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Aula Regência Verbal e Nominal Parte V para Concursos Públicos Focus

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Língua Portuguesa 
Regência Verbal e Nominal (Parte V) 
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1 Apresentação 
É com muita satisfação que iniciamos mais uma aula de Língua Portuguesa. Dando 
continuidade as nossas aulas de regência verbal, vamos abordar alguns verbos aos quais 
você, meu amigo concurseiro(a), deve ficar bem atento para não fazer feio na hora da prova. 
 
O PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas dos professores Sidney Martins 
e Douglas Wisniewski, além das atualizações e revisões elaboradas pela nossa equipe 
Pedagógica do Focus Concursos. 
 
 
Estrutura do PDF FOCADO: 
• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas. 
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, 
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade 
necessária – nem mais, nem menos.); 
• Questões Comentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VAMOS COMEÇAR! 
 
 
 
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2 Conteúdo Programático 
1 Apresentação ......................................................................................................................... 2 
2.1 Querer ........................................................................................................................................... 4 
2.2 Simpatizar/ antipatizar .................................................................................................................. 4 
2.3 Visar .............................................................................................................................................. 4 
2.4 Proceder ........................................................................................................................................ 5 
2.5 Custar ............................................................................................................................................ 6 
3 Questões Comentadas ........................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 Querer 
O verbo querer, no sentido de desejar, é um verbo transitivo direto sem preposição. No sentido de 
querer bem, ter afeto, é transitivo indireto, regido pela preposição a. 
 
• Verbo transitivo Direto, no sentido de desejar. 
Ex.: Quero a risada mais gostosa. 
 
• Ver transitivo indireto regido pela preposição a, no sentido de querer bem, ter afeto. 
Ex.: Quero muito aos meus primos. 
 
 
2.2 Simpatizar/ antipatizar 
Os verbos simpatizar e antipatizar são transitivos indiretos e exigem a preposição com. 
 
Ex.: Sempre simpatizei com você. 
 
OBSERVAÇÃO: esses verbos jamais podem ser pronominais, por isso não é correto dizer “sempre 
me simpatizei com você”. Antipatizar e Simpatizar não são acompanhados de pronomes. 
 
2.3 Visar 
O verbo visar pode ser transitivo direto, ou transitivo indireto regido pela preposição a. 
 
• Verbo transitivo direto, no sentido de mirar ou dar visto. 
 
Ex.: O policial visou o alvo. 
O professor visou o caderno do aluno. 
 
Querer
VTD Desejar
VTI (A)
Querer bem
ter afeto
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• Verbo transitivo indireto regido pela preposição a, no sentido de desejar. 
 
Ex.: Viso a uma vida nova. 
Viso ao cargo de professor. 
 
 
De acordo com o gramático Celso Pedro Luft, o verbo visar, no sentido de desejar, também pode ser 
considerado um verbo transitivo direto. Essa visão tem se popularizado a ponto de cair nas provas 
da banca CESPE e constar no Manual da Presidência da República. Nesse sentido, a substituição de 
“viso a uma vida nova” por “viso uma vida nova” não gera prejuízo gramatical ou alteração do sentido 
(embora sejam verbos distintos em termos de classificação sintática). 
 
2.4 Proceder 
O verbo proceder pode ser intransitivo ou transitivo indireto regido pela preposição a. 
 
• Verbo intransitivo, no sentido de ter fundamento, cabimento, portar-se, comportar-se e 
originar-se (de). 
 
Ex.: Seus argumentos não procedem agora. 
O brinquedo procede da China. 
 
• Verbo transitivo indireto regido pela preposição a, no sentido de suceder, realizar, executar 
e iniciar. 
 
Ex.: O juiz deseja proceder ao julgamento. 
Logo procedeu-se à partilha da herança. 
 
Visar
VTD
Mirar
Dar visto
VTI (A) Desejar
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Para o gramático Celso Pedro Luft e para a banca FCC, o verbo proceder no sentido de originar-se 
seria um VTI (pois quem origina, origina de alguma coisa) e, portanto, exigiria a proposição “de”. Essa 
visão é cobrada apenas pela banca FCC. Fique atento. 
 
2.5 Custar 
O verbo custar é um dos mais perigosos da Língua Portuguesa. Ele pode ser intransitivo ou transitivo 
indireto, a depender do contexto. 
 
• Verbo intransitivo: é usado para determinação de valor ou preço. O elemento que aparecer 
depois dele será uma mera circunstância e exercerá função de adjunto adverbial, que pode ser 
um adjunto adverbial de intensidade, por exemplo. 
 
Ex.: Frutas não deveriam custar muito. 
 
• Verbo Intransitivo ou transitivo indireto é usado no sentido de ser difícil ou penoso. 
 
Ex.: Custa viver longe da família. (VI) 
Aprender a cozinhar custou a mim. (VTI) 
Custa-me acreditar. (VTI) 
 
Assim, podemos dizer que a forma que costumamos utilizá-lo no dia a dia está gramaticalmente 
incorreta. 
 
Verbo CUSTAR 
ERRADO CORRETO 
▪ Custei a aprender a dirigir. ▪ Aprender a dirigir custou a mim. 
▪ A menina custou para amadurecer. ▪ À menina custou amadurecer 
Proceder
VI
ter fundamento
cabimento; portar-se; 
comportar-se; originar-
se(de)
VTI (A)
suceder; realizar; 
executar; iniciar
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Nos exemplos “aprender a dirigir custou a mim” e “à menina custou amadurecer”, o verbo 
custar funcionou como transitivo indireto 
3 Questões Comentadas 
Finalizando os tópicos teóricos, vamos partir para algumas questões objetivas, para testar e massificar 
nosso conhecimento. Pegue seu caderno e lápis, respire fundo e vamos lá. 
 
Questão 1. Com relação à regência verbal, a norma padrão aceita a construção presente na 
alternativa: 
a) Entrei em casa e dela saí. 
b) Entrei e saí de casa. 
c) Entrei a casa e dela saí. 
d) Entrei e sai à casa. 
Comentários: antes de tudo, vamos ver um exemplo com outro verbo para trabalhar por assimilação: 
Vi e gostei do filme 
VTD VTI (de) (OI) 
 
Embora a frase não cause estranhamento, observe que temos verbos com regências diferentes. Ora, 
quem vê, vê alguma coisa (transitivo direto); quem gosta, gosta de alguma coisa (transitivo indireto, 
que exige preposição), e “o filme” é o objeto indireto. Falta, nessa estrutura, o complemento do verbo 
gostar (transitivo direto, que exige complementação sem preposição), por esse motivo, essa 
construção está incorreta. A forma certa seria: 
Vi o filme e gostei dele 
VTD OD VTI (de) OI 
 
O termo “dele” é a preposição de (exigida pelo verbo) + pronome “ele”, que, neste exemplo, funciona 
como um pronome oblíquo tônico e serve para evitar a repetição do termo o filme. Fechando essa 
digressão com o verbo ver, vamos voltar a nossa questão. Analisando a primeira alternativa, sabemos 
que o verbo entrar exige preposição em, e o verbo sair exige preposição de, logo o gabarito da 
questão é a letra (a). 
 
Gabarito: A 
 
Questão 2: Assinale a alternativa em que a regência verbal está CORRETA. 
a) Assisti o filme de que você gostou. 
b) Prefiro mais a cidade do que o campo. 
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c) Este é o museu de que mais gosto. 
d) Finalmente chegamos em Diamantina. 
 
Comentários: naprimeira alternativa, o verbo assistir foi empregado no sentido de ver, de presenciar 
(verbo transitivo indireto que exige a preposição a), assim, o correto seria dizer “assisti ao filme”. A 
alternativa (b) está incorreta, pois o verbo preferir exige a preposição a (quem prefere, prefere alguma 
coisa à outra), além disso, a adição de um advérbio de intensidade na frase (mais) é desnecessária, 
pois seu sentido já está embutido no verbo preferir. O correto seria então dizer “prefiro a cidade ao 
campo”. 
Observação: de acordo com o padrão culto da língua, as formas “Prefiro a cidade ao campo.” e “Prefiro 
cidade à campo.” significam coisas diferentes em termos semânticos. Quando dizemos “prefiro a 
cidade ao campo” é porque preferimos uma cidade específica a um campo específico, e quando 
dizemos “prefiro cidade a campo” é porque preferimos qualquer cidade a qualquer campo. 
 
Por fim, na alternativa (d) “Finalmente chegamos em Diamantina” há um erro de uso da preposição 
“em”. O correto seria dizer “chegamos a Diamantina”. 
 
Gabarito: C 
 
Queridos alunos, encerramos esta aula aqui, espero que o conteúdo tenha ficado claro e que você 
possa aproveitar esse material em seus estudos. 
 
Bons estudos! 
Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam na beleza de 
seus sonhos. (Eleanor Roosevelt). 
 
Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos. 
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