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ensaio 2

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Nos últimos anos, as revisões rápidas têm sido frequentemente usadas e ganharam visibilidade no suporte da tomada de decisões em saúde. De acordo com Tomas e Soares (2016), as revisões rápidas têm uma ampla utilização em decisões sobre políticas de saúde. Esse tipo de revisão pode ser empregado tanto nos processos de inclusão, quanto nos processos de incorporação de tecnologias de saúde, auxiliando nas decisões clínicas. 
 Segundo Haby et al., (2016), uma revisão rápida é uma ferramenta que permite ao pesquisador sintetizar conhecimento e acelerar o processo de elaboração de uma revisão sistemática tradicional, simplificando ou omitindo algumas etapas ou métodos, buscando evidências eficientes. Os autores supracitados ainda acrescentam que as revisões rápidas objetivam reunir, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis na literatura, sem que haja um rigor metodológico tão alto como ocorre na revisão sistemática tradicional. 
 Apesar de ser um método rigoroso e transparente, as revisões sistemáticas fazem concessões à abrangência do processo, restringindo algumas etapas específicas de uma revisão sistemática tradicional para encurtar o prazo de conclusão. 
 Tomas e Soares (2016), argumentam que as revisões rápidas “pegam” atalhos no processo metodológico de uma revisão sistemática tradicional, com a finalidade de obter informações confiáveis, com base em evidências cientificas, da forma mais rápida possível para atender determinadas demandas. Um exemplo disso foi a pandemia de Covid-19, em que as evidências eram requisitadas constantemente, quase em tempo real, para auxiliar os tomadores de decisão a disponibilizar recursos em tempo oportuno. 
 As revisões rápidas são extremamente relevantes, entretanto normalmente não são capazes de lidar com questões complexas. O tempo estimando para a conclusão dessa revisão varia de 1 e 6 meses, dependendo de alguns fatores, a saber: complexidade do tema, recursos disponíveis, volume das publicações, expertise da equipe e o processo organizacional.
 Com relação as respostas básicas elas também sintetizam as melhores evidencias disponíveis para dá resposta a uma demanda específica, em um tempo hábil, ou seja, a resposta rápida objetiva indicar o melhor percurso para se chegar a um resultado sobre tecnologia em saúde. Os profissionais mais qualificados para esses tipos de resposta são aqueles com experiencia em revisão sistemática. Vale lembrar que o programa de resposta rápida deve envolver os interessados, como os pesquisadores, os tomadores de decisões, os usuários do sistema de saúde, os profissionais de saúde, entre outros, todos tendo uma colaboração mútua (HABY et al., 2016).
 Entre as principais limitações da revisão rápida, destaca-se: baixa transparência, relato inadequado, pergunta de pesquisa limitada, tempo de elaboração e metodologia não definidos adequadamente, restrições na busca, limitação dos critérios de inclusão, apenas uma pessoa realizando o estudo, simplificação de análise de risco de viés e avaliação da qualidade, ausência de meta-análise e recomendações limitadas a eficácia e efetividade. 
 Tomas e Soares (2016), destacam que alguns itens precisam serem levados em conta antes de implementar um programa de resposta rápida, como: a clareza de propósitos, a relação com o usuário final, o alcance limitado, a dependência de fontes secundárias, a capacidade de mobilizar pessoal qualificado e a transparência do método.
Referencias
HABY, M. M. et al. What are the best methodologies for rapid reviews of the research evidence for evidence-informed decision making in health policy and practice: a rapid review. Health Research and Policy Systems, v. 14, n. 1, p. 1-2, 2016.
TOMAS, T. S e SOARES, C. S. Uma revisão rápida sobre revisões rápidas. Políticas de Saúde Informadas por Evidências, n. 4, p. 142-151, 2016.

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