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AA1 - Seminário Temático I

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Disciplina: Seminário Temático I
Nome da atividade: Atividade Avaliativa I
Nome: 
Polo: Paracambi
Matrícula: 
1) Conforme o texto de Graef (2010), percebe-se uma análise cronológica do processo de
construção da carreira de gestor público, com destaque para o cargo de Especialista em
Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG). O autor mencionou legislações
importantes que contribuíram para o progresso da carreira, como a Lei nº 7.834, de 1989, que
estabeleceu a possibilidade de exercício dos gestores em todos os órgãos da administração
direta, autárquica e fundacional. Por outro lado, ele apontou críticas severas a eventuais
retrocessos que surgiam no transcorrer da carreira, como nas tentativas de desestimular
políticas públicas, no governo Collor, com a hipótese de extinção da Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP), que possivelmente prejudicaria a formação de futuros
profissionais. Para ele, a intenção desse desgaste se deve a seguinte justificativa:
Para os grupos corporativos contrários a uma carreira de gestores
governamentais, a profissionalização é vista como a soma de estruturas
controladas por corporações específicas de Estado sem uma visão integrada
da gestão governamental. Por seu turno, os segmentos privados veem na
profissionalização da administração pública, em especial na existência de
uma carreira de executivos públicos e da ENAP, como escola de governo,
uma ameaça séria para seus objetivos e interesses específicos (GRAEF,
2010, p. 8).
O autor argumenta sobre a necessidade contínua de capacitar, formar e aperfeiçoar as
habilidades profissionais de gestores públicos, uma vez que isso implica diretamente a
melhoria das tomadas de decisões na gestão pública como um todo. Além disso, o autor
ressalta a necessidade de criação de um novo regulamento para a carreira do gestor e a
retomada da formação dos integrantes de carreira de altos estudos em gestão governamental. 
Por fim, vale mencionar que o autor aponta a necessidade de haver mudanças
estruturais para aprimorar a gestão pública, e consolidar a governabilidade democrática de
maneira eficiente e inteligente. Para ele, é possível atingir resultados satisfatórios no futuro se
houver um conjunto de medidas previamente estudadas, fundamentadas e implementadas que
visem ao interesse do bem público.
1
2) Consoante Santos et al. (2009), em seu artigo, sobre as bases teórico-metodológicas da
administração política, foi possível identificar três princípios gerais, de maneira teórica, que a
rege. O primeiro princípio alega que é preciso desfrutar plenamente daquilo que já existe,
antes de construir algo novo. Por exemplo, o Estado deveria investir em novas políticas
públicas somente após realizar o pleno uso dos equipamentos já existentes, implicando a
redução dos custos de produção e promovendo o bem-estar social dos usuários.
O segundo princípio, envolve precipuamente o aprimoramento de resultados, ou seja, é
necessário relativizar a hierarquia dos processos de construção de um Projeto da Nação ou de
qualquer outra organização/instituição para legitimá-lo. Vale mencionar que a instituição
mantém uma forte ligação com a hierarquia dos processos de sua construção. Desse modo,
observa-se que à medida que o nível hierárquico for crescendo, incluindo as demandas de
responsabilidades e atribuições, mais heterogênea e dispendiosa será a sua realização.
Ressalta-se que as deliberações estratégicas mais importantes são determinadas por um seleto
grupo de pessoas, capazes de gerir os rumos de uma dada instituição, não havendo espaço
para o envolvimento dos demais participantes. Tal situação pode ocasionar um ambiente
inibidor e desestimulante para o quadro de pessoas remanescentes encarregadas de executar
os projetos previamente estabelecidos. Além disso, existe uma significativa probabilidade de
erros a serem considerados, pois como não há uma participação ampla e diversificada de
pessoas que poderiam contribuir com sugestões inovadoras, existe a chance de reduzir os
horizontes dos assuntos debatidos pela limitação de ideias. 
Por fim, o terceiro princípio aponta que a maneira mais adequada de gerir qualquer
projeto está condicionada à compreensão de sua temporalidade. Dessa forma, é oportuno
relatar que a administração verifica de qual maneira determinados processos obtêm sucesso
ou insucesso, e quais as suas implicações, além das motivações que acarretariam os resultados
dos processos. Ressalta-se que o princípio apresenta duas dimensões de temporalidade: a
administrativa, burocrática e normativa, envolve o mandato de um indivíduo ou partido; e a
temporalidade teórica, associada ao tempo técnico necessário para atingir um objetivo e que
deve ser compreendida como a temporalidade fundamental, porque promove o bem-estar
social.
2
3) Em primeiro lugar, Silva et al., aponta que o Estado, composto por um conjunto de
indivíduos com costumes e hábitos heterogêneos, deve ser capaz de prover mecanismos que
assegurem a coesão social, fomentando um ambiente de convívio harmonioso. Dessa maneira,
além de resguardar os direitos básicos do povo, ele tem a função de garantir aos cidadãos o
chamado bem-estar social por meio de políticas públicas. 
Nesse contexto, a abordagem feita sobre políticas públicas deve considerar a estrutura
institucional. Especificamente, ao se tratar sobre o Brasil, convém se ater ao modelo peculiar
de união política entre a autoridade máxima do poder Executivo com partidos políticos
eleitos, além de eventuais tratativas de acordo entre o poder Executivo e o Legislativo,
caracterizado como “presidencialismo de coalizão”. Com isso, a coordenação das políticas
públicas pode ser definida nas fases: determinação da agenda, formulação, implementação e
avaliação do programa. A sua definição envolve um conjunto de atividades, com o intuito de
alcançar as demandas estabelecidas. A elaboração dessas políticas públicas abrange o sistema
de organização de um modelo que seja capaz de identificar o problema, construir uma agenda,
formular alternativas, tomar decisões, implementar ações e, posteriormente, avaliá-las. 
Dessa forma, convém mencionar, de forma breve, os processos basilares do ciclo de
políticas públicas. Primeiramente, vislumbra-se a identificação do problema, verificando se há
distinção entre o momento atual e uma possível situação ideal. Em seguida, a atividade de
formular alternativas sucede a partir da observação dos problemas expostos na agenda e da
união de soluções factíveis de obstáculos críticos. Nessa fase são realizados métodos,
programas, estratégias e ações com o fim de construir alternativas para alcançar objetivos
elaborados durante a formulação das alternativas. Posteriormente, na etapa de formulação de
políticas públicas destaca-se o diálogo a respeito do grupo de ações relacionados a construção
de determinada política, bem como na manutenção de apoio político com vistas à sua
aprovação e legitimação. Por fim, a fase da implementação está relacionada com a junção e
conciliação do tempo hábil para implantar a política por meio de recursos financeiros e
humanos disponíveis pelo Governo. 
3
4) Conforme Bresser Pereira, o conceito de governabilidade está ligado a autoridade de
governar concedida pela sociedade civil por meio da recente redemocratização eleitoral, ao
passo que a governança é caracterizada pela capacidade financeira e administrativa do
governo para formular e implementar políticas públicas.
Na concepção de Eli Diniz, a governabilidade é tratada como as condições sistêmicas
para o exercício do poder pelo Estado em uma dada sociedade, evidenciando a
sustentabilidade política e a legitimidade dos fins como essenciaispara a governabilidade. Por
outro lado, a governança seria a capacidade de ação do Estado para efetivar políticas públicas
e atender as metas coletivas. Ela destaca a institucionalização da democracia, principalmente
com a participação dos cidadãos.
Por fim, Caio Marini associa as concepções de governabilidade e governança com a
instabilidade do Estado e sua superação de adversidades, retratando a governabilidade como a
condição de legitimidade de um governo efetuar as modificações necessárias. E a governança
seria a capacidade técnica, financeira e gerencial para implementar essas alterações.
Referências bibliográficas
ARAÚJO, V. de C. A conceituação de governabilidade e governança, da sua relação entre si e
com o conjunto da reforma do Estado e do seu aparelho. Brasília: ENAP, 2002.
GRAEF, Aldino. Origens e fundamentos da carreira de Gestor Governamental. Revista de
Políticas Públicas e Gestão Governamental. v. 9, n. 1, 2010.
SANTOS, R. S.; RIBEIRO, E. M.; SANTOS, T. C. S. Bases teórico-metodológicas da
administração política. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, 2009
SILVA, Allan Gustavo Freire da et al. A relação entre Estado e políticas públicas: uma análise
teórica sobre o caso brasileiro. Revista Debates. v. 11, n. 1, 2017. 
4

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