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Lei Penal 2

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DIREITO CRIMINAL
(TEORIA DO CRIME)
Prof.: GENOVA
I - Teoria Geral do Direito Penal
II - Teoria Geral do Crime 
DIREITO CRIMINAL – TEORIA DO CRIME 
(Arts. 1º ao 31 CP)
I - Teoria Geral do Direito Penal 
1. ESTRUTURA DA LEI PENAL
2. CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL
3. CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
4. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
I. TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL 
1. ESTRUTURA DA LEI PENAL
PRECEPTUM JURIS
SANCTIO JURIS
DESCRIÇÃO DA 
CONDUTA PROIBIDA
Núcleo de proibição
VERBO - INFINITIVO
Homicídio simples
Art. 121. MATAR alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Aviso e proibição ao cidadão 
(fazer ou não fazer algo)
norma proibitiva ou 
mandamental
Tutela bem jurídico 
fundamental
Consequência penal da 
prática da conduta proibida
Sanção penal
Dirigida ao juiz (obrigação de 
aplicar a sanção penal)
Homicídio simples 
Art. 121. MATAR alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
FONTE: Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed. 
rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
PROIBIÇÃO 
DIRETA
NÃO MATARÁS, NÃO 
FURTARÀS
Homicídio simples 
Art. 121. Não matarás ninguém. Se 
matar:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos
Proibição 
indireta
Descreve ação, cuja prática é 
pressuposto da pena
Descreve ação que deve ser 
praticada, cuja omissão é 
pressuposto da pena
ESTRUTURA DA LEI PENAL
Proíbe a realização de ações 
lesivas 
Ordena a realização de 
ações protetoras
É proibido praticar a conduta lesiva ao bem 
jurídico (conduta proibida)
Descreve a conduta que não deve ser 
praticada porque lesiona ou expõe a perigo de 
lesão um bem jurídico penalmente protegido
CONTEÚDO IMPLÍCITO
(mensagem/comando) 
NORMA PENAL
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
ESTRUTURA DA LEI PENAL NOS CRIMES DE AÇÃO
(norma penal proibitiva)
Conduta: matar alguém 
Pena: reclusão, de seis a vinte anos
Norma proibida oculta, imperativa: “não
matarás”...
Se matar → pena
- Lei não diz: não matarás
- Descreve a conduta proibida
Lei penal 
incriminadora
Norma diz: não matarás
Norma penal impõe uma 
proibição a todos
Norma penal
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos
ESTRUTURA DA LEI PENAL NOS CRIMES DE AÇÃO
(norma penal proibitiva)
É Proibido deixar de praticar a conduta 
determinada pela lei
ESTRUTURA DA LEI PENAL NOS CRIMES DE OMISSÃO
(norma penal mandamental)
Descreve a conduta que deve ser praticada 
para proteger o bem jurídico
CONTEÚDO IMPLÍCITO
(mensagem/comando) 
NORMA PENAL
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
Conduta omissiva proibida: “deixar...” ou 
“não pedir...”
Pena: detenção, de um a seis meses ou 
multa.
Norma mandamental imperativa: “prestar 
assistência...”
Se omitir → pena
Lei penal descreve a conduta a ser 
praticada: prestar assistência
Lei penal 
incriminadora
Norma penal
Omissão de socorro 
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa
Norma penal impõe uma 
obrigação a todos
ESTRUTURA DA LEI PENAL NOS CRIMES DE OMISSÃO
(norma penal mandamental)
ESTRUTURA DA LEI PENAL
1. Lei é fonte da norma penal 
2. Descrever a conduta proibida (crimes de ação) ou 
conduta que deve ser praticada (crimes de omissão) e 
respectiva pena pelo descumprimento
3. Lei penal incriminadora não é proibitiva, mas descritiva
4. Descrever circunstâncias que excluem o crime, a 
antijuridicidade, a culpabilidade, etc. 
CONTEÚDO IMPLÍCITO DA LEI PENAL
(mensagem/comando) 
NORMA 
PENAL
1. Proibição de praticar a conduta descrita (ação) ou 
obrigação da praticar a conduta prevista (omissão)
2. Permissão para praticar infrações penais
3. Autorização para praticar uma conduta proibida, etc.
LEI PENAL
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal.
Técnica de elaboração legislativa - princípio de reserva legal 
(nullum crimen, nulla poena sine praevia lege)
TIPO 
PENAL
DESCRIÇÃO PRÉVIA DA 
CONDUTA PROIBIDA
DESCRIÇÃO PRÉVIA 
CONDUTA MANDAMENTAL
A LEI PENAL NÃO É PROIBITIVA, MAS DESCRITIVA
2. CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS PENAIS
LEI PENAL 
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
LEI PENAL NÃO 
INCRIMINADORA
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
Descreve os fatos puníveis 
(preceito primário) e suas 
sanções (preceito secundário
Art. 126. PROVOCAR aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal.
1. Permissivas
2. Exculpantes
3. Interpretativas
4. De aplicação final ou complementares
5. Diretivas
6. Completas ou perfeitas
7. Incompletas ou imperfeitas
LEI PENAL NÃO 
INCRIMINADORA
1. Não descreve fatos puníveis nem sanções 
penais
2. Auxilia a interpretação e aplicação da norma 
penal incriminadora ao caso concreto
LEIS PENAIS 
PERMISSIVAS
autorizam ou ordenam a prática de 
certos fatos típicos
Causas de exclusão da 
antijuridicidade 
Art. 23, art. 128 CP...
Leis penais 
permissivas
Causas de exclusão da 
antijuridicidade 
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento 
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Leis penais 
permissivas
autorizam ou ordenam a prática de 
certos fatos típicos
Causas de exclusão da 
antijuridicidade 
Exclusão de ilicitude 
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Leis penais 
exculpantes
excluem a culpabilidade ou a punibilidade 
de certas infrações penais 
doença mental, menoridade, prescrição 
e perdão judicial, etc. 
Inimputáveis
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da 
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
LEIS PENAIS EXCULPANTES
Violação de domicílio 
Art. 150. ENTRAR ou PERMANECER, clandestina ou astuciosamente, ou contra a 
vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas 
dependências: 
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
§ 4º A expressão "casa" compreende: 
I - qualquer compartimento habitado; 
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou 
atividade.
Lei penais 
interpretativas
esclarecem o conteúdo e o significado 
de outras leis penais
Lei excepcional ou temporária 
Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência. 
Territorialidade
Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Leis penais de aplicação 
final ou complementares
delimitam o âmbito de aplicação 
(espaço, tempo) das leis 
incriminadoras
Leis penais completas 
ou perfeitas 
apresentam todos os elementos da 
conduta criminosa
TIPO PENAL DO CRIME DE FURTO
Furto
Art. 155. SUBTRAIR, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Leis penais 
incompletas ou 
imperfeitas 
reservam a complementação da 
definição da conduta criminosa a uma 
outra lei ou um ato da Administração 
Pública
Lei penal 
em branco
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
NÃO PREVÊQUAIS AS DROGAS PROIBIDAS
Art. 1º. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os 
produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em 
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, 
ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou 
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa.
DROGAS
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
Portaria 344/1998 – SVS/MS
(Regras de prescrição e dispensação de 
medicamentos sujeitos a controle especial) 
Ato Administrativo 
complementando a lei 
penal 
Lei penal 
em branco
Somente a lei penal, formal e materialmente constitucional, pode 
definir crimes e suas sanções – (CF, art. 5.º, XXXIX, e CP, art. 1.º)
1. EXCLUSIVIDADE
Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege
(Ludwig FEUERBACH)
PRINCÍPIO DA 
RESERVA LEGAL
Lei em sentido 
estrito
Discutida, votada e 
aprovada pelo CN, 
sancionada PR e 
publicada
Tipificar crime e 
sua sanção penal 
Lei ordinária ou lei 
complementar 
1. EXCLUSIVIDADE
obrigatoriedade de aplicar a sanção penal a quem 
descumprir seu mandamento
(cumprimento obrigatório)
2. IMPERATIVIDADE
Regra, projeta os seus efeitos abstratamente a fatos 
futuros (condutas criminosas), para qualquer pessoa que 
venha a praticá-los
3. IMPESSOALIDADE 
2 EXCEÇÕES:
Alcançam fatos 
concretos e 
passados
A lei penal é dirigida e obedecida por todas as pessoas que vivem sob a 
jurisdição do Brasil, estejam no território nacional ou estrangeiro
4. GENERALIDADE 
5. ANTERIORIDADE
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem LEI ANTERIOR que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. 
Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege
(Ludwig FEUERBACH)
leis penais incriminadoras aplicam-se ao fatos praticados durante a 
sua vigência, salvo no caso da retroatividade da lei benéfica.
Damásio de 
Jesus
A interpretação consiste em extrair o significado e a extensão 
da norma em relação à realidade. É uma operação lógico-
jurídica que se dirige a descobrir a vontade da lei, em função 
de todo o ordenamento jurídico e das normas superiores de 
cultura, a fim de aplicá-las aos casos concretos da vida real. 
Identificar o exato significado da norma penal
INTERPRETAÇÃO
VONTADE 
LEI
(mens legis)
LEGISLADOR
(mens legislatoris)
CP
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a 
entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou
similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Ingressar com chips de telefone celular, sem autorização 
legal, em estabelecimento prisional é crime?
DECLARATIVA
RESTRITIVA
EXTENSIVA
“...a letra da lei corresponde exatamente àquilo que o 
legislador quis dizer, nada suprimindo, nada 
adicionando. (SANCHES, 2020)
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
“método de interpretação que, para chegar ao significado 
efetivo da norma, é preciso restringir o alcance de 
determinados termos ou expressões. Na realidade, o 
legislador disse mais do que pretendia expressar”. 
(NUCCI, 2019)
STJ
Súmula 599*. O princípio da insignificância é 
inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.
* EXCETO NO CRIME 
DE DESCAMINHO
intérprete amplia o significado de uma palavra para 
alcançar o real significado da norma
Interpretação extensiva pode ser 
utilizada em prejuízo do réu?
1ª posição
LEI PENAL 
PERMISSIVA
Admite interpretação 
extensiva 
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
Não Admite 
interpretação extensiva 
STF
O princípio da legalidade estrita, de observância 
cogente em matéria penal, impede a interpretação 
extensiva ou analógicas das normas penais (RHC 
85.217/SP, 2005)
2ª posição
LEI PENAL 
PERMISSIVA
Admite interpretação 
extensiva 
LEI PENAL 
INCRIMINADORA
Admite interpretação 
extensiva 
(Excepcionalmente)
FIM DA INTERPRETAÇÃO: VONTADE DA LEI
(MEIOS DE INTEPRETAÇÃO APONTARÁ O RESULTADO)
DOUTRINA 
MAJORITÁRIA
Lei 12.850/2013 - Crime de embaraçar investigação criminal
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, 
organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas 
correspondentes às demais infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a
investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
“As investigações se prolongam durante toda a persecução criminal, que abarca 
tanto o inquérito policial quanto a ação penal deflagrada pelo recebimento da 
denúncia. Com efeito, não havendo o legislador inserido no tipo a expressão estrita 
‘inquérito policial’, compreende-se ter conferido à investigação de infração penal o 
sentido de persecução penal como um todo” (STJ, HC 4879632)
INVESTIGAÇÃO 
INFRAÇÃO PENAL
FASE POLICIAL
FASE 
PROCESSUAL
INVESTIGAÇÃO 
INFRAÇÃO PENAL
FASE POLICIAL
FASE 
PROCESSUAL
ADMITE-SE A EXTORSÃO MEDIANTE 
CÁRCERE PRIVADO
Extorsão mediante sequestro 
Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, 
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 
Pena - Pena - reclusão, de oito a quinze anos
➢ Amolda a lei penal à realidade atual
➢ Evita a constantes reformas legislativas e se 
destina acompanhar as mudanças da sociedade
Ex.: conceito de ato obsceno, diferente 
atualmente do que era há algumas 
décadas.
Ato obsceno 
Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao 
público: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Atos obscenos: urinar em via pública, deixando o pênis à mostra; a 
"chispada" (corrida sem roupas); prática de sexo dentro de veículo que 
está estacionado em via pública; automasturbação em local público
FINALIDADE 
DA 
ANALOGIA
Buscar uma solução para um caso concreto não 
previsto na lei
constituir uma nova norma, similar a uma já 
existente, visando regular uma hipótese não prevista 
nesta, mas semelhante a essa já disciplinada
FUNDAMENTOS
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. (LINDB – DL 4.657/42)
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a 
alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento 
jurídico. (NOVO CPC)
Analogia a aplicação, ao caso 
não previsto em lei, de lei 
reguladora de caso semelhante.
Ubi eadem ratio ibi eadem iuris dispositio
CC
Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições 
concernentes à tutela, com as modificações dos artigos 
seguintes.
Não é interpretação da 
lei penal 
Integração ou colmatação 
do ordenamento jurídico
Não há lei a ser 
interpretada
Processo de INTREGAÇÃO da 
lei, para suprir as lacunas legais
Direito Penal somente é permitido usar a analogia:
 1. leis penais não incriminadoras
2. Leis penais incriminadoras ► benefício do réu
ANALOGIA 
DIREITO PENAL
PRINCÍPIO DA 
LEGALIDADE
ANALOGIA IN 
BONAM PARTEM
Benefício réu
Permitida no 
Direito Penal
ANALOGIA IN 
MALAM PARTEM
Prejudicar o 
réu
Proibida no 
Direito Penal
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
(Furto, roubo, estelionato, apropriação indébita, dano, )
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 181. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos 
neste título, em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - do ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou 
ilegítimo, seja civil ou natural. 
CÔNJUGE -> Inclui companheiro na isenção de pena? 
 Leis penais incriminadoras ► benefício do réuTÍTULO VI
DAS PENAS
CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DA PENA
Circunstâncias agravantes
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime:
...
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
CÔNJUGE -> Inclui companheiro na agravante? 
Analogia in malam partem ► vedada (prejuízo do réu)
Princípio da Reserva legal
REQUISITOS 
1. Existência certa da 
lacuna na lei penal a ser 
preenchida
2. Aplicação favorável ao 
réu - in bonam partem
Princípio da Reserva legal
STF
Não se pode pretender a aplicação da analogia para 
abarcar hipótese não mencionada no dispositivo legal 
(analogia in malam partem). Deve-se adotar o 
fundamento constitucional do princípio da estrita 
legalidade na esfera penal. (Inq. 1.145/PE, 2006)
Tipos de 
Analogia
analogia legis ou 
legal
aplicação da analogia com base outra 
disposição legal que regula caso semelhante
analogia juris ou 
jurídica
aplicação da analogia tendo por base um 
princípio geral do direito
analogia in bonam 
partem
aplica-se ao caso omisso uma lei em 
benefício ao réu - aplicação permitida no 
âmbito penal.
analogia in malam 
partem
aplicação ao caso omisso de uma lei 
prejudicial ao réu 
Não se aplica no âmbito do Direito Penal.
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento 
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (R. Lei nº 12.015, de 7/8/2009)
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 
(catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (R. Lei nº 12.015, de 7/8/2009)
? analogia in bonam partem
analogia in malam partem
aplicação ao caso omisso de uma lei prejudicial ao réu 
Não se aplica no âmbito do Direito Penal.
"O crime de associação para o tráfico não integra o rol legal de 
crimes equiparados a hediondos, previsto na Lei nº 8.072/90, sendo 
impossível a analogia in malam partem com o fito de considerá-lo 
delito dessa natureza“ (STJ, 6° T., HC 182882, j. 13/03/2012).
possibilitar a aplicação da lei aos 
inúmeros e imprevisíveis casos da vida 
diária
Lei penal contém uma fórmula casuística 
seguida de uma cláusula genérica
Art. 121 
Homicídio qualificado 
§ 2º Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum 
emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, torturaFORMULA 
CASUÍSTICA
1. Emprego de Outro meio insidioso
2. Emprego de Outro meio cruel
3. Emprego de Outro meio de que possa resultar perigo comum
CLÁUSULA 
GENÉRICA
Muito obrigado

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