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Linguagem dos Meios Audiovisuais - Técnica de Edição e Montagem - Unidade 3

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LINGUAGEM DOS MEIOSLINGUAGEM DOS MEIOS
AUDIOVISUAISAUDIOVISUAIS
TÉCNICAS DE EDIÇÃO ETÉCNICAS DE EDIÇÃO E
MONTAGEMMONTAGEM
Autor: Me. Duil io Maximiano Lanzoni
Revisor : Car los Br ioschi
IN IC IAR
introdução
Introdução
Em se tratando de produção de audiovisual, salientamos a importância
fundamental da edição, por se tratar de uma das partes mais importantes na
apresentação �nal de qualquer vídeo ou �lme, pois essa ferramenta
transmitirá a milhões de espectadores as mensagens e objetivos propostos
para competir num mercado tão competitivo. Portanto, muito é exigido da
fase de edição, na concepção e na produção de cinema e vídeo, seja, antes
pelas exigências estéticas, ou nos dias de hoje, por conta da in�uência da
internet e redes sociais, sempre exigindo o melhor produto possível.
A montagem é responsável pelo resultado �nal desejado. Exige grande
conhecimento, habilidade e experiência por parte do editor, que deverá
reconhecer quais imagens deverão ser selecionadas em sequência,
descartando ou melhorando “partes ruins”, ao usar uma cena e juntar com
outra para se chegar a um produto �nal satisfatório, ou seja, tornar as
imagens num �lme ou vídeo. As mensagens que se quer transmitir, sejam de
compaixão, ódio, conhecimento, ou sentimentalismo, entre outros,
dependerão da estrutura da edição realizada, levando em consideração os
enquadramentos, sons, estruturas do vídeo etc.
Contar uma história através do cinema e do vídeo não depende apenas do
roteiro, da narrativa, da árdua tarefa de gravar imagens, dirigir atores,
observar os enquadramentos etc., ela depende também, e muito, de juntar
todo o material gravado e fazer a Edição ou Montagem, que basicamente é a
tarefa de reordenar as cenas gravadas; de remover cenas ruins; incluir sons, e
tantos outros detalhes,   para     que depois de �nalizado esse processo, o
público espectador assimile a mensagem do conteúdo, sentindo as
 sensações e emoções arquitetadas pelo autor.
Um corte ou colagem de imagem no momento errado, ou efeitos sonoros,
com uso de uma música inadequada, pode tornar inútil todo o trabalho
anterior. O pro�ssional de edição mais habilitado e experiente de ontem
usava a moviola e muita criatividade para fazer os cortes e transições, o
pro�ssional de hoje também usa a criatividade, mas também tem que ser
habilitado e experiente em usar os “softwares” de programas avançados de
edição que facilitam e oferecem maiores possibilidades na hora da montagem
resultando em um excelente produto �nal.
Edição deEdição de
AudiovisualAudiovisual
Há uma discussão a respeito da terminologia se o certo é Montagem ou
Edição. Teoricamente poderíamos dizer que é a mesma coisa, ou melhor,
trata-se do mesmo ato, porém há quem veja diferenças: Montagem vem do
francês Montagem , enquanto que Edição vem do inglês Edition . No entanto,
há pro�ssionais que tratam o assunto com rigor, especi�cando que Edição é
o processo e Montagem é o exercício intelectual e criativo . Os cineastas
de formação europeia preferem falar em montagem, argumentando que
existe beleza por trás de uma montagem, e não apenas um exercício técnico
em manipular equipamentos de cortes no sequenciamento das cenas.
Unir fotos e cenas captadas em diferente locais requer um roteiro prévio e
uma narrativa do contexto, para que a edição faça um trabalho capaz de criar
na mente do espectador uma história coerente
Os primeiros �lmes de cinema, como vimos na Unidade anterior, duravam
poucos minutos e eram de fato a projeção de uma sequência de fotogra�as,
sem contar uma história. Mostravam apenas atividades, como por exemplo,
um cavalo andando de ponto a outro, ou uma rua com as pessoas e veículos
em movimento. Não havia Edição , ou seja, cortes de cena, nem inserção de
outra cena para dar continuidade para contar um fato ou uma história.
Logicamente não havia um roteiro nem uma narrativa.   As imagens eram
contínuas sem tomadas de planos ou ângulos diferentes. Serviam apenas
Figura 3.1 - Rolo de �lme
Fonte: sashkin7 / 123RF.
para divertir o público, que via as imagens em movimento como uma
novidade. Contam-se lendas de que algumas pessoas saíram correndo da sala
de projeção quando viram pela primeira vez as cenas de uma locomotiva em
movimento, achando que seriam atingidos por ela.
Um fabricante inglês de equipamentos ópticos, chamado Robert W. Paul, que
em 1898 passou a fabricar equipamentos para cinema, foi o primeiro a
apresentar um �lme com mais de uma sequência de cenas. Ele �lmou um
casal almoçando em frente a uma exposição de arte, e pessoas entrando na
exposição. Depois �lmou o que as pessoas estavam fazendo dentro da
exposição. Em seguida emendou as duas cenas, mostrando assim um fato
ocorrido (começo, meio e �m). Dessa forma nascia a edição.
R. W. Paul fabricou uma câmera capaz de captar a inversão de marcha,
possibilitando assim imagens superpostas, ou seja, expor um negativo
múltiplas vezes. O francês George Méliès foi o primeiro cineasta a utilizar essa
técnica, em 1898.
A partir de 1900 a tecnologia do multi-shot (multidisparo) já estava sendo
usada correntemente e a edição já estava praticamente consolidada entre os
cineastas. Os �lmes já contavam com duração de até cinco minutos, e o
público já ia às salas de projeção com a expectativa de assistir a uma história
com começo, meio e �m.
Miélès fez um �lme, em 1902, chamado “ Le Voyage dans la Lune ” (Viagem à
Lua), considerado um marco na história do cinema. O �lme tem enredo e
narrativa, e representa um avanço na arte da edição. Ele monta imagens de
um canhão que lança uma gigantesca bala levando astrônomos em direção à
Lua e na sequência seguinte a bala aterrissa no olho da Lua. Em seguida
apresenta cenas de selenitas capturando os terrestres, que por �m
conseguem escapar e voltar à Terra.  Ele usou técnica de sobreposição, fusão
e exposição de múltiplas imagens, e fez a edição desse material, numa mesa,
cortando e colando as imagens na sequência desejada.
Em 1903, Edwin S. Porter, um cineasta norte-americano, produziu o �lme “ The
Great Train Robbery ” (O grande roubo de trem), com 12 minutos de duração.
Ele gravou vinte tomadas de cena, em dez locais internos e externos
diferentes, depois usou o método de edição transversal , mostrando ações
que ocorriam em diferentes lugares, mas simultaneamente. Por exemplo:
uma cena foi gravada em um cenário dentro de uma estação de telégrafo
(montada no estúdio), e depois outra cena é gravada com os personagens ao
ar livre, perto de uma caixa d´água. Depois que as �tas das duas cenas foram
montadas (editadas), o público teve a impressão de que os personagens
saíram do telégrafo e foram imediatamente para a caixa d´água. Hoje isso
parece muito simples, mas na época representava uma verdadeira revolução.
Nos anos seguintes a evolução do processo de edição foi tão rápida quanto o
sucesso do cinema junto ao público.
Durante o período do cinema e vídeo analógico, em que as imagens eram
gravadas em uma película, o trabalho de editar era manual. Os cortes eram
feitos diretamente na �ta, e depois colados na sequência que se desejava. Em
1917, o engenheiro holandês Iwan Serrurier inventou a Moviola (para muitos
é sinônimo de mesa de montagem), que era uma máquina, onde se colocava
a película de �lme gravado, e o editor/montador girava uma manivela fazendo
a película passar por um visor. Ele via as cenas em movimento, e então ele
selecionava, cortava e colava os pedaços de �lmes, na sequência desejada
pelo diretor.
O trabalho de edição é bastante exaustivo e demorado. O renomado editor
Walter Murch coloca as di�culdades que enfrentou quando fez edição de
“Apocalipse Now”:
Considerando apenas o tempo que levou para �nalizar o �lme (eu
editei a imagem durante um ano e passei mais um ano
preparando e mixando o som), essa   foi a pós-produção mais
longa de um �lme no qual trabalhei e talvez isso ajude a esclarecer
Figura 3.2 - Moviola vertical
Fonte: Sebastian Wallroth / WikimediaCommons.
Figura 3.3 - Editora de Imagem
Fonte:  McGeddon / Wikimedia Commons.
um pouco a ideia do que signi�cam ou podem signi�car condições
(MURCH, 2004, p. 13).
Na última década do século XX entrou em uso o processo digital para edição
de �lmes. Em 1996 todos os �lmes que ganharam o prêmio Oscar foram
editados pelo novo processo.
praticar
Vamos Praticar
É na ilha de edição que o �lme nasce de fato. Ele pega o material bruto, isto quer
dizer que são cenas �lmadas fora de ordem de tempo e espaço, sem as emoções
pretendidas pelo autor e pelo diretor, como por exemplo, os choques, os momentos
de tensão ou de ternura, e os sons adequados, e coloca tudo isso numa ordem
capaz dar “vida” à história, portanto está claro que o �lme é construído na mesa de
edição. Assinale a alternativa correta.
a) O montador nunca deve estar submetido à supervisão do roteirista e
dodiretor, para poder obter as emoções pretendidas pelo autor.
b) As cenas brutas são inseridas pelo diretor na sequência sem os
momentosde tensão e sem sons adequados.
c) O Editor deve estar sempre de acordo com o produtor sem interferência
do diretor.
d) O editor pega o material bruto e dá vida à história, de acordo com as
pretensões do produtor.
e) O editor pega o material bruto e dá vida à história, de acordo com
aspretensões do autor e do diretor.
Após concluída a fase de �lmagens entramos na fase da pós-produção, que é
a fase dos cortes e montagens das cenas que foram gravadas nos estúdios e
nas externas (fora do estúdio). Esse trabalho é de responsabilidade dos
editores de �lmes e seus assistentes. Antes essa função era atribuída a vários
pro�ssionais especializados em cada fase da produção, como por exemplo:
editores de imagens, (fotos e imagens); editores de efeitos visuais; editores de
som e música etc.  Existem também os editores que fazem edição ao vivo. São
os que trabalham editando programas ao vivo e edições de telejornalismo.
Hoje, todo o trabalho de edição é feito pelo processo digital, usando os
softwares especí�cos para essa função. Para um trabalho bem elaborado, no
entanto, o equipamento tem de ser manejado por um editor com bastante
talento e criatividade, para que se tenha uma montagem coerente não só de
sequências de imagens, história, música, ritmo, diálogos e impacto visual, mas
também a performance dos atores.
O Editor
Prática de Edição ePrática de Edição e
MontagemMontagem
É lógico que a tecnologia empregada para a edição conta muito, mas é a com
competência do editor, com olhar estético bem apurado, sincronizando-o com
o roteiro e com a narrativa pretendida que se obtêm os efeitos visuais e
dramáticos desejados. O trabalho do montador de selecionar, ordenar e
ajustar os planos gravados pela equipe de produção deve sempre contar com
a supervisão do diretor e, dependendo do caso, também do produtor. Há,
inclusive, alguns diretores perfeccionistas como é o caso do japonês Akira
Kurosawa, e do iraniano Bahram Beyzai, que editam seus próprios �lmes.
Uma referência na arte de edição é o cineasta soviético Sergei Eisenstein que
foi um dos primeiros a explorar o sentido emocional nos cortes e montagens
segundo comenta Saraiva e Cannito (2004), em seu livro manual do roteiro.
O editor deve ter muito cuidado e muita atenção, porque na hora de editar
ele pode encontrar erros e falhas na gravação, e há casos em que a cena tem
de ser gravada novamente. É na ilha de edição que o �lme nasce de fato. O
editor pega o material bruto, isto quer dizer que são cenas �lmadas fora de
ordem de tempo e espaço, sem as emoções pretendidas pelo autor e pelo
diretor, como por exemplo, os choques, os momentos de tensão ou de
ternura, e os sons adequados, e coloca tudo isso numa ordem capaz dar
“vida” à história, portanto está claro que o �lme é construído na mesa de
edição.
A edição de vídeo é um processo tanto artístico quanto técnico que requer
alguns requisitos básicos que devem ser aperfeiçoados para quem quer se
tornar um bom editor, por isso é importante observar os seguintes itens:
a) saber utilizar-se dos meios técnicos disponíveis para edição, dominando
todos os recursos disponíveis no equipamento ou no programa de
computador (caso da edição digital), procurando tirar o máximo proveito dele;
b) desenvolver habilidades para saber selecionar e organizar as imagens e os
sons gravados, para inseri-los no lugar exato e no tempo certo – às vezes
milímetros de espaço e milionésimos de segundos contam muito para se
obter um resultado perfeito;
c) selecionar e adequar as imagens e sons originalmente captados com olhar
estético para que o resultado da edição não �que apenas bem �nalizado, mas
também artisticamente bem acabado.
A passagem do sistema de edição analógico para o sistema digital exigiu um
esforço imenso dos pro�ssionais da área na época, porém hoje praticamente
todas as edições são feitas digitalmente, e os pro�ssionais da área dependem
do seu conhecimento e da sua habilidade em manipular programas de
computadores, como veremos mais adiante.
reflita
Re�ita
Na produção de um audiovisual de um
anúncio publicitário, usamos os
mesmos procedimentos usados nas
produções para cinema e vídeo. O
cliente passa um brie�ng para a
Agência de Publicidade, contendo
todas as informações sobre o produto
a ser divulgado, tais como:
composição, embalagem, formas de
uso etc. A partir do brie�ng os
pro�ssionais da agência irão usar a
criatividade para elaborar conceitos,
títulos, textos, fazendo opções
estéticas e visuais etc. O
departamento de produção irá então
para a execução do audiovisual. Para
�lmar o anúncio publicitário, segue-se
a lógica e os métodos usados para
cinema e vídeo: as cenas são gravadas
conforme narrativa e roteiro. De posse
das cenas gravadas passa-se para a
fase da edição que vai fazer a seleção
das melhores cenas, para montagem
da versão de�nitiva do �lme. Para essa
versão de�nitiva onde o editor deverá
procurar informações sobre as
Corte e Transição
O trabalho “braçal” do editor/montador está na mesa de corte (também
chamada de switcher ou mixer) onde estão os equipamentos para fazer os
cortes e as transições. É aqui que as gravações vão se transformar de fato em
um �lme completo e acabado.
Corte não é apenas o trabalho de eliminar cenas que, durante o processo de
gravação não �caram boas ou não adequadas à narrativa. O corte é
fundamental para cada movimento. Dentro da cena ele serve para suprimir
movimentos inconvenientes, como por exemplo o piscar de olho inadequado
do ator/atriz durante um close-up. Através dele podemos inserir alguns
elementos importantes para manipular a atenção do espectador, como por
exemplo atrair o olhar dele para região da cena que queremos que olhe, ou
cortar cenas pouco interessantes para inserir cenas de motivação visual e
sonora. Outro exemplo são as cenas de lutas ou de muitas agitações, aí o
corte é feito para provocar mais impacto, aumentando a velocidade nos
movimentos, eliminando falhas nos choques ou nas quedas. O corte é
seguido de outro elemento fundamental –  a transição.
Transição é aquilo que é inserido entre duas cenas, servindo de passagem
entre uma e outra. Serve também para prolongar uma cena interessante,
como por exemplo, colocando o elemento sonoro mais alto (uma música, ou a
voz do personagem em o�) para atrair a atenção do espectador enquanto a
cena vai desaparecendo aos poucos, dando lugar à nova cena.
imagens adequadas e os cortes a
serem feitos?  Não devemos esquecer
que o espectador desse audiovisual é
o consumidor, que deverá ser
estimulado a adquirir o produto.
Na história do cinema, os efeitos de transição existem desde o seu
início, e com os mesmos objetivos de ampliar a dramaticidade e o
choque, mas em menor número de opções. Só recentemente, com
a entrada do sistema digital para �lmes transferidos para vídeo de
alta resolução, as opções foram diversi�cadas (GOSCIOLA, 2003, p.
124).
Hoje, de fato, com a edição digital os cortes etransições são feitos com os
  softwares de edição, mas é importante saber a terminologia dos
procedimentos feitos na “mesa de corte”.
Tipos de Cortes
1. Standard Cut ou Hard Cut - chamado também de Corte Seco, é um
corte direto, de uma cena para a próxima, sem os efeitos de
transição: juntam-se o último quadro de uma cena ao quadro da
próxima. É próprio para quando se quer uma sequência de imagens
dentro do enredo.
2. Jump Cut - literalmente seria um “salto cortado”. Realmente é uma
espécie de salto brusco e repentino no tempo e no espaço
(dependendo do caso), isto é, em fração de segundos passa-se de um
assunto para outro para tornar o �lme/vídeo mais dinâmico,
transmitindo sensação de rapidez, quando é o caso. Por exemplo,
cenas da mulher em casa, corta, num piscar de olhos, para o marido
no escritório. É o corte mais comum numa montagem.
3. Cutting on action - é o corte usado para a passagem de um plano
para outro, porém centrado na ação, isto é, numa sequência de
ações. O personagem ou o movimento do personagem começa a
ação, num plano, e termina em outro. Muito usado em lutas, por
exemplo, numa cena de soco: o personagem inicia o movimento do
soco num plano, e imediatamente, em outro plano aparece o soco
atingindo o rosto do adversário, em close-up. Essa montagem nos dá
a impressão de continuidade.
4. Cutaway - esse corte é usado quando se quer dar contexto à cena
para aumentar a dramaticidade. A ação principal é interrompida e é
inserido um objeto entre ela e a próxima. Por exemplo, um
personagem está conversando com outro pelo telefone, e as cenas
�cam se alternando entre um e outro, porém, em dado momento
focaliza-se o teclado do telefone. É usado também para inserir um
objeto importante na trama, como por exemplo, focalizar uma arma
providencial que surgiu para o personagem apanhar e se defender
do agressor. Muitos usam essa técnica para sobrepor cenas que
foram gravadas erradas ou mal gravadas.
5. Match Cut - é aquele corte usado para combinar cenas diferentes,
mas com imagens semelhantes em um curto espaço de tempo,
mantendo relação entre um e outro sem desorientar o espectador. O
exemplo mais lembrado é do �lme “2001 uma Odisseia no espaço”:
no início do �lme um primata atira um osso para o alto, e a câmera
acompanha o osso em direção ao céu e imediatamente há o corte
para uma nave, com o formato do osso, navegando pelo espaço
sideral.
6. Cross Cut - é usado para quando se tem duas ações paralelas, porém
em lugares diferentes, então se faz o corte de uma para outra. Às
vezes uma é de muita ação, a outra é de tranquilidade. Geralmente
usada para provocar tensão e suspense.
7. Invisible Cut - é usado para dar continuidade de forma tal que o
espectador nem percebe o corte. Está sendo muito usado no
momento, principalmente nos �lmes de super-heróis, em que as
batalhas parecem continuar por longos períodos, passando de um
combate a outro sem interrupção dando a impressão de que é um
movimento continuado ao longo do tempo e do espaço.
8. Smash Cut - é também um corte brusco, inesperado para o
espectador para marcar momentos emocionais marcantes. É feito
quando há diálogos ou momentos importantes da história.
Esses são os cortes mais usados em cinema e vídeo, porém, devemos estar
atentos para outros tipos de cortes, menos usados, e cortes que são próprios
ou criados por produtoras. Outra questão é a linha tênue que separa o que é
corte e o que é transição, pois seu entendimento pode variar de pro�ssional
para pro�ssional.
saibamais
Saiba mais
Recomendo aos estudantes essa série de
erros de edição que acabaram chegando até
o público, e que servem bem para ilustrar o
Item 3.2 – Prática de Edição e Montagem.
Chamamos a atenção, sobretudo, para o erro
de Edição cometido no �lme “ Transformers: A
Era da Extinção ”, de 2014, dirigido  por
Michael Bay, onde o aluno vai ter a
oportunidade de ver uma cena em que
aparece uma vã em cuja parte traseira tem
12 monitores, usados justamente para
edição, porque  dependendo das cenas, a
edição é feita no local da �lmagem. Vê-se que
alguns monitores estão exibindo o “chroma
key” verde claro, outros já com imagens. O
chroma key consiste em colocar o verde ou
azul anulando o fundo, podendo sobrepor
outra imagem sobre ele, através de
computação grá�ca. Esse foi um erro
gravíssimo de corte e montagem, pois a vã
não deveria aparecer, mas é muito
interessante porque se vê uma ilha de edição
de externa completa. Assim, veja os “10 erros
bizarros de edição que foram para as versões
�nais de �lme”.
ACESSAR
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm
Tipos de Transição
1. Iris - é quando o editor/montador escolhe uma forma, como por
exemplo, um quadrado, um losango, uma cruz, crescendo ou
encolhendo, para fazer a transição entre uma cena e outra.
2. Fade in e fade out - são feitas passagens entre os cortes, mas de
forma lenta e em preto e branco.
3. Wipe - é como se fosse uma virada feita entre uma cena e outra,
fazendo com que a primeira cena se transforme na seguinte. Os
pro�ssionais da área costumam dizer que é preciso muita
criatividade para fazer o wipe.
4. Cross dissolve (Dissolução) = é quando uma imagem faz uma
transição lenta e gradual de forma que parece que ela está se
dissolvendo para formar a imagem seguinte. Pode também fazer isto
com o desbotamento de cores, dissolvendo uma sobre a outra para
dar maior contraste.
Edição Linear
Usando uma metáfora poderíamos dizer que editar pelo método linear
(analógico) seria o mesmo que usar uma máquina de datilogra�a para
escrever, e editar pelo método não linear (digital) seria usar o computador.
Na edição linear o editor pega todos os “ takes ” (tomadas de cenas gravadas
separadamente) e os coloca em ordem. Em seguida, de acordo com o roteiro
determinado pelo diretor, ele deverá escolher qual o tipo de transição irá usar
entre uma cena e outra.
Na edição linear usa-se uma “ilha de edição” contendo um ou vários
videocassetes, para projetar os tapes das cenas ( takes ) gravadas
originalmente. Um dos videocassetes chamado de Edit Controller controla os
outros videocassetes, e vai hospedar a �ta que servirá como edição �nal,
chamada de master. Os cortes nos takes são feitos em sequência numérica:
cena 1, depois cena 2, cena 3 e assim por diante. Depois vem a colocação da
trilha e dos efeitos sonoros; títulos; legendas e créditos.
Existem alguns tipos de videogravadores que vêm com dois modos de edição:
a) Assemble , onde todas os takes selecionados são copiados em outra �ta, já
colocando em ordem de sequência de cenas, e tempo de duração, e o áudio e
o vídeo são sincronizados.
b) Insert = nesse caso a pista de sincronização tem que ser feita com
antecedência.
Edição não Linear
É a forma de editar usando equipamentos digitais para digitalizar imagens das
tomadas de cenas gravadas ( takes ) que são transferidas para o hard disk de
um computador onde se transformam em arquivos digitais de vídeo, e assim
podem ser acessadas e processadas quase que instantaneamente,
independente da ordem em que as cenas foram gravadas.
Os primeiros equipamentos de edição digital eram computadores projetados
para essa �nalidade. Hoje não necessitamos mais de máquinas feitas
exclusivamente para esse serviço, basta apenas um computador padrão com
softwares destinados a essa �nalidade. Esse tipo de edição �rmou sua base
nos últimos dez anos.
Figura 3.4 - Editor de imagem em uma ilha não linear
Fonte: Diana Bargan / 123RF.
Atualmente existem no mercado dezenas de softwares para serem usados
em edição de cinema e vídeo. Alguns são mais simples de serem operados,
próprios, portanto, para os amadores e principiantes na arte de editar, outros
são de nível médio e temos ainda alguns programas avançados, dirigidos para
os pro�ssionais que necessitam editar produtos de audiovisuais de alto nível
de qualidade.
Podemos selecionar alguns programas, levando em consideração o grau de
conhecimento na área audiovisual,bem como, de acordo com os custos
investidos e o destino do �lme ou vídeo.
Se o audiovisual que vamos produzir não exige muita preocupação quanto à
qualidade �nal, podemos lançar mão de dois programas que atendem
diferentes sistemas operacionais de que dispomos, tais como o Windows,
Linux, Macintosh e outros.
MOVAVI = é um editor bem simples, mas oferece alguns recursos
para ajustar a cor, criar efeitos visuais, e outras ações. Ele tem uma
versão que já vem em português.
OPENSHOT = é o mais indicado para quem se utiliza do sistema
operacional Linux. Oferece muita facilidade para os iniciantes, pois as
tarefas de cortar, inserir som e fotos, fazer efeitos visuais é bastante
facilitada, em função da simplicidade oferecida pelo seu menu de
tarefas.
iMOVI = este é um editor que funciona muito no computador e
outros dispositivos móveis da Apple (iPhone, iPad) e também da
Macintosh. Embora ele não requeira muitos conhecimentos técnicos,
ele tem algumas limitações para editar vídeos que exigem
complexidade  na importação e exportação de dados.
VIDEOPAD = se o vídeo a ser produzido não exige edição muito
profunda, como fazer cortes, inserções de pequenos efeitos e fazer
junções esse programa é o ideal, devido à facilidade em operá-lo. Ele
serve tanto para o Macintosh como para o PC (Windows).
OUTROS = como há muita concorrência entre os fabricantes desses
softwares. Poderíamos ainda citar como exemplo o FILMORA que já
vinha instalado nos PCs, mas que foi descontinuado, mas ainda pode
ser encontrado com facilidade, pois o sistema operacional Windows
foi um dos mais comercializados no Brasil.
Para quem está num nível intermediário, isto é, já tem um pouco de
experiência na área de edição existem alguns programas que se adequam
mais a esse per�l.
CAMTASIA = é o mais popular entre os produtores de vídeo,
principalmente aqueles que produzem vídeos para plataformas de
compartilhamento e para quem produz programas com conteúdo
educativo, tipo tutoriais e videoaulas, pois ele possui muitos recursos
de captura de tela e de seus próprios arquivos, facilitando muito o
trabalho de edição.
PINNACLE STUDIO = esse programa oferece alguns modelos que
podem ajudar a editar de forma precisa e com segurança, mesmo
para quem não tem muita familiaridade com programas de edição
POWER DIRECTOR = esse é um APP para edição de vídeo direto do
celular, e fácil para compartilhar o trabalho nas mídias sociais.
Embora só permita dois formatos (16X9 e 9X16) e seja só para
Android, em contrapartida oferece muita facilidade para operações
como transições, painéis para mixagem de som, efeitos, e inclusive
tem controle de slow e fast. Facilita também o trabalho de �nalizar o
trabalho, porque ele pode ser feito no próprio celular.
LIGHTWORKS e WONDERSHARE = também oferecem mais facilidade
para quem já tem um pouco de conhecimento de edição.
Para programas mais pro�ssionais, também encontramos muita concorrência
entre os fabricantes de softwares, que oferecem programas, embora para a
mesma função, mas não totalmente iguais, isto é, com algumas
especi�cidades próprias de cada um.
ADOBE PREMIERE = é o programa que os editores pro�ssionais mais
gostam, devido a uma série de qualidades que o difere dos demais
principalmente pela sua robustez e também por ser o mais completo
proporcionando mais agilidade, e tem a vantagem de oferecer muita
diversidade de recursos para edição de vídeos produzidos dentro dos
padrões de uma produção pro�ssional. Funciona mesmo em
computadores com con�gurações simples. Além disso ele oferece
ferramentas integradas com os demais programas do pacote Adobe ,
como os softwares Photoshop, After Efects e Audition , através do
Creative Cloud .
SONY VEGAS = é um programa, embora bem pro�ssional, mas que é
também bastante versátil, por oferecer recursos que possibilitam
editar tarefas desde as mais simples até tarefas “dignas de
Hollywood”, segundo pro�ssionais da área.  O inconveniente é que o
Sony Vegas Pro está disponível apenas para o sistema operacional
Windows, mas por outro lado ele conta com um sistema de
exportação de imagem de alta capacidade, além de um app (Vegas
Pro Connect) que auxilia no compartilhamento via Tablet.
DA VINCI RESOLVE 12.5 = o lado bom desse programa é que ele
além de ser ótimo, é oferecido gratuitamente, desde que seja
instalado num computador com boa performance. Ele parece ser um
pouco difícil de ser usado, por ter uma interface pouco intuitiva, e
seus comandos são mais complexos, mas em contrapartida é o
software que mais evolui no momento. Outro diferencial, em relação
aos concorrentes é que ele possui uma página de color com muitas
ferramentas de colorização pro�ssional, o que pode facilitar na hora
de preencher imperfeições que vieram com as gravações.
Esse programa tem também uma modalidade paga que oferece algumas
vantagens adicionais, como efeitos e �ltro de redução de ruído.
Existem ainda outros que podem servir para edições pro�ssionais,
mas que, como os citados acima, exigem experiência e familiaridade
na área de Edição. Podemos citar: FINAL CULT, HITFILM EXPRESS,
AVID, CLICKBERRY, SHOWBOS, EDIUS, e outros. Note que alguns
programas são próprios para sistemas operacionais especí�cos,
como o caso do Final Cult que é próprio para Mac.
É muito importante manter-se sempre atualizado em relação aos programas
de edição e às novas ferramentas digitais que surgem constantemente no
mercado.
praticar
Vamos Praticar
Temos duas ações ocorrendo de forma paralela: uma situa um personagem dentro
de uma sala tranquila, enquanto que a outra ação focaliza outra personagem,
dentro de um carro numa avenida bastante agitada e barulhenta. O roteiro
 estabelece um encontro entre  os dois personagens. É uma sequência em que  a
câmera vai de ação para outra.  Neste caso, assinale a alternativa que apresenta
corretamente o tipo de corte que devemos fazer.
a) Cutaway
b) Fade In e Fad Out
c) Cross Cut
d) Invisible Cut
e) Corte Seco
No �lme “Colateral” de 2004, dirigido por Michael Mann, o personagem
Vincent – interpretado pelo ator Tom Cruise, acaba de chegar de viagem e
aguarda um táxi na frente do aeroporto. Um táxi para e desce dele uma moça
que dá ao motorista um cartão de visita. Vincent entra naquele mesmo táxi,
que é dirigido pelo personagem Max, interpretado pelo ator James Fox.
Vincent oferece 600 dólares para Max levá-lo a 5 lugares. É noite e o táxi
circula por minutos até que Vincent pede para Max parar numa rua deserta.
Ele desce, e em seguida entra num prédio. Max começa a comer um
sanduíche e a olhar fotos de carros de luxo. Buumm!!! - Um corpo cai sobre o
para-brisa do carro, quebrando o vidro e provocando um choque aterrador
no incrédulo Max.
Essa ação é a “virada” prevista no roteiro, isto é, aquele momento em que o
�lme toma outra direção, levando o público a de�nir o gênero de �lme que
está assistindo (suspense). A partir daí o �lme continua nesse ritmo de
suspense e violência, pois Vincent é um matador pro�ssional. Vamos analisar
dois aspectos destas cenas: a narrativa e a edição.
Experimento deExperimento de
Narrativa e EdiçãoNarrativa e Edição
Diante do roteiro e da narrativa, a primeira preocupação do diretor foi a
escolha do elenco: Tom Cruise é um astro muito conhecido do público e
sempre visto trabalhando como “bom mocinho” – aqui o primeiro choque
surpreendente: o �lme já estava com mais de 19 minutos mostrando cenas de
movimentos normais e rotineiros, e de repente um corpo cai pela janela do
prédio sobre o carro de Max. Quem havia saído do carro?   Em fração de
segundos o público é surpreendido pela dúvida - o “bom mocinho”?   E será
que agora é um matador violento?  Nos momentos seguintes o público tem
certeza, pois Vincent aparece saindo do prédio e obriga Max a ajudá-lo a
colocar o corpo no porta-malas do carro. Vejam como a narrativa e a edição
se integram:
A narrativa conduz o público-espectador = chegada ao aeroporto, solicitação
do táxi; diálogo com o motorista; viagem pelas ruas; e a escolha dos atoresfamosos, mas com históricos românticos. Tudo dentro da rotina, num clima
ameno.  A narrativa está criando expectativas na cabeça do espectador:  para
onde irão esses dois moços, e o que farão? O táxi estacionou numa rua
escura:   Vincent desce e some de cena. O outro come sanduíche e observa
fotos de carros, sugerindo ao público que ele estava sonhando em montar
sua própria frota de carro, já que no começo do �lme ele saiu da garagem de
uma empresa de táxi, sugerindo que ele é apenas empregado. Entrada de
Vincent no prédio e aí toda uma trama se desenrola. A partir daí o público vai
esperar muita história pela frente e a narrativa vai conduzi-los sempre num
clima de expectativa à espera de suspense: a�nal Vincent não ofereceu a Max
600 dólares para Max conduzi-lo a cinco lugares? A lógica do espectador é
simples: depois dessa vítima faltam ainda mais 4.
Os cortes foram precisos.   O táxi estaciona e Vincent desce na frente do
prédio - um Cross Cut = a imagem dele vai indo em direção à porta enquanto
a imagem de Max vai se centralizando no carro. O público aguarda com
inquietação a cena seguinte. Um Jump Cut (salto cortado) = Max comia o
sanduíche quando o corpo se choca violentamente contra o para-brisa,
quebrando o vidro e o limpador de para-brisa do carro. Os takes das cenas a
seguir foram trabalhosos: o carro está na rua - um take; mas o para-brisa tem
de ser quebrado e o limpador amassado - outro take, a imagem da cabeça de
Max, por trás com o vidro já quebrado - mais outro take. É feita então uma
sequência de cortes em Jump Cut que num abrir e fechar de olhos o
espectador vê um vulto rapidíssimo do corpo caindo, o vidro quebrado (em
milionésimo de segundos) e o susto de Max. Uma surpresa chocante toma
conta do espectador. A seguir uma série de cortes secos e cutting on action
(corte em ação) são utilizados para a inserção dos planos que foram usados
na saída de Vincent do prédio; na pressão que ele exerce sobre Max para
ajudá-lo a colocar o cadáver no porta-malas. O vidro e limpador de para-brisa
quebrados vão ser inseridos num outro corte (do tipo cutaway ) numa cena
posterior, onde o táxi é parado pela polícia que exige explicações sobre o
problema do vidro. No carro ainda teremos mais duas transições inseridas
entre cortes de ação. Uma trilha sonora, tipo “ suspense soundtrack ” (som de
suspense) completa essa passagem do �lme.
praticar
Vamos Praticar
A ilha de edição usada para fazer edição linear continha vários videocassetes que
projetavam as diversas cenas gravadas, e eram controlados por um Edit Controller.
Na edição não linear não necessitamos mais da ilha de edição com vários
videocassetes. O que usamos hoje são outros equipamentos para fazer a edição
linear.
Assinale a alternativa correta.
a) O que usamos necessita de computadores padrão com softwares
especí�cos.
b) Usamos softwares especí�cos de nova geração e computadores especiais.
c) Usamos somente computadores do Sistema PC e softwares comuns.
d) Usamos computadores Mac e Apple, com softwares projetados para essa
�nalidade.
e) Não necessitamos de softwares, somente computadores especí�cos.
indicações
Material
Complementar
FILME
Apocalipse Now - Final Cut
Ano: 2019
Comentário: O �lme Apocalipse Now  dirigido por
Francis Ford Coppola.  Este �lme ganhou o festival de
Cannes em 1979. Ganhou o prêmio Oscar de Mixagem
de Som  e foi indicado como Melhor Montagem. Ele é
considerado um dos melhores �lmes da História do
cinema,  tornando-se uma referência no item “Edição”,
pois já foi editado três vezes. A primeira edição foi feita
pelo competente Editor Walter Murch, em 1979, por
ocasião do seu lançamento. Em 2001 o diretor Coppola
fez uma versão para Blu-Ray, restaurando o negativo
original, acrescentando cenas que haviam sido cortadas
na edição original. Em 2019 nova edição, agora chama
de “Final Cut” – corte �nal. Coppola explica que sempre
lamentou alguns “cortes” que teve que fazer na versão
original. No trailer indicado abaixo aparece o próprio
Coppola explicando as razões dos cortes
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a
seguir.
TRA ILER
LIVRO
NUM PISCAR DE OLHOS
Editora: Zahar
Autor: MURCH, Walter
ISBN: 13.978.8571107823
Comentário: É um livro excelente para  os pro�ssionais
que trabalham com edição e montagem de cinema e
vídeo porque explica a utilização dos equipamentos e
principais ferramentas que são utilizadas para se fazer
edição de �lmes com pro�ssionalismo. O capítulo sobre
 a técnica usada nos cortes é muito interessante porque
dá  dicas de como devem ser as relações do editor com
o diretor para se obter o máximo de informações que
ajudarão muito para se conseguir fazer uma operação
de continuidade ou descontinuidade, que se encaixe
com perfeição na narrativa pretendida pelo autor.
En�m é um verdadeiro manual na arte de editar,
 principalmente porque o autor é um inovador nesta
arte.
conclusão
Conclusão
A tecnologia, a velocidade e a estética da edição e montagem sofreram
grandes transformações ao longo de mais de um século de existência. Hoje
estamos atravessando uma fase de um impacto profundo na técnica de
edição, pois estamos vivenciando a revolução do “Digital”, como processo,
tanto no manuseio da imagem como do som.
Os trabalhos praticados numa mesa de edição e o editor não foram
superados ou substituídos no processo de edição digital, principalmente
porque o fator humano é primordial no acabamento de um processo que
começa com a criação do roteiro, que se estende com o trabalho de gravação
de cenas e termina na edição, contando com a habilidade e criatividade do
editor. Os principais programas (Softwares)   de edição digital facilitam e
agilizam o processo de edição, mas exigem treinamentos especiais,
combinados com a formação conceitual,   somados ainda com a criatividade
dos operadores de edição.
A terminologia dos diversos tipos de cortes é muito importante para o
trabalho rotineiro de gravações, mas o mais importante é saber os efeitos
  que esses cortes provocam no imaginário do espectador. Os conceitos e
regras básicas no processo de edição são iguais, tanto para a edição analógica
como para a digital, mas para alguns pro�ssionais da área, o editor, numa
plataforma digital,  tem mais liberdade de criação, porque em cada etapa do
processo ele é capaz de pré-visualizar e corrigir as falhas e inserir acertos com
mais rapidez, sem precisar manusear a �ta ou o disco gravado.
referências
Referências
Bibliográ�cas
GOSCIOLA, V. Roteiro Para as Novas Mídias . São Paulo: Senac, 2003.
MURCH, W. Num Piscar de Olhos . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
SARAIVA, L.; CANNITO, N. Manual do roteiro - O Manuel, primo pobre dos
manuais de cinema e tv. São Paulo: Conrad Livros, 2004.
TECMUNDO. 10 erros bizarros de edição que foram para as versões �nais
de �lmes . 6 nov. 2015. Disponível em:
https://www.tecmundo.com.br/�lmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-
versoes-�nais-�lmes.htm . Acesso em: 20 maio 2020.
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm

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