante de Deus. Pela fé, a justiça de Cristo foi transferida a nós. Visto que nós e Cristo somos um, tudo o que pertence a Ele é nosso. A justiça dEle é a nossa justiça. Quando o Senhor Jesus derramou o seu sangue na Cruz, todos os nossos pecados foram perdoados. Contudo, existe uma verdade que ainda vai além: quando Cristo morreu, nós morremos com Ele, e quando Ele ressuscitou, nós ressuscitamos com Ele; agora Ele é a nossa vida. Se Ele é a nossa vida, isso significa que Ele também é a nossa justiça. Fomos enxertados no Cristo, portanto, somos membros do Justo. Só existe um que é justo, Cristo Jesus; e nós somos justos porque estamos nEle. O que é justificação? É o oposto exato de condenação. Condenar é declarar uma pessoa culpada; justificar é declará-la sem culpa, ou justa. Justificação é o ato de Deus perdoar o pecador, declarando-o sem culpa, e ainda o aceitando como justo. A Palavra de Deus diz que todo homem é pecador, no entanto, a humanidade não sabia disso. Assim, Deus mandou o seu prumo para a terra. O prumo de Deus é a lei. Pela lei, sabemos que estamos fora do padrão da justiça de Deus. Entretanto, não era a intenção de Deus justificar o homem pela lei. Pela lei veio apenas o pleno conhecimento do pecado. A lei é santa, mas não tem poder para santificar. A lei é justa, mas não tem poder para justificar. Ninguém pode ser justificado tentando guardar a lei, pois ela foi dada para condenar, e não salvar o homem. Deus tomou a lei e a 30 Break - O Poder disponível na Oração substituiu pela fé. Crer é a única lei que Deus exige do homem pecador. Se o homem crê em Cristo, esta fé lhe é imputada por justiça. Não que o homem possa crer por si mesmo; sua fé é apenas um eco da voz de Cristo chamando-o. Cristo é o autor da nossa fé e a nossa própria justiça. A justificação é apenas pela fé. Somos declarados justos quando cremos na obra consumada de Cristo na Cruz. Precisamos conhecer essa verdade e aplicá-la em todas as áreas da nossa vida cristã, principalmente na prática da oração. Se as acusações e mentiras do diabo o convencerem de que você não é suficientemente bom para receber uma resposta da parte de Deus à sua oração, ele já o derrotou. Se chegarmos diante de Deus com esse sentimento de condenação e acusação, nunca conseguiremos ter fé para ter uma vida de oração frutífera. Confissão de fé: Eu estou em Cristo Jesus. Eu e Cristo somos um. Fui enxertado no Cristo, portanto, sou membro do Justo. Oração: Peça a Deus revelação da justificação. 31Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Quarta-feira Texto Base: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que,nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” 2Coríntios 5.21 Leitura Bíblica: Jo 3.16-17; Rm 1.17; 5.1, 17; 8.32-33; 1Co 1.30; Hb 10.12- 14; 1Jo 1.9; 3.8 O dom da Justiça Nossa justiça é um dom de Deus. Você foi feito justo, não por meio do seu comportamento, mas pela fé; Nele e em sua obra consumada na cruz. Seu direito de ser justo foi comprado pelo sangue de Jesus. Entretanto, muitos crentes ainda vivem debaixo de condenação e acusação. Se você não se sente merecedor de tudo quanto Deus providenciou para você, então a consciência da justiça ainda não é uma realidade na sua vida. Nunca poderemos ter uma vida de oração frutífera debaixo de culpa. Simplesmente não temos fé quando estamos debaixo de condenação. Muitos cristãos vivem cheios de culpa, depressivos e doentes. Isso é resultado de falta de revelação do que se é em Cristo e do dom da justiça. Esse dom é como uma chave que Deus nunca escondeu de nós. Todos que nasceram de novo já estão em posse dela. Quando usada, ela abre imensuráveis tesouros da graça de Deus diante de nós. A justiça de Deus em nós é um presente, uma dádiva. A palavra “dom” significa exatamente isso. É uma posição que nos foi dada pela graça. Não há nada que você possa fazer para se tornar justo aos olhos de Deus. Através do novo nascimento, Deus mesmo lançou sobre nós o manto da justiça, como um presente, um dom destinado aos seus filhos. Como isso aconteceu? Jesus é a justiça de Deus; e o homem corrompido e rebelde, possui uma natureza de pecado. Como esse homem poderia se relacionar com Deus? Deus fez em Cristo o que a mente humana pode achar um completo absurdo: Ele tomou sobre si o pecado, e a maldição do pecador, afim de transformá-lo num homem santo e justo. Na Cruz, o Senhor Jesus se tornou o que nós éramos, se tornando pecado em nosso lugar, assumindo toda a culpa. E porque Ele fez isso? Para que, pela fé Nele, fôssemos feitos justiça de Deus. 32 Break - O Poder disponível na Oração Hoje podemos chegar à sua presença sem qualquer condenação, culpa ou sentimento de inferioridade, como se nunca tivéssemos pecado; porque, agora, todas as vezes que Deus olha para nós, Ele vê do que estamos revestidos, Cristo Jesus. Assim como Ele olhou para a Cruz e viu nela o pecador, agora Ele olha para o pecador redimido e vê nele o Seu filho. Na Cruz, o pecado foi julgado e a justiça de Deus satisfeita, para que essa mesma justiça fosse transferida para todo aquele que crê. Um cão não tenta ser um cão; ele simplesmente o é por natureza. Um peixe não se esforça para ser um peixe; ele o é por natureza. Igualmente você, pelo novo nascimento, foi feito justo por natureza. Porém, aquele que não tem revelação dessa realidade, está sempre com uma sensação de desqualificação. O inimigo o acusa constantemente, mostrando-lhe o quanto está fora do padrão de Deus, e que, por isso mesmo, não pode ser abençoado. Isso acontece porque olham para si mesmos todo tempo, para encontrar algum mérito, afim de ter suas orações respondidas. Quanto mais olham, menos fé têm. Nunca se esqueça: não tem nada haver com você, tem tudo haver com Cristo. O Senhor não responde nossas orações porque somos bons, mas porque Ele é bom. Se você pensa que precisa ser justo para ser ouvido pelo Pai, está completamente certo. Deus só pode ouvir aquele que é justo. Mas a boa notícia é que Cristo se tornou a nossa justiça. Tudo depende de Cristo e da sua justiça. A nossa justiça é uma pessoa e não o nosso comportamento; a nossa justiça é Cristo. Nem no céu você será mais justo do que é hoje, pois sua justiça é Cristo. Confissão de fé: Sou justo; portanto sou perdoado. Sou justo; portanto minhas orações são ouvidas pelo Pai. Sou justo; portanto posso ser curado. Sou justo; portanto sempre triunfarei em Cristo Jesus. Sou justo; portanto os céus estão abertos sobre mim. Oração: Ore para que o Espírito Santo te revele e te ensine no seu dia a dia a desfrutar do dom da justiça. 33Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Quinta-feira Texto Base: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tiago 5.16 Leitura Bíblica: Is 61.10; Os 4.6; Mc 11.23; Lc 11.5-13; Rm 1.17; 2Co 5.21; Tg 4.2; Tt 3.4-7; Hb 4.14 Devemos orar como justos A maneira como você ora determina o tipo de vida que você vive. Quando você tem ousadia para pedir coisas grandes, poderá pedir aquilo que você nunca teve coragem antes; portas que normalmente não são abertas. Quando você faz orações como justo, confiando na graça, pedirá coisas do tamanho de Deus. Por outro lado, saber disso não é suficiente. Precisamos aprender a fazer orações do tamanho de Deus. Quando você orar, faça-o confiando na justiça de Cristo, que lhe foi dada gratuitamente (2Co 5.21). O crente que não tem revelação do dom da justiça, não tem fé para pedir coisas maiores para Deus. O tamanho dos seus pedidos a Deus é do tamanho da revelação que você tem da graça. A nossa vida de oração revela o quanto conhecemos da graça de Deus, porque quem conhece a graça pede muito; quem conhece pouco só pede um pouquinho ou não pede nada. Deus é gracioso, generoso, onipotente, não conhece limites; um Deus que é capaz do impossível, por isso, suas orações não devem ser do seu tamanho, e sim do tamanho de Deus. A maioria dos cristãos não possui uma vida de oração frutífera; são tímidos porque são tomados por uma visão errada de si mesmos. “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é...” Provérbios 23.7. Ou seja, a forma como nos vemos, é como somos. Então aprenda a se ver como Deus lhe vê, para passar a agir como Deus quer que você aja. Aquilo em que acreditamos determina o nosso comportamento. Quando você vir um crente fracassado é porque ele se vê fracassado. Porque ele não se vê com os olhos de Deus, ele se vê com os seus próprios olhos. A questão é que muito do que se crê é absolutamente 34 Break - O Poder disponível na Oração falso. As pessoas aprenderam a viver enxergando erradamente, como nas “casas de espelho” dos parques de diversão. Nessas casas de espelho há espelhos que, quando você olha, se vê magrinho e comprido; mas há também outro em que você se vê gordinho e achatado. Os espelhos distorcem a imagem. Se o que vemos nos espelhos em nossa volta não é algo alinhado com a Palavra de Deus, as imagens que temos são distorcidas. Qual é o remédio para essas imagens distorcidas? Veja como Deus vê. Quando você se vê com os olhos de Deus, nunca mais dirá: “Eu não presto. Não valho nada. Não sou merecedor.” Quando você aprende a se ver como Deus te vê realmente, e entende a revelação do dom da justiça, essa revelação gera em seu interior uma convicção, uma coragem e uma ousadia, que te faz não aceitar mais viver debaixo da acusação do inimigo. Só assim você consegue fazer orações do tamanho de Deus. Ele nos justificou pela graça e nos tornou seus herdeiros. Se Deus me fez herdeiro e me justificou, logo, sou aceitável, aprovado. Não importa o que nós fizemos no passado; aos olhos de Deus nós já estamos justificados, lavados, regenerados, redimidos, perdoados, aceitos e aprovados. Abandone a visão distorcida dos espelhos da religiosidade que marcaram a sua vida, que o impediu de ter uma visão correta de si mesmo. Você pode orar orações do tamanho de Deus, porque sobre você está a justiça de Deus! Você não é um devedor tentando abater sua dívida com Deus. Toda sua dívida já foi paga! Desafiamos você a pedir, a esticar a sua fé. Desafiamos você a tirar os limites, desafiamos você a fazer orações do tamanho de Deus! Confissão de fé: Há poder na oração de um justo. Quando um justo abre a boca para orar, um poder é colocado disponível. Quando oro, o poder de Deus é disponibilizado. Oração: Se enxergue, nesse momento, como a Palavra diz. Declare verdades da Palavra sobre a sua vida, sabendo que há poder de Deus em tudo que você declara em oração. 35Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Sexta-feira Texto Base: “Se, pela ofensa de ume por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” Romanos 5.17 Leitura Bíblica: Jo 1.17; 16.8; Rm 4.4-5; 6.14; 10.17; 2Co 4.4; Cl 2.6; Hb 10.12-14 Graça Graça é tudo o que precisamos, mas que não merecemos. Se você crê no evangelho, você não recebeu pouca graça, mas recebeu a abundante e transbordante graça. Se você crê no evangelho e tem revelação da graça, você irá desfrutar de vida, saúde, paz, prosperidade, vitória, proteção, restauração e muito mais. Não creia num evangelho com pouca graça; o verdadeiro evangelho promete bênçãos sem medidas porque procede de uma graça superabundante. Precisamos experimentar essa graça superabundante. Essa graça não é uma doutrina que você aprende, não é uma teologia que nos é ensinada; essa graça é uma pessoa, Cristo Jesus. João 1.17 diz que “a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. A lei foi dada porque é uma coisa, mas a graça veio provando que é uma pessoa. A graça é o próprio Cristo. Somente quando você tem revelação da graça é que recebe fé para se apropriar das bênçãos de Deus. A graça é a base para desfrutarmos de todas as bênçãos. Suponha que alguém esteja enfermo. Depois de ter revelação da graça de Deus, ele para e pondera: “se eu já estou perdoado, então eu não preciso mais viver doente. Se Ele já levou minhas maldições, eu não preciso mais suportar essa enfermidade. Eu não preciso pagar pelos meus pecados, pois Cristo já pagou”. Esse vai receber a cura, porque a fé veio quando compreendeu a graça. A medida da sua fé é a exata extensão do seu entendimento da graça. Muitas vezes limitamos Deus, temos uma visão pequena de quem Ele é. Pensamos que Ele está lá longe cuidando do universo, e que não podemos incomodá-lo com esse pequeno problema. Deus sabe 36 Break - O Poder disponível na Oração o número de fios de cabelo na sua cabeça; Ele sabe as suas palavras antes mesmo que você as diga. Você não incomoda a Deus quando pede para Ele o ajudar no seu dia a dia. Não existe nada tão grande que Deus não possa fazer; não existe nada tão pequeno que para Deus seja insignificante. Tudo o que diz respeito a você para Deus é importante, por isso, peça em oração. Ouse pedir! Deve haver algo pelo qual você está orando. Algo que você peça e pareça fora do normal; que você não poderia fazer com as suas próprias forças. Quando você faz um pedido ousado, você provoca um sorriso no rosto de Deus. Pare de pedir como se estivesse incomodando a Deus. Imagine-se chegando na eternidade e ouvindo Deus dizer: Eu tinha tudo isso para você; favor, oportunidades, suprimento, estratégias, conexões divinas; mas você nunca pediu, você ficou na zona de conforto. Eu queria você na zona da fé. Você fez orações comuns. Eu queria que você tivesse feito orações do tamanho de mim. Agora mesmo, enquanto você está lendo essas palavras, há bênçãos que tem o seu nome nelas, guardadas: ministérios, livros, filhos, negócios, casas, ideias; tem o seu nome nelas. Deus quer liberá-las. Ele só está esperando você pedir. Você teria ousadia de pedir por coisas que parecem impossíveis? Peça por seus sonhos, peça por seus alvos, peça pelos desejos secretos do seu coração. Peça pelo crescimento da sua liderança. Peça pela multiplicação da sua célula. Peça para que Deus te alargue em revelação da Palavra. Peça para que você cresça em realidade espiritual. Peça para que toda a sua família se converta ao Senhor. Peça não apenas por provisão financeira, mas para que você tenha condições de abençoar outras pessoas. Peça por filhos espirituais. Peça para Deus abrir o mar vermelho. Peça para que a água flua da pedra. Confissão de fé: Declare em voz alta: “Eu recebi a abundância da graça. Eu recebi o dom da justiça, por isso eu posso reinar em vida por meio de Jesus Cristo”. Oração: Ore pedindo a Deus aquilo que você nunca teve coragem de pedir antes. 37Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Sábado Texto Base: “Este é meu filho amado, no qual tenho todo o meu prazer”. Mateus 3.17 Leitura Bíblica: Jo 1.12-13; 16.8; 17.23; Rm 6.14; 8.29; 2Co 5.21; 12.9; Ef 1.5; Cl 2.14; Hb 2.10; 1Jo 4.16-19 Deus não está zangado com você Deus nos ama e não está zangado conosco. Quando confiamos no amor de Deus, então temos o céu aberto para nossa oração. No dia do seu batismo no rio Jordão, Jesus ouviu do Pai: “Esse é o meu filho amado, em quem tenho todo o meu prazer! ” Mateus 3.17. Nós somos amados pelo Pai da mesma maneira que o Senhor Jesus. Ele é o primogênito, mas nós somos os muitos filhos. O Senhor Jesus orou para que tivéssemos revelação de que somos amados pelo Pai do mesmo modo que Ele o é; “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu enviaste e os amaste, como também amaste a mim”. João 17.23. Nós somos aceitos no amado. Deus está satisfeito com você porque você está em Cristo. Quando você sabe que é amado por Deus, não importa o que o diabo possa fazer, você sempre irá prevalecer sobre ele. Mas se paira alguma dúvida sobre isso, não teremos ousadia, nem firmeza em nossa fé. Depois que o Senhor Jesus ouviu o Pai dizer que Ele era o seu filho amado, Ele foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo. A primeira coisa que o diabo lhe disse foi: “Se você é filho de Deus (...). A estratégia do diabo, em toda tentação, é colocar em dúvida aquilo que Deus disse. Depois disso, ele disse: “Se você é filho, manda que essas pedras se transformem em pães”. Mateus 4.3. Não existe nada de errado em transformar pedras em pães, o problema é quando fazemos algo para ter uma prova da Palavra de Deus. O Senhor respondeu: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. Mateus 4.4. O que o Senhor quis dizer com isso? Quando o Senhor mencionou a palavra que sai da boca de Deus, Ele estava se referindo ao rhema de Deus, sua palavra viva, revelada. Que palavra 38 Break - O Poder disponível na Oração era essa? “Este é meu filho amado, no qual tenho todo o meu prazer”. Mateus 3.17. Essa é a palavra que o Pai havia dito. Essa é a palavra que deve ser o nosso alimento hoje também. Deus o vê em Cristo. Você foi revestido de Cristo. Ele nos ama como ama a Cristo. Não é possível ser mais amado por Deus do que isso. A ira de Deus está reservada para seus inimigos, não para seus filhos. Você é objeto do amor de Deus; por isso, não avalie esse amor com base em circunstâncias, exatamente como uma criança que gosta de pegar uma flor, ficar despetalando e dizendo: “bem me quer, mal me quer”. É possível se relacionar com Deus assim? Alguns, infelizmente, se relacionam com Deus dessa maneira. O amor de Deus não depende do que acontece ao redor. Nosso relacionamento com Deus somente pode ser pela graça. Confissão de fé: Eu sou filho de Deus, os céus estão abertos sobre mim. Eu sou favorecido. Eu sou amado por Deus, nada poderá me separar deste amor. Oração: Peça a Deus revelação do Seu amor e da Sua graça derramada sobre a sua vida. 39Segunda Semana: Oração do Justo Segunda Semana - Domingo Texto Base: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8.1 Leitura Bíblica: Rm 3.23-24; 5.17; 6.1,14; 1Co 15.45; 2Co 5.14; Gl 5.13,17; 1Pe 2.16; 1Jo1.9 3.6 Vencendo toda acusação A Palavra de Deus afirma que, aquele que viu a graça de Deus, desfruta da paz. Este, certamente, é um sinal de alguém que enxergou a graça de Deus; ele sente paz no coração (Rm 5.1-2). Por outro lado aquele que não tem revelação do dom da justiça está sempre com uma sensação de desqualificação. O inimigo o acusa constantemente e, por isso, ele não consegue ter fé para receber coisa alguma. Essas pessoas não oram, porque acreditam que não são boas o suficiente para receber algo de Deus. Entretanto, o Senhor não nos ouve porque somosbons, mas porque Ele é bom. Um dos maiores problemas que enfrentamos em nossas orações é a acusação. Quando nos ajoelhamos para orar debaixo de acusação e condenação, não temos convicção de que receberemos do Senhor aquilo que buscamos. O objetivo das acusações do diabo em nossa mente é tornar-nos fracos em nossa vida de oração. Vença toda acusação, creia no perdão! Jesus mandou que seus discípulos fossem pelo mundo, pregando arrependimento para remissão de pecados. Quando as pessoas creem que seus pecados são perdoados, elas ganham fé para ser curadas, libertas, restauradas, enriquecidas, e tudo o mais de que precisarem. Esta é a fonte da nossa fé, o perdão dos pecados. O evangelho de Marcos nos conta que, em certa ocasião, Jesus estava numa casa em Cafarnaum, e um grupo de amigos decidiu levar um paralítico para ser curado por Ele. Mas quando chegaram à casa em que Jesus estava, não podiam entrar por causa da grande aglomeração de pessoas ali para ouvi-lO. Eles, então, tiveram uma ideia: decidiram puxar o paralítico até o telhado, quebrar a laje e descê-lo diante de Jesus. 40 Break - O Poder disponível na Oração Quando Jesus viu o paralítico sendo descido por cordas diante d’Ele, disse: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. (Mc 2.5). Não era exatamente aquilo que o paralítico esperava ouvir naquele dia. Ele queria ser curado. Então, por que o Senhor resolveu perdoar os seus pecados antes de curá-lo? Eu creio que a resposta está na maldição da lei. Deuteronômio 28 diz que “se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos [...], então virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos”. (Dt 28.1-2). A bênção era resultado da obediência. Todavia, se não ouvissem a voz de Deus, então uma longa lista de maldições os alcançaria. As maldições podiam ser resumidas em pobreza, doença e morte. Aquele paralítico estava experimentando a maldição da lei. Ele estava enfermo e, por causa dessa enfermidade, tinha de mendigar. Doença e miséria eram sinal de que ele era muito pecador, por isso era tão amaldiçoado. Este, certamente, era o seu pensamento. Mas, no momento em que Jesus disse que os seus pecados estavam perdoados, ele entendeu que não precisava mais estar debaixo de maldição. Se ele não tinha pecado, então poderia desfrutar da bênção. Aquele homem teve fé para ser curado porque primeiro creu que não tinha mais pecado. Foi o perdão dos pecados que lhe trouxe fé. O mesmo princípio se aplica hoje. Enquanto pensamos que ainda temos pecado diante de Deus, não temos fé para receber coisa alguma. Enquanto achamos que os nossos pecados não foram perdoados, não temos fé para pedir grandes coisas. Mas, no momento em que cremos no perdão, a fé e a ousadia invadem o nosso coração. Confissão de fé: Obrigado, Pai, pelo teu perdão. Obrigado pela tua fidelidade em perdoar-me e purificar-me de toda injustiça. Oração: Ore para que Deus te torne mais consciente da justiça e do perdão disponíveis através da obra consumada na Cruz. 43Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Segunda-feira Texto Base: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.” Mateus 7.7-8 Leitura Bíblica: Js 1.8; Jr 29.11-13; Mt 7.7-8; 21.22; Mc 11.23-24; Lc 11.9- 10; Tg 1.6-8; 4.3; 1Jo 3.22 Princípio da oração respondida Mais uma vez vemos Jesus falando sobre oração no Sermão do Monte. Primeiramente, Ele nos ensinou a entrar no secreto, pois, em secreto, Ele nos recompensa. Em seguida, Ele nos deu um modelo de oração através do Pai nosso; agora vemos Jesus nos apresentando os princípios para que nossa oração seja respondida, são eles: pedir, buscar e bater. Cada um desses verbos tem uma implicação, como o próprio Jesus mostrou: quem pede, recebe; quem busca, acha; e quem bate, se lhe abre. Jesus nos deixa a segurança de que se a ação é feita, o resultado vem logo em seguida. Logo, o segredo para se ter a oração respondida é não ficar na passividade, mas agir de alguma forma, ou pedindo, ou buscando ou batendo. Jesus nos garante que aquele que pede, recebe. Ele nos deu essa certeza. Então, como você pode pedir e não receber? Se você pediu, aguarde, espere, confie na palavra que Jesus nos fala, pois é certo que você receberá. Pedir nos fala de dom, de presente, de algo que precisamos. Deus é pronto para dar; para isso, nós precisamos estar também prontos para receber. Na oração existem dois lados, o humano e o divino. O lado humano é pedir, e o divino é dar; agora, como existem pessoas que esperam receber algo de Deus se não pediram? Se você deseja algo da parte de Deus, não hesite em pedir. Jesus também diz que todo aquele que busca, encontra. Jesus revela o Pai como sendo alguém disponível para aqueles que querem buscá-lo. Ou seja, não existe quem busque a Deus e não o encontre. No Antigo Testamento, vemos que todos aqueles que buscaram a Deus o encontraram. Ele está disponível para aqueles que o desejam, o caminho 44 Break - O Poder disponível na Oração está aberto; Ele está lá, só precisamos ir a sua “caça”. Da mesma forma que o que pede, recebe e o que busca, encontra. Você não se frustrará em sua busca pelo Senhor, pois, certamente, você se surpreenderá. Além de pedir e buscar, nós também devemos bater. Bater e abrir nos falam de permissão. Quando batemos em uma porta, estamos pedindo permissão para entrar; quando alguém nos abre a porta é porque recebemos a devida autorização. Não há porta fechada para os filhos de Deus. Da mesma forma que podemos pedir sabendo que receberemos; da mesma forma que podemos buscar sabendo que acharemos; devemos bater sem medo, pois as portas já estão abertas para nós. Não tenha medo ou vergonha, não se acomode, não fique passivo. Você deve agir da forma que o Senhor nos ensinou: chegando-se a Deus e pedindo para Ele fazer. Porém, não chegue tímido ou incrédulo; chegue tendo a certeza de que todo aquele que pede, recebe; todo que busca, acha; e todo que bate, se lhe abre. Esta é a chave para que sua oração seja respondida. Confissão de fé: Eu sei que em Ti minha oração é respondida; eu sei que se te busco, te encontro; se bato, uma porta é aberta para mim. Oração: Ore a Deus pedindo que esta convicção seja gerada em seu coração. 45Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Terça-feira Texto Base: “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.” Marcos 10.51 Leitura Bíblica: Mt 9.22; Lc 18.41 Seja específico Um homem cego gritava alto por várias vezes: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim! Jesus, então, ouviu o seu clamor; Ele sabia o que aquele homem queria e estava disposto a conceder o que ele necessitava. Mas antes de operar o milagre, Ele lhe fez a seguinte pergunta: O que queres que eu te faça? Jesus desejava ouvir de seus lábios não somente um pedido geral de misericórdia, mas o que ele desejava, de fato. Enquanto isso não fosse expressado, ele não seria curado. Nosso clamor a Deus não pode ser algo generalizado; um pedido vago por misericórdia, ou indefinido por uma bênção. Nosso clamor deve ser uma declaração específica de uma necessidade definida. Muitos podem até pensar: mas Deus não é onisciente? Por que Ele precisa que eu lhe diga, se Ele já sabe o que eu preciso? Sem dúvidas, Deus é onisciente; sabe de todas as coisas, conhece cada uma de suas necessidades; porém, Ele deseja que você seja específico por dois motivos. Primeiramente, isto te levará a se conhecer melhor. Uma vez que você precisa ter o conhecimento da sua necessidade para ter a sua oração respondida, você precisará descobrir o que você precisa. Isso revela que você precisará gastar tempo de meditação, análise, oração, para descobrir tudo que está no seu coração; coisas que você não deseja mais, e o que você não tem e precisa.Isso te ajudará no seu autoconhecimento e, por consequência, no seu aperfeiçoamento. À medida que nos relacionamos com Cristo, O contemplamos mais e mais. A cada contemplação, nos admiramos com sua beleza, glória e perfeição; e, ao olharmos para nós, vemos o quanto somos pequenos e necessitados. Isso nos ajudará a ver o que precisamos, assim, podemos pedir especificamente; e como já vimos, Ele concede a todo aquele que pede. 46 Break - O Poder disponível na Oração Além de cooperar com o nosso aperfeiçoamento, quando somos específicos em nossa oração, nós estamos provando a nossa fé. Todas as pessoas, quando precisam de ajuda, só buscam em quem elas sabem que vão obter o que necessitam. Ou seja, temos a tendência de procurar quem nós temos a certeza de que pode nos ajudar naquilo de que necessitamos. Quando conseguimos resolver, nem pedimos ajuda; mas, quando não conseguimos mais, corremos para alguém que sabemos que pode nos ajudar. Quando eu chego para Deus, então, e lhe faço um pedido, estou me humilhando perante Ele e reconhecendo que eu não consigo resolver aquilo. Além de reconhecer que eu não consigo, eu dou a Deus o reconhecimento de que Ele pode. Assim, estou expressando a minha fé, a minha convicção e confiança em Deus de que Ele pode fazer. Eu exerço minha fé ao pedir algo específico para Deus; e como já aprendemos, sabemos que Ele vai nos responder. Não seja genérico. Não peça por misericórdia, pois Ele já teve misericórdia de você ao enviar Jesus Cristo; não peça para ser abençoado, pois você foi abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais. Peça o que você precisa, o que você ainda não tem, o que ainda não recebeu. Confissão de fé: Eu sei que o Senhor me ama e se importa com todas as coisas que se referem a minha vida. Por essa razão, eu posso pedir a Deus tudo o que eu preciso. Oração: Neste momento, faça uma lista de três coisas que são necessárias em sua vida, e peça-as a Deus de forma específica. 47Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Quarta-feira Texto Base: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. Jeremias 29.11-13 Leitura Bíblica: Dt 4.29; Lc 11.13; Rm 12.2 Espere o melhor Nesse texto, vemos Deus colocando de forma clara a sua vontade para cada um de nós; o que Ele pensa a nosso respeito, o seu caráter, de fato, abençoador. O início do texto afirma que Ele é que sabe os pensamentos que tem ao nosso respeito. Ou seja, não tem melhor pessoa para falar da vontade de Deus para nós do que Ele mesmo. Ele é que sabe o que passa em sua mente e coração, Ele que sabe os seus desejos. Se você deseja conhecer a sua vontade, busque ao Senhor. Além de nos mostrar que Ele é quem sabe os pensamentos que tem ao nosso respeito, Ele nos afirma qual é a qualidade desses pensamentos. São pensamentos de paz, e não de mal. Bem, antes de falar da paz, vamos falar do mal. Deus traz uma negativa na sua fala: seus pensamentos não são de mal. Ou seja, os pensamentos de Deus ao nosso respeito não são maus. Logo, nós não devemos viver escravos de coisas ruins, que simplesmente suportamos, pensando ser a vontade de Deus. Paulo diz, em Romanos 12, que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Logo, não aceite nada ruim ou mal como sendo a vontade de Deus. Sendo assim, os pensamentos de Deus para nós não são maus, mas de paz. A palavra paz em seu original hebraico é “shalom”. Este termo é muito conhecido por todos nós. Porém, não sabemos de fato a profundidade que esta palavra tem para os judeus. Shalom é uma expressão que se refere a uma esperança em um tempo em que nada furtará a paz; um estado perfeito de paz, ou tudo que possa nos levar a este estado perfeito de paz. Sendo assim, Deus deseja que todos nós desfrutemos deste 48 Break - O Poder disponível na Oração perfeito estado de paz, pois isso é o que Ele tem para nós. Agora, vamos levantar algumas questões para compreendermos melhor o que é paz. Você ficaria em plena paz com uma pilha de contas para pagar e sem nenhum dinheiro no banco? Ficaria em paz com seus filhos chorando de fome e nada na despensa para dar-lhes de comer? Ficaria em paz sofrendo em um leito por uma enfermidade? Ficaria em paz sabendo que existe uma guerra acontecendo na sua rua? Com esta pergunta, percebemos que o conceito de paz está ligado a circunstâncias. Porém, a paz de Deus não depende de circunstância alguma. O que Deus tem para nós é tudo aquilo que pode nos colocar em pleno estado de paz. Deus não deseja que você viva o medo ou a ansiedade, Ele deseja que você desfrute do mesmo que Ele desfruta, da perfeita paz. Sendo assim, quando você orar, peça esperando o melhor de Deus para você. Não vá achando que você vai pedir a Deus um peixe e Ele te dará um escorpião. Deus é aquele que gosta de surpreender os seus filhos ao desfrutar do melhor. Deus é perfeito no dar, ninguém é mais generoso que Ele. Logo, descanse em Deus, sabendo que a vontade dEle é muito melhor que a sua, e que o melhor já está preparado para você. Confissão de fé: Eu sei que o Senhor já preparou o melhor para mim, eu sei que a sua vontade para minha vida é boa, perfeita e agradável. Por isso, eu só posso aguardar o melhor. Oração: Ore a Deus debaixo desta convicção, de que Ele tem preparado o melhor para você. Profetize sobre várias áreas da sua vida, em que você ainda não está desfrutando do melhor de Deus. 49Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Quinta-feira Texto Base: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” Isaias 55.10-11 Leitura Bíblica: Is 54.9; Jo 15.7; 2Co 9.10 Faça da sua oração uma confissão Devemos fazer de cada uma de nossas orações uma oportunidade para confessarmos a Palavra de Deus. Para entendermos a importância da confissão, vamos usar uma ilustração. A constituição de um país é o elemento norteador para todas as suas leis. Da mesma forma, a Bíblia é como uma constituição do reino de Deus; ela é o nosso manual e fonte de oração, pois é ela que nos norteia. Deus disse, através do profeta Isaías, que a sua Palavra, ao sair de sua boca, não voltaria para Ele vazia, sem antes produzir ou cumprir o propósito para o qual ela foi designada. Sendo assim, quando pegamos a Palavra de Deus e a oramos, já sabemos qual será a resposta da nossa oração, pois aquela Palavra não voltará sem cumprir o que Deus disse. Palavra invocada é promessa lembrada. Quando oramos assim, estamos dizendo que está escrito, é promessa de Deus, é Palavra de Deus, logo se cumprirá. Podemos nos apropriar e confessar as promessas de Deus em nossas orações. Imaginemos que você esteja em uma situação de perseguição; você está sendo coagido e parece que estão armando algo contra você. O que a Palavra de Deus diz sobre isso? Existe alguma promessa que te protege? “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR.” Isaías 54.17 50 Break - O Poder disponível na Oração Você tem a promessa, ela vem do trono de Deus, está em seu coração. Quando você a ora, você a devolve para Deus; ela produz um efeito dentro de você quando você a confessa. Ela gera fé dentro de você, uma certeza que, de fato, ninguém conseguirá te tocar porque Deus está te guardando. Perceba que as orações de confissão da Palavra são diretas, objetivas, firmes, carregadas de vida e fé. É como se o próprioDeus estivesse falando quando você se posiciona em oração. Na verdade, é como se emprestássemos a nossa boca para Deus, para que a sua Palavra seja liberada. Por isso, procure na Bíblia versículos, promessas que envolvam o que você está precisando. Se posicione em oração e declare, profetize, confesse, permita que seu coração seja tomado por uma fé como você nunca teve, e aguarde, confiante, a resposta de sua oração. Confissão de fé: Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou, eu tenho o que a Bíblia diz que eu tenho, eu posso fazer o que a Bíblia diz que eu posso fazer. Ela é meu ponto de partida, e ela é também o meu limite. Minha vida está baseada naquilo que a Palavra de Deus fala sobre ela. Oração: Pegue um texto bíblico que envolva uma promessa de Deus para você e que se encaixe em uma necessidade sua. Declare, confesse este texto, ore essa passagem e perceba a sua fé sendo alargada, a sua confiança crescendo, e a certeza de que Deus vai responder a sua oração se estabelecendo. 51Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Sexta-feira Texto Base: “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.” Romanos 4.18-21 Leitura Bíblica: Gn 15.5; 17.17; Sl 115.3; Lc 18.1-8; Hb 11.9 Perseverando em oração Ao contrário do que muitos possam pensar, perseverar em oração não é orar dezenas de vezes a mesma coisa até que o Senhor decida nos responder. Deus não nos atende por conta da nossa insistência, Deus nos atende porque Ele é fiel à sua Palavra e ela nos garante isso. Se assim cremos, Ele fará. Porém, a Bíblia mostra a importância da perseverança na oração, e é sobre isso que meditaremos hoje. O melhor exemplo de alguém que perseverou em oração foi Abraão. Paulo descreve a sua perseverança de forma perfeita. Abraão havia recebido uma promessa de Deus de que seria pai de uma multidão; que da semente dele, uma nação surgiria. Porém, apesar da promessa, havia um quadro circunstancial complicado, visto que Abraão já era bem idoso e Sara, além de idosa, era estéril. Paulo nos apresenta, no texto, que Abraão esperou contra a esperança, ou seja, ele não esperou aquilo que era natural, aquilo que era a esperança do mundo; mas ele esperou o cumprimento da Palavra de Deus. Paulo diz que ele não enfraqueceu na fé, ao mesmo tempo que não negava a realidade sobre sua idade, seu corpo amortecido e a idade de Sara. O texto nos mostra que ele não se enfraqueceu na fé, mas dava glória a Deus. O texto não nos mostra Abraão insistentemente orando pelo seu filho, mas deixa claro que ele tinha a palavra de Deus em seu coração; reconhecia as dificuldades, mas decidiu se posicionar em oração, 52 Break - O Poder disponível na Oração dando glória a Deus e aguardando, convictamente, o cumprimento da promessa. Logo, perseverar em oração não é encher o ouvido de Deus de uma ladainha, achando que assim você vai convencê-lo, mas é manter uma postura de fé, de convicção, de uma esperança firme; e, em oração, não demonstrar incredulidade, mas fé, glorificando a Deus; pois existe uma certeza em seu coração de que Deus está respondendo a sua oração. Este é um princípio fundamental para oração respondida. A grande maioria dos irmãos não fazem como Abraão fez; negam a realidade, porém, isso não resolve o problema. Outros são levados pela realidade, creem mais nas circunstâncias do que na Palavra de Deus. Por não perseverarem em oração, posicionados em fé, glorificando a Deus, acabam naufragando na incredulidade, perdendo a bênção. Do dia em que Abraão recebeu a promessa, até o seu cumprimento, foram dez anos. Do dia em que os judeus foram libertos do Egito, até a conquista da terra, foram quarenta anos. A resposta nem sempre vem no tempo que imaginamos, mas é um fato que ela vem. E neste tempo, em que aguardamos convictamente, Deus opera poderosamente em nossos corações. Confissão de fé: Se Deus prometeu, Ele vai cumprir. Enquanto a promessa não se cumpre, não esmorecerei na fé; reconhecerei a realidade, porém, minha confiança permanecerá na Palavra que Deus me deu. Oração: Ore a Deus, não pedindo, mas agradecendo pela certeza que você tem de que Deus recebeu a sua oração e a resposta já está chegando. 53Terceira Semana: Principios da oração respondida Terceira Semana - Sábado Texto Base: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” Marcos 11.24 Leitura Bíblica: Mt 7.7; 17.20; Mc 9.23; 11.23; 17.20; Jo 14.13; 1Co 13.2 Todo que pede recebe Jesus usa uma palavra que deixa os incrédulos em crise: tudo. Jesus deixa muito claro em sua fala que não há limites para o pedido de alguém que crê; tudo quanto ele pede, crendo, ele recebe. Jesus usou este termo algumas vezes, e deixa claro que, realmente, não há limites para uma fé verdadeira. A questão em pauta não é se Ele pode ou não pode fazer; se é possível ou não é possível; se é a vontade dEle, ou não é. O fato fundamental é pedir, mas pedir crendo que receberá, e assim se fará. Sem dúvidas, fé não é algo natural; não é uma simples conclusão baseada em uma promessa de Deus. Fé é fruto de um ouvido que ouviu Deus dizer o que vai fazer; de um olho que viu Deus fazendo o que prometeu. Para uma fé de verdade, é impossível que a resposta não venha. Jesus fala este verso após um momento com seus discípulos. Jesus e seus discípulos saíram de Betânia em direção a Jerusalém. No caminho, Jesus estava com fome e, vendo uma figueira, foi até ela pegar fruto, mas ela não apresentava fruto algum. Logo, Ele amaldiçoa a figueira para que ela não desse mais figo. No dia seguinte, Ele e seus discípulos fazem o mesmo caminho novamente, e Pedro fica perplexo ao ver que aquela figueira, que Jesus havia amaldiçoado, estava seca desde a raiz. Jesus podia ter perguntado a Pedro qual era a surpresa dele, pois qual foi a palavra liberada por sua boca que não se cumprira? Por que no caso da figueira seria diferente? Jesus, então, aproveita a oportunidade para ensinar aos seus discípulos sobre fé e oração. Para Jesus, não havia dúvidas de que aquela figueira iria secar, pois Ele possuía convicção de sua Palavra. Porém, percebemos que alguns discípulos, como Pedro, não colocaram muita fé. Jesus diz para 54 Break - O Poder disponível na Oração eles, então, que, quando eles fossem orar, tudo que eles viessem a pedir, se pedissem com fé, crendo, não duvidando, assim seria feito. Jesus usa um exemplo bem extremo ao dizer que se algum deles cresse e desse uma ordem a um monte para que ele fosse lançado no mar, sem duvidar no seu coração, assim seria feito. Por isso, não existem limites ou barreiras para aqueles que creem, para aqueles que oram crendo, tendo a certeza de que Deus é bom o suficiente para abençoar, e tem poder suficiente para operar o que se precisa. Se não há fé, nem é necessário orar; porém se você crê suficientemente, não perca tempo, peça e receba. Este texto é uma grande loucura para muitos dos incrédulos, porém, ele é real. Quando Jesus diz “tudo quanto” é porque é tudo quanto. Não há limites, não há restrições. Sua medida vai até onde a sua fé alcança. Isso inclui tudo realmente; seja a cura para uma enfermidade, a conversão de alguém querido, um problema aparentemente insolúvel, um aperto financeiro, a ressurreição de um morto, ou até algo que você considere aparentemente insignificante. Para Deus, o que realmente importa não é tanto Ele, mas sim o que você crê a respeito dEle. Confissão de fé: Eu tenho uma fé viva, a fé de Deus. Não uma fé baseada em circunstâncias, mas uma fé baseada na
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