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PROCEDIMENTOS-ESTETICOS-INJETAVEIS

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 SAÚDE ESTÉTICA E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS INJETÁVEIS ...... 4 
3 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS INJETÁVEIS .......................................... 5 
4 PROCEDIMENTOS INVASIVOS, NÃO INVASIVOS E MINIMAMENTE 
INVASIVOS. ................................................................................................................ 7 
4.1 Produtos invasivos e não invasivos .................................................... 10 
5 PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS .................................... 11 
5.1 Conduta e avaliação do paciente/cliente, pelo profissional ................ 11 
6 TÉCNICAS E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS ............................................................................................................... 19 
6.1 Intradermoterapia (“aplicação de enzimas”) ....................................... 19 
6.2 Indicação da Intradermoterapia .......................................................... 20 
6.3 Intradermoterapia para Gordura Localizada ....................................... 21 
6.4 Intramuscular ...................................................................................... 24 
7 TRATAMENTOS ESTÉTICOS E O USO DOS PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS. .................................................................................... 25 
7.1 Peelings químicos e mecânicos ......................................................... 25 
7.2 Carboxiterapia .................................................................................... 32 
7.3 Agulhamento e microagulhamento estéticos ...................................... 34 
7.4 Preenchimentos dérmicos .................................................................. 37 
7.5 Toxina Botulínica ................................................................................ 44 
7.6 PEIM – Procedimentos Estéticos Injetáveis para Microvasos ............ 48 
7.7 Hidrolipoclasia .................................................................................... 51 
7.8 Fios de sustentação ........................................................................... 52 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 56 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
4 
 
2 SAÚDE ESTÉTICA E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS INJETÁVEIS 
 
Fonte: anadupin.com.br 
Gordura localizada, estrias, celulites, acnes, rugas, marcas de envelhecimento 
e linhas de expressão são alguns dos problemas estéticos que incomodam brasileiros 
que se preocupam com a aparência. Para melhorar a beleza, e consequentemente à 
saúde, a saúde estética é uma área forte e com plena expansão. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que saúde não significa 
apenas a ausência de doença e enfermidade, mas sim um estado de completo bem-
estar físico, mental e social. Dessa forma, a saúde estética tem o objetivo de promover 
a saúde por meio da beleza. 
Muitas disfunções estéticas são originadas de problemas de saúde, portanto, 
melhorar algum problema relacionado à estética corporal consiste também em 
melhorar a saúde como um todo. 
Por exemplo, se uma pessoa tem obesidade, isso significa que é um problema 
de saúde, e, além disso, pode influenciar diretamente na sua autoestima, pois o 
indivíduo pode sofrer discriminação pela sociedade pela forma do seu corpo e olhar 
no espelho e não se sentir bem consigo mesmo. E conjunto de todos esses impactos 
podem causar transtornos psicológicos, resultando em mais problemas de saúde. 
https://blog.ipog.edu.br/saude/mercado-de-farmacia-estetica-e-clinica/?utm_source=blogpost&utm_campaign=blogpost
 
5 
 
A partir da realização de tratamentos estéticos, associados à hábitos de vida 
saudáveis e acompanhamento médico, o quadro de obesidade pode ser revertido, 
impactando diretamente na melhoria da saúde do indivíduo 
 A grande procura por procedimentos estéticos impulsiona o mercado de saúde 
estética. Dados da Associação Brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria 
e Cosméticos (ABIHPEC) apontam que o mercado da beleza movimenta anualmente 
cerca de R$ 42,6 bilhões de reais. 
A saúde estética tem a função de promover a saúde por meio do equilíbrio entre 
corpo, mente e saúde com a realização de recursos e procedimentos estéticos. É uma 
área crescente no mercado, que atinge um grande público e a cada vez mais 
conquista novos adeptos. 
E os números de mercado confirmam essa tendência: segundo a Associação 
Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o 
mercado da beleza fatura anualmente cerca de R$ 42,6 bilhões de reais. 
3 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS INJETÁVEIS 
 
Fonte: drleonardoalbuquerque.com.br 
 
O entendimento mais adequado para procedimentos estéticos injetáveis é: são 
procedimento que invadem a epiderme, derme e subcutânea sem atingir órgãos 
https://blog.ipog.edu.br/saude/mercado-de-farmacia-estetica-e-clinica/?utm_source=blogpost&utm_campaign=blogpost
 
6 
 
internos e não-cirúrgicos. A terminologia usada atualmente para esses procedimentos 
foi alterada para procedimentos minimamente invasivos injetáveis ou minimamente 
invasivos perfurocortantes. 
Essa terminologia foi alterada, devido ao conceito e atuação desses 
procedimentos, que atuam com injeções, injeções intradérmicas, subcutâneas, 
intramusculares e periostais sob o respaldo das leis e regulamentações em plena 
vigência e eficácia. 
Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que, 
apesar de o Brasil estar entre os países com maior número de cirurgias plásticas 
realizadas anualmente, a adesão aos procedimentos minimamente invasivos, 
como peelings e aplicação de toxina botulínica, tem sido cada vez maior. Isso 
acontece porque eles têm se mostrado boas soluções para tratar e amenizar os sinais 
do envelhecimento. 
Os procedimentos minimamente invasivos apresentam resultados mais rápidos 
que cirurgias plásticas convencionais, envolvem menos riscos e não exigem tempo 
extenso de recuperação (às vezes, não exigem tempo nenhum; a paciente pode 
retornar imediatamente às atividades de rotina). Também não são agressivos, sua 
execução não dura muito tempo e a anestesia, quando necessária, é apenas local. 
Em linhas gerais, procedimentos minimamente invasivos são aqueles em que 
não é preciso realizar cortes ou grandes cortes para serem feitos. São procedimentos 
que dispensam a necessidade de cirurgia, período de internação e têm poucas 
chances de resultar em complicações. 
Outras vantagens dos procedimentos minimamente invasivos são causar o 
mínimo de dor, e quase não afastar o paciente de sua rotina, da família ou trabalho. 
Quando exigem um tempo de recuperação adequado, como no casodo peeling 
químico profundo, esse período não excede 15 dias e o paciente pode repousar em 
casa. 
Outro ponto importante é o custo, que é bem menor. No entanto, muito dos 
procedimentos minimamente invasivos tem duração de curto e médio prazo. Nenhum 
é definitivo. Após um período, que pode ser de oito meses no caso da aplicação de 
toxina botulínica, é preciso repeti-los para manter o bom resultado do tratamento. 
Mesmo assim, os procedimentos minimamente invasivos vêm mudando a 
maneira de pensar dos indivíduos, pois têm sido uma boa alternativa à cirurgia 
http://felipemateus.com.br/blog/voce-ja-se-perguntou-o-que-toxina-botulinica-faz/
http://sbcp-sc.org.br/cirurgias-e-procedimentos/minimamente-invasivos/
 
7 
 
convencional porque promovem resultados semelhantes em um curto espaço de 
tempo. 
Todos os Conselhos de Classes de profissões da saúde se baseiam em suas 
próprias resoluções para selecionar, habilitar, autorizar e fiscalizar seus respectivos 
profissionais na realização de procedimentos com agulhas e injeções, pois essa é a 
exigência mínima da ANVISA para autorizar responsabilidade técnica, como também, 
atender as demais regulamentações e leis vigentes. 
A maioria dos procedimentos minimamente invasivos trata os sinais 
do envelhecimento facial, a flacidez, as manchas, as olheiras, as cicatrizes, a 
oleosidade, a celulite, a gordura localizada ,as estrias, entre outros. 
Geralmente, os resultados são equivalentes aos de uma cirurgia, com a 
diferença de que nenhum dos procedimentos minimamente invasivos é definitivo e de 
que costumam exigir mais de uma sessão (e reaplicações futuras) para alcançar os 
resultados desejados. 
4 PROCEDIMENTOS INVASIVOS, NÃO INVASIVOS E MINIMAMENTE 
INVASIVOS. 
 
Fonte: gastro.com.br 
 
Procedimentos invasivos são aqueles que provocam o rompimento das barreiras 
naturais ou penetram em cavidades do organismo, abrindo uma porta ou acesso para 
http://felipemateus.com.br/blog/descubra-as-opcoes-de-tratamentos-para-olheiras/
http://felipemateus.com.br/blog/saiba-quais-sao-as-tecnicas-de-correcao-de-cicatriz/
 
8 
 
o meio interno. São procedimentos que invadem o organismo por meio de 
instrumentos cirúrgicos. 
Dentro desse quesito estão os métodos estéticos que tendem ser de longa 
duração, com direito a aplicação de anestesias e cuidados regrados no pós-
operatório. No geral eles são vistos como agressivos, pois influenciam na melhoria ou 
na mudança do formato de alguma região do corpo. Assim eles levam mais tempo e 
o médico precisa assegurar muito bem o paciente. 
Dentre os procedimentos invasivos mais requisitados, está a cirurgia plástica 
lipoaspiração, que faz a sucção de gordura de determinada região do corpo, e também 
a união de dois procedimentos ao mesmo tempo e a associa a lipoescultura, que utiliza 
a gordura retirada de determinada região do corpo e aplica-la em outra parte do corpo. 
Já os procedimentos não invasivos, são os que não envolvem instrumentos que 
rompem a pele ou que penetram fisicamente no corpo, como por exemplo raios X, 
exame oftalmológico padrão, tomografia computadorizada, ressonância magnética, 
etc. 
 
 
Fonte: cuidarmedicinafetal.com.br 
 
Os procedimentos minimamente invasivos, não são tão agressivos como o os 
procedimentos invasivos e conseguem garantir ao paciente um retorno rápido à rotina. 
Porém, também há uso de instrumentos como acontece com a aplicação de toxina 
botulínica. O paciente fica acordado durante todo o processo e não precisa de pós-
 
9 
 
operatório. Outros exemplos são os peelings químicos que ajudam na melhoria das 
cicatrizes rugas e flacidez. 
 
 
Fonte: cirurgiaplasticaal.com.br 
 
 
De acordo com a RDC nº 185, de 22 de Outubro de 2001 da ANVISA, foi 
determinado que invasivos são todos os procedimentos realizados através de 
produtos médicos aplicáveis aos orifícios do corpo já existentes. Desde então, 
qualquer produto (equipamento) que realizasse troca de energia (laser, ultrassom e 
afins) ou que fosse perfurocortante (agulhas) em contato com a derme e epiderme, 
não seria considerado invasivo não-cirúrgico ou invasivo cirúrgico. 
Produto médico invasivo: Produto médico que penetra total ou parcialmente 
dentro do corpo humano, seja através de um orifício do corpo ou através da superfície 
corporal. 
 Produto médico invasivo cirurgicamente: Produto médico invasivo que 
penetra no interior do corpo humano através da superfície corporal por meio ou no 
contexto de uma intervenção cirúrgica. 
 
O procedimento invasivo é caracterizado pelo ato invasivo, que consiste em 
adentrar e atingir órgãos internos a ponto de romper “Aponeurose Serosas”, 
membranas que separam órgãos e músculos. 
 
10 
 
Esses procedimentos invasivos (que atingem órgãos internos) são de tamanha 
complexidade e natureza, que requerem aparelhagem coerente, ambiente hospitalar 
e equipe multidisciplinar atuando em conjunto sob chefia médica. 
4.1 Produtos invasivos e não invasivos 
O termo “invasividade”, de acordo com o governo federal (ANVISA), se define 
como: 
Produtos invasivos: Um produto que, por inteiro ou em parte, penetre no 
corpo, através de um orifício do corpo ou através da superfície do corpo. 
Orifício do corpo: Alguma abertura natural no corpo, assim como a superfície 
externa do globo ocular, ou alguma abertura artificial permanente, tal como um 
estoma. 
 
É notório que sob as informações governamentais oriundas da própria ANVISA 
não há qualquer correlação de “invasividade” a equipamentos de perfuração da derme 
e epiderme com invasão de órgãos internos. 
Sob o entendimento da ANVISA, todos equipamentos “médicos” são voltados 
para o uso de todos os profissionais da saúde sem distinção de classe. 
Os equipamentos médicos sob regime de Vigilância Sanitária compreendem 
todos os equipamentos de uso em saúde com finalidade médica, odontológica, 
laboratorial ou fisioterápica, utilizados direta ou indiretamente para diagnóstico, 
terapia, reabilitação ou monitorização de seres humanos e, ainda, os com finalidade 
de embelezamento e estética. 
 
11 
 
5 PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS 
 
Fonte: miamiplasticsurgeryreviews.com 
 
Laser, botox, sutura silhouette, preenchimentos cutâneos são alguns exemplos 
de procedimentos minimamente invasivos. Geralmente, eles apresentam resultados 
mais rápidos e os pacientes que optam por esse tipo de solução, retomam suas 
atividades rotineiras em pouco tempo. 
Por não demandar incisões, os minimamente invasivos não formam cicatrizes 
e, os que formam, são quase invisíveis por serem puntiformes. 
Alguns desses procedimentos possuem a função de tratamento preventivo, 
como laser nos casos de calvície e envelhecimento facial. Outra vantagem é que o 
custo, em relação a procedimentos cirúrgicos convencionais, é mais baixo. 
5.1 Conduta e avaliação do paciente/cliente, pelo profissional 
Os tipos de procedimentos minimamente invasivos são indicados de acordo 
com a necessidade e interesse do paciente/cliente. Para um tratamento estético 
eficaz, é necessário que seja realizada uma avaliação adequada. 
Para tanto, o profissional deve estar qualificado técnica, científica e 
profissionalmente para identificar as disfunções estéticas faciais, corporais, capilares 
e de demais anexos cutâneos, bem como para utilizar as técnicas e recursos 
terapêuticos previstos na legislação vigente. 
 
12 
 
Além disso, é fundamental que o profissional identifique se é um problema de 
ordem exclusivamente estética ou é um problema de saúde que ocasiona as 
alterações estéticas. 
Neste caso, o paciente deverá ser encaminhado a um profissional de saúde 
habilitado para realizar um tratamento em conjunto ou somente após o deste 
profissional. 
Para que se possa indicar e iniciar o tratamento correto através desses 
procedimentos, é necessário uma avaliação minuciosa e total do paciente/cliente, e 
não somente da áreaespecífica que irá ser tratada. 
Os tipos de procedimentos têm por finalidade atuar em três grandes áreas das 
estéticas: facial, corporal e capilar. Dessa forma, a avaliação do paciente/cliente pelo 
profissional, independente da área de atuação desses procedimentos, deve conter 
avaliações precisas e detalhadas de todas essas áreas, pois os achados nessas 
avaliações poderão influenciar positivamente ou negativamente no tratamento. 
 
 Avaliação global 
O profissional deverá realizar um levantamento dos problemas de saúde 
prévios, tais como: alergias, problemas cardíacos, ginecológicos, neurológicos, 
ortopédicos, renais, respiratórios, alteração da pressão arterial, diabetes, alterações 
tireoidianas, neoplasias (benignas ou malignas), doenças infectocontagiosas, 
alterações vasculares, fraqueza, cansaço ou fadiga, entre outros. 
 Além disso, é importante questionar se o paciente realizou cirurgias e/ou se é 
portador de placas, próteses, pinos, marca-passo ou ainda se é gestante ou lactante. 
Outro ponto fundamental a ser avaliado são os hábitos do paciente, tais como: 
 Ingestão diária de água 
 Funcionamento do intestino (regular ou irregular) 
 Ingestão de bebidas alcoólicas (frequência) 
 Fumante ou não 
 Qualidade do sono, 
 Prática de atividade física (qual e com que frequência) 
 Se costuma ter exposição solar (frequência) e 
 Se faz uso de medicamentos, cosméticos e/ou ácidos. 
 
 
13 
 
 Além disso, com relação à dieta do paciente, o profissional deve saber: 
 Se há restrição alimentar (seja para emagrecer ou devido a doença 
preexistente), 
 Quantas refeições realiza diariamente 
 Se sente vontade exagerada de comer doces, 
 O tempo para cada refeição, bem como a forma de mastigação dos 
alimentos, 
 Se possui digestão lenta, 
 Se tem retenção de líquidos 
 Se houve alteração de peso nos últimos 3 meses. 
 
O estado emocional também deve ser analisado. O profissional deve 
questionar, por exemplo, se o paciente é ansioso, otimista, depressivo, impaciente, 
entre outros estados. 
 
 
 
 Avaliação facial 
 
 
Fonte: smilleodontologia.com.br 
 
Durante a avaliação facial, o profissional deverá analisar no paciente 
 
14 
 
 O tipo de pele 
 Nível de hidratação (hidratada ou desidratada) 
 Tônus (flácida, média ou normal) 
 Temperatura (normal, fria ou quente) 
 Coloração (normal, pálida, avermelhada, manchada, etc.) 
 
Também deve ser avaliado: 
 O estado dos ósteos (normais, médios, dilatados), 
 A espessura do estrato córneo (fino, normal, espesso ou rugoso) 
 E se há algum tipo de alteração nos pelos (hirsutismo, hipertricose ou 
quedas). 
 Quaisquer alterações, tais como: a presença de comedões (abertos ou 
fechados), acromia (manchas brancas), melasma (manchas escuras), 
mácula solar (manchas), atrofia senil (envelhecimento), cicatrizes, nevo 
melanocítico (pinta), xantelasma (lesão na região da pálpebra), pápulas 
(lesões cutâneas causadas por reações alérgicas), efélides (sardas), 
escoriações, escamações, rosáceas (dermatose inflamatória crônica), 
pústulas, siringoma (pequenas lesões endurecidas da cor da pele ou 
amareladas), hemangioma (manchas ou tumorações avermelhadas ou 
arroxeadas), telangiectasia (pequenos vasos sanguíneos), edema, 
herpes labial, acne, cistos, nódulos, entre outras. 
 
Vale ressaltar que o profissional que atua no estabelecimento de saúde estética 
pode tratar a acne até o grau 2 (aquela com presença de lesões inflamatórias e 
numerosos comedões). Nos casos mais graves, é necessário que outro profissional 
de saúde legalmente habilitado defina a melhor conduta terapêutica a ser seguida pelo 
paciente. 
 É importante que na ficha de avaliação conste um campo para observações, a 
fim de serem adicionadas informações não encontradas e/ou não relatadas em um 
primeiro momento. Além disso, este espaço pode ser utilizado para acompanhar a 
evolução do paciente, sempre se colocando a data e a conduta adotada no dia da 
sessão. 
 
 
15 
 
 Avaliação corporal 
 
 
Fonte: elianafreitas.com.br 
Na avaliação corporal, o profissional esteta deve identificar se o paciente 
apresenta desvios na coluna vertebral, assimetria para algum lado do corpo ou ainda 
apoio plantar adequado. 
É importante também observar alterações na coloração de pele ou relevo 
cutâneo, presença de estrias, bem como sua coloração, a distribuição da gordura 
corporal (ginoide, androide, mista ou se está em regiões específicas do corpo) e 
presença de varizes. 
A palpação é outro ponto importante, pois permite identificar irregularidade na 
superfície corporal, elasticidade (flacidez tissular e/ou muscular), presença de 
nódulos, hidrolipodistrofia ginoide (celulite), edema e dor. 
É indicado manter na ficha de avaliação um campo para registrar a medição do 
perímetro de busto, braços, abdômen, cintura, quadril, coxas e panturrilha. Destaque-
se que a técnica de avaliação pode trabalhar com registros métricos e/ou de 
composição corporal, lembrando que não é atribuição do profissional esteta a 
prescrição de dietas para emagrecimento ou ajuste de alterações hormonais. 
 É importante que na ficha de avaliação conste um campo para observações, a 
fim de serem adicionadas informações não encontradas e/ou não relatadas em um 
primeiro momento. Além disso, este espaço pode ser utilizado para acompanhar a 
 
16 
 
evolução do paciente, sempre se colocando a data e a conduta adotada no dia da 
sessão. 
Essas fichas devem ser, preferencialmente, assinadas pelo paciente a fim de 
registrar que as informações declaradas sejam verídicas, caso se aplique, e/ou ter 
ciência da conduta desempenhada ao longo de todo o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação capilar 
 
 
Fonte: farmaciaestetica.com.br 
 
Na avaliação capilar é fundamental que o profissional esteta avalie se o 
paciente faz uso de medicamentos ou outros produtos, tais como: corticosteroides, 
 Anti-histamínicos, 
 Anti-inflamatórios não esteroidais 
 Suplementação mineral 
 Indutores hormonais 
 
17 
 
 Medicamentos para controle da atividade tireoidiana 
 Imunossupressores gerais 
 Quimioterápicos ou radioterápicos 
 Anti-hipertensivo, anticoagulantes, antidepressivos e demais fármacos 
que atuam no sistema nervoso central. 
 
É importante saber ainda se o medicamento é de uso contínuo ou não, se é de 
uso tópico ou sistêmico. 
Neste contexto, a avaliação capilar deve ser dividida em: 
 Avaliar desordens da haste capilar 
 Avaliar desordens do couro cabeludo. 
 
 
Avaliação da haste capilar: 
É fundamental levantar informações que caracterizem os fios, tais como: 
 Sua forma (liso, crespo, negroide, ondulado) 
 Tipo de cabelo 
 Espessura e textura, 
 Porosidade, elasticidade, alterações da haste folicular, 
 Curvatura, cor e danos. 
 
No couro cabeludo, é importante observar: 
 A presença e tipo de alopecia 
 Dermatite seborreica ou desordem seborreica, 
 Psoríase, 
 Obstrução folicular, 
 Foliculite 
 Micoses do couro cabeludo, 
 Densidade capilar, 
 Grau de hidratação ou oleosidade e demais variações do couro. 
 
Cabe ao profissional definir o tratamento escolhido, que pode ser conduzido 
por ele ou encaminhado a outro profissional da área estética, devidamente habilitado. 
 
18 
 
Vale ressaltar que, se a estratégia terapêutica incluir substâncias que 
apresentem perfil de produtos correlatos e que atendam às normativas da promoção 
da saúde estética, o profissional devidamente habilitado para condução da técnica, 
poderá utilizá-las. Entretanto, deve estar sempre atento para as questões de 
biossegurança que a técnica solicita. 
Já se a estratégia terapêutica incluir procedimentos invasivos não cirúrgicos, 
caberá ao profissional avaliar os seguintes tópicos: 
 • Se a substância que será utilizada no procedimento é de uso restrito ao 
médico –em caso negativo, será necessário receituário para seu uso; 
 • Se o procedimento está de acordo com as normativas padronizadas por este 
documento ou demais documentos de atualização, bem como com a normatização da 
área de atuação na farmácia estética. 
• Se é condizente com a proposta de saúde estética do paciente. 
A evolução do tratamento deve ser sempre registrada pelo profissional esteta. 
Ele deve, preferencialmente, se amparar em registros quantitativos que demonstrem 
a melhora do quadro durante o tratamento. 
Desta forma, a análise pode ser feita por meio de métodos simples como 
centimetrometrias ou com equipamentos de imagens e outros tipos de análise 
instrumental. O parecer clínico também é indicado, porém sugere-se manter registro 
fotográfico de todos os quadros tratados e ao longo de sua evolução. 
 
19 
 
6 TÉCNICAS E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS 
 
Fonte: negocioestetica.com.br 
6.1 Intradermoterapia (“aplicação de enzimas”) 
A intradermoterapia ou mesoterapia consiste na aplicação de medicamentos 
através de injeção na pele ou subcutâneo. O medicamento aplicado é escolhido pelo 
profissional esteta de acordo com o objetivo do tratamento. 
Esta técnica tem origem na França e é realizada para introduzir alta 
concentração de determinados medicamentos no local de ação, aumentando o 
resultado desejado. 
Com a intradermoterapia, temos a aplicação de fármacos diretamente no local 
a ser tratado. As enzimas contidas nesses fármacos são substâncias orgânicas que 
promovem reações químicas que, por sua vez, vão desencadear vários tipos de efeito 
no organismo. 
São aplicadas 3 tipos de enzimas: lipolíticas, glicolíticas e proteolíticas. 
 Proteolítica: encarregam-se de dividir as proteínas. 
 Lipolíticos: são responsáveis pela degradação dos lípidos ou gorduras. 
 Glicolíticas: responsáveis pela degradação dos hidratos de carbono (ou 
glícidos). 
 
20 
 
Outras têm efeitos antioxidantes ou eutróficos, o que significa que estimulam a 
produção de colágeno e outras substâncias da pele. E ainda temos os ativadores 
metabólicos, para ganho de massa muscular, anti-fadiga mitocondrial, anti - stress 
entre outras. 
As agulhas de injeção neste tratamento são as de insulina 13x4,5/13x3, para 
aplicação subcutânea. O tipo de aplicação subcutâneo é realizado no exato local da 
gordura, da celulite e da estria. 
Já a aplicação intramuscular é feita, geralmente, na região dos glúteos, com 
agulha 30x7/ 25x7. Cada protocolo tem seu método de aplicação. 
Podem ocorrer reações comuns ao medicamento como: leve prurido, ardor, 
hiperemia, que passam rapidamente. 
É importante sempre perguntar ao paciente se ele tem alguma reação alérgica 
aos fármacos. Geralmente, são necessárias para um tratamento inicial, 10 aplicações 
uma vez por semana, no caso dos protocolos para gordura, estria e celulite. Para os 
intramusculares, geralmente, podem ser feitos até três vezes na semana. 
 
 
 
6.2 Indicação da Intradermoterapia 
Dieta inadequada, sedentarismo e desequilíbrio hormonal, podem levar ao 
acúmulo de gordura. Até pessoas que mantém hábitos saudáveis e aparentemente 
magras, não conseguem se livrar das gorduras localizadas. 
 Isso ocorre porque algumas regiões do corpo têm pré-disposição a acumular 
gordura que não é consumida pelo organismo, esse é um mecanismo ancestral de 
proteção e sobrevivência que nosso corpo desenvolveu, porém não era 
contemporânea, com abundância de alimentos, esse registro ancestral contribui para 
o acúmulo de gordura. O homem tem a tendência acumular gordura no abdômen, 
enquanto as mulheres acumulam no quadril, culote e abdômen. 
A técnica é indicada para tratamentos de celulite, gordura localizada, estrias, 
flacidez e desvitalização da pele da face, em homens e mulheres. Este é o tratamento 
 
21 
 
mais recomendado pela Sociedade Brasileira de Biomedicina Estética (SBBME) para 
a perda de gorduras localizadas. 
6.3 Intradermoterapia para Gordura Localizada 
 
Formulação para gordura localizada 
Lipossomas de Desoxicolato de Sódio: Os Lipossomas funcionam como um 
veículo para o Desoxicolato de Sódio. Por terem maior semelhança com a membrana 
do adipócito conseguem entrar na célula, permitindo que a substância realize sua 
ação lipolítica com maior eficiência e por tempo prolongado por estar diretamente no 
local de ação. 
O Desoxicolato atua como um emulsionante (detergente) permitindo maior 
disponibilidade dos fármacos no seu sítio de ação e ainda reage com a membrana 
dos adipócitos promovendo sua lise (quebra) e reagindo com os triglicerídeos da 
célula. 
Trissilinol: regula atividade dos fibroblastos aumentando síntese de colágeno, 
elastina e proteoglicanas, além de se incorporar na estrutura da molécula de colágeno 
reorganizando-o melhor. 
Buflomedil: atua na microcirculação promovendo excelente vasodilatação dos 
capilares e assim melhor difusão dos outros fármacos. 
Lidocaína: excelente anestésico local diminuindo a sensibilidade à dor no 
momento. 
Os medicamentos utilizados na Intradermoterapia são substâncias lipolíticas, 
responsáveis por quebrar os nódulos gordurosos e celulíticos diretamente na região 
subcutânea. 
Também costumam ser utilizadas combinações de vitaminas, minerais, 
enzimas, extratos de plantas, medicações alopáticas e aminoácidos, com destaque 
para: o Dimetilaminoetanol (DMAE), a vitamina C, o silício e o ácido hialurônico. As 
combinações de substâncias são preparadas de acordo com a necessidade de cada 
paciente. 
Após a aplicação, o paciente seque sua rotina normal. A gordura resultante do 
processo de quebra das moléculas adiposas ficará no corpo até sua eliminação pelas 
vias que podem ser a queima energética, suor, fezes e urina, sem atividade física a 
gordura que não foi eliminada será reabsorvida e armazenada novamente. 
 
22 
 
 
 
Fonte: fitbodypilates.com.br 
 
 
 
Fonte: pordentrodetudo.com.br 
 
INTRADERMOPTERAPIA (OU MESOTERAPIA) 
São realizadas aplicações de no máximo 10ml de ativos, promovendo a ação 
específica na região. As mesclas a serem administradas dependem do tipo e 
intensidade do problema a ser tratado. Podendo ser aplicada no músculo ou 
na camada adiposa (hipoderme). 
 
23 
 
Principais locais para aplicação Abdômen, flancos, culotes coxas, 
parte Interna de coxas, costas, braços. 
Tempo de aplicação Em torno de 10 a 30 minutos. 
 
Número de sessões 
A quantidade de sessões varia de 
acordo com o tratamento. 
Porém, geralmente é indicado para gordura 
localizada: 6 sessões, no mínimo. Para 
flacidez: no mínimo 10 sessões. 
 
Intervalo de sessões 
As sessões, geralmente são 
realizadas uma vez por semana, mas irá 
depender de cada caso e objetivos do 
tratamento. 
 
Efeitos colaterais 
Devido às aplicações injetáveis, 
pode ocorrer pequenos hematomas e uma 
leve dor após as aplicações, que são 
temporárias. 
 
 
 
Cuidados após a aplicação 
 Não se expor ao sol até o 
desaparecimento completo dos sinais 
 Utilizar protetor solar 
 Realizar drenagem no local após 24h 
 Exercícios físicos somente após 24h no 
caso de perda de gordura 
 Exercícios físicos dentro de no máximo 
4h para ganho de massa. 
Contra indicações  Gravidez e lactação 
 Alergia aos componentes das mesclas 
(combinação de princípios ativos). 
 Lesões ativas no local de aplicação 
 
24 
 
6.4 Intramuscular 
Também conhecida como “aplicação de enzimas”, a técnica de Aplicação 
Intramuscular consiste na aplicação de fármacos nos músculos dos glúteos, por 
exemplo, com o intuito de acelerar o metabolismo, potencializar a perda de peso e 
aumentar o ganho de massa muscular. 
Os principais objetivos relacionados à Aplicação Intramuscular são: 
 Combater a celulite 
 Combater as estrias 
 Combater a flacidez 
 Combater a gordura localizada 
 Potencializar o ganho de massa muscular 
 
Para quem pratica exercíciosde hipertrofia regularmente, objetivando o ganho 
de massa magra, a aplicação Intramuscular ocasiona uma ação sistêmica da mescla 
(aminoácidos e vitaminas), que favorecem a síntese muscular. Nesses casos, o 
procedimento pode ainda reduzir a fadiga, o catabolismo muscular e melhorar a 
performance do atleta durante os treinos. 
Para fins de emagrecimento, a técnica também ajuda a acelerar o metabolismo, 
controlar a ansiedade, o apetite e potencializar a queima de carboidratos. Indica-se a 
aplicação quando o paciente está em tratamento nutricional, realiza atividade física, e 
busca neste tratamento uma forma de potencializar os resultados. 
Importante no tratamento da celulite, a intramuscular melhora o intercâmbio 
tissular. 
As aplicações normalmente são realizadas semanalmente, porém pode variar 
de acordo com cada caso. A avaliação, assim como as aplicações, será realizada por 
um profissional habilitado. 
http://anacarolina.bmd.br/curso-de-intramuscular-e-intradermoterapia-1-dia
 
25 
 
7 TRATAMENTOS ESTÉTICOS E O USO DOS PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS. 
 
Fonte: esteticarecreio.com.br 
7.1 Peelings químicos e mecânicos 
Consiste em procedimentos capazes de promover a renovação celular, de 
forma progressiva, estimulando a regeneração natural dos tecidos. Neste contexto, os 
peelings provocam lesão de profundidade específica na pele, para estimular o 
crescimento de uma nova pele e, assim, melhorar a textura e aparência cutânea. Além 
disso, os efeitos esfoliativos destes procedimentos estimulam o crescimento 
epidermal e a produção de colágeno. 
 Eles possuem diferentes mecanismos de renovação celular e podem ser 
divididos em peelings químicos, peelings mecânicos ou físicos e peelings enzimáticos. 
 Peelings químicos 
São utilizadas substâncias que resultam na desnaturação rápida da queratina 
e outras proteínas de superfície na derme. Esta ação se dá através de substâncias 
enzimáticas, físicas e químicas, como os ácidos e substâncias cáusticas. 
Ele visa à renovação da pele com base na descamação cutânea superficial, ou 
seja, da epiderme e/ou derme superficial, promovendo intensa renovação celular 
 
26 
 
podendo ocorrer lesão na pele seguida de epitelização (SOUZA, 2006; PIMENTEL, 
2008; GOMES; DAMAZIO 2009). 
Como o resultado do peeling é a descamação, a pele torna-se renovada a partir 
das camadas mais profundas, obtendo aspecto mais jovem, melhorando manchas e 
rugas além da pele apresentar melhor capacidade e qualidade da elasticidade. 
A profundidade do peeling depende da substância aplicada, de sua quantidade, 
da concentração do ativo e de seu pH, do preparo que antecede imediatamente o 
procedimento com limpeza e retirada de oleosidade, do tipo de pele (fina, espessa), 
duração do contato com a pele (ASSAFIM, 2007; GOMES, 2009). 
Os produtos cosméticos utilizados em peeling podem ser encontrados na forma 
de loção, gel, creme, pó ou microgrânulos (GOMES, 2009). 
 
Mecanismo de ação do peeling químico: 
Utilizam-se vários tipos de ácidos para realizar um peeling, de forma isolada ou 
em associações. O objetivo é que essa substância penetre na pele não apresentando 
toxicidade ao organismo e, conforme a profundidade atingida seja capaz de conseguir 
benefícios nos tratamentos estéticos. 
De acordo com Gomes (2009), os ácidos atuam reduzindo a coesão entre as 
células, pois reagem com a enzima “cimentante” que existe entre a queratina, 
promovendo a esfoliação da superfície acelerando dessa maneira a renovação 
celular; a alteração do pH leva a ruptura das ligações de queratina, a desobstrução 
dos folículos pilo-sebáceos; facilita a permeabilidade da pele, tornando a permeação 
transepidérmica mais eficiente. 
Deste modo resulta que, através da renovação celular intensificada melhora a 
textura da pele, revitalizando, tornando a superfície cutânea mais lisa, clara, luminosa 
e reduzindo rugas superficiais, estímulo do fibroblasto, aumento do colágeno, dando 
à pele mais resistência e flexibilidade, redução de cloasmas solares superficiais e 
aumenta a síntese do metabolismo basal. 
 
Classificação da profundidade dos peelings químicos 
O peeling superficial é geralmente epidérmico, e não apresenta riscos de 
complicações ao cliente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele, com a devida 
 
27 
 
escolha do princípio ativo, por ser menos agressivo, não exige repouso para 
recuperação, podendo o cliente voltar às atividades no mesmo dia. 
O tratamento de peeling químico é considerado suave porque provoca apenas 
fina descamação na pele, deixando-a um pouco avermelhada, repuxada e com leve 
ardor (PIMENTEL, 2008). 
Princípios ativos: Os alfa-hidroxiácidos fazem parte dos peelings superficiais, 
entre eles, temos: 
 O málico e cítrico, das frutas cítricas. 
 O àcido lático, derivados do leite. 
 O ácido glicólico, da cana-de-açúcar. 
 O ácido tartárico, das uvas 
 Os beta-hidroxiácidos como o ácido salicílico. 
 
Os peelings médios levam a uma descamação intensa, são mais agressivos e 
efetivos que os peelings superficiais, e retiram manchas e rugas de média 
profundidade. Esse método remove parcial ou totalmente a primeira camada da pele, 
até atingir a derme. Com isso, a face ganha um toque suave, tom uniforme e aparência 
jovial num curto espaço de tempo. 
Lima (2011) descreve que os peelings médios, provocam descamação mais 
espessa e escura, necessitando de cuidados maiores nos “pós peeling”. 
O peeling profundo atinge a derme reticular, agindo nas lesões mais profundas 
da pele. Esses peelings melhoram dramaticamente a profundidade das rítides, 
cicatrizes de acne e flacidez cutânea (RUBIN, 2007) 
É o mais profundo que se consegue atingir em um peeling. Devido à 
profundidade dos peelings médios e profundo, não é realizado pelo profissional de 
Tecnologia em Cosmetologia e Estética. 
 
Princípios ativos dos peeling químicos 
Alfa- hidroxiácido (AHA): Os alfa-hidoxiácidos são um grupo de substâncias 
naturais encontradas em frutas e em outros alimentos. Constitui um grupo de 
compostos orgânicos que possuem em comum a hidroxila na posição alfa. 
Em contado com pele, têm a capacidade de diminuir a concentração dos 
corneócitos na camada córnea da epiderme, facilitando a renovação celular e 
 
28 
 
tornando-a mais fina e mais permeável a outros ativos. Gomes (2009) discorre que: 
“os alfa-hidroxiácidos exercem grande capacidade de umectância aumentando 
sensivelmente a retenção de água no extrato córneo e conseqüentemente 
hidratação”. 
Beta- hidroxiácido (BHA): Os beta-hidroxiácidos possuem um grupo hidroxi 
na posição beta, possui como membro o ácido salicílico, que tem ação 
queratoplástica em concentrações até 2% e queratolítica acima de 2%, também 
usado nas hiperqueratoses na concentração de até 10%, com ação bacteriostática 
e fungicida, nas concentrações de 1% a 5% (ASSAFIM, 2007). 
O ácido salicílico melhora a aparência da pele fotoenvelhecida, é efetivo na 
redução das rugas finas, além de melhorar a textura da pele, pois atua como 
esfoliante. Pode ser utilizado também no combate á acne. Este beta-hidroxiácido 
regulariza a oleosidade da pele e também apresenta ação antiinflamatória 
(LEONARDI, 2OO8). 
Poli-hidroxiácido (PHA): Os poli-hidroxiácidos (PHAs) são ácidos carboxílicos 
que possuem grupamento hidroxila, sendo os representantes mais comuns o ácido 
glucônico e o ácido lactobiônico. 
Esta classe apresenta moléculas maiores, o que reduz os efeitos adversos 
causados pelos alfa-hidroxiácidos, pois penetram mais lentamente na pele. Além 
disso, são umectantes e antioxidantes, auxiliando na prevenção do 
fotoenvelhecimento, na redução o acúmulo de escamas, pois são capazes de 
normalizar a reposição celular e a esfoliação, podendo estimular a produção de 
ceramidas para reforçar a função de barreira (BARQUET; FUNCK; KOESTER, 2006). 
Tem ação umectante e hidratante por re-estruturar a epiderme, renovadorcelular e antioxidante. É indicado para fotoenvelhecimento, acne e rosácea, incluindo 
linhas de expressão, rugas, hiperpigmentação e aumento de firmeza (SOUZA, 2005). 
Outro ativo é o ácido Lactobiônico que é um ácido orgânico conhecido como 
ácido galactoglucônico, obtido pela oxidação química ou microbiana da lactose, 
promove efeito rejuvenescedor, revitalizante, cicatrizante, hidratante e combate os 
radicais livres. Concentrações de 2% a 10% e pH entre 3,0 e 5,0 (GOMES, 2009). 
 
Complementação dos estudos 
 
29 
 
 Peelings mecânicos ou físicos 
Ocasionam lesão por meio de mecanismos físicos ou abrasivos. Esta técnica é 
indicada especialmente para o tratamento de envelhecimento, cicatrizes e discromias. 
Trata-se de um peeling cuja renovação celular e rejuvenescimento da pele é 
feito através da ação mecânica. Para isso, é realizada uma esfoliação mais profunda, 
com o uso de produtos apropriados e até de equipamentos adequados. 
Pode ser aplicado em qualquer tipo de pele e a diferença entre o tratamento de 
um e de outro tipo será o nível de abrasão escolhido. Quando é realizado apenas a 
microdermabrasao (esfoliação), é necessário ter bastante cuidado com a pele e 
passar protetor solar a cada duas horas, pois, embora a pele não chegue a descamar, 
ela fica muito fina e precisa de atenção especial. O intervalo entre as sessões depende 
da agressividade da abrasão e, no geral, varia entre duas e quatro semanas. 
Peeling de cristal: Possuí pressão negativa (aparelho de sucção), ou seja, um 
vácuo, que pode possuir duas saídas (cânulas) simultâneas, uma suga os cristais e 
impurezas como peles mortas que se soltam durante a aplicação, e outra cânula que 
expira, ou seja, que solta o ar liberando assim finos cristais de óxido de alumínio 
pressurizados. 
 Esses cristais em contato com a pele causam uma esfoliação controlada, 
podendo ser ela profunda ou superficial. 
Neste caso, ocorre um desgaste da pele, que acontece pela força dos 
microcristais que são projetados sobre a superfície da pele. Nos equipamentos 
de peeling de cristal, geralmente tem um controle da intensidade para a saída dos 
microcristais tonando-os mais abrasivos ou menos abrasivos, deixando a escolha do 
profissional ajustar aos tipos diferentes de tratamento. 
Aplicação do peeling de cristal: 
FACIAL 
 Higienizar as mãos do paciente com lenço umedecido. 
 Aplicar higienizante em toda a face, pescoço e colo. 
 Remover bem todo o excesso de higienizante com algodão embebido em 
água. 
 Aplicar tônico especifico para o tipo de pele do paciente. 
Se necessário, secar a pele. 
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/passoa-passo-peeling-de-cristal/
 
30 
 
 Fechar os olhos do paciente com algodão e micropore. Colocar algodão 
na orelha do paciente para não correr o risco de entrar o óxido de alumínio. 
 Faça o tratamento com o peeling de cristal dividindo o rosto do paciente 
por quadrantes. 
Dica: Mesmo o aparelho possuindo uma cânula para sucção do cristal, na 
outra mão segure uma gaze seca para limpar a área tratada conforme ocorre 
o depósito de cristal. Sustente a pele do paciente com a mão que está 
segurando a gaze ( esticar levemente a pele com dois dedos). 
 Retirar com uma gaze ou algodão seco o cristal que sobrou no rosto do 
paciente. 
 Aplicar uma loção tônica com auxílio de pipeta e dedilhamentos. 
 Aplicar um cosmético especifico para o tratamento que está sendo feito. 
 Aplicar a máscara especifica para o tratamento proposto. 
 Após retirar a máscara, secar bem a pele 
 Aplicar um produto finalizador e/ou protetor solar. 
 
 
 
 
 
Fonte: mundoestetica.com.br 
 
 Iniciar pela testa, faça uma passada lenta e sem pressão 
na horizontal (1) por toda extensão do quadrante até completa-lo, vá de um 
lado para o outro, depois no mesmo quadrante faça as passadas 
na vertical (2) e em seguida na transversal (3). Faça esses movimentos em 
cada quadrante de cada área por toda a face, incluindo pescoço e colo. Nas 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
O profissional esteta, ao selecionar o tipo de peeling que será aplicado no 
paciente, deve fazê-lo com base na área a ser tratada e os resultados esperados pelo 
paciente, bem como na profundidade de ação apropriada, determinada pelo nível 
histológico ou pela gravidade da patologia cutânea (quando houver uma) 
 É importante também levar em consideração fatores como características da 
pele, a área a ser tratada, segurança, tempo de cicatrização e adesão do paciente. 
 
 
 
Peeling de Diamante: 
É uma ponteira acoplada em um aparelho de vácuo (pressão negativa), porém 
possui apenas uma cânula de sucção, onde a pele é puxada de encontro com uma 
ponteira com lixas diamantadas, removendo assim as células mortas, promovendo a 
esfoliação e aumentando a vascularização da pele. 
 Nesse caso, o aparelho não tem os cristais de óxido de alumínio, a esfoliação 
é realizada pela ponteira de diamante e sua intensidade ou profundidade é obtida pela 
pressão escolhida pelo profissional que é medida em Mílimetros de Mercúrio (mmHg). 
FACIAL 
 Higienizar as mãos do paciente com lenço umedecido 
 Aplicar higienizante em toda a face, pescoço e colo. 
 Remover bem todo o excesso de higienizante com algodão embebido em 
água 
 Aplicar tônico especifico para o tipo de pele do paciente. 
 Se necessário secar a pele 
 Faça o tratamento com o peeling de diamante dividindo o rosto do paciente 
por quadrantes. Iniciar pela testa, sempre sustentando a pele do paciente 
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/passoa-passo-peeling-de-diamante/
https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/microdermoabrasao_mecanica/
 
32 
 
com a mão que não está segurando o aparelho (esticar levemente a pele 
com dois dedos). 
 Aplicar uma loção tônica com auxílio de pipeta e dedilhamentos 
 Aplicar um cosmético especifico para o tratamento que está sendo feito. 
 Aplicar a máscara especifica para o tratamento proposto 
 Após retirar a máscara, secar bem a pele 
 Aplicar um produto finalizador e/ou protetor solar. 
7.2 Carboxiterapia 
A carboxiterapia constitui-se de uma técnica em que se utiliza o gás carbônico 
(CO2) medicinal injetado no tecido subcutâneo, estimulando, assim, efeitos 
fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação tecidual (CARVALHO et al., 
2005; GOLDMAN et al., 2006; WORTHINGTON; LOPEZ, 2006). 
 
Essa técnica é feita com o uso de um aparelho acoplado a um cilindro de gás 
carbônico medicinal. Este equipamento regula a vazão do gás (que pode atingir, no 
máximo, 80ml de gás por minuto) para uma seringa com agulha de calibre mínimo. A 
profundidade da aplicação da agulha varia em cada caso. 
O gás carbônico atua dilatando os vasos sanguíneos e estimulando a formação 
de novos vasos sanguíneos, promovendo melhor irrigação de sangue nos tecidos e, 
consequentemente, melhor oxigenação da região tratada. O gás carbônico atua 
também no rompimento de fibroses do tecido subcutâneo. Alguns estudos mostram o 
favorecimento de formação de colágeno e elastina e efeito lipolítico (quebra das células 
de gordura) decorrente da carboxiterapia. 
 
 
33 
 
 
Fonte: esteticaexcellence.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: esteticaexcellence.com.br 
 
Essa técnica é um dos recursos utilizados no tratamento de redução de 
medidas ocasionadas pelo acúmulo de adiposidades, de celulite e estrias. 
 
34 
 
De acordo com o cirurgião plástico André Colaneri, a celulite ao se desenvolver, 
passa por três fatores: edema, gordura e fibrose. A carboxiterapia é o tratamento mais 
completo, pois atua nesses três níveis. 
O edema é resolvido pela dilatação dos vasos e otimização da circulação, a 
fibrose é rompida pela injeção de gás, e a gordura é mais facilmente queimada pelo 
aumento do metabolismo que ocorre no local. 
 Segundo Paschoal e Cunha (2012), o gás tem rápida difusão através dos 
tecidos, chega aos músculos eé eliminado em grande parte pelos pulmões e um 
pouco pela via renal. Outros mecanismos de atuação incluem fratura direta da 
membrana adipocitária e alteração na curva de dissociação da hemoglobina com o 
oxigênio, promovendo, assim, uma verdadeira ação lipolítica oxidativa. 
No caso da estria, o gás carbônico atua distendendo o tecido desta cicatriz - a 
elevação visível durante o tratamento. O descolamento preenche essa região de gás 
carbônico e estimula a formação de colágeno no local. 
 Estrias brancas são mais antigas e fibras elásticas que já estão totalmente 
rompidas não se regenerarão. Da mesma maneira a carboxiterapia atua no tratamento 
de cicatrizes e no tratamento de fibroses decorrentes de cirurgias plásticas, como a 
lipoaspiração, por exemplo. 
 
7.3 Agulhamento e microagulhamento estéticos 
 O agulhamento e microagulhamento estéticos, ou indução percutânea de 
colágeno, são baseados no uso de agulhas que perfuram a pele sutilmente, 
estimulando, assim, sua regeneração, promovendo a liberação do colágeno e a 
formação de uma nova camada de pele, mais espessa, que preencherá rugas, estrias 
e outras imperfeições (ORENTREICH; ORENTREITH). 
 Os recursos a serem utilizados por esta técnica podem ser o rolo de polietileno 
encravado por agulhas de aço inoxidável e estéreis, dermógrafos, eletrolifting e 
agulhas livres. 
 Entretanto, o comprimento das agulhas varia de acordo com a proposta de 
tratamento: para agulhas de até 0,5 mm não se faz necessária ação anestésica, de 
1,0 mm a 1,5 mm indicam-se ações anestésicas tópicas, já para as profundidades de 
https://www.minhavida.com.br/temas/estria
 
35 
 
2,0 mm em diante indica-se anestesia infiltrativa ou bloqueio estético da área tratada 
(FABROCCINI; FARDELLA). 
Além disso, essa técnica também pode ser utilizada como veiculador de ativos 
para rejuvenescimento, como o retinol e a vitamina C. Ela também é indicada para 
estímulo isolado no rejuvenescimento, melhorando a coloração, textura e brilho da 
pele. 
Vale ressaltar que, nessa técnica, pode haver complicações que incluem 
irritação, delicadas crostas, milium, pequenas pústulas, herpes simples, reação ao 
retinoide, cicatrizes, hematomas de longa duração e até infecções por contato do 
paciente. 
 Procedimento 
A técnica ainda é pouco utilizada, não pelos seus resultados, mas sim por se 
tornar um procedimento um pouco caro, pois o rolo é descartado logo após a sua 
utilização. O rolo com as agulhas não pode ser auto clavado e qualquer outro 
procedimento de assepsia não remove todas as impurezas. 
O procedimento começa com o devido preenchimento da ficha de anamnese e 
a correta higienização da pele com álcool 70%. Necessário utilizar luvas e máscara 
Começando pela região frontal (testa), divida o espaço em quadrados do 
tamanho do rolo. Passe o rolo em direção única por no mínimo 3 vezes, dependendo 
de cada cliente, sem retirá-lo da posição em contato com a pele (pois pode “rasgar” a 
pele). 
Inicie com passadas na vertical (1), levante o rolo e passe na horizontal (2) da 
mesma forma, fazendo uma “cruz”. Em seguida, passe nas diagonais (3 e 4) fazendo 
um “X”. Sempre que for trocar o sentido é necessário levantar o rolo. Finalizando os 
quatro sentidos vá para outro quadro e repita o processo. Depois da região frontal vá 
para as laterais do rosto e por final, nariz e queixo. Não precisa colocar pressão 
exagerada no cabo. O mesmo procedimento pode ser feito nas estrias. 
 
https://www.mundoestetica.com.br/portfolio-view/ficha-de-anamnese/
 
36 
 
 
Fonte: mundoestetica.com.br 
 
 Dicas de finalização 
Finalizar o procedimento, com produto específico para o tipo de tratamento 
realizado, como por exemplo, ácido hialurônico e Vitamina C. É importante lembrar 
que no momento em que se termina o quadrante deve-se passar imediatamente o 
produto, pois as plaquetas do sangue podem fechar imediatamente estas 
microperfurações e o ativo não vai permear na pele, vale lembrar também que após o 
procedimento não se pode usar nenhum tipo de calmantes, protetor solar, 
maquiagens. Deve-se utilizar produtos que não precise remover, e adequados para 
passar após esse tipo de procedimento, pois depois de aplicado, o produto não poderá 
ser retirado completamente. 
O veículo do produto deve ser em gel ou sérum, para que não haja o surgimento 
de acne. O protetor solar pode ser utilizado somente depois de 4 horas do 
procedimento, o mais indicado é após 24 horas. 
O rolo pode ser usado sem cosmético algum, pois mesmo sem, ainda traz 
ótimos efeitos. A pele pode apresentar sangramento, hiperemia e inchaço. 
 
 Sobre as agulhas 
 
37 
 
 
Fonte: mundoestetica.com.br 
 
As agulhas variam de 0,25mm até 3,0mm, sendo que a esteticista está 
autorizada a utilizar até 0,5 mm, acima disso somente uso médico. No rosto pode-se 
utilizar a agulha de 0,25mm até 1,5mm e para o corpo de 1,0 mm até 3,0mm, 
dependendo da espessura da pele de cada cliente, sendo que acima de 1,0mm é 
necessário o uso de anestésico tópico, pois a dor pode ser intensa. 
Com a agulha acima de 0,5 mm as sessões devem ter um intervalo de no 
mínimo 21 dias, que é o tempo que a pele demora para se regenerar por completo e 
com a agulha acima de 2,0mm o intervalo é de no mínimo 6 meses. 
O rolo deve ser muito bem escolhido e devidamente registrado 
pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pois muitos outros produtos 
são comercializados e podem trazer problemas ao cliente, alguns podem vir com 
agulhas tortas, em tamanhos irregulares, ou agulhas caindo, detalhes que podem ser 
imperceptíveis a olho nu. 
 
7.4 Preenchimentos dérmicos 
Os preenchedores dérmicos fazem parte do contexto do rejuvenescimento 
cutâneo. São usados para aumentar lábios finos, melhorar contornos superficiais, 
suavizar rugas faciais, eliminar rugas e melhorar a aparência das cicatrizes. 
https://www.mundoestetica.com.br/wp-content/uploads/2018/01/1376476027461-1361560700-300x252.jpeg
 
38 
 
Os preenchimentos dérmicos são chamados de “facelifts líquidos”, pois 
oferecem muitos dos benefícios de um lifting cirúrgico sem o período de inatividade. 
Embora possam ajudar com a flacidez da pele em excesso, estes preenchimentos 
faciais adicionam volume e apresentam resultados imediatos a um custo menor que a 
cirurgia. Estes tratamentos não são permanentes, no entanto podem ser repetidos. 
Alguns preenchimentos dérmicos são usados juntamente com demais 
tratamentos de rejuvenescimento tal como injeção de toxina botulínica. 
Atualmente, a aplicação injetável de ácido hialurônico é um dos procedimentos 
mais realizados para fins estéticos. 
Os preenchedores de ácido hialurônico têm sido os mais utilizados nos últimos 
anos no tratamento de sulcos e rugas, devido a sua praticidade de aplicação e boa 
margem de segurança, além dos efeitos visíveis imediatamente após aplicação. 
A pele contém grande quantidade de ácido hialurônico, que preenche os 
espaços entre as células. Com o passar dos anos a quantidade de ácido hialurônico 
diminui, assim como a pele torna-se menos hidratada, o que contribui, sobremaneira, 
para o aparecimento de vincos e rugas na pele. 
O Ácido Hialurônico (AH) consiste em uma molécula de origem não animal, 
sintetizada em laboratório. Com isso não há risco de transmissão de doenças e 
dispensa testes alérgicos. Ele atua melhorando a hidratação da pele e preenchendo 
espaços, diminuindo a formação de rugas. 
Ele se integra aos tecidos e permite a passagem de oxigênio e hormônios para 
as células, mantendo-as com aspecto saudável. O fato de possuirmos naturalmente o 
ácido hialurônico em nosso corpo, praticamente elimina reações de rejeição. 
Praticamente todas as rugas e vincos da face podem ser preenchidas com 
ácido hialurônico e o procedimento não tem idade certa para ser iniciado. Os locais 
mais comuns, com melhores resultados são as rugas entre as sobrancelhas, ao redor 
dos olhose "bigode chinês". É muito usado também para rugas ao redor dos lábios e 
para aumentar o volume dos lábios. 
Em outras palavras, as rugas e vincos são disfarçadas. Na prática é um tipo de 
"escultura facial”. 
Em geral, o procedimento é bem tolerado, mesmo sem anestesia. Para 
pessoas mais sensíveis, se desejado, podem ser utilizados anestésicos tópicos, sob 
 
39 
 
a forma de cremes, aplicados 30 a 60 minutos antes do preenchimento, para atenuar 
a sensação da picada da agulha. 
O preenchimento cutâneo é muito utilizado para atenuar o sulco nasogeniano 
(aquele que se acentua com o sorriso e vai do canto do nariz ao canto da boca) ou os 
sulcos ao redor dos lábios. 
É usado também, para aumento labial, correção de cicatrizes de acne e 
reposição volumétrica em áreas da face onde ocorre perda de gordura com o 
envelhecimento, como as regiões laterais (bochechas).O preenchimento também 
pode ser utilizado para a correção de olheiras e do contorno mandibular. 
 
 
Fonte: minutosaudeestetica.com.br 
 
O preenchimento de rugas pode ser dividido em duas categorias, de acordo 
com as substância e produtos usados no procedimento. 
 
 Temporária 
O ácido hialurônico é também uma substância natural encontrada em seu 
corpo. Concentrações elevadas são encontradas em tecido conjuntivo mole e no fluido 
que circunda os olhos. As marcas incluem: Captique, Esthélis, Elevess, Hylaform, 
Juvederm, Perlane, Prevelle, Puragen e Restylane. 
https://www.dermatologia.net/cat-estetica/cicatrizes-de-acne-tratamentos-mais-utilizados/
 
40 
 
A hidroxiapatita de cálcio, o mais denso dentre os preenchimentos faciais, é 
encontrada naturalmente no osso humano. Este composto mineral é utilizado para 
preencher vincos mais profundos, como o sulco nasogeniano, as linhas de marionete 
e as linhas de expressão. Também é usado para melhorar a plenitude das bochechas 
e demais contornos faciais. Microesferas de cálcio são suspensas num gel à base de 
água. As marcas incluem: Radiesse, Radiance. 
Ácido poliláctico é um material sintético. Quando injetado, estimula a produção 
de colágeno do próprio corpo. Esta substância dá bons resultados quando aplicada 
na metade inferior do rosto para preencher as linhas causadas pelo riso, aumentar os 
lábios e preencher sulcos nasolabiais profundos. Esta substância é diferente dos 
demais preenchimentos dérmicos, pois não produz resultados imediatos. 
Diferentemente, ela estimula a produção de colágeno, assim, os resultados aparecem 
gradualmente ao longo dos meses. As marcas incluem: Sculptra, New-Fill. 
 
 Semi-Permanente 
Preenchimentos de PMMA (polimetilmetacrilato) contêm cerca de 20% de 
minúsculas microesferas de PMMA suspensas em 80% de gel de colágeno purificado. 
Esta substância, considerada semi-permanente, pode ser removida. 
O PMMA é mais frequentemente usado para tratar rugas e sulcos de tamanho 
médio a profundo, principalmente pregas nasolabiais. Ele também pode ser usado 
para preencher cicatrizes e aumentar lábios finos. 
O PMMA tem sido utilizado por muitos anos em implantes cirúrgicos 
permanentes. Assim, provavelmente, o cirurgião fará preenchimento mínimo, no 
primeiro tratamento, acrescentando mais, se necessário. As marcas incluem: Articol, 
Artefill, Metacrill. 
Gordura humana, também conhecida como gordura autóloga, é colhida a partir 
do próprio corpo do paciente. Usar a própria gordura, requer um procedimento mais 
extenso que os demais procedimentos de preenchimento injetável, pois, 
primeiramente, deve-se submeter à lipoaspiração, para extrair a gordura antes da 
injeção. Mas, com esse procedimento, elimina-se o risco de reação alérgica ou 
rejeição pelo próprio corpo. 
 
 Procedimento 
 
41 
 
Anamnese e Avaliação: o profissional esteta irá ouvir o paciente/cliente 
quanto aos seus objetivos e desejos a respeito do tratamento, considerando os 
resultados que almeja e, em seguida, avaliará a sua aparência facial, tom de pele,etc 
observando as áreas do rosto a onde será feito o procedimento. 
 Mapear uma estratégia: Em seguida, o cirurgião irá marcar pontos estratégicos 
no seu rosto que servirão como guia para localizar os pontos apropriados para aplicar 
a injeção de preenchimento. 
 Limpeza da área: Os locais de injeção serão limpos com um agente 
antibacteriano. Em seguida, um anestésico tópico será usado para anestesiar a área, 
principalmente se o paciente é sensível a injeções. Em alguns casos o material de 
preenchimento inclui anestésico na mistura. 
 Aplicar as injeções: A aplicação das injeções levará apenas alguns minutos no 
total e apenas alguns segundos por local. 
 Finalização: As marcas deverão ser lavadas e o profissional deve entregar uma 
bolsa de gelo para o paciente, para reduzir qualquer desconforto temporário. Oriente 
ao paciente sobre o uso de maquiagem, que no caso é permitido, desde de que haja 
cuidado para não pressionar as áreas tratadas, pois pode resultar na movimentação 
do preenchimento dérmico. 
 
 Considerações especiais, riscos e recuperação 
Não há inatividade quando se realizam procedimentos com preenchimento 
dérmico. O paciente/cliente pode retomar a maioria das atividades imediatamente. 
Após o procedimento, recomenda-se não esfregar a área tratada de modo que 
o material de preenchimento permaneça intacto. É provável que haja um pouco de 
inchaço ou hematomas, no entanto, desaparecem em poucos dias. 
Se a substância utilizada for gordura humana, a princípio, explique ao paciente 
que ele irá notar uma aparência “mais cheia”. No entanto, dentro de algumas horas 
ou, em alguns casos, dias, esta aparência desaparece. Para algumas pessoas, esta 
aparência “mais cheia” pode perdurar durante algumas semanas. 
Preenchimentos que são derivados de origem que não seja humana requerem 
teste de alergia de pré-tratamento. 
 
 A longo prazo 
 
42 
 
É importante saber que preenchimentos dérmicos não são permanentes. 
Mesmo a categoria semi-permanente, eventualmente, exigi retratamento. 
A forma como o rosto envelhece e absorve o preenchimento determinará o 
tempo de se submeter a um novo procedimento. 
Oriente o paciente que se ele decidir por não se submeter a um novo 
tratamento, sua aparência retornará à condição original. 
 
 Produtos e substâncias utilizadas para preenchimentos dérmicos. 
Preenchimentos autólogos 
 São derivados do tecido do próprio paciente. Precisam ser coletados de 
outro local do corpo, o que pode produzir cicatrizes, e o processo de coleta 
e depois inserção desses materiais requer um procedimento em duas 
etapas. 
 Toxicidade, alerginicidade, imunogenicidade, carcinogenicidade e 
teratogenicidade não são preocupações, mas pode haver problemas com 
infecção, migração, resposta inflamatória, perda da persistência e 
reprodutibilidade. 
 Alguns exemplos desses materiais são: derme, fáscia, cartilagem, 
fibroblastos cultivados, matriz de plasma/fibrina rica em plaquetas (MPRP) 
e a gordura que é o material autólogo mais utilizado para volumização facial. 
Preenchimentos biológicos 
São derivados de fontes orgânicas (humana, animal ou bacteriana), oferecem 
os benefícios de pronta disponibilidade e facilidade de uso, mas introduzem 
questões de sensibilização a proteínas estranhas humanas ou de animais, 
transmissão de doenças e imunogenicidade. Os biológicos proporcionam 
somente um efeito temporário e tipicamente não corrigem as rugosidades ou 
vincos completamente. 
Os três principais tipos de preenchimentos biológicos de tecido são produtos 
de matriz acelular de partes moles, colágeno e ácido hialurônico. 
Existem várias marcas de AH no mercado que diferem no tamanho da 
partícula, viscosidade e concentração. Essas diferenças resultam em produtos 
com características específicas, destinados ao tratamento de um tipo de ruga 
e região facial. 
 
43 
 
Preenchimentos sintéticos 
 Materiais sintéticospodem oferecer permanência. Muitos materiais 
sintéticos injetáveis e implantáveis cirurgicamente têm sido usados ao longo 
dos anos, e muitos foram condenados por complicações, incluindo 
granulomas, infecções agudas e tardias, migração ou deslocamento, e 
deformidades que podem resultar de complicações ou da tentativa de remoção 
do material. 
Nos EUA, o FDA controla o acesso desses produtos ao mercado e reforça 
práticas de rotulagem estritas, o que significa que o fabricante deve especificar 
a aplicação exata para a qual o material tenha sido aprovado. Os 
preenchimentos sintéticos aprovados pelo FDA são: AdatoSil 5000 e Silikon 
1000, que são géis de silicone para uso no tratamento de descolamento de 
retina e não têm aprovação para uso cosmético nos EUA. 
Artefill (Artecoll) que é o Polimetilmetacrilato (PMMA) foi aprovado pelo 
FDA em 2006 e trata-se de microesferas polidas de PMMA suspensas em 
colágeno bovino na razão de 20%-80%. Após a injeção, o colágeno é 
reabsorvido, e as microesferas arredondadas e lisas são encapsuladas pelo 
colágeno hospedeiro, onde são estabilizadas e se tornam permanentes. 
Muitas complicações já foram relatadas com o uso desse material permanente, 
tais como: processos alérgicos, inflamação aguda e crônica, formação de 
granulomas, e infecção. 
Outro produto liberado em 2006 pelo FDA foi o Radiesse, que consiste 
em uma mistura de hidroxiapatita de cálcio (30%) e gel polissacarídeo (70%). 
O gel polissacarídeo é muito branco, o que torna esse produto inadequado 
para o uso na derme. Foi aprovado para correção de sulco nasolabial e 
labiomentual, mas atualmente tem sido visto como um bioestimulador, pois a 
aplicação dessa substância se mostrou mais efetiva no estímulo de colágeno 
local do que na volumização propriamente dita. Potenciais preocupações 
sobre seu uso como preenchimento de partes moles incluem nódulos e 
granulomas. 
O ácido poli-L-lático (PLLA) é mais uma opção de uso. Por não ser 
obtido de fonte humana ou animal, não requer um teste cutâneo. O PLLA é um 
material biocompatível e biodegradável que tem sido usado em produtos 
 
44 
 
cirúrgicos por mais de 20 anos como componente de sutura absorvível. Tem 
sido usado para tratamento de deformidades de volume e contorno facial. Foi 
aprovado pelo FDA em agosto de 2004 como o único produto para correção 
da lipoatrofia facial associada ao HIV e agora está aprovado para uso 
cosmético nos EUA. É injetado periosteal ou subcutaneamente nas regiões de 
perda de gordura/volume para fornecer um aumento gradual de colágeno, 
melhorando a textura da pele e o volume local. Tem duração reportada de até 
dois anos após três sessões consecutivas de tratamento, com 
aproximadamente um mês de intervalo. É, atualmente, considerado um 
bioestimulador devido à sua capacidade de estímulo de colágeno no local de 
sua aplicação. 
 
7.5 Toxina Botulínica 
A forma cosmética da toxina botulínica é uma injeção não cirúrgica que 
temporariamente reduz ou elimina linhas de expressão, rugas na testa, pés de galinha 
perto dos olhos e bandas grossas no pescoço. 
Basicamente qualquer movimento facial pode eventualmente levar aos sinais 
mais comuns de envelhecimento: rugas. Uma das soluções mais rápidas e mais 
seguras para remover as rugas é a injeção de toxina botulínica. 
A toxina botulínica é uma neurotoxina, produzida pela bactéria Clostridium 
botulinum. A Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições 
apropriadas à sua reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e 
produz sete sorotipos diferentes de toxina (A, B, C1, D, E, F e G). Dentre esses, o 
sorotipo A é o mais potente. 
Para fins terapêuticos, é utilizada uma forma purificada, congelada a vácuo e 
estéril da toxina botulínica tipo A, produzida a partir da cultura da cepa Hall 
da bactéria Clostridium botulinum. Esta forma proporciona maior duração dos efeitos 
terapêuticos. 
Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação 
de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_botulinum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_botulinum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_botulinum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_botulinum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acetilcolina
 
45 
 
cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para 
contrair. 
A toxina botulínica pode ser combinada com demais procedimentos cosméticos 
da pele tais como: peelings químicos, preenchimentos dérmicos ou 
microdermoabrasão para melhorar ainda mais os resultados. Esta combinação de 
terapias pode ainda ajudar a prevenir a formação de novas linhas e rugas. 
 
 Mecanismo de ação 
A toxina botulínica tem como alvo o complexo SNARE e SNAP25, proteínas 
envolvidas na fusão de vesículas contendo neurotransmissores com a membrana 
plasmática para liberação nas sinapses. 
A toxina é uma protease dependente de zinco, que então cliva ligações 
específicas entre as proteínas desse complexo, impedindo a liberação 
de acetilcolina nas sinapses das junções neuromusculares. Sua ação é tão letal, que 
se um único grama fosse acidentalmente dispersado e inalado, seria capaz de matar 
mais de um milhão de pessoas. 
A toxina botulínica é liberada como um polipeptídeo de 150 kDa que sofre 
mudanças conformacionais separando-o em uma cadeia pesada (com 100 kDa) e 
uma cadeia leve (com 50 kDa) ligadas por duas pontes dissulfeto. A cadeia leve tem 
a função de endopeptidase dependente de zinco que cliva diferentes proteínas 
envolvidas na liberação de acetilcolina na fenda sináptica, de acordo com o tipo da 
toxina (A a F). 
Opções de toxina botulínica aprovadas pela Anvisa: 
 - Botox - Dysport 
 - Xeomin - Prosygne 
 - Botulift 
 
 Procedimento 
Há 43 músculos na face e é vital que o profissional que irá aplicar as injeções 
de toxina botulínica entenda e identifique os pontos corretos para otimizar seu 
tratamento. 
Uma agulha muito fina é usada para injetar pequenas quantidades de toxina 
botulínica em músculos específicos. Escolhendo cuidadosamente os músculos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/SNARE
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ancoramento_e_fus%C3%A3o_de_ves%C3%ADculas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinapse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protease
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acetilcolina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_dissulfeto
 
46 
 
específicos, o profissional irá enfraquecer apenas os músculos produtores de rugas, 
preservando suas expressões faciais. 
Na primeira etapa da técnica de injeção da toxina botulínica o especialista 
pedirá ao paciente para contrair os músculos faciais para acentuar as rugas. Então 
vai fazer umas marcas na pele para indicar onde estão as rugas mais profundas. 
Quando os músculos faciais estão relaxados, as marcas indicam onde deve fazer as 
injeções da toxina para remover as rugas. 
 A área que será injetada se limpa com uma solução antisséptica, geralmente 
betadine ou qualquer outro medicamento similar. Isso libera a área dos contaminantes 
que podem estar presentes. Após é colocado um papel estéril ao redor da área na 
qual é injetado o botox para proteger ainda mais a área da contaminação. 
As aplicações de toxina botulínica são geralmente administradas com uma 
agulha de meia polegada e uma seringa tuberculina de calibre 30. A toxina geralmente 
vem embalado em um recipiente de 100cc. 
Agulha descartável 30g 1/2" 0,3x13 
 
Fonte: fibracirurgica.com.br Fonte: laborimportshop.com.br 
 
 
47 
 
 
Fonte: clinicahumaire.com.br 
 
 
Fonte: clinicahumaire.com.brO especialista elabora cada uma das aplicações de toxina botulínica que vai 
realizar na seringa (cerca de 30 unidades). Em seguida introduz aproximadamente 5 
unidades de Botox em cada lugar do músculo ao longo da ruga. Serão feitas as 
injeções em intervalos de 1 cm ao longo da linha da ruga. 
 Uma seringa nova é usada após cada cinco injeções. Para rugas severas, as 
injeções podem ser acima ou abaixo da ruga em intervalos escalonados. Não são 
utilizados anestésicos para as injeções da toxina, o que pode ser um pouco 
desconfortável para os pacientes. 
 
 Recuperação e considerações especiais 
Você pode retomar as atividades normais imediatamente. Importante: não 
esfregue ou massageie as áreas tratadas, pois pode causar a migração da toxina 
botulínica para outra área do seu rosto. Se isto acontecer, pode ocorrer fraqueza facial 
temporária ou ptose. 
Apesar de ser segura, alguns efeitos colaterais e complicações podem ocorrer. 
 
48 
 
Efeitos colaterais e complicações 
 Hematomas e dor no local da 
injeção. 
 Muito raramente, a toxina pode se 
espalhar para além da área de 
tratamento, podendo causar sinais e 
sintomas de botulismo tais como: 
 Vermelhidão  Problemas respiratórios 
 Dor de cabeça  Dificuldade de deglutição 
 
 Náuseas  Fraqueza muscular 
 
 Fraqueza temporária facial ou 
ptose (queda da pálpebra 
superior em direção a pupila, por 
exemplo) 
 Fala arrastada 
7.6 PEIM – Procedimentos Estéticos Injetáveis para Microvasos 
Popularmente chamado de “aplicação de vasinhos” ou “seca vasinhos” esta 
técnica utiliza de uma substância, a base de glicose, no qual uma agulha bem fina é 
introduzida nesses micros vasos. 
Esse problema atinge cerca de 90% da população brasileira. Os microvasos ou 
microvarizes, chamados de Telangiectasia, são vasos muito finos, de cores 
avermelhadas ou arroxeadas, visíveis na superfície da pele. 
Quanto mais clara a derma mais evidente os microvasos, devido a quantidade 
menor de melanina. Em peles mais morenas, por exemplo, só é possível observar 
quando a quantidade é exuberante. 
O surgimento das telangiectasias pode estar associado a um refluxo de sangue 
que ocorre em veias mais profundas, isso pode ser causado por algum problema nas 
válvulas que tem a função de direcionar o sangue no sentido correto. 
Existem também outros fatores que influenciam no aparecimento dos vasinhos, 
entre eles estão: 
 Genética 
 Gestações 
 
49 
 
 Posição (ficar em pé ou sentado durante muito tempo) 
 Obesidade e sedentarismo 
 Uso de anticoncepcionais, que em conjunto ou isoladamente, dificultam 
a circulação sanguínea nas pernas, levando a formação das 
telangiectasias na superfície. 
 As telangiectasias são videnciadas nos membros inferior – pernas e coxas – 
podendo aparecer, ainda, na face, colo, nádegas e tronco. 
 
 Procedimento 
 
 
Fonte: youtube.com 
 
Utiliza-se uma agulha de calibre 13x30 menor para injetar a solução 
utilizada (a mais usada é a glicose hipertônica), que contrai e fecha o vaso, 
levando à sua destruição: assim o sangue não pode mais penetrar, por isso ele não 
volta a aparecer. Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores, 
ele é diluído pelo sangue e perde a concentração e, portanto, o efeito. 
Devido às aplicações da agulha, o procedimento pode ser um pouco 
incômodo e cada sessão leva em média 60 minutos, dependendo do caso. O 
paciente pode voltar às suas atividades normais após o procedimento, evitando 
atividades físicas por pelo menos 24 horas. O paciente deve seguir as 
 
50 
 
orientações pós procedimento dadas pelo profissional para melhor eficácia do 
tratamento. 
O número de sessões varia, normalmente é necessário no mínimo 2 a 4 
sessões, com intervalo de 7 a 15 dias entre elas. 
 
 Cuidados após o procedimento 
- Evitar exercícios físicos intensos por 24h. 
- Não depilar ou utilizar cremes na região tratada por 24h. 
- Evitar a exposição ao sol por 15 dias ou até que desapareçam todas as -
marquinhas resultantes da aplicação. 
-É opcional o uso de meia com compressão elástica durante o dia por alguns dias 
após realizado o procedimento. 
 
 Contraindicações 
- Diabetes descompensada; 
- Patologia vascular periférica; 
- Arteriopatias isquêmicas; 
- Insuficiência cardíaca e/ou renal; 
- Hepatopatias; 
- Estados infecciosos; 
- Gestação; 
- Antecedentes de trombose venosa profunda; 
- Patologia oncológica ativa. 
 
51 
 
7.7 Hidrolipoclasia 
 
Fonte: emagrezze.blogspot.com 
 
A Hidrolipo, mais conhecida como Hidrolipoclasia não Aspirativa ou 
Hidrolipoclasia Ultrassônica é um procedimento minimamente invasivo que visa 
reduzir medidas e acabar com a gordura localizada através da quebra de tecido 
adiposo a partir da aplicação de uma solução hipotônica diretamente na gordura 
localizada seguida da ação de ultrassom focalizado e drenagem para a eliminação da 
gordura. 
Não se trata de um procedimento invasivo como a Lipoaspiração, Hidrolipo 
Aspirativa ou Lipoaspiração Tumecente, mais conhecidas como Lipo Light. 
 Procedimento 
A Hidrolipoclasia é realizada primeiramente através da aplicação de uma 
solução hipotônica (soro e outras combinações) nas células de gordura diretamente 
na região em que se deseja tratar. 
Posteriormente são realizadas sessões de ultrassom focalizado de alta 
potência para quebrar as células adiposas e drenar a gordura. O procedimento é 
considerado orgânico, pois a gordura e a solução injetada são eliminadas 
naturalmente pelo corpo, dispensando a invasão das cânulas aspirativas, minimizando 
assim qualquer tipo de risco. 
As ondas de ultrassom utilizadas, após a aplicação, penetram de 3 a 4 cm de 
profundidade, provocando o extravase das células de gordura de forma muito mais 
 
52 
 
eficiente, pois com o espaço entre as células preenchido por líquido e até mesmo o 
inchaço das células adiposas com a presença do líquido hipotônico, a estimulação do 
ultrassom é super potencializada e os resultados são muito superiores comparados 
aos resultados obtidos apenas com o aparelho de ultrassom. 
 
 Pós-Aplicação 
A Hidrolipoclasia não-aspirativa é um procedimento relativamente indolor (já 
que são aplicados anestésicos tópicos no local e também em sua composição), porém 
de acordo com a sensibilidade da pele e a região onde for aplicada, pode ocorrer dor 
e edemas na região após as aplicações. 
Após a aplicação é possível ocorrer um inchaço natural devido a quantidade de 
líquido injetado, sendo eliminado através do Ultrassom e também de Drenagem 
Linfática e outros procedimentos como o Dome Invel® Corporal (máquina de 
tecnologia japonesa com infravermelho longo) que podem ser acrescentados para a 
eliminação mais rápida dos líquidos no organismo. 
Por se tratar de um tratamento minimamente invasivo não é necessário período 
de recuperação nem o uso de bandagens como em outros procedimentos invasivos. 
7.8 Fios de sustentação 
 
 
53 
 
O envelhecimento é um processo contínuo. À medida que envelhecemos, 
nossa estrutura de suporte facial enfraquece, e perdemos gordura facial levando ao 
rosto mais antigo. 
As áreas, que são afetadas, geralmente incluem as bochechas, as 
sobrancelhas e as outras áreas ao redor dos olhos, as mandíbulas e o pescoço. Isso 
ocorre porque o envelhecimento provoca o desbaste do tecido conjuntivo na pele. As 
fibras elásticas na pele sofrem decomposição. Devido à perda de elasticidade facial, 
isso leva à partida de certos suportes de moldagem facial. O rosto começa a cair e a 
enrugar. 
Para estes tipos de ruptura facial, fio de sustentação pode ser uma boa 
alternativa em comparação com procedimentos mais invasivos feitos para corrigir 
problemas nos rostos das pessoas com mais idade. Os fios de sustentação surgiram 
recentemente e muitas pessoas gostariam de um remate facial, porque é um 
procedimento simples, econômico e menos demorado. 
 
 Tempo

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