Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
História do Brasil República II A democracia na Nova República Julho Zamariam • Unidade de Ensino: 4 • Competência da Unidade: Domínio dos conceitos e conteúdos básicos para o ensino e aprendizagem da história do Brasil República II. • Resumo: Nessa teleaula trabalharemos com a redemocratização, os tempos da hiperinflação, os governos Collor, Itamar, FHC Lula, Dilma e o panorama político do Brasil Contemporâneo. • Palavras-chave: democracia – planos econômicos– coalisão de governo. • Título da Teleaula: A democracia na Nova República • Teleaula nº: 4 Contextualização da Teleaula • O processo de redemocratização no governo Sarney; • Da desilusão do período Collor a esperança do Plano Real; • Governos Lula, Dilma e o Brasil pós- impeachment. O processo de redemocratização O governo Sarney Governo Sarney • Constituição “cidadã” de 1988; • 1985: eleições diretas – voto para analfabetos e legalização dos partidos políticos; • Hiperinflação e o Plano Cruzado; Disponível em: <http://br.melinterest.com/?r=site/s earch&seller_id=161732999&seller_ nickname=RIGUE%20COLE%C3%87 %C3%95ES> Acesso em: 13/06/2018 Fim do Governo Sarney • Inflação galopantes; • Desemprego; • Falta de investimentos; • Sucateamento do Estado; • Moratória. 1 2 3 4 5 6 “O governo Sarney gozava de outra vantagem gerada pela atmosfera política. Havia o consenso, do qual nem a extrema esquerda nem a extrema direita discordavam, de que o Brasil precisava continuar sua transição para a democracia. Aliás, todos os setores sociais estavam interessados em como fazer suas reivindicações através do processo democrático.” SKIDMORE, Thomas. BRASIL: DE CASTELO A TANCREDO 1964 – 1985. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988, p. 502. O processo de redemocratização Eleições de 1989 Eleições de 1989 Disponível em: <https://www.pragmatismopoliti co.com.br/2012/03/revista-veja- e-condenada-a-pagar-r-500-mil- a-fernando-collor.html> Acesso em: 13/06/2018 Luta de estereótipos Lula: • Raízes no socialismo assustavam; • Origem humilde pautada no sindicalismo; • Proposta de governo um pouco “radical” demais. Luta de estereótipos Collor: • Surpresa. Marketing de campanha; • Caçador de Marajás; • Falta de lastro político. O governo Collor Austeridade econômica e corrupção 7 8 9 10 11 12 Governo Collor • Confisco da popança e dos investimentos; • Recessão extrema! • Críticas intensas; • Denúncias de corrupção (PC Farias); • Movimento dos Caras Pintadas: Impeachment. “O descontentamento popular e mesmo de diversas frações burguesas manifestou-se vigorosamente já a partir de 1991, levando o governo a um processo progressivo de deslegitimação e de perda de direção política. O esgotamento do “tempo messiânico” (Oliveira, 1992), obrigou o governo à inglória tarefa de buscar apoio entre as forças políticas, abrindo ainda mais o balcão de negociações fisiológicas com diversos partidos [...]” MACIEL, David. O Governo Collor E O Neoliberalismo No Brasil. Revista UFG / Dezembro 2011 / Ano XIII nº 11, p. 104 Disponível em: <https://www.google.com.br/search? q=Itamar+Franco+Fusc&rlz=1C1CHZL_ pt- BRBR760BR760&source=lnms&tbm=is ch&sa=X&ved=0ahUKEwjLvOqo9NHbA hVDkpAKHSK9C2oQ_AUICigB&biw=13 66&bih=637#imgrc=OBVYanZDgyeUG M:> Acesso em: 13/06/2018 A Década Perdida Apresentando a SP Foram os anos 1980 “uma década perdida”? Como responder a esse breve questionamento sem reproduzir simplismos e reiterar interpretações maniqueístas? Como sintetizar didaticamente um balanço dos processos de que estamos tratando? Problematizando a SP A expressão “década perdida” teria sido criada pelos economistas e derivaria do baixo crescimento econômico do país na época. As crises econômicas, os problemas fruto da crescente desigualdade social e a descoberta do vírus (HIV) contribuíram para a construção no imaginário social de que se tratava de uma década de sucessivas decepções 13 14 15 16 17 18 Resolvendo a SP Apesar de todos os problemas, foi justamente nos anos 1980 que se consolidou a transição para o regime democrático, com a normalização das instituições e a revitalização da política, e, sobretudo, o desenvolvimento da sociedade civil. Fernando Henrique Cardoso A virada econômica Fernando Henrique Cardoso • Liberalismo econômico; • Privatizações – estado mínimo; • Achatamento do funcionalismo público; • Prestígio internacional; Consolidação da Democracia; Fernando Henrique Cardoso • Estabilidade econômica: Plano Real; • Assistencialismo: Bolsa Família; • Recessão da economia. “[...] o impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello e a possibilidade da vitória de Lula nas eleições presidenciais de 1994 levaram a um realinhamento do establishment, em suas dimensões política, social e econômica. Os principais caciques regionais e os partidos ou frações partidárias que comandavam importantes setores empresariais e a maioria dos meios de comunicação de massas não estavam dispostos a ter de engolir o "sapo barbudo" nem um novo aventureiro solitário à direita... 19 20 21 22 23 24 ABRUCIO, Fernando Luiz. A coordenação federativa no Brasil: a experiência do período FHC e os desafios do governo Lula. Rev. Sociol. Polit., Curitiba , n. 24, p. 41-67, jun. 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?s cript=sci_arttext&pid=S0104- 44782005000100005&lng=pt&nrm =iso>. acessos em 12 dez. 2019. “Havia, então, os primeiros sinais do fortalecimento do governo federal, creditado à atuação de Fernando Henrique Cardoso, que, aliás, pouco a pouco se transformava informalmente em "Primeiro-Ministro" do Presidente Itamar Franco. Com esse cacife e sua virtude na montagem da coligação eleitoral, Fernando Henrique Cardoso conseguiu formar uma grande aliança, que se reforçou com o sucesso do Real.” Luiz Inácio Lula da Silva A esperança venceu o medo? Luiz Inácio Lula da Silva • Estabilidade e crescimento econômico; • Assistencialismo amplo e questionado; • Estado inchado; • Escândalos de corrupção, blindagem do presidente; • Brasil potência? (Copa do Mundo e Olimpíadas). Disponível em: https://jornalggn.com.br/justic a/estou-cansado-de-mentiras- diz-lula-detalhando-escolha- do-rio-para-olimpiadas-2016/ Acesso em: 12/12/19 MACHADO, Eliel. Governo Lula, neoliberalismo e lutas sociais. Lutas Sociais, PUC/SP, n. 21 e 22, 2009, p. 24 “O governo Lula tem-se destacado por capitanear amplo apoio popular, principalmente entre os pobres mais pobres, por meio dos chamados programas sociais, como o Bolsa Família, sem, contudo, criar indisposições políticas com as frações hegemônicas. Talvez isso ocorra exatamente porque não se tem traduzido em mobilização político-partidária das camadas populares, como ocorreu durante o governo João Goulart (1961- 1964) e que resultou em golpe de Estado. Além disso, não tem representado perigo à dominação burguesa, pois não executa a máxima robinhoodiana de tirar dos ricos para dar aos pobres.” Dilma Rousseff Golpe ou rearranjo político 25 26 27 28 29 30 Dilma Rousseff • PAC (programa de aceleração do crescimento); • Fies, Pronatec, Prouni, Ciência sem Fronteiras; • Ampliação dos programas sociais; • Crise Econômica; • Perda das bases do governo (PMDB, Grandes Empresários, Setor Industrial); • Impeachment e a polêmica: foi ou não um golpe? Disponível em: https://jornalggn.com.br/justica/um- ano-apos-impeachment-dilma-e- inocentada-no-caso-pasadena/ Acesso em: 12/12/19 “Em um momento de ampliação de conflitos sociais e políticos, e em uma fase de desaceleração do ciclo econômico, o governo preferiu realizar políticas que, teoricamente, apaziguariam a insatisfação empresarial, ainda que prejudicassem seus próprios aliados na base. O resultado foi o oposto do esperado: além de aprofundar a recessão e o afastamento empresarial, a virada na política econômica alienou parte da população para quem era verossímil a acusação de “estelionato eleitoral” (ou mesmo “traição”) feita pelos grandes meios de comunicação e pela oposição partidária.” BASTOS, Pedro Paulo Zahluth. Ascensãoe crise do governo Dilma Rousseff e o golpe de 2016: poder estrutural, contradição e ideologia. Revista de Economia Contemporânea., núm. esp., 2017: elocation - e172129, p. 4 Impeachment Apresentando a SP Em 7 de junho de 2016, 40 historiadores profissionais, entre professores titulares das mais diversas universidades de todo o país e jovens historiadores, viajaram por conta própria à Brasília onde foram levar solidariedade e um vídeo manifestado à Dilma Rousseff, presidente afastada por um processo de impeachment desde 12 de maio de 2016. Eles faziam parte do movimento “Historiadores pela Democracia”, Problematizando a SP É papel do historiador, a partir de sua formação metodológica e do seu fazer científico, produzir narrativas sobre um presente em curso, ou um passado do qual ele mesmo não pode se distanciar como cidadão e participante do seu tempo? 31 32 33 34 35 36 Resolvendo a SP O exemplo que abriu a nossa seção é da mobilização de historiadores brasileiros em apoio à presidente Dilma Rousseff. Mais do que a expressão de uma participação política da categoria, ele demonstra a resposta de um grupo de intelectuais a uma demanda social que então se colocava: qual o significado para a democracia e para a história política recente do impeachment de Dilma? Quais são os limites entre os questionamentos ideológicos e a estabilidade democrática? Recapitulando • Transição democrática: Sarney, crise econômica e avanço político; • Collor, populismo e Impeachment; • Brasil nos governos do PT. 37 38 39
Compartilhar