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ROTEIRO DE ESTUDO BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA @fisioterapiamor_ HISTÓRICO DA CINESIOLOGIA • O termo Cinesiologia é uma combinação de dois verbos gregos, kinein, que significa mover, e logos, estudar. Os pesquisadores da área, cinesiologistas, aproveitam estudos da anatomia, ciência que estuda o corpo humano, juntamente com a fisiologia que estuda o funcionamento organizacional do corpo. O pai da Cinesiologia como é conhecido o grego Aristóteles (384-322 a.C), e que segundo registros foi o primeiro a estudar e demonstrar o processo de deambulação, processo esse que mostra que o movimento de rotação pode se transformar em um meio de translação. Esse estudo de Aristóteles tinha como ideais algumas semelhanças posteriores às três leis de Newton, o complexo processo de deambulação, para a época de Aristóteles mostrou-se relevante na importância do centro de gravidade, das leis, do movimento e alavanca. - • Na Grécia temos relatos de outro cidadão grego de muita importância para o início da Cinesiologia, Arquimedes (287-212 a.C), em sua época apresentou estudos a respeito dos princípios hidrostáticos que até hoje são aplicados na Cinesiologia, na natação, bem como também ajuda parcialmente com a possibilidade de viagens espaciais, já que são usadas por astronautas algumas características desse estudo. O catálogo de estudos feitos por Arquimedes é bastante amplo, com indagações a respeito de leis de alavanca, por exemplo, e relacionando-as a determinação de centro de gravidade, esse seu estudo é chamado de fundação da mecânica teórica e é usado até hoje na ciência de estudo do corpo humano - anatomia - assim como em Cinesiologia. - • Galeno (131-201 d.C) romano também, grande estudioso da Cinesiologia, que a partir da observação em gladiadores na Ásia menor acumulou diversos estudos sobre o movimento do corpo humano, tendo como objeto de estudo esses atletas, e que por isso é conhecido até os dias de hoje como o primeiro médico de equipe da história. Em um estudo feito por Galeno de nome Motu Musculorum, o autor diferencia nervos motores de nervos sensitivos assim como também músculos agonistas e músculos antagonistas, dentre outras observações encontradas na sua obra, é importante falar sobre os termos diartrose e sinartrose que são usados até hoje na termologia da artrologia (estudos das articulações). Relatos afirmam que a ideia de que os músculos se contraem é originado de Galeno, o estudioso afirmava que o 22 Cinesiologia motivo da contração muscular acontecer era algo denominado por ele como espíritos animais do cérebro, usava o mecanismo dos nervos para chegar aos músculos e os induzia a contração. Principalmente por esses motivos, Galeno é considerado o pai da medicina desportiva e através do seu estudo, o primeiro manual de Cinesiologia. - • O intuito de Da Vinci em estudar a marcha humana era de demonstrar a diversidade de músculos que são usados neste exercício, bem como mostrar os músculos no seu movimento, e para isso ele utilizou de cordas amarradas em esqueletos em pontos específicos de origem e inserção de cada músculo em estudo, e depois disso realizou o movimento de marcha para que fosse demonstrado o músculo sendo aproveitado. Uma curiosidade a respeito dos registros de Da Vince, é que apesar de ser um escritor de textos de fácil compreensão, seus estudos foram registrados em uma linguagem difícil para leigos, e por esse motivo seus relatos só foram utilizados de forma mais ampla 300 anos após sua morte, tendo sido reconhecido em vida apenas por um pequeno grupo de conhecidos. - • Charles Darwin (1809-1882) defendeu teses hoje clássicas no meio científico, no que diz respeito ao conhecimento histórico do corpo humano. Em sua tese 24 Cinesiologia Darwin diz que o homem que se conhece hoje é descendente de alguma forma de outro ser, esse conceito de Darwin é conhecido atualmente como teoria da evolução, e essa esclareceu tanto quando foi apresentada como várias questões relativas à Cinesiologia, trazendo para a pesquisa vários antropólogos que agregaram ainda mais conhecimentos à Cinesiologia. Ainda no século XIX, Angelo Mosso (1848-1919) contribuiu com a Cinesiologia por meio da invenção do ergógrafo no ano de 1884 e que até hoje é utilizado de várias formas em pesquisas e trabalho de Cinesiologia principalmente em estudos da função muscular no corpo humano - • Estudo da Cinesiologia Tem como enfoque a análise dos movimentos do Corpo Humano sob o ponto de vista físico, os movimentos acontecem sobre nosso corpo, pela ação muscular, porém somente através do estudo cinesiológico conhecemos as forças que atuam sobre nosso corpo. O estudo abrange tanto a estrutura esquelética quanto muscular. Os ossos possuem diferentes tamanhos e formas, principalmente nas articulações, favorecendo ou limitando o movimento. Os músculos variam em tamanho, forma e estrutura de uma parte do corpo para outra, encontrados mais de 600 músculos em todo o corpo humano PLANOS E EIXOS Planos de ação são linhas fixas de referencia ao longo das quais o corpo se divide. Há 3 planos e cada um está em ângulo reto ou perpendicular com dois planos. O plano frontal passa através do corpo de lado a lado, dividindo-o em frente e costa. É também chamado plano coronal. Os movimentos que ocorrem neste plano são abdução e adução. O plano sagital passa através do corpo da frente para trás e o divide em direita e esquerda. Pode-se pensar nele como uma parede vertical cuja extremidade se move. Os movimentos que ocorrem neste plano são flexão e extensão. O plano transverso passa horizontalmente pelo corpo e o divide em parte superior e inferior. É também chamado plano horizontal. Neste plano, ocorre a rotação. - • Sempre que um plano passa pela linha média de uma parte, esteja ela no plano sagital, frontal ou transverso, está se referindo ao plano cardinal, porque divide o corpo em partes iguais. O pondo onde os três planos cardinais se encontram é o centro de gravidade. No corpo humano este ponto é, na linha média, mais ou menos ao nível da segunda vértebra sacra, ligeiramente anterior a ela. Os eixos são pontos que atravessam o centro de uma articulação em tomo da qual uma parte gira. O eixo sagital é um ponto que percorre a articulação de frente para trás. O eixo frontal vai de lado a lado e o eixo vertical, também chamado longitudinal, vai da parte superior à inferior. O movimento articular ocorre em torno de um eixo que está sempre perpendicular a um plano. Outro modo de se descrever este movimento articular, é que ele ocorre sempre no mesmo plano e em tomo do mesmo eixo. Por exemplo, flexão/extensão ocorrerá sempre no plano sagital em tomo do eixo frontal e a adução em tomo do eixo sagital. Movimentos semelhantes como o desvio radial e ulnar do punho também ocorrerão no plano frontal em tomo do eixo sagital. TIPOS DE MOVIMENTO • TIPOS DE MOVIMENTO - Movimento linear, também chamado movimento translatório, ocorre mais ou menos em uma linha reta, de um lugar para outro. Todas as partes do objeto percorrem a mesma distancia, na mesma direção e ao mesmo tempo. Se este movimento ocorrer em linha reta é chamado movimento retilíneo. Se este movimento ocorre numa linha reta mas em uma forma curva, é chamado curvilíneo. O movimento de um objeto em tomo de um ponto fixo é chamado movimento angular, também conhecido como movimento rotatório. Todas as partes do objeto movem-se num mesmo ângulo, na mesma direção, ao mesmo tempo. Elas não percorrem a mesma distância. Falando de um modo geral, a maioria dos movimentos do corpo é angular, enquanto os movimentos feitos fora da superfície corporal tendem a ser lineares. Exceções podem ser encontradas. Por exemplo, o movimento da escápula em elevação/depressão e pronação/retração é essencialmente linear. Todavia, o movimento da clavícula, que é fixada à escápula, é angular e realizado através da articulação extraclavicular. - • As articulações movem-se emdireções diferentes. O movimento ocorre em tomo de um eixo e de um plano. Os termos a seguir são usados para descrever os vários movimentos que ocorrem numa articulação sinovial. A articulação sinovial é uma articulação móvel livre, onde a maioria dos movimentos articulares ocorrem. - Flexão: é o movimento de dobra de um osso sobre o outro causando uma diminuição do ângulo da articulação. - • Extensão: é o movimento que ocorre inversamente à flexão. É o endireitamento de um osso sobre o outro, causando aumento do ângulo de articulação. O movimento, geralmente, traz uma parte do corpo à sua posição anatômica após esta ser flexionada. A hiperextensão é a continuação da extensão, além da posição anatômica. - • Abdução: é o movimento para longe da linha média do corpo e adução é o movimento de aproximação da linha média do corpo. As exceções a esta definição de linha média são os dedos e os artelhos, onde o ponto de referência para os dedos é o dedo médio. O movimento para longe do dedo médio abduz, mas aduz somente como um movimento de volta da adução. O ponto de referência dos artelhos é o segundo artelho. Semelhante ao dedo médio, o segundo artelho abduz da direita para a esquerda, mas não abduz a não ser como movimento de volta da adução. - • Circundução: é a combinação de todos esses movimentos numa seqüência em que a parte da extremidade faz um grande círculo no ar, enquanto as partes próximas à extremidade proximal fazem um círculo pequeno. - Rotação: é o movimento de um osso ou parte dele em torno de seu eixo longitudinal. Se a superfície anterior se move em direção à linha média, é chamado medial ou rotação interna. Se a superfície anterior se movimenta para longe da linha média, este movimento é chamado rotação lateral ou externa. Alguns termos são usados para descrever movimentos específicos de certas articulações, como: - • Pronação: é o movimento ao longo de um plano paralelo ao solo e para longe da linha média e retração é o movimento no mesmo plano em direção à linha média. Ainda existem alguns termos como desvio ulnar e radial, para se referir à adução e abdução do punho. - Inclinação lateral: quando se refere ao tronco que se move para a direita ou para a esquerda. - • TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES Há três tipos básicos de contrações musculares: - • Isométrica; • Isotônica concêntrica; • e Isotônica excêntrica. - • Uma contração isométrica ocorre quando o músculo se contrai, produzindo força sem mudar o seu comprimento. O músculo se contrai mas nenhum movimento ocorre. O ângulo da articulação muda. Uma contração isotônica pode ser dividida em concêntrica e excêntrica. Uma contração concêntrica ocorre quando há movimento articular, o músculo diminui e as fixações musculares se movem em direção uma da outra. Uma contração excêntrica ocorre quando há movimento articular, mas o músculo parece alongar, quer dizer, as extremidades se distanciam. - • CONTRAÇÕES CONCÊNTRICAS 1- Fixações musculares se movem juntas, em direção uma da outra. 2- O movimento se faz contra a gravidade. 3- Se o movimento acontece com gravidade, o músculo está usando uma força maior do que a força da gravidade. - • CONTRAÇÕES EXCÊNTRICAS 1- As fixações musculares se movem para longe uma da outra. 2- 0 movimento ocorre com gravidade. TORQUE • TORQUE Se for exercida uma força sobre um corpo que possa girar em torno de um ponto central, diz-se que a força gera um torque. Como o corpo humano se move por uma série de rotações de seus segmentos, a quantidade de torque que um músculo desenvolve é uma medida muito proveitosa de seu efeito. Para empregar o valioso conceito de torque, devemse compreender os fatores relacionados à sua magnitude e as técnicas para seu cálculo. A magnitude de um torque está claramente relacionada à magnitude da força que o está gerando, mas um fator adicional é a direção da força em relação à posição do ponto central. A distância perpendicular do pivô à linha de ação da força é conhecida como braço de alavanca da força. Um método para calcular o torque é multiplicar a força (F) que gerou pelo braço de alavanca (d). T = F x d - SISTEMA DE ALAVANCAS • Definição de alavanca considerada uma estrutura rígida capaz de se movimentar ao redor de um ponto de apoio chamada ponto fixo ou eixo quando uma força é aplicada - • EFINIÇÃO DE ALAVANCA Considerada uma estrutura rígida capaz de se movimentar ao redor de um ponto de apoio, chamado ponto fixo ou eixo, quando uma força é aplicada. • 3. NO CORPO HUMANO Haste Rígida ——> Segmento corporal envolvido no movimento. Ponto Fixo ——> Articulação. Força Potente ——> Força Muscular (representada no local de inserção do músculo). Força Resistente ——> Peso dos Segmentos corporais envolvidos no movimento. https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-3-638.jpg?cb=1394952029 - • Alavancas de 1ª classe INTERFIXA O ponto fixo se encontra entre a força potente e a força resistente; É mais bem desenhada para o movimento de balanceio; • 5. EXEMPLOS NO CORPO HUMANO Movimento da cabeça sobre o Atlas (1ª vértebra cervical) no sentido de flexão e extensão do pescoço. • 6. Alavancas de 2ª classe INTER-RESISTENTES A força resistente está entre a força potente e o ponto fixo; Apresenta maior vantagem mecânica pois o braço de força é sempre maior que o braço de resistência; Pouco encontrada no corpo humano. https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-5-638.jpg?cb=1394952029 https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-6-638.jpg?cb=1394952029 - • Braço de resistência – Distância perpendicular desde o ponto fixo até a ação do peso. Braço de Força – Distância perpendicular desde a força de resistência ao ponto fixo. • 8. EXEMPLOS NO CORPO HUMANO A mais usada para força; Muitos autores afirmam que não há no corpo humano. A ação dos músculos flexores plantares do tornozelo quando uma pessoa fica nas pontas dos pés. • 9. Alavancas de 3ª classe INTERPOTENTES A força potente está entre a força resistente e o ponto fixo; Mais comum no corpo humano; Não oferece vantagem mecânica; É boa para o movimento. https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-8-638.jpg?cb=1394952029 https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-9-638.jpg?cb=1394952029 - • EXEMPLOS NO CORPO HUMANO Bíceps durante a flexão de cotovelo, onde o ponto fixo é a articulação do cotovelo, a força potente é a inserção proximal do bíceps no rádio e a força resistente é o peso do antebraço e da mão. • 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Konin, Jeff G. , Cinesiologia Prática para Fisioterapeutas. Guanabara Koogan. Nordim, Margareta. Biomecânica Básica do Sistema Músculoesquelético. Guanabara Koogan https://image.slidesharecdn.com/cinesiologia-alavancas-140316063940-phpapp01/95/cinesiologia-alavancas-11-638.jpg?cb=1394952029 - CONTINUAÇÃO ALAVANCAS • No corpo humano haste rígida :segmento corporal envolvido no movimento . Ponto fixo : articulação Força potente : força muscular representada no local da inserção do músculoForça resistente: peso dos segmentos corporais envolvidos no movimento - • Alavancas de primeira classe inter fixa o ponto fixo se encontra entre a força potente e a força resistente é mais bem desenhada para o movimento de balanceio • Exemplos no corpo humano o movimento da cabeça sobre o atlas primeira vértebra cervical no sentido de flexão e extensão do pescoço - • Alavancas da segunda classe inter resistente a força resistente está entre a força potente e o ponto fixo apresenta maior vantagem mecânica pois no braço de força é sempre maior que o braço resistente pouco encontrado no corpo humano • Braço de resistênciadistância perpendicular desde o ponto fixo até ação do peso - • Braço de força distância perpendicular desde a força de resistência ao ponto fixo • Exemplos no corpo humano a mais usada para forçar muitos autores afirmam que não há no corpo humano as ações dos músculos flexores plantares do tornozelo quando a pessoa fica nas pontas dos dedos - • Alavancas de terceira classe inter potente a força potente está entre a força resistente e o ponto fixo mais comuns no corpo humano não oferece vantagem mecânica é boa para o movimento • Explicações do corpo humano o bíceps durante a flexão do cotovelo onde é o ponto fixo articulação do cotovelo a força potente é a resistência próxima ao do bíceps radial e a força resistente é o peso do antebraço e da mão • Referências bibliográficas sinais eu terapia prática para fisioterapeutas biomecânica básica do sistema músculo esquelético ( Guanabara ) MARCHA HUMANA MARCHA HUMANA • A marcha humana é uma sequência de ações coordenadas dos segmentos articulares de membros superiores, inferiores e tronco, compondo um movimento altamente complexo. ✓ Série de perdas e recuperação do equilíbrio: a deambulação é iniciada permitindo que o corpo se incline para a frente; para evitar a queda, a recuperação do equilíbrio é alcançada movendo-se um dos pés para um novo local. ✓ Mais comum de todos os movimentos humanos. O padrão de variabilidade de uma passada no dia-a-dia é moderadamente baixo. - • ✓ A marcha humana é dependente da interação dinâmica coordenada entre sistema motor e forças externas. ✓ É produto de movimentos coordenados dos segmentos corporais gerados internamente (forças internas -muscular e articular) interagindo com as forças externas (inercial e gravitacional). ✓ O ciclo da marcha é uma sequência orquestrada de eventos elétricos e mecânicos que culminam na propulsão coordenada do corpo através do espaço. Vários mecanismos internos funcionais estão envolvidos e são de interesse para estudo, tais como: geração de forças musculares, interações articulares, estabilizações segmentares, entre outros. O QUE É UMA MARCHA NORMAL • Marcha Normal (BR) Marcha é uma seqüência repetitiva de movimentos dos membros inferiores que move o corpo para frente enquanto simultaneamente mantém a estabilidade no apoio. ... A seqüência simples do apoio e avanço de um único membro é denominada ciclo de marcha FASE DA MARCHA • Fase de apoio: Ocorre quando o pé encontra-se em contato com o solo e sustenta o peso. Ela permite que o membro inferior suporte o peso do corpo e ao mesmo tempo possibilita o avanço do corpo. Representa cerca de 60% do ciclo da marcha. • Fase de balanço: Ocorre quando o pé não está mais sustentando peso e move-se para frente. Apresenta cerca de 40% do ciclo da marcha. • A fase de apoio ainda pode ser subdividida em cinco subfases: • Contato inicial: Quando o calcanhar toca o solo. Nesse período, um pé começa a perder o contato com o solo enquanto o outro membro começa a surportar o peso corporal e amortecer o choque do contato inicial. • Resposta à carga: Compreende a fase de transferência do peso para o pé que acabou te tocar no solo. Até antes do que o membro oposto deixe o solo. Corresponde ao período inicial de duplo apoio. - • Apoio médio: Durante este período apenas um membro inferior sustenta o peso do corpo, enquanto o outro membro entra na fase de balanço. Consistindo o apoio simples. • Apoio terminal: Essa fase completa o apoio simples. Começa com a elevação do calcanhar e continua com o contato inicial do membro inferior contralateral. • Pré-balanço: Durante esse período o membro de apoio transfere o peso corporal para o membro contralateral e prepara-se para fase de balanço. - • A fase de balanço por sua vez se subdivide em três subfases; • Balanço inicial: (aceleração) ocorre quando o pé é elevado do solo. Na marcha normal , ocorre a flexão rápida de joelho e a dorsiflexão do tornozelo, permitindo que o membro na fase de balançoacelere para frente. • Balanço médio: Ocorre quando o membro inferior na fase de balanço encontra-se adjacente ao membro inferior que está sustentando peso, o qual se encontra na fase de apoio médio. • Balanço Terminal: (desaceleração) o membro inferior na fase de balanço desacelera, preparando-se para realizar o contato inicial com o solo. Na marcha normal, o quadríceps e os músculos posteriores da coxa sejam ativos. Pois, o quadríceps controla a extensão do joelho e os posteriores da coxa controlam a flexão de quadril MARCHA PATOLOGICAS • Marcha Atáxica: • É o tipo de marcha observado em pessoas com dificuldade na execução de movimentos devido à problemas neurológicos e lesões cerebrais. O caminhar apresenta a base alargada, com as pernas projetadas para frente e para os lados, com movimentos largos e imprecisos, com desequilíbrio e olhar voltado aos membros inferiores. - • Marcha Escavante: • Esta marcha se caracteriza pelo toque no chão com a ponta do pé, como se estivesse escavando o solo. O problema ocorre por lesões no nervo fibular, nos nervos periféricos, radiculites, polineurites e poliomielites, que impede a dorsiflexão dos pés - • Marcha Parkinsoniana: • O início desta marcha é dificultado pela rigidez dos músculos, com passos mais curtos e sem o movimento dos braços. • Marcha Anserina: • É observada em indivíduos que apresentam a fraqueza nos músculos pélvicos, com a rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando o quadril de um lado para outro a cada passo, para deslocar o peso do corpo. - • Marcha em Tesoura: • Nestes casos, há a alternância cruzada em cada passo, devido principalmente à Paralisia Cerebral ou a doença de Little. Está marcha se dá pelo encurtamento dos músculos adutores do quadril, provocando a adução das coxas, de modo que os joelhos se cruzam um na frente do outro. • Existem outros tipos de Marchas Patológicas, sendo possível recuperar ou aliviar os sintomas delas através da Fisioterapia. A Fisioterapia atua diretamente na marcha, no equilíbrio e na propriocepção, possibilitando a melhora nas disfunções e oferecendo mais segurança ao indivíduo na hora de caminhar. • Além do treino de marcha, outras técnicas são utilizadas pelo fisioterapeuta para recuperar ou aliviar os sintomas da Marcha Patológica, como o alongamento muscular, a estimulação sensorial, o fortalecimento e as mobilizações. Os resultados delas englobam a melhora do equilíbrio, seja o dinâmico ou o estático, e mobilidade. A determinação da atividade mais adequada é feita pelo fisioterapeuta, de acordo com o quadro sintomático de cada paciente. O QUE É ÂNGULO Q ? • O ângulo-q foi descrito primeiramente por Brattstroem. 1 Esse ângulo é formado pela intersecção de duas linhas que se cruzam no centro da patela, uma linha direcionada da espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) ao centro da patela e outra da tuberosidade anterior da tíbia ao centro da patela. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR - • A mobilização articular tem como objetivo primário propiciar o deslizamento de uma superfície articular sobre a outra, em um sentido linear ou curvilíneo, para influenciar na artrocinemática (movimento articular) com efeito correspondente na osteocinemática (movimento angular). Ela, a mobilização articular, atua diretamente sobre o tecido conjuntivo periarticular com o intuito de provocar movimento e/ou inibição da dor e contribuir na recuperação da amplitude de movimento em particular se associada ao alongamento logo após a mobilização. • Por exemplo, a mobilização posteroanterior (ver imagem) em uma das vértebras da coluna vertebral consiste em um componente de pressão longitudinal no processo espinal, além de um componente de força transversal direcionado perpendicularmente ao componente de força longitudinal. O componente de força longitudinal pode produzir deformação no tecido conjuntivo superficial, enquanto o componente transversal tende a produzir pressão notecido conjuntivo (Caling e Lee, 2001). - • O fato de empregarmos a mobilização articular associada ao alongamento não significa que a mobilização articular envolva somente a articulação e que o alongamento seja exclusivamente muscular, mas sim que, dependendo do comprometimento, um desses componentes pode estar mais restritivo do que o outro. Pois, que, tanto o movimento articular influencia os músculos daquela articulação como a normalização do excesso de tônus ou a supressão do encurtamento tem um efeito importante na articulação. • A mobilização articular não está confinada à articulação; ela também está associada à musculatura e ao invólucro fascial, interconectada à fáscia profunda e a outros tecidos, como os ligamentos (Simmonds et al., 2012). As limitações artrocinemáticas causam parte das limitações nas amplitudes de movimento e suprimindo-as consegue-se um aumento na amplitude de movimento. - ALOGAMENTO • Existe basicamente duas técnicas de alongamento: o alongamento estático e o dinâmico • No alongamento estático o terapeuta ou o próprio paciente alonga o músculo até a posição de tolerância, ou seja, moderado desconforto, que então é mantido por um período (geralmente de 30 a 60 segundos) antes de retornar para a posição inicial. Esse tipo de exercício utiliza o efeito do relaxamento progressivo nos tecidos moles, obtendo-se como resposta um lento alongamento contínuo. Alguns estudos apontam que este estilo de alongamento evoca menos reflexo protetor ao alongamento, portanto, teria menos risco de precipitar lesões musculares. Os objetivos são: relaxamento de músculos tensos e ganho de flexibilidade. ALOGAMENTO • á o alongamento dinâmico (ou alongamento balístico) envolve o balanço repetido da parte do corpo que está sendo alongada. Essa técnica, por meio de contrações musculares dinâmicas e repetidas diversas vezes, tenta ganhar energia cinética para aumentar o limite do alongamento. A aplicação do alongamento balístico pode favorecer o desempenho do atleta que treina: flexibilidade, velocidade ou potência. Portanto, ele pode ser usado como precursor efetivo ou aquecimento para o treinamento pliométrico, por exemplo. - BONS ESTUDOS
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