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EDUCAÇÃO EM SAÚDE Camila Pinno Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Diferenciar educação em saúde de educação popular no Brasil. Definir mediação em saúde. Elaborar um plano de resolução de conflitos em saúde. Introdução Atualmente, percebe-se que são diversos os conceitos abordados no campo da saúde. Neste capítulo, você conhecerá, primeiramente, o con- ceito de educação e, então, de educação em saúde. Além disso, verá a definição e como é desenvolvida a educação popular no Brasil. Por fim, aprenderá de que modo a educação em saúde e a educação popular podem ser um meio de resolução de conflitos entre os sujeitos envolvidos nos processos de trabalho em saúde. Diferença entre educação em saúde e educação popular no Brasil Pensar e refl etir sobre a educação é algo desafi ador e ousado, pois envolve toda a sociedade, governantes, cidadãos e suas mudanças no decorrer dos tempos. A educação perpassa todo o ciclo da vida de um ser humano, assim como em todos os ambientes e lugares da sociedade pode-se estar educando e se educando, aprendendo e reaprendendo em comunidade. Educação relaciona-se à condição de respeito, sociedade, civilidade, urbanidade, bem como à capacidade de viver em sociedade (socialização); ou seja, envolve a subjetividade das pessoas, pois não é possível “medir, aferir, identifi car” a educação de algum sujeito. A partir do olhar da disciplina de filosofia, a educação é definida como: ´ [...] a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que são as técnicas de uso, produção e comportamento, mediante as quais um grupo de homens é capaz de satisfazer suas necessidades, proteger-se contra a hostilidade do ambiente físico e biológico e trabalhar em conjunto, de modo mais ou menos ordenado e pacífico (ABBAGNANO, 2000, p. 305). Entende-se que a educação vem sendo desenvolvida e efetivada desde os tempos primitivos, por meio da transmissão de “culturas”, modos de viver e so- breviver em conjunto com a natureza. Percebe-se que o foco não é a sociedade, no geral, mas sim a formação do indivíduo, a formação e o amadurecimento do homem, ressaltando, novamente, a sua subjetividade. Calleja (2008) afirma que a educação envolve a cultura das sociedades, mas que o conceito de educação é complexo e envolve diversas ações, com atividades para: [...] reparar as pessoas para a vida, para desenvolver-se e contribuir para o desenvolvimento da sociedade em que vivem, e isso significa muito mais que possuir um acúmulo de conhecimentos de cultura geral, científica e técnica ou ser capaz de desenvolver um sistema de habilidades manuais e intelec- tuais; significa sobretudo, ser capaz de adotar uma correta atitude diante da vida, com melhores convicções humanas, com altos valores éticos, estéticos, morais e os mais puros sentimentos (CALLEJA, 2008; documento on-line). Todavia, percebe-se, novamente, que a subjetividade do ser humano está intrínseca à educação e que perpassa sentimentos, valores e formas de agir. Aproximando-se dessa concepção de educação, destaca-se Paulo Freire, pois seus textos, por mais que tenham sido escritos a vários anos, sempre podem ser considerados atuais, tornando-se impossível trabalhar sobre a temática educação e não ressaltar suas contribuições, tanto no Brasil quanto para a educação mundial. Paulo Freire sempre defendeu a igualdade entre os sujeitos envolvidos no processo educacional: “Ninguém é superior a ninguém” (FREIRE, 2017, p. 119), diz nitidamente em seu último livro publicado em vida. Nessa afirmativa, destaca: “[...] uma das raras certezas de que estou certo” (FREIRE, 2017, p. 119). Ou seja, Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular2 salientava que, na educação, todas as pessoas envolvidas não tinham diferença de conhecimento, de saber, de certo ou errado, uma vez que essa construção acontecia no momento da troca de saberes, no contexto real das pessoas envol- vidas no processo educativo. Kohan (2019, documento on-line) vai ao encontro do pensamento de Freire, ressaltando que: [...] “aceitar e respeitar a diferença” é uma das condições para a escuta de outras e outros, pois quem considera que o seu pensamento é o único certo, ou pensa que a gramática dominante é a única aceitável, não escuta o outro, mas antes o despreza ou destrata. [...] a humildade é uma virtude principal do educador, pois parte do pressuposto de que alguém que se sinta superior jamais escutará o outro. Por isso, a afirmação da humildade como virtude pedagógica é, para Paulo Freire, um valor ao mesmo tempo ético, político e epistemológico e sua ausência significa a emergência da arrogância e a falsa superioridade que comportam a impossibilidade de uma educação que afirme os princípios mencionados. Desse modo, a igualdade implícita na afirmação “ninguém é superior a ninguém” resulta uma exigência para uma educação emancipadora. A partir desses conceitos de educação, descritos por diversos autores, aproxima-se a educação do campo da saúde, “educação em saúde”. A educação em saúde é definida pelo Ministério da Saúde como: [...] um processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população e não à profissionalização ou à carreira na saúde. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção à saúde de acordo com suas necessidades (BRASIL, 2012, documento on-line). A educação em saúde aborda principalmente as necessidades da população, potencializadas por meio do controle social, de políticas e serviços de saúde; também se objetiva à gestão social da saúde (BRASIL, 2012). O desenvolvi- mento de ações de educação em saúde prioriza três segmentos: os cidadãos, que necessitam de conhecimentos para a realização de cuidados coletiva e individualmente; os profissionais de saúde, que abordam tanto a prevenção de doenças e a promoção da saúde quanto as práticas curativas; e, por último, mas não menos importante, os gestores, que apoiam esses profissionais e promovam processos educativos em saúde (FALKENBERG et al., 2014). A partir desses objetivos da educação em saúde, percebe-se ainda haver dificuldade da real efetivação da ligação entre esses três segmentos. 3Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular Saiba mais sobre o conceito de educação em saúde lendo o artigo “Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva”, escrito por Falkenberg e colaboradores, da Universidade de Brasília (Unb), Programa de Pós- -Graduação em Saúde Coletiva, disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/Xzikf Já a educação popular em saúde é definida como “[...] ações educativas que têm como objetivo promover, na sociedade civil, a educação em saúde, mediante inclusão social e promoção da autonomia das populações na parti- cipação em saúde” (BRASIL, 2012, documento on-line). A Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) foi instituída pela portaria nº. 2.761, de 19 de novembro de 2013, pelo Ministério da Saúde. Essa política envolve e valoriza os aspectos individuais e coletivos da população a partir do diálogo, valorizando a diversidade de saberes e saberes populares, a ancestralidade, perpassando as ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde. A PNEPS-SUS reafirma o compromisso com a integralidade, a universalidade, a equidade e a efetiva participação popular no SUS (BRASIL, 2012). Saiba mais sobre os princípios e diretrizes do SUS lendo a Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e de outras providências. Acesse aLei na íntegra, disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/iqTDz Ou assista ao vídeo “Vídeo Série SUS — os princípios do SUS”, realizado pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Programa de Qualificação em Educação Popular em Saúde, disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/Wv5ZK Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular4 A educação popular em saúde teve suas bases nas experiências desenvol- vidas por volta de 1960 por profissionais da saúde, intelectuais e movimentos sociais. O principal teórico desse enfoque foi Paulo Freire, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial (BORNSTEIN et al., 2016). Apesar dos escritos de Paulo Freire e a educação popular em saúde perfazerem mais de 55 anos de envolvimento na saúde, hoje, são considerados mais atuais do que nunca, tendo em vista a emancipação dos cidadãos em prol de lutas sociais, a efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a autonomia individual e coletiva da população. Segundo a vertente freiriana, um dos objetivos da educação popular é promover a autonomia das pessoas; essa autonomia pode ser potencializada por ações de educação em saúde. Assim, a educação popular em saúde configura-se como um processo de troca de conhecimentos, de diálogo, que ocorre em uma perspectiva política de classe e que pode se vincular a ações organizadas da população. Objetiva alcançar uma sociedade de acordo com seus interesses; ela ocorre tendo em vista a teoria a partir da prática, da realidade vivenciada pelo povo, por meio da educação em saúde. Para que você possa compreender de forma mais eficaz sobre o conhecimento popular, o saber popular em saúde, assista ao vídeo de “Dona Chica — Saberes e Fazeres”, em que uma mulher fala sobre sua realidade e o seu saber em saúde, disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/hQ3uw Mediação em saúde Os confl itos existem na nossa sociedade desde a Antiguidade e podem ocorrer em todas as relações humanas, entre mãe e fi lhos, amigos, esposa e marido, chefe e empregado, colegas de trabalho, enfi m, entre todas as pessoas que se relacionam. Apresentam-se, portanto, transversais nos campos da vida, como o interpessoal, o laboral, o nacional, o internacional e o religioso (CLARO; CUNHA, 2017). Os conflitos são definidos quando ocorre debate de ideias opostas, interesses diferentes ou quando esses mesmos interesses não podem ser favoráveis para ambas as partes (CLARO; CUNHA, 2017). Os mesmos autores destacam que: 5Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular O campo de estudo dos conflitos é multidisciplinar, uma vez que envolve diversas áreas de conhecimento, nomeadamente a Psicologia, a Sociologia, a Criminologia, a Antropologia, o Direito, as Ciências Políticas e Relações Internacionais, entre outras. Traduz-se numa área complexa, devido ao facto de lidar com todo o tipo de conflitos e diferentes estádios de evolução (CLARO; CUNHA, 2017, documento on-line). A partir disso, dentre as estratégias de conflitos existentes, salienta-se a mediação. No processo de mediação de conflitos: [...] os vários intervenientes auxiliam-se mutuamente com o intuito de toma- rem as suas próprias decisões. [...] é entendida como um método evoluído de resolução de conflitos, célere e econômico, ao qual ambas as partes recorrem de uma forma voluntária, responsabilizando-se pelo término ou permanência no mesmo (CLARO; CUNHA, 2017, documento on-line). O conceito de mediação trata-se do ato ou efeito de mediar, ato de servir de intermediário entre pessoas ou grupos, intervenção, intermédio (FERREIRA, 2008). A mediação é pautada pelo respeito e pela confiança, com o objetivo de alcançar soluções satisfatórias para os envolvidos (CLARO; CUNHA, 2017). Na área da saúde, pode haver conflitos entre os próprios profissionais, entre profissionais e entre pacientes, entre profissionais e familiares, entre gestores e profissionais. Por ser um campo que envolve tomadas de decisões, aspectos éticos e morais e condutas a serem realizadas, os envolvidos podem entrar em conflito. Destaca-se que, quando ocorrem conflitos entre profissionais e população, envolve-se a “educação em saúde”, pois: [...] as práticas de educação em saúde envolvem três segmentos de atores prioritários: os profissionais de saúde que valorizem a prevenção e a promoção tanto quanto as práticas curativas; os gestores que apoiem esses profissionais; e a população que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia nos cuidados, individual e coletivamente (FALKENBERG et al., 2014, documento on-line). Já a educação na saúde: [...] consiste na produção e sistematização de conhecimentos relativos à for- mação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular. [...] há duas modalidades de educação no trabalho em saúde: a educação continuada e a educação permanente. A educação continuada envolve as atividades de ensino após a graduação, possui duração definida e utiliza metodologia tradicional, tais como Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular6 as pós-graduações; enquanto a educação permanente estrutura-se a partir de dois elementos: as necessidades do processo de trabalho e o processo crítico como inclusivo ao trabalho. (FALKENBERG et al., 2014, documento on-line). Assim, necessita-se de ações ou métodos que diminuam os conflitos exis- tentes, ou, quando ocorrem, soluções consideradas pacíficas entre os sujeitos envolvidos. Dessa forma, a mediação na área da saúde pode ser uma estratégia de resolução de conflitos. Salienta-se que, o método de mediação no trabalho em saúde, que engloba diálogo, compreensão e aceitação da diversidade, adquire um papel de trans- formação das subjetividades (PARISI; SILVA, 2018), ou seja, proporciona a tentativa de promover a mudança de pensamento, de ideias, ao se tentar chegar em um consenso entre os sujeitos envolvidos. Plano de resolução de conflitos em saúde Os confl itos podem ser vivenciados entre um grupo de pessoas ou por uma pessoa com outro indivíduo. Com frequência, as ações do indivíduo envolvido no confl ito são consideradas como boas, e as do outro, como más, causando frustração, desacordo e confronto entre os envolvidos e provocando efeito negativo na vida das pessoas (BRUINSMA et al., 2017). O enfermeiro, como integrante da equipe multiprofissional em saúde, tem, em sua formação, as competências que podem auxiliar no desenvolvimento de planos de gerenciamento de conflitos (AMESTOY, 2014). Segundo as Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem, torna-se indispensável que o estudante de enfermagem desenvolva as seguintes com- petências: administração e gerenciamento, tomada de decisões, comunicação, educação permanente, liderança e atuar na atenção à saúde (BRASIL, 2001). Assim, salienta-se que o enfermeiro tem papel primordial no desenvol- vimento de ações de resolução de conflitos em saúde, utilizando-se de suas competências profissionais. Assim, a seguir, você conhecerá um plano de resolução de conflitos em saúde, desenvolvido por um enfermeiro. Lembre- -se de que os nomes de pessoas, instituições de saúde e endereços citados no plano são fictícios. Carolina, enfermeira, é gerente da equipe de enfermagem (técnicos de en- fermagem e enfermeiros) em um hospital de porte médio, denominado Hospital São João (HSJ), na cidade de Tertúlia, Estado do Rio Grande do Sul. Observa e analisa que, nos últimos dias, tem recebido várias queixas de pacientes que 7Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular tiveram conflitos com a equipe de saúde, bem como percebe que os próprios trabalhadores também se queixaram de diversos conflitos estarem ocorrendo no decorrer do processo de trabalho. A partir dessa demanda, Carolina resolve organizar um plano de resolução de conflitos. Plano de resolução de conflitos em saúde do hospitalSão João — Tertúlia/RS Responsável pelo plano: enfermeira Carolina da Silva. Instituição de aplicação: Hospital São João — Tertúlia/RS. Público-alvo: equipe multiprofissional atuante no hospital (15 enfermeiros; 42 técnicos de enfermagem; 6 médicos; 5 fonoaudiólogos; 5 fisioterapeutas; 6 nutri- cionistas; e 2 terapeutas ocupacionais). Período de desenvolvimento: aproximadamente 6 meses. 1º passo: inicialmente, realizar-se-á uma discussão com as chefias de cada profissão, com o objetivo de agendar um encontro com cada grupo de trabalhadores, com a finalidade de levantar quais os principais conflitos que acontecem durante os processos de trabalho em saúde. Considerando-se que pode haver conflitos entre os profissionais e a própria chefia, no momento de realização dos encontros, não contará com a presença da chefia. Após conhecido quais os principais conflitos, estes serão identificados por meio de palavras que descrevam essa problemática. Como há profissionais de sete profissões atuantes no HSJ, serão desenvolvidos sete encontros. 2º passo: na próxima etapa do plano, serão desenvolvidos os encontros. No início dos encontros, será realizada a proposta pedagógica, denominada “Para problemas, soluções!” (BRASIL, 2016), composta das seguintes etapas: Objetivo: proporcionar a reflexão sobre o exercício da solidariedade na resolução de conflitos em saúde. Material necessário: bexiga e tira de papel. Tempo de duração: o tempo previsto para o desenvolvimento é de, aproximada- mente, 60 minutos. Equipe de apoio: psicólogo, psiquiatra (solicitar-se-á a participação desses pro- fissionais, tendo-se em vista que, em algum momento, possa haver determinada situação constrangedora ou surgir algum “conflito”). Metodologia: 1. O facilitador pede ao grupo que se organize em círculo e distribui uma bexiga vazia para cada participante, com uma tira de papel dentro (com uma palavra que será conhecida no final da técnica). 2. O facilitador dirá para o grupo que aquelas bexigas são os conflitos que enfrentamos no nosso dia a dia (de acordo com a vivência de cada um): desinteresse, intrigas, fofocas, competições, inimizade, etc. 3. Cada um deverá encher a sua bexiga e brincar com ela, jogando-a para cima com as diversas partes do corpo; depois, juntamente com os outros participantes, sem Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular8 Concluindo este capítulo, percebe-se que a educação em saúde e a educação popular permeiam todos os lugares da sociedade e são intrínsecas aos pro- cessos de trabalho em saúde. Podem ser consideradas como forma de mediar e gerir os conflitos em saúde. Agora você já conhece um plano de resolução de conflitos, pode colocá-lo em prática. deixá-la cair. Aos poucos, o facilitador pedirá para alguns dos participantes deixarem a sua bexiga no ar e sentarem-se; os restantes continuam no jogo. Quando o facilitador perceber que quem ficou no centro não está dando conta de segurar todos os conflitos, pedirá para que todos voltem ao círculo e, então, perguntará: a) A quem ficou no centro: o que sentiu quando percebeu que estava ficando sobrecarregado? b) A quem saiu: o que sentiu? 4. Depois dessas colocações, o facilitador fará uma reflexão sobre a potência em resolver conflitos, considerando que ficamos mais fortes quando estamos juntos, em coletivo. 5. Ele pedirá aos participantes que estourem as bexigas e peguem o seu papel com uma palavra (que deve significar algo que possa facilitar a resolução de conflitos). Um a um, partilhará sua palavra e será convidado a comentá-la. Obs.: dicas de palavras: amizade, solidariedade, confiança, cooperação, apoio, aprendizado, humildade, tolerância, paciência, diálogo, alegria, tranquilidade, troca, motivação, aceitação, etc. 6. Após a aplicação da dinâmica, o facilitador focará na discussão específica dos conflitos de cada profissão. 3º passo: finalizando a aplicação do plano, será realizado um evento, denominado “Engajamento dos trabalhadores do processo de resolução dos conflitos”. Esse encontro será organizado pelos próprios trabalhadores do hospital, tendo como foco a educação permanente em saúde. ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. AMESTOY, S. C. et al. Percepção dos enfermeiros sobre o processo de ensino-aprendi- zagem da liderança. Texto Contexto Enfermagem, v. 22, n. 2, 2013. Disponível em: http:// www.scielo.br/pdf/tce/v22n2/v22n2a24.pdf. Acesso em: 19 jul. 2019. BORNSTEIN, V. J. et al. Curso de aperfeiçoamento em educação popular em saúde: textos de apoio. Rio de Janeiro: EPSJV, 2016. 9Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES n. 3, de 07 de novembro de 2001. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em enfermagem. Brasília, DF, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf. Acesso em: 19 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário temático: gestão do trabalho e da educação na saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov. br/bvs/publicacoes/glossario_sgtes.pdf. Acesso em: 20 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Ideias e dicas para o desenvolvimento de processos partici- pativos em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: http://portalarqui- vos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/10/Ideias-Dicas-P-Participativos-2016- -10-04-final-final.pdf. Acesso em: 20 jul. 2019. BRUINSMA, J. L. et al. Conflitos entre idosas institucionalizadas: dificuldades vivencia- das pelos profissionais de enfermagem. Escola Anna Nery, v. 21, n. 1, 2017. 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Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 20 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Polí- tica Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2013.Disponível em: http://bvsms.saude. gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html. Acesso em: 20 jul. 2019. DONA Chica Saberes. [S. l.: s. n.], 2015. 1 vídeo (17 min). Publicado pelo canal Luiz Gus- tavo Souza Lima Jr. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JW1FizpVhrA. Acesso em: 20 jul. 2019. OS PRINCÍPIOS do SUS. [S. l.: s. n.], 2015. 1 vídeo (8 min). Publicado pelo canal Série SUS. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PzVxQkNyqLs. Acesso em: 20 jul. 2019. 11Mediação por meio da educação em saúde e da educação popular
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