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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Direito – Disciplina: Direito Comercial I Professor Doutor Marcelo Barbosa Sacramone Seminário – Aula 5 (30/08/2023) Tema: “Operações Bancárias - Parte 1: Introdução (Características e Classificações). Mútuo Mercantil. Depósito Pecuniário. Antecipação Bancária. Desconto Bancário.” Alunos: Ismaelson Henrique do Nascimento RA00325853 Luciana Cristina Sena RA00325926 1. Em um caso hipotético em que José emite nota promissória para o beneficiário Rodrigo, com o aval de Ana. Antes do vencimento, Rodrigo endossa a respectiva nota promissória para Mario. Na data de vencimento, Mario cobra o título de José, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Mario procura um advogado com os seguintes questionamentos: A) Já que a obrigação de José é nula, o aval dado por Ana é válido? B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Mario poderia cobrar sua nota promissória? Possível resposta para o caso em tela: A) Quanto à validade do aval dado por Ana: No contexto de uma nota promissória, o aval é uma garantia prestada por terceiros em relação à obrigação expressa no título. Se José alega que sua assinatura foi falsificada e, portanto, a assinatura no título não é válida, isso poderia potencialmente afetar a validade da obrigação cambial assumida por ele na nota promissória. No entanto, a validade do aval dado por Ana pode ser avaliada separadamente da assinatura de José. Se o aval foi prestado de maneira válida e está devidamente registrado no título, a alegação de falsificação da assinatura de José não necessariamente invalida o aval de Ana. O avalista (Ana) assumiu uma obrigação independente de pagamento, e essa obrigação pode permanecer válida, a menos que haja um motivo legal válido para sua anulação. B) Quanto ao devedor cambiário contra o qual Mario pode cobrar: Nesse cenário, após o endosso da nota promissória de Rodrigo para Mario, Mario se torna o portador legítimo do título e, portanto, tem o direito de cobrar o pagamento da obrigação expressa na nota promissória. Se José alega que sua assinatura foi falsificada, ele pode tentar contestar a validade da assinatura, mas essa questão pode precisar ser resolvida legalmente. Se o protesto da nota promissória foi realizado corretamente e dentro do prazo legal, Mario pode iniciar ações legais para recuperar o valor da nota promissória contra José e, possivelmente, contra Ana, se o aval dela for considerado válido e não estiver sujeito a anulação. Portanto, Mario pode cobrar a nota promissória contra José (o emitente) e, possivelmente, contra Ana (o avalista), dependendo das circunstâncias e da validade do aval. A situação específica pode variar de acordo com as leis e regulamentações do local onde os eventos ocorreram e as regras cambiais que se aplicam. Recomenda-se que Mario consulte um advogado especializado em direito cambial e comercial para obter aconselhamento jurídico específico sobre seu caso.
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