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Prévia do material em texto

PRODUÇÃO E EDIÇÃO
 DE AUDIOVISUAL
Professora Esp. Aleksa Marques
 REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
 DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
 DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Geani Andrea Linde Colauto 
 DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
 DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel 
 SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho 
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Caroline da Silva Marques
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante 
 Geovane Vinícius da Broi Maciel 
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Kauê Berto
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO André Dudatt
 Carlos Firmino de Oliveira
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO Carlos Eduardo da Silva
 DE VÍDEO Carlos Henrique Moraes dos Anjos 
 Yan Allef 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
M357p Marques, Aleksa
 Produção e edição de audiovisual / Aleksa Marques.
 Paranavaí: EduFatecie, 2022.
 88 p.
 
 1. Gravação em vídeo . 2. Comunicação de massa. 3. Multimeios.
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a 
 Distância. III. Título. 
 CDD:23.ed. 791.43
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9 /1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2022 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2022. Os autores. Copyright C Edição 2022 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
https://unifatecie.edu.br/
3
AUTORA
Professora Esp. Aleksa Marques 
- Formada em Comunicação Social - Jornalismo (Unopar);
- Especialista em Criação e Produção Audiovisual (Pitágoras);
- Pós-graduanda de MBA em Comunicação e Mídias Digitais (UniFatecie);
-	 Professora	de	Fotografia	EAD	(UniFatecie);
- Professora de Audiovisual EAD (UniFatecie).
Trabalhou com produção de cinema entre 2016-2019 e produção e coordenação de 
TV entre 2019-2022 e trabalha atualmente na TV Maringá - Band. 
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/6071843806766202
 http://lattes.cnpq.br/6071843806766202 
4
Olá, aluno (a),
Como	amante	do	conhecimento,	 fico	muito	 feliz	que	esteja	aqui.	A	disciplina	de	
Audiovisual irá agregar muito em sua vida, pois é uma área que está muito presente em 
nossos dias, nos mais diversos momentos. 
O audiovisual pode ser encontrado na televisão, no Youtube, plataformas de strea-
ming,	no	celular,	nas	animações,	nos	jogos...	enfim.	Há	milhares	de	maneiras	de	se	criar	
produtos audiovisuais e de consumí-lo. 
Na Unidade I deste material, vamos entender um pouco mais sobre a história do 
audiovisual	e	sua	contextualização,	além	de	estudar	os	primeiros	passos	para	se	fazer	uma	
produção	desde	a	pré-produção,	elaboração	do	roteiro	e	definição	de	equipe,	por	exemplo.	
Já na Unidade II, daremos seguimento às etapas da produção e sairemos do pla-
nejamento	para	entrar	no	plano	da	execução.	Dá	escolha	dos	atores	à	definição	dos	locais	
das gravações. Direção de arte à continuidade, que diga-se de passagem é uma etapa de 
extrema importância e você irá entender o motivo. 
Na Unidade III, abordaremos a produção propriamente dita como equipe, a gra-
vação de imagens e do áudio, além de passar pelos processos de montagem de todo o 
material captado e da decupagem do conteúdo. Um processo também importante. 
A última Unidade será destinada à pós-produção de seu produto. A forma como ele 
será editado pode mudar toda sua estrutura, por isso é de suma relevância pensar todo o 
processo	antes	de	iniciar.	Veremos	também	os	principais	softwares	utilizados	na	atualidade	
para	ajudar	os	criadores	no	processo	final.	
Se tudo isso soa estranho e trabalhoso para você, querido (a) aluno (a), não se 
preocupe. Estou aqui para te auxiliar na criação de suas peças audiovisuais de forma simples 
e	leve.	O	importante	aqui	é	você	aprender	e	fixar	o	conteúdo	de	forma	agradável.	Vamos	lá?	
Prepare a pipoca, o filme vai começar!
Prof. Esp. Aleksa Marques 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
SUMÁRIO
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Plano de Estudos
• Audiovisual: contextualização histórica;
• Pré-produção e roteiro;
• Storyboard: planejamento e enquadramento das cenas;
• Orçamento e definição da equipe com 10 discentes em 
 cada grupo.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar as produções audiovisuais; 
• Compreender os tipos de iniciação à criações do gênero;
• Estabelecer a importância do audiovisual para a humanidade.
1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO ÀINTRODUÇÃO À
PRODUÇÃOPRODUÇÃO
AUDIOVISUALAUDIOVISUAL
 Professora Esp. Aleksa Marques 
7
INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Olá, aluno (a),
Se você chegou até aqui é porque realmente está interessado em aprender mais 
sobre	este	mundo	tão	vasto	que	é	o	audiovisual.	Não	sei	se	já	parou	para	pensar	sobre	
como esta prática domina e rodeia nosso dia a dia: no celular, no carro, na televisão, no 
supermercado. Tudo é audiovisual. 
A	definição	 básica	 de	 audiovisual	 nada	mais	 é	 do	 que	 aguçar	 dois	 dos	 nossos	
sentidos	básicos	simultaneamente:	a	visão	e	a	audição.	Com	eles,	somos	capazes	de	nos	
transportar para longe, para lugares antes não imaginados. Podemos transmitir mensagens 
e	utilizar	a	plataforma	como	meio	de	comunicação.	
Mais	especificamente	nesta	Unidade,	falaremos	sobre	as	produções	audiovisuais	
para	cinema	ou,	por	que	não,	canais	de	Youtube	e	vídeos	para	a	internet.	Seja	longo	ou	cur-
to,	com	muita	ou	pouca	verba,	todo	vídeo	requer	o	mínimo	de	planejamento	e	organização	
para	que	seu	resultado	seja	como	esperado.	
Faremos uma breve introdução ao mundo audiovisual para você saber de onde ele 
veio	e	quais2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
45
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Você	conhece	o	 trabalho	de	um	designer	de	produção?	Ele	é	 responsável	pela	
construção	visual	da	narrativa	influenciado	pelos	elementos	de	composição	do	filme.	Neste	
artigo você conhece um pouco mais sobre suas funções e como executá-las.
Fonte:	DOURADO,	Pedro.	Profissionais	do	cinema:	Designer	de	Produção.	Dispo-
nível em: https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/profissionais-do-cinema-desig-
ner-de-producao. Acesso em: 19 out. 2022
https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/profissionais-do-cinema-designer-de-producao.
https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/profissionais-do-cinema-designer-de-producao.
46
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
LIVRO 
Título: Sangue, suor e pixels: Os dramas, as vitórias e as curiosas 
histórias por trás dos videogames
Autor: Jason Schreier.
Editora: HarperCollins.
Sinopse: Os bastidores da criação e desenvolvimento de jogos 
de videogame são tão desafiadores e complexos quanto os jo-
gos em si, como um labirinto infinito ou um abismo sem fundo. 
Examinando alguns dos jogos mais bem-sucedidos e falhas 
mais infames do mercado de games, Jason Schreier imerge os 
leitores no inferno que é o processo criativo que se transforma 
em entretenimento. Sangue, suor e pixels é uma jornada em 
busca do sucesso, mas também uma homenagem aos entusias-
tas hiperdedicados e heróis sem nome que escalam montanhas 
e enfrentam epopeias perigosas na vida real para criar os me-
lhores jogos de todos os tempos.
FILME / VÍDEO 
Título: Saneamento Básico - O Filme 
Ano: 2007.
Sinopse: Os moradores de uma pequena vila na Serra Gaúcha, 
querem que a cidade tenha um tratamento de esgoto decente. 
Eles organizam uma comissão para pedir junto à subprefeitura, 
que informe a eles que não tem dinheiro para a obra. Mas, o 
município dispõe de uma verba de quase R$ 10.000 para a pro-
dução de um filme. Esse dinheiro foi dado pelo Governo Federal 
e se não for usado pode ser devolvido em breve. Os habitantes 
do lugar, decidem usar essa quantia para realizar a obra e rodar 
um filme da realização. Então eles se reúnem para elaborar um 
filme barato, que conta a história de um monstro que vive nas 
obras de construção de uma fossa.
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Plano de Estudos
• Decupagem;
• Produção;
• Áudio e foley;
•	Gravação:	imagem	e	iluminação.
Objetivos da Aprendizagem
• Entender o ritmo das gravações;
•	Organizar	a	produção	audiovisual	em	si;
•	Aprender	sobre	luz	e	áudio.
3UNIDADEUNIDADE
AUDIOVISUALAUDIOVISUAL
NA NA 
PRÁTICAPRÁTICA
 Professora Esp. Aleksa Marques 
48
INTRODUÇÃO
Como	vai,	aluno	(a)?	Tudo	certo	por	aí?
Até agora estudamos a parte inicial das produções audiovisuais que se baseiam em 
planejamento	e	mais	planejamento.	A	vontade	do	diretor	é	apertar	o	rec	da	câmera	e	sair	gra-
vando tudo, mas vimos que não é bem assim. Filmar em si é um dos últimos processos de um 
filme	ou	uma	série,	pois	precisamos	que	tudo	esteja	nos	conformes	antes	de	dar	vida	à	história.	
Acredito	que	a	parte	teórica	da	Unidade	III	seja	a	mais	aguardada	por	você.	Chegou	
o	momento	de	saber,	na	prática,	como	funciona	um	set	de	filmagem.	Produção	a	todo	o	
vapor para dar início às captações das cenas escritas por você ou pelo roteirista, hora de 
falar:	“SILÊNCIO	NO	SET”	ou	então	“AÇÃO”.	
No	primeiro	capítulo	vamos	entender	um	pouco	mais	a	fundo	formas	de	se	fazer	a	
decupagem	do	roteiro.	Como	vimos	anteriormente,	cada	setor	necessita	fazer	sua	decupa-
gem,	mas	há	maneiras	de	se	fazer	para	que	tudo	saia	perfeito.
No segundo capítulo veremos como atua o setor da produção durante as gravações. 
Essa	é	uma	das	equipes	que	mais	trabalha	antes	e	durante	o	filme,	pois	precisa	deixar	tudo	
planejado	para	que	não	haja	nenhuma	surpresa	durante	as	filmagens	e,	enquanto	tudo	está	
funcionando,	precisa	ter	certeza	de	que	tudo	está	correndo	bem.	
O terceiro capítulo será destinado ao áudio e ao foley: um dos pontos cruciais do 
filme.	Se	você	não	faz	uma	captação	de	áudio	boa,	seu	filme	pode	estar	80%	comprometi-
do,	pois	isso	espanta	o	público	que,	às	vezes,	não	entende	o	porquê	de	não	ter	gostado	do	
filme.	E	o	foley	se	une	ao	áudio	para	dar	vida	aos	movimentos	e	sons	que	podem	passar	
despercebidos, mas ganham outro sentido com esse método.
Logo na sequência veremos como funciona a gravação em si. Falaremos sobre 
aspectos importantes como câmeras, lentes e iluminação que é um dos fatores básicos e 
de extrema importância para as produções. Esta merece uma atenção especial para que 
seu	filme	fique	com	aspecto	de	profissional.	
Chega de enrolação, vamos ao que interessa. 
Te desejo uma boa leitura!
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
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Vamos	brincar	de	criar	por	um	instante.	Imagine	você,	diretor	do	filme,	tendo	que	
gravar uma sequência de diversas cenas para completar sua obra. No capítulo 1, você se 
depara com uma cena complexa, em um local afastado da cidade que demanda gasto de 
transporte,	equipes	e	locação	de	objetos.	
No capítulo 3 você tem a continuação da cena, no mesmo local e nas mesmas 
condições.	Mas	a	equipe	responsável	pela	decupagem	do	roteiro	não	a	 fez,	pensou	ser	
algo	desnecessário	pois	já	queriam	dar	início	às	gravações.	
Resultado:	gasto	em	dobro,	perda	de	tempo	e	não	otimização	dos	recursos	disponí-
veis.	Ou	seja,	acho	que	você	já	pode	entender	um	pouco	da	importância	de	uma	decupagem	
bem	feita	e	de	“perder	tempo”	com	esse	processo	inicial.	
Kellison (2007 apud	Peruyera,	2020)	recomenda	que	as	filmagens	sejam	feitas	na	
sequência	do	roteiro,	pois	seria	mais	 fácil	para	 toda	a	equipe	se	 familiarizar	com	ele	de	
forma natural e participando da criação de maneira ativa. 
Entretanto, a autora reconhece que isso pode não funcionar, pois problemas de 
logística podem atrapalhar o andamento da produção. O interessante é agrupar as cenas 
no	mesmo	ambiente	para	otimizar	tempo	e	dinheiro.	
Cenas	gravadas	em	sequência	também	dificultam	o	agendamento	com	toda	a	equi-
pe	e	traria	um	transtorno	enorme	também	à	produção	de	arte,	já	que	a	maioria	dos	filmes	
são feitos com pessoas que não trabalham somente com o audiovisual e tem seus compro-
missos	com	empresas.	Por	isso,	mais	uma	vez	destacamos	a	importância	da	decupagem.	
49
 1 DECUPAGEM
TÓPICO
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
Decupar nada mais é do que extrair do roteiro tudo o que lhe facilitará a vida, desde 
equipamentos,	 ângulos,	 objetos,	 roupas,	 possíveis	 cenários	 entre	 outros.	O	 ideal	 ainda	
é apontar quais cenas precisam de mais recurso, despendem de maior empenho e que 
podem	trazer	mais	problemas	para	que	possam	ser	rodadas	primeiro.	
Buscando um pouco de sua origem, a palavra vem do francês découpage (do verbo 
découper,	que	significa	recortar).	Para	o	audiovisual,	se	enquadra	no	processo	de	dividir	as	
cenas	em	planos	menores	e	transformar	em	parte	do	planejamentodo	filme.	Ou	seja,	traduzir	
o	que	está	no	roteiro	de	forma	prática,	ver	o	filme	em	sua	cabeça	e	saber	antecipadamente	
do que todos irão precisar. 
Um	roteiro	decupado	é	aquele	que	já	foi	pensado	e	essa	prática	não	é	recente.	Ela	
começou	a	ser	utilizada	em	meados	de	1910,	quando	o	cinema	se	 tornou	uma	atividade	
em escala industrial e demandou alguns processos. Em 1940, este processo foi sofrendo 
alterações	e	começou	a	ser	utilizado	por	críticos	da	sétima	arte	que	foram	aprimorando	sua	
definição.	Em	1960,	a	noção	de	decupagem	mudou	e	passou	a	ser	um	processo	que	vai	
desde	a	planificação	do	roteiro,	passando	pelas	filmagens	e	também	pela	montagem	do	filme.	
A decupagem tem seu início na pré-produção e só se encerra na sala de edição, 
quando	os	planos	antes	imaginados	pelo	diretor,	tomam	forma	e	são	montados.	É	uma	das	
melhores	maneiras	de	garantir	que	todos	farão	o	mesmo	filme,	mesmo	quando	o	diretor	não	
estiver	presente,	por	exemplo.	Vale	ressaltar	ainda	que,	este	é	um	processo	conjunto,	não	
feito	somente	pela	direção	como	já	citado	anteriormente.		
Mas	como	fazer?	Será	que	existe	uma	maneira	certa	ou	alguma	errada?	Na	verda-
de,	existem	alguns	métodos	de	colocar	o	filme	todo	no	papel,	dependendo	de	quem	o	fizer	
e não existe certo ou errado. Mas algumas dicas podem facilitar e muito este processo. 
-	Leia	o	roteiro	imaginando	as	cenas	detalhadamente.	Releia	quantas	vezes	forem	
necessárias e tente extrair dela o máximo de informações possíveis;
- Anote tudo o que precisar e use canetas coloridas para destacar elementos principais;
- Se observar que alguma cena será problemática, tente solucionar de diferentes 
maneiras. Durante a leitura é mais fácil imaginar soluções plausíveis;
- Descreva movimentos de câmeras, poses, enquadramentos e todos os detalhes que 
achar	necessários	para	o	bom	entendimento	da	cena	incluindo	jogo	de	luzes	ou	desfoque;
-	Caso	precise,	utilize	desenhos	ou	fotos	como	referência.	Já	aprendemos	sobre	
storyboard e	você	pode	utilizá-lo	aqui	também;
-	Compartilhe	suas	ideias	com	outros	profissionais	da	equipe.	Duas	cabeças	pen-
sam melhor que uma e suas ideias somadas podem ser ainda mais interessantes. 
50UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
Um ponto interessante que deve ser destacado é que você não precisa (e não 
deve) levar a decupagem como regra absoluta. Ela é somente um ponto de apoio para que 
a equipe não quebre a cabeça no momento da gravação. Ela é um norte e pode ser mudado 
conforme a necessidade e a arte do improviso. 
Caso	você	seja	uma	pessoa	mais	perfeccionista	e	organizada,	segue	uma	sugestão	
de	planilha	para	se	fazer	a	decupagem	cena	a	cena:	
QUADRO 1 - TABELA DECUPAGEM
Fonte: A autora (2022).
Utilizando	uma	tabela	durante	a	 leitura,	fica	mais	fácil	 fazer	os	apontamentos	da	
cena. Claro que é só um exemplo e você pode incluir os campos que achar melhor para seu 
entendimento.	O	importante	é	fazer	a	decupagem	para	auxiliar	toda	sua	equipe.
51UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
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Estudamos	e	analisamos	a	necessidade	e	a	 importância	de	se	 fazer	cinema	ou	
produções	audiovisuais	 em	conjunto,	 como	uma	arte	 coletiva,	 uma	produção	de	muitas	
mãos.	Mas	a	sociedade	e	a	indústria	cinematográfica	ainda	centralizam	toda	sua	atenção	
em uma só pessoa como sendo o autor e responsável por toda a obra: o diretor. 
Porém, o que muitas pessoas não analisam ou deixam em segundo plano, é outra 
função que também se torna primordial para a existência da obra: o produtor e toda sua equipe. 
Se você acompanha as premiações de cinema como o Oscar, logo pode observar que o título 
de	responsável	pelo	melhor	filme	não	vai	para	o	diretor,	e	sim,	para	o	produtor	ou	produtores.	
Historicamente	a	tendência	é	de	exaltação	para	o	diretor	que	se	manifesta	como	
o	artista	responsável	por	todo	o	filme,	principalmente	o	viés	artístico.	Mas,	para	que	isso	
tudo	aconteça	e	saia	como	o	desejado	na	cena,	toda	uma	equipe	de	produtores	precisou	
trabalhar	(e	muito)	para	deixar	pronto,	fornecer	a	estrutura	e,	também,	ajudar	na	captação	
de	recursos	para	bancar	o	filme.	
De certa forma, o produtor é uma das únicas pessoas que participa de todo o 
processo,	desde	a	produção	ou	 recebimento	do	 roteiro	até	sua	finalização,	pois	ele	é	o	
departamento	de	execução	que	tem	como	função	principal	dar	suporte	ao	diretor.	“De	uma	
maneira	mais	específica,	a	produção	de	um	filme	se	refere	a	tudo	o	que	envolve	fazer	um	
filme,	incluindo	seu	planejamento	e	captação	de	recursos”	(RODRIGUES,	2007,	p.	67).
52
 2 PRODUÇÃO
TÓPICO
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
A	produção,	mais	propriamente	falando,	cuida	dos	recursos,	do	custo	do	filme,	da	lo-
gística,	da	tática	de	filmagem	e	também	do	retorno	do	investimento	aplicado,	controlando	sua	
distribuição e exibição. 
Vale ressaltar ainda que, cabe à produção administrar burocraticamente e artistica-
mente	esses	departamentos	todos,	a	fim	de	prover	meios	para	que	o	diretor	e	os	diversos	
outros setores consigam atingir os resultados esperados. Como salienta Rodrigues (2007, 
p.	68)	produzir	um	filme	é	saber	orçar,	planejar,	organizar,	administrar	e	executar.	
Transformar	a	história	em	um	filme	de	sucesso	também	é	tarefa	de	um	produtor	
que pode ser chamado de produtor executivo, co-produtor, produtor associado entre outros. 
Independente	do	nome,	o	objetivo	é	fazer	com	que	tudo	flua.	Ele	é	a	pessoa	que	viabiliza	e	
a quem é transferido controle total sobre a execução. Todo sucesso ou fracasso é respon-
sabilidade dele. 
Em grandes e pequenas produções, um dos pontos mais importantes é a qualidade 
no	contexto	geral,	além	de	fazer	de	tudo	para	seguir	o	teto	de	orçamentos	e	também	o	cro-
nograma	de	filmagens.	O	lema	deve	ser	o	máximo	de	qualidade	com	o	menor	custo	dentro	
do	prazo	antes	pré-estabelecido,	pois	isso	pode	ser	um	fator	de	decisão	sobre	quais	atores	
contratar	e	quantas	pessoas	na	equipe	poderá	ter.	A	utilização	correta	do	orçamento	influen-
cia	também	no	número	de	locações,	equipamentos	utilizados,	figurino	entre	outros	aspectos.	
Além	de	organizar	e	desenvolver,	o	produtor	pode	contribuir	com	ideias	criativas	
enquanto	supervisiona	e	gere	as	filmagens.	A	pessoa	que	busca	ser	um	produtor	de	cinema	
precisa ter uma boa visão do mercado, estar atento às mudanças mundiais e tendências, 
além	de	ter	autoridade	e	voz	ativa	para	chamar	a	atenção	se	necessário.	
Como	dissemos	anteriormente,	ele	acompanha	o	filme	do	 início	ao	fim,	 tendo	em	
mãos	o	roteiro	antes	mesmo	do	próprio	diretor	na	grande	maioria	das	vezes.	A	partir	de	então,	
é	sua	responsabilidade	fazer	com	que	a	sinopse	vire	um	projeto	completo	com	início,	meio	e	
fim.	Para	os	mais	confiantes	e	corajosos,	ser	roteirista,	produtor	e	diretor	é	algo	corriqueiro	e	
possível, porém arriscado. 
Dentro	da	área,	uma	das	figuras-chave	é	o	produtor	executivo	que	supervisiona	
todos os detalhes técnicos e administrativos da produção audiovisual, entre elas a criação 
do	orçamento	e	decisão	final	em	alguns	aspectos.	
Ele também supervisiona o andamento para evitar desperdício de tempo e dinheiro. 
Enquanto o diretor se preocupa com a parte artística e interpretação, o produtor executivo 
segue ativo nas contas e responsabilidades pela equipe. 
O	conceito	do	que	é	ser	um	produtor	foi	pela	primeira	vez	definido	por	Tho-
mas	H.	Ince,	que	introduziu	em	Hollywood	o	conceito	de	produtor	criativo:	o	
homem	que	conhece	o	suficiente	de	filmes	para	poder	planejar,	executar	e	
supervisionar todas as etapas desenvolvidas pelos outros. Tal conceito foi 
logo	adaptado	e	transformado	por	Mack	Sennet	no	conceito	que	temos	hoje	
(RODRIGUES,	2007,	p.	69-70).
Um	conceito	arrojado	que	tem	como	principal	viés	a	organização	e	produção	do	
filme	em	si	no	significado	de	ação	e	coordenação.	Realmente	produzir,	gerir	e	deixar	tudo	
ajustado	para	que	o	diretor	se	preocupe	apenascom	as	suas	funções.	Podemos	dizer	que	
o produtor é o coração da obra. Sem ele, nada funciona. 
53UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
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Chegamos	em	um	dos	pontos	cruciais	de	toda	gravação:	o	áudio.	Muitas	vezes	essa	
etapa	é	menosprezada	ou	deixada	de	lado	por	diretores	que	se	preocupam	somente	com	
as	imagens.	Mas,	como	o	próprio	nome	diz,	a	produção	audiovisual	depende	de	imagens	e	
áudio, tanto diálogos, como trilha sonora e foley. 
Em grandes produções, a equipe pode ser composta por um técnico de som que 
centraliza	o	áudio	e	monitora	a	captação	de	todos	os	microfones	através	de	um	aparelho	de	
som	que	geralmente	fica	à	tira	colo	ou	se	encontra	em	uma	mesa	de	som.	
Há	também	um	assistente	responsável	pela	colocação	dos	microfones	de	lapelas	e	
o operador de boom	que	é	o	microfone	que	fica	por	cima	de	todos,	sustentado	por	um	cabo
fixo.	Lembrando	que	a	captação	das	 falas	dos	personagens	necessita	de	equipamentos
específicos	como	gravadores	e	microfones.
Se	sua	produção	é	caseira,	atente-se	para	também	fazer	uma	captação	de	qualidade.	
Um	áudio	captado	de	forma	qualquer	denúncia,	às	vezes	ainda	mais	do	que	as	imagens,	é	
uma produção mal feita. Câmeras e celulares podem até ter suas captações externas, mas 
são	projetadas	para	captar	todo	o	som	ambiente,	sem	direcionamento.	Com	isso,	os	micro-
fones	embutidos	capturam	mais	do	que	desejamos	e	não	somente	a	fala	dos	personagens.	
Fazer	uma	marcação	no	áudio	é	muito	importante	e	vai	ajudar	na	hora	da	edição.	Pode	
ser	o	barulho	da	claquete	ou	uma	palma	alta	para	causar	um	“pico”	no	gráfico	de	som	do	vídeo	
e do áudio que são captados separadamente. Depois, na edição, é só unir os dois e pronto. 
Outro	ponto	crucial	são	as	roupas	utilizadas	pelos	técnicos	de	som	e	também	pelo	
elenco.	Alguns	tecidos	com	texturas	podem	causar	ruídos	indesejados,	assim	como	cachor-
ros	na	vizinhança,	obras	ou	objetos	como	relógios.	
Para	uma	boa	captação,	é	possível	utilizar	alguns	tipos	de	microfones.	
54
 3 ÁUDIO
E FOLEY
TÓPICO
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
3.1 Microfone direcional 
É	responsável	por	captar	o	som	vindo	de	uma	direção	específica.	Utilizado	bastante	
por cantores e apresentadores, pois agrega o som vindo de uma direção mais certa. Outros 
exemplos de microfones direcionais são o shotgun	e	o	boom,	os	quais	podem	ser	utilizados	
a uma distância maior. O shotgun	costuma	ser	utilizado	embutido	na	própria	câmera,	já	o	
boom	é	utilizado	por	cima	dos	atores	geralmente	como	uma	opção	a	mais	caso	dê	alguma	
falha nos microfones de lapela. 
FIGURA 1 - UTILIZANDO O BOOM 
Fonte: ShutterStock. Disponível em: Nos bastidores. 
Equipe de filmagem equipe Foto stock 663360562 | Shutterstock. Acesso em: 20 out. 2022.
Em ambientes externos, por conta do ruído do vento, essa capa protetora que se 
chama deadcat	 (do	 inglês	 “gato	morto”	pela	sua	semelhança	aos	pelos	de	um	 felino)	é	
muito	utilizada.	Ou	então,	aqui	no	Brasil,	 também	pode	ser	chamado	de	“[...]	Priscila	em	
homenagem à cadela de pelo longo, da raça Old English Sheepdog, da Tv Colosso, um 
programa	infantil	dos	anos	1990”	(PERUYERA,	2020,	p.	96).
55UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/behind-scene-film-crew-team-filming-663360562
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/behind-scene-film-crew-team-filming-663360562
3.2 Microfone onidirecional 
É	aquele	que	capta	o	som	em	um	espaço	esférico	ao	redor	de	todo	o	microfone.	
Pode	ser	utilizado	para	captar	o	som	ambiente	ou	o	“barulho	do	silêncio”.	
3.3 Microfone de lapela 
É	o	mais	utilizado	em	programas	de	televisão,	por	exemplo,	que	fica	na	gola	ou	
na	lapela	dos	entrevistados.	É	um	tipo	de	microfone	onidirecional,	por	isso	não	é	o	mais	
adequado para lugares com muito barulho ambiente. Ao usá-lo, é preciso um cuidado para 
que	ele	não	apareça	para	que	a	captação	de	imagem	ou	som	sejam	afetados.	
3.4 Gravadores de som
Estes	são	aparelhos	portáteis	cuja	única	função	é	gravar	o	som	com	bastante	quali-
dade.	Vale	a	pena	frisar	que	são	diferentes	daqueles	utilizados	para	gravar	entrevistas,	cuja	
qualidade é bem inferior. 
3.5 Celulares
Se você não tem orçamento para comprar ou alugar equipamentos, seu smartpho-
ne	pode	salvar	a	produção.	Deixe	no	modo	gravador	com	o	microfone	utilizado	nas	ligações	
próximo	à	boca	do	ator	e	pronto.	Uma	solução	ótima,	barata	e	muito	eficaz	pois	a	qualidade	
é igualmente boa. 
Não	só	os	diálogos	fazem	parte	do	som	de	um	vídeo.	Portas	abrindo,	sapatos	baten-
do ao chão, barulhos propositais acrescentam na hora de contar a história. Entra aqui o foley, 
ou sonoplastia. 
Antes de entender o que é foley, é preciso saber como é composta a trilha sonora 
de	um	produto	audiovisual.	Segundo	Stefanoni	(2014,	p.	11)	é	a	junção	de	todos	os	sons	do	
filme,	sendo,	a	grosso	modo,	a	voz,	as	músicas	e	ruídos.	Todos	unificados	em	uma	só	trilha	
tornando-se um só corpo a ser registrado em algum tipo de mídia, magnética ou digital, 
para depois ser exibido.
Quando assistido, o som e a imagem parecem se fundir em um só, dando a impres-
são	de	que	falam	a	mesma	língua.	É	o	que	os	profissionais	do	cinema	tentam	nos	passar	
desde	o	início	dos	filmes	sonoros.	Toda	trilha	sonora	de	filme	tem	suas	etapas	de	produção,	
assim	como	todo	o	restante	do	filme.	
Começa-se pela pré-produção, o som durante a produção e a pós-produção. Na 
primeira etapa é onde se observa, ainda no roteiro, todos os diálogos, sons externos, ruí-
dos, entre outros sons, que deverão ser pensados antes de a equipe sair para gravação. Na 
etapa	da	produção	em	si	do	filme,	a	captação	de	áudio	tem	uma	importância	fundamental	
para a construção da trilha sonora. 
56UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
A	pós-produção,	como	já	adianta	o	nome,	é	feita	após	o	término	das	gravações.
Nesta etapa, o som vai para tratamento e edição para exclusão de possíveis ruídos 
e	refinamentos	sonoros.	É	nesta	etapa	também	que	são	incluídos	os	ambientes	sonoros	
(fundo do mar, parque de diversões, etc.) os efeitos sonoros (portas, carros, máquinas, 
etc.), o foley (passos,	beijos,	roupas,	etc.)	e	a	música	definitiva	(STEFANONI,	2014,	p.	17)
3.6 O foley
Mas	afinal,	o	que	é	o	foley?	Para	Stefanoni	(2014,	p.	23)	foley,	ou	ruído	de	sala,	é	
“[...]	aplicado	tanto	à	técnica	de	gravação	em	estúdio	dos	sons	da	movimentação	dos	atores	
e/ou	objetos	em	cena,	que	é	feita	em	sincronia	com	a	imagem	do	filme,	quanto	ao	conjunto	
de	eventos	sonoros	em	que	essa	gravação	resulta”.	
Os	 sons	 adicionais	 são	 gravados	 separadamente	 em	estúdios,	 sendo	 utilizados	
como	intensificador	dos	ruídos	e	também	para	ajudar	na	narração	da	história.	Esta	técnica	
é	utilizada	na	pós-produção	de	áudio,	quando	ruídos	como	passos,	barulhos	de	roupas,	
talheres entre outros são imitados em sincronia com o que está sendo visto na imagem e 
depois adicionado na pós-produção. Os sons podem ser reais ou não, como no caso de 
filmes	de	ficção	científica	e	desenhos	animados.	
Resumindo,	Stefanoni	(2014,	p.	25)	afirma	ainda	que	foley são os sons das ações 
mais	delicadas	e	sutis	do	filme,	que	são	produzidas	através	de	gravações	altamente	sin-
cronizadas	e,	por	vezes,	complexas	de	serem	feitas.	O	foley, então, será o responsável por 
tornar audíveis todos os breves contatos, os diversos movimentos e atritos da cena.
57UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
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Hoje	em	dia,	é	muito	possível	e	comum	fazer	uma	produção	audiovisual	utilizando	
apenas	um	computador	e	um	ou	dois	celulares.	Mas	o	ideal	é	que	seja	algo	mais	profissional	
e	com	equipamentos	qualificados.	
Há	 vários	 tipos	de	 câmeras,	 por	 exemplo,	 que	 são	mais	acessíveis	 e	entregam	
uma imagem excelente e facilitam bastanteo trabalho. Um fator importante é a resolução 
do	equipamento.	Hoje	em	dia	há	câmeras	que	filmam	em	8k	e	4k	para	 telas	de	cinema	
enormes	e	arquivos	muito	pesados,	mas	para	quem	vai	 fazer	algo	mais	caseiro	ou	uma	
produção	mais	enxuta	câmeras	com	resolução	Full	HD	(1920	pixels	x	1080)	já	garantem	
uma ótima imagem. 
Outra questão a se pensar é o framerate, que é a quantidade de quadros captados 
por	segundo.	Os	modelos	mais	recentes	que	utilizam	a	câmera	lenta,	por	exemplo,	conse-
guem captar incontáveis frames por segundo. O interessante seria gravar em 60 que dá um 
movimento	mais	fluido	ou	em	30	que	dá	uma	aparência	de	vídeos	de	televisão.	
Antes	de	começar	a	gravar,	lembre-se	de	configurar	sua	câmera	para	o	seu	melhor	
desempenho	ou	o	desempenho	desejado.	Também	é	importante	manter	sempre	o	mesmo	
padrão ao longo de toda a gravação. Temos algumas opções disponíveis: 
58
 4 GRAVAÇÃO:
IMAGEM E
ILUMINAÇÃO
TÓPICO
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
4.1 Celular
A	câmera	de	um	smartphone	é	muito	vantajosa,	pois	está	sempre	a	nosso	alcance,	
são leves e fáceis de manusear. Seu celular ainda te permite baixar aplicativos de edição e 
fazer	correções	ali	mesmo,	como	captação	e	melhoramento	do	áudio.	
Essas câmeras também permitem a opção de gravar em slow motion ou na função 
time-lapse,	cujos	quadros	são	captados	em	intervalos	de	tempo	maiores,	para	mostrar	em	
segundos processos que podem levar horas. 
As	limitações,	porém,	também	existem.	Não	há	muita	possibilidade	de	zoom	sem	
perder	a	qualidade,	a	objetiva	é	fixa,	não	há	como	regular	a	câmera	para	fazer	uma	profun-
didade de campo ou conseguir desfocar o fundo. Mas, se você não tem outra opção, usar 
seu smartphone é uma opção muito bem aceita. 
4.2 Câmeras DSLR 
As	câmeras	reflex	(SRL	de	single lens reflex)	existem	há	décadas	e	se	caracterizam	
pela	presença	de	um	espelho	que	faz	com	que	a	imagem	do	visor	seja	captada	pela	objetiva	
da	câmera,	garantido	que	a	imagem	captada	seja	a	mesma	daquela	visualizada.	
A letra D foi acrescentada, pois a função de gravar vídeos foi acrescentada após 
a inclusão de um segundo sensor. Na prática, conseguimos ótimas imagens com possi-
bilidade	 de	 desfoques,	 assim	 como	 as	 câmeras	mais	 profissionais	 como	 as	 de	 cinema	
propriamente ditas. 
4.3 Objetivas
Tão	importante	quanto	a	câmera,	a	lente	ou	objetiva,	é	a	parte	óptica	da	câmera	e	
faz	parte	da	contextualização	da	captação	das	imagens.	Há	vários	tipos	delas,	que	podem	
ser	classificadas	pela	distância	focal:	as	normais	que	são	como	o	olho	humano;	as	grande-
-angulares	que	capta	com	um	ângulo	mais	aberto	como	a	Go-Pro;	e	as	teleobjetivas,	que	
são	mais	fechadas.	Existem	as	fixas,	cuja	distância	focal	não	varia,	e	as	objetivas	zoom,	
que diferenciam sua distância focal para mais perto ou mais longe.
Da	mesma	forma	que	as	lentes	interferem,	a	iluminação	também	diz	muito	sobre	
a	produção.	Há	vários	dispositivos	que	podem	ser	úteis	principalmente	para	montar	um	
pequeno	estúdio	em	casa	ou	na	locação	que	será	utilizada.	Soluções	caseiras	funcionam	
muito	bem	como	abajures,	lanternas	ou	até	mesmo	a	luz	natural	que	entra	por	uma	janela.	
A iluminação não serve apenas para conseguir captar as imagens em ambientes 
escuros,	ela	 faz	parte	da	 linguagem.	É	possível	utilizá-la	para	 ressaltar	objetos,	dar	um	
clima	diferente	à	cena	ou	ainda	para	ajustar	as	cores.	
59UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
4.4 Sungun
Na	maioria	 das	 vezes,	 os	 sunguns são de LED. Eles podem ser acoplados na 
própria	câmera	e	ainda	dão	a	possibilidade	de	utilizar	filtros	com	cor	ou	para	deixar	a	luz	de	
forma mais suave ou difusa. 
4.5 Softbox 
Outro equipamento é o softbox	que	possui	uma	 lâmpada	cuja	 luz	é	refletida	por	
uma superfície prateada e contém dois difusores, um próximo à lâmpada e o outro cobrindo 
a	parte	refletiva	para	deixar	a	iluminação	mais	ou	menos	difusa.	Na	internet,	você	encontra	
diversos	vídeos	explicando	como	fazer	um	softbox em casa. 
FIGURA 2 - SOFTBOX
Fonte: Shutterstock. Disponível em: Studio Lighting Stands Flash 
Octobox Isolated: ilustrações stock 1913322661 | Shutterstock. Acesso em: 31 out. 2022.
4.6 Rebatedores 
No	cinema	e	na	fotografia,	temos	a	opção	de	usar	rebatedores	que	utilizam-se	da	
luz	natural	ou	a	do	local.	Geralmente	são	dourados	e	prateados	e	servem	para	rebater	a	luz	
e	iluminar	mais	diretamente	o	objeto	principal.	
Vale lembrar também que, dependendo da forma que você direciona a iluminação ou 
a cor que você coloca nela, você passa diferentes informações e mensagens a quem está 
assistindo.	Uma	luz	com	foco	na	parte	superior	do	rosto	do	ator,	dá	um	ar	de	terror	e	medo.	Se	
coloca	mais	de	lado,	de	forma	mais	suave,	traz	uma	delicadeza	e	transmite	uma	sensação	boa.	
Tudo vai depender da mensagem que gostaria de passar a seus espectadores. Com 
ajuda	da	equipe	desde	o	início,	você	pode	sugerir	ângulos	e	curvaturas	na	iluminação	para	
chegar	ao	ponto	desejado.	Estude,	analise	e	converse	sobre	com	seus	colegas	de	trabalho.	
60UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/studio-lighting-stands-flash-octobox-isolated-1913322661
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/studio-lighting-stands-flash-octobox-isolated-1913322661
61UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA 61
Uma das câmeras mais utilizadas em Hollywood até hoje tem nome: Arri Alexa. Compacta, mas muito po-
tente, ela é a queridinha dos diretores por sua resolução impecável. Cinco dos filmes indicados ao Oscar em 
2022 utilizaram a Alexa para transpor nas telonas do cinema toda sua história. Além disso, ela é tida como 
uma das câmeras mais duráveis, não tem histórico de superaquecimento ou de quebra fácil. Tudo isso faz 
com que ela seja uma das marcas mais tradicionais quando o assunto é a indústria do cinema. 
Para saber mais acesse:
https://www.8milimetros.com.br/por-que-a-arri-e-a-camera-mais-usada-em-hollywood-ate-hoje/#:~:-
text=Por%20fim%2C%20a%20ARRI%20Alexa,ind%C3%BAstria%20de%20cinema%20do%20mundo.
https://www.8milimetros.com.br/por-que-a-arri-e-a-camera-mais-usada-em-hollywood-ate-hoje/#:~:text=P
https://www.8milimetros.com.br/por-que-a-arri-e-a-camera-mais-usada-em-hollywood-ate-hoje/#:~:text=P
62UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
“A questão, portanto, não é apenas em que medida as diferentes tecnologias audiovisuais se estabeleceram 
a partir de modos de gravar e difundir imagens em movimento. É também a maneira como elas constituem 
diferentes níveis de simulação para a imaginação histórica, o que nos leva a pensar não apenas em como 
se faz a história através do audiovisual, mas também – e sobretudo – como os audiovisuais fazem história.”
Fonte: HAGEMEYER, Rafael Rosa. História & audiovisual. Editora Autêntica. 1. ed. 2013. Disponível em: https://
plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192531/epub/0?code=wU/yz+zLKn0Gw7lcmCORXJpnyTt8lwK-
0jcSsh8/4ufqsOB+tJTPVmwlV1pbCRGXWmG5ghMSDGvo3fvi63/hMrA==. Acesso em: 31 out. 2022. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192531/epub/0?code=wU/yz+zLKn0Gw7lcmCORXJpnyTt8
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192531/epub/0?code=wU/yz+zLKn0Gw7lcmCORXJpnyTt8
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192531/epub/0?code=wU/yz+zLKn0Gw7lcmCORXJpnyTt8
63
Nesta Unidade pudemos acompanhar mais um pouco do processo da produção 
audiovisual.	Falamos	especificamente	de	fatores	que	fazem	total	diferença	ao	fim	da	obra.	
Se	você	não	conhecia	os	bastidores	do	audiovisual,	tenho	certeza	que	se	surpreendeu	com	
todas as etapas antes da gravação propriamente dita.
No primeiro tópico estudamos sobre a decupagem do roteiro, retirando dele todas 
as informações necessárias para a pré-produção, para sabermos ao certo exatamente o 
que iremos precisar em todas as esferas da obra. Um trabalho meticuloso que necessita de 
atenção e que facilita demais o trabalho.
Na sequência, falamos sobre a produção e o papel do produtor. Muito se fala da 
notoriedade do diretorcomo sendo o grande responsável pelo resultado, mas vimos que o 
produtor	e	sua	equipe	são,	na	maioria	das	vezes,	os	mais	importantes	para	o	desenvolvimen-
to e andamento do trabalho. 
Logo depois e não menos importante, pudemos descobrir um pouco mais sobre o 
protagonismo da captação de som e também da sonoplastia ou foley. Não só os diálogos são 
bem	vistos	em	um	filme,	os	sons	secundários	também	contam	a	história	e	ajudam	na	criação	
do clima da narração. 
E	para	finalizar	a	Unidade	III,	falamos	dos	equipamentos	de	captação	de	imagem	e	
os	métodos	de	iluminação.	Se	você	não	utilizar	câmeras	com	uma	boa	resolução	ou	então	
filmar	em	ambientes	muito	escuros,	de	nada	vale	uma	boa	pré-produção.	Um	filme	é	um	
conjunto	de	fatores	que	juntos,	somam	um	resultado	final	incrível.
	Por	isso,	volto	a	dizer	que	a	sétima	arte	é	feita	por	uma	junção	de	equipes	e	esforços,	
como uma engrenagem que depende de tudo estar alinhado para funcionar. Da mesma forma 
funciona	uma	produção	audiovisual,	cada	um	desempenhando	sua	função	para	que	no	final	tudo	
se encaixe perfeitamente. 
Da	próxima	vez	que	assistir	a	um	filme	ou	for	convidado	para	a	gravação	de	um	
material,	lembre-se	disso:	ninguém	faz	nada	sozinho	no	cinema.	Reúna	sua	equipe,	esteja	
pareado com o diretor, façam acontecer. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
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Neste	artigo	você	encontra	diversas	formas	de	fazer	iluminação	e	ainda	cálculos	e	
fórmulas	que	mostram	o	melhor	ângulo	de	posicionamento	para	aquilo	que	pretende	fazer.	
Vale muito a pena a leitura. 
Link	de	acesso:	https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16485/16485_6.PDF
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16485/16485_6.PDF 
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LIVRO 
Título: Ensaios Sobre Cinema Moderno
Autor: Slavoj Žižek.
Editora: Boitempo.
Sinopse: Lacrimae Rerum reúne um conjunto de ensaios do 
autor sobre o cinema moderno, propondo um estudo sobre as 
motivações de diretores como - Krzysztof Kieslowski, Alfred Hi-
tchcock, Andrei Tarkovski e David Lynch. Zizek mostra imagens, 
evidenciando como as histórias, mesmo que críticas, fornece 
um panorama da realidade
FILME / VÍDEO 
Título: Edifício Master 
Ano: 2002.
Sinopse: Edifício Master é um documentário brasileiro de 2002, 
dirigido pelo cineasta Eduardo Coutinho, sobre um antigo e 
tradicional edifício situado em Copacabana, na cidade do Rio 
de Janeiro, que tem 12 andares, 23 apartamentos por andar, 
276 apartamentos conjugados e em média 500 moradores no 
prédio inteiro. Em novembro de 2015, o filme entrou na lista fei-
ta pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) 
dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Link do vídeo: https://globoplay.globo.com/v/9146118/
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
https://globoplay.globo.com/v/9146118/
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• Charles Chaplin é um dos mais renomados atores e diretores de cinema. Ele 
utilizava	da	iluminação	como	ninguém	para	criar	um	contexto	para	seus	filmes.	Neste	artigo	
você	encontra	sugestões	de	filmes	para	assistir	e	analisar.	
•	Link	do	site:	https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/lista-10-filmes-para-
-conhecer-charles-chaplin
WEB
UNIDADE 3 AUDIOVISUAL NA PRÁTICA
https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/lista-10-filmes-para-conhecer-charles-chaplin 
https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/lista-10-filmes-para-conhecer-charles-chaplin 
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Plano de Estudos
• Cuidados com os arquivos; 
• Métodos de montagem; 
• Estilos de edição: edição linear e edição digital;
• Principais softwares de edição cinematográfica.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a pós-produção;
• Compreender os tipos de montagem; 
• Estabelecer a importância da organização para a pós
 produção audiovisual.
4UNIDADEUNIDADE
PÓS-PÓS-
PRODUÇÃOPRODUÇÃO
AUDIOVISUALAUDIOVISUAL
 Professora Esp. Aleksa Marques 
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Olá, aluno (a)!!
Você	está	gostando	do	conteúdo	estudado?	Espero	que	sim.	Na	nossa	última	Uni-
dade	juntos	vamos	finalmente	falar	sobre	a	pós-produção	de	toda	a	sua	obra,	porque	ela	
ainda não acabou. 
Ao longo dos estudos, vimos que o audiovisual é repleto de etapas, todas muito 
importantes,	e	que	não	devemos	pular	nenhuma	delas:	a	união	dos	detalhes	faz	a	força.	
Por	isso,	nesta	Unidade	IV,	veremos	a	fundo	como	fazer	a	montagem	de	todos	os	
takes	e	todo	o	material	gravado.	Afinal,	nem	tudo	foi	capturado	na	ordem	de	exibição	e	esse	
é o momento de agrupá-los da forma certa. 
No primeiro capítulo veremos alguns cuidados necessários com os arquivos e, logo 
depois,	métodos	de	montagem	e	como	fazê-lo.	Neste	momento,	todas	as	anotações	que	o	con-
tinuísta	fez	são	importantes,	principalmente	para	balizar	o	editor	quanto	a	ordem	das	filmagens.	
Seguindo o plano de ensino, falaremos sobre os estilos de edição. Cada diretor ou 
produtor	tem	sua	maneira	de	organizar	todo	o	material	produzido	e,	por	isso,	há	algumas	
formas	de	conduzir	a	montagem.	Veremos	duas	delas.	
Na sequência, irei apresentar os principais softwares de edição que são de extrema 
importância	para	a	execução	final	da	obra.	Se	você	não	tem	conhecimento	sobre	nenhum	
deles, não se preocupe, pois eles são bem intuitivos. 
Por	fim,	iremos	arrematar	tudo	e	finalizar	nossa	obra.	E,	neste	momento,	um	filme	
passa pela sua cabeça, pois é o momento de assistir todo o trabalho feito desde o início, 
do roteiro à montagem. 
Por	isso	eu	digo,	se	sua	vontade	é	produzir	algum	filme,	vídeo	ou	documentário:	
não	desista!	Assim	como	você	não	deve	desistir	dessa	disciplina	que	já	está	quase	no	fim.	
Tudo na vida é questão de processos e muita paciência. Você está quase lá. 
Eu	desejo	uma	excelente	leitura	e	que	o	conteúdo	mencionado	aqui	agregue	em	
sua vida de criador audiovisual, pois essa é uma vida sem volta. A partir do momento que 
você é picado por esse mundo, você nunca mais o deixará. 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
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 1 CUIDADOS
COM OS
ARQUIVOS
TÓPICO
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Bem antes de se pensar na montagem de sua obra, um detalhe não pode passar 
despercebido	durante	as	gravações.	Logo	no	primeiro	dia	de	filmagem,	com	certeza	você	
terá	muitos	arquivos	pesados	de	áudio	e	vídeo	para	salvar	em	seu	computador.	Cada	vez	
que se aperta o botão da câmera ou do celular, um novo arquivo é gerado e soma às 
centenas de megabytes que você terá. 
É	muito	comum	e	justificável	ficar	perdido	neste	momento.	Isso	porque	os	arquivos	
geralmente	são	pré-nomeados	como	“VID_001.mp4”,	por	exemplo.	Além	disso,	um	cartão	
de memória cheio pode interromper a gravação de uma cena que estava indo muito bem 
ou	então	uma	que	só	poderia	ser	capturada	em	take	único.	
Mas	então	o	que	fazer	para	evitar	esse	tipo	de	problema?	Organize	um	fluxo	de	
trabalho.	Trabalhar	sempre	da	mesma	maneira	pode	ajudar	a	evitar	muitas	dores	de	cabeça	
e não deletar arquivos sem querer.Uma	sugestão	é	ter	um	notebook	na	locação	do	dia	e	ir	esvaziando	os	cartões	con-
forme as gravações vão acontecendo. Copie todos os arquivos em pastas nomeadas com o 
máximo de informações possíveis como dia, local, nome das cenas, algo que faça sentido. 
Separe	as	cenas	em	diferentes	pastas	conforme	for	identificado	na	pré-visualização.	
Faça isso com o vídeo e com o áudio, sempre dando os mesmos nomes para os arquivos 
iguais.	Áudio	da	cena	1	com	vídeo	da	cena	1.	Por	exemplo:	Cena	03-	tomada	2	-	ok.	
Assim	que	 tudo	 estiver	 copiado	 e	 renomeado,	 dê	 o	 play	 nos	 arquivos	 e	 confira	
se	o	áudio	foi	captado	corretamente	ou	se	algo	não	deu	certo.	É	melhor	conferir	naquele	
momento em que a cena ainda está montada, todos os atores e equipe estão ali. Depois 
pode	ser	tarde	demais.	Se	tudo	estiver	ok,	na	sequência	formate	o	cartão	e	use	novamente	
para as próximas tomadas. 
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Se você estiver gravando com seu celular, faça o mesmo processo de descarregá-
-lo	de	tempos	em	tempos	e,	de	preferência,	não	espere	ele	ficar	com	a	memória	cheia	evita	
muitos	problemas.	Talvez	você	só	consiga	transferir	os	arquivos	quando	chegar	em	casa,	
mas	certifique-se	de	olhar	um	por	um	para	ver	se	não	há	nada	corrompido.	
Outro ponto para não esquecer: grave todos os arquivos com o mesmo formato 
para	não	haver	conflito	no	momento	da	edição.	Veja	qual	mais	se	adeque	a	sua	realidade	e	
da	sua	máquina	de	edição.	Não	adianta	gravar	em	4k	se	seu	computador	não	suporta.	Es-
colha	uma	forma	de	manter	todos	com	qualidade	e	que	não	sejam	extremamente	pesados.	
Mais um detalhe importante é a forma de transferência dos arquivos. Evite enviar 
por aplicativos de mensagens ou redes sociais, pois eles baixam muito a qualidade e dei-
xarão	seu	filme	muito	aquém	do	que	você	gostaria.	Prefira	pendrives,	HDs	ou	sites	que	
transfiram	o	arquivo	original.	
Por	fim,	e	não	menos	importante:	faça	um	backup	dos	arquivos	todos	os	dias	no	
final	 das	 gravações.	 Ter	 essa	 cópia	 de	 segurança	 faz	 com	 que	 você	 tenha	 uma	maior	
tranquilidade caso o arquivo original suma, por exemplo. Copie para outro computador ou 
HD	e	certifique-se	de	que	tudo	esteja	abrindo	corretamente.	O	importante	é	que	você	tenha	
uma segunda opção caso algum imprevisto aconteça. 
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 2 MÉTODOS
DE
MONTAGEM
TÓPICO
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Antes de falar da edição propriamente dita, precisamos entender um pouco sobre 
a história desse tipo de linguagem. Segundo Moletta (2019, p. 13), os princípios fundamen-
tais	da	montagem	audiovisual	começaram	junto	com	o	início	do	cinema	com	diretores	como	
David	Griffith	e	os	cineastas	Dizga	Vertov,	Lev	Kuleshov	e	Serguei	Eisenstein.	
Um	dos	mais	emblemáticos	e	pioneiros,	Griffith	criou	novos	planos	de	corte	ao	perceber	
que	seu	cameraman	filmava	de	formas	diferentes.	Nesse	período,	o	cinema	tinha	a	caracterís-
tica	de	filmar	a	cena	toda	sem	corte	algum,	como	se	fosse	um	plano	sequencial	de	teatro,	e	o	
plano	mais	utilizado	era	o	aberto,	sem	muitos	closes	ou	enquadramentos	inovadores.	
Griffith	também	foi	o	inventor	da	montagem	paralela,	que	mostrava	ao	mesmo	tempo	
duas ações acontecendo em momentos e locais diferentes na história. Isso tudo gerou uma es-
pécie	de	revolução	nas	filmagens	e	trouxe	dinamismo	às	narrativas	e	na	forma	de	montar	o	filme.	
Inspirados	por	Griffith,	Lev	Kuleshov,	Dziga	Vertov	e	Serguei	Eisenstein	perceberam	
que	poderiam	transmitir	ideias	diferentes	se	mudassem	a	montagem	do	filme.	Chamada	de	
montagem	intelectual,	essa	característica	contava	a	história	do	filme	além	de	determinar	o	
ritmo da narrativa, a profundidade e a dramaticidade.
Como todas as linguagens, a edição e a montagem naturalmente evoluíram com o 
passar	dos	anos.	A	popularização	de	softwares	de	edição	e	seu	fácil	acesso	permitiram	um	
aprendizado	fácil	também	para	quem	grava	e	produz	criações	audiovisuais	ou	vídeos	para	
a	internet.	Antigamente	eram	necessários	rolos	e	mais	rolos	de	filme	e	técnicas	delicadas	
de	corte	e	montagem	manual.	Um	enorme	desafio,	pois	um	corte	no	local	errado	poderia	
acabar com a cena. 
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Mas	como	podemos	definir	uma	edição?	Segundo	Moletta:	
edição	é	retirar	trechos	para	tornar	o	volume	total	menor	e	melhor,	a	fim	de	que	
o público assista somente ao necessário. Editar é tornar seu vídeo mais interes-
sante e dinâmico para quem assiste, retirando as partes chatas, erros e aquilo 
que não nos interessa e adicionando informações complementares, como áudio, 
textos,	imagens	gráficas	e	legendas	que	ajudem	na	transmissão	de	conteúdo	e	
na comunicação direta com o espectador (MOLETTA, 2019, p. 13)
E, para isso, alguns fatores são de extrema importância.
2.1 Organização
Vimos	ao	longo	dos	capítulos	que	ser	organizado	em	todas	as	etapas	é	essencial,	na	
edição	não	seria	diferente.	O	editor	é	responsável	por	armazenar	inúmeras	cenas,	diversas	
trilhas,	 imagens,	 sonoplastia,	 sincronização	 dos	 efeitos	 sonoros,	 textos,	 legendas	 e	 uma	
infinidade	de	processos.	
E	se	 tudo	 isso	não	estiver	extremamente	organizado,	a	chance	de	dar	errado	é	
grande.	A	primeira	dica	é	organizar	tudo	em	pastas	dentro	do	computador:	nomeie	os	ar-
quivos de acordo com o nome da cena, prepare os textos da forma que eles irão entrar, 
organize	por	datas.	Tudo	isso	irá	facilitar	o	seu	próximo	passo,	o	projeto.	
2.2 Projeto de edição
Vale	lembrar	que	o	projeto	ainda	não	é	o	filme.	Ele	é	um	arquivo	em	uma	plataforma	
digital,	num	ambiente	virtual,	que	será	utilizado	para	manipular	a	ponto	de	transformar	as	
imagens	captadas	em	cenas.	Depois	de	pronto,	ele	precisa	ser	salvo	e	 renderizado	em	
uma	nova	pasta	como	um	novo	arquivo	de	vídeo.	Isso	significa	que,	quando	você	editar	
um vídeo, o arquivo original não sofrerá alterações, apenas servirá de base para um novo. 
2.3 Recursos da Edição
Há	 infinitas	 possibilidades	 de	 recursos	 durante	 a	 edição	 de	 um	 projeto.	 Porém,	
quatro	deles	são	mais	utilizados:	corte	seco,	que	é	quando	cortamos	uma	parte	do	vídeo	
anterior	e	juntamos	ao	próximo	vídeo	no	ponto	determinado;	transição	por	fusão	ou	cros-
sfade, que é quando uma imagem, aos poucos, vai se transformando na próxima ou se 
dissolvendo na tela. 
Temos	o	fade-in,	que	é	utilizado	para	fazer	com	que	uma	tela	escura	se	transforme	
em	uma	imagem	de	forma	gradativa;	fade-out	é	o	contrário	e	faz	com	que	a	imagem	desa-
pareça	devagar.	Basicamente	são	estes	os	efeitos	utilizados,	com	a	criatividade	você	pode	
transformá-los em efeitos incríveis. 
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UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2.4 Primeiro corte
Este é o momento de importar todo o material bruto que foi gravado e começar a 
montar	o	quebra-cabeça	na	sequência	que	se	deseja,	cortar	o	indesejado	e	unir	as	cenas.	
Parece muito simples, mas é um processo bem trabalhoso. Esse primeiro corte é necessá-
rio	para	que	todos	consigam	ver	e	compreender	a	obra,	para	fazer	a	prova	real	a	respeito	
do	conteúdo	e	ver	se	realmente	faz	sentido.	Se	tudo	estiver	nos	conformes,	é	o	momento	
de seguir em frente.
2.5 Segundo corte
Aqui	é	possível	 inserir	 a	 trilha	 sonora	e	 fazer	ajustes	básicos	no	corte	para	dar	
ritmo	às	cenas.	Há	também	a	possibilidade	de	inserir	efeitos,	legendas,	inserções	gráficas	
entre	 outros	 recursos.	 Neste	momento	 é	 comum	 fazer	mais	 alguns	 ajustes	 nas	 cenas,	
acrescentar	ou	cortar	imagens,	transferir	trilhas	ou	reorganizar	fusões.	Se	estiver	satisfeito	
já	neste	segundo	corte,	ótimo.	Caso	haja	a	necessidade	de	um	terceiro,	não	se	preocupe.	
O	importante	é	a	obra	ser	finalizada	conforme	o	gosto	de	todos.	
2.6 O tempo 
Um outro elemento muito importante é saber trabalhar com o tempo dentro da nar-
rativa. Saber a hora de deixar um silêncio, um corte mais longo, um suspense, uma entrada 
mais	rápida,	a	duraçãoda	cena,	tudo	faz	parte	da	história	a	ser	contada.	Ter	esse	feeling	
requer	às	vezes	anos	de	prática	associada	à	prática	do	dia	a	dia	e	à	sensibilidade	criativa.	
2.7 Renderização 
Chegamos	aos	processos	finais,	a	parte	de	transformar	o	projeto	de	edição	em	uma	
obra	audiovisual.	Na	renderização,	todos	os	efeitos	e	elementos	inseridos	se	transformam	em	
um único arquivo e estará pronto para ser publicado e exibido nas plataformas e nas telas. 
2.8 Exportando o projeto 
Feita	a	renderização,	exportar	o	projeto	é	o	último	passo.	Acompanhe	a	exportação	até	
o	fim	para	se	certificar	de	que	nada	de	errado	irá	acontecer.	Ao	longo	do	projeto	faça	inúmeras	
cópias	e	backups	para	ter	certeza	de	que	pode	recorrer	a	outros	recursos	na	pior	das	hipóteses.	
Depois	dos	100%	exportados,	é	hora	de	divulgar	e	espalhar	seu	projeto	aos	quatro	cantos.	
Feito	isso,	reflita	sobre	o	que	é	realmente	necessário	para	a	narrativa	do	filme.	Por	
exemplo, se você quer que o espectador conheça o personagem, mostre os aspectos da 
vida	dele	com	mais	detalhes.	Se	você	quer	dar	ênfase	ao	local,	utilize	planos	mais	abertos.	
A	dica	geral	para	a	montagem	ficar	dinâmica	é:	desapegue.	Você	pode	até	 ter	gostado	
daquela	tomada,	mas	se	ela	não	faz	sentido	e	deixa	a	sequência	entediante,	corte.	
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 3 ESTILOS DE EDIÇÃO:
LINEAR E EDIÇÃO
DIGITAL
TÓPICO
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
De acordo com Canelas (2010, p. 04) há dois sistemas de edição que são os mais 
utilizados	hoje	em	dia:	o	linear	e	o	não-linear	ou	digital.	O	acesso	a	todo	o	material	desde	
o	início	e	como	você	fará	a	ordem	disso	tudo	são	conceitos	básicos	que	definem	e	diferen-
ciam os dois modos. 
Por	exemplo,	no	sistema	linear,	o	editor	precisa	visualizar	todo	o	material	captado,	
geralmente	em	fitas	VHS,	para	montar	o	projeto.	Por	isso,	ele	precisa	assistir	tudo	antes	
de	começar,	pois	não	há	uma	forma	de	ir	e	voltar	sem	passar	por	todos	os	outros	takes.	A	
edição linear, portanto, exige muito mais atenção e também planos de ação, pois o processo 
de	mudança	exige	ainda	mais	organização,	pois	um	erro	seria	fatal	para	o	projeto.	
Já no sistema de edição não-linear ou digital, isso tudo muda completamente. Como 
as	imagens	estão	armazenadas	em	HDs,	em	pastas	diferentes	ou	até	mesmo	na	nuvem,	
o	editor	pode	 ir	diretamente	no	plano	em	que	deseja	e	 fazer	as	alterações	pretendidas,	
sem	ser	necessário	assistir	 tudo	para	chegar	naquele	ponto	específico.	Devemos	 isso	à	
evolução	dos	equipamentos	e	sistemas	de	edição	que	passaram	por	diversas	modificações	
ao longo das décadas. Veremos agora cada uma das técnicas de edição mais a fundo.
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
3.1 Edição de vídeo linear
Neste	sistema,	o	processo	de	seleção,	ordenação	e	modificação	é	feito	de	forma	se-
quencial	e	já	pré-determinada	independente	de	como	as	imagens	foram	capturadas.	Se	tiver	
sido	feito	em	fitas	de	vídeo,	por	exemplo,	o	acesso	às	fotogramas	é	necessariamente	sequencial.	
Ainda antes disso, esse método de edição era mais complicado, pois não existia 
um	sistema	de	identificação	até	o	desenvolvimento	do	código	de	tempo,	o	timecode,	que	
mostra as horas, minutos, segundos e frames (00:00:00:00). 
Segundo	Canelas	(2010,	p.	05)	“[...]	essa	invenção	permitiu	um	grande	avanço	no	
campo	da	edição	de	vídeo,	porque	não	só	permitia	a	identificação	de	frames,	como	também	
facilitava	o	seu	acesso”.	Além	disso,	esse	processo	permite	você	saber	a	duração	dos	qua-
dros com precisão, a união dos fotogramas com perfeição e também a troca de sistemas de 
edição sem perda na continuidade. 
Dentro da edição linear, existe ainda a edição por insert e a edição por ensamble. 
O que diferencia uma da outra é o tratamento que é dado à pista de trabalho. Na edição 
por	insert	a	pista	de	trabalho	permanece	inalterada	e	o	editor	utiliza	tudo	o	que	foi	gravado	
anteriormente. Já na edição por ensamble, os sinais de vídeo e de áudio, o código de tempo 
e a pista têm obrigatoriamente de ser gravados de forma simultânea. 
Canelas	(2010,	p.	06)	destaca	a	edição	linear	por	insert	a	mais	vantajosa	pois	nela	há:
	[...]	a	eliminação	de	saltos	e	distorções	na	imagem	resultantes	da	irregulari-
dade da pista de controlo; a possibilidade de editar imagem e som de forma 
independente, podendo montar primeiro as imagens e, só posteriormente, o 
áudio	ou	vice-versa;	por	último,	permite	fazer	um	insert,	quer	dizer,	é	possível	
trocar	um	plano	ou	uma	cena	em	qualquer	ponto	da	fita	sem	ter	de	transcre-
ver	a	fita	inteira	e	sem	prejudicar	o	que	já	está	gravado,	desde	que	as	novas	
imagens	e/ou	sons	sejam	recolocados	com	a	mesma	duração	das	imagens	
e/ou sons que estão a ser substituídos.
3.2 Edição de vídeo não-linear ou digital 
A edição digital transformou radicalmente os processos de produção de cinema e 
do audiovisual como um todo. Conseguimos instalar softwares de edição na grande maioria 
dos computadores, salvar os arquivos em plataformas diferentes e ver e rever quantas 
vezes	forem	necessárias.	
Mas nem sempre foi assim. O desenvolvimento dos sistemas de edição digital teve 
início	na	década	de	1970	apenas,	e	foi	evoluindo	para	chegar	ao	que	conhecemos	hoje.	
Canelas (2010, p. 10) aponta como características principais desse tipo de edição 
as plataformas digitais, os sistemas que permitem o acesso aleatório ao material gravado 
possibilitando assim, o acesso imediato a qualquer ponto da gravação. 
Além disso, são sistemas não-destrutivos, pois na medida em que o editor não exe-
cuta	nenhuma	edição,	ele	não	afeta	fisicamente	o	material	bruto.	E	caso	precise,	ele	pode	
acessar	novamente	na	pasta	de	origem	o	vídeo	se	acidentalmente	for	apagado	do	projeto.	
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UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Canelas	(2010,	p.	10)	ainda	traz	as	vantagens	do	sistema	não-linear.	Uma	delas	é	o	
acesso aleatório do material audiovisual bruto ou editado, pois a procura das imagens e dos 
sons	é	muito	mais	rápida.	Caso	precise	editar	algo	depois	de	já	finalizar	o	corte,	é	possível	
fazer	sem	nenhuma	dificuldade	e	quase	que	instantaneamente.
	É	possível	alterar,	a	qualquer	momento,	a	ordem	das	cenas,	acrescentar	ou	tirar	planos	
sem	muitos	problemas	e	sem	a	necessidade	de	fazer	tudo	do	zero,	como	na	edição	linear	por	
exemplo.	Não	há	perigo	da	fita	queimar	ou	dobrar,	pois	esse	tipo	de	material	não	é	utilizado.	
Ainda sobre os benefícios desse método em relação ao sistema linear foi a evolução 
do processo de duplicar o material para discos digitais, mantendo a qualidade do material 
original	e	editado,	não	tendo	a	opção	de	se	tornar	pior	ao	passar	para	uma	outra	fita,	por	
exemplo.	Entre	outras	tantas	vantagens,	a	possibilidade	de	realizar	diversas	experimenta-
ções ao longo da edição fascina os diretores de cinema. 
76
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. 
77
 4
PRINCIPAIS
SOFTWARES
DE EDIÇÃO
CINEMATOGRÁFICA
TÓPICO
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Se você acha que precisa de um software de edição que custa milhões de reais, 
você está muito enganado. A edição, a princípio, não necessita de programas caros ou 
sofisticados	demais.	Se	você	não	está	habituado	a	editar,	 faça	 testes.	Baixe	programas	
gratuitos	e	vá	experimentando	até	se	familiarizar	com	algum.	
Todos os programas têm uma interface parecida que conta, basicamente, em uma linha 
do	tempo	na	qual	você	irá	jogar	os	arquivos	e	trabalhar	nela	e	a	pré-visualização	das	imagens.	
FIGURA 1 - INTERFACE PROGRAMA ADOBE PREMIERE
Fonte: HelpX Adobe. Resumo de recursos | Premiere Pro (versão de abril de 2022). 2022. Disponível em: 
https://helpx.adobe.com/br/premiere-pro/using/whats-new/2022-3.html. Acesso em: 03 nov. 2022.
https://helpx.adobe.com/br/premiere-pro/using/whats-new/2022-3.htmlUNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Um	dos	mais	utilizados	para	edição	de	vídeos	é	o	Adobe	Premiere.	Você	precisa	
pagar	para	utilizá-lo	em	seu	computador,	mas	não	é	muito	caro.	Há	opção	de	pagar	anual-
mente	por	todo	o	pacote	Adobe	ou	mensal	para	utilizar	alguns	especificamente.	Além	disso,	
a Adobe fornece um mês grátis de teste para você ver se consegue se acostumar. 
Outros dois softwares que são gratuitos são o iMovie, ofertado pela Macintosh, 
e	 o	Movie	Maker,	 disponibilizado	 pelo	Windows	no	 computador.	A	 interface	 destes	 dois	
programas	são	muito	intuitivas	e	fáceis	de	se	utilizar.	Neles	você	consegue	inserir	e	cortar	
os	vídeos,	colocar	efeitos,	letras	e	fazer	edições	básicas.	
Outro	software	bastante	utilizado	por	Youtubers	e	criadores	de	conteúdo	é	o	Sony	
Vegas Pro. Ele é descomplicado de usar e conta com inúmeros recursos de edição além da 
excelente qualidade. Ele é fácil de mexer e tem compatibilidade com diferentes formatos. 
Uma desvantagem é a falta de recursos amplos de pós-produção, por exemplo.
Se	você	estiver	editando	com	um	tablet,	pode	utilizar	uma	opção	gratuita	como	o	
Filmorago ou então aplicativos de edição no próprio celular. Lembrando que editar em um 
computador	torna	a	edição	muito	mais	fácil,	pois	a	utilização	de	uma	tela	maior	facilita	e	
muito todo o processo. 
O	Adobe	Premiere	Clip	é	um	app	que	você	pode	utilizar	gratuitamente	e	ele	é	um	
complemento	do	Adobe	Premiere.	Nele	você	pode	fazer	cortes,	adicionar	trilhas	gratuitas	dis-
ponibilizadas	pelo	próprio	software,	mas	em	algum	momento	terá	que	migrar	para	o	Premiere	
em	si	para	finalizar	sua	edição.	
Se	você	tiver	orçamento	disponível	para	comprar	um	software,	há	opções	como	Hit	
Filme e DaVinci. Este último lhe oferece opções complexas de correção de cor e utilidades que 
você só encontra nele. Ambos os programas têm suas versões gratuitas, mas são limitadas, 
porém ainda sim são mais avançadas que os programas ofertados para o público amador. 
Para quem não tem verba ou simplesmente prefere uma opção gratuita, o Openshot 
e o Shotcut são ferramentas ótimas e muito similares aos editores pagos. 
E	se	você	já	quer	começar	utilizando	um	software	profissional	que	oferece	ainda	
mais	recursos,	sugiro	o	Vegas	(para	Windows)	e	o	Final	Cut	(para	Mac)	ou	ainda	o	Adobe	
Premiere em sua última versão para ambas as plataformas.
De	acordo	com	Peruyera	 (2020,	p.	138),	estes	últimos	programas	são	utilizados	
até	em	produções	milionárias	como	é	o	caso	do	seriado	MindHunter	e,	por	si	só,	oferece	
recursos muito úteis. 
Se	seu	filme	tiver	efeitos	especiais	ou	se	você	quiser	acrescentar	alguma	animação,	
você	pode	utilizar	o	After	Effects	que	é	o	mais	popular	e	conhecido.	Se	não	quiser	pagar	por	
ele, pode usar o Natron, por exemplo. 
78
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Outros	programas	que	podem	ser	úteis	para	você	são	o	HandBrake,	que	é	gratuito	e	
serve para converter formatos de vídeo; editores de áudio como o Audacity, também gratuito 
e	específico	para	isso,	além	de	inúmeros	outros	que	você	encontra	disponíveis	na	internet.	
Independente	do	software	que	você	escolher,	esteja	ciente	de	que	você	precisa	
dominar	a	edição.	Saber	o	que	está	fazendo	e	como	fazer	o	que	o	diretor	pedir	é	um	dos	
itens fundamentais. Não adianta ter o melhor computador com o software de edição de 
última geração se você não investir no treinamento para isso. 
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UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL 80
Se você é uma pessoa antenada nas redes sociais e gosta de animação, esse vídeo é para você. Um curta-
-metragem de 2009 fez muito sucesso nas plataformas digitais após a utilização de blocos de papéis para a 
criação de um stop motion. Centenas de fotos unidas para juntas formarem um vídeo encantador. O curta 
foi produzido e dirigido pelo taiwanês Bang-Yao Liu para sua graduação em Artes e Design. O resultado você 
confere no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=BpWM0FNPZSs 
Antes de fazer o corte final de seu material, peça para alguém de fora da produção assistir e pergunte o que 
ela entendeu a respeito do que acabou de ver. Se a resposta for de acordo com seus pensamentos iniciais 
e objetivos, seu filme foi feito com sucesso. 
Fonte: A autora (2022).
https://www.youtube.com/watch?v=BpWM0FNPZSs
81
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Chegamos	ao	final	do	nosso	processo	de	criação	e	produção	audiovisual.	O	pro-
cesso de montagem e edição são os últimos antes da distribuição e veiculação do material. 
E olha que passamos por longas etapas para chegar até aqui. 
Em	síntese,	pudemos	observar	a	importância	da	organização	e	dos	cuidados	em	
todas as etapas. Começando pelo carinho com os arquivos. Precisamos sempre trabalhar 
com a possibilidade do pior, de tudo sumir ou perdermos todo o material bruto, por isso 
sempre	faça	backups	em	vários	dispositivos	e	plataformas	diferentes.
Logo	na	sequência,	vimos	os	métodos	de	montagem	do	filme.	Tudo	faz	parte	da	
narrativa da sua produção e, a maneira de montar também conta a história. O ritmo, as 
cores, o tom da música, tudo engloba seus aspectos editoriais e precisa ser bem pensado 
antes	de	finalizado.	
Vimos	também	que	há	dois	métodos	diferentes	de	edição,	um	utilizado	mais	nas	
décadas	 anteriores	 quando	 as	 fitas	 eram	 o	meio	 de	 gravação	 e	 outro	 da	 era	 digital.	A	
diferença básica entre eles é a possibilidade de poder ir e vir na ilha de edição para as 
infinitas	experimentações	durante	a	montagem	do	seu	filme.	
Por	fim,	mas	não	menos	importante,	estudamos	os	diferentes	softwares	de	edição	
utilizados	ultimamente.	Como	dito,	não	adianta	você	ter	 tudo	de	última	geração	se	você	
não souber operar a máquina. Invista em cursos de aprimoramento sempre que precisar, 
um	profissional	antenado	conta	muito	nas	produções	audiovisuais,	pois	há	sempre	algo	
diferente	para	acrescentar	na	edição	para	que	o	filme	fique	ainda	mais	interessante.
O	processo	da	montagem	é	de	extrema	importância	até	chegar	no	corte	final.	Mudan-
ças podem ser feitas a todo momento para que as cenas façam mais sentido e o editor é uma 
pessoa fundamental nesse momento, pois tem um olhar diferenciado do restante da equipe.
Enfim,	espero	que	você	tenha	gostado	da	nossa	última	Unidade	juntos	e	que	tenha	
aprendido um pouco mais sobre esse mundo tão encantador do audiovisual. Espero ter 
ajudado	e	até	a	próxima!		
82
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Se	você	já	é	craque	na	edição,	sugiro	que	leia	esse	livro	sobre	a	técnica	de	Stop	
Motion.	Todos	os	dias	temos	contato	com	produções	audiovisuais	que	utilizam	desse	méto-
do para dar mais vida e chamar a atenção do espectador. Vale a pena a leitura. 
Fonte:	CARVALHO,	Anna	Letícia	Pereira.	Stop	Motion.	Editora	Intersaberes.	1.	ed.	
2022. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201650/pdf/0?co-
de=sJKRauqUxNjkB8NgTDh+IwpFKbdQb7d1mPqjjsBBmcWMR1A3+SQRHrGq+THNfvi-
JUHqdB01Rk1rn2sLcEH8iOg==.	Acesso	em:	05	dez.	2022.
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201650/pdf/0?code=sJKRauqUxNjkB8NgTDh+IwpFKbdQb7d1mPqjjsBBmcWMR1A3+SQRHrGq+THNfviJUHqdB01Rk1rn2sLcEH8iOg==
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201650/pdf/0?code=sJKRauqUxNjkB8NgTDh+IwpFKbdQb7d1mPqjjsBBmcWMR1A3+SQRHrGq+THNfviJUHqdB01Rk1rn2sLcEH8iOg==
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201650/pdf/0?code=sJKRauqUxNjkB8NgTDh+IwpFKbdQb7d1mPqjjsBBmcWMR1A3+SQRHrGq+THNfviJUHqdB01Rk1rn2sLcEH8iOg==
83
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
LIVRO 
Título: Adobe Premiere: Guia de iniciação 
Autor: Navin Kulshreshtha. 
Editora: Ebook Kindle. 
Sinopse: Um livro com o básico da edição do Premiere para 
todos aqueles que querem saber ainda mais sobre esse mundo 
mágico do Adobe Premiere. Lições desde os primeiros passos 
até os efeitos mais elaborados e complexos para você que quer 
deslanchar nas edições de produções audiovisuais sejam elas 
vídeos para as plataformasdigitais ou filmes para as telas de 
cinema. 
FILME / VÍDEO 
Título: Cinema Paradiso 
Ano: 1988.
Sinopse: Cinema Paradiso é quase um clássico para quem quer 
conhecer um pouco mais sobre a história do cinema. Enquanto 
sua trama se desenrola, em Roma e no local que dá nome ao 
filme, vemos a paixão de Salvatore, o protagonista que também 
é um cineasta, pelas obras e como elas o faziam sentir. Retrata 
bastante sobre o desencadeamento de emoções, lembranças 
e sensações que uma pessoa pode ter enquanto assiste a um 
filme e aproveita toda a experiência que ele pode proporcionar. 
84
WEB
UNIDADE 4 PÓS - PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
• Neste vídeo explicativo você vai aprender mais sobre o papel da edição 
para	o	sentido	do	seu	filme.	
•	Link	do	site:	
https://www.youtube.com/watch?v=qm8J4Ib6z4w&ab_channel=AvMakers
https://www.youtube.com/watch?v=qm8J4Ib6z4w&ab_channel=AvMakers 
85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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escada-da-sala-do-comendador-rouba-cena-do-ambiente-saiba-como-valorizar-sua-na-
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https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/177960/epub/0?code=n98PRcw7YhJqHIGNAKVyeQhRhXV7https://www.turismoehistoria.com/post/de-outros-tempos
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/177845/pdf/0?code=u2XVz/Krxb8Lb3BhD/kDRC8mvIW1C
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-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-milionaria-the-crown/. Acesso em: 09 out. 
2022.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965183/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965183/
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-26052015-121357/publico/ROSANASTEFANONIIWAMI
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-26052015-121357/publico/ROSANASTEFANONIIWAMI
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 https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/conheca-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-miliona
 https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/conheca-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-miliona
88
CONCLUSÃO GERAL
Olá, aluno (a)
Se chegou até aqui é porque você realmente conseguiu entender e se encantar 
com o mundo do audiovisual. Ao longo das Unidades, vimos um pouco sobre os bastidores, 
processos	de	pré-produção,	os	afazeres	durante	as	gravações	e	a	finalização.	Tudo	parece	
difícil,	mas	conforme	vamos	estudando,	vemos	que	tudo	é	questão	de	organização	e	cuidado.	
Na Unidade I vimos um pouco da história do cinema e como surgiu a necessidade 
de	os	artistas	da	época	mostrarem	seu	lado	criativo,	que	ia	além	da	fotografia.	Nesta	Unida-
de	ainda	entendemos	um	pouco	mais	sobre	os	primeiros	passos	de	um	projeto	audiovisual	
e	como	pré-produzir	tudo.	
Na Unidade seguinte estudamos os processos de casting, que é a escolha dos 
atores	principais	e	figurantes.	Além	disso,	vimos	também	a	importância	de	escolher	locais	
condizentes	com	nosso	roteiro	e	a	relevância	da	equipe	de	direção	de	arte	que	é	responsá-
vel	por	tudo	o	que	está	na	cena.	E	por	último	a	função	do	continuísta,	que	fica	a	cargo	de	
anotar todos os detalhes das gravações para quando a gravação é feita de forma não-linear. 
A Unidade III entendemos mais sobre a decupagem do roteiro que é uma das mais 
importantes	fases	iniciais	para	se	organizar	um	projeto.	Ficamos	sabendo	sobre	a	função	da	
equipe	da	produção	e	do	próprio	produtor,	figura	central	de	um	filme	ou	vídeo,	junto	aos	diretores.	
E	como	se	 trata	de	um	projeto	audiovisual,	vimos	separadamente	a	ancoragem	do	
áudio e também da imagem. Um sendo somado ao outro e não podendo ser esquecidos, em 
hipótese	alguma,	na	hora	das	gravações	e	na	finalização.	Dê	ênfase	na	qualidade	dos	dois	para	
um	melhor	resultado	e,	se	conseguir,	utilize	o	foley	para	dar	mais	veracidade	ao	seu	produto.
A	última	Unidade	ficou	por	conta	da	pós-produção.	Aprendemos	técnicas	de	mon-
tagens, cuidados com nossos arquivos para facilitar a edição e se precaver de possíveis 
problemas, além de criatividade e carinho no momento da edição. Lembre-se que é impor-
tante	um	bom	profissional	para	que	seu	filme	tome	a	forma	que	você	imaginou.	
Com	isso,	você	conseguiu	ter	uma	ideia	de	como	fazer	um	projeto	audiovisual	de	
sucesso.	Seja	de	baixo	orçamento	ou	um	filme	milionário,	os	dois	necessitam	de	organização,	
cuidado e dedicação. Não é tão simples como imaginamos, mas se você seguir as orientações 
dos	profissionais	e	der	o	seu	melhor,	sem	dúvida	terá	um	resultado	final	muito	bom.	
Espero ter acrescentado conhecimento ao seu dia a dia e que, se você for trabalhar 
na	área,	tenha	muito	sucesso	na	carreira	profissional.	Se	for	utilizar	para	filmes	caseiros,	a	
dedicação	deve	ser	a	mesma.	Faça	bem	feito	para	fazer	sempre.	Continue	estudando,	pois	
conhecimento não ocupa espaço. 
Até logo da professora Aleksa Marques. 
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
 Praça Brasil , 250 - Centro
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 Paranavaí - PR - Brasil 
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	Unidade 1: 
	Unidade 2: 
	Unidade 3: 
	Unidade 4: 
	Site UniFatecie:eram	seus	objetivos	iniciais.	É	sempre	de	muita	valia	entender	a	origem	para	
dar continuidade ao processo histórico. 
Veremos a partir de agora a fase inicial de uma produção audiovisual: a pré-produção 
que é a fase criativa e estrutural, além de entender um pouco mais sobre o roteiro. Logo na 
sequência,	entraremos	no	mundo	do	storyboard	para	planejar	e	pensar	nos	enquadramentos	
das cenas de seu produto. 
Ao	final	desta	Unidade,	mas	não	menos	importante,	falaremos	sobre	o	orçamento	e	
também	sobre	a	definição	de	sua	equipe.	Ninguém	faz	nada	sozinho,	certo?	E	quanto	mais	
pessoas	a	fim	de	um	resultado	incrível,	melhor	para	o	seu	projeto.	
O	mundo	do	audiovisual	te	dá	infinitas	possibilidades	e	cabe	a	você	usar	todo	o	
conhecimento que irá adquirir para arrasar em suas produções. Está preparado para um 
caminho	sem	volta?	Prepare-se	para	se	apaixonar	por	este	conteúdo.	
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 1 AUDIOVISUAL:
CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
TÓPICO
A	sétima	arte,	ou	o	cinema,	surgiu	em	uma	época	em	que	a	industrialização	e	a	
urbanização	das	cidades	estavam	ampliando	a	comercialização	das	artes	e	das	comunica-
ções e, o público, estava se acostumando a isso e buscava sempre mais.
O ano era 1895 em um café em Paris com os irmãos Lumière com a exibição públi-
ca do cinematógrafo a empresários e artistas da cidade. O cinematógrafo consistia em um 
aparelho	portátil	que	agregava	uma	máquina	filmadora,	uma	de	revelar	e	a	outra	de	projeção.	
 Não poderia ser diferente: a invensão que a princípio pareceu assustadora, caiu 
no	gosto	de	todos	e	logo	começaram	a	aparecer	os	primeiros	filmes.	O	evento	causou	a	
euforia	dos	trinta	e	poucos	espectadores	que	pagaram	para	ver	a	exibição	do	primeiro	filme	
e, de boca em boca, a notícia se alastrou. Mal sabiam que em pouco tempo aquele feito 
artístico se transformaria em uma indústria multimilionária e conquistaria o mundo. 
O	filme	exibido	foi	o	“La	Sortie	de	l’usine	Lumière	à	Lyon,	1895	par	Louis	Lumière”	
que mostrava a saída de alguns trabalhadores da fábrica Lumière. No mesmo ano, os 
irmãos	fizeram	outro	filme:	o	“The	Sprinkler	Sprinkled”,	uma	comédia.	Seis	meses	depois,	
os	Lumière	projetaram	seu	primeiro	filme,	o	“Vitascope”.	O	café	em	Paris	em	que	a	exibição	
foi feita é considerado o berço do cinema mundial. 
FIGURA 1 - FOTOGRAMA DO PRIMEIRO FILME DOS IRMÃOS LUMIÈRE, 
“LA SORTIE DE L’USINE LUMIÈRE À LYON” (A SAÍDA DA FÁBRICA LUMIÈRE EM LYON)
Fonte: OLIVEIRA, T. B. De outros tempos. 2022. Disponível em: 
https://www.turismoehistoria.com/post/de-outros-tempos. Acesso em: 24 set. 2022
Mas o audiovisual não consiste apenas em cinema. Podemos encontrar diversos 
produtos culturais que cabem no conceito de audiovisual como por exemplo as animações, 
os	jogos,	clipes	musicais,	vídeos	no	geral	e	muito	mais.	
Cada um deles possui sua própria história, seu desenvolvimento técnico, suas lin-
guagens,	forma	de	exploração	comercial	e	impacto	social.	Os	historiadores	utilizam-se	de	
registros	audiovisuais	como	fonte	de	informação,	objeto	de	análise	ou	para	diversos	outros	
estudos	no	qual	faz	valer	a	representação	imagética	e	histórica	do	conteúdo.	
Sobre	a	animação,	por	exemplo,	podemos	afirmar	que	pode	ser	considerada	a	filha	
do	cinema	de	diversas	formas:	“[...]	inter	e	transdisciplinar,	o	cinema	e	as	narrativas	audio-
visuais enriqueceram a produção das culturas, contra culturas e subculturas, promovendo 
cidades,	pessoas,	comércios,	governos,	produtos,	ideias	e	ideais”	(PERUYERA,	2020,	p.	21).
Estudiosos costumam apontar o início do cinema como a fase dos primeiros ci-
nemas, pois os entusiastas da época testavam os novos limites e tentavam, de várias 
maneiras,	criar	experiências	diferenciadas	para	as	telas	e	para	o	audiovisual.	De	filmagens	
de peças de teatro a eventos esportivos, óperas e truques de mágica. De eventos cívicos e 
ficção:	todas	as	produções	foram	constituindo	um	estilo	de	linguagem	cinematográfica	que,	
aos	poucos,	foi	se	transformando	na	prática	que	vemos	hoje.	
9UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
https://www.turismoehistoria.com/post/de-outros-tempos
Peruyera	(2020,	p.	21)	afirma	que	a	linguagem	audiovisual	emergiu	como	discurso	
midiático	que	se	organizava	em	imagem	e	som.	A	prática	foi	utilizada	intensamente	para	
narrar a história do lugar, as atrações turísticas, como registro documental, histórico e 
científico,	como	forma	de	entretenimento,	berço	das	animações,	difusão	da	estética	e	das	
ideologias de uma época. 
Ele	nos	faz	pensar	e	repensar	o	real,	analisar,	ter	emoções,	representar,	criar	ilu-
sões, lugares e pessoas. Não à toa, o cinema é considerado a sétima arte e é mundialmente 
divulgado e difundido. 
Quantas	vezes	você	já	foi	a	uma	sala	de	cinema	e	pensou	em	seu	primórdio?	A	
reflexão	é	válida.	Ao	 longo	dos	anos,	 todas	as	outras	formas	de	se	fazer	uma	produção	
audiovisual	foram	exploradas	e	melhoradas	a	partir	da	utilização	de	tecnologia	e	técnicas.
No	 próximo	 tópico	 abordaremos	 questões	 relativas	 à	 preparação	 de	 um	projeto	
audiovisual	como	um	todo:	do	momento	da	ideia,	sua	execução	e	a	finalização.	Há	diversas	
maneiras	de	 fazer	 isso,	mas	você	 irá	aprender	da	 forma	 feita	pelos	grandes	diretores	e	
estúdios.	Trataremos	de	técnicas	extremamente	profissionais	que	podem	ser	adaptadas	à	
realidade amadora.
10UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
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 2 PRÉ -
PRODUÇÃO 
E ROTEIRO
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
TÓPICO
Digamos	que	você	já	tem	a	ideia	de	seu	vídeo	ou	filme	em	mãos.	Qual	o	próximo	
passo?	Antes	de	sair	 captando	as	cenas	sem	nenhum	 tipo	de	distinção	 (a	ansiedade	é	
grande,	eu	sei),	precisamos	sentar	e	fazer	o	planejamento	inicial.	
Nele devemos levantar o orçamento e quanto dinheiro disponível você tem para a 
execução. Tendo o valor, você o subdividirá em três pontos: pré-produção, produção e pós-
-produção.	Alguns	autores	gostam	de	deixar	estabelecido	os	custos	fixos	como	salários	da	
equipe, custos com cenários e equipamentos, também os custos variáveis como cachê dos 
autores	e	diretos	e	custos	indiretos	como	seguros	e	impostos	caso	sua	produção	seja	maior.	
A pré-produção inclui custos de elaboração do roteiro, do storyboard e a construção 
dos	sets	de	filmagem,	que	são	os	cenários.	Os	custos	de	produção	incluem	salários	da	equi-
pe, equipamentos, viagens se necessária, além de alimentação, transporte e hospedagem.
Já na pós-produção seus custos podem ser variáveis, mas se deve ter em mente a 
edição, o tratamento de som e imagem, e custos extras com traduções e legendas. Mas se 
seu	planejamento	for	bem	feito,	você	não	terá	grandes	surpresas.	
Se a sua produção audiovisual é caseira e não tem orçamento, você pode pegar 
emprestado,	fazer	uma	ação	conjunta	com	amigos	para	a	produção	dos	cenários	e	atores.	
O autor Peruyera (2022, p. 50) embasado em Kellison (2007) elenca alguns pontos 
nos	quais	se	devem	pensar	ao	se	fazer	o	planejamento:	locação	(que	são	os	lugares	a	se-
rem	filmados),	o	período	do	dia,	elenco,	figurinos,	cenário,	elementos	cenográficos,	efeitos	
especiais, cabelo e maquiagem, equipamentos, veículos, animais, efeitos sonoros. Usare-
mos tudo isso para as produções caseiras, mas são os itens considerados para produções 
profissionais.	Veremos	mais	detalhadamente	cada	um.
2.1 Locação
Partindo	 do	 princípio	 que	 vamos	 fazer	 uma	 produção	 caseira	 e	 que	 não	 temos	
verba,	é	pouco	provável	que	você	monte	cenários	grandiosos.	O	ideal	é	buscar	lugares	já	
existentes	como	a	sala	de	casa,	a	praça	da	cidade	ou	prédios	públicos.	É	ideal,	neste	caso,	
pedir	autorização	do	órgão	responsável	parao	uso	do	local.	
2.2 Período do dia 
É	importante	pensar	em	tudo	isso	para	saber	em	quais	momentos	é	melhor	de	gra-
var	por	conta	da	intensidade	da	luz.	Se	começar	a	gravar	às	8h	da	manhã	e	a	cena	for	muito	
longa,	perto	do	meio	dia,	o	sol	já	é	diferente.	À	noite	você	precisará	de	uma	iluminação	forte	
e	outros	recursos	para	fazer	a	captação.	O	clima	também	precisa	ser	analisado:	se	o	roteiro	
diz	um	dia	ensolarado,	não	pode	ser	gravado	em	dias	de	chuva.	
2.3 Elenco
Em	produções	amadoras,	normalmente	amigos	e	familiares	fazem	parte	do	elenco.	
Pense	no	perfil	dos	personagens	e	convide	a	pessoa	certa	para	executá-los.	Tenha	em	
mente	que	eles	não	são	atores	profissionais	e	que	pode	haver	dificuldade	em	conseguir	
a	 interpretação	desejada.	 Lembre-se	de	elaborar	 um	 termo	 com	autorização	de	uso	de	
imagem de todos os participantes. O documento permitirá que você use a imagem sem 
qualquer	tipo	de	problema,	desde	que	especificado	no	documento.	
2.4 Figurantes
As cenas que dependem de inúmeras pessoas participando são mais complicadas. 
Essas pessoas que não têm um papel importante mas que são necessárias para compor o 
ambiente	chamam-se	figurantes.	Você	precisará	reunir	o	número	de	figurantes	necessários	
para a cena em um campo de futebol ou em um restaurante, por exemplo. Novamente você 
precisa	do	termo	de	autorização	de	uso	de	imagem	de	todos.	
2.5 Cenário 
Toda	ação	acontece	em	um	local	definido,	o	cenário.	Por	isso	a	importância	da	visita	
prévia	a	todas	as	locações,	pois	nelas	se	encontram	os	cenários.	Talvez	alguns	ajustes	de	
objetos	e	móveis	serão	necessários	e	dessa	forma	você	consegue	se	programar.	
12UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2.6 Elementos cenográficos 
São	todos	os	objetos	que	irão	aparecer	em	uma	determinada	cena.	No	momento	da	
gravação,	todos	eles	precisam	estar	prontos	e	reunidos	para	serem	utilizados.	Os	elemen-
tos	são	parte	da	estética	da	filmagem,	por	isso	precisam	ser	tratados	com	atenção.	
2.7 Efeitos especiais 
Se	o	seu	filme	é	uma	produção	de	ficção,	talvez	você	precise	de	efeitos	especiais.	
Para isso, é necessário entender como eles são feitos e a forma de executá-los. Sangue ce-
nográfico	é	um	tipo	de	efeito	especial	e	pode	ser	produzido	com	xarope	de	milho,	corantes	
preto e vermelho e gelatina incolor, por exemplo. Ou então adicionados na edição. 
2.8 Figurino 
Todas	as	peças	de	roupa	e	acessórios	fazem	parte	do	figurino	dos	atores.	Se	estes	
forem	seus	amigos,	peça	antecipadamente	para	que	eles	vistam	as	roupas	que	fazem	parte	
da	estética	de	seu	filme.	Uma	observação	importante:	para	dar	continuidade	à	cena,	caso	
ela	seja	gravada	em	dias	diferentes,	fotografe	todo	o	figurino	incluindo	sapatos,	acessórios	
e cor de esmalte no caso das meninas. 
2.9 Cabelo e maquiagem 
Na continuidade também cabe penteados e maquiagem. Cada personagem tem 
seu estilo, penteado e cor de batom. Spray de cabelo, elásticos e grampos podem ser 
ótimos aliados na hora da arrumação. A pele dos atores pode requerer uma base ou pó, 
para	que	não	fique	brilhante	durante	a	cena.	
2.10 Equipamento 
Seja	com	câmeras	profissionais	ou	com	o	próprio	celular,	tudo	precisa	estar	funcio-
nando	corretamente	e	com	espaço	de	memória	sobrando.	É	importante	lembrar	também	de	
pilhas,	luzes,	microfones,	tomadas,	cabos	e	extensões.	
2.11 Veículos 
Seja	para	a	composição	da	cena	ou	para	o	transporte	de	pessoas,	esteja	ciente	de	
quem	irá	emprestar	o	carro	e	avise	com	antecedência.	Evite	que	a	placa	fique	visível	para	
manter a segurança dos veículos. 
13UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2.12 Animais 
Se	sua	produção	audiovisual	inclui	animais,	esteja	preparado.	Você	não	consegue	
conter os latidos e o temperamento de um cão. Lembre-se de deixar o dono por perto para 
evitar deixar o animal assustado. 
2.13 Efeitos sonoros 
Efeitos sonoros ou foley	geralmente	são	captados	depois	da	cena	para	que	haja	
sincronia.	Passos	no	chão,	aves	cantando	ou	o	barulho	de	porta	abrindo	ficam	mais	reais	
quando gravados separadamente e colocados na edição. 
Feito isso, vamos ao roteiro.
Jornalistas e veículos de comunicação não podem ter o luxo que escritores e dire-
tores de cinema têm de esperar a inspiração chegar para escrever. Doc Comparato (2018), 
um dos pais dos textos dramatúrgicos, fala sobre a arte da criatividade e da inspiração em 
seu	livro	“Doc	Comparato:	Da	criação	ao	roteiro”.	 	Ele	diz	que	ninguém	cria	no	vazio	ou	
com	o	vazio	e	que	é	necessário	encher	a	cabeça	de	inspirações	para	se	criar	algo	novo	e	
surpreendente (COMPARATO, 2018, p. 22). 
Ele aponta ainda alguns bloqueios existentes no momento da elaboração do roteiro 
que não podemos deixar de tomar conta. O autor explica que não podemos descartar uma 
ideia por achar que não é prática ou lógica. Também não se pode ter medo de quebrar 
regras	ou	fazer	somente	o	“politicamente	correto”.	Não	ter	medo	de	errar	ou	medo	de	sofrer	
rejeição,	mas	aprender	a	lidar	com	a	frustração	também	é	necessário.	
Assim como ocorre com os escritores, a ideia para a produção audiovisual pode 
vir	de	situações	comuns	do	dia	a	dia	e	de	sua	rotina:	a	vizinhança,	aquele	tio	que	tem	uma	
história	inspiradora	ou	até	mesmo	a	sua	própria	trajetória.	
Os	desejos	humanos,	o	bem	e	o	mal,	 as	alegrias	e	as	dúvidas	da	humanidade	
sempre rendem temas interessantes. Mas é preciso saber extrair o máximo de tudo isso.
Entre	o	escritor	e	a	tela	que	projeta	a	imagem,	visor	ou	telão,	existe	uma	per-
da de 20% da qualidade imaginativa presente no texto do roteirista, podendo 
chegar a 40% se a produção e a direção forem de baixa qualidade artística. 
Se	o	roteirista	reconhecer	menos	de	60%	de	seu	escrito	na	obra	final,	tem	
o direito de interditá-la, refutá-la ou até mesmo negá-la. A cada dia cresce o 
respeito pelo trabalho do roteirista e pela qualidade da direção e da produção, 
logo	esses	fatos	são	cada	vez	mais	raros	(COMPARATO,	2018,	p.	32).
Para isso, é necessário considerar alguns pontos para a elaboração de um roteiro 
como:	quem	serão	os	personagens?	Quais	as	ações	envolvidas?	Como	serão	as	cenas?	
Será	um	drama	ou	um	romance?	Em	qual	época	se	passará?	
14UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Tudo isso subdividido no primeiro ato que é o começo, a apresentação, a confronta-
ção e desenrolar de sua história que vem no segundo ato e o terceiro ato fechando a trama 
e apresentando a resolução. 
Peruyera	(2020,	p.	57)	fala	que	um	minuto	de	filme	equivale	a	uma	página	rotei-
rizada.	Desse	modo,	a	história	vai	sendo	contada	folha	por	 folha,	página	por	página,	do	
imaginário do autor às telas para os espectadores. 
Resumidamente o roteiro precisa conter sua ideia principal, que geralmente dá 
nome à história, quem são os personagens e suas ações e o desenrolar da história como 
o	 fio	 de	 um	novelo.	Note	 que	 o	 termo	 não	 é	 utilizado	 à	 toa,	 sua	 história	 deve	 ter	 uma	
progressão conforme os minutos vão passando. 
Além da trama e das falas, o roteiro ainda deve informar marcações de cenas, 
ângulos	de	câmera,	fontes	de	luz,	trejeitos	e	expressões,	se	a	cena	é	externa	ou	interna,	
se	o	personagem	está	em	pé	ou	deitado,	de	costas	ou	olhando	para	o	outro,	enfim,	é	o	
momento de quem está escrevendo descrever como ele pensou. Conteúdo pronto, chega 
o momento de desenhar as cenas. 
15UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
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 3
STORYBOARD:
PLANEJAMENTO E
ENQUADRAMENTO 
DAS CENAS
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
TÓPICO
O storyboard	nada	mais	é	do	que	uma	espécie	de	história	em	quadrinhos	do	filme,	
com desenhos, mudanças de ângulos e planos além de sugestões de enquadramentos que 
constam no roteiro. 
O	objetivo	aqui	não	é	contar	tudo	detalhadamente,	mas	sim	auxiliar	no	planejamen-
to da narrativa audiovisual. Perceba que tudo tem umordem de importância: o storyboard 
vem depois do roteiro. 
Em	grandes	produções	cinematográficas,	desenhistas	profissionais	são	contratados	
para	direcionar	o	diretor	de	fotografia	e	de	imagem.	Programas	de	televisão,	transmissões	
ao	vivo	e	vídeos	comerciais	também	se	utilizam	da	técnica	para	um	melhor	enquadramento	
do apresentador e equipe técnica, por exemplo. 
Cada quadro do storyboard	significa	uma	mudança	no	enquadramento.	Com	essa	
prática,	é	possível	identificar	se	há	a	repetição	de	determinado	plano	ou	se	enquadramentos	
parecidos	estão	muito	próximos.	Isso	deixa	o	filme	mais	dinâmico.	
3.1 Plano
É	o	elemento	mais	evidente	na	linguagem	audiovisual,	pois	se	trata	do	conjunto	de	
imagens captadas e registradas pela câmera durante a gravação (ou tomada) de uma cena. 
Pode ser um plano parado ou em movimento, chamado de plano sequência. 
Nele,	um	conjunto	de	planos	formam	a	cena	e	apresentam	as	informações	de	maneira	
igual	e	sem	cortes	de	imagens.	Utilizado	para	dar	a	sensação	de	passagem	de	tempo	ou	quan-
do	diversas	atividades	acontecem	juntas	e	o	personagem	se	desloca	de	um	local	ao	outro.	
3.2 Tipos de plano de câmera
Há	diversos	enquadramentos	possíveis	de	serem	feitos	em	suas	produções.	
Plano geral:	é	o	mais	amplo	de	todos	e	utilizado	para	mostrar	o	conteúdo	geral	da	
cena. Nele, o ambiente, o local, é o elemento principal da cena. 
Plano médio: mais fechado que o aberto e geralmente enquadra os personagens do 
tronco para cima. Outra variação deste é o plano americano, que enquadra os personagens 
dos	joelhos	para	cima.	Mostra	os	personagens	em	primeiro	plano	contextualizando	o	ambien-
te e alguns detalhes. 
Primeiro plano ou close:	utilizado	para	mostrar	algo	com	maior	enfoque.	Pode	uti-
lizar	este	plano	para	mostrar	reações,	enfatizar	falas,	emoções	dos	personagens	ou	objetos.	
Primeiríssimo plano:	 ainda	mais	 fechado	 e	 utilizado	 em	momentos	 especiais.	
Mostra	com	maior	riqueza	de	detalhes	o	enfoque	desejado.	
Plano detalhe: igual	ao	primeiríssimo	plano,	mas	usado	somente	para	coisas	e	objetos.	
Os planos também podem incluir o ângulo da câmera: 
Plongée: significa	“mergulho”.	É	a	expressão	utilizada	quando	a	câmera	encontra-
-se	acima	do	objeto	ou	personagem,	como	se	o	operador	da	câmera	estivesse	realmente	
mergulhando.	Utilizado	para	minimizar	ou	menosprezar	o	enfoque.
Contra-plongée:	contra-mergulho.	É	o	contrário	do	plongée.	Aqui	a	câmera	está	
posicionada	abaixo	do	objeto	ou	personagem.	Utilizado	para	enaltecer	o	enfoque.	
3.3 Movimentos e câmera
O storyboard	 também	aceita	movimentos	 de	 atores	 e	 objetos	 e	movimentos	 de	
câmera.	Você	pode	utilizar	de	dois	quadros	para	demonstrar	uma	movimentação:	primeiro	
desenhe	a	cena	inicial	e	depois	como	deseja	que	ela	termine.	
Há	algumas	definições	para	isso:	
Pan, de panorâmica, ou tilt: são movimentos com base no eixo da câmera: de um 
lado para o outro ou de cima para baixo (ou vice-versa). No storyboard você pode represen-
tar esse movimento desenhando a cena inteira e com um lápis de outra cor demonstrar o 
movimento	desejado:	marcando	os	enquadramentos	e	direções	que	a	câmera	deve	seguir.	
Zoom: pode ser se aproximando (zoom in) ou se afastando (zoom out). Novamente 
a câmera não se mexe, o movimento é feito a partir dos recursos da câmera ou do celular. 
Travelling:	é	qualquer	tomada	na	qual	a	câmera	se	movimente	junto	com	o	perso-
nagem	ou	objeto	da	cena.	Em	produções	caseiras,	você	pode	fazer	isso	utilizando	panos	
para	literalmente	arrastar	a	câmera	ou	então	ter	um	pulso	firme	para	fazer	o	movimento	de	
acompanhar a cena. 
17UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Este	enquadramento	tem	um	grau	de	dificuldade	maior,	mas	deixa	seu	filme	muito	
mais dinâmico e interessante. No storyboard ele deve ser indicado por meio de setas e 
anotações	para	especificar	o	pretendido.	
Confira	 exemplos	 retirados	 do	 livro	 “Laboratório	 de	 artes	 visuais:	 audiovisual	 e	
animação”	que	é	uma	das	leituras	obrigatórias	desta	disciplina.	
FIGURA 2 - PLANO DETALHE 
Fonte: Peruyera (2020, p. 66).
FIGURA 3 - INDICAÇÃO DE ZOOM 
Fonte: Peruyera (2020, p. 68).
18UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
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19
 4
ORÇAMENTO E 
DEFINIÇÃO DA EQUIPE 
COM 10 DISCENTES
EM CADA GRUPO
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
TÓPICO
Antes de entrar no orçamento propriamente dito, tenha em mente a criação de um 
cronograma	estruturado.	Ele	é	indispensável	para	a	elaboração	de	qualquer	projeto,	pois	
estabelece	datas	e	prazos.	O	cronograma	deve	conter	as	atividades	a	serem	realizadas,	
mas	organizadas	de	forma	sequencial	e	que	sejam	executadas	na	ordem	correta.	Com	ele	
é	possível	gerenciar	o	tempo	de	execução	de	cada	etapa	do	seu	projeto	audiovisual.	
Comece	 elencando	 as	 atividades	 que	 irão	 acontecer	 uma	 única	 vez,	 definida	 e	
destaque datas mais relevantes, estipule um tempo para cada atividade. Separe um tempo 
específico	para	as	etapas	grandes	como	a	pré-produção,	a	produção	e	a	pós-produção.	
É	 importante	 também	que	esse	planejamento	 seja	 flexível	 para	que	os	 imprevistos	não	
acabem como tudo. 
Feito isso, vamos falar de dinheiro. Em superproduções, os diretores e produtores 
buscam	formas	de	viabilizar	o	filme,	pois	milhões	de	reais	ou	dólares	são	necessários.	Na	
nossa	realidade,	que	dispõe	de	pouco	ou	quase	nada,	fica	mais	fácil	de	gerenciar.	
Como vimos no primeiro tópico, há sim despesas que podem ser diminuídas a quase 
zero	com	um	planejamento	correto.	Com	a	ideia,	o	roteiro	e	o	storyboard em mãos, a pergunta 
que deve ser feita é: quanto dinheiro eu preciso para executar e quanto dinheiro eu tenho. 
É	muito	difícil	fazer	um	filme	sem	gastar	nada.	O	que	é	recomendado	é	minimizar	os	
custos	pegando	objetos	emprestados,	gravando	em	lugares	públicos	e	convidando	amigos	
e familiares para as participações. 
Se você tiver algum orçamento, divida ele em etapas como vimos anteriormente. Ain-
da	no	detalhamento	do	roteiro,	identifique	o	que	pode	te	custar	algum	valor	e	o	que	pode	ser	
reduzido:	a	impressão	dos	roteiros,	o	elenco,	figurantes,	adereços,	complemento	de	cenários,	
efeitos especiais, equipamentos, direitos autorais de trilhas e músicas entre outros. 
Mapeie	ainda	a	programação	da	produção.	O	que	precisará	para	o	dia	da	filmagem?	
Alimentação	e	água	para	a	equipe,	repelente	caso	seja	em	um	ambiente	externo,	gasolina	
para o transporte de todos além de equipamentos extras caso você não os possua.
Outro ponto a ser levado em consideração são os dias de gravação. Quanto maior 
seu roteiro, maior o tempo de execução. Pense nisso na hora de escrever. 
E não menos importante, o custo com a equipe. Veremos a seguir que são neces-
sárias diversas pessoas com habilidades e conhecimentos diferentes para a execução de 
um	filme.	Tenha	em	mente	que	eles	precisarão	de	pagamento.	
Como dito, tudo vai depender de quanto você tem para gastar e isso não tem rela-
ção	com	a	qualidade	do	resultado	final.	Há	quem	faça	produções	espetaculares	gastando	
menos de R$ 500 e quem consiga gastar mais de R$ 10 mil e entregar um produto de baixa 
qualidade. O que difere os dois é a escolha da equipe. 
Como	dito,	você	precisa	contar	com	uma	equipe	especializada	em	diferentes	áreas.	
No cenário ideal do audiovisual, quem cuida do cenário não cuida da maquiagem, por 
exemplo. Mas quando temos produções de baixo orçamento, uma mesma pessoa pode 
desempenhar diversas funções dentro da equipe. Além disso, há toda uma hierarquia que 
deve ser seguida e que garante um melhor aproveitamento do trabalho. 
As seguintes funções foram apresentadas por Kellison (2007 apud Peruyera 2020, p. 73):
Diretor: é quem lidera a produção, trabalha com todos da equipe, orienta o trabalho 
de	cada	setor	a	fim	de	uma	maior	união	e	colaboração	da	equipe.	
Diretor de fotografia:responsável	por	executar	as	ideias	da	direção	utilizando-se	
de	câmeras,	lentes,	luzes	e	enquadramentos.	
Gerente de produção: é	a	“mãe”	do	set.	A	produção	cuida	dos	orçamentos,	planilhas,	
cronogramas, logística, alimentação, além de providenciar todo o necessário para a equipe. 
Assistente de direção: atua	entre	a	direção	e	as	demais	equipes	e	fica	também	
responsável	pelas	cobranças	de	prazos	e	execuções.	
Operador de câmera:	executa	as	orientações	do	diretor	de	fotografia.
Fotógrafo: não é extremamente necessário, mas pode servir como um documen-
tador dos bastidores e criação das cenas para futura divulgação. 
Sonoplasta:	é	responsável	pelo	som.	Seja	pelo	som	ambiente,	por	amenizar	ruídos	
na cena, microfones de lapela e boom.
20UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Diretor de arte: toda	a	parte	visual	das	cenas	fica	à	cargo	do	diretor	de	arte.	Ele	precisa	
cuidar	de	tudo	o	que	aparece	em	cena	para	que	esteja	de	acordo	com	a	estética	desejada.
Continuísta:	 Todas	 as	 cenas,	 caso	 sejam	 gravadas	 em	 dias	 e	 ambientes	 dife-
rentes, precisam ser fotografadas assim como os atores. Tudo precisa ser exatamente 
igual à primeira cena para que ela possa ser continuada exatamente da mesma forma e o 
espectador não perceba que ela foi gravada em momentos distintos. 
Iluminador: cuida de toda a parte da iluminação.
Supervisor de pós-produção: pessoa responsável por tudo o que acontece com 
as imagens e o som captados. Fundamental no momento da edição de todo o material. 
Figurinista:	responsável	exclusivamente	pela	caracterização	e	roupas	dos	personagens.	
Maquiador e cabeleireiro: responsável	pela	parte	de	caracterização	a	partir	do	
cabelo e da maquiagem. 
Dentro de todas as funções pode haver assistentes e outras derivações. Tudo irá 
depender novamente do quanto você terá de orçamento e como irá administrá-lo. Tendo em 
mente o que precisa, é só escolher as pessoas capacitadas para tal. 
Nas produções caseiras e de baixo orçamento, não há tantas pessoas assim. 
A sugestão é que as pessoas que integram a equipe dividam as funções e as respon-
sabilidades.	A	pessoa	que	assumir	o	papel	do	diretor,	por	exemplo,	pode	também	fazer	
a captura das imagens. A pessoa responsável pela produção, pode também cuidar da 
direção	de	arte	e	do	figurino.	
 Se você tivesse que escolher 10 integrantes ou funções, a sugestão seria: um 
diretor	e	um	diretor	de	fotografia,	um	produtor,	um	diretor	de	arte,	uma	figurinista	que	tam-
bém seria maquiadora, um continuísta, sonoplasta ou técnico de som, iluminador e um 
supervisor	 de	 pós-produção	 que	 pode	 ficar	 também	 como	editor.	Claro	 que	 as	 funções	
tendem	a	ficar	mais	bagunçadas,	mas	com	uma	boa	estratégia	e	uma	equipe	unida,	fica	
fácil	cumprir	todo	o	planejado.
21UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
22UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Se você ficou curioso e quer assistir ao primeiro filme exibido pelos irmãos Lumière, deixo abaixo o link do 
Youtube para que você possa ver. A exibição original não tinha som, o áudio foi inserido posteriormente 
para postagem na internet. Coloque-se no lugar das pessoas do café em Paris no fim dos anos de 1890 que 
nunca tinham visto nada do tipo.
Para saber mais, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=lW63SX9-MhQ
“Os espaços ficcionais estão se transformando em ambientes imersivos tridimensionais de grande riqueza 
gráfica e baseados na internet. O espaço será altamente expressivo, assim como nosso movimento por ele 
e os objetos encantados que estarão presentes.” 
Fonte: Comparato (2018, p. 456).
https://www.youtube.com/watch?v=lW63SX9-MhQ
23
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Se pararmos para analisar, estamos vivendo um momento próximo ao dos anos 
de 1890. A ascensão de smartphones e dispositivos de mídia que permitem a todas as 
pessoas	filmar,	fotografar	e	editar	tomou	conta	dos	nossos	dias	e,	a	partir	deles,	é	possível	
dividir	histórias,	narrativas,	tutoriais,	filmes,	homenagens	e	documentários.	
De forma geral, o audiovisual vem transformando nossa linguagem e as formas de 
comunicação.	Com	um	simples	trecho	atrelado	a	uma	música	ou	com	uma	fala	super	produzida	
em	um	cenário	cinematográfico,	a	sétima	arte	surge	da	necessidade	da	inovação,	do	diferente	
e	do	entretenimento.	Algo	que,	até	hoje,	chama	a	atenção	e	deixa	boquiaberto	quem	assiste.	
Vimos	nessa	Unidade	que	não	é	 tão	simples	assim	fazer	um	vídeo	ou	um	filme.	
Se	você	quer	passar	o	ar	de	mais	profissionalismo,	algumas	etapas	devem	ser	cumpridas	
para	o	resultado	final	de	seu	trabalho.	Do	roteiro	à	escolha	das	equipes,	tudo	precisa	ser	
pensado de forma geral, mas ainda sim separadamente. 
Além	disso,	os	elementos	que	compõem	a	linguagem	audiovisual	dizem	muito	sobre	
a intencionalidade do criador. Planos, ângulos, áudios e narrativas dão vida ao que antes 
era apenas uma ideia do imaginário. O roteirista precisa transcrever um mundo que ainda 
não existe em algo tangível para que o diretor consiga captar e dar vida.
Seja	no	cinema,	nos	vídeos	ou	na	televisão,	o	mundo	do	audiovisual	já	ganhou	seu	
espaço	em	nossas	vidas.	Basta	você	saber	utilizá-lo	da	forma	certa:	seja	como	um	crítico	
ou	como	um	entendedor,	há	infinitas	possibilidades	de	produções	com	imagens	bem	feitas	
captadas em sincronia com seus áudios. 
E	não	esqueça:	todas	as	vezes	que	for	assistir	a	um	filme	pense	na	inquietação	dos	
irmãos	Lumière	em	exibir,	pela	primeira	vez,	películas	experimentais	de	cenas	do	cotidiano	
francês que levaria ao mundo uma das formas de entretenimento mais consumidas atualmente.
 
24
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Título: Direção	de	Fotografia	em	Video	Games:	A	Câmera	no	Labirinto	de	God	Of	War	4
Se	você	está	interessado	em	saber	mais	sobre	a	utilização	da	luz	e	da	fotografia	em	
jogos	eletrônicos,	este	artigo	da	Academia	Brasileira	de	Cinematografia	vai	te	interessar.	
Fonte: https://abcine.org.br/site/direcao-de-fotografia-em-video-games-a-camera-
-no-labirinto-de-god-of-war-4/
https://abcine.org.br/site/direcao-de-fotografia-em-video-games-a-camera-no-labirinto-de-god-of-war-4/
https://abcine.org.br/site/direcao-de-fotografia-em-video-games-a-camera-no-labirinto-de-god-of-war-4/
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MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
LIVRO 
Título: Os cinco Cs da cinematografia
Autor: Joseph V. Mascelli.
Editora: Summus Editorial.
Sinopse: Ilustrada com mais de 500 fotografias, esta obra 
clássica apresenta os conceitos e as técnicas consagradas da 
cinematografia. Os cinco Cs são: corte, composição, close-ups, 
continuidade e câmera: ângulos. Pioneiro das câmera, Mascelli 
aborda ainda os problemas mais comuns durante as filmagens 
e dá dicas fundamentais para a edição. Fundamental para os 
estudantes de cinema, tem revisão técnica de Francisco Rama-
lho Jr.
FILME / VÍDEO 
Título: Um Homem com a Câmera de Dziga Vertov
Ano: 1929.
Sinopse: Um documentário que mostra um dia normal, bastan-
te típico. Um cinegrafista (Mikhail Kaufman) filma um dia des-
pretensioso na vida da cidade moderna: Primeiro as ruas vazias 
ao amanhecer que vão gradualmente se enchendo, depois os 
habitantes de Moscou, ou de outra cidade soviética no trabalho 
ou no lazer. São as pessoas comuns mostrando a verdade da 
vida cotidiana.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Cl_ujd5c6EY
https://www.youtube.com/watch?v=Cl_ujd5c6EY
26
WEB
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
“Sessão De Terapia” – Desenho De Som Detalhado Por Luiz Adelmo
Link	do	site:	
https://abcine.org.br/site/sessao-de-terapia-desenho-de-som-detalhado-por-luiz-/
https://abcine.org.br/site/sessao-de-terapia-desenho-de-som-detalhado-por-luiz-adelmo/
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Plano de Estudos
• Teste de Vídeo Tape e casting;
• Definição das locações;
• Direção de Arte: cenários, objetos de cena, 
 figurino, cabelo e maquiagem; 
• Continuidade. 
Objetivos da Aprendizagem
• Planejar os processos do projeto audiovisual; 
• Compreender as etapas necessárias antes da execução;
• Estabelecer a importância das subpartes de um projeto.
2UNIDADEUNIDADE
DO DO 
PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO
À PRÁTICAÀ PRÁTICA
 Professora Esp. Aleksa Marques 
28
INTRODUÇÃO
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Olá, aluno (a),
Como	você	está?	Espero	que	cada	vez	melhor.	
Na primeira Unidade desta apostila vimos resumidamente as etapas necessárias 
para	a	produção	de	um	projeto	audiovisual.	Conseguimos	analisar	tanto	uma	produção	mais	
elaborada quanto uma sem orçamento, que é o caso da maioria das produções caseiras. 
Nesta Unidade, falaremos um pouco mais detalhadamente sobre algumas partes que, 
geralmente são deixadas de lado, mas são igualmente importantes. No início dos estudos vere-
mos um pouco mais sobre o casting, que nada mais é do que um teste com atores para o diretor 
definir	quem	se	enquadra	mais	na	personalidade	e	fisionomia	do	personagem	imaginado.	
Logo	depois	vem	a	escolha	das	locações.	Onde	será	gravado	o	seu	projeto?	Quantos	
locais	serão	necessários	para	você	contar	sua	história?	Todos	eles	fazem	parte	de	um	contexto	
maior?	Essas	são	algumas	das	perguntas	que	devem	ser	feitas	por	você	antes	de	começar	a	
pensar nas gravações. 
Outra questão que levantamos aqui será a equipe e produção da direção de arte. 
Para	contar	uma	história	audiovisual	são	necessários	objetos,	cenários,	figurinos	específi-
cos	e	até	mesmo	efeitos	de	maquiagem	para	que	a	contextualização	seja	feita.	
Além disso, outro aspecto muito valioso dentro das produções é a continuidade, quem 
executa essa função é o continuísta que precisa estar atento a todas as movimentações para 
que as cenas saiam o mais perfeita possível quando não gravadas em um ato contínuo.
Como você pode perceber, na Unidade II entenderemos um pouco mais sobre a impor-
tância	de	cada	processo	separadamente	e	como	fazê-los	da	melhor	forma	possível	para	que	o	
momento	das	gravações	saia	conforme	planejado.	Mas,	para	isso,	você	precisa	planejar.	
Então vamos começar?
Boa leitura.
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 1 TESTE DE
VÍDEO-TAPE
E CASTING
TÓPICO
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
A ansiedade e o desconhecimento são fatos que podem estragar sua produção audio-
visual e eu vou explicar o porquê. Quando pensamos em uma obra, logo queremos executá-la. 
A	primeira	ideia	que	vem	em	nossas	mentes	é	pegar	uma	câmera	e	apertar	o	REC,	certo?	
Esta seria a realidade perfeita, mas na prática apertar o botão para gravar está 
quase nas últimas etapas de uma execução. Antes disso, diversas etapas são necessárias 
para que tudo saia nos conformes. O vídeo tape ou casting é uma delas. 
Um	dos	elementos	fundamentais	para	qualquer	projeto	audiovisual,	seja	de	curta	
ou longa-metragem, é o casting.	Muitos	diretores	dizem	que	90%	do	trabalho	durante	todo	
o	processo	é	definido	nesta	etapa,	pois	é	ali	que	o	diretor	pode	analisar	sem	medo	de	errar	
qual	será	o	melhor	ator	ou	atriz	para	encarnar	seu	personagem.	
Casting	nada	mais	é	do	que	a	interpretação	de	uma	pequena	parte	do	seu	filme	
executada	em	algum	local	específico	que	acontecerá	ou	não	alguma	cena	de	sua	obra.	O	
ator	pode	estar	sozinho	ou	acompanhado,	em	casa	ou	em	um	estúdio	específico	para	ser	
avaliado pelo diretor. 
Aqui	conta	muito	a	preparação	do	ator,	os	trejeitos,	as	características	físicas	como	
cor do cabelo, altura, cor dos olhos. Tudo vai depender também da procura de quem está 
dirigindo	o	projeto.	Alguns	especialistas	no	assunto	dizem	ainda	que	não	existe	um	ator	
ruim, existe um casting mal feito. 
É	nele	que	sua	obra	escrita	ganha	vida,	suas	cenas	saem	do	papel	e	se	criam	na	
encenação	dos	atores	presentes.	Portanto,	se	você	fizer	um	bom	casting, tudo em volta 
será	mais	fácil,	pois	dirigir	um	ator	que	já	está	inserido	em	seu	papel	é	muito	mais	tranquilo.	
Assim,	o	diretor	não	precisa	despender	tanta	energia	e	dirigir	a	obra	ficará	mais	fácil	de	
conduzir	o	enredo.	
Entendendo	sua	importância,	vamos	saber	como	fazê-lo.	Em	grandes	produções,	o	
diretor	conta	com	a	ajuda	de	diretores	de	elenco	e	também	de	outras	pessoas	da	equipe	para	
estudar	o	candidato	de	diversas	formas.	Em	produções	menores,	o	diretor	define	a	melhor	
forma	de	escolher	seus	atores,	já	que	a	escolha	pode	não	ser	feita	exatamente	dessa	forma.	
Primeiro você deve ocupar seu roteiro e descrever a personalidade de cada papel 
detalhadamente. Elementos como faixa etária, aparência, altura e anotações sobre a histó-
ria de fundo criam no imagético do ator um pouco do papel que ele precisará desempenhar. 
Descreva	com	o	máximo	de	detalhes	possíveis	de	quem	ele	é,	como	vive,	o	que	faz,	se	tem	
ou	não	manias,	seu	humor,	tudo	ajudará	na	construção	da	interpretação.	
Feito isso, você deve enviar estas análises para o candidato à vaga. Junto, envie 
cenas-testes para que o ator se prepare com as falas escolhidas por você. Os diretores 
podem convocar os atores via divulgação, via agências de talentos ou selecionando alguns 
já	pré-determinados.	
O	 teste	 pode	 ser	 feito	 pela	 internet,	 fazer	 um selftape (que seria o próprio ator 
executando a cena em frente ao celular ou câmera e enviando o arquivo aos responsáveis) 
ou	presencialmente.	Lembrando	que,	as	cenas-testes	podem	ajudar	o	diretor	a	descartar	
completamente	o	ator	ou	fazê-lo	se	apaixonar	pela	atuação.	Portanto,	faça	uma	boa	escolha.	
O	próximo	passo	é	fazer	o	teste	de	tela,	que	nada	mais	é	do	que	a	análise	do	diretor	
quanto	a	imagem	daquele	ator	pelas	lentes	das	câmeras.	É	nesta	etapa	também	que	os	
testes	de	figurino	e	maquiagem	são	 feitos	além	da	 interpretação	 junto	a	outros	atores	e	
atrizes	para	a	análise	da	química	entre	eles,	principalmente	se	for	um	par	romântico.	
Ligações	e	outros	testes	podem	ser	feitos	e	refeitos	quantas	vezes	o	diretor	achar	
necessário.	É	 uma	etapa	muito	 importante,	 pois	 estamos	 falando	 de	 alguém	que	 ficará	
marcado	para	sempre	em	sua	obra.	Se	há	um	bom	ator,	há	um	bom	filme.	Quando	o	diretor	
decidir a respeito do escolhido, ele deve avisá-lo.
Há	diversas	maneiras	de	preparação	e	também	de	interpretação	que	são	levadas	
em conta pelos responsáveis. Um destes métodos é o estudo do russo Constantin Stanis-
lavski	(1863-1938),	precursor	de	um	método	específico	de	trabalho	para	atores.	Ele	acre-
ditava	que	o	uso	das	memórias	afetivas	poderia	ajudar	a	colocar-se	na	situação	daquele	
personagem e que isso traria uma maior verosimilhança na construção do papel. 
30UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
E o avanço das pesquisas do russo a partir de 1918, com a experiência no Estúdio 
de Ópera, muda os caminhos desta compreensão. 
A	primazia	do	“sentimento”	do	ator	e	da	memória	emotiva	na	construção	da	
personagem	fora	substituída	pela	valorização	da	ação	física,	concreta	e	de	
outras memórias, como por exemplo, a memória muscular. A experiência 
mostrava que o ator não poderia estar à mercê das instabilidades destas 
forçasmotivas, mas que necessitaria de uma técnica de trabalho um pouco 
mais	precisa,	capaz	de	auxiliá-lo	no	acesso	às	suas	emoções	e	na	possibi-
lidade de repeti-las de maneira autêntica a cada dia (LEITE, 2012, online).
Já	no	Brasil,	quem	introduziu	a	preparação	corporal	para	atores	foi	Klauss	Vianna	
(1928-1992).	Em	seu	livro	autobiográfico	de	nome	“A	dança’’,	ele	realça	exatamente	essa	
característica de observador: das aves no galinheiro, dos cachorros do pai caçador, dos 
pés, os seus próprios e os dos outros (VIANNA, 2005, p. 22 apud LEITE, 2012).
Formas inspiradoras para o mineiro que, a partir da observação íntima destes fato-
res, desenvolveu técnicas e estratégias de interpretação. Uma delas, que pode ser levada 
em consideração pelos diretores do casting, é direcionar sua atenção no uso do corpo. 
A postura, o andar, gestos e principalmente a visão, o tato e a audição são peças 
fundamentais	para	um	bom	desempenho	do	ator.	“Dessa	forma,	Klauss	buscava	propiciar	
ao intérprete os meios para alcançar uma das primeiras qualidades exigidas em sua atua-
ção:	a	presença	cênica”	(BRAZ,	2004,	p.	65-66	apud	LEITE,	2012).
Há	milhares	 de	 formas	 possíveis	 de	 se	 fazer	 e	 de	 se	 avaliar	 um	casting. Cabe 
ao	diretor	 e	 sua	equipe	definir	 a	melhor	maneira	e	escolha	do	personagem.	Produções	
caseiras	ou	profissionais	requerem	personagens	que	se	encaixam	no	papel,	independente	
do orçamento. Pense bem na hora de decidir quem serão os atores. 
31UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
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 2 DEFINIÇÃO 
DAS
LOCAÇÕES
TÓPICO
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Todo	filme	se	passa	em	uma	determinada	época,	em	uma	cidade	e	conta	com	locais	
principais	como	a	casa	do	personagem	principal,	a	igreja	e	a	escola,	por	exemplo.	Se	você	
tem	orçamento,	tudo	isso	pode	ser	construído	do	zero	pela	equipe	de	produção	de	arte.	Mas	
se	sua	produção	é	mais	caseira,	precisa	encontrar	formas	de	viabilizar	estes	locais.	
Como	vimos	anteriormente,	é	necessário	pesquisar	bem	os	locais	em	que	seu	filme	
passará e essa etapa entra ainda na pré-produção. Antes de mais nada, aqui a dica é seguir 
o	planejamento.	Veja	quantos	dias	você	deixou	reservado	para	a	procura	de	locações	e	dê	
voltas	pela	cidade	a	fim	de	encontrar	os	melhores	lugares.	
Vale também chamar aquele amigo que sabe andar bem pela cidade e que gosta de 
observar	as	casas	e	praças	da	região.	Toda	ajuda	é	necessária	para	agilizar	os	processos.	
Fale para ele alguns detalhes como cor, período de tempo e como gostaria que fossem os 
locais	de	gravação	para	que	todos	possam	ajudar.	
Ao preparar o cronograma, você precisa considerar a disponibilidade de cada lugar. 
Alguns fecham em determinados dias da semana, outros só abrem em um curto espaço 
de	tempo,	outros	ainda	precisam	ser	reservados	para	que	não	haja	barulho	ou	movimento.	
Parques e locais públicos são mais movimentados aos domingos, o que pode ser bom ou 
ruim dependendo da sua intencionalidade da cena. 
Considere todos estes fatores no momento de elaboração do cronograma de 
filmagens	 para	 que	 nenhuma	 surpresa	 desagradável	 ocorra.	Aqui	 é	muito	 importante	 a	
participação	da	produção,	para	ficar	atento	a	todos	estes	detalhes.	
Outra dica valiosa é começar sempre a gravar pelas cenas mais arriscadas ou que 
apresentam maior volatilidade. Por exemplo, você precisa gravar uma cena na chuva e 
hoje	amanheceu	chovendo.	Aproveite	para	gravar	todo	o	necessário,	pois	nunca	sabemos	
quando irá chover novamente. Cenas internas são mais controláveis e não sofrem tanto 
com variações do clima e podem ser gravadas conforme necessário. 
Antes de tudo isso, faça uma decupagem do roteiro e retire das cenas todos os 
locais	mencionados.	Casa	da	Maria,	casa	do	João,	sala	de	jantar,	igreja,	sala	de	cinema,	
um	jardim	florido,	anote	absolutamente	todos	os	lugares	e	procure	um	a	um.	
O	ideal	é	fazer	uma	planilha	com	o	número	do	capítulo,	número	da	cena	e	 local	
citado	(lembre-se	de	incluir	fachada	de	casas	ou	empresas,	também	são	locais).	Por	fim,	
coloque um espaço reservado para anotações como endereço, horário de fechamento e 
abertura, se é residencial ou comercial, se bate o sol da manhã ou da tarde, se é muito claro 
ou	escuro.	Veja	o	exemplo:	
QUADRO 1 - MODELO DE PLANILHA PARA PRODUÇÃO
CAPÍTULO CENA LOCAL OBSERVAÇÃO 
2: A decisão 3a:	A	confissão
 de José
Sala de 
estar da casa 
da Maria
A cena se passa 
durante o entardecer 
/	(pôr	do	sol)
DETALHES DA LOCAÇÃO 
Endereço: rua das Flores número XXX próximo ao mercado central. O sol da tarde entra pela 
janela	lateral.	Residência	particular.	Telefone	de	contato	do	proprietário	XXX.	A	produção	con-
versou previamente e a casa está liberada para uso. Avisar com três dias de antecedência 
para	liberação	do	espaço.	A	sala	contém:	sofá,	tapete,	vasos	com	flores	amarelas,	almofadas	
nas	cores	cinza	e	preto,	paredes	brancas	e	uma	mesa	de	centro.	
Fonte: A autora (2022). 
Este é um modelo básico que funciona muito bem. Faça um para cada local citado 
no roteiro e anote com detalhes tudo o que conseguir. O ideal é que a equipe aproveite ao 
máximo	a	ida	ao	lugar	e	tire	proveito	de	tudo	para	que	não	haja	a	necessidade	de	voltar	
lá. Se possível grave tudo com o celular, tire fotos de todos os ângulos, meça todos os 
detalhes e imagine sua cena ali. Quanto menos tempo perdido, menos estresse para toda 
a equipe e mais tempo útil de gravação. 
33UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Se você encontrar dois ou mais locais que se encaixam à cena, leve ao diretor os 
detalhes	e	as	fotos	captadas.	Ele	definirá	o	local	mais	apropriado	para	a	gravação	das	cenas	e	
dirá	para	a	equipe	de	arte	o	que	precisará	ser	alterado	para	cumprir	as	características	do	filme.	
O ambiente em que a gravação será feita deve levar em consideração a ideia 
que	você	deseja	passar	aos	telespectadores.	Lembre-se	que	a	locação	diz	muito	sobre	o	
background dos personagens e suas características emocionais e psicológicas. Além disso, 
ele	faz	parte	da	construção	da	sua	mensagem.	
Não se refere apenas a onde acontece a ação da narrativa, mas também a 
que	elementos	do	espaço	são	utilizados	para	complementar	e	destacar	o	es-
tilo da narrativa. Por exemplo, é muito mais fácil gerar suspense à noite que 
à	luz	do	dia.	A	locação	para	a	confrontação	ou	revelação	final	pode	fornecer	
não apenas elementos para a ação na cena, mas também atmosfera e su-
porte simbólico para as emoções na cena. As imagens da cena ou sequência 
inicial	indicarão	aos	espectadores	qual	é	o	gênero	(CARDÔSO;	ORTEGA	e	
DEL TESO, 2016, p. 207).
Vimos	que	a	escolha	do	local	não	deve	ser	deixada	de	lado	já	que	inúmeros	outros	
processos	dependem	dele.	Escolhida	a	locação	é	o	momento	de	fazer	uma	visita	técnica.	
Algumas	pessoas	podem	achar	que	uma	visita	ao	local	é	suficiente	para	bater	o	
martelo.	A	estética	está	adequada,	o	local	é	apropriado,	pequenos	ajustes	são	necessários,	
mas	nada	trabalhoso,	então	tudo	ok.	Certo?	Errado.	
Imagine	você	e	mais	dez	pessoas	da	equipe	chegando	na	casa	escolhida	para	a	
gravação	da	cena	de	revelação	do	José.	Equipamentos	carregados,	objetos	da	arte	todos	
certos,	figurino	e	maquiagem	ok	e,	de	repente,	uma	banda	começa	a	ensaiar	na	casa	ao	
lado bem no momento da gravação e uma obra de pavimentação da rua também estava 
marcada	para	o	mesmo	dia.	Qual	a	solução?	Estudar	o	local	antes	de	tudo	isso	acontecer.		
Consegue	entender	a	importância	de	um	planejamento?	Se	você	está	seguindo	o	
plano	feito,	dentro	dos	dias	desejados,	analisando	os	locais	de	gravação,	uma	visita	técnica	
a todos os lugares escolhidos é de extrema necessidade para evitar transtornos maiores. 
O	objetivo	da	visita	 técnica	é	descobrir	o	máximo	de	problemas	possíveis	que	
poderão ser causados no dia da gravação, bem como todas as necessidades da cena. 
Acessos	 à	 rua,	 possíveis	 acontecimentos,carros	 de	 som,	 caso	 haja	 necessidade	 de	
interdição da via, tudo deve ser pensado e analisado. 
O ideal é que todos os responsáveis participem da visita ou pelo menos um de 
cada	setor:	diretor	de	fotografia,	diretor	de	arte,	eletricista,	assistente	de	direção,	produtor,	
técnico de som e assim por diante. 
É	importante	pensar	também	em	processos	como	o	camarim	dos	atores,	local	para	
maquiagem, local para alimentação da equipe caso necessário, em que serão deixados os 
equipamentos, se tem recuo para a equipe, onde estacionar os carros, melhores ângulos 
para as câmeras. 
Se	não	for	possível	a	ida	de	todos,	quem	desempenhar	a	visita	deverá	ficar	res-
ponsável por repassar todos os apontamentos positivos e negativos. Observar com olhos 
atentos a tudo e tentar prever possíveis importunações para não estragar a gravação. 
34UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
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 3
DIREÇÃO DE ARTE:
CENÁRIOS, OBJETOS DE
CENA, FIGURINO,
CABELO E MAQUIAGEM
TÓPICO
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Direção de arte é um dos pontos fundamentais para a construção da identidade 
de	uma	produção	audiovisual,	pois	é	ela	quem	define,	junto	ao	diretor,	a	linha	criativa,	a	
concepção do estilo e também da imagem daquela obra. 
Além	disso,	o	diretor	de	arte	define	junto	com	sua	equipe	os	figurinos,	a	paleta	de	
cores	e	a	construção	de	cenários	auxilia	também	na	tipografia	das	letras	na	pós-produção.	
Ou	seja,	a	direção	de	arte	cuida	de	tudo	o	que	o	telespectador	verá	na	cena.	E	quando	digo	
tudo, eu não estou exagerando. 
De	forma	visual,	a	direção	de	arte	ajuda	a	contar	a	história	escrita.	Ela	recria,	cria	
e inventa a realidade a partir do roteiro escrito. No início, a direção de arte cuidava mais 
dos cenários teatrais. Com o passar dos anos, ela foi evoluindo para criar uma melhor 
identidade	visual.	E	mais,	ela	cria	e	pode	ajudar	a	definir	os	movimentos	de	câmera.	
Segundo	Butruce	(2007	apud	GAMBINI,	2014,	p.	14):
	[...]	a	direção	de	arte	tem	importância	crucial	na	criação	da	visualidade	fíl-
mica,	já	que	os	cenários	servem	não	somente	para	emoldurar	o	movimento	
dos	atores,	como	também	na	definição	dos	movimentos	da	câmera,	pois	a	
disposição visual dos espaços e elementos guia o enquadramento.
O	tripé	responsável	pela	estética	de	qualquer	filme	deve	se	basear	em	diretor-geral,	
diretor	de	arte	e	fotografia.	Os	três	realizam	inúmeras	reuniões	antes	mesmo	de	contratar	
qualquer pessoa da equipe. Conhecimentos sobre iluminação, lentes, equipamentos e 
enquadramentos são necessários para tomadas de decisões na fase inicial. 
É	muito	corriqueiro,	especialmente	em	produções	amadoras,	que	vários	elementos	
que	 aparecem	no	 vídeo	 não	 sejam	planejados	 e	 colocados	 de	 forma	proposital.	Mas	 é	
muito	importante	lembrar	que	tudo	o	que	está	entre	as	quatro	linhas	da	câmera	ajudam	a	
contar	a	história,	por	isso	se	deve	ficar	atento	a	todos	os	detalhes.	
Trazendo	um	exemplo	do	nosso	dia	a	dia.	Quando	você	assiste	um	telejornal,	uma	
novela ou uma vídeoaula na internet, você repara em tudo, ou quase tudo, que está enqua-
drado,	certo?	A	roupa	utilizada,	os	acessórios,	a	cor	da	parede,	se	a	pessoa	está	de	relógio	
ou	despenteada,	a	maquiagem,	enfim.	Nos	filmes	é	igual.	
3.1 Cenários 
Nas	produções	profissionais,	a	direção	de	arte	costuma	ser	rigorosa,	pois	é	um	dos	
elemento	fundamental	para	a	construção	do	significado	da	obra	e	a	estética	conta	muito.	Já	
nas produções caseiras, não é visto como algo tão essencial, mas deveria. 
Um	termo	bastante	apropriado	para	relacionar	a	direção	de	arte	é	o	mis	en	scène’,	
que	em	francês	significa	“encenação”.	Originário	do	teatro,	o	termo	engloba	toda	a	estrutura	
que	compõe	a	cena.	“No	caso	da	produção	audiovisual,	é	como	se	fosse	uma	junção	da	
direção	de	arte,	com	a	de	fotografia	e	de	atores”	(REDONDO,	2021,	p.	52).
E	para	fazer	a	composição	de	uma	cena	é	preciso	observar	os	detalhes,	pois	tudo	
tem	um	significado.	Um	dos	estudos	 recomendados	para	um	maior	aprofundamento	no	
tema	são	as	Leis	de	Gestalt,	que	são	pesquisas	com	foco	nos	conteúdos	relacionados	à	
designer,	publicidade,	cinema,	moda,	fotografia	entre	outras	artes.	
Um	destes	exemplos	trazidos	por	Redondo	(2021,	p	54)	é	a	semelhança.	Agrupar	
objetos	ou	elementos	semelhantes	entre	si	ordenam	e	organizam	a	cena	de	forma	mais	
clara.	Veja	na	figura	abaixo:	
FIGURA 1 - GUARDA-CHUVAS 
Fonte: Shutterstock. Disponível em: Rua decorada com guarda-chuvas coloridos.Agueda, 
Portugal Foto stock 165855473 | Shutterstock. Acesso em: 19 de out. 2022.
36UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/street-decorated-colored-umbrellas-portugal-165855473
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/street-decorated-colored-umbrellas-portugal-165855473
O	que	 você	 vê?	Uma	 cena	 caótica	 e	 desorganizada	 ou	 algo	 que	 tem	 fluidez	 e	
organização?	A	imagem	tende	a	não	ficar	poluída,	pois	a	semelhança	se	repete	e	é	boa	
aos nossos olhos. Esse é um dos cuidados que o diretor de arte deve ter no momento de 
concepção de suas cenas. 
 
3.2 Objetos de cena 
Já	sabemos	que	tudo	o	que	está	em	cena	tem	um	significado.	Com	os	objetos	não	
seria	diferente.	A	direção	de	arte	deve	decupar	o	roteiro	e	identificar	os	objetos	necessários	
para	a	 construção	de	cada	cena.	Uma	 tabela	ajuda	muito	neste	momento	e	 você	pode	
utilizar	o	exemplo	da	figura	1	como	base	e	adaptar	para	objetos.	
Cada personagem tem suas características e seu quarto, por exemplo, deve ser contex-
tualizado	conforme	seu	estilo.	Se	o	José	é	um	homem	romântico,	reservado	e	tímido,	seu	espaço	
deve estar decorado conforme estes traços. Deve ser uma fusão e continuação do enredo. 
Os	objetos	caracterizam	ambientes	e	é	através	deles	que	conseguimos	perceber	
particularidades	dos	personagens:	os	móveis,	a	qualidade	dos	objetos,	a	quantidade	e	sua	
distribuição nos ambientes. Uma escada com uma iluminação baixa e poltronas espaçosas 
nos	dão	ideia	de	uma	família	de	classe	alta.	Veja:	
FIGURA 2 - SALA DE ESTAR
Fonte: Interior bonito e grande sala de Foto stock 328384091 | Shutterstock. Acesso em: 19 out. 2022
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautiful-large-living-room-interior-hardwood-328384091
Outro	detalhe	importante	é	sempre	estar	atento	à	paleta	de	cores	do	filme.	Se	não	
há	verde	fluorescente	nas	cores	do	filme,	um	objeto	dessa	cor	seria	um	destaque	negativo	
e chamaria demais a atenção dos espectadores. Observe também a época em que a obra 
está	passando.	 Imagine	colocar	um	smartphone	em	um	filme	de	época,	não	seria	muito	
legal,	não	é	mesmo?	
3.3 Figurino
O	figurinista	é	responsável	por	desenvolver	a	pesquisa	e	concepção	de	todos	os	figu-
rinos	que	serão	utilizados	nas	cenas.	Na	maioria	das	vezes,	os	figurinos	são	confeccionados	
de	acordo	com	a	os	detalhes	pedidos	e	o	corpo	do	ator.	Um	exemplo	são	os	filmes	de	época.	
Além	das	pesquisas	aprofundadas	sobre	costumes,	tecidos	e	formas	de	utilização	
das	roupas,	muitas	vezes	elas	não	são	mais	encontradas	facilmente	em	lojas.	A	confecção	
é necessária em casos como este para que se chegue ao resultado esperado. 
Muitos	figurinistas	dispõem	de	acervos	pessoais	e	buscam	ajuda	em	brechós	ou	
até	mesmo	no	armário	de	conhecidos	e	familiares.	Outro	ponto	que	o	figurinista	deve	levar	
em	consideração	é	o	risco	de	sujar,	molhar	e	estragar	a	roupa.	
O	figurinista	deve	lembrar	sempre	que	a	roupa	transmite	sentimentos,	posição	so-
cial, identidade, um pouco da realidade vivida por cada personagem, estabelece vínculos 
e	permeia	as	relações	do	filme.	É	de	extrema	importância	que	todos	os	figurinos	estejam	
definidos	e	separados	no	início	das	gravações.	
3.4 Cabelo e maquiagem 
O maquiador e o cabeleireiro são peças fundamentais para a construção dos persona-
gens. As duas funções geralmente são executadaspor uma só pessoa em produções menores. 
Ele	também	entra	no	pré-projeto	quando	se	há	a	escolha	dos	atores	para	testes	prévios.	
O	 roteiro	é	quem	define	a	caracterização	de	cada	um	e	o	profissional	aplica	as	
exigências com as adaptações necessárias quando possível. O maquiador do audiovisual 
além de maquiagens convencionais, precisa ter conhecimento de efeitos especiais, ma-
quiagem	artística	para	conseguir	reproduzir	um	olhar	mais	cansado,	uma	pele	envelhecida	
ou	até	mesmo	uma	cicatriz	ou	um	machucado	ensanguentado.	
Da mesma forma, o cabeleireiro precisa ter habilidades com diferentes tipos de 
fios,	 cores,	 cortes	e	penteados.	Dependendo	da	 cena	ou	da	 temática	do	 filme,	 cabelos	
espetados ou com ondas devem ser executados com maestria e sempre da mesma forma 
para	que	não	haja	erro	de	continuidade,	que	será	nosso	assunto	de	agora.	
38UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
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 4 CONTINUIDADE
TÓPICO
UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
Antes	de	eu	explicar,	você	sabe	qual	o	papel	do	continuísta	em	um	filme?	Ele	é	
uma	peça	mais	que	fundamental	e	imprescindível	no	set	de	filmagem.	Provavelmente	isso	
já	aconteceu	com	você.	Durante	uma	cena,	um	objeto	que	estava	na	cabeceira	da	cama	
desaparece	logo	na	sequência,	por	exemplo.	Truque	de	mágica?	Não.	Erro	do	continuísta.
Ele	é	o	profissional	 responsável	pelo	 tempo	e	pelo	espaço	de	sua	obra	e	deve	
prestar atenção até nos mais simples detalhes da cena. Isso inclui a posição dos atores, a 
roupa,	a	maquiagem,	o	lado	em	que	o	cabelo	estava	penteado,	esmalte,	objetos	de	cena,	
acessórios e até mesmo a direção do olhar do ator no último plano. 
Esse	profissional	deve	ser	extremamente	detalhista,	organizado	e	conhecer	pro-
fundamente o roteiro para que ocorra o mínimo de falhas possíveis durante a execução. 
Você provavelmente sempre o verá no set com vários papéis, planilhas, fones de ouvido, 
cronômetro	e	lápis	na	mão.	
Geralmente,	as	gravações	não	são	feitas	de	forma	linear	como	as	vemos.	Muitas	
vezes,	uma	cena	tem	semanas	de	diferença	entre	suas	captações	e	nessa	hora	que	entra	
o	continuísta.	Esse	profissional	é	parte	da	equipe	de	direção	numa	produção	audiovisual.
Ele deve ter diversas planilhas para anotar e tirar foto de tudo para ter em mãos o 
retrato	fiel	quando	houver	novamente	a	gravação.	E	mesmo	com	uma	grande	diferença	de	
tempo, a ideia é que o público não perceba. Quando o espectador não percebe o trabalho 
do	continuísta,	quer	dizer	que	ele	trabalhou	bem.		
Lembrando	ainda	que	não	é	papel	do	continuísta	definir	a	 luz	ou	o	som,	mas	sim	
manter	o	diálogo	para	que	eles	estejam	em	harmonia.	Caso	isso	não	seja	possível	no	mo-
mento	da	filmagem,	cabe	a	ele	anotar	e	avisar	a	pós-produção	para	que	ela	possa	trabalhar	
se possível, na ilha de edição.
Na internet, há diversos relatos de erros de continuidade. Um exemplo que foi muito 
falado na internet foi o copo de uma marca famosa de café que apareceu na série medieval 
“Game	of	Thrones”e	virou	piada.	No	filme	“Titanic”	nas	cenas	vistas	de	cima	o	aspecto	do	
navio	muda	algumas	vezes	e,	claro,	o	público	percebeu.	
FIGURA 3 - CENA DA SÉRIE “GAME OF THRONES”
Fonte: Exame, 2019. Disponível em: https://exame.com/marketing/
got-rende-publicidade-de-us-23-bi-a-starbucks-e-copo-nem-era-da-marca/. Acesso em: 09 out. 2022. 
Vamos a outro exemplo. Supomos que há um copo com água em uma determinada 
cena.	No	primeiro	take	o	copo	está	cheio,	depois,	na	mesma	cena,	ele	aparece	pela	metade,	e	
depois cheio novamente. Como sabemos, inúmeras tomadas são feitas durante uma mesma 
cena.	Muitas	vezes	são	necessárias	mais	de	dez	tentativas	para	que	saia	conforme	o	espera-
do. Por isso, nenhum detalhe deve passar despercebido, pois isso causa um estranhamento 
em	quem	está	assistindo	e	também	passa	um	ar	de	baixo	profissionalismo	ao	filme.	
Deixo	aqui	um	exemplo	de	ficha	de	continuidade	para	vocês.	
40UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
https://exame.com/marketing/got-rende-publicidade-de-us-23-bi-a-starbucks-e-copo-nem-era-da-marca/
https://exame.com/marketing/got-rende-publicidade-de-us-23-bi-a-starbucks-e-copo-nem-era-da-marca/
QUADRO 2 - FICHA DE CONTINUIDADE
Fonte: https://doceru.com/doc/1cv881e Acesso em: 09 out 2022.
Portanto, se você for o responsável pela continuidade de alguma obra audiovisual, 
tenha	muita	atenção,	seja	extremamente	organizado	e	conheça	o	roteiro	como	ninguém.	
Você será o responsável pelo cumprimento da narrativa além de cuidar dos aspectos visuais. 
41UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
https://doceru.com/doc/1cv881e
42UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA 42
A série original da Netflix “The Crown” conta a história da Rainha Elizabeth II. A produção custou mais de R$ 
300 milhões de reais e o figurino é de tirar o fôlego. A história se passou nos anos de 1930 e 1940 e contou 
com uma caracterização impecável pelas mãos da figurinista Michele Clapton. Ela estudou os costumes por 
fotos e vídeos da época, além de estilistas como Christian Dior e Norman Hartnell, responsável pelo vestido 
de noiva da rainha. Uma curiosidade: a equipe para reproduzir o vestido, contou com seis bordadeiras e 
estudantes de moda que trabalham 10 horas por dia durante seis semanas. O valor foi de R$ 120 mil. 
Para saber mais acesse:
https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/conheca-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-miliona-
ria-the-crown/
https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/conheca-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-milionar
https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/conheca-os-bastidores-para-a-criacao-do-figurino-serie-milionar
43UNIDADE 2 DO PLANEJAMENTO À PRÁTICA
“Tudo que você vê na tela, enquadrado pela câmera, é direção de arte.” 
Fonte: (CHAMIE, Lina apud GAMBINI, 2014, p. 12).
Disponível em: 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/126697/000841745.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/126697/000841745.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos	ao	fim	de	mais	uma	unidade	e	eu	acredito	que	você	deve	estar	surpreso	
com a quantidade de processos que envolvem uma produção audiovisual. Em meu primeiro 
trabalho	com	produção	de	cinema,	fiquei	encantada	com	todas	as	etapas	presentes	em	um	
mundo encantador como aquele. 
Cada	detalhe	fazia	a	diferença	e	o	trabalho	em	equipe	era	crucial	para	um	resultado	
satisfatório. Produção audiovisual assim como outros trabalhos e empresas funciona como 
uma engrenagem: todos os dentes precisam se movimentar em um tempo preciso para que 
se	encaixem	e,	juntos,	façam	acontecer.	
Neste ramo funciona da mesma forma. Desde o início roteirista e diretores precisam estar 
em	sintonia	e	em	sincronia	para	ajustar	as	ideias	e	formas	de	tornar	real	algo	que	está	no	papel.	
Aí entram equipes de produção, equipes de arte, desenvolvimento e criação. Todas 
unidas	com	o	único	propósito	de	fazer	um	filme	tomar	forma	e	transparecer	as	ideias	iniciais	
de quem a escreveu. 
Nesta Unidade vimos o trabalho desenvolvido pelos examinadores do casting, pe-
los	produtores	na	definição	das	locações,	na	direção	de	arte	que	engloba	inúmeras	outras	
etapas e processos e, não menos importante, o trabalho desenvolvido pela continuidade. 
Como podemos perceber, não há uma função melhor ou mais importante. Todos 
dependem	de	todos.	O	diretor	não	consegue	dirigir	nada	se	os	objetos	de	cena	não	estiverem	
lá	posicionados	junto	aos	personagens	devidamente	vestidos	e	arrumados.	É	uma	somatória.	
E assim devemos ser na vida, em casa, no trabalho. Pensar sempre que suas 
ações	podem	determinar	as	funções	e	ações	do	outro,	seja	de	forma	positiva	ou	negativa.	
Então, execute seu trabalho da melhor forma possível, pois outras pessoas podem depen-
der	disso.	O	audiovisual	é	espetacular	e	sempre	nos	aplica	lições,	não	é	mesmo?
 
44UNIDADE

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