Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia do ABDOME Sara R Rosado Fernanda Magaldi Sistema Gastrointestinal ➢Funções primárias: digestão do alimento e absorção dos nutrientes ➢Funções secundárias: secreção e mobilidade Realizadas pelos órgãos acessórios: glândulas salivares, fígado, pâncreas e vesícula biliar INGESTÃO • Boca e Esôfago DIGESTÃO • Estômago ABSORÇÃO • Intestino Delgado e Grosso ELIMINAÇÃO • Ânus Boca Preparo para digestão Amilase salivar Estômag o Armazena, mistura e digere o alimento Ácido clorídrico, pepsina, muco Intestino Delgado Absorção de nutrientes (duodeno e jejuno) Vilos e Microvilos Fígado Secreção de bile, detoxica substâncias danosas, converte glicose em glicogênio e neutraliza o ácido gástrico Vesícula biliar (armazena bile e excreta-a no intestino delgado) Sistema Gastrointestinal SISTEMA DIGESTÓRIO ❑ A instalação de um processo patológico em qualquer segmento desse aparelho pode gerar alterações na sua estrutura /ou função. ❑ Em consequência disso, pode determinar problemas relacionados à ingestão, digestão e absorção de água, nutrientes e eletrólitos ou ainda à eliminação de substâncias não aproveitadas. PLANEJAMENTO DO EXAME FÍSICO ❑ Ambiente adequado ❑ Material adequado: ▪ balança antropométrica ▪ estetoscópio ▪ régua milimetrada – 20 cm ▪ fita métrica ▪ relógio com marcador de segundos ▪ travesseiros pequenos ▪ luvas de procedimento – se necessário PLANEJAMENTO DO EXAME FÍSICO ❑ Preparar o paciente: ▪ bexiga vazia ▪ decúbito dorsal (DD) ▪ travesseiro pequeno sob a cabeça e joelhos – permite o relaxamento da musculatura abdominal ▪ expor toda a área abdominal, poupando os genitais ▪ manter o paciente sentado no leito para avaliar a região posterior do abdome (órgãos retroperitoneais) ENTREVISTA ❑ Inclui questões sobre os hábitos relacionados ao funcionamento do sistema digestório, sinais e sintomas a este relacionados. ❑ Investigar o início, duração, intensidade, sintomatologia associada, fatores que aumentam e/ou inibem as queixas. ENTREVISTA ❑ Roteiro: ▪ Hábito alimentar: quantidade (nº de refeições diárias), tipos, preferências e aversões, intolerâncias, restrições (culturais ou orientadas por tratamento clínico), suplementos, ingestão de líquidos. ▪ Alteração de peso ▪ Sialorréia ou ptialismo ENTREVISTA ▪ Soluço: relação com ingestão de alimentos. ▪ Disfagia: início e evolução, consistência dos alimentos, odinofagia, regurgitação dos alimentos durante ou após as refeições. ▪ Pirose: contínua ou intermitente, relação com a ingestão de determinados alimentos, com refeições copiosas (fartas) ou repouso pós- prandial. ENTREVISTA ▪ Náuseas: intensidade, frequência, fatores desencadeantes (odores, tipos de alimentos) e período do dia que ocorre. ▪ Vômitos: frequência, quantidade, características (cor, odor, presença de alimentos não-digeridos, em jato), fatores desencadeantes (dor, medicamentos, alimentos) e presença de sangue vivo ou hematêmese. ▪ Eructação: frequência e fatores desencadeantes ENTREVISTA ▪ Dispepsia: início, frequência, relação com a ingestão de determinados alimentos ou quantidade e situações que aliviam (repouso, atividade, medicamentos). ▪ Hábito intestinal: frequência e consistência (alterações: diarréia ou obstipação), características (cor, odor, volume), presença de sangue e muco, dor associada à evacuação, tenesmo, incontinência, uso de medicamentos (laxantes ou antidiarréicos) e distensão abdominal. ENTREVISTA ▪ Dor: contínua ou intermitente, superficial ou profunda, intensidade, características (aguda, em pontada, em cólica, em queimação), irradiação, sinais e sintomas associados, fatores que precipitam, fatores de melhora ou piora ▪ Pesquisar outros sinais / sintomas gerais: icterícia, prurido, febre, caquexia e descoloração da mucosa ENTREVISTA ▪ Antecedentes pessoais: úlcera péptica, problemas na vesícula, apendicite, hérnia, cirurgia anteriores, uso de medicamentos, HAS e etilismo. ▪ Antecedentes familiares: presença de doenças nos familiares como por exemplo câncer. EXAME DO ABDOME ❑ Abdome – região do tronco compreendida entre o diafragma e a pelve ❑ A cavidade abdominal está separada da torácica por intermédio do diafragma (porção superior), mas está em continuidade com a cavidade pélvica (porção inferior) ▪ Estende-se para debaixo do gradeado costal até o 5º EIC ( + ), quando a pessoa está na posição deitada: assim, grande parte do fígado, estômago e baço ficam protegidos nessa localização EXAME DO ABDOME ❑ A manobra de palpação do fígado é combinada com a inspiração profunda. ❑ Limites: ▪ parte superior: processo xifóide do esterno e pelo rebordo costal ▪ parte inferior: crista ilíaca, espinha ilíaca ântero- superior, ligamento inguinal e púbis EXAME DO ABDOME ❑ Músculos: ▪ parte anterior: reto do abdome ▪ parte ânterolateral: oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome ❑ Para a realização do exame físico, o abdome é dividido em 4 quadrantes ou 9 regiões para facilitar a descrição, localizar os órgãos e os pontos de referência relativos à DOR ou à PRESENÇA DE MASSAS Lobo direito do fígado, vesícula biliar, piloro, duodeno, cabeça do pâncreas, flexura hepática do cólon, partes dos cólon transverso e ascendente Lobo esquerdo do fígado, estômago, corpo do pâncreas, flexura esplênica do cólon, e partes do cólon transverso e descendente Ceco, apêndice vermiforme e parte do cólon ascendente Cólon descendente e parte do cólon sigmóide EXAME DO ABDOME ❑ 9 Regiões do Abdome: ▪ utilizado quando quer localizar mais precisamente um achado ▪ Relação das 9 regiões com os órgãos abdominais: o Hipocôndrio D: parte do fígado e a flexura hepática do cólon o Epigastro: cárdia, estômago, piloro, parte do fígado, cólon transverso e o pâncreas o Hipocôndrio E: baço e flexura esplênica do cólon o Flanco D: parte do apêndice, o ceco e o cólon ascendente EXAME DO ABDOME ❑ 9 Regiões do Abdome: ▪ Relação das 9 regiões com os órgãos abdominais: o Região umbilical: o intestino delgado, o íleo e os gânglios mesentéricos o Flanco E: cólon descendente o Região inguinal D: parte do apêndice o Região suprapúbica: parte do intestino delgado e do cólon descendente o Região inguinal E: parte do cólon descendente TÉCNICAS DE EXAME DO ABDOME ❑ Ordem: inspeção, ausculta, percussão e palpação ❑ Dessa forma, evita-se a obtenção de informações equivocadas: ▪ sons intestinais alterados por uma palpação ou percussão anterior ▪ dificuldades em complementar o exame devido ao desconforto ou aumento da dor produzidos ❑ Antes de iniciar o exame: solicitar ao paciente que aponte qualquer ponto ou área dolorosa ou sensível (que deverá ser examinada por último) TÉCNICAS DE EXAME DO ABDOME Durante o exame, acompanhar as reações do paciente manifestadas por sinais faciais de DOR ou de DESCONFORTO Manter mentalmente a topografia dos 4 quadrantes e/ou das 9 regiões, tentando associar os achados aos possíveis órgãos em cada quadrante ou região INSPEÇÃO ❑ Realizar observação de sua superfície quanto: ▪ forma e contorno ▪ simetria ▪ características da pele ▪ ocorrência de movimentos visíveis na parede abdominal ❑ O Enfermeiro deve manter-se lateralmente ao paciente (de pé ou sentada) para melhor visualização do contorno da parede abdominal, bem como na procura por peristalse visível INSPEÇÃO ❑ Avaliação do contorno: ▪ Plano: pessoas com bom tônus muscular e peso regular ▪ Arredondado: pessoa com musculatura flácida ou excesso de gordura ▪ Protuberante: em casos de obesidade, gestação, ascite ou distensão abdominal ▪ Escavado: indivíduos magros Suspeitando de ascite ou distensão abdominal, recomenda-se a medida da circunferência abdominal, utilizando-se a FITA MÉTRICA e a linha da cicatriz umbilical como ponto de referência Abdome Arredondado e Plano Abdome Protuberante INSPEÇÃO❑ Avaliação da forma: ▪ Observar presença de saliências ou de protusões localizadas pode alterar a simetria e sugerir a existência de massas, herniações ou visceromegalias INSPEÇÃO ❑ Avaliação da cicatriz umbilical: ▪ localizada na linha média e é invertida. ▪ Pode apresentar-se: plana, evertida ou com sinais de inflamação ou hérnia ▪ Exame: elevação da cabeça e dos ombros do paciente – a protusão pode tornar-se mais evidente Condições como: gestação, ascite ou alguma massa vizinha podem causar a PROTUSÃO do umbigo INSPEÇÃO ❑ Avaliação da pele da parede abdominal: ▪ observar a integridade, presença de cicatrizes, manchas, trajetos venosos dilatados e estrias ▪ descrever tais alterações em relação à localização e características Estrias: gestação, ascite ou ganho de peso excessivo ❖ estrias antigas: clara e brilhante ❖ estrias recentes: róseas Veias dilatadas: aumento da pressão no sistema da veia porta (área periumbilical) INSPEÇÃO ❑ Outras observações: ▪ presença de dispositivos de assistência ▪ movimentos respiratórios normais ▪ presença de movimento peristáltico: às vezes são observadas em pessoas muito magras. Quando aparecem ondas peristálticas com maior frequência e intensidade – podem indicar obstrução intestinal ▪ presença de pulsações da aorta: podem ser visíveis em pessoas magras (região epigástrica). Quando intensas, podem ocorrer devido à hipertensão arterial ou aneurisma de aorta AUSCULTA ❑ Finalidade: ▪ Avaliação dos ruídos intestinais que ocorrem em consequência dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao logo dos intestinos RUÍDOS HIDROAÉREOS (RHA) AUSCULTA ❑ Exame: ▪ aquecer o diafragma do estetoscópio ▪ iniciar a ausculta abdominal pelo QID, aplicando leve pressão e identificando a qualidade dos RHA ▪ podem ser necessários 5 minutos de ausculta contínua antes que se possa determinar a ausência de RHA ▪ caso a ausculta esteja difícil, repetir a ausculta por 2 a 5 minutos em cada um dos demais quadrantes abdominais em busca de atividade peristáltica AUSCULTA ❑ Exame: ▪ RHA + : descrever quanto à frequência e intensidade ▪ Som normal: tipo gargarejo ou borbulhar ▪ Frequência normal: irregular que pode variar entre 5 e 35 por minuto (depende da fase de digestão) ▪ Intensidade: hipoativos ou hiperativos AUSCULTA ❑ Associação dos RHA e a clínica: ▪ RHA + : normal (ruídos suaves) ▪ RHA – ou hipoativo (diminuído): PO de cirurgias abdominais, íleo paralítico, peritonite, isquemia do cólon, obstrução intestinal avançada. ▪ RHA hiperativos: ruídos altos, sonoros – hipermotilidade devido diarréia, uso de laxantes, fase inicial da obstrução intestinal. PERCUSSÃO ❑ Auxilia na determinação do tamanho e da localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, líquidos e massas ▪ Percussão direta: utiliza uma das mãos ou os dedos, a fim de estimular diretamente a parede abdominal por meio de tapas ▪ Percussão indireta: coloca-se a mão não-dominante estendida sobre o abdome, e com o dedo médio da mão dominante flexionado (forma de martelo), percute-se um dedo da outra mão PERCUSSÃO ❑ Forma de percussão: ▪ inicia-se levemente no QID, prosseguindo pelos demais quadrantes no sentido horário, até percorrer toda a área abdominal ❑ Sons produzidos pela percussão: ▪ timpânicos ou maciços ▪ a distribuição ou as mudanças nesses sons, observadas durante a percussão, determinam o tamanho (extensão), a posição dos órgãos e o conteúdo intra-abdominal PERCUSSÃO ❑ Sons predominantes: ▪ Timpânico: sons claros e de timbre baixo, semelhantes à batida de um tambor devido ao conteúdo de gás das vísceras ocas do TGI ❖ Estômago vazio, intestino ▪Maciço: sons breves, com timbre alto de macicez ou submacicez, sobre órgãos sólidos ❖ Fígado, baço, rins, vísceras preenchidas por líquidos ou fezes PERCUSSÃO ✓Atentar para HIPERTINPANISMO DIFUSO em pacientes com distensão abdominal – fase inicial da obstrução intestinal ✓ Áreas extensas de macicez – sugerem massas ou órgãos aumentados ✓ EX: Abdome protuberante, com presença de submacicez em ambos os flancos sugere ASCITE PERCUSSÃO ❑ Sinal de Jobert: encontrado quando a percussão sobre a área hepática produz sons timpânicos ao invés de maciços: ❖ indica ar na cavidade abdominal por perfuração de víscera oca. ❑ Percussão do Abdome Ascítico: técnica de palpação por Piparote PALPAÇÃO ❑ Realizada por meio da palpação superficial e profunda – auxiliam na determinação do tamanho, forma, posição, sensibilidade, identificação de massas e acúmulo de fluidos ▪ Palpar os 4 quadrantes em sentido horário ▪ Deixar para o final do exame as áreas previamente mencionadas como DOLOROSAS ou SENSÍVEIS PALPAÇÃO ❑ Técnicas de Palpação: ▪ Superficial: inicia-se mantendo os dedos de uma das mãos estendidos, fechados entre si, e com a palma da mão e do antebraço em plano horizontal. Pressiona-se de forma delicada a superfície abdominal (1 cm), com movimentos suaves, evitando-se golpes súbitos Contribui para o relaxamento do paciente e o profissional determina as condições gerais da parede abdominal, identificando grosseiramente massas ou órgãos superficiais, áreas de sensibilidade dolorosa, além de reconhecer a contratura muscular reflexa PALPAÇÃO ❑ Técnicas de Palpação: ▪ Superficial: em caso de resistência muscular, é necessário distinguir: ✓ Resistência voluntária: defesa ✓ Contratura muscular involuntária: característica da resposta inflamatória do peritôneo Técnicas de relaxamento: aquecimento das mãos, palpação durante a expiração e mantendo a boca aberta (músculos ficam relaxados) PALPAÇÃO ❑ Técnicas de Palpação: ▪ Profunda: com o paciente respirando pela boca, utilizar a técnica bimanual ou palpação profunda e deprimir a parede abdominal a cada expiração profundamente, procurando com maior pressão dos dedos: tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidade, mobilidade e pulsações de órgãos ou massas usada para delimitar mais precisamente os órgãos abdominais e detectar massas menos evidentes PALPAÇÃO ❑ Achados normais: ▪ Abdome liso, de consistência macia, não tenso, não doloroso e sem órgãos aumentados ou massas. ❑ Durante a palpação, observar a face do cliente em busca de sinais de desconforto e dor. ❑ Ao detectar sensibilidade dolorosa: executar a técnica de rebote - pressionar a mão devagar e profundamente na área acometida e em seguida liberar lentamente. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Sinal de descompressão brusca dolorosa: ▪ usada na avaliação da DOR abdominal, sugestiva de irritação peritoneal ▪ deve ser realizado ao detectar alguma área de sensibilidade dolorosa na palpação superficial e profunda ▪ aplica-se com os dedos uma compressão LENTA e PROFUNDA no abdome e subitamente, SUSPENDA a mão, soltando a parede abdominal PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Sinal de descompressão brusca dolorosa: ▪ pode ser acompanhada de dor intensa e aguda, descrita como uma “facada”, causado por apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite, diverticulite, lesão peritoneal ❑ Sinal de McBurney: a descompressão brusca dolorosa ocorre no ponto de McBurney (ponto médio entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca D) ▪ indica APENDICITE AGUDA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Sinal de Rosving: identificado pela palpação profunda e contínua do QIE que produz dor intensa no QID, mais especificamente na fossa ilíaca D ▪ também sugestivo de APENDICITE AGUDA ❑ Sinal de Murphy: dor e sensibilidade no QSD – ao comprimir o ponto cístico, solicita-se ao paciente que inspire profundamente. A resposta de dor intensa no ponto pressionado e a interrupção súbita da inspiração – sinal de Murphy + ▪ indica COLECISTITE AGUDA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Sinal de Jobert: encontrado quando a percussão da linha axilar média sobre a área hepática produz sons timpânicos ao invés de maciços ▪ indica AR livre na cavidadeabdominal por perfuração de víscera oca ❑ Avaliação do Fígado e Baço: pelo fato de estarem localizados quase que totalmente sob as costelas, requer exame especial (percussão e palpação) - detectar alterações no tamanho, superfície, consistência e sensibilidade PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Percussão do Fígado: auxilia na delimitação do fígado pela avaliação da área de macicez. ▪ iniciar na linha hemiclavicular D em uma área de ressonância pulmonar ▪ percutir para baixo em direção ao fígado ▪ usar uma caneta para marcar o ponto em que o som muda para macicez (borda superior do fígado) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Percussão do Fígado: ▪ na mesma linha, porém abaixo do umbigo, percuta levemente para cima, até perceber a mudança de som timpânico para maciço PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Palpação do Fígado: utilizar as 2 técnicas ▪ Técnica bimanual: o coloque o paciente em DD o mantenhas-se à D do paciente o coloque a mão E sob as costas dele, na localização aproximada do fígado o coloque a mão D um pouco abaixo da marca feita na percussão o aponte os dedos para a cabeça do paciente, logo abaixo da margem costal D o mantenha a mão na direção da linha hemiclavicular PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Palpação do Fígado: utilizar as 2 técnicas ▪ Técnica bimanual: o enquanto o paciente inspira profundamente, comprima o abdome para dentro e para cima, tentando sentir a borda do fígado o a borda deve ser LISA, FIRME e um pouco ARREDONDADA o observar se há sensibilidade PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Palpação do Fígado: utilizar as 2 técnicas ▪ Técnica com as mãos em garra: o forma alternativa o o profissional deve ficar em pé, junto ao ombro D do paciente e voltado para os pés o coloque as mãos lado a lado, formando um gancho com as pontas dos dedos, sobre a margem costal D, abaixo da marca inferior de macicez o peça ao paciente que inspire profundamente o empurre os dedos para dentro e para cima PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Localização do Baço: difícil tanto na percussão quanto na palpação ▪ Técnica de percussão: o localiza a linha axilar média E o percutir abaixo da 10ª costela o a percussão deve produzir uma pequena área de macicez, mas quase sempre é mascarada pelo timpanismo do cólon. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Localização do Baço: ▪ Técnica de palpação – bimanual: o baço normal não é palpável o quando aumentado, pode ser percebido e palpado o manter à D do paciente o passar o braço E sobre o tronco do paciente o colocar a mão sob o tórax posterior (inferior E), apoiando-se sobre o gradeado costal posterior, projetando-o para cima PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ❑ Localização do Baço: ▪ Técnica de palpação – bimanual: o enquanto o paciente inspira profundamente, pressionar com as pontas dos dedos da mão D para dentro e para cima em direção ao baço o se o contorno do baço for sentido, esse achado indica que a víscera pode estar AUMENTADA. o Em caso de víscera aumentada, não persistir com a palpação, devido risco de ruptura do baço Características diagnósticas da DOR abdominal ▪ Apendicite: Inicialmente periumbilical e epigástrica e se localiza no QID, dor intensa. Sinal de McBurney + ▪ Obstrução Intestinal: Irradia-se para mesogástrio e umbigo, dor abrupta e grave, RHA-. ▪ Colecistite: Localizada no QSD ou epigástrica, dor grave que pode irradiar-se para a região subescapular D. Sinal de Murphy + Características diagnósticas da DOR abdominal ▪ Pancreatite: Localizada no QSE, epigástrica ou umbilical, pode estar presente em um ou ambos os flancos e pode irradiar-se para o ombro E, severa e constante. ▪ Úlcera Gástrica: Localizada no QSD, pode irradiar- se para os ombros, início abrupto, abdome rígido com dor à descompressão. Características diagnósticas da DOR abdominal ▪ Ruptura de aneurisma aórtico: Pulsação constante na linha média sobre o aneurisma, pode irradiar-se para as costas ou o flanco, dor severa, sinais de choque. ▪ Litíase renal: Localizada no flanco, podendo irradiar-se para as fossas ilíacas e no homem pode atingir o escroto, dor intensa tipo cólica. O paciente dobra-se devido a dor. EXAME DO RETO E ÂNUS ❑ O reto e o canal anal constituem os últimos seguimentos do aparelho GI e são responsáveis pelos mecanismos de contenção e eliminação das fezes. ❑ Pelas relações anatômicas com a glândula prostática, é possível a identificação da próstata através do reto. EXAME DO RETO E ÂNUS ❑ Obs: Considerando suas características, pode ser um momento constrangedor. ❑ No entanto, é um exame que deve ser realizado rotineiramente em pacientes acima de 40 anos e sempre que na entrevista, o paciente referir algum sinal e sintoma relacionado a este segmento. ❑ Orientar sobre a importância do exame ❑ Garantir conforto e privacidade TÉCNICAS DE EXAME DO RETO E ÂNUS ❑ Inspeção e palpação ❑ manter o paciente em DLE, com flexão dos quadris e joelhos e com as nádegas posicionadas na beira do leito ❑ na mulher, pode manter a posição ginecológica ou de litotomia, após a realização do exame ginecológico ❑ uso de luvas de procedimento INSPEÇÃO ❑ Inspecionar a região anal e perianal: ▪ afastar as nádegas com a mão E ▪ característica da região perianal: mais escurecida que as nádegas o observar: integridade, edema, ulcerações, hemorróidas, abscessos, fissuras, fístulas ▪ inspeção dinâmica: orientar o paciente a fazer força para baixo e inspecionar o ânus, detectando possíveis lesões PALPAÇÃO ❑ Palpar a região anal e perianal: ▪ pesquisar formações tumorais e hipersensibilidade ▪ O dedo da mão D (enluvada), deve ser lubrificado e introduzido delicadamente no canal anal, alcançando o reto e possibilitando a realização do toque retal. ▪ É importante explicar ao paciente, que durante o exame ele poderá ter desejo de evacuar, o que provavelmente não acontecerá. PALPAÇÃO ❑ Palpar a região anal e perianal: ▪ A parede posterior do reto deve ser palpada e o dedo do enfermeiro deve girar, palpando sequencialmente as paredes lateral D, lateral E, e anterior, pesquisando presença de áreas endurecidas, nódulos e impactação fecal ▪ Ainda com o dedo introduzido no canal anal, o tônus esfincteriano anal, poderá ser avaliado solicitando ao paciente que contraia os músculos anais. PALPAÇÃO ❑ Palpar a região anal e perianal: ▪ Ao final da técnica, o profissional deverá retirar o dedo delicadamente e verificar a ponta da luva, avaliando resíduos fecais, presença de sangue e até pus. ▪ No homem, por meio da palpação da parede anterior é possível tocar a próstata, avaliando seu tamanho, consistência, presença de nódulos e sensibilidade dolorosa EXAME DO APARELHO URINÁRIO ❑ Composição: Rins, ureteres, bexiga e uretra. ❑ Localização dos rins: Entre a 10ª vértebra torácica e a 3ª vértebra lombar, onde estão cobertos pelo peritôneo. O rim D está mais inferior que o E devido à disposição do fígado. ❑ A bexiga é um saco composto de musculatura lisa e está localizada atrás da sínfese púbica. ❑ Distensão: moderada – 300 ml/ desconforto: 450 ml. INSPEÇÃO ❑ Em condições normais, a inspeção pouco informa sobre alterações desse segmento ❑ Nos grandes aumentos dos rins, pode-se observar: abaulamentos localizados no flanco e na fossa ilíaca correspondente ▪ Hidronefrose ▪ Tumores ▪ Rim policístico PERCUSSÃO ❑ Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito- digital (como no fígado e outras estruturas) ❑ Nos processos inflamatórios agudos, renais e perirenais, a pesquisa por meio de punho- percussão nas lojas renais é de grande valia. ▪ SINAL DE GIORDANO PERCUSSÃO ❑ Na bexiga, deve ocorrer a 5 cm da sínfise púbica e o som obtido nessa região normalmente deve ser timpânico ▪ Som maciço: possível presença de ascite ou de bexigoma PALPAÇÃO ❑ Método que fornece melhores informações sobre o rim, porém difícil execução ❑ Condições normais: rins indolores, duros, de superfície regular, de forma não muito nítida(pois apenas seu pólo inferior é acessível à palpação) ❑ Neoplasia renal (aumento do volume): torna-se palpável como um tumor duro, indolor e de superfície nodular PALPAÇÃO ❖ Método de Devoto: ▪ paciente em DD ▪ pedir que tente relaxar a musculatura ao máximo; ▪ o profissional deve sentar no leito, junto ao paciente, do lado do órgão que pretende palpar ▪ colocar uma mão contrária ao rim a ser examinado no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para frente ▪ a outra mão deve ficar espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal ▪ tentar sentir e pinçar o pólo inferior do rim na sua descida inspiratória PALPAÇÃO ❖ Método de Israel: ▪ paciente em DL, oposto ao lado do rim que será palpado ▪ a coxa correspondente ao órgão que vai ser examinado deverá ficar fletida sobre a bacia e o outro membro deverá permanecer em extensão ▪ o profissional deverá sentar-se do lado do dorso do paciente ▪ colocar uma das mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para frente ▪ com a outra mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal, procurar pinçar o rim na sua descida inspiratória PALPAÇÃO ❑ Na palpação da bexiga, para o conforto do paciente, realizar após o paciente ter urinado ❑ Palpar aproximadamente 2 cm da sínfise púbica, ▪ Palpação normal: região firme e lisa Alterações - características da urina ▪Hematúria: Presença de sangue na urina, podendo ser macro ou microscópia. ▪ Hemoglobinúria: Presença de hemoglobina livre na urina. ▪ Oligúria: Redução do volume urinário. Inferior a 400 ml/dia. ▪ Anúria: Diurese inferior a 100 ml/dia. Alterações - características da urina ▪ Poliúria: Aumento do volume urinário. Superior a 2500 ml/dia. ▪ Disúria: Micção associada à sensação de dor, desconforto ou queimação. ▪ Urgência: Necessidade súbita de urinar, podendo mesmo, haver esvaziamento involuntário da bexiga. ▪ Polaciúria: Várias micções (intervalo menor que 2 horas) e sem aumento do volume urinário. Alterações - características da urina ▪ Nictúria ou Noctúria: Alteração do ritmo da diurese, ocasionando a necessidade de urinar à noite. ▪ Incontinência Urinária: Eliminação involuntária da urina. ▪Piúria: Presença de leucócitos na urina (10 ou mais piócitos por campo) ▪ Mau cheiro: O odor característico da urina decorre da liberação de amônia. Um simples aumento da concentração de solutos na urina pode determinar cheiro desagradável. BRISTOL OBRIGADA!!!
Compartilhar