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NÍVEIS DE CONHECIMENTO: 
SENSO COMUM – FILOSÓFICO - TEOLÓGICO – CIENTÍFICO2
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UNIDADE 2 : 
NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
Bem-vindos a mais uma unidade de nossa disciplina. Vamos estudar agora sobre os vários tipos 
de conhecimento, tais como o:
» Senso Comum, 
» Filosófico, 
» Teológico e 
» Científico.
Esperamos que ao final da unidade você possa: 
» Construir um bom conceito dos diversos tipos de conhecimento;
» Distinguir uma boa maneira de se pensar em formas de resolução dos problemas científicos;
Inicialmente vamos pensar sobre uma questão: 
Como há algumas centenas de anos atrás o homem formulava seu conhecimento e o transmi-
tia de geração em geração? 
Vários povos antigos utilizavam os mitos para se comunicar, formular suas “verdades” e escrever 
suas histórias. Normalmente definimos o mito como sendo aquelas narrativas utilizadas pelos an-
tigos para explicar, por exemplo, fatos da realidade, fenômenos da natureza, origens do mundo e 
do homem, utilizando de farta simbologia, seres sobrenaturais, deuses, heróis etc. Junto com fatos 
reais, emoções humanas e pessoas que tiveram existência real, os antigos criaram uma das mais 
poderosas formas de transmitir o conhecimento: a mitologia. 
Um dos objetivos da narrativa mítica era explicar fatos de que a ciência ainda não tinha conheci-
mento. Portanto, o mito tinha também a função de explicar ao homem de sua época os temas até 
então desconhecidos. 
A explicação mítica possui caráter simbólico, quase sempre ligado aos esclarecimentos sobre a 
origem do homem e dos deuses, através de personagens sobrenaturais, procurando também 
explicar a realidade através das histórias sagradas. 
VAMOS DAR ALGUNS EXEMPLOS: 
Em seu livro Teogonia, que significa em grego “nascimento de deus” ou “dos deuses”, Hesío-
do (século VIII a.C.), um dos maiores poetas gregos da Antiguidade, descreveu assim o mito 
de “Prometeu acorrentado”: 
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NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
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NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
Condenados, desde o seu nascimento, aos tormentos e aos cui-
dados, os primeiros homens não tinham, para nutrir-se, senão 
frutas cruas e carnes sangrentas. (...) Tomado de piedade por 
sua miséria, Prometeu, para colocar os homens em situação de 
viver melhor, de defender-se com armas eficazes contra as fe-
ras, de cultivar com instrumentos adequados a nutriente Terra, 
resolveu dar-lhes o fogo e ensinar-lhes, com a arte de trabalhar 
os 3 metais, os meios de escapar à sua deplorável e lamentável 
sorte. (...) Aproximando-se das forjas abrasadoras de Hefestos, 
roubou uma centelha do fogo que fundia os metais (...) e levou-
-a, como oferenda, aos homens. A humanidade desde então 
conheceu, com o fogo, a felicidade de viver melhor, de comer 
um alimento menos selvagem, de aquecer-se, de receber a luz. 
Mas, em sua alegria imoderada, ela julgou-se igual aos poderes 
divinos, esquecendo seus deveres para com os mesmos. Zeus, 
então, que não quer que os homens saiam dos justos limites, 
colocando seus desejos mais altos que seus destinos, resolveu 
castigar aquele cujo roubo havia ocasionado esta presunção 
sacrílega. Transportou Prometeu para o mais alto cume do 
Cáucaso e mandou Hefestos pregar o Titã a um rochedo escar-
pado. Contra a vontade, o divino ferreiro obedeceu. (...) Para cú-
mulo do infortúnio, todas as manhãs, uma águia de asas aber-
tas ia pastar em seu fígado imortal, e esse monstro de garras 
recurva devorava, durante o dia, tudo quanto, à noite, aí podia 
renascer. Esse suplício deveria durar mil anos, mas, ao fim de 
trinta anos, Zeus, apaziguado, perdoou o culpado, consentindo 
então em introduzi-lo entre os Bem-aventurados.
Neste mito espetacular vemos como surgiu o fogo (Prometeu, amante da humanidade, rouba o 
fogo dos deuses e o redistribui aos homens) e também explica como o fígado se regenera (vem 
lhe devorar o fígado todos os dias, órgão que se regenera durante a noite, apenas para voltar a 
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NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
ser devorado novamente no dia seguinte). Esse é um bom exemplo de um mito: uma história 
ocorrida em um tempo imemorial, ocorre uma ação sobrenatural e surge a partir daí uma nova 
realidade. Essas três são características recorrentes nas histórias míticas.
VEJAMOS OUTRO EXEMPLO: 
DILÚVIO
Um mito que foi muito temido e, talvez por isso, compilado di-
versas vezes, em diferentes épocas na história, foi o mito do di-
lúvio. Nesse relato contava-se que, em uma época muito remo-
ta, os deuses, insatisfeitos com os homens, resolveram destruir 
a humanidade, fazendo cair uma chuva torrencial, que fez su-
bir as águas dos rios. No entanto, Enki, o deus das águas, reve-
lou o plano dos deuses a um escolhido, Ziusudra (chamado de 
Utnapishtim pelos acádios), aconselhando-o a construir uma 
embarcação gigantesca. Vejam um trecho do relato sumério 
desse mito, encontrado em Nippur:
Depois que, durante sete dias [e] sete noites,
O dilúvio se estendeu sobre a terra
[E] o grande barco foi sacudido pelos vendavais sobre as águas
Utu [o deus sol] apareceu, espalhando luz sobre o céu e a terra 
(...)
Tal mito também foi compilado, muitos séculos depois, num 
dos livros que compõem a Bíblia, tendo como principal perso-
nagem um homem chamado Noé. Esse fato pode ser explica-
do, pois os hebreus (povo que deu origem aos judeus) tinham 
suas raízes ancestrais em Ur, uma importante cidade da Meso-
potâmia.
 
Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-
---religiao-o-politeismo-e-o-mito-do-diluvio.htm
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Neste mito, percebemos como os antigos entendiam as grandes catástrofes da natureza: eram 
castigo dos deuses para os homens. A seguir, uma das adaptações da história do dilúvio judaico 
para os cinemas. 
Deve-se ressaltar que o mito se difere da lenda, pois um mito é um personagem criado, como 
Zeus, Prometeu, Ulisses, Ícaro, etc., que viveram em tempos imemoriais. Nesse sentido, Pelé, Ayr-
ton Senna, Cristo, Maomé não são mitos, podendo ser considerados como lendas, pelos feitos 
notáveis que fizeram. 
Houve um momento na história da humanidade, na Grécia antiga, que um grupo de pensadores, 
conhecidos como pré-socráticos, tentaram imaginar uma nova forma de ver o mundo. 
Dentre estes sábios podemos citar Tales de Mileto, Heráclito, Demócrito, Parmênides entre ou-
tros. Eles foram provavelmente os primeiros sábios a formular uma explicação racional para os fe-
nômenos sem recorrer aos mitos. Esses filósofos foram grandes estudiosos da natureza e buscam 
encontrar o princípio fundante, ou seja, a matéria que deu origem a tudo. Eles também criaram 
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NÍVEIS DE CONHECIMENTOuma cosmologia, ao tentarem entender a organização racional do universo, procurando leis e 
princípios que o regia. 
Podemos afirmar que o conhecimento filosófico é sistematizado e tem como objetivo realizar 
uma análise logica tanto do universo como do homem e da natureza, empregando o método 
racional. Este tipo de conhecimento realiza uma busca constante de sentido, de justificativas, de 
possibilidades e de interpretação acerca da natureza e do cosmos. Este conhecimento tem na 
interrogação um instrumento para tentar decifrar os elementos imperceptíveis aos sentidos. 
OSBORNE, Richard. Filosofia Para Principiantes. Objetiva, 1998.
Este novo conhecimento, baseado não mais 
nos mitos, mas numa reflexão sobre as leis 
racionais que regem o cosmo tendo como 
pressuposto a explicação lógica e racional, 
recebeu o nome de:
 “CONHECIMENTO FILOSÓFICO”. 
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A filosofia busca entender a realidade em seu contexto global. Apesar de não produzir respostas 
definitivas para a maioria das questões, ela possibilita ao ser humano um melhor entendimento 
do sentido da vida. A filosofia procura entender a realidade em seu contexto universal. Além disso, 
o conhecimento filosófico está em constante transformação, realizando seus estudos através de 
reflexões altamente críticas. Deve-se ressaltar que, apesar de ser um estudo racional, este conhe-
cimento não possui a preocupação de verificação, que estudaremos mais adiante. 
Vamos abordar agora um outro tipo de conhecimento, que denominamos de “senso comum”.
 
Senso Comum é a soma dos conhecimentos do cotidiano e surge a partir de hábitos, crenças, 
preconceitos e tradições. Deve-se ressaltar que o conceito de senso comum não foi desenvolvido 
pelas pessoas que assim o pensam, mas por cientistas, que, segundo seu critério julgam que seu 
conhecimento é superior. Quando um cientista se refere ao senso comum, ele está, obviamente, 
pensando nas pessoas que não possuem um conhecimento científico. Evidentemente isto é um 
erro. Várias formas de conhecimento dito do senso comum foram incorporadas ao conhecimento 
científico. 
VAMOS EXEMPLIFICAR: 
Muitos remédios que nossos antepassados utilizavam, dados por alguma benzedeira ou 
comadre, ou mesmo pelos indígenas, e que eram baseados no senso comum, depois foram 
incorporados, após inúmeros testes e análises, e passaram a ser considerados de conheci-
mento científico. O senso comum é repassado de geração para geração, e através dele o ser 
humano embasa o seu dia a dia e tenta compreender a realidade em que vive.
O SENSO COMUM é aquele tipo de conheci-
mento assistemático, baseado nas sensações 
e bastante subjetivo, sem o rigor científico. É 
o conhecimento baseado nas experiencias e 
observações imediatas do mundo que o cer-
ca. Este conhecimento permanece no nível 
cultural apreendido por seu grupo social.
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Fonte: http://estudando-pedagogia.blogspot.com/2010/05/enso-co-
mum-e-conhecimento-científico.html
Vamos ver outro importante tipo de conhecimento: o conhecimento teológico 
(teos – deus; logos – estudo)
O CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO 
é aquele que parte do pressuposto que exis-
tem verdades absolutas, que foram reveladas 
por alguma divindade. 
Normalmente este tipo de conhecimento 
está ligado à fé em um ser superior que se 
faz revelar através de seus escritos sagrados. 
Evidentemente, não se apega a elucidações 
lógico-causais e evidências materiais, mas à 
revelação divina.
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 O senso comum é um tipo de 
conjuntos de experiências vividas, que 
passa de geração para outra geração, 
como no modo que prevemos as coisas, 
em ditos populares etc.
 O senso comum é acrítico (não 
tem senso nenhum para críticas), é sub-
jetivo (não se tem certeza do que diz), é 
ametódico (não tem conhecimento do 
que se diz), é fragmentário (visão aliena-
da de assuntos, não tem visão ampla ou 
geral de um determinado assunto). 
 O senso comum também é de-
finido como ingênuo e levado por apa-
rências, sem aprofundamento, é levado a 
um saber imediato, sem análises. Baseia-
-se em valores adquiridos, crenças, juízos 
de valor (se achar certo) e tradições cul-
turais.
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Este tipo de conhecimento busca conhecer uma divindade e seus mandamentos, sempre em 
uma atitude de fé diante dos possíveis mistérios e revelações de seu grupo religioso. Essa noção 
está fortemente relacionada a um Deus, seja:
» Jesus Cristo, 
» Buda, 
» Maomé, 
» um ente sobrenatural, ou 
» qualquer entidade apreendida como ser supremo. 
Este conhecimento é adquirido através da aceitação de axiomas da fé teológica, sendo resultado 
da revelação deste ser superior por meio de seus profetas, que apresentam respostas definitivas 
sobre todas as questões, sejam elas relacionadas à vida futura, à existência de Deus ou ao destino 
final da humanidade. Este tipo de conhecimento é dedutivo, pois parte de realidades universais 
para representar e atribuir sentidos a realidades particulares. 
Importantes teólogos medievais deram grande contribuição para o desenvolvimento filosófico, 
podendo ser citados, dentre outros:
» Agostinho e sua obra “Cidade de Deus e confissões”, 
» Tomás de Aquino e sua grande obra “Suma Teológica”, e 
» Abelardo e sua obra “Historia Calamitatum”.
Finalizando, devemos ressaltar que o conhecimento teológico parte da compreensão e da acei-
tação da existência de um Deus ou de deuses, os quais constituem a razão de ser da existência 
humana. Como são baseados em premissas advindas da fé, eles não precisam da compreensão 
ou mesmo da explicação da razão. Sua verdade é absoluta pois é revelada por um ser perfeito. 
Vamos agora a nosso último tipo de conhecimento: 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO. 
Este conhecimento surge da necessidade de o ser humano saber o exato funcionamento da na-
tureza ao invés de simplesmente aceitá-la ou atribuí-la a um deus. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Historia_Calamitatum
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O conhecimento científico procura uma explicação certa/verdadeira sobre as coisas e para isto 
utiliza-se de exposição argumentativa dos motivos. Deve-se ressaltar que este tipo de conheci-
mento pode ser refutado, pois não trabalha com a verdade como sendo absoluta. 
O conhecimento científico busca, por meio da ciência, sistematizar os fenômenos, sempre se-
guindo determinado método, que apontaria a verdade dos fatos experimentados e qual a sua 
aplicação prática. 
Trata-se de um conhecimento que é:
» Sistemático, 
» Metódico e 
» Baseado em métodos rigorosos. 
Ele ainda prevê a:
» Experimentação, 
» Validação e 
» Comprovação de seus experimentos. 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO estuda além 
do fenômeno observado pelos sentidos hu-
manos, utilizando para isso um Método, pala-
vra-chave desse tipo de conhecimento. 
Ele procuraconhecer as leis que determinam 
os acontecimentos, através da observação, 
dos testes de hipóteses e da verificação. 
Assim ele produz respostas aproximadamen-
te verdadeiras para os fenômenos analisados.
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Veja o texto abaixo: 
Observe agora a figura a seguir, que resume nossos estudos. No centro da figura está uma si-
tuação de morte. Aos lados as várias explicações para cada tipo de conhecimento. Por exemplo, 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO tem como ca-
racterísticas ser:
Real, factual – lida com ocorrências, fatos, 
isto é, toda forma de existência que se ma-
nifesta de algum modo. 
Contingente – suas proposições ou hipó-
teses têm a sua veracidade ou falsidade 
conhecida através da experimentação e 
não pela razão, como ocorre no conheci-
mento filosófico. 
Sistemático – saber ordenado logicamen-
te, formando um sistema de ideias (teoria) 
e não conhecimentos dispersos e desco-
nexos. 
Verificável – as hipóteses que não podem 
ser comprovadas não pertencem ao âmbi-
to da ciência. 
Falível – em virtude de não ser definitivo, 
absoluto ou final. Aproximadamente exa-
to – novas proposições e o desenvolvimen-
to de novas técnicas podem reformular o 
acervo de teoria existente.
Fonte: PEREIRA, Adriana Soares et al. Meto-
dologia da pesquisa científica. Recurso ele-
trônico. 1. ed. Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 
2018.
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para o senso comum, ele morreu porque fez alguma coisa contrária ao que deveria ter feito. Para 
o teológico, foi Deus quem quis. O filosófico reflete sobre a morte. O científico detalha as causas 
baseada na explicação racional. 
SENSO COMUM
TEOLÓGICO
FILOSÓFICO
CIENTÍFICO AVC Hemorrágico
Vontade de Deus
Dicotomia vida-morte.
Cessou a experiência humana
Almoçou muito e foi nadar.
MORTE: QUAL A CAUSA?
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UNIDADE 2 : 
NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
UNIDADE 2 : 
NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
RESUMO:
Nesta unidade estudamos sobre os vários tipos de conhecimento que existem. 
Vimos como o homem se guiava pelo conhecimento mítico, passando depois a explicar 
as coisas racionalmente, surgindo assim o conhecimento filosófico. 
Com o passar do tempo, as explicações voltaram-se para a existência de Deus, e por fim 
veio o conhecimento científico, com seus métodos, observações etc. 
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UNIDADE 2 : 
NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
REFERÊNCIA:
Livro digital
Bibliografia base
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia 
Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREIRA, Adriana Soares et al. Metodologia da pesquisa científica. Recurso eletrônico. 
1. ed. Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 2018.
UNIDADE 2 : 
NÍVEIS DE CONHECIMENTO 
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