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TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 2 SUMÁRIO 1- ATERROS 3 2- CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO TERRAPLENAGEM 11 3- ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM 14 4- ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO 24 5- ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO 28 6- MODALIDADES E CONSTITUIÇÃO DE PAVIMENTOS 30 7- PAVIMENTAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS 38 REFERÊNCIAS TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 3 1- ATERROS O aterro sanitário é uma obra de engenharia projetada para garantir a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos Imagem editada e redimensionada de Agência Brasília está disponível no Flickr e licenciada sob CC BY 2.0 O aterro sanitário é uma obra de engenharia projetada sob critérios técnicos, cuja finalidade é garantir a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos que não puderam ser reciclados, de modo que os descartes não causem danos à saúde pública ou ao meio ambiente. Teoricamente, o aterro sanitário é considerado uma das técnicas mais eficientes e seguras de destinação de rejeitos. https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/ https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/31526348534/in/photostream/ https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/ TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 4 Rejeito é um tipo específico de resíduo sólido - quando todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem já tiverem sido esgotadas e não houver solução final para o item ou parte dele, trata-se de um rejeito. As únicas destinações plausíveis são encaminhá-lo para um aterro sanitário licenciado ambientalmente ou incineração. No Brasil, uma das funções dos municípios é coletar e dispor o resíduo gerado adequadamente. Por várias razões, como escassez de recursos, deficiências administrativas e falta de visão ambiental, é comum que os resíduos sejam descartados em locais inapropriados, provocando degradação do solo, contaminação dos rios e lençóis freáticos e emissões de biogás. Resultante da decomposição da matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos, o biogás é rico em metano (CH4), substância que, além de possuir grande potencial combustível, contribui significativamente para o aquecimento global. O que são Resíduos Sólidos Urbanos? Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), vulgarmente chamados de lixo urbano, resultam da atividade doméstica e comercial das cidades. Sua composição varia de população para população, dependendo da situação socioeconômica e das condições e hábitos de vida de cada localidade. Esses resíduos podem ser subdivididos em seis categorias: 1. Matéria orgânica: restos de comida; 2. Papel e papelão: caixas, embalagens, jornais e revistas; 3. Plástico: garrafas, embalagens; 4. Vidro: garrafas, copos, frascos; 5. Metais: latas; 6. Outros: roupas, eletrodomésticos. Em 2018, foram geradas no Brasil 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, um aumento de 1% em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Comparando com os países da América https://www.ecycle.com.br/143-decomposicao.html https://www.google.com/url?q=https://www.ecycle.com.br/1294-aquecimento-global&sa=D&ust=1586893716748000&usg=AFQjCNF0Ym6c92erYcCs2k-fAM8GwmmiQw https://www.ecycle.com.br/3129-residuos-solidos.html http://abrelpe.org.br/2018/09/ http://abrelpe.org.br/2018/09/ TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 5 Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, representando 40% do total gerado na região (541 mil toneladas/dia, segundo a ONU Meio Ambiente). Enquanto os rejeitos são materiais que não possuem nenhuma possibilidade de reaproveitamento ou de reciclagem, os resíduos correspondem a tudo aquilo que pode ser reutilizado e reciclado. Para isso, eles precisam ser separados de acordo com a sua composição. É importante ressaltar que muitos resíduos podem ter destinações melhores que o aterro sanitário - como a coleta seletiva ou a compostagem. O que é um aterro sanitário? Os aterros sanitários são obras projetadas para o descarte seguro do lixo urbano. De acordo com as formas de construção e operação adotadas, eles se dividem em dois grupos: aterros convencionais e aterros em valas. O aterro convencional é formado por camadas de resíduos compactados, que são sobrepostas acima do nível original do terreno, resultando em configurações típicas de escadas ou pirâmides. Já o aterro em valas é projetado para facilitar o aterramento dos resíduos e a formação de camadas por meio do preenchimento total de trincheiras, de modo a devolver ao terreno a sua topografia inicial. Independente do tipo, a decomposição dos resíduos depositados nos aterros sanitários gera como subprodutos o chorume e o biogás (metano), que precisam ser tratados para não causar contaminação. O chorume, conhecido por lixiviado de aterro sanitário, é um efluente líquido e escuro, rico em matéria orgânica e metais pesados, que na ausência de tratamento adequado pode causar diversos impactos ambientais. Elementos do projeto de um aterro sanitário O projeto de um aterro sanitário deve prever a instalação de elementos para captação, armazenamento e tratamento do chorume e do biogás, além de sistemas TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 6 de impermeabilização superior e inferior. Esses elementos são fundamentais para que a obra seja considerada segura e ambientalmente correta, e por isso precisam ser bem executados e monitorados. Sistema de drenagem das águas superficiais Tem o objetivo de evitar a entrada de água de escoamento superficial no aterro. Além de aumentar o volume de lixiviado, a infiltração das águas superficiais pode causar instabilidade na massa de resíduos. Sistema de impermeabilização de fundo e de laterais Esse sistema tem a função de proteger e impedir a infiltração do chorume no subsolo e nas águas subterrâneas. Sistema de drenagem de lixiviado A implementação desse sistema permite coletar e conduzir o lixiviado para o seu devido local de tratamento. A contaminação dos lençóis freáticos ocorre quando ele infiltra no solo através do substrato inferior do aterro sem que antes tenha passado por um processo de tratamento. Por essa razão, um sistema eficiente de drenagem é importante para evitar sua acumulação dentro do aterro. A drenagem pode ser executada através de uma rede de drenos internos que levam o chorume para um sistema de tratamento. Sistema de tratamento de lixiviado O lixiviado é composto por metais pesados e substâncias tóxicas, o que faz com que seja considerado um problema do ponto de vista do tratamento. A legislação ambiental exige que os aterros sanitários tratem adequadamente o lixiviado e, para atender os padrões estabelecidos, é necessária uma combinação de diferentes métodos. Os mais usuais são: tratamentos aeróbios ou anaeróbios (lodos ativados, lagoas, filtros biológicos) e os tratamentos por processos físico-químicos (diluição, filtração, coagulação, floculação, precipitação, sedimentação, adsorção, troca iônica, oxidação TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 7 química). O chorume pode ser encaminhado, ainda, para Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) - em condições especiais e desde que estas suportem a carga adicional representada pelo chorume sem prejudicar seu processo de tratamento. Sistema de drenagem dos gases Esse sistema é composto por uma rede de drenagem adequada, capaz de evitar que os gases gerados pela decomposição dos resíduos escapem através dos meios porosos que constituem o subsolo do aterro sanitário e atinjam fossas, esgotos e até edificações. Cobertura intermediária e final O sistema de cobertura diário, realizado ao final de cada jornada de trabalho, tem a função de eliminar a proliferação de animais e vetoresde doenças, diminuir as taxas de formação de lixiviado, reduzir a exalação de odores e impedir a saída do biogás. A cobertura intermediária é necessária naqueles locais onde a superfície de disposição ficará inativa por mais tempo, aguardando, por exemplo, a conclusão de um determinado patamar. A cobertura final, por sua vez, tem como objetivo evitar a infiltração de águas pluviais e o vazamento dos gases gerados na degradação da matéria orgânica para a atmosfera. Logística reversa Um importante avanço da Política Nacional de Resíduos Sólidos é a assimilação da chamada “Logística Reversa”. Conforme definição apresentada na própria legislação, a logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 8 É através desse sistema, por exemplo, que as partes recicláveis de um produto eletrônico descartado pelo consumidor poderão retornar ao setor produtivo na forma de matéria-prima. Opção mais segura que lixões Embora nem sempre funcionem de modo adequado, os aterros sanitários são uma opção melhor do que os lixões. O lixão é uma forma inadequada de dispor os resíduos sólidos urbanos sobre o solo, já que não possui sistemas de impermeabilização, drenagem de lixiviado ou de gases, nem coberturas diárias do lixo, causando impactos à saúde pública e ao meio ambiente. Por isso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 determinou que todos os lixões do país deveriam ser fechados até o dia 2 de agosto de 2014 para propiciar segurança à população do entorno, melhoria da qualidade do solos e das águas superficiais e subterrâneas, além de minimizar os riscos à saúde pública, garantindo harmonia entre o meio ambiente e a população local. No entanto, o prazo de fechamento dos lixões estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos foi prorrogado diversas vezes. De acordo com o levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública, em 2017 o Brasil possuía cerca de três mil lixões irregulares Impactos causados pelo aterro sanitário Os impactos causados pelos aterros sanitários são divididos em três meios: físico, biótico e socioeconômico. Impactos no meio físico A decomposição da matéria orgânica existente na massa de resíduos descartados no aterro sanitário produz uma quantidade significativa de chorume e biogás, rico em metano (CH4). https://www.google.com/url?q=https://www.ecycle.com.br/3705-politica-nacional-de-residuos-solidos-pnrs.html&sa=D&ust=1586894851604000&usg=AFQjCNGCN_M6kOMMdZL4ZYYIyy0Ec5jSeQ TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 9 Ao se infiltrar no solo, o chorume causa a poluição dos lençóis freáticos e aquíferos subterrâneos. Além disso, os metais pesados que fazem parte de sua composição tendem a se acumular nas cadeias alimentares, causando prejuízos à saúde de plantas, animais e seres humanos. Vale ressaltar que o chorume produzido em aterros sanitários e lixões é diferente do liberado pela composteira doméstica, que não é tóxico e pode ser utilizado como fertilizante de solo e pesticida natural. Na composteira, o chorume resulta da decomposição de matéria orgânica pura, enquanto em aterros e lixões os vários tipos de descarte são decompostos juntos e liberam um chorume contaminado. O principal efeito negativo do metano para o meio ambiente é a sua contribuição para o desequilíbrio do efeito estufa, colaborando para o aquecimento global. Ao ser inalado em grandes quantidades, o gás também pode causar asfixia e perda de consciência, parada cardíaca e, em casos extremos, danos no sistema nervoso central. Impactos no meio biótico Para instalar um aterro sanitário, é necessário remover a vegetação existente no local. Atrelada à movimentação de pessoas e dos equipamentos envolvidos na operação do aterro, essa eliminação vegetal causa um afastamento dos animais silvestres que habitavam a área. Além disso, a grande presença de matéria orgânica na massa de resíduos é um forte atrativo para animais e insetos transmissores de doenças. Impactos no meio socioeconômico Além de resultarem na queda da qualidade de vida da população que vive em seu entorno, os imóveis localizados na área de influência direta de aterros sanitários com condições inadequadas sofrem com a desvalorização gerada pela degradação ambiental. https://www.ecycle.com.br/6215-efeito-estufa.html TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 10 Em aterros onde não existe o controle do acesso de pessoas, é frequente a presença de catadores trabalhando em condições precárias e insalubres, em decorrência da desigualdade socioeconômica. Soluções A coleta seletiva e a compostagem são as duas melhores soluções para os aterros sanitários. A coleta seletiva é o destino ideal para os resíduos secos e recicláveis e a compostagem para os úmidos e orgânicos. O que é coleta seletiva? O que é compostagem e como fazer A coleta seletiva diferencia os resíduos de acordo com sua constituição ou composição. Os resíduos devem ser separados em úmidos, secos, recicláveis e orgânicos - e dentro dessas categorias há subcategorias. Os recicláveis, por exemplo, abrangem alumínio, papel, papelão e alguns tipos de plástico, entre outros. Quando os materiais recicláveis são coletados e chegam às cooperativas, eles são separados minuciosamente para serem reaproveitados. Para o descarte de resíduos recicláveis, consulte os postos mais próximos da sua casa no mecanismo de busca gratuito do Portal eCycle. A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil. Portanto, seria ideal que os aterros sanitários recebessem apenas aqueles resíduos que não podem ser reciclados ou compostados. https://www.ecycle.com.br/6268-coleta-seletiva.html https://www.ecycle.com.br/2368-compostagem.html TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 11 2- CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO TERRAPLENAGEM Saiba o que levar em conta na hora de contratar serviços de terraplenagem Características do projeto e descarte de material influenciam o custo dessa etapa preliminar. Conheça as etapas do trabalho e os equipamentos exigidos Os serviços de terraplenagem incluem todas as atividades necessárias para preparar o terreno para a implantação de um empreendimento. Realizado em praticamente todas as obras, da construção de casas a rodovias, a terraplenagem pode exigir a retirada do excesso de terra (cortes) ou a adição em locais especificados pelo projeto (aterro). Veja também equipamentos à venda para terraplenagem e pavimentação O procedimento compreende quatro etapas principais: escavação, carregamento, espalhamento e transporte do excedente de terra. “A base de todo o trabalho é o perfil do terreno obtido a partir do levantamento planialtimétrico e dos projetos legal/executivo, que determinarão as características que o terreno deverá ter para viabilizar a obra”, explica o engenheiro Carlos Yazbek, gerente de suprimentos na Trisul. Segundo ele, a sondagem por meio de perfurações no solo é igualmente importante para a terraplenagem, uma vez que gera informações valiosas que https://www.aecweb.com.br/revista/materias/terraplenagem-mais-do-que-mover-terras/7401 https://www.aecweb.com.br/guia/p/terraplenagem-e-pavimentacao--venda_11_257_0_1_0 TERRAPLANAGEM EPAVIMENTAÇÃO 12 subsidiam a estratégia de escavação (resistência do solo, grau de umidade, existência de rochas etc.). CUIDADOS NA CONTRATAÇÃO Os serviços de terraplenagem podem ser contratados pela construtora junto a uma empresa prestadora de serviço especializada. A construtora pode, também, ela mesma realizar os serviços, alugando equipamentos, se necessário. Na hora de fazer tomadas de preços, o contratante deve ter o projeto da área que será terraplanada e os volumes de material a serem movimentados. A construtora deve estar atenta à legislação, em especial sobre a necessidade de obter licença da secretaria de meio ambiente do município para a realização do serviço. “É dever da construtora observar se a contratada é uma empresa idônea, se tem um lugar autorizado para receber o descarte do material da terraplenagem e se ela trabalha dentro das normas de segurança”, afirma Márcia Santos, gestora de obras do Grupo EPO. Segundo a engenheira, o ideal é que se tenha um profissional capacitado não só para a contratação dos serviços ou dos equipamentos, mas também para fiscalizar a execução dos trabalhos. “A construtora não pode se eximir de suas responsabilidades ainda que contrate um terceiro para executar a terraplenagem”, acrescenta Yazbek. “É fundamental que haja um monitoramento constante para verificar se a contratada se utiliza de boas práticas de engenharia, bem como aplicar instrumentos de controle tecnológico, como a análise da compactação do solo, para certificar-se de os serviços foram executados de acordo com o planejado”, destaca o engenheiro da Trisul. EQUIPAMENTOS PARA TERRAPLENAGEM A definição dos equipamentos utilizados em obras que de movimentação de terra depende do tipo de serviço que será realizado. A produtividade vai variar em função do tamanho e tipo de terreno a ser trabalhado, dos acessos a esse local, das condições meteorológicas, das máquinas utilizadas e da eficiência do operador. O TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 13 tempo estimado para execução da terraplenagem deve contabilizar a limpeza do terreno, influenciada pelo porte e tamanho da vegetação existente. “O dimensionamento das máquinas é feito principalmente de acordo com o volume em toneladas ou metros cúbicos de material a ser movimentado”, comenta Felipe Silva, gerente nacional de equipamentos da Lafaete. Ele explica que o cálculo deve considerar o prazo de execução da obra. Afinal, quanto mais enxuto for o cronograma, maior será a demanda por equipamentos em maior quantidade e de maior porte. “A idade dos equipamentos é outro critério a ser analisado, uma vez que máquinas com vida útil expirada tendem a exigir paradas para manutenção, motivando paralisações inesperadas e atrasos na obra”, diz Silva. O dimensionamento das máquinas é feito principalmente de acordo com o volume em toneladas ou metros cúbicos de material a ser movimentado Cada etapa da terraplenagem exige um tipo de equipamento. Para a escavação são recomendados tratores com lâminas, carregadeiras, escavadeiras e motoniveladoras. Para o transporte do material escavado, são comumente utilizados os caminhões basculantes e os fora de estrada. “Para a compactação do excesso do material, são utilizados rolo pé de carneiro, rolo vibratório, rolo pneumático, rolo de grade, entre outros”, cita Santos. Além dos equipamentos, um dos fatores de maior impacto no custo de obras de terraplenagem é o descarte de material fora do local da obra. Tal condição pode aumentar consideravelmente os custos do serviço. Afinal, para descartar o material são usados mais caminhões; os aterros cobram para receber o material; e há escassez de bota-fora legalizado próximo das grandes cidades, tornando o descarte de terra cada vez mais oneroso. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 14 3- ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM Instalação do canteiro de obras – Função da dimensão da obra – Proximidade de centros urbanos – Tempo de execução da obra – Obs. Não compensa permitir que operários fiquem na cidade pois isso gera dificuldades. Canteiro de obras – Regra geral: localizar perto do centro de gravidade (área em planta) dos serviços. As construções devem ser econômicas e reaproveitáveis após a desmontagem do acampamento. Parâmetros que podem alterar a regra geral: dimensão da obra, proximidade de centro urbano, tempo de execução da obra, facilidades locais de energia elétrica e água potável, etc. – Um canteiro deverá conter: Escritório • Prestando os seguintes serviços gerais: • apropriação (coleta de dados, classificação, ordenação e cálculo de despesas por categorias); • comunicação entre o canteiro de serviço e a gerência; • comunicação entre o canteiro e terceiros; • controle de ponto; • pagamento de pessoal; TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 15 • organização, distribuição e pagamento de contas e sua contabilização em livro próprio; • escrituração do livro "caixa" da obra; • arquivamento de correspondência, fichário de máquinas , material de consumo, etc. Almoxarifado • responsável pela compra e distribuição de materiais, que se classificam em: • materiais de consumo (combustíveis, óleos, graxas, alimentos, peças sobressalentes, etc.); • materiais de aplicação (cimento, cal, pedra, areia, etc.); • materiais permanentes (máquinas, móveis, grandes ferramentas, etc.). oficinas de manutenção • para reparos ligeiros, pinturas, manutenção preventiva (revisão quinzenal de peças de alto desgaste, revisão de motores segundo especificações dos fabricantes). • Como indicação, deve ter 36 m2 por máquina em serviço. Transportes • Podem ser feitos em ônibus, respeitada a legislação vigente, com todas as regras de segurança e sempre gratuito. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 16 • O transporte de pessoal graduado normalmente é feito em veículos menores, como utilitários ou automóveis. Serviços provisórios • Em geral, no caso de obra rodoviária, obras de baixo custo, com plataformas de 4 a 5 metros. Procurar suavizar rampas de inclinação muito forte. Pequenos aterros, drenados, nas baixadas e onde houver solos de má qualidade. Bueiros para evitar inundações. Nas grandes obras, estradas de serviço podem necessitar plataformas maiores, com boa conservação e suporte Terreno • Executados sempre que, devido à baixa capacidade de suporte do sub-leito possa ocorrer recalque exagerado ou escorregamento lateral. No caso de estradas de serviço, não tem o requinte que será visto em "construção de aterros", mas devem ter boa capacidade de suporte e drenagem suficiente. Locação topográfica • O órgão rodoviário (DNER, DER/xx, RFFSA ) fornece o eixo da estrada locado e piqueteado a cada 20 m, incluindo a marcação dos PC (pontos de curva), PT(ponto de tangência) e PI (ponto onde o prolongamento das retas se interceptam), devendo o empreiteiro acompanhar a execução desse trabalho a fim de esclarecer dúvidas. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 17 Locação • A marcação correta dos pontos de off-set é importante porque a correção de erros é muito onerosa. • O erro máximo admissível na altura do off-set de corte é 10 cm. • Superfícies côncavas ou convexas nos taludes de corte, ou nos de aterro, não são permitidas, nem são pagas modificações nos volumes previstos no projeto. Limpeza da faixa de ocupação fatores que influem • 1. Porte e tamanho das árvores: • 2. Uso final da terra: estradas, barragens, reflorestamento, uso agrícola – exigências são diferentes em cada tipo de obra. • 3. Condições do solo: espessura da camada de terra vegetal, matéria orgânica, umidade, presença de matacões e blocos de rocha , influem na escolha dos equipamentos a serem usados. • 4. Topografia: grandes rampas,valetas, áreas pantanosas e de baixo suporte, formações rochosas – alteram a operação de alguns equipamentos. • 5. Especificações da obra : tamanho da obra, prazo, disposição de entulho, exigências de conservação ambiental e dos solos. Equipamentos de limpeza TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 18 TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 19 Acessórios TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 20 Escarificador TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 21 Estimativa do tempo de corte de árvores Utilização dos equipamentos de terraplenagem TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 22 Bulldozer TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 23 TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 24 4- ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO 4 práticas importantes para a construção de estradas de qualidade Segundo o mais recente ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, o Brasil se encontra na 103ª posição entre os 137 países analisados no quesito qualidade da infraestrutura rodoviária. E de acordo com a pesquisa CNT de Rodovias, é preciso dar mais atenção à construção de estradas e outros elementos viários no País para atender à demanda nacional. Porém, este quadro pode ser revertido com a aplicação de mais recursos para construção de estradas e conservação geral de rodovias, aliados a um planejamento eficiente para organizar bons projetos, gerenciar os recursos e garantir que a obra seja executada com qualidade e no prazo. Esta é a combinação ideal para garantir melhores condições para as estradas brasileiras, especialmente para as que estão sob responsabilidade da gestão pública – o gerenciamento e manutenção realizados pelas concessionárias privadas têm se sobressaído em relação a administração municipal, estadual e federal. Portanto, melhorar os diversos processos de gestão de obras rodoviárias é o caminho. É preciso, por exemplo, ter maior planejamento, direcionar melhor os recursos disponíveis, e aperfeiçoar o gerenciamento e fiscalização dos projetos a serem executados. Veja no artigo quais são as quatro práticas mais importantes para aprimorar este processo. http://reports.weforum.org/global-competitiveness-index-2017-2018/competitiveness-rankings/#series=EOSQ057 http://reports.weforum.org/global-competitiveness-index-2017-2018/competitiveness-rankings/#series=EOSQ057 http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/pesquisa-cnt-indica-piora-qualidade-rodovias http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/pesquisa-cnt-indica-piora-qualidade-rodovias https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2017/06/eficiencia-da-gestao-privada-e-bem-maior-1014070168.html TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 25 O que levar em conta para a manutenção e construção de estradas O Brasil conta com mais 1,7 milhão de quilômetros de estradas sob gestão pública, mas boa parte deles precisa de algum tipo de reparo. São diferentes tipos de desafios a serem resolvidos: trechos desgastados, ondulações, buracos ou sinalização deficiente. Portanto, há muito trabalho a fazer, seja na estruturação de novos trechos ou em melhorias nos já existentes para que os usuários trafeguem com segurança, conforto e qualidade. O que é preciso ter em mente é que a gestão da manutenção e construção de estradas é um trabalho que inicia bem antes das ações nos canteiros de obras. Estruturação do projeto Uma das fases mais importantes da construção de estradas e outros elementos de infraestrutura rodoviária é a elaboração do projeto. É nela que são realizadas as análises de cálculo, o detalhamento estrutural, a definição do traçado (levando em conta o mais viável do ponto de vista econômico, social e ambiental), os materiais a serem usados, os tipos de serviço a serem contratados etc. Ou seja, é neste momento que são tomadas as decisões que vão direcionar e garantir a qualidade da obra, evitando problemas durante a execução, especialmente os relacionados a aditivos financeiros e atrasos na conclusão das obras. https://www.e-gestaopublica.com.br/projeto-de-obra-publica/ TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 26 Planejamento orçamentário O planejamento orçamentário é uma etapa essencial e que tem como base o projeto estruturado que falamos no item acima. Está previsto em lei (8.666/1993), pois a elaboração do orçamento é fundamental para a licitação de uma obra pública, além de ser uma das maiores exigências em relação à Responsabilidade Fiscal. Ao elaborar estudos para projetos rodoviários, é possível projetar receitas e despesas a médio e longo prazo, compor um orçamento adequado e assim uma licitação que cumpra todas as condições para uma boa execução da obra (em termos de qualidade, prazo e custos). Portanto, investir nesta fase é fundamental para ter uma visão geral do custo da obra, do tempo de execução e da melhor aplicação dos recursos públicos. Fiscalização da obra Acompanhar o cronograma de evolução de cada etapa da construção de estradas e outros projetos rodoviários, fazer a gestão físico-financeira relativa aos saldos e prazos e controlar os aditivos contratuais são algumas etapas fundamentais e que impactam diretamente na evolução da obra. O fiscal é o responsável por representar o órgão contratante nestes aspectos e fazer vistorias periódicas no canteiro de obras para acompanhar implantação e qualidade da execução dos trabalhos e dos materiais, além de monitorar se as etapas construtivas respeitam os detalhes ambientais previstos. Ao atuar de forma eficiente, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.htm TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 27 o fiscal pode verificar o cumprimento do contrato com o prestador do serviço – se está em andamento, paralisado, cancelado, encerrado, dentro do prazo ou atrasado – e tomar decisões mais eficazes para dar continuidade aos trabalhos, mantendo o cronograma e orçamento planejados. Modernizar a gestão dos processos O auxílio de soluções digitais inteligentes ajuda a descomplicar e a automatizar vários procedimentos no que diz respeito à gestão rodoviária dando praticidade, celeridade e precisão no trabalho interno, e possibilitando um maior controle de projetos para construção de estradas e infraestrutura viária. Elas trazem uma série de benefícios do início do planejamento das obras em rodovias até etapas posteriores como licitação, execução, fiscalização e guarda de arquivos. Também unificam o processo, organizando as informações e permitindo a atualização em tempo real dos dados. Isto é possível porque a ferramenta permite a automatização das rotinas de trabalho e das etapas a serem realizadas dentro do cronograma de construção de estradas, de forma que se torna possível identificar, reparar ou reduzir falhas que poderiam mais facilmente acontecer se tudo fosse feito manualmente (mesmo que em planilhas digitais, por exemplo). Como exemplo, destacamos a elaboração do orçamento e a medição de contratos, que podem ser constantemente atualizadas. Sendo assim, ao modernizar os processos, a gestão pública pode, além de oferecer mais qualidade à execução dos projetos, aperfeiçoar dois pontos importantes para obras em rodovias: o cumprimento de prazos e boa administração de recursos. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 28 5- ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO O asfalto (não confundir com alcatrão) é um betume espesso, de material aglutinante escuro e reluzente, de estrutura sólida, constituído de misturas complexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular, além de substâncias minerais, resíduo da destilação a vácuo do petróleo . Não é um material volátil, é solúvel em bissulfeto de carbono ( ), amolece a temperaturas entre 150°C e 200°C, com propriedades isolantes e adesivas.Também denomina a superfície revestida por este betume. É muito usado na pavimentação de ruas, estradas e aeroportos. Existem vários tipos de asfalto: O CAP - Cimento Asfáltico de Petróleo (Ex. CAP-20, CAP-70); O ADP - Asfalto Diluído de Petróleo(Ex. CM-30, CR-250); A Emulsão Asfáltica (Ex. RR-2C, RM-1C); entre outros. Dentro da engenharia rodoviária, cada tipo de asfalto se destina a um fim. Por exemplo: o ADP é utilizado para a imprimação (impermeabilização) da base dos pavimentos. Por outro lado, o CAP e as emulsões asfálticas são constituintes das camadas de rolamento das rodovias, de maneira que o CAP entra como constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão como o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente - ao passo que as emulsões asfálticas são constituintes dos revestimentos de médio e baixo padrão, como os pré-misturados a frio e a quente (PMF e PMQ) e os tratamentos superficiais, as lamas asfálticas e microasfalto.[4] Cabe ressaltar que a adoção de um revestimento de alto, médio ou baixo padrão leva em conta aspectos como: número e tipo de veículos pesados que transitam/transitarão na rodovia; vida útil adotada para o pavimento; disponibilidade de material; composição das camadas inferiores do pavimento, entre outros. https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcatr%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Betume https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocarboneto https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral https://pt.wikipedia.org/wiki/Destila%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Vol%C3%A1til https://pt.wikipedia.org/wiki/Sol%C3%BAvel https://pt.wikipedia.org/wiki/Bissulfeto_de_carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Pavimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Rua https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pavimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Emuls%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia https://pt.wikipedia.org/wiki/CBUQ https://pt.wikipedia.org/wiki/Asfalto#cite_note-4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculo TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 29 História Os registros mais antigos são de 3000 a.C., quando ele era usado para conter vazamentos de águas em reservatórios, já passando pouco depois a pavimentar estradas no Oriente Médio. Nesta época, ele não era extraído do petróleo, mas sim feito com piche retirado de lagos pastosos. A partir de 1909 iniciou-se o emprego de asfalto derivado do petróleo, devido a sua maior pureza e viabilidade econômica, sendo atualmente o principal meio de produção de asfalto.[2] No Brasil, a primeira rodovia asfaltada do país foi a Rio-Petrópolis, em 1928, durante o governo Washington Luís [1]. Aplicação Embora em larga utilização no Brasil, o asfalto como solução para as rodovias em regiões tropicais não é ideal, devido ao intenso intemperismo destas regiões. Rodovias com superfície de concreto aparentemente são mais resistentes às intensas variações diurnas de temperatura e umidade características do clima tropical mas é sujeita a diversas trincas, rachaduras e até desintegração total. Por esta razão, o ideal é a utilização de diferentes tipos de asfalto, de acordo com a temperatura média de cada região. Usina de asfalto Uma usina de asfalto é um conjunto de equipamentos mecânicos e eletrônicos interconectados de forma a produzir misturas asfálticas. Variam em capacidade de produção e princípios de proporcionamento dos componentes, podendo ser estacionárias ou móveis. [5] https://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_mil%C3%A9nio_a.C. https://pt.wikipedia.org/wiki/Oriente_M%C3%A9dio https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Piche https://pt.wikipedia.org/wiki/1909 https://pt.wikipedia.org/wiki/Asfalto#cite_note-Asfalto-2 https://acervo.oglobo.globo.com/rio-de-historias/washington-luis-inaugura-primeira-rodovia-asfaltada-do-pais-rio-petropolis-8849272 https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_tropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Asfalto#cite_note-5 TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 30 6- MODALIDADES E CONSTITUIÇÃO DE PAVIMENTOS Entenda a estrutura básica de um pavimento de concreto Para que um pavimento de concreto seja seguro, duradouro e resistente a todos os esforços causados pelo rolamento dos veículos, existe uma série de etapas que preparam o solo para o recebimento da estrutura. Basicamente, todo pavimento rígido é composto por duas camadas principais: revestimento de concreto e sub-base, além do subleito. O concreto é constituído por uma mistura de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água, distribuído numa camada devidamente adensada. Conheça abaixo as principais camadas que compõem o pavimento e suas funções específicas: Subleito: consiste no terreno de natural que foi preparado para receber o pavimento. Essa preparação pode ser feita com solo local ou solo de empréstimo. Toda a camada deve estar limpa para receber as demais etapas de construção do pavimento. Sub-base: a sub-base tem como papel assentar as placas de concreto. É executada com material e espessura definidos no projeto e não deve apresentar expansibilidade nem ser bombeável, assegurando às placas um suporte uniforme ao longo do tempo. Revestimento de concreto: consiste na última camada do pavimento, que recebe diretamente a ação dos veículos. Tem como objetivos melhorar a segurança e a comodidade do rolamento e resistir aos esforços que atuam sobre ele. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 31 PAVIMENTOS PARA VIAS PÚBLICAS: CONHEÇA OS TIPOS Entre as opções, estão os flexíveis, os semirrígidos e os rígidos Entender os diferentes tipos de pavimentos para vias públicas e escolher o ideal requer estudo específico de cada obra. O projeto deve considerar características como intensidade de tráfego, propriedades geotécnicas da região e a interface com o sistema de drenagem superficial. A partir dessas informações, é possível determinar se a pavimentação será flexível, semirrígida ou rígida. Os tipos de pavimentos para vias públicas: Pavimentação flexível É feita com bases granulares e revestimento asfáltico – o asfalto, como se sabe, exige menores investimentos para execução e é alternativa em grande parte das situações. Quando bem projetada e executada, a pavimentação flexível suporta adequadamente os esforços de uma via pública, entretanto precisa de frequentes intervenções para reparos. Entre as principais vantagens está sua maior facilidade de manutenção, ou seja, a restauração é feita somente no local afetado. Se for especificada corretamente, sua vida útil varia entre cinco e dez anos. Quando sua remoção é inevitável, o revestimento asfáltico é passível de reciclagem total ou parcial. Pavimentação semirrígida Executado com base cimentada e revestimento flexível, esse tipo de pavimento apresenta nível de deformação intermediário, superior ao do flexível e inferior ao do rígido. Está presente em vias onde trafegam veículos pesados. Sujeito a deformações, seu aproveitamento não é indicado para locais em que existem cargas estáticas, como nos pontos de ônibus. O pavimento semirrígido apresenta maior facilidade de manutenção e implantação se comparado com o rígido, por isso é uma opção interessante para obras que visam menores custos de execução. Assim como o flexível, também pode passar pelo processo de reciclagem. Pavimentação rígida Construído com placas de concreto, o pavimento rígido é aquele que apresenta as menores exigências de manutenção. Não deforma e, entre todos, é o que menos TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 32 degrada com o uso. Tem alta resistência à ação de combustíveis e óleos liberados pelosveículos. A solução é ideal para locais com grandes cargas estáticas e pontos de frenagem. Na construção de corredores de ônibus, os pavimentos rígido e semirrígido podem ser combinados, sendo que o primeiro é ideal para os pontos de parada e o outro é indicado para os trechos da via em que o veículo permanece em movimento. Apresenta os maiores custos de implantação e, em caso de problemas, toda a placa de concreto deve ser substituída. O material retirado não pode ser reciclado, já que o concreto está misturado com óleo e graxa, devendo ser descartado de maneira adequada. Pisos intertravados Constituídos por pequenos blocos de concreto, os pisos intertravados – também conhecidos como pavers – são de uso comum em estacionamentos, calçadas e áreas externas de edifícios. Assentados diretamente sobre o solo, apresentam como vantagem principal a permeabilidade, pois os espaços entre as peças permitem a passagem da água da chuva, evitando inundações. As peças podem ser temporariamente retiradas para a execução de serviços nas instalações enterradas. Tem vida útil mínima de 20 anos. O mercado oferece materiais com diferentes resistências, indicados tanto para áreas onde há somente a circulação de pedestres quanto para áreas com tráfego de veículos. Os pavers são produzidos em várias cores. Estrutura e Tipos de Pavimentos Pavimento de uma rodovia é a superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, assentes sobre um semi-espaço considerado teoricamente como infinito – a infra-estrutura ou terreno de fundação, a qual é designada de subleito. O pavimento, por injunções de ordem técnico-econômicas é uma estrutura de camadas em que materiais de diferentes resistências e deformabilidades são TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 33 colocadas em contato, responsável por resistir as cargas impostas pelo tráfego, conforme mostrado na Figura 1. Figura 1 – Aplicação da carga na pavimento (fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/metodos-de- pavimentacao) CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS De uma forma geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos e rígidos: – Flexível: aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, revestida por uma camada asfáltica (ver figura 2) – Semi-Rígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias como por exemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. – Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/metodos-de-pavimentacao https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/metodos-de-pavimentacao TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 34 do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland (ver Figura 2). Figura 2 – Distribuição de cargas em pavimentos rígidos e flexíveis CAMADAS DO PAVIMENTO Geralmente, as camadas do pavimento são constituídas por bases e sub-bases flexíveis, as quais podem ser classificadas nos seguintes tipos (Figura 3): TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 35 Figura 3 – Classificação das bases e sub-bases flexíveis e semi-rígidas BASES E SUB-BASES GRANULARES Estabilização Granulométrica São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas, puramente granulares, são sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente pela compactação de um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria apropriada e índices geotécnicos fixados em especificações. Quando esses materiais ocorrem em jazidas, com designações tais como “cascalhos”, “saibros”, etc., tem-se o caso de utilização de “materiais naturais” (solo in natura). Muitas vezes, esses materiais devem sofrer beneficiamento prévio, como britagem e peneiramento, com vista ao enquadramento nas especificações. Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada tem-se as subbases e bases de solo-brita. Quando se utiliza exclusivamente produtos de britagem tem-se as sub-bases e bases de brita graduada ou de brita corrida, conforme mostrado na Figura 4. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 36 Figura 4 – Base de brita corrida Macadames Hidráulico e Seco Consiste de uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou brita tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por solos de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de enchimento é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura, compressão (sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico. O macadame seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de simplificar o processo de construção evita o encharcamento, sempre indesejável, do subleito. BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS) Estas camadas têm, quase todas, processos tecnológicos e construtivos semelhantes às granulares por estabilização granulométrica, diferente apenas em alguns detalhes. Solo-cimento É uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade, durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro, cimentado, de acentuada rigidez à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem de 6% a 10%. Solo Melhorado com Cimento TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 37 Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%), visando primordialmente à modificação do solo no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são consideradas flexíveis. Solo-cal É uma mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona artificial. O teor de cal mais freqüente é de 5% a 6%, e o processo de estabilização ocorre: − por modificação do solo, no que refere à sua plasticidade e sensibilidade à água; − por carbonatação, que é uma cimentação fraca; − por pozolanização, que é uma cimentação forte. Quando, pelo teor de cal usado, pela natureza do solo ou pelo uso da cinza volante, predominam os dois últimos efeitos mencionados, tem-se as misturas solo-cal, consideradas semi-rígidas. Solo-betume É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura considerada flexível. BASES E SUB-BASES RÍGIDAS Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no seu dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto: – concreto plástico – próprio para serem adensados por vibração manual ou mecânica; – concreto magro – semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao pequeno consumo de cimento, mas com consistência apropriada à compactação com equipamentos rodoviários. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 38 7- PAVIMENTAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS Pavimentação de estradas florestais: emprego do alcatrão de madeira de eucalipto As estradas florestais são as mais importantes vias de acesso às florestas, servindo para viabilizar o tráfego de mão-de-obra e os meios de produção, necessários para implantação, proteção, colheita e transporte da madeira e, ou, produtos florestais. Estima-se,que a extensão da malha rodoviária florestal seja da ordem de 600 mil quilômetros, com uma tendência crescente em razão das novas ampliações de áreas plantadas das empresas florestais. Nos últimos anos as exigências em termos de solicitações dessas estradas vêm aumentando, devido ao crescimento do volume de tráfego de veículos pesados e extra pesados, aumento das distâncias de transporte em rodovias de baixa qualidade, necessidade de trafegabilidade durante todo o ano com eficiência e segurança; e necessidade de estradas com maior vida útil. O que não condiz com o baixo padrão construtivo freqüentemente observado nestas obras que, em sua maioria, são estradas de terra ou cascalho não revestidas com misturas betuminosas. Os principais problemas enfrentados na construção de estradas têm sido a durabilidade da superfície de rolamento e a escassez de solos com resistência adequada, pois os solos, em suas condições naturais, na sua grande maioria, não são suficientemente estáveis para suportar o tráfego de veículos, havendo a necessidade de aplicação de técnicas de estabilização para conferir-lhes as características de resistência mecânica solicitadas no projeto. O desenvolvimento de novos métodos que alterem as propriedades do solo torna- se cada vez mais necessário, merecendo destaque especial a aplicação de técnicas de estabilização que podem facilitar, sobremaneira, a construção de estradas, TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 39 permitindo fácil acesso às áreas florestais e melhorando o desempenho do transporte florestal, em especial da estabilização química dos solos. Como alternativa tecnológica, de baixo custo, o alcatrão de madeira de eucalipto, resíduo industrial subproduto do processo de produção do carvão vegetal, cujo potencial nacional de geração para as usinas integradas é da ordem de 140 a 800 mil t/ano, vem sendo pesquisado, pelo Grupo de Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, com vistas à sua aplicação na estabilização química de solos, para melhorar o padrão construtivo das rodovias e minimizar, através de sua recuperação, os impactos ambientais devido à redução da emissão de poluentes para o ar. Materiais betuminosos O termo betuminoso, do ponto de vista de rodovias, está restrito a materiais de caráter cimentício, por si ou pelos seus resíduos, e são incluídos nesta designação os conhecidos asfaltos e alcatrões. Os materiais betuminosos são definidos como sendo hidrocarbonetos, ou uma mistura de hidrocarbonetos, de origens natural e/ou artificial acompanhados ou não de seus derivados não-metálicos e completamente solúveis em bissulfeto de carbono (CS2), com características aglutinantes e impermeabilizantes, desejáveis na pavimentação, pois promovem a ligação dos agregados e a impermeabilização do pavimento. O interesse de se utilizar o alcatrão, em pavimentos flexíveis, se justifica pela: resistência dos alcatrões à ação da água, boa adesividade e poder de umectação. Como desvantagem, apresentam uma maior suscetibilidade térmica e maior TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 40 oxidação que os asfaltos. A obtenção do alcatrão vegetal baseia-se no aproveitamento das fumaças expelidas pelos fornos durante a carbonização, processo no qual a madeira é submetida a aquecimento em ambiente fechado com atmosfera controlada, pobre em oxigênio. Durante o processo de decomposição térmica da madeira, cada um dos seus componentes sofre degradação pela ação da temperatura, resultando em um produto sólido, carvão vegetal, e em material volátil que por sua vez pode ser condensado gerando o líquido pirolenhoso, constituído por ácido pirolenhoso e alcatrão A. O alcatrão A, de interesse para a estabilização, é oleoso, possui cheiro forte e penetrante de fumaça, com composição extremamente variável podendo conter até 50% de derivados fenólicos. A estabilização de um solo compreende qualquer modificação introduzida no seu comportamento natural para adequá-lo às exigências de projeto de uma determinada obra de engenharia. O emprego da estabilização química, uso de algum aditivo sólido ou líquido capaz de modificar as propriedades do solo, e da estabilização mecânica, emprego dos métodos mecânicos de estabilização de solos capazes de melhorar as qualidades geotécnicas destes sem, contudo, causarem alterações sobre suas propriedades inerentes, é um procedimento comum em se tratando de estradas. Esta constatação fundamenta-se em aspectos técnicos e econômicos. Estabilização com materiais ligantes ou impermeabilizantes • a adição de betume, em solos granulares, provoca aglutinação entre as partículas, aumentando a parcela de coesão, e, em geral, uma redução do ângulo de atrito interno. Em solos argilosos, provoca bloqueio dos vazios, impermeabilizando o solo e mantendo o seu teor de umidade de compactação. Os betumes mais comuns são TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 41 os asfaltos e os alcatrões. Estabilização com agentes aglutinantes • estabilização solo-cal - técnica empregada na área de pavimentação, visando, principalmente, a melhoria permanente das características dos solos, obtendo, assim, um aumento de resistência à ação da água, uma melhoria do seu poder de suporte, além de favorecer, em muito, a trabalhabilidade de solos argilosos. • estabilização solo-cimento , o efeito do cimento, nos solos granulares, destina-se, principalmente, a criar ligações nos contatos intergranulares, de modo a garantir um aumento da parcela resistente relativa à coesão. Nos solos finos, os grãos de cimento comportam-se como núcleos, aos quais aderem as partículas que o rodeiam formando regiões de material floculado que apresentam ligações oriundas dos fenômenos de cimentação. Para estes autores, o cimento tem a função de desenvolver uma estrutura capaz de minimizar as variações de umidade do solo, que desenvolvem grandes forças de tração e compressão no interior de massas porosas. Apesar da existência de vários relatos, na literatura internacional, na área de estradas, sobre o comportamento estático dos solos, misturas solo-cal e misturas solo-cimento, para fins rodoviários, observa-se que poucos estudos têm sido direcionados à análise da resposta dinâmica das misturas solos-resíduos industriais mesmo considerando-se os vários campos de aplicação da estabilização dos solos, em nível internacional. Levando-se em consideração que o tipo de solo é de grande significância na avaliação do parâmetro reatividade solo-estabilizante, cresce o interesse em se desenvolver estudos de caráter regional para a análise das propriedades dinâmicas de misturas estabilizantes, particularmente em se considerando as aplicações no campo de estradas florestais. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 42 Reforça-se esta necessidade no fato de que os materiais que compõem o pavimento rodoviário estão submetidos a cargas dinâmicas e transientes, tornando indispensável que se proceda a um estudo dos mesmos em laboratório, também sob condições dinâmicas, tentando reproduzir, tanto quanto possível, as condições de campo. Assim, observa-se que a importância do estudo das características resilientes dos solos e misturas estabilizadas quimicamente justifica-se pela necessidade de se conhecer o seu comportamento ao longo do tempo, sob a ação de cargas, quando constituinte do pavimento de estradas florestais. Comportamento estático dos solos e das misturas Utilizando-se do alcatrão nos quantitativos de 0; 0,25;0,50; 1,00; 2,00; 4,00 e 6,00%, cal hidratada e cimento Portland, em conjunto com o alcatrão, na dosagem de 2%, considerando-se a energia de compactação AASHTO Normal. Com base nos resultados verificou-se que: o alcatrão agiu diferentemente em cada solo e em cada mistura solo-cal e solo- cimento; houve efeitotanto das dosagens quanto do período de cura (conforme se observa no Quadro 1); do ponto de vista da resistência mecânica, aproximou-se das especificações do DNER para camadas de sub-base de pavimentos rodoviários em alguns tratamentos; as misturas solo-cal-alcatrão e solo-cimento-alcatrão apresentaram melhorias substanciais nos parâmetros de resistência mecânica em relação aos solos. Ocorrendo, em alguns casos, a potencialização dos resultados de quando se TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 43 trabalhou com as misturas solo-cal e solo-cimento ; houve mudanças nas características mecânicas e hidráulicas do solo; O solo VS, em seu estado natural apresentou um CBR de (13,6%), podendo ser utilizado somente como camada de reforço do subleito de acordo com DNER. A melhor reatividade solo-alcatrão foi observada para o solo VS na presença de 2% de cal e de cimento passando a índices de 40,67 e 63,61% devido, provavelmente, à uma potencialização da ação cimentante da cal e do cimento causada pelo alcatrão. Análise da resposta dinâmica das misturas solo-resíduo industrial Trabalhando com os melhores resultados avaliou-se a resposta mecânica do parâmetro módulo de resiliência de duas amostras de solos da Microrregião de Viçosa, Estado de Minas Gerais, Brasil, quando estabilizadas com alcatrão de madeira, cal-alcatrão e cimento-alcatrão para pavimentação de estradas florestais, segundo a metodologia de LEE et al. (1997), e propôs correlações entre o módulo de resiliência e outros parâmetros geotécnicos de fácil obtenção em laboratório. Com base nos valores dos coeficientes de determinação (R²), encontrados para algumas correlações do módulo de resiliência com os parâmetros de tensão correspondente à deformação de 1% e módulo tangente inicial, dos solos e/ou misturas estabilizadas quimicamente, concluiu-se que: há uma grande possibilidade de se determinar o módulo de resiliência através do emprego de alguns parâmetros geotécnicos de fácil obtenção; merecendo destaque, a utilização da tensão correspondente à deformação de 1% e do módulo tangente inicial. Ambos os parâmetros ocorrem no ramo elástico das curvas tensão “versus” deformação e é justamente no regime elástico que o módulo de resiliência atua avaliando a rigidez do material; TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 44 a correlação de mais de um parâmetro com o módulo de resiliência também se apresenta bastante promissora; com base nos valores obtidos de módulo de resiliência, é possível analisar o comportamento estrutural de um pavimento, empregando-se em algumas de suas camadas, os solos e/ou misturas utilizados no trabalho, a partir do uso de métodos racionais aplicados à mecânica dos pavimentos. A Universidade Federal de Viçosa vem se tornando referência nacional na estabilização de solos com o uso de resíduos industriais, como uma alternativa técnica de baixo custo. Testes com resíduos provenientes da indústria de celulose e papel merecendo destaque os trabalhos realizados com o licor negro Kraft, a lama de cal e o grits. Merece atenção também o uso de escória, principalmente a de alto- forno, que tem conduzido a resultados interessantes para os mais variados tipos de solos. Os aspectos ambientais e de distância de transporte da fábrica de deposição do resíduo até o local de aplicação, podem vir a ser um condicionante para esse tipo de estabilização. Estes aditivos, subprodutos industriais, constitui-se numa alternativa técnica de baixo custo só que, até o presente momento, não possuem comprovada eficiência quando comparado com os estabilizantes tradicionais, ou seja, a cal, o cimento e o betume. TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 45 REFERÊNCIAS https://www.aecweb.com.br/revista/materias/saiba-o-que-levar-em-conta-na-hora-de- contratar-servicos-de-terraplenagem/18404>acesso em 15/07/2020 paginapessoal.utfpr.edu.br › at_download › acesso em 15/07/2020 https://www.e-gestaopublica.com.br/construcao-de-estradas/>acesso em 15/07/2020 http://dynatest.com.br/entenda-a-estrutura-basica-de-um-pavimento-de- concreto/#:~:text=Basicamente%2C%20todo%20pavimento%20r%C3%ADgido%20 %C3%A9,distribu%C3%ADdo%20numa%20>acesso em 15/07/2020 https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/conheca-os-diferentes-tipos-de- pavimentos-para-vias-publicas/>acesso em 15/07/2020 http://engenhariarodoviaria.com.br/estrutura-e-tipos-de-pavimentos/>acesso em 15/07/2020 http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=368&subject=E% 20mais&title=Pavimenta%E7%E3o%20de%20estradas%20florestais:%20emprego% 20do%20alcatr%E3o%20de%20madeira%20de%20eucalipto>acesso em 15/07/2020 https://www.aecweb.com.br/revista/materias/saiba-o-que-levar-em-conta-na-hora-de-contratar-servicos-de-terraplenagem/18404%3eacesso https://www.aecweb.com.br/revista/materias/saiba-o-que-levar-em-conta-na-hora-de-contratar-servicos-de-terraplenagem/18404%3eacesso http://paginapessoal.utfpr.edu.br/adalberto/construcoes-pesadas/escavacao-e-movimentacao-de-terra/execucao%20terraplanagem1.ppt/at_download/file http://paginapessoal.utfpr.edu.br/adalberto/construcoes-pesadas/escavacao-e-movimentacao-de-terra/execucao%20terraplanagem1.ppt/at_download/file https://www.e-gestaopublica.com.br/construcao-de-estradas/%3eacesso http://dynatest.com.br/entenda-a-estrutura-basica-de-um-pavimento-de-concreto/#:~:text=Basicamente%2C%20todo%20pavimento%20r%C3%ADgido%20%C3%A9,distribu%C3%ADdo%20numa%20>acesso http://dynatest.com.br/entenda-a-estrutura-basica-de-um-pavimento-de-concreto/#:~:text=Basicamente%2C%20todo%20pavimento%20r%C3%ADgido%20%C3%A9,distribu%C3%ADdo%20numa%20>acesso http://dynatest.com.br/entenda-a-estrutura-basica-de-um-pavimento-de-concreto/#:~:text=Basicamente%2C%20todo%20pavimento%20r%C3%ADgido%20%C3%A9,distribu%C3%ADdo%20numa%20>acesso https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/conheca-os-diferentes-tipos-de-pavimentos-para-vias-publicas/%3eacesso https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/conheca-os-diferentes-tipos-de-pavimentos-para-vias-publicas/%3eacesso http://engenhariarodoviaria.com.br/estrutura-e-tipos-de-pavimentos/%3eacesso http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=368&subject=E%20mais&title=Pavimenta%E7%E3o%20de%20estradas%20florestais:%20emprego%20do%20alcatr%E3o%20de%20madeira%20de%20eucalipto%3eacesso http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=368&subject=E%20mais&title=Pavimenta%E7%E3o%20de%20estradas%20florestais:%20emprego%20do%20alcatr%E3o%20de%20madeira%20de%20eucalipto%3eacesso http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=368&subject=E%20mais&title=Pavimenta%E7%E3o%20de%20estradas%20florestais:%20emprego%20do%20alcatr%E3o%20de%20madeira%20de%20eucalipto%3eacesso
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