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Introdução ao Design: Conceitos e Definições

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- -1
FUNDAMENTOS DO DESIGN
CAPÍTULO 1 - O QUE É ?DESIGN
Luciana da Silva Bertoso
- -2
Introdução
Vivemos em ambientes construídos por objetos dos quais somos usuários. Estamos em interação constante com
esses objetos que devem nos trazer bem-estar, conforto e felicidade. Nesse sentido, o está presente desdedesign
que acordamos até o momento que nos deitamos: em nossas casas, nos transportes, na educação, no trabalho, na
saúde. Ele pode estar em contato direto com nossa pele no vestuário como também afastado em um .website
O emprego da palavra vem sendo utilizado para nomear uma série de atividades, como design hair design, cake
Como também, muitas vezes é utilizado na publicidade para chamar a atenção para algumdesign, nail-design. 
aspecto estético de um produto.
Mas afinal o que é ? E quem é o ? Pensando de uma forma generalizada e no senso comum,design designer
quando uma pessoa fala que o de um carro ou embalagem é arrojado, logo pode-se pensar em umdesign
produto com uma forma diferenciada, moderna e atraente. Levando a um sentido de algo bem feito, com
aparência “bonita”, entretanto, o conceito de é mais abrangente e plural (HSUAN-AN, 2018).design
O é o termo que designa a profissão e o é o profissional que se dedica ao . Mas o design designer design design
não se relaciona apenas com os produtos que consumimos. Então, qual o seu alcance? E como atuar nesse campo
que está em evidência?
Vamos começar esse primeiro capítulo compreendendo algumas definições do desde conceituaçõesdesign,
tradicionais até questionamentos contemporâneos. Compreenderemos também a função do , seu papel,designer
habilidades e possibilidades de atuação. Em seguida, vamos entender quais os limites da profissão. No último
tópico, vamos abordar o mercado de trabalho no cenário nacional e internacional, com alguns exemplos de
empresas renomadas de .design
Vamos lá? Acompanhe este capítulo com atenção!
1.1 Introdução ao design
Para muitas pessoas, se refere à criatividade. Para outros, se relaciona com habilidades técnicas, e aindadesign
há quem relacione com os dois. Definir o é um desafio, muitas pesquisas e definições são exploradas paradesign
compreender o escopo do . De acordo com Morris (2010), o desenvolvimento de produtos é uma práticadesign
comum entre a humanidade desde a antiguidade na criação de ferramentas, no adorno do corpo, na pintura de
uma parede. Entretanto, existem alguns conceitos importantes para serem esclarecidos, bem como a
ambiguidade da palavra em sua a definição.design
Vamos entender isso, a seguir, com algumas abordagens da conceituação do . Clique na interação a seguir.design
A palavra vem do inglês e foi utilizada com mais frequência no início do século XIX. São inúmeros autoresdesign
que tratam de sua conceituação, e isso tem gerado debates, principalmente por sua ambiguidade semântica. 
Cardoso (2008) aponta que o termo tem suas origens mais remotas no latim do verbo , quedesign designare
significa tanto designar, determinar, quanto desenhar algo. Nesse sentido, o engloba tanto a partedesign
abstrata de conceber algo quanto a parte concreta sua materialização.
De acordo Bürdek (2010, p. 13) o termo foi descrito pela primeira vez pelo Oxford Dictionary em 1588design
como “um plano que possa ser realizado; o primeiro projeto gráfico de uma obra de arte ou; um objetivo de artes
aplicadas que seja útil para a construção de outras obras.”
Moura e Gusmão (2009) apontam a dificuldade de definição do , muitas vezes até na forma mais simplista.design
Isso ocorre pela crença de que o é desenho e o um artista criativo. O desenho encontra-se nodesign designer
escopo do , mas o seu entendimento é mais complexo. design
Nesse sentido, os autores explicam as diferentes definições da palavra . No inglês ela é utilizada de duasdesign
formas, com substantivo com significado de plano, intenção, e como verbo ( que se relaciona com o atoto design)
de projetar, criar algo. 
Há também a distinção entre a palavra desenho e : no inglês – (desenho) e , espanhol – design draw design dibujo
- -3
Há também a distinção entre a palavra desenho e : no inglês – (desenho) e , espanhol – design draw design dibujo
(desenho) no italiano (desenho) e e no francês (desenho) e No Brasil, e diseño, disegno design dessein désign. 
incorporamos ao nosso dicionário a palavra na língua inglesa por não termos uma palavra em português que
defina esse campo que não é apenas , como também não é apenas projeto.design
Deste modo, o é uma atividade que gera projetos, no sentido objetivo de planos, esboços, modelos edesign
protótipos (CARDOSO, 2008; HSUAN-NA, 2018). Ele pode ser descrito como um processo completo que busca
resolução de um problema, por meio de uma metodologia, e leva a construção e configuração de um resultado
concreto.
A (IDSA, 2018) define o termo industrial como um plano paraIndustrial Designers Society of America design
alcançar uma finalidade específica que envolve a resolução de problemas e a comunicação. O facilita adesign
vida, procura criar ou melhorar objetos (produtos) deixando-os mais funcionais e atrativos, mais eficientes e
acessíveis.
Para aprender mais sobre a etimologia da palavra , assista ao vídeo abaixo.design
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1548786582&entry_id=1_jrmnwfcx
A abrangência do gera inúmeros debates, principalmente sobre o aspecto da forma e da função quedesign
podem ser considerados requisitos do projeto, mas não seu objetivo. A definição elaborada pelo Design Center
de Berlim em 1979 descrita por Bürdek (2010, p. 15) aponta aspectos relevantes sobre o escopo do . “Umdesign
bom deve expressar as particularidades de um produto, responder a questões do meio ambiente, dedesign
economia de energia, da reutilização, de duração e de ergonomia”.
Entretanto faz-se necessário esclarecer que o não se limita ao desenvolvimento de produtos. O própriodesign
termo “produto” segundo Bürdek (2010) está em mutação, nesse sentido, podemos pensar no não apenasdesign
do objeto em si, mas de interfaces ou superfícies que são configuradas pelo . Como atualmente tem sedesigner
falado em de serviços, digital, de jogos, sobre as configurações que devem ter para quedesign design design
atendam às necessidades dos usuários.
A definição de é revisada e atualizada a longo do tempo. Hsuan-An (2018) aponta que o deve serdesign design
entendido em dois contextos: conceitual e projetual. O conceitual se refere às ideias e o projetual ao processo
técnico-prático. O autor fala também do processo de projeto que deve ser considerado um processo de inovação
e criatividade. “ é toda atividade projetual efetiva de criação e de produção de objetos, sistema de objetosDesign
e ambientes organizados, realizada por meio de processos racionalizados, com o objetivo de contribuir para
melhorar a qualidade de vida humana” (HSUAN-AN, 2018, p. 45).
Nesse sentido o processo de de acordo comdesign Walsh et al. apud MOZOTA (2011, p. 26), possui quatro
características essenciais, os 4Cs do Clique nos itens a seguir para conhecê-los.design. 
• 
Criatividade: o design exige a criação de algo que não existia antes.
• 
Complexidade: o design envolve decisões quanto a um grande número de parâmetros e variáveis.
VOCÊ SABIA?
O termo industrial surgiu como um atributo da revolução industrial e da produção emdesign
massa. Foi utilizado pela primeira vez em 1948 nos Estados Unidos por Matrin Stam, que
definiu o projetista industrial como o profissional que se dedica à indústria em qualquer
campo, especialmente na configuração de novos materiais. (BÜRDEK, 2010).
•
•
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1548786582&entry_id=1_jrmnwfcx
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1548786582&entry_id=1_jrmnwfcx- -4
Complexidade: o design envolve decisões quanto a um grande número de parâmetros e variáveis.
• 
Comportamento: o design requer o equilíbrio de várias necessidades, às vezes conflitantes (custo e
desempenho, estética e facilidade de uso, materiais e durabilidade).
• 
Capacidade de escolha: o design impõe que se façam escolhas entre muitas soluções possíveis para
um problema em todos os níveis, desde o conceito básico até o menor detalhe de cor ou forma.
Para que o seja efetivo e satisfatório dependerá da atividade pensada racionalmente, mesmo que sejadesign
influenciada por percepções e sentimentos do . Sendo assim, o projeto constitui um processo dedesigner
racionalização do pensamento, como também da avaliação, e da sequência das operações para se chegar no
resultado esperado.
Perceba que as definições do atualmente são plurais. Bürdek (2010, p. 15) sugere que em vez de umadesign
nova definição para o na virada do século XX para o XXI, se deve nomear alguns problemas que o design design
deve atender, listado a seguir. Clique na interação.
 
Visualizar progressos tecnológicos.
 
Priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos.
 
Tornar transparente o contexto da produção, do consumo e da reutilização.
 
Promover serviços e a comunicação, mas também, quando necessário, exercer com energia a tarefa de evitar
produtos sem sentido. 
O deve estar alinhado com as necessidades da sociedade, por isso muitos produtos são reconfigurados oudesign
melhorados, por apresentem problemas, ou pela descoberta de uma nova tecnologia, ou ainda por adaptação às
novas demandas. Essas modificações podem se relacionar à estética, à funcionalidade, à segurança, à qualidade,
dentre outros aspectos que podem influenciar a interação entre usuário e produtos (HSUAN-AN, 2018).
•
•
- -5
Figura 1 - Adaptações na telefonia móvel às novas tecnologias e necessidades dos usuários.
Fonte: Dedi Grigoroiu, Shutterstock, 2019.
Sendo assim, o deve priorizar a melhoria da qualidade de vida, buscando soluções criativas para osdesign
problemas do dia a dia, levando em consideração às necessidade locais e globais. A seguir, vamos estudar o perfil
do .designer
1.2 A função do designer
O é o profissional que atua na elaboração e execução de projetos, busca de soluções criativas,designer
economicamente viáveis, que possam ser implementadas.É um inovador e lançador de tendências, ao tentar
iniciar uma mudança com uma nova ideia, “ele considera o mundo como uma realidade a ser interpretada”
(MOZOTA, 2011, p. 18). Ele pode atuar como profissional liberal ( ), em consultoria própria, comofreelancer
funcionário de agências de ou no departamento de de alguma empesa (MINISTÉRIO DOdesign design
DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2014).
Neste tópico vamos entender qual o papel do e as possibilidades de atuação nesta área tão ampla.designer
1.2.1 O papel do designer
Hsuan-an (2018) aponta que o papel do é de buscar meios de gerar ideias eficazes para resolução dodesigner
problemas. Os resultados dependerão da pesquisa (busca de informações sobre o contexto do problema),
criatividade (capacidade de gerar ideias) e habilidade técnica (elaboração de esboços e modelos do produto e/ou
serviço) do .designer
Best (2012) complementa que o papel do é inovar, no sentido de buscar uma maneira melhor de fazerdesigner
as coisas, por meio do processo de , que se inicia com a identificação do problema, para posteriormentedesign
ocorrer a geração de ideias e a avaliação das oportunidades. Na etapa inicial do projeto são selecionados os
membros da equipe que devem buscar imergir no contexto do problema a ser solucionado: os usuários devem
- -6
membros da equipe que devem buscar imergir no contexto do problema a ser solucionado: os usuários devem
ser observados e entrevistados? É importante conversar com fornecedores? O precisa ser umdesigner
observador perspicaz para que o projeto tenha sucesso.
A capacidade de comunicação, principalmente a comunicação visual é importante para o . Adesigner
comunicação visual no consiste na transmissão de ideias com intuito de comunicar uma mensagem. Essadesign
mensagem pode ser transmitida por meio de um produto físico ou gráfico, como também um serviço ou uma
experiência, esse produto ou serviço poderá ser aceito ou rejeitado pelo público. Por isso, se aprofundar no
contexto ao qual se está projetando é imprescindível para que haja coerência e aceitabilidade das ideias que
serão comunicadas (BEST, 2012).
Para ser um bom não basta apenas ter habilidade com desenho, como também assimilar teorias edesigner
técnicas. Mozota (2011) aponta algumas habilidades em que são importantes para os profissionais:design
imaginação e senso de detalhe, qualidade de diálogo, senso de materiais, qualidade de percepção, capacidade de
gerenciar um projeto e capacidade de síntese, como podemos ver no quadro a seguir:
Quadro 1 - As habilidades no design incluem habilidades práticas, imersão no contexto do problema, 
criatividade, com o suporte das técnicas, habilidades comerciais e de apresentação e redação.
Fonte: MOZOTA, 2011, p. 23.
Além disso um bom deve ter conhecimentos artísticos, culturais, tecnológicos, sociais, psicológicos,designer
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Além disso um bom deve ter conhecimentos artísticos, culturais, tecnológicos, sociais, psicológicos,designer
ergonômicos e históricos (HSUAN-AN, 2018). A seguir vamos conhecer quais as possibilidade de atuação do 
.designer
1.2.2 Áreas de atuação
O cria e desenvolve conceitos e especificações que otimizam a função, o valor e a estética de produtos,designer
ambientes, sistemas e serviços para o benefício do usuário, da indústria e da sociedade (IDSA, 2018). Existem
diversas áreas específicas de atuação do , como o gráfico, de joias, automóveis, embalagens,design design design
web , interface digital, multimídia, dentre outros. Entretanto Hsuan-An (2018) classifica essas diversasdesign
campos em 3 grandes áreas: de produto, de comunicação e de interiores, que serãodesign design design
descritas a seguir:
Design de produto
Grande parte dos objetos utilitários são produzidos por meio do de produtos. Mesmo o desenvolvimentodesign
de uma caneta, que aparentemente tem uma forma simples, exige pesquisa e se relaciona com diversos fatores
do contexto, cultural, social, econômico, tecnológico e psicológico. É preciso compreender a fundo para quem
esse produto será desenvolvido para que esse satisfaça às necessidades e desejos dos consumidores (HSUAN-AN
2018).
O de produto concebe e executa projeto de móveis, moda, luminária, tapetes, dentre outros. Comodesigner
também melhora ou cria uma solução original para um sistema, adapta um sistema a uma nova tarefa e faz o re
 de produtos – modificando certos aspectos, sem alterar sua essência (MOZOTA, 2011).design
Design de comunicação
A comunicação atualmente é dinâmica. Por meio dos produtos e suas interfaces nos comunicamos, recebemos
informações em grande parte em forma de imagens que podem ser estáticas ou animadas. Muitas imagens, sejam
de logomarcas de uma camiseta, embalagens de , páginas de sites, capas de CDs e DVDs, são feitas porfast-food
meio do processo de (HSUAN-AN, 2018).design
Por meio da gramática visual (ponto, linha, equilíbrio, escala textura, cor, hierarquia, enquadramento, dentre
outros) o de informação comunica uma mensagem. O de comunicação precisa sintetizardesign designer
graficamente um conceito, para que os usuários possam compreender a mensagem. Portanto, é uma ponte entre
a organização comunicadora e o público (SOROMENHO; AMARO, 2012).
VOCÊ O CONHECE?
Humberto e Fernando Campana são reconhecidos nacionalmente e internacionalmente pela
criatividade em incorporar matérias-primas do dia a dia, como plástico bolha, mangueira de
jardim, cordas, papelão, dentre outros materiais na criação de móveis e objetos que carregam
características brasileiras com o uso das cores e misturas (CAMPANA, 2018). Conheça mais: <
>.http://campanas.com.br/
http://campanas.com.br/- -8
Figura 2 - Essa embalagem de batata frita remete à uma marca mundialmente conhecida sem citar o seu nome. 
Exemplo de design de comunicação na embalagem e logo que destacam a eficácia do design de comunicação.
Fonte: Sorbis, Shutterstock, 2018.
O de comunicação abrange produtos e serviços variados que se relacionam com a impressão gráfica edesign
informática, tais como: cartaz, embalagens, livros, programa de identidade visual, computação gráfica, web 
, animação, games, dentre muitos outros. Com o aumento acelerado do uso da internet as empresas temdesign
cada vez mais a demanda de profissionais qualificados para desenvolver sites, aplicativos e displays (HSUAN-AN,
2018).
- -9
Design de interiores
O de interiores é uma área que desenvolve projetos de ambientes (internos), considerando aspectosdesign
técnicos, ergonómicos e estéticos para criar a melhor solução para espaços construídos. Ele está inserido em
uma área mais extensa que é o de ambientes que projeta tanto ambientes internos quanto externos. O design
 de interiores engloba planejamento, organização e composição de móveis, objetos, elementosdesign
decorativos, em espaços internos como residências, espaços comerciais, interior de navio, dentre outros. O 
 de interiores precisa ter conhecimentos também em de produto e comunicação, pois ele devedesigner design
reorganizar o espaço já construído pela disposição dos objetos e demais elementos (HSUAN-AN, 2018).
Figura 3 - No projeto de design de interiores prioriza-se as melhores formas de interação entre o usuário e o 
VOCÊ QUER VER?
Indie Game, de Lisanne Pajot e James Swirsky (2012), é o primeiro documentário longa-
metragem sobre o desenvolvimento de jogos. Mostra o processo criativo de alguns sdesigner
de jogos independentes, e de como se expressam por meio dos jogos, bem como os desafios da
profissão. O documentário é uma jornada que muitos cineastas, s, artistas edesigner
empreendedores, e muitos outros profissionais podem se identificar na era digital.
- -10
Figura 3 - No projeto de design de interiores prioriza-se as melhores formas de interação entre o usuário e o 
espaço, por meio de cores, texturas, mobiliário dentre outros que sejam coerentes com a proposta do ambiente.
Fonte: Naphat_Jorjee, Shutterstock, 2018.
Design de serviços
O de serviços traz uma nova forma de pensar, é uma abordagem interdisciplinar focada na criação dedesign
experiências por meio da combinação de recursos tangíveis e intangíveis. Pode ser empregado em diversos
setores como saúde, varejo, transporte, habitações, moda, entre outros segmentos (STICKDORN; SCHNEIDER,
2014). Empresas como Spotify, Aribnb, Booking e Uber são exemplos de serviços que trazem propostas
coerentes com as demandas da sociedade.
Figura 4 - O Spotify é um exemplo de serviço que tem traz uma nova formas de acesso e compartilhamento de 
músicas.
Fonte: emasali stock, Shutterstock, 2019.
Deste modo o de serviços é uma forma holística de olhar as necessidades dos usuários e transformá-lasdesign
em soluções que aprimorem fatores como o facilidade de uso, a satisfação, melhoria da relação empresas-
usuários. O de serviços pode tanto criar quanto melhorar serviços existentes priorizando a interação dosdesign
usuários (STICKDORN; SCHNEIDER, 2014).
Essas são algumas possibilidades de atuação com o , porém existem muitas outras áreas que estão sendodesign
exploradas pelo .design
A atividade de também pode ser classificada segundo a dimensão do produto. Mozota (2011) descrevedesign
três dimensões da atividade: duas dimensões (2D), três dimensões (3D) e uma nova dimensão (4D) que inclui a
dimensão da interface com o usuário, orientadas pelas novas tecnologias de informação, como podemos ver no
quadro a seguir:
- -11
Quadro 2 - Tipos de disciplinas do design.
Fonte: MOZOTA, 2011, p. 21.
Em relação aos desafios da profissão no cenário nacional, Martins et. al. (2013) ressaltam as dificuldade de
compreensão do como uma área que visa o bem-estar social, visto que muitas vezes é associado apenas adesign
produção de artigos de luxo e alto valor. Outra questão é a falta de valorização da profissão dentro de um
mercado de trabalho que cresce, mas ainda não reconhece a importância do . Para os autores issodesigner
parece se relacionar com o valor que se atribuí a industrialização de um país. Muitas empresas veem o designer
como um profissional altamente qualificado para produzir soluções estéticas, mas não acreditam que o design
pode ser uma fator de inovação não somente do produto, mas do negócio, com melhorias desde a processos
produtivos como organizacionais.
Morris (2010) acrescenta que os desafios da profissão atualmente estão em lidar com a alta complexidade que
vivemos, o número de informações aumentou e a segmentação de áreas também. Diante deste contexto, como o 
 deve atuar nesse mundo complexo, com as exigências de precisão e tempo? Para auxiliar nessesdesigner
desafios muitas pesquisas no campo do têm sido elaboradas e inúmeras contribuições ocorreram paradesign
otimização do trabalho e busca da inovação.
- -12
O precisa olhar para o mundo com a mente aberta, ir além para buscar novas possiblidades. Se asdesigner
pessoas simplesmente copiassem, nada de novo surgiria. A capacidade imaginativa é o que diferencia um 
 profissional de um inventor de ocasião (MORRIS, 2010).designer
Os grandes s sempre estão em busca de novas experiências, mas como podemos inovar se sempredesigner
estamos seguimos o mesmo caminho? Nosso campo de visão sempre será o mesmo. Os s precisam irdesigner
além, buscar novas experiências, como conhecer lugares novos, viajar, ou até mesmo algo mais simples como ler
um jornal diferente, fazer um novo caminho para o trabalho, observar os detalhes da rua por onde caminha. Os
grandes profissionais da área sempre estão dispostos a buscar novos desafios, novas respostas para problemas,
trabalhar com novos colegas e tentar coisas novas (MORRIS, 2010). Nesse sentido o lida comdesigner
conhecimentos de diversas áreas, por isso a interdisciplinaridade é tão importante. Vamos compreender no
próximo tópico quais as áreas e conhecimentos específicos são correlatos ao .design
1.3 Interdisciplinaridade no design
O é multidisciplinar e tem uma vasta amplitude como você pode ter percebido até agora, utiliza a teoria edesign
prática das artes visuais que são aplicadas a produtos manufaturados. Ele é tanto ciência quando arte, e
estabelece uma ponte entre o caráter lógico da abordagem científica quanto as dimensões intuitivas e artísticas
CASO
Uma equipe de s foi contratada para solucionar um problema local de distribuição dedesigner
alimentos em Baltimore, nos Estados Unidos. A população precisava se deslocar longas
distâncias porque não havia um supermercado próximo. Então, criaram uma iniciativa de um
mercado virtual para combater o problema. Inicialmente realizaram um projeto piloto que
permitia aos moradores do bairro encomendar os alimentos em uma biblioteca públicaonline 
local, e as compras eram entregues no dia seguinte sem taxa de entrega para os clientes.
A tarefa dos s foi criar peças publicitárias para anunciar e explicar o programa aosdesigner
moradores da região com a linguagem mais clara e adequada. Para isso, criaram um cartaz e,
em seguida, conversaram com os participantes do programa. Os principais pontos destacados
pelos moradores foram:
Depois de ouvirem atentamente às opiniões, os s reviram completamente suadesigner
abordagem. A publicidade nos ônibus tornou-se o canal de comunicação. Na pesquisa sobre o
logotipo, muitas pessoas gostaram do nome Baltmarket, por se tratar de um nome específico à
comunidade. E por fim os s divulgaram sacolas térmicas reutilizáveis como umdesigner
incentivo aos clientes (LUPTON, 2013).
• : a maioria dos membros da comunidade disse que publicidade em ônibus
pega ônibus para chegar ao supermercado;
• : os s conversaram com os membros da desenvolvimento do logotipo designer
comunidade sobre possíveis nomes para o programa de supermercadovirtual;
• : muitos clientes queixaram-se de que seus sacolas térmicas de compras
congelados derretiam no trajeto a pé da biblioteca até suas casas com o calor do 
verão.
•
•
•
- -13
estabelece uma ponte entre o caráter lógico da abordagem científica quanto as dimensões intuitivas e artísticas
do trabalho criativo (HSUAN-AN, 2018; MOZOTA, 2011).
Por ser uma área de planejamento de interfaces (produtos, serviços, sistemas) o tende cada vez mais adesign
inúmeras possibilidades no mundo complexo que vivemos. Por isso, o tende a dialogar com inúmerosdesign
outras áreas algumas mais próximas outras mais distantes (CARDOSO, 2013). Neste tópico iremos tratar dos
limites e convergências do com áreas correlatas.design
1.3.1 Limites entre design e arte/ design e tecnologia
A distinção histórica entre arte e artesanato fundamentada na transição em que um mesmo indivíduo concebe e
desenvolve um artefato, para outro em que há uma separação nítida entre projetar e fabricar para a produção
em série foi importante na primeira fase de desenvolvimento do . Entretanto, atualmente existem muitosdesign
produtos de elevada tecnicidade que são fabricados com técnicas tradicionais, e por questões técnicas,
produtivas e de valores podem ser fabricados em pequenas séries. Esse é um dos motivos da complexidade da
distinção entre arte e (CARDOSO, 2008; MALDONADO, 2012). A seguir, falaremos mais a respeito destedesign
tema. Clique e acompanhe!
Para Mozota (2011) as distinções entre um e um artista se relacionam com o tipo de trabalhodesigner
desenvolvido pelo , ele cria algo para os outros em uma equipe multidisciplinar gerindo esse processodesigner
em prol da inovação.
Assim como conceituar o definir a arte sempre foi um desafio. A arte é qualquer atividade humanadesign,
racional e utilitária. Na concepção da estética contemporânea a arte é expressão criadora e processo de
construção que por sua combinação de propriedades formais tais como: sons, movimentos, cores, linhas etc., cria
objetos de arte (MICHAELIS, 2018).
Uma segunda distinção que gera debates no campo do é a distinção entre artesanato e . De acordodesign design
com Freitas (2017) o artesanato está presente desde os povos mais primitivos, surgiu da necessidade do homem
de se alimentar, se proteger e se expressar e foi se aprimorando ao longo do tempo. O artesão atuava na
produção de objetos desde a concepção do produto até a sua comercialização.
O artesanato é uma atividade manual com finalidades comerciais, que pode ou não ser desenvolvida com uso de
máquinas, mas há o predomínio da habilidade manual e da criatividade. É produzido em pequena escala. 
Já o é uma atividade integrada que ultrapassa a considerações formais e funcionais, é uma atividadedesign
estratégica de comunicação e inovação, o profissional que atua no é preparado para a atividade projetualdesign
nas mais diversas formas, para análise do comportamento do consumidor e percepções de oportunidades de
mercado (FREITAS, 2017). 
Já para Cardoso (2013) a dicotomia entre e artesanato está desgastada, pois vivemos atualmente emdesign
novas perspectivas de produção além da produção em massa. O autor exemplifica apontando que um cartaz
projetado e impresso com ferramentas digitais, pode ser realizado por uma única pessoa desde sua concepção a
sua produção, e pode ser produzido como peça única, mas não poderia ser considerado um objeto artesanal. O 
 deve ser pensado como um campo em plena evolução.design
E por fim, o terceiro ponto que vamos abordar é a relação entre e tecnologia. Souto (2012) analisa algunsdesign
autores que conceituam a tecnologia e descreve que ela é uma disciplina em paralelo com a ciência. Nesse
sentido, a tecnologia não é apenas a aplicação do conhecimento científico, pois pesquisadores de tecnologia
analisam áreas ainda com pouco conhecimento estabelecido. 
A tecnologia visa a produção de (técnica e prática eficiente) para a inovação operacional. Nesseknow-how 
sentido cabe ressaltar também que para a implementação de uma tecnologia em um projeto de é precisodesign
analisar a sua viabilidade produtiva e rentabilidade, bem como as características físico-químicas presentadas
pelos materiais.
Em muitos casos, no desenvolvimento de produtos tecnologicamente complexos, a participação do sedesigner
limita à solução dos aspectos visuais, funcionais e ergonômicos do produto e aspectos relacionados à parte
mecânica, eletrônica e informática são responsabilidades dos engenheiros (HSUAN-AN, 2018).
- -14
1.3.2 Convergência entre áreas correlatas ao design
Estabelecer e compreender a convergência entre as diversas áreas que tangem o processo de nos auxiliadesign
no entendimento dos principais elementos da interdisciplinaridade no .design
O é uma área projetual que se relaciona em suas origens a outras áreas como artes plásticas, arquitetura edesign
engenharia, e ao mesmo tempo para Cardoso (2013, p. 237) “o é um campo essencialmente híbrido quedesign
opera a junção entre corpo e informação, entre artefato, usuário e sistema”.
Nesse sentido Souto (2012) aponta algumas diferenças e similaridades entre , arte e tecnologia em relaçãodesign
aos seus objetivos: o busca a satisfação das necessidades e desejos dos usuários com inovações que visamdesign
o bem-estar social, já a arte busca a estética e a tecnologia busca atingir metas específicas, com inovações que
visam a melhoria de processos operacionais. Apesar dessa distinção, a autora ressalta que os objetivos dessas
áreas não são totalmente excludentes: o também busca a estética, assim como as artes pode-se buscar àdesign
satisfação do usuário, bem como o incorpora a inovação tecnológica.design
Para sintetizar os diversos tipos de e as áreas correlatas que entram nos conhecimentosdesign
multidisciplinares do , será apresentado a seguir o diagrama de David Walker com os diversos tipos de design
 e suas relações. O autor coloca as raízes do como profissão nos trabalhos artesanais, com imersãodesign design
do em diferentes técnicas de artesanato e sua inserção na comunidade criativa. O tronco da árvoredesign
representa as áreas específicas do conhecimento artesanal, que podem ser: cerâmica, bordado, desenho,
joalheria, dentre outros; representa a permanência do conhecimento do em sua forma material. E osdesign
ramos representam a valorização das diversas áreas e disciplinas do e formam uma síntese dasdesign
necessidades mercadológicas e de conhecimento do .design
- -15
Figura 5 - De acordo com o Diagrama de David Walker, as origens do design estão embasadas no artesanato, bem 
seu escopo incorpora a arte e a ciência, a partir desses conhecimentos surgem as áreas do design.
Fonte: MOZOTA, 2011, p. 22.
Em meio a tanta pluralidade pode-se dizer que o “ ” faz de tudo um pouco, e é um termo de aplicação adesigner
um número crescente de atividades (CARDOSO, 2013).
- -16
Neste tópico, você entendeu um pouco mais sobre a interdisciplinaridade no , os limites entre edesign design
arte/ e tecnologia, assim como a convergência entre áreas correlatas. No próximo tópico vamos falar dodesign
mercado de trabalho. Continue acompanhando!
1.4 Mercado de trabalho
Atualmente temos uma profusão de produtos e serviços, com isso as empresas têm cada vez mais buscado o 
. A atuação do está em toda parte desde a criação de embalagens de produtos até odesign designer
desenvolvimento de interfaces gráficas para aplicativos móveis e .desktop
A demanda pelo aumentou ao longo dos tempos. De acordo com Mozota (2011) isso ocorreu por trêsdesign
fatores: a busca de diversidade pelas empresas, geração de novas necessidades por meio da inovação e pelo
desejo dos s de expressarem sua criatividade. Mozota (2011) destaca algumas áreas de integração do designer
 em uma empresa. Clique nos itens a seguir para ver.design
• 
Comunicações corporativas e política da marca.
• 
Produto e políticas de inovação.
• 
Espaço de varejo e posicionamento da marca no varejo.
O pode ser integrado como CEO (responsável pela estratégiade uma empresa) quando a estratégia dadesign
empresa implica na modificação de sua identidade, como por exemplo na fusão de empresas. Também pode ser
integrado nas comunicações corporativas, em tudo que se relaciona com a identidade visual da organização, 
 e , criação de eventos ou participação em mostras profissionais. No marketing, o pode seronline off-line design
integrado na criação de uma nova embalagem, desenvolvimento e valorização de uma marca, organização da
promoção do produto. E pode ser integrado na produção de pesquisa e desenvolvimento para um projeto
(MOZOTA, 2011).
VOCÊ QUER VER?
Abstract: The Art of Design, de Scott Dadich (2017), é uma série que apresenta oito mentes
criativas da arte e do contemporâneo, como o de tênis da Nike Ralph Gilles;design designer
Paula Scher que criou a logo do Windows 8 e Citbabank, dentre outros s talentosos. Adesigner
série está organizada em oito episódios que apresentam algumas áreas de atuação dos designer
s na atualidade e o processo criativo desses profissionais.
•
•
•
- -17
“O como profissão tem participação ativa nas economias nacionais” (MOZOTA, 2011, p. 56), por issodesign
também seu desenvolvimento depende da economia nacional e internacional. Ele cria uma demanda por
produtos e serviços que estimula o consumo. Bem como, pode contribuir para elevação da taxa de exportação de
um país, quando se desenvolvem produtos considerados com qualidade e desempenho superior. Deste modo, o 
 tem papel importante para gerar vantagem competitiva de um país, visto que a competitividade de umadesign
economia é mensurada por sua capacidade de gerar pesquisas e inovar (BRASIL, 2014).
Neste tópico vamos conhecer um pouco de como o tem atuado em empresas nacionais e internacionais,design
como também alguns aspectos sobre ética no .design
1.4.1 Principais empresas de design no Brasil
Os estudos que abordam o no Brasil são incipientes. De acordo com Landim (2010) o potencial do design design
ainda não foi explorado no país, e a maioria da população ainda desconhece essa atividade. Isso pode ocorrer
pelo fato da industrialização brasileira ter acontecido tardiamente em relação a outros países em que o sedesign
encontra mais desenvolvido. Entretanto o país vem empreendendo esforços e iniciativas de incentivo para
promoção do brasileiro para além das fronteiras nacionais (BRASIL, 2014). O Brasil possui umadesign
diversidade de negócios em , que buscam atender as diferentes dinâmicas do mercado. A indústriadesign
brasileira tem recebido prêmios internacionais de que avaliam a qualidade do , acabamento,design design
escolha de materiais, grau de inovação, funcionalidade, ergonomia, segurança, global, dentre outrosdesign
critérios. Isso comprova que existem muitas organizações nacionais que vem empenhado esforços para gerar
inovações que são reconhecidas mundialmente.
VOCÊ SABIA?
O história do sabonete é um exemplo de utilização do para criar uma demanda. Emdesign
1884 W. H. Leaver percebeu que para aumentar suas vendas na classe trabalhadora, teria que
criar um produto diferenciado. Então batizou de “Sunlight” os seus sabonetes, que eram
vendidos em barras de 30g embrulhados em uma imitação de papel pergaminho com seu
nome e o de seu produto, o “Sunlight”. Esse é um exemplo que demostra que por meio da
diferenciação da mercadoria o colaborou para divulgar o produto de forma eficazdesign
(MOZOTA, 2011).
- -18
Podemos destacar alguns setores que vem empregando o no Brasil como: audiovisual, têxtil e confecção,design
calçados, médico-odonto-hospitalar, mobiliário, embalagem para alimentos, cerâmica e revestimento, higiene
pessoal, perfumaria e cosméticos e máquina e equipamentos (CBD, 2014). A seguir serão apresentadas algumas
empresas nacionais de destaque.
Casa Rex
Estúdio de gráfico, localizado em São Paulo, fundada por Gustavo Piqueira gráfico, conhecido edesign designer
premiado internacionalmente. Desenvolvem projeto gráficos para diversos setores, identidade visual, sistemas
de identidade e de sinalização e material promocional e institucionais. Alguns dos trabalhos que desenvolveram
são: linha de produtos para a livraria Cultura, projeto premiado para a marca Brigaderia C by B, estampas para
uniformes escolares e muitos outros projetos. Piqueira enxerga o como um diálogo, para ele, quanto maisdesign
se dialoga, mais rica torna-se a experiência profissional. Isso é refletido na Casa Rex, que expande sua atuação
para além das fronteiras tradicionais do (CASA REX, 2018).design
Mula Preta Design
A Mula preta é um estúdio de conhecido por unirem o lúdico e o sofisticado, fundada pelo Andrédesign designer
Gurgel e arquiteto Felipe Bezerra em Natal, no Rio Grande do Norte. Seus produtos exaltam principalmente a
brasilidade nordestina. Dentre eles podemos destacar a luminária Six, premiada no A' Award. InspiradaDesign
pelo polígono hexagonal, a luminária foi projetada para propiciar uma melhor interação com o usuário, outro
produto de destaque é e o acessório de Cacto inspirado na beleza natural do Nordeste (MULA PRETA,design
2018).
Brazil & Murgel
VOCÊ QUER LER?
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em colaboração com a
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Centro Brasil 
 (CBD) realizou um diagnóstico do brasileiro, com um levantamento do estado daDesign design
arte do no Brasil, com objetivo de ampliar a compreensão do no país e fortalecerdesign design
o setor. O Centro Brasil é uma organização que busca inspirar, informar e conectar o Design
 brasileiro, a indústria e os órgão governamentais para promover o desenvolvimentodesign
econômico e social do país. Para conferir o relatório e outros matérias do CBD acesse: <
>.https://www.cbd.org.br/categoria/materiais-cbd/
VOCÊ O CONHECE?
Gustavo Piqueira, além de um dos mais premiados s gráficos do Brasil é autor de 20designer
livros sobre os temas mais diversos. Piqueira é conhecido por um humor ácido, que é bem
característicos de seus livros. Entre suas obras podemos destacar o livro “8 viagens ao Brasil”,
que discute a interação entre indústria, arte e códigos culturais vigentes que deram origem à
criação da imagem do Brasil. Conheça mais das obras literárias do em:designer
< >.http://www.gustavopiqueira.com.br/index.html
https://www.cbd.org.br/categoria/materiais-cbd/
http://www.gustavopiqueira.com.br/index.html
- -19
Brazil & Murgel
Os s Fabio Brazil e Henrique Murgel exploram e valorizam as propriedades dos materiais pelo o designer design
de joias na Brazil & Murgel. A inspiração para as criações vem de elementos da natureza, luz, sombra,
movimentos, sons transformados em texturas e formatos. Utilizam materiais como ouro 18k, pérolas, diamantes,
turmalinas e outros materiais para compor cada joia. Utilizam o para materializar intenções, sensaçõesdesign
em peças únicas. O anel Sibilo é uma das joias premiadas que Brazil & Murgel elaboram em ouro branco e
turmalina. A joia chama a atenção por sua simplicidade, com um desenho limpo e minimalista que pudesse
enfatizar a beleza e a cor da turmalina (BRAZIL E MURGEL, 2018).
Podemos ver nesses casos que o nessas empresas é um fator central que leva à inovação.design
Em relação aos desafios da profissão no cenário nacional Martins et. al. (2013) ressaltam os desafios da
compreensão do como uma área que visa o bem-estar social, visto que muitas vezes é associado apenas adesign
produção de artigos de luxo e alto valor. Outra questão é a falta de valorização da profissão, dentro de um
mercado de trabalho que cresce, mas ainda não reconhece a importância do . Para os autores, issodesigner
parece se relacionar com o valor que se atribuí a industrialização de um país.
A seguir vamos conhecer um pouco do no cenário mundialdesign
1.4.2 As maiores empresas de design do mundo
De acordo com Mozota (2011) em um parâmetro mundial pode-se identificar o incentivo a promoção do .design
Japão, Grã-Bretanha e Dinamarca são exemplos de países em que o governo trabalhaem colaboração com
centros de em nível nacional e regional, com auxílio na promoção de concursos, edição de publicações,design
financiamento e de pesquisa. O como profissão também tem participação ativa nas economias dos países,design
dentre as maiores agências de do mundo podemos destacar Dragon Rouge, na França e Frog , nadesign Design
Alemanha. Esse países utilizam o para além do desenvolvimento de produto, como um valor estratégico.design
A seguir serão descritas algumas empresas internacionais que integram o design tanto no desenvolvimento de
produto quanto escritórios e agências de design. Clique nas abas para conhecê-las.
PepsiCo & InnovationDesign
O na PepsiCo é movido por inspirar o futuro. A companhia atua no ramo alimentício e bebidas comdesign
marcas mundialmente conhecidas, como Pepsi-Cola, Lay’s e Quaquer. Para PepsiCo o tem funçãodesign
estratégica, trabalham de forma colaborativa para gerar valor comercial criando experiências e engajamento
com os usuários. Integram o em diferentes disciplinas como , industrial e design branding design design design
estratégico. O vai muito além da forma, para a organização ele é um processo criativo para identificardesign
oportunidades, bem como variável de negócio e característica intrínseca do produto. A PepsiCo descreve o seu
VOCÊ QUER LER?
O classifica os países mais premiados no World Design Rankings A’Design & Award
, maior premiação de do mundo com destaque para os melhores sCompetition design designer
e empresas com foco em inovação, tecnologia e criatividade. Tem objetivo de fornecer dados e
informações sobre o estado da arte da indústria do , apresentando também os talentosdesign
promissores. Os rankings exibidos são baseados nas pontuações agregadas e atuais dos
participantes entre os anos de 2010 e 2018. Os Estados Unidos estão em 1º lugar seguidos da
China e do Japão; o Brasil está em 11º lugar com 136 premiações. Confira o ranking completo
em:
< >.http://www.worlddesignrankings.com/#rankings
http://www.worlddesignrankings.com/#rankings
- -20
oportunidades, bem como variável de negócio e característica intrínseca do produto. A PepsiCo descreve o seu
processo de em duas etapas: uma fase de entrada, na qual a equipe multifuncional pesquisa, analisa edesign
seleciona relevantes em três áreas (tecnologia, sociedade e negócios); e uma fase de saída em que essasinsights
percepções são transformadas em soluções significativas e viáveis (PEPSICO, 2018).
Um dos seus produtos premiados é o Pepsi Spire. Uma experiência customizada de bebidas, que o usuário cria
seu refrigerante. É uma máquina em que é possível adicionar alguns sabores ao refrigerantes datouth screen
marca, como morango, limão, uva. Inúmeras combinações são possíveis para criar uma bebida personalizada
(PEPSI SPIRE, 2018).
Meta Design
Empresa alemã e um dos principais escritórios de do mundo, a Meta foi fundada em 1979 por Erikdesign Design
Spiekermann, tipógrafo e gráfico internacionalmente reconhecido por seu trabalho. Para a Meta designer Design
o equilíbrio entre solidez e adaptabilidade é a chave para uma companhia se sustentar no mercado, com um foco
definido e criatividade para explorar novas oportunidades. A companhia trabalha com a integração do branding
com o . Seu processo se inicia com a compreensão do propósito de uma empresa, por meio de pesquisas edesign
entrevistas. Após, definem a marca e constroem uma base estratégica que se alinha com a visão geral da
empresa. Com base nesse trabalho de estratégia, a Meta cria experiências de marca distintas que podemDesign
abranger todos os pontos de contato com uma marca e interação: digitais e físicos. O intuito da organização é
colaborar com empresas a identificar novas áreas para explorar e inspirar mudanças por meio da inovação.
Desenvolvem conceitos para serviços, produtos e até portfólios inteiros para experiências de marca
consistentemente positivas. Dentre os clientes atendidos pela Meta podemos destacar trabalhos com aDesign
Woksvagem, Porsch, Coca-Cola, dentre outras marcas conhecidas globalmente (META , 2018).DESIGN
Lenovo
A inovação faz parte do DNA da Lenovo, empresa mundialmente reconhecida, com enfoque no aprimoramento
das experiências dos usuários com a tecnologia. Seu portfólio vai desde até o . Com umasmartphones data center
cultura empresarial inclusiva, formada por uma equipe de gestão diversificada, onde se dedicam a promover um
ambiente que incentive o empreendedorismo e o talento das pessoas. São reconhecidos pelos prêmios de design
com os produtos ThinkPad, Monitor Thinking Vision, Yoga 730, dentre outros (LENOVO, 2018). Brian Leonard,
vice-presidente da descreve que o processo criativo da empresa é centrado nasLenovo Experience Design Group
necessidades das pessoas. Para isso, realizam uma abordagem global com workshops da equipe de comdesign
especialistas em marketing, vendas, produtos, usuários e experiência do cliente. Brian explica que isso é
extremamente importante porque a tecnologia está continuamentenos aproximando. Isso significa que os
consumidores na Europa estão influenciando os gostos na Ásia, os consumidores asiáticos estão adicionando seu
talento único aos produtos, que por sua vez influenciam os gostos dos americanos, e assim por diante. Hoje, a
Lenovo projeta para um consumidor global (LENOVO, 2017).
Esses são alguns exemplo de marcas que englobam o em diversos segmentos. Portanto pode-se concluirdesign
que o tem participação em questões macroeconômicas, e colabora para elevar o nível de inovação edesign
competitividade de uma nação, além de ser ativo para o desempenho empresarial (MOZOTA, 2011).
Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento sobre a conceituação do como umdesign
campo que está em crescente evidência e construção de pesquisas. A abordagem sistêmica é inerente ao ,design
visto que, seus fundamentos e processos tangenciam diversas áreas como artes, engenharia e arquitetura. O 
 do mundo complexo que vivemos atualmente tem inúmeras oportunidades e desafios. Deste modo,designer
podemos concluir que o vêm colaborando para o bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimentodesign
econômico.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• compreender alguns dos principais conceitos sobre e quais suas principais características;design•
- -21
• compreender alguns dos principais conceitos sobre e quais suas principais características;design
• compreender a abrangência do em relação a seu escopo para além do produto-objeto;design
• conhecer as principais áreas de atuação do concentradas no de produto, comunicação e design design
interiores;
• entender a interdisciplinaridade no , que nasce das artes aplicadas e da industrialização;design
• conhecer as relações entre e mercado, e quão relevante a área é para o desenvolvimento design
econômico do Brasil e no mundo.
Bibliografia
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	Introdução
	1.1 Introdução ao design
	1.2 A função do designer
	1.2.1 O papel do designer
	1.2.2 Áreas de atuação
	1.3 Interdisciplinaridade no design
	1.3.1 Limites entre design e arte/ design e tecnologia
	1.3.2 Convergência entre áreas correlatas ao design
	1.4 Mercado de trabalho
	1.4.1 Principais empresas de design no Brasil
	1.4.2 As maiores empresas de design do mundo
	Síntese
	Bibliografia

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