Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento

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Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro é apelidada de Rio-92 (Eco-92 ou Cúpula da Terra). É a conferência ambiental mais importante já realizada pela ONU.
A sua relevância maior é a criação do documento chamado de Agenda 21, contendo mais de 40 capítulos e 2 mil recomendações. Uma crítica feita à Agenda 21 é que o documento não obriga que os países signatários adotem as medidas propostas. A intenção do documento é recomendar suas ideias e propõe que que cada país desenvolva a sua própria agenda de compromissos, o que leva a uma flexibilidade do documento o que pode comprometer a defesa do desenvolvimento sustentável.
Passados 10 anos, é organizado o Rio+10 (em 2002 em Johannesburgo na África do Sul) e passado outros 10 anos, é realizado o Rio+20 (2012 no Rio de Janeiro), com a proposta de avaliar os andamentos da importantíssima Rio-92.
Ambas conferências representavam uma esperança para que os compromissos firmados em 1992 progredissem. Contudo, a esperança se transformou em frustração. Durante o Rio+10, o mundo estava abalado com o ataque às torres gêmeas e concentrado com a Guerra ao Terror de George Bush, que deu início as várias incursões militares do EUA no Oriente Médio. Já no Rio+20, as consequências da crise de 2008 no EUA e da crise do Euro em 2011, inviabilizaram qualquer interesse em promover a sustentabilidade econômica.
Já a Cúpula dos Povos é um evento que ocorreu paralelamente ao Rio+20, sendo que esse evento foi organizado por entidades da sociedade civil e movimentos sociais de vários países. Com 15 mil representantes da sociedade civil, vindos de várias partes do mundo, em especial das Américas, Europa e norte da África, a Cúpula dos Povos realizava as Assembleia Permanente dos Povos, onde eram realizadas atividades propostas por organizações ou movimentos sociais.
A diferença entre a Cúpula e as conferências ambientais é a distância entre a teoria e a prática, em que o evento organizado pela sociedade civil a teoria é posta em prática, enquanto, o organizado pelas entidades supranacionais, a teoria e prática são distantes.