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Aula 2 Deficiência Física

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AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFICIÊNCIA FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Fernanda Sprada 
 
 
 
 2 
BREVE INTRODUÇÃO SOBRE A INCLUSÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS NAS 
ESCOLAS: EDUCAÇÃO INFANTIL A EDUCAÇÃO SUPERIOR 
O processo de inclusão escolar de alunos com deficiência em escolas 
regulares deve ser realizado com muita atenção e cuidado, a fim de garantir um 
ambiente seguro e estimulante para todos os envolvidos. É necessário que as 
instituições de ensino sejam organizadas para atender às necessidades 
específicas de cada aluno, para que os profissionais da área de educação e saúde 
estejam preparados para oferecer o apoio necessário. Uma vez que essas 
medidas forem tomadas, a inclusão escolar dos alunos com deficiência terá mais 
chances de ser bem-sucedida, possibilitando a todos os envolvidos uma 
experiência educacional significativa e de sucesso. 
Por isso, é importante que os profissionais que atuam na Educação Infantil 
tenham conhecimentos científicos sobre desenvolvimento humano. A partir disso, 
serão capazes de oferecer um cuidado adequado às necessidades 
individualizadas de cada criança, respeitando a sua diversidade cultural. Além 
disso, também deverão promover a interação social entre as crianças e criar um 
ambiente acolhedor e estimulante para que elas possam desenvolver as suas 
habilidades e competências. 
TEMA 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL, PRÁTICA DE CUIDAR E INCLUSÃO DA 
CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA 
O cuidar e o educar são duas faces da mesma moeda na Educação Infantil. 
A prática de cuidar não se limita aos cuidados físicos, pois também abrange a 
parte emocional e afetiva da criança. O cuidar envolve estar presente para atender 
às necessidades das crianças, e também ajudá-las a compreender as ações que 
fazem, ensinando-lhes a tomar decisões conscientes e responsáveis. 
Amorim (2005) define que cabe ao educador realizar essa integração, para 
que seja possível proporcionar um ambiente capaz de priorizar a valorização da 
individualidade da criança. 
A partir dessas informações, nota-se que o ambiente e os momentos de 
cuidado devem ser planejados de maneira a oferecer oportunidades de 
autonomia, com o desenvolvimento de habilidades de vida e de aprendizagem. 
Além disso, os cuidados devem ser oferecidos de forma relacional e acessível, 
proporcionando aos alunos conhecimentos variados. Assim, a educação infantil 
 
 
 3 
pode ser vista como uma importante ferramenta para o desenvolvimento de 
habilidades fundamentais para o crescimento e a realização pessoal. 
É evidente que o cuidado com um aluno com deficiência física exige 
conhecimento e sensibilidade ainda maiores do que os necessários para cuidar 
de todos os alunos. É necessário conhecer a rotina da criança, as suas 
necessidades específicas, e como elas podem ser atendidas. Além disso, é 
importante ter em mente que cada aluno é único e apresenta os seus próprios 
desafios. É fundamental entender que o respeito, a compreensão e o amor são 
fundamentais para o desenvolvimento e a aprendizado desses alunos. 
Amorim (2005) aborda a preocupação com o bem-estar das crianças com 
deficiência física, bem como a responsabilidade que o professor tem em relação 
a elas. Destaca a necessidade de conhecimentos específicos sobre a melhor 
forma de lidar com essas crianças e de ajudá-las de maneira adequada, evitando 
agravamentos do quadro motor. Portanto, fica claro que é necessário que os 
professores recebam formação específica para lidar com alunos com deficiência 
física, para garantir um ambiente seguro e confortável para eles. 
Nesse sentido, é importante que as escolas estejam preparadas para 
desenvolver ações de inclusão de alunos com deficiência física, promovendo a 
formação específica dos professores com relação às necessidades educacionais 
específicas desses alunos. A formação deveria incluir conteúdos relacionados 
com identificação, prevenção e gestão de possíveis problemas de saúde, 
considerando ainda condições necessárias para que os alunos consigam 
participar das atividades escolares sem depender de ajuda externa. 
Além disso, essa formação também deveria abordar a importância da 
acessibilidade no espaço escolar, promovendo a inclusão dos alunos com 
deficiência física na vida escolar. Dessa forma, os professores estariam 
preparados para lidar com qualquer problema que venha a surgir em sala de aula, 
contribuindo para o sucesso dos programas de inclusão e para o bem-estar dos 
alunos. 
Abramowicz, Rocha e Cunha (2002) afirmam que é necessário uma 
reorganização escolar para que os professores possam atender às necessidades 
específicas desses alunos. Também é importante que a escola contrate 
profissionais especializados para auxiliar na inclusão. É preciso ainda oferecer 
recursos e materiais adequados para que os alunos possam desenvolver o seu 
potencial de aprendizagem, além do desenvolvimento de programas específicos 
 
 
 4 
para a inclusão. Com isso, é possível garantir a inclusão de crianças com 
deficiência na Educação Infantil. 
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (Brasil, 1998, v.1, 
p. 68), indica o trabalho com grupos de estudo, por meio dos quais os professores 
têm a oportunidade de estudar, discutir e socializar conhecimentos sobre o tema 
da inclusão, o que contribui para que desenvolvam maior sensibilidade para a 
compreensão das necessidades educativas de cada aluno, considerando ainda a 
formação de uma cultura inclusiva na escola. 
Um dos métodos que pode ser aplicado é o espaço de escuta, que visa 
oferecer um ambiente acolhedor, onde os professores podem trocar experiências 
e encontrar apoio para lidar com as suas dificuldades no trabalho com alunos com 
deficiência. Já os grupos de estudo contribuem para que os professores adquiram 
conhecimentos teóricos, para que desenvolvam maior sensibilidade para a 
compreensão das necessidades educativas de cada aluno e para a formação de 
uma cultura inclusiva na escola. 
A Portaria n. 1793/94 incentiva a realização de cursos de pós-graduação e 
especialização em educação especial, além de disciplinas de formação de 
professores que tratam de questões relacionadas às pessoas com deficiência. A 
portaria também recomenda a realização de estudos de campo que possam 
contribuir para a promoção da inclusão dessas pessoas na sociedade. Por fim, a 
instituiu um programa de formação de professores para a educação especial, 
visando estimular a formação de professores que possam atuar na educação de 
pessoas com deficiência. 
Portanto, é imprescindível que os professores tenham conhecimento sobre 
deficiência, para que possam desenvolver habilidades que os ajudem a auxiliar os 
alunos com deficiência a desenvolver o seu potencial. Nesse sentido, a formação 
dos professores deve incluir conteúdos relacionados à deficiência, de forma a 
capacitar os educadores para lidar com essas situações. Além disso, é importante 
que os professores tenham acesso a informações médicas sobre as deficiências, 
para que possam compreender melhor os alunos e ajudá-los a desenvolver o seu 
potencial. 
É importante que o professor esteja familiarizado com técnicas e 
tecnologias que possam facilitar o acesso desse aluno às informações, abarcando 
ainda os procedimentos de solicitação de recursos educacionais especiais e 
acompanhamento médico. Além disso, é necessário que o professor saiba 
 
 
 5 
discriminar e identificar os problemas de aprendizagem que essa condição pode 
gerar, para que possa aplicar as estratégias mais adequadas para auxiliar esse 
aluno ao longo do processo ensino-aprendizagem. 
Segundo Silva, Castro e Branco (2006), o docente pode se empenhar em 
desenvolver estratégias de ensino para a inclusão do aluno deficiente físico e do 
seu desenvolvimento, sugerindo metodologias ativas que permitam ao aluno 
participar de forma efetiva das aulas. Essa propostapode ser concretizada por 
meio de diferentes recursos, como adaptações de material didático, ambiente 
escolar, organização do espaço e tarefas, além de interação direta com o aluno, 
para que ele se sinta acolhido e para que possa compreender os conteúdos 
ensinados. 
Martín et al. (2004) comentam que, para garantir o bem-estar e o 
desenvolvimento adequado de alunos com necessidades especiais, é importante 
que os profissionais da educação busquem alternativas para que todos os alunos 
tenham um ambiente favorável de aprendizado. Os equipamentos especiais para 
posicionamento, como cadeiras acolchoadas, almofadas laterais e colchonetes, 
são fundamentais para que esses alunos possam se sentir confortáveis e parte 
do grupo. Além disso, é importante que os profissionais da educação busquem 
recursos para que todos os alunos participem das atividades, como cadeiras de 
rodas, andadores e cadeiras especiais. 
Todas essas medidas contribuem para o desenvolvimento de alunos com 
necessidades especiais, pois criam um ambiente acolhedor e favorável à 
socialização. Esses equipamentos também facilitam que esses alunos participem 
de atividades de forma igualitária com os demais alunos, o que é essencial para 
o desenvolvimento das crianças na faixa etária da Educação Infantil. 
Naujorks e Barasuol (2004) destacam que o professor precisa desenvolver 
um papel de cuidado para além dos aspectos pedagógicos, o que pode levar a 
uma sobrecarga emocional e física, causando burnout. Esse quadro sintomático 
interfere na relação entre o docente e o aluno, pois exige contato corporal e 
atenção constante, além de um esforço maior na preparação de aulas. O burnout, 
portanto, é uma consequência da sobrecarga que o professor enfrenta ao 
trabalhar com alunos com deficiência, podendo ter efeitos negativos sobre o 
processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. 
Portanto, analisando todas as nuances desse cenário de inclusão, é 
necessário garantir maior articulação entre os profissionais das diferentes áreas, 
 
 
 6 
como educação, saúde e assistência social, para que seja possível compreender 
e atender as necessidades específicas das crianças com deficiência, de forma 
que possam ter melhores condições de vida e de desenvolvimento. Por fim, 
destaque para a necessidade de buscar novas metodologias de trabalho, para 
alcançar igualdade de oportunidades para todos os alunos da escola, 
independentemente de suas características e deficiências. 
TEMA 2 – INCLUSÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL 
A evasão escolar de pessoas com deficiência é um indicador assustador. 
Para reverter essa situação, é importante que a sociedade busque educar as 
pessoas sobre a realidade das dificuldades escolares, pois muitas vezes a falta 
de sucesso escolar é consequência de fatores externos, como condições 
socioeconômicas precárias e problemas de saúde. Ou seja, não se deve 
meramente à incompetência dos alunos. Além disso, a criação de políticas 
educacionais com foco na inclusão social e na equidade é fundamental para 
garantir o direito à educação para todas as crianças, independentemente de sua 
condição socioeconômica ou de sua deficiência. 
A adoção de medidas como implementação de programas de formação de 
professores, melhorias nas infraestruturas escolares e aumento do investimento 
em educação também ajuda a garantir que as crianças tenham acesso à 
educação de qualidade de que necessitam. 
Para tanto, é necessário que as escolas promovam o respeito à diversidade 
e à individualidade, pois isso viabiliza trocas intelectuais, sociais e culturais 
saudáveis entre os sujeitos. É importante que sejam criados programas para o 
tratamento de deficiências, para que todas as pessoas se sintam encorajadas a 
desenvolver as suas potencialidades ao máximo. Além disso, os professores 
devem ser treinados para trabalhar com essas situações, pois o seu papel é 
fundamental para promover o aprendizado e o desenvolvimento de cada aluno. 
Portanto, a fim de garantir o melhor processo de ensino especializado, é 
necessário uma transformação profunda nas estruturas escolares. Tal 
transformação deverá incluir o desenvolvimento de novos métodos de ensino, 
capazes de atender às necessidades educacionais específicas dos alunos com 
deficiência. É necessário ainda repensar a formação dos professores, para que 
possam lidar com as características e peculiaridades desses alunos. Além disso, 
é preciso desenvolver programas de educação inclusiva capazes de promover a 
 
 
 7 
integração dos alunos em salas de aula regulares, de forma a permitir o acesso a 
um ensino especializado. 
Em contrapartida, o conceito de inclusão escolar se propõe a superar a 
segregação e a exclusão, pois inclusão implica a participação de todos os alunos 
na escola regular e nas atividades educativas, independentemente de sua 
deficiência, raça, sexo, etnia etc. A inclusão escolar não é simplesmente um 
processo de integração de alunos com deficiência na escola regular, mas sim um 
processo de transformação da escola em um lugar seguro e acolhedor para todos, 
onde todos os alunos são vistos como iguais, independentemente de suas 
diferenças. 
Portanto, é possível concluir que a inclusão escolar é muito mais do que a 
integração de alunos com deficiência na escola regular. A inclusão é um processo 
de transformação da escola em um lugar seguro e acolhedor para todos, onde 
todos os alunos são vistos como iguais, independentemente de suas diferenças. 
A inclusão visa superar a segregação e a exclusão, promovendo a participação 
de todos os alunos na escola regular e nas atividades educativas. 
TEMA 3 – INCLUSÃO E ESCOLAS REGULARES 
O art. 59 da Lei n. 9.394 (Brasil, 1996) estabelece que a educação especial 
deverá ser oferecida às pessoas com deficiência, para garantir a sua inclusão na 
sociedade, através de programas especiais, tais como: 
• Programas de Educação Inclusiva 
• Programas para Minimizar as Disfunções Cognitivas e Motores 
• Programas de Educação para a Saúde 
• Programas de Educação para Trabalho 
• Programas de Educação para o Desenvolvimento Pessoal 
• Programas de Educação para o Exercício Pleno da Cidadania 
Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação também estabelece 
que instituições de ensino devem oferecer programas de atividades lúdicas e 
recreativas, com o objetivo de promover o desenvolvimento integral do aluno com 
deficiência. Essas atividades devem ser adaptadas ao perfil de cada aluno, para 
que ele possa desenvolver habilidades, aprimorar as suas capacidades e ter o seu 
autoconhecimento estimulado. Também deve ter acesso a programas de 
orientação profissional, para que possa planejar o seu futuro. 
 
 
 8 
 Portanto, os art. 58 e 59 da referida lei regulamentam que é um direito de 
todos os deficientes o acesso à escola regular: 
Art. 58, §1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio 
especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da 
clientela de educação especial. §2º. O atendimento educacional será 
feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em 
função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua 
integração nas classes comuns de ensino regular. 
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com 
deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades 
ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I. 
currículos, métodos, técnicas educativas e organização específica, para 
atender às suas necessidades; II. terminalidade específica para aqueles 
que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino 
fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir 
em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III. 
professores com especialização adequada em nível médio ou superior, 
para atendimento especializado, bem como professores de ensino 
regularcapacitados para a integração desses educandos nas classe 
comuns; IV. educação especial para o trabalho, visando a sua integração 
na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não 
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante 
articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que 
apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou 
psicomotora; V. acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais 
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
(Brasil, 1996) 
No que se refere à estrutura física, devem ser criadas barreiras físicas para 
garantir o acesso aos alunos com deficiência, o que inclui rampas, corrimãos, 
elevadores e elevadores panorâmicos. Esses dispositivos devem ser projetados 
para proporcionar o máximo de segurança e conforto para os usuários. Além 
disso, as portas precisam ser largas e planas, para permitir a entrada de cadeiras 
de rodas. Os espaços devem também ser adequados para acomodar alunos com 
deficiência visual, com sinais de orientação e dispositivos de auxílio. 
Os recursos pedagógicos também devem ser adaptados para atender às 
necessidades específicas dos alunos com deficiência. A tecnologia pode ajudar a 
tornar a educação mais acessível, por meio de softwares de reconhecimento de 
voz, ferramentas de síntese de voz, software de ampliação de texto etc. Também 
é importante fornecer material didático acessível, como livros de texto em formato 
digital, áudio e vídeo. Além disso, os professores devem estar preparados para 
lidar com alunos com deficiência, oferecendo um ambiente de aprendizagem 
inclusiva e adaptada às suas necessidades. 
Schirmer et al. (2007) estabelecem que, para além da legislação, também 
é necessário contar com o uso de materiais e tecnologias inovadoras para tornar 
os prédios escolares acessíveis. Tais tecnologias devem ser planejadas e 
 
 
 9 
implementadas com o objetivo de facilitar o acesso de alunos com deficiência aos 
ambientes escolares e seus serviços. É importante também garantir o uso de 
materiais e equipamentos que ofereçam segurança e conforto ao aluno com 
deficiência. 
Portanto, para garantir inclusão de qualidade na escola, é necessário não 
apenas adequar os prédios escolares à legislação, mas também utilizar materiais 
e tecnologias inovadoras, com vistas a facilitar o acesso de alunos com deficiência 
aos ambientes escolares e seus serviços. 
É essencial que o professor saiba identificar e aplicar as adaptações 
necessárias para o aluno com deficiência física, para que possa ter acesso a todas 
as atividades desenvolvidas em sala de aula, garantindo desse modo um ensino 
de qualidade, para que as atividades sejam realizadas de maneira satisfatória. 
De acordo com Paula e Costa (2007), as escolas inclusivas também devem 
contar com uma equipe multidisciplinar para ajudar os alunos com deficiência, e 
também oferecer recursos e materiais adequados para que possam acompanhar 
as aulas. 
O ambiente escolar deve ser seguro e estimulante para que os alunos se 
sintam à vontade para expressar as suas ideias e compartilhar o seu 
conhecimento. É preciso oferecer espaços de convívio entre os alunos, com 
ampla troca de experiências e o desenvolvimento de habilidades sociais. 
A escola também deve oferecer equipamentos adequados para aulas 
práticas, bem como suporte técnico e profissional para a realização de trabalhos 
e pesquisas. A infraestrutura deve permitir que os alunos desenvolvam as suas 
habilidades e aprendam de forma eficaz. Além disso, é importante que a escola 
ofereça instalações adequadas para a prática de esportes e lazer, com 
equipamentos modernos e atualizados. 
A escola deve também ter um sistema de segurança para garantir a 
segurança dos alunos e funcionários. Por fim, a escola precisa oferecer um 
ambiente saudável, limpo e agradável, para que os alunos se sintam à vontade 
para desenvolver suas habilidades e interesses. 
TEMA 4 – EXCLUSÃO NAS ESCOLAS E NA SOCIEDADE 
A exclusão social de pessoas com deficiência vem se manifestando de 
diversas formas, por meio da limitação de acesso a serviços essenciais, da falta 
de estrutura para a realização de tratamentos e procedimentos médicos, além de 
 
 
 10 
ausência de acessibilidade, discriminação, bullying e até mesmo violência. Tudo 
isso gera sérios impactos na qualidade de vida dessas pessoas, afetando 
diretamente o seu desenvolvimento, a sua autoestima, o seu empoderamento e 
as oportunidades de inclusão. 
É extremamente importante tomar medidas para enfrentar essa situação. É 
necessário promover a conscientização das pessoas para erradicar o preconceito, 
a discriminação e a violência. É preciso também investir na construção de espaços 
acessíveis e na promoção de programas educativos e de saúde, para garantir os 
direitos desse grupo. É importante também incentivar a inclusão de pessoas com 
deficiência no mercado de trabalho e a participação ativa na vida social. 
Somente com essas ações é possível reduzir o índice de exclusão social e 
assegurar o direito das pessoas com deficiência às oportunidades oferecidas pela 
sociedade. 
A falta de investimento em recursos humanos, materiais e tecnológicos é o 
principal fator responsável pela dificuldade na implementação da inclusão escolar. 
A falta de profissionais qualificados para atuar na área, a falta de materiais 
pedagógicos específicos para o ensino de alunos com necessidades especiais, a 
falta de acompanhamentos especializados e o alto custo de implementação de 
tecnologias educacionais são fatores que contribuem para a dificuldade na 
implementação da inclusão escolar. Além disso, a falta de conscientização da 
sociedade sobre a importância da inclusão escolar também contribui para a 
dificuldade de implementação e a inclusão de alunos deficientes em todos os 
ciclos da educação. 
O ambiente de aprendizagem deve ser adequado às necessidades 
educativas especiais dos alunos. Os espaços devem ser acessíveis, seguros e 
confortáveis, para que os alunos possam desenvolver as suas habilidades e 
conhecimentos. É importante que os professores ofereçam suporte, estimulem a 
participação dos alunos e promovam a colaboração entre os membros da sala de 
aula. 
A integração professor-aluno é fundamental para o sucesso dos alunos 
com necessidades educativas especiais. É importante que os professores 
desenvolvam relacionamentos positivos com cada aluno, oferecendo o apoio 
necessário para o desenvolvimento de seus alunos. O professor deve ter em 
mente o potencial de seus alunos e encorajá-los a desenvolver as suas 
habilidades e os seus conhecimentos. 
 
 
 11 
A interação aluno-aluno também é essencial para o sucesso dos alunos 
com necessidades educativas especiais. Os alunos devem ser ensinados a 
trabalhar em grupo e a interagir uns com os outros de forma respeitosa e 
construtiva. Essa prática ajuda os alunos com necessidades educativas especiais 
a desenvolver as suas habilidades sociais e a se sentirem mais integrados na sala 
de aula. 
 Além disso, é necessário contar com um corpo docente especializado, 
capaz de desenvolver ações pedagógicas eficazes para o ensino de alunos com 
necessidades educativas especiais. Assim, é importante incentivar o acesso 
desse público às tecnologias digitais, pois elas proporcionam uma aprendizagem 
interativa e mais divertida. 
A inclusão social de pessoas com deficiência deve ser implementada de 
forma a garantir o seu acesso a serviços sociais, bens e direitos disponíveis para 
a comunidade. Nesse sentido, é necessário investir em ações concretas para 
garantir que a desmarginalização seja efetiva, entre as quais destacamos: 
• Garantir acessibilidade a locais públicos como ruas, calçadas, transportes 
públicos e estabelecimentos comerciais; 
• Melhorar o ensino inclusivo, adotando práticas pedagógicas e materiais que 
contemplemas diferenças de aprendizagem; 
• Implementar políticas de inclusão laboral, promovendo a igualdade de 
oportunidades; 
• Criar programas de apoio social que possibilitem o acesso a serviços de 
saúde, assistência social e lazer; 
• Estimular a participação das pessoas com deficiência na vida política, 
social e cultural da comunidade; 
• Realizar campanhas de conscientização sobre os direitos humanos e a 
inclusão social. 
Como podemos perceber, a desmarginalização de pessoas com deficiência 
é um processo complexo, exigindo a participação de todos, em especial dos 
governos, para que sejam criadas políticas públicas que garantam a inclusão 
social e o acesso aos recursos sociais, como escolas, universidades e até mesmo 
o mercado de trabalho. 
 
 
 
 12 
TEMA 5 – OLHAR DO ENSINO SUPERIOR PARA O DEFICIENTE FÍSICO 
Segundo Lermen e Fisher (2010), uma educação inclusiva considera o 
indivíduo como um todo, com suas habilidades e limitações. A sua meta é 
promover o desenvolvimento de todos os alunos. Ela busca promover o direito à 
educação de qualidade para todos os alunos, independentemente de suas 
condições físicas, intelectuais ou culturais. Para isso, é necessário desenvolver 
ações e programas que levem em consideração as individualidades de cada 
aluno, de forma a permitir que todos possam participar da vida acadêmica e social. 
Além disso, a educação inclusiva atua para promover a igualdade de 
oportunidades e combater a discriminação. Ela busca criar condições que 
permitam que todos os alunos se desenvolvam, de acordo com AS suas 
habilidades e necessidades, garantindo oportunidades reais de participação. 
A educação inclusiva é, portanto, uma forma de garantir o direito à 
educação de todos os alunos, independentemente de sua condição física, 
intelectual ou cultural. Ela busca promover o desenvolvimento de todos os alunos 
de forma igualitária, combatendo discriminações de qualquer natureza. 
De acordo Castanhos e Freitas (2007), é possível observar que diferentes 
barreiras ainda persistem. É notório o desconhecimento dos direitos legais e o 
despreparo das universidades e seus profissionais educacionais para lidar com 
alunos com necessidades especiais. Além disso, existem em jogo questões 
culturais, como o estigma social em relação às pessoas com deficiência, fator que 
influencia na inserção desses indivíduos no ensino. 
Segundo Siqueira e Santana (2010), para garantir a inclusão efetiva desses 
alunos, é necessário uma mudança na cultura da instituição educacional, por meio 
da adoção de práticas inclusivas eficazes na promoção da participação plena 
desses sujeitos. 
Assim, é necessário uma mudança na forma como pensamos a inclusão 
educacional, deixando de lado a ideia de que as pessoas com deficiência devem 
se adaptar ao meio escolar. O foco deve ser a criação de condições para que 
todos possam participar plenamente da vida escolar. É necessário garantir que 
todos os alunos tenham o acesso a recursos adequados, facilitando o 
desenvolvimento de seus potenciais e habilidades. Além disso, é importante 
promover o desenvolvimento de atitudes e comportamentos inclusivos entre os 
 
 
 13 
professores e alunos, para que todos tenham oportunidades iguais de serem 
aceitos e respeitados. 
Oliveira, Jensen e Lima (2010) explanam estratégia que poderiam ser mais 
difundidas, como a educação a distância, que pode oferecer aos estudantes com 
deficiência maior flexibilidade de horários e acesso a conteúdos educacionais de 
qualidade. Além disso, os recursos tecnológicos, como áudio, vídeo, sistemas de 
entrega de notas, fóruns on-line e outras formas de interação, permitem que os 
alunos com deficiência sigam os cursos de forma independente, com mais 
tranquilidade. 
Outras estratégias que podem ser aplicadas na educação de alunos com 
deficiência incluem: programas de treinamento especializado para professores, 
para que eles possam lidar melhor com os alunos com deficiência; melhoria do 
acesso a materiais didáticos e tecnologia adaptada; e oferta de apoio emocional 
e social aos alunos. Além disso, é importante fomentar o diálogo entre os alunos 
com deficiência e os demais estudantes, para garantir maior inclusão no ambiente 
acadêmico. 
 
 
 
 
 14 
REFERÊNCIAS 
ABRAMOWICZ, A.; ROCHA, M. J. S. ; CUNHA, I. M. O desenvolvimento das 
crianças de três a seis anos. In: PALHARES, M. S.; MARINS, S. Escola inclusiva. 
São Carlos: EdUFSCar, 2002. p 237- 249. 
AMORIM, E. Educar versus cuidar. In: UNESCO, 2005. O cotidiano no centro 
de educação infantil. Brasília, 2005. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 21 dez. 1996. 
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: 
MEC/SEF, 1998. v. 1. 
CASTANHO, D. M.; FREITAS, S. N. Inclusão e prática docente no ensino superior. 
Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 27, p. 85-92, 2007. 
LERMEN, H. S.; FISHER, P. D. Percepção ambiental como fator de saúde pública 
em área de vulnerabilidade social no Brasil. Revista de APS, v. 13, n. 1, 2010. 
MARTÍN, M.C. et al. Incapacidade motora: orientações para adaptar a escola. 
Porto Alegre: Artmed, 2004. 
NAUJORKS, M. I.; BARASUOL, E. B. Burnout docente no trabalho com a inclusão 
de alunos com necessidades educacionais especiais. Revista Educação 
Especial, v. 24, p. 97-104, 2004. 
OLIVEIRA D. L.; JENSEN, R. G. D.; LIMA, V. A. A. Educação a Distância para 
Pessoas com Deficiência Auditiva. Revista Olhar Científico, v. 1, n. 2, ago./dez. 
2010. 
PAULA, A. R.; COSTA, C. M. A hora e a vez da família em uma sociedade 
inclusiva. Brasília: MEC, 2007. 
SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência 
física. São Paulo: MEC/SEESP, 2007. 
SILVA, A. F.; CASTRO. A. L. B.; BRANCO, M. C. M. C. A inclusão escolar de 
alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília: 
MEC/SEESP, 2006. 
 
 
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SIQUEIRA, I. M.; SANTANA, C. da S. Propostas de acessibilidade para a inclusão 
de pessoas com deficiências no ensino superior. Rev. bras. educ. espec., v. 16, 
n. 1, p. 127-136, 2010.

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