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Caderno de Estudos Legislação de Trânsito

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FACULDADE DA POLÍCIA MILITAR - FAPOM
Instrução de Revitalização
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TENENTE CORONEL PM MAURO PALMA REZENDE
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
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@ 2020. TODOS OS DIREITOS DE REPRODUÇÃO SÃO RESERVADOS À POLÍCIA MILITAR DE SAN-
TA CATARINA. SOMENTE SERÁ PERMITIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA PUBLICAÇÃO, 
DESDE QUE CITADA A FONTE.
Edição, Distribuição e Informações:
Faculdade da Polícia Militar de Santa Catarina - FAPOM
Diretoria de Instrução e Ensino. Educação a Distância - DIE/EAD
Av. Me. Benvenuta, 265 - Trindade, Florianópolis - SC, 88035-001
www.pm.sc.gov.br
FICHA TÉCNICA
POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA - PMSC
COMANDANTE GERAL - Coronel PM Dionei Tonet
SUBCOMANDANTE - Coronel PM Marcelo Pontes
CHEFE DE ESTADO MAIOR - Coronel PM Luciano Walfredo Pinho
FACULDADE DA POLÍCIA MILITAR - FAPOM
DIRETORIA DE INSTRUÇÃO E ENSINO - DIE
DIRETOR GERAL - Tenente-coronel PM Fábio José Martins
CHEFE DIVISÃO DE ENSINO - Capitão PM Luiz Carlos Colla Filho
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD
CHEFIA - Capitão PM Luiz Carlos Colla Filho
SECRETÁRIA EAD - 3º Sargento PM (RR) Luciana Constância de Sousa
SECRETÁRIA ADMINISTRATIVA - 2º Sargento PM Lucélia Eler
PEDAGOGA - Graziela Gomes Stein
DESIGNER EDUCACIONAL - Grayce Lemos
DESIGNER GRÁFICO - Mayara Atherino Macedo
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
AUTOR - Tenente Coronel PM Mauro Palma Rezende
PARECERISTA - 2º Sargento PM Lucélia Eler
PROJETO GRÁFICO - Mayara Atherino Macedo
DIAGRAMAÇÃO - Fábio Luiz Raulino
DESIGN EDUCACIONAL - Grayce Lemos
https://www.pm.sc.gov.br/
Apresentação
Uma saudação muito especial a todos 
os Policiais Militares catarinenses, e em 
especial a você. 
Neste caderno de estudos, da disciplina 
de Legislação de Trânsito, falaremos 
sobre uma importante atividade do meio 
policial, que é a fiscalização de trânsito, 
pois é exatamente na via pública que 
acontece o teatro de operações das 
atividades policiais e o conhecimento da 
legislação de trânsito é de fundamental 
importância para atuarmos como prota-
gonistas, neste palco.
O Art. 5º, inciso XV da Constituição 
Federal, define que é livre a locomoção 
no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos 
da lei, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens.
O direito constitucional de ir e vir é a raiz 
do trânsito, que é complexo e exige um 
conjunto de normas para discipliná-lo, 
ou seja, uma lei de Trânsito. A própria 
Constituição Federal estabelece em seu 
Art. 22, inciso XI, que é de competência 
privativa da União legislar sobre trânsito 
e transporte. 
Desde 1910, temos legislações que regu-
lam o trânsito no Brasil, porém somente 
em 1941, é que tivemos o 1º Código 
Nacional de Trânsito, pelo Decreto-lei 
n.º 2.994, de 28 de janeiro de 1941, que 
vigorou por apenas alguns meses.
De lá para cá, tivemos mais duas legis-
lações, o Decreto-lei nº 3.651, de 25 de 
setembro de 1941 (o 2º Código Nacional 
de Trânsito) e a Lei nº 5.108, de 21 de 
setembro de 1966.
Porém na década de 1960 a frota cir-
culante no Brasil não passava de 500 
mil registros, a realidade modificou-se 
e ficou imperiosa a necessidade de 
atualização da legislação, pela universa-
lização do uso de veículo como meio de 
transporte.
Em 1993 começou a tramitação do Pro-
jeto de Lei que em 1997, foi promulgado 
o atual Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB), neste ano os números da frota 
Apresentação
1Ministério da Infraestrutura, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2020
já alcançavam 30 milhões de veículos, 
impondo-se a necessidade de uma legis-
lação mais ampla, técnica e rígida. Atual-
mente gira em torno de 100 milhões1 de 
veículos registrados, a frota nacional.
Para atender ao desejo da população, que 
clamava por mais segurança no trânsito, 
foi promulgado o Código de Trânsito Bra-
sileiro, Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 
1997, a qual passou a vigorar a partir de 
22 de janeiro de 1998 em substituição ao 
antigo Código Nacional de Trânsito.
A vida em sociedade nos impõe o cumpri-
mento de certas normas de condutas para 
que haja uma convivência pacífica entre os 
integrantes dela. Cumprimos diariamente 
essas normas, muitas vezes sem notarmos, 
mas cumprimos seja por imposição do 
Estado organizado ou pelo costume pas-
sado de geração para geração.
Fica imprescindível ressaltar primeiramen-
te, que o trânsito seguro é uma obrigação 
do Estado, cabendo-lhe proporcionar aos 
seus cidadãos segurança, paz e tranqui-
lidade. Para isso, deve dotar-se de todos 
os recursos necessários e instrumentos 
existentes para executar suas ações de 
prevenção aos acidentes de trânsito. Nes-
te sentido, o Código de Trânsito Brasileiro 
no § 2º do artigo 1º nos diz:
“Art. 1º - O trânsito de qualquer na-
tureza nas vias terrestres do território 
nacional, abertas à circulação, rege-se 
por este Código.
(...)
§ 2º - O trânsito, em condições segu-
ras, é um direito de todos e dever dos 
órgãos e entidades componentes do 
Sistema Nacional de Trânsito, a estes 
cabendo, no âmbito das respectivas 
competências, adotar as medidas des-
tinadas a assegurar esse direito.
Portanto toda ação dos órgãos ou enti-
dades, bem como de seus agentes, deve 
priorizar a proteção à segurança viária, 
tornando este princípio basilar para a orga-
nização, atuação e fiscalização do trânsito.
Apresentação
2Deliberação: ato normativo, editado pelo Presidente do CONTRAN, ad referendum do Conselho, em caso de 
 urgência e relevante interesse público.
Neste contexto a Lei nº 9.503/1997, 
que originalmente contava com 341 
artigos, divididos em 20 capítulos, teve 
17 destes artigos vetados, e já conta 
com 41 alterações legais, revogando-se 
2 artigos e acrescentando 23, o que 
resulta atualmente em 345 artigos em 
vigor no CTB.
Para regulamentar o CTB, o Conselho 
Nacional de Trânsito (CONTRAN) edita 
resoluções, que conforme a Resolução 
nº 776/2019 são atos normativos, 
destinados a regulamentar dispositivo 
do CTB, de competência do Conselho. 
Temos, atualmente, 780 resoluções 
editadas pelo CONTRAN, que somadas 
às 188 deliberações2 , deixam claro que 
a amplitude do tema é colossal, não 
havendo neste curto processo de revi-
talizar o efetivo da Polícia Militar catari-
nense o escopo de esgotar o tema.
Para tanto, buscamos trazer um assun-
to de relevância e extremamente atual, 
que com certeza pela inovação, ainda 
gera muitas dúvidas ao nosso efetivo. 
Neste viés esta revitalização tem por 
objetivo apresentar aos Policiais 
Militares de Santa Catarina a base 
teórica legal e infralegal da legislação 
de trânsito, buscando a padronização 
das técnicas de fiscalização com vistas 
à execução do policiamento ostensivo 
de trânsito, com relação a apresen-
tação eletrônica de documentos de 
porte obrigatório.
Ainda, como parte do objetivo desta 
disciplina, busca conhecer e identificar 
os documentos de porte obrigatório, 
em especial o documento de habilita-
ção e o Certificado de Registro e Licen-
ciamento Anual, bem como suas formas 
de apresentação, compreender as for-
mas de fiscalização destes documentos 
quando apresentados eletronicamente; 
e embasar a atuação por parte do Poli-
cial Militar frente a situações práticas.
Minicurrículo do Professor
Graduação
Curso de Formação de Oficiais - PMSC
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - PMSC
Direito - UNIVALI
Especialização
Administração e Segurança no Trânsito - UNISUL
Administração de Segurança Pública - UNISUL
Policiamento de Trânsito Rodoviário - PMSP
Policiamento de Trânsito Urbano - PMSP
Técnicas Policiais de Fiscalização de Transporte - PRF
Perito em Acidente de Trânsito - PRF
Especialista em Técnicas Policiais de Fiscalização de 
Transporte - PRF
Cursos de Formação
Curso Avançado de Fiscalização de Trânsito - PRF
Perito em Acidente de Trânsito - PRF
Mauro Palma Rezende
Tenente Coronel PM
Chefe do Estado Maior e da 
Segurança Operacional do 
Comando de PoliciamentoRodoviário
FISCALIZAÇÃO DE 
DOCUMENTOS DE PORTE 
OBRIGATÓRIO
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 8
É comum durante o aprendizado de 
Legislação de Trânsito, termos como um 
dos primordiais assuntos tratados os 
documentos de porte obrigatório. Entre 
eles os principais são: o documento de 
habilitação e o Certificado de Registro e 
Licenciamento do Veículo – CRLV.
A Resolução nº 061/1998, estabelece 
que o Certificado de Registro e Licen-
ciamento do Veículo - CRLV, conforme 
modelo anexo à Resolução 16/98 é o 
Certificado de Licenciamento Anual de 
que trata o Código de Trânsito Brasi-
leiro (CTB). 
O objetivo da instrução de Legislação de 
Trânsito da Revitalização 2020 é dar em-
basamento técnico para a fiscalização do 
documento de habilitação e do certifica-
do de registro e licenciamento do veículo, 
quando apresentados no formato digital.
Introdução
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 9
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
O documento de habilitação nada mais 
é que uma forma genérica de tratar 03 
(três) documentos diferentes que têm 
o mesmo objetivo: atestar a aptidão de 
um cidadão para conduzir veículos em 
vias terrestres. Muitos conhecem ape-
nas a Carteira Nacional de Habilitação 
(CNH), mas existe também a Permissão 
para Dirigir (PPD) e a Autorização para 
Condução de Ciclomotores (ACC), muito 
embora todos usem o mesmo documen-
to físico como suporte documental.
Seu porte é obrigatório ao condutor de 
qualquer veículo, e contém a fotografia, 
os números dos principais documentos 
do condutor, o tipo de documento 
(CNH/PPD ou ACC), sua validade, a 
categoria de veículos que o portador 
está autorizado a conduzir, entre outras 
informações (no campo observações), 
podendo ser utilizada como documento 
de identidade no Brasil
Documento de habilitação
Imagem 01: Carteira Nacional de Habilitação, emitida em 1950
Fonte: Memória Brusque
https://www.brusquememoria.com.br/acervo-imagem/1725
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 10
Com o 3º Código Nacional de Trânsito 
que entrou em vigor em 1966, pela Lei 
nº 5.108, o modelo da carteira nacional 
de habilitação não oferecia espaço para 
fotografia, era obrigatória a apresenta-
ção da Carteira de Identidade, e poucos 
itens de segurança.
A regulamentação existente determina-
va que a CNH deveria ser renovada, com 
a realização de novo ‘exame médico’, 
quando o condutor completasse 40 anos 
de idade, independente do momento em 
que obteve o seu documento de habilita-
ção, vejamos os exemplos de modelos:
Imagem 02 e 03: Carteiras Nacional de Habilitação, emiti-
das em 1966 e 1980
Fonte: Bianco Despachante
Fonte: BLOG É DA SUA ÉPOCA
http://bianco1982despachante.blogspot.com/2012/02/blog-post.html
http://edasuaepoca.blogspot.com/2014/01/1980-cnh.html?m=1
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 11
Houve uma pequena alteração do mo-
delo da CNH com a entrada em vigor do 
da Resolução nº 565/1980, que instituiu 
o Prontuário Geral Único (PGU), que é o 
número de registro da CNH do modelo 
antigo emitido entre janeiro de 1981 e 
setembro de 1994.
Pela Resolução CONTRAN nº 734/1989, 
foi alterado o prazo de renovação da 
CNH, que se mantém até hoje: renova-
ção a cada cinco anos para o público em 
geral, ou a cada três anos para conduto-
res com mais de 65 anos.
Imagem 04: Carteira Nacional de Habilitação com PGU
Imagem 05: Carteira Nacional de Habilitação, emitida em 1999.
Fonte: Detran Roraima
Fonte: Slide Curso Policiamento de Trânsito Urbano, CPTRAN/PMESP: 2017
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
https://www.rr.getran.com.br/site/apps/bruto/duvidas-cons-pgu.htm
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 12
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Em substituição a este modelo, a Reso-
lução CONTRAN nº 765/1993 trouxe 
novo formato, com muitas inovações, 
incluindo a fotografia e vários itens de 
segurança e passando a ser aceita como 
documento de identificação, muito em-
bora o modelo antigo continuou em vi-
gor até o vencimento das CNH emitidas.
Imagem 06: Carteira Nacional de Habilitação, emitida 
entre 1993 e 2006.
Fonte: Fonte: Slide Curso Avançado de Fiscalização de Trânsito, PRF: 2018
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 13
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Sob a égide do Código 
de Trânsito Brasileiro 
(CTB) passamos para 
outro modelo de docu-
mento de habilitação 
conforme Resolução 
CONTRAN nº 192/06, 
que estabeleceu novo 
modelo de CNH/PPD/
ACC, que foi emitida 
até 31 de dezembro de 
2016, e portanto, ainda 
pode haver algumas 
sendo utilizadas com 
validade até Dez/21.
Imagem 07: Carteira Nacional de Habilitação, emitida entre 2007 e 2016.
Fonte: Wikipédia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carteira_Nacional_de_Habilita%C3%A7%C3%A3o
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 14
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
O modelo atual de documento de 
habilitação é o regulamentado pela 
Resolução CONTRAN nº 598/16, que 
trouxe várias inovações nos itens de 
segurança documental, incluindo a partir 
de maio de 2017, um QRCode3 no verso 
do documento, para auxiliar ainda mais a 
comprovação da sua autenticidade.
Imagem 08: Carteira Nacional de Habilitação, emitida a partir de 2017.
Fonte: Adptado Divulgação / Detran-SP
3Fonte: Código QR (sigla do inglês Quick Response) é um código de barras bidimensional que pode ser facilmente esca-
neado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera. Esse código é convertido em texto (interativo), 
um endereço URI, um número de telefone, uma localização georreferenciada, um e-mail, um contato ou um SMS. 
http://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/portaldetran/cidadao/noticias/detalhes/5870f247-1a3c-4261-abd6-0a011115a0f5/!ut/p/z1/tZNdb4IwFIZ_yy68JD2lgHhZBb-AEecH0hvTCUg3BXWNbv9-1bgsugxdzHrTNn3P-7RvThFDU8QKvhMLLkVZ8KXax8yaEQOGjSamYJsOBWqTQRh22jgcYhQdBfDLoIDYWT00XaCe1STQesTQgVN9hYBV8yeIITYv5FrmKF6XW8mXSSq3vKjB1zwXCU94WYOilGIu-NvxiC_zVK1Muw6ZbtQ1zMlcM3QLa_w5sTTggNUwOWTmAbFWLii-SR1dy4xVJxYdeGcO7qStHJ5IG7uhDh6cBP0BtLpdW_c72GkBbRhG0Ot7BBrkJKiAxOqS9W8EOD1HIeqe7ps9DJ6Oop1I92hclNuV6oPhHzPo_iT0R-RImGCfEgitOwkX9hcp63Cnff9a46mfIV42G0ZV-5WFTN8lmv5X_ymWvg1awUI9gctcE0VWoulNpevVeLyyyYf2-mTvR1m-WM0Cl5jLnU8fPgEGJQpb/dz/d5/L2dBISEvZ0FBIS9nQSEh/
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 15
Porém, as inovações tecnológicas não 
pararam por aí. Com as Resoluções 
CONTRAN nº 684/17 e 727/17 houve a 
possibilidade de obtermos o documento 
de habilitação expedido em meio ele-
trônico (CNH-e) e desta forma passou a 
se considerar como documento original 
de habilitação a apresentação deste em 
meio digital, sendo dispensado o porte 
do documento físico.
O formato eletrônico reproduz o 
documento físico, como se fosse uma 
cópia digitalizada. Dessa forma também 
facilitou a produção de fraudes e, para 
impedir essas ações, além das imagens 
da frente e do verso do documento, 
também é apresentado um QR Code com 
o objetivo de autenticar o documento 
fiscalizado.
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Imagem 09: leiaute da Carteira Nacional de Habilitação Digital.
Fonte: CNH Digital
https://cnhdigitalbrasil.com.br/
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 16
Em caráter informativo, 
a Resolução CONTRAN 
nº 718/17 regulamenta 
novas especificações 
para a produção e a expe-
dição da CNH. A partirde 
01/01/2023 (alteração 
da Res.747/18) passa a 
ser no padrão da Con-
venção de Viena sobre 
Trânsito Viário de 1968, 
conforme o modelo ao 
lado, e fabricada em poli-
carbonato, semelhante a 
um cartão de crédito.
Porém, vamos deixar 
para tratar do novo mo-
delo de habilitação mais 
próximo da entrada em 
vigor, considerando a 
previsão de entrar em 
vigor apenas em 2023.
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Imagem 10: modelo da futura Carteira Nacional de Habilitação Digital.
Fonte: Slide Curso Avançado de Fiscalização de Trânsito, PRF: 2018
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 17
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DO VEÍCULO
O Certificado de Registro e Licencia-
mento do Veículo (CRLV), também co-
nhecido como licenciamento, é de porte 
obrigatório, garantindo assim o direito 
de circulação do veículo em vias terres-
tres. Todo veículo para transitar na via 
deverá ser licenciado anualmente pelo 
órgão executivo de trânsito do Estado, 
ou do Distrito Federal, onde estiver re-
gistrado o veículo. 
O modelo de CRLV que conhecemos foi 
regulamentado pela Resolução CON-
TRAN nº 016/1998:
Certificado de registro e 
licenciamento do veículo
Imagem 11: modelo certificado de registro e licenciamento do veículo.
Fonte: Governo do Município de Criciúma
/pmc/webroot/upload/ckfinder/files/PROCEDIMENTOS_PARA_O_ALV_DTT.pdf
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 18
Houve uma tentativa de atualização 
do CRLV, pela Resolução CONTRAN 
nº 512/2014, porém logo em seguida 
revogada pela Resolução CONTRAN nº 
539/2015, não chegando assim a entrar 
em vigor. 
A Lei nº 13.281/2016 acrescentou ao 
art. 133 do CTB, o parágrafo único, 
dispensando o porte do CRLV nos casos 
em que o agente de trânsito, durante a 
fiscalização, puder obter as informações 
sobre o licenciamento do veículo por 
meio de sistema informatizado. É impe-
rioso ressaltar que em todas as demais 
situações, o porte do CRLV continua 
obrigatório.
Essa inovação legal de pronto já trouxe 
alguns problemas à fiscalização, por 
exemplo, para aplicação do § 2º do art. 
270 do CTB, que determina a liberação 
do veículo após aplicação da medida 
administrativa de retenção, quando sem 
a possibilidade de regularização no local 
para condutor devidamente habilitado, 
desde que o veículo apresente condi-
ções de segurança para circular e com o 
recolhimento do CRLV, mediante recibo, 
com prazo para apresentação do veículo 
regularizado. 
Com o advento da Resolução CONTRAN 
nº 720/2017, passou a ser permitido 
não somente o CRLV em meio físico, mas 
também em formato digital, a exemplo 
da CNH-e. Assim, o CRLV-e passou 
também a ser permitido, sendo que sua 
fiscalização deve se dar pelo aplicativo 
padrão criado pelo DENATRAN.
Por fim, cabe apresentar também as ino-
vações trazidas pela Deliberação CON-
TRAN nº 180/2019, que além de alterar 
o modelo do CRLV, deu fim à sua versão 
impressa em papel moeda, que só poderá 
ser emitida para o exercício 2020.
Após, somente o novo modelo em 
formato digital será expedido. Cabe 
lembrar que este novo modelo de CRLV 
pode ser apresentado em meio ele-
trônico através do aplicativo (Carteira 
Digital de Trânsito) ou impressa em 
papel comum, modelo A4, pelo próprio 
proprietário. 
FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO 
| CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DO VEÍCULO
4Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. 
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sis-
tema informatizado para verificar se o veículo está licenciado.
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 19
Como já citado, o Conselho Nacional 
de Trânsito (Contran) publicou, no 
Diário Oficial da União (DOU) do dia 31 
de dezembro de 2019, a Deliberação 
CONTRAN Nº 180/2019, que trata da 
emissão do Certificado de Registro e 
Licenciamento de Veículo em meio ele-
trônico (CRLV/CLA digital).
O CRLV/CLA Digital é a versão eletrô-
nica do documento do veículo. Está 
disponível, juntamente à CNH Digital, 
no aplicativo Carteira Digital de Trânsito 
(CDT), que reúne os dois documentos de 
porte obrigatório.
A partir de junho de 2020, o CRLV-e, 
como também é chamado, será expedi-
do obrigatoriamente, em substituição 
ao CRLV/CLA em documento físico, na 
forma estabelecida pelo Departamen-
to Nacional de Trânsito (Denatran). 
Facultada a antecipação, o que de fato 
aconteceu em vários Estados e inclusive 
em Santa Catarina devido a pandemia 
do COVID-19.
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 20
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E 
O proprietário do veículo não receberá 
mais a versão impressa e poderá fazer 
a cópia – em papel – do documento do 
carro digital com o Quick Response Code 
(QRCode) gerado pelo Denatran. Assim, 
o código de segurança impresso (em 
papel comum) no certificado poderá ser 
verificado pelas autoridades mesmo na 
ausência de um telefone.
A versão eletrônica do CRLV/CLA traz 
todas as informações do documento 
impresso e tem a mesma validade jurídi-
ca do CRLV/CLA físico. Para ter acesso à 
versão digital, o proprietário deve fazer 
o download gratuito do aplicativo CDT, 
disponível no Google Play e App Store, 
preenchendo os dados do usuário, Rena-
vam e o código de segurança impresso 
no documento físico. O veículo deve 
estar com a documentação em dia.
O CRLV/CLA digital poderá ser acessado 
pelo dispositivo móvel, mesmo sem aces-
so à internet, e poderá ser compartilhado 
com até cinco pessoas. Também é pos-
sível ter mais de um CRLV eletrônico no 
mesmo smartphone. O CRLV/CLA Digital 
estará vinculado ao celular informado no 
cadastro de usuário e, para ser adiciona-
do, exige a confirmação de dados que só o 
proprietário do veículo possui.
No entanto, é possível que o documento 
em arquivo formato “PDF” com QR Code 
e assinatura digital seja exportado e 
compartilhado para outra pessoa que 
utiliza o mesmo veículo, desde que ela 
já tenha instalado, em seu dispositivo 
móvel, o aplicativo CDT. 
A pessoa a quem o proprietário enviou o 
CRLV/CLA digital não consegue exportar 
ou compartilhar o documento, mas pode 
apresentá-lo às autoridades de trânsito, 
pois o documento eletrônico possui 
todos os requisitos de segurança de vali-
dade da original.
A nova funcionalidade evita a obriga-
toriedade da retirada presencial do 
documento impresso em uma Ciretran 
ou despachante, pois o proprietário pode 
compartilhar o documento com quem 
efetivamente vai conduzir o veículo.
Também é possível a impressão do 
CRLV/CLA em uma folha de papel A4 
comum, nesse caso a autenticidade do 
documento, será aferida pela fiscalização 
por meio da leitura do QRCode.
O CRLV/CLA em meio físico com modelo 
previsto na Resolução CONTRAN nº 16, 
de 06 de fevereiro de 1998, com a alte-
ração dada pela Resolução CONTRAN 
https://servicos.serpro.gov.br/carteira-digital/
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 21
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E 
nº 775, de 28 de março de 2019, como já 
citado, ainda poderá ser utilizado para o 
licenciamento de veículos para o exercí-
cio 2020.
 O documento digital do usuário está 
protegido por uma senha de acesso de 
quatro dígitos, exigida para o login na 
Carteira Digital de Trânsito. O acesso ao 
aplicativo pode ser feito também com a 
impressão digital do usuário nos dispo-
sitivos móveis que já possuam leitor por 
biometria.
A autenticidade do documento é garan-
tida pelo QR Code, que pode ser lido para 
verificar se há alguma falsificação no 
documento durante uma fiscalização de 
trânsito. O procedimento de obtenção 
do CRLV/CLA e da CNH Digital é100% 
online, não sendo necessário o compareci-
mento do proprietário ao Detran.
Imagem 12: Instruções para obter o CRLV Digital
Fonte: Detran-SC
http://www.detran.sc.gov.br/informacoes/veiculos/crlv-digital
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 22
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Aplicação da medida administrativa:
Recolhimento do Certificado de Registro 
e Licenciamento Anual (CLA/CRLV)
O Manual Brasileiro de Fiscalização de 
Trânsito estabelece que o recolhimento 
do Certificado de Registro e Licencia-
mento do Veículo consiste em recolher, 
mediante recibo, o documento que 
certifica o licenciamento do veículo com 
o objetivo de garantir que o proprietário 
promova a regularização da infração 
constatada.
No Código de Trânsito Brasileiro (CTB) 
há apenas uma (01) infração que prevê o 
recolhimento do documento de licencia-
mento, que é a prevista no art. 240: “Dei-
xar o responsável de promover a baixa 
do registro de veículo irrecuperável ou 
definitivamente desmontado”.
Porém, além do previsto no artigo 240 
do CTB, que não é aplicável pelo Policial 
Militar no ato da fiscalização, o CTB 
prevê esta medida administrativa para 
todos os casos de retenção de veículos.
 Pois o art. 270 do CTB que trata da re-
tenção de veículos prevê que: 
Art. 270. O veículo poderá ser retido 
nos casos expressos neste Código.
§ 1º Quando a irregularidade puder ser 
sanada no local da infração, o veículo 
será liberado tão logo seja regularizada 
a situação.
§ 2º Não sendo possível sanar a falha 
no local da infração, o veículo, desde que 
ofereça condições de segurança para 
circulação, poderá ser liberado e entre-
gue a condutor regularmente habilitado, 
mediante recolhimento do Certificado 
de Licenciamento Anual, contra apre-
sentação de recibo, assinalando-se prazo 
razoável ao condutor para regularizar 
a situação, para o que se considerará, 
desde logo, notificado. (grifo meu)
Verifica-se que legalmente, o veículo retido 
DEVE ser liberado sempre que a infração 
for sanada imediatamente no local.
Analisando as infrações de trânsito per-
cebemos que se apresentam 37 (trinta 
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 23
e sete) infrações em que há previsão 
da adoção de medida administrativa de 
RETENÇÃO do veículo. Porém, há casos 
em que a retenção se dá pela falta de 
condutor devidamente habilitado, que 
são 08 (oito) situações referentes aos 
artigos 162 I ao VI, 165 e 165 A. 
No caso do artigo 232 (se o documento 
não portado for a habilitação do condu-
tor), a apresentação de condutor regular-
mente habilitado sana a irregularidade e o 
Policial Militar deve liberar o veículo (§ 1º 
do art. 270 do CTB).
Nas demais infrações, que somam 30 
(trinta), algumas podem ser facilmente 
sanadas - até automaticamente - com 
a abordagem do Policial Militar. Vejam 
como exemplo as infrações do quadro da 
próxima página:
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A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 24
ARTIGO TIPIFICAÇÃO SANEAMENTO
170
Dirigir ameaçando os pedestres que 
estejam atravessando a via pública, ou 
os demais veículos.
Na abordagem.
167
Deixar o condutor ou passageiro de 
usar o cinto de segurança, conforme 
previsto no art. 65.
Basta colocar o cinto.
Obs.: se não possuir ou não 
estiver funcionando cabe 
outra infração
223
Transitar com o farol desregulado ou 
com o facho de luz alta de forma a per-
turbar a visão de outro condutor.
No caso do facho de luz 
alta basta desligar.
228
Usar no veículo equipamento com som 
em volume ou frequência que não se-
jam autorizados pelo CONTRAN.
Basta desligar o som ou 
diminuir o volume.
230 XVII
Com cortinas ou persianas fechadas, 
não autorizadas pela legislação.
Basta abri-las.
230 XIX
Sem acionar o limpador de 
para-brisa sob chuva.
Basta acionar.
Obs.: se não possuir ou não 
estiver funcionando cabe 
outra infração
Quadro 01: Exemplos de infrações.
Fonte: O autor (2020).
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 25
Nestas e outras situações, fica claro que 
o saneamento da irregularidade, nos 
casos de RETENÇÃO, implica na LIBE-
RAÇÃO imediata do veículo.
Porém, o que preocupa e nos causa dú-
vida é a situação em que a irregularidade 
não pode ser sanada no local, exemplos 
comuns: 
• veículo com suspensão alterada sem a 
devida regularização, 
• sistema de iluminação alterado tam-
bém sem regularização, 
• descarga livre ou silenciador de motor 
de explosão defeituoso, deficiente ou 
inoperante. 
Nestes e em outros casos há necessi-
dade de conduzir o veículo a um local 
apropriado para sanar a irregularidade, 
e como já citado no § 2º do art. 270, há 
requisitos previstos, que se atendidos o 
veículo DEVE ser liberado, são estas 03 
(três) situações concomitantes:
1. Ter condições de segurança para 
circulação;
2. Ser entregue a condutor regularmente 
habilitado; 
3. Mediante recolhimento do CRLV/CLA, 
oportunizando prazo ao condutor 
para regularizar a infração constatada, 
recolhimento este mediante recibo.
Nos casos em que o condutor não 
demonstre interesse em sanar a 
irregularidade:
Havendo comprometimento da se-
gurança do trânsito e/ou no caso do 
condutor sinalizar que não regulari-
zará a situação, a retenção do veículo 
poderá ser transferida para local mais 
adequado ou para o depósito do órgão 
ou entidade de trânsito.” (Resolução nº 
561/2015, item 8.1) (grifo meu)
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 26
Ou do não cumprimento de algum dos 
requisitos supracitados deve ser aplicada 
a medida administrativa de REMOÇÃO, 
removendo o veículo ao depósito contrata-
do, através do serviço de guincho licitado. 
A previsão legal para tais situações estão 
nos parágrafos 4º e 7º do art. 270, do CTB:
§ 4º Não se apresentando condutor ha-
bilitado no local da infração, o veículo 
será removido a depósito, aplicando-se 
neste caso o disposto no art. 271.
[...]
§ 7º O descumprimento das obrigações 
estabelecidas no § 2o resultará em 
recolhimento do veículo ao depósito, 
aplicando-se, nesse caso, o disposto no 
art. 271. 
Dos requisitos apontados a segurança 
para circulação e o condutor regu-
larmente habilitado, dependerão da 
situação pontualmente enfrentada pelo 
Policial Militar. Porém, com relação ao 
recolhimento do CRLV/CLA, devido a 
uma alteração legislativa devemos ob-
servar algumas situações às quais cabem 
outros esclarecimentos.
O documento que comprova o licencia-
mento é o Certificado de Licenciamento 
Anual (CRLV/CLA), que é de porte 
obrigatório, porém a Lei 13.281/2016, 
que alterou o CTB, inovou a fiscalização 
de trânsito quando acrescentou o Pa-
rágrafo Único ao Art. 133 do CTB, qual 
seja e cito todo o artigo para melhor 
compreensão:
Art. 133. É obrigatório o porte do Cer-
tificado de Licenciamento Anual.
Parágrafo único. O porte será dispen-
sado quando, no momento da fiscali-
zação, for possível ter acesso ao devido 
sistema informatizado para verificar se 
o veículo está licenciado.
Pela nova redação do artigo, acrescida do 
parágrafo único, o porte do Certificado 
de Licenciamento Anual (CRLV/CLA) con-
tinua obrigatório, porém se no momento 
da fiscalização o agente de trânsito tiver 
acesso fisicamente ou via comunicação à 
distância, com sistema informatizado que 
permita verificar se o veículo está licen-
ciado, não estará incorrendo na infração 
prevista no Art. 232, do CTB. 
Se o condutor não porta o CRLV/CLA 
e o Policial Militar verifica através do 
sistema informatizado que o mesmo está 
com o licenciamento em dia, e houver 
outra infração que preveja a retenção do 
A FISCALIZAÇÃO DOCRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 27
veículo, fica a dúvida de como aplicar o 
§2º do Art. 270, por falta do documento 
necessário, considerando que um dos 
requisitos para este benefício é o recolhi-
mento do CRLV/CLA:
Art. 270. O veículo poderá ser retido 
nos casos expressos neste Código.
[...]
§ 2º Não sendo possível sanar a falha 
no local da infração, o veículo poderá 
ser retirado por condutor regularmente 
habilitado, mediante recolhimento do 
Certificado de Licenciamento Anual, 
contra recibo, assinalando-se ao con-
dutor prazo para sua regularização, 
para o que se considerará, desde logo, 
notificado.(grifo meu)
Como a partir da adoção do CRLV/CLA 
digital, ou na forma impressa em papel 
comum, não há mais como se reter o 
documento físico para aplicação do pre-
visto no § 2º do art. 270 do CTB, e como 
não se deve imputar ao condutor/pro-
prietário o problema da falta de amparo 
legal para procedimentos de fiscalização, 
deve o Policial Militar abrigar-se nos 
princípios constitucionais que garantem 
o direito ao cidadão.
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
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5§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo trans-
portando passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segu-
rança para circulação em via pública.
Neste caso, estando o veículo devida-
mente licenciado, porém não sendo 
apresentado o documento físico para 
recolhimento, o Policial Militar deverá, 
via PMSC Mobile, proceder a lavratura 
de Recibo de Recolhimento de Docu-
mento de Trânsito (RRDT).
Este procedimento deve ser feito, 
mesmo sem a possibilidade de recolhi-
mento do documento físico, pois este 
procedimento será encaminhado ao 
SADE e ficará registrado a aplicação da 
medida administrativa e o prazo para sua 
regularização.
Isto posto, os Policiais Militares devem 
também observar o §5º do Art. 2705, não 
realizando a imediata retenção de veículos 
de transporte coletivo que estiver trans-
portando passageiros, veículos transpor-
tando produto perigoso ou perecível.
Nestes casos verificar a medida mais 
apropriada para o momento, conside-
rando o local, horário e demais situações 
pontuais, devendo sempre tais medidas 
serem anotadas nos campos próprios 
do AIT e comunicadas e registradas na 
ocorrência via CRE.
Orienta-se também, que conforme os 
preceitos do Estatuto da Criança e Ado-
lescente, Estatuto do Idoso e Estatuto 
da Pessoa com Deficiência, não se dará 
a retenção de veículos transportando 
crianças, idosos ou pessoas que apresen-
tem alguma deficiência de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, devendo 
o Policial Militar atuar com o bom senso 
necessário e possível a situação.
Frise-se que a aplicação do § 5º do art. 
270, enseja na NÃO APLICAÇÃO DA 
RETENÇÃO, e neste caso não se aplica 
nenhuma medida administrativa aces-
sória, seja recolhimento do CRLV/CLA, 
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 29
transbordo de carga ou remoção, e, por-
tanto, não cabe a lavratura de RRDT.
Ainda não há a integração automatizada, 
ou seja, ao preencher o RDDT, o sistema 
o reconheceria automaticamente o 
recolhimento do CRLV/CLA e efetuaria 
a transmissão desta informação para 
o cadastro do veículo, o que causaria a 
inclusão de uma restrição administrativa, 
que impediria o seu licenciamento.
Ainda não há padronização pela Polícia 
Militar, mas o procedimento seria a se-
ção de trânsito ou equivalente da OPM 
depois de vencido o prazo assinalado no 
RRDT e não havendo a apresentação do 
veículo regularizado, lavrar um auto de 
infração de trânsito pela infração do Art. 
1956 do CTB informando a data e hora 
do prazo findo (ou seja, a infração se dará 
na data e hora em que expirou o prazo 
para apresentação do veículo regulari-
zado) e o local será o determinado para 
a apresentação (nos mesmos moldes da 
infração lavrada com base no § 8º do art. 
257 do CTB).
Para justificar a aplicação desta penalida-
de ao condutor, usamos como base uma 
consulta realizada pela Polícia Rodoviária 
Federal ao CONTRAN, da qual foi emitida 
uma Nota Técnica nº 33/2018/CTEL/
CONTRAN de lavra do especialista e 
ex-diretor do DENATRAN Jerry Adriane 
Dias Rodrigues que conclui ser aplicável 
a infração prevista no art. 195, do CTB, 
no caso em tela, como inicialmente previa 
o MBFT, em seu volume I, aprovado pela 
Resolução CONTRAN nº 371/2010.
A lavratura do AIT por infração ao art. 
195 poderá continuar mesmo após a 
implantação da transmissão da informa-
ção do recolhimento do documento de 
forma automática (via sistema), devendo 
a seção de trânsito ou responsável per-
manecer atento ao prazo estipulado para 
reapresentação do veículo regularizado, 
situação esta, que também poderia ser 
automatizada com a emissão do auto de 
infração, através da melhoria do próprio 
sistema RRDT do PMSC Mobile.
Independentemente da lavratura ou não 
da infração ao art. 195 do CTB, deverá 
ser providenciada a comunicação ao 
DETRAN/CIRETRAN, via ofício, a não 
apresentação do veículo regularizado, 
solicitando a inclusão da restrição no 
cadastro do veículo, pode ou não haver 
6Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 30
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
encaminhamento do documento físico 
em anexo, contendo as informações 
do documento recolhido física ou vir-
tualmente e o respectivo protocolo do 
SADE. Este encaminhamento deverá ser 
feito via SGPe.
Uma observação importante é que como 
a legislação não fez uma previsão para o 
prazo de apresentação do veículo com a 
irregularidade saneada, pode-se adotar 
por analogia o prazo mínimo do recolhi-
mento da CNH/PPD/ACC de 05 (cinco) 
dias úteis, o que a critério do Policial Mili-
tar pode ser antecipado ou dilatado, ob-
servando-se a infração apurada, o local, 
meios e condições do condutor promover 
a regularização do veículo.
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 31
Conclusão
Com as alterações legislativas e a im-
plantação do CRLV/CLA digital, torna-se 
imprescindível a consulta ao sistema 
informatizado. Cabe lembrar que a apre-
sentação de documento impresso em 
papel comum ou no próprio smartphone 
do condutor não obsta a necessidade de 
se utilizar o app FISCALIZAÇÃO DENA-
TRAN para verificar a autenticidade do 
documento.
Como esta alteração também está 
resolvida, finalmente a situação do 
veículo com débitos quitados, nos casos 
em que seu proprietário não realizou 
a impressão do documento original no 
DETRAN/CIRETRAN ou despachante, 
pois com a nova sistemática do CLRVe, o 
licenciamento se dá sem a necessidade 
de impressão do documento.
Deve ficar claro também ao Policial 
Militar que os casos a que estamos no 
referindo são os casos de infrações que 
preveem a medida administrativa de 
RETENÇÃO. 
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A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | CONCLUSÃO
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 32
Já quando a medida prevista a ser aplica-
da for de REMOÇÃO, deve-se observar 
duas questões, a primeira relacionada 
aos casos em que a irregularidade do 
veículo é sanada de imediato, não há 
aplicação de medida administrativa e o 
veículo deve ser liberado imediatamente.A segunda questão vincula-se aos 
demais casos em que seja prevista a 
REMOÇÃO, alertando-se que nestes 
casos, NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL DE 
RECOLHIMENTO DO CRLV/CLA.
No caso da infração do Art. 230 VI 
- Conduzir o veículo com qualquer 
uma das placas de identificação sem 
condições de legibilidade e visibilida-
de, a previsão de medida administra-
tiva é remoção: 
1. Caso a visibilidade esteja prejudi-
ca por sujeira, o condutor limpa e 
o veículo DEVE ser liberado. 
2. Caso esteja com o para-choque 
ocultando a placa e esta situação 
não poderá ser sanada no local, 
pois necessita remoção do equi-
pamento, etc., deve ser aplicada 
imediatamente a REMOÇÃO, pois 
neste caso não há previsão do 
recolhimento do CRLV/CLA para 
posterior apresentação.
Portanto, observar com atenção a me-
dida administrativa prevista e aplicá-la 
dentro da legalidade. Para deixar prá-
tico e operacional este parecer, elenco 
algumas situações de como deve agir o 
Policial Militar a seguir:
A FISCALIZAÇÃO DO CRLV-E | CONCLUSÃO
EXEMPLO
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 33
Situação 1
Veículo abordado, condutor 
apresenta CRLV/CLA físico e/
ou digital vencido. Consultado 
o sistema, o mesmo consta 
licenciamento anterior ao 
legalmente previsto, indepen-
dentemente de constar ou não 
débitos no campo próprio do 
sistema, adotar também as 
medidas previstas para outras 
infrações, se for o caso:
• Autuar no Art. 230, V;
• Remoção do veículo ao 
depósito.
Exemplos de situações
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Situação 2
Situação 3
Veículo abordado, condutor 
não porta CRLV/CLA físico e 
apresenta ou não o digital. Ao 
consultar o sistema é verificado 
que o mesmo consta como 
licenciamento vencido. Inde-
pendentemente de constar ou 
não débitos, adotar também as 
medidas previstas para outras 
infrações:
• Autuar no Art. 230, V;
• Remoção do veículo ao 
depósito.
Veículo abordado, condutor não 
porta CRLV/CLA em qualquer 
formato (físico, digital ou papel 
impresso), consultado o sistema 
o mesmo consta licenciamento 
em dia, e não há outra infração, 
(se houver autuar) que seja apli-
cável a medida administrativa 
de retenção ou remoção:
• Liberar o veículo.
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 35
Situação 4
Veículo abordado, condutor não 
porta CRLV/CLA, em qualquer 
formato (físico, digital ou papel 
impresso), consultado o sistema 
consta licenciamento em dia, e 
há outra infração que seja apli-
cável a medida administrativa 
de retenção:
• Autuar na infração constatada;
Lavrar RRDT (CRLVe) no PMSC 
Mobile: Recibo de Recolhimen-
to de Documento de Trânsito, 
com prazo para apresentação 
do veículo regularizado. 
1. Se houver a apresentação 
do veículo regularizado, dar 
baixa no SADE,
2. Caso não apresente, autuar 
no art. 195, do CTB (se for 
procedimento da OPM), 
e fazer a comunicação ao 
DETRAN/CIRETRAN para 
inclusão da restrição no pron-
tuário do veículo, mesmo sem 
anexar o documento físico, 
anotando a motivação (p.ex.: 
apresentou CRLVe).
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Situação 5
Veículo abordado, condutor 
porta CRLVe ou CRLV impresso 
em folha A4, feita a leitura do 
QRCode consta licenciamento 
em dia, e há outra infração que 
seja aplicável a medida adminis-
trativa de retenção:
• Autuar na infração constatada;
• Lavrar RRDT (CRLVe) no 
PMSC Mobile: Recibo de Re-
colhimento de Documento de 
Trânsito, com prazo para apre-
sentação do veículo regulariza-
do. Se apresentar regularizado 
dar baixa no SADE, caso não 
apresente, autuar no art. 195, 
do CTB (se for procedimento 
da OPM), e fazer a comunica-
ção ao DETRAN/CIRETRAN 
para inclusão da restrição no 
prontuário do veículo, mesmo 
sem anexar o documento físi-
co, anotando a motivação. 
Obs: Não deverá ser procedido o 
recolhimento da folha impressa, 
tampouco do smartphone.
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Situação 6
Veículo abordado, condutor não 
porta CRLV/CLA, em qualquer 
formato (físico, digital ou papel 
impresso), e não é possível con-
sultar o sistema informatizado, 
e há outra infração que preveja 
a retenção do veículo:
• Autuar na infração constatada;
• Art. 270, §7º, do CTB, trans-
forma retenção em remoção 
do veículo ao depósito.
Obs: Ao conseguir acesso ao 
sistema, verificar o exercício 
de licenciamento e em caso de 
irregularidade lavrar a infração 
do Art. 230, V, ou se o licencia-
mento estiver em dia, lavrar a 
autuação do Art. 232.
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Situação 7
Veículo abordado, condutor não 
porta CRLV/CLA, em qualquer 
formato (físico, digital ou papel 
impresso), e não é possível con-
sultar o sistema informatizado, 
e não há outra infração que de-
termine a retenção do veículo:
• Reter o veículo até que seja 
apresentado o CLA, ou seja, 
possível acesso ao sistema.
Obs: Ao acessar o sistema ou 
com a apresentação do CRLV/
CLA, adotar as medidas cabíveis 
(autuação com base no Art. 230, 
V ou Art. 232).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Sobre a lavratura da infração ao 
art. 195 do CTB, no caso de não 
apresentação do veículo com a 
irregularidade saneada, confor-
me determinado pelo Policial 
Militar, não há padronização 
de atuação por parte da Polícia 
Militar, algumas OPM adotam 
este procedimentos, outras não, 
cito como exemplo a Polícia 
Rodoviária Federal que adota 
este procedimento conforme a 
Portaria Normativa nº 152, de 10 
de fevereiro de 2017, subscrita 
pelo Diretor Geral da PRF.
Em sua obra Código de trân-
sito brasileiro comentado e 
legislação complementar7, o 
autor Ordeli Savedra Gomes, 
na pág. 196, corrobora com o 
entendimento de que é aplicável 
a infração nesta situação
Neste caso o Policial Militar deve 
citar no campo de observações 
“Não apresentou o veículo regu-
larizado para vistoria, dentro do 
prazo fixado pelo agente de trân-
sito (§ 2º do art. 270 do CTB)”.
A ficha da infração do art. 195 
do CTB, no Manual Brasileiro de 
Fiscalização de Trânsito (MBFT) 
prevê que para caracterização da 
infração administrativa prevista 
no art. 195 são necessários 3 
pressupostos: 
1. seja relativa a normatização do 
trânsito em geral; 
7GOMES, 2019
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
2. que seja emanada da autorida-
de de trânsito ou de seu agente; 
3. participação em qualquer si-
tuação de trânsito, em sentido 
amplo.
No caso em tela verifica-se que 
apresentam-se os três requisitos 
satisfeitos, senão vejamos, a norma 
de trânsito: § 2º do art. 270 c/c com 
art. 195 do CTB, o prazo para apre-
sentação do veículo foi emanado 
pelo agente de trânsito, consignado 
em recibo, subscrito pelo condu-
tor do veículo no momento da 
abordagem, retenção e posterior 
liberação, que somente se dá com 
este compromisso do condutor, 
pois caso este não demonstre inte-
resse em regularizar o veículo, este 
deverá ser removido de imediato, 
e toda esta argumentação, mais do 
que justifica que trata-se de uma 
participação em sentido amplo de 
uma situação de trânsito. 
Além disto o MBFT reforça que 
a ordem pode ser verbal, escrita,bem como através de gestos e 
sinais sonoros.
Uma importante determinação 
da Deliberação do CONTRAN 
nº 180/2020, é que em viagens 
internacionais com veículo 
registrado no Brasil, o condutor 
deverá portar o CRLV impresso, 
no modelo da Resolução nº 
016/1998, caso ainda possua 
dentro da validade, ou no novo 
modelo impresso em papel A4,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
41
O documento CRLV/CLA impres-
so em papel moeda, nos moldes 
da Resolução CONTRAN nº 
016/98 só poderia ser impresso 
para o exercício de licenciamento 
anual deste ano (2020), porém 
após a adoção das medidas re-
ferentes à pandemia de corona 
vírus, este procedimento foi an-
tecipado e não teremos mais este 
documento impresso pelo órgão 
executivo de trânsito dos Estado 
e DF, sendo que passaremos a 
fiscalizar o documento, apresen-
tado digitalmente no smartphone 
ou impresso em papel A4, pelo 
próprio proprietário, conforme 
modelo da próxima página:
42
Fonte: Ministério da Infraestrutura
https://infraestrutura.gov.br/images/Deliberacoes/deliberacao1802019.pdf
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 43
Considerando as regulamentações 
trazidas pela Resolução nº 598, de 24 de 
maio de 2016, esta alterada pelas Re-
soluções nº 684/2017 e 727/2018, bem 
como na Portaria nº 1.657, de 27 de de-
zembro de 2018, passou a ser possível a 
emissão da Carteira Nacional de Habi-
litação (CNH), bem como da Permissão 
para Dirigir (PPD) e da Autorização para 
Condução de Ciclomotores (ACC), em 
meio eletrônico, este documento digital 
foi denominado CNH Digital.
O condutor habilitado que desejar 
portar a CNH Digital deverá baixar o 
aplicativo Carteira Digital de Trânsito 
na Play Store e pela App Store.
O documento de habilitação continua 
sendo de porte obrigatório, garantindo 
assim o direito do titular de conduzir 
veículos em vias terrestres, na categoria 
de veículo permitida, pela validade 
especificada, dentro das condições e 
dos cursos obrigatórios elencados no 
campo observações, a inovação é a pos-
sibilidade de apresentar o documento 
através do aplicativo disponibilizado 
pelo DENATRAN.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL 
DE HABILITAÇÃO DIGITAL
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FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL
A CNH Digital armazena todas as infor-
mações da carteira impressa, garantin-
do a autenticidade do documento. Pra-
ticidade, segurança e comodidade para 
o condutor são algumas das vantagens 
da versão digital, cujo valor jurídico é 
o mesmo do documento impresso. A 
CNH Digital só pode ser gerada para 
quem tem a última versão da CNH im-
pressa, que conta com um QR Code na 
parte interna. O código está disponível 
nos documentos de habilitação emiti-
dos a partir de 02 de maio de 2017.
Antes de baixar o aplicativo, o condutor 
deve ter um número de celular e um 
endereço de e-mail cadastrado na base 
do Departamento Nacional de Trânsito 
(Denatran). Para isso, as opções são as 
seguintes: cadastrá-las diretamente 
pelo site do Detran/SC ou dirigir-se à 
Ciretran ou ao CFC de seu município 
para atualizar o número de celular e 
o endereço de e-mail, e após realizar 
um cadastro no Portal de Serviços do 
Denatran; ou, ainda, para quem possui 
certificação digital, comunicar todos 
os dados diretamente no Portal do 
Denatran.
O diagrama abaixo exemplifica o 
processo:
Fonte: Detran-SC
http://www.detran.sc.gov.br/informacoes/cnh-habilitacao/cnh-digital
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 45
A versão impressa continuará sendo 
emitida normalmente, mas o condutor 
poderá dirigir apenas com a CNH Digital. 
Nesse caso, deverá atentar para o funcio-
namento de seu smartphone, já que, para 
efeitos de fiscalização, se o aparelho es-
tiver descarregado ou com defeito, será 
considerado que a CNH não está sendo 
portada, cabendo a autuação pelo artigo 
232 (conduzir veículo sem os documen-
tos de porte obrigatório), uma infração 
leve que prevê multa de R$ 88,38, três 
pontos na CNH e retenção do veículo até 
a apresentação do documento.
A CNH Digital é acessível off-line, sem 
necessidade de conexão wi-fi ou dados 
móveis habilitados.
A CNH Digital constitui a versão eletrô-
nica da Carteira Nacional de Habilitação 
e possui o mesmo valor jurídico do do-
cumento impresso, portanto o condutor 
ao ser abordado em uma fiscalização de 
trânsito, ou em qualquer outra situação 
na qual o Policial Militar requisite a 
apresentação do documento de habilita-
ção, este poderá ser exibido no aparelho 
de telefone móvel cadastrado pelo con-
dutor, não há possibilidade de impressão 
do documento de habilitação, como no 
caso do CRLVe.
A CNH Digital tem o mesmo layout do 
documento físico, em frente e verso, 
apresentando todas as informações 
contidas no modelo impresso da CNH, 
a autenticidade da CNH Digital poderá 
ser verificada através do aplicativo 
VIO, ou pelo aplicativo FISCALIZAÇÂO 
DENATRAN (disponível apenas para 
agentes de segurança pública, e pode 
ser solicitado via canais competentes 
ao INOVA PMSC) disponibilizado gra-
tuitamente pelo SERPRO, disponível 
para aparelhos smartphones no Google 
Play e na App Store, ou através de 
consulta direta aos sistemas informa-
tizados, no caso de Santa Catarina, o 
DetranNet.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 46
Por intermédio da Resolução CON-
TRAN nº 598, de 24 de maio de 2016 e 
suas alterações, passou a ser obrigatória 
a inserção de código de barras bidimen-
sional (Quick Response Code – QR Code) 
nas respectivas CNH’s a fim de possibi-
litar a conexão direta do documento ao 
sistema RENACH, sem necessidade de 
digitação das informações do condutor 
pelo agente de trânsito para este acesso.
De forma sucinta, o Quick Response Code, 
popularmente conhecido simplesmente 
por QR Code, é um código de barras 
bidimensional que pode ser digitalizado 
pela maioria dos aparelhos celulares que 
possuam câmera fotográfica ou mesmo 
por aplicativos específicos, como é o caso 
do QR Code utilizado na CNH.
Esse código, após a decodificação, passa 
a ser um trecho de texto ou mesmo um 
link que irá redirecionar o acesso ao 
conteúdo disponibilizado de forma online 
na rede mundial de computadores.
A vantagem deste tipo de codificação é 
o seu layout visual, que permite o arma-
zenamento de uma quantidade signifi-
cativa de caracteres e facilita o acesso 
à informação, bem como a sua inserção 
em documentos, textos impressos, entre 
outros, com a segurança de que as infor-
mações inseridas não estejam corrom-
pidas quando forem acessadas como, 
por exemplo, um endereço eletrônico 
faltando caracteres, o que impede o seu 
acesso pelo usuário.
Por sua vez, o aplicativo utilizado como 
interface de acesso à versão eletrônica 
da CNH, permite visualizar a frente e o 
verso da respectiva CNH, bem como o 
QR Code personalizado para o condutor; 
além de exportar e compartilhar, quando 
disponível acesso à internet, o arquivo 
da CNH (por e-mail e até pelo aplicativo 
WhatsApp) para que seja utilizado em 
qualquer situação que se exija um docu-
mento autenticado.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 47
O acesso ao referido aplicativo e suas 
informações poderá ocorrer ainda que 
não haja conexão com a internet (acesso 
off-line). Tal acesso, inclusive, não coloca 
em risco a segurança dos dados, uma 
vez que o aplicativo serve tão somente 
como plataforma de consulta dos dados 
da CNH, mas as autoridades e agentes 
de trânsito permanecerão verificando 
as informações apresentadas junto aos 
sistemas internos de controle (Sistemas 
RENAVAM, RENACH, etc..), através do 
DetranNet,ou até mesmo pelo aplicati-
vo FISCALIZAÇÃO DENATRAN.
Resumindo, o agente de trânsito, no 
momento da abordagem do condutor, 
lançará mão do aplicativo FISCALI-
ZAÇÃO DENATRAN, que por meio 
de acesso on-line, possibilita o acesso 
direto às informações disponíveis nos 
sistemas internos de controle (Sistemas 
RENAVAM, RENACH, etc..) ou se utili-
zará, via CRE, dos acessos já utilizados 
para a verificação da autenticidade do 
documento e/ou confirmação das infor-
mações apresentadas.
Decorrente das dúvidas apresentadas 
pelos Policiais Militares foi realizada 
uma consulta oficial ao DENATRAN que 
prestou seus esclarecimentos através da 
Nota Técnica nº 1002/2017/CGIJF/DE-
NATRAN/SE-MCIDADES, em Processo 
nº 08650.024504/2017-29, do qual tam-
bém é interessada a Polícia Rodoviária 
Federal.
De forma resumida e buscando dar 
praticidade a instrução, procuraremos 
descrever a atuação do Policial Militar 
quando da abordagem de um veículo no 
qual o condutor apresente a CNH Digi-
tal, ao invés do documento físico.
Quando o condutor relatar ao Policial 
Militar que possui a CNH Digital deve-
rá ser possibilitado a este que abra o 
aplicativo correspondente no telefone 
móvel do condutor, e que deve ter 
sido previamente cadastrado junto ao 
órgão executivo de trânsito do Estado 
(DETRAN).
Orienta-se que o agente de fiscalização 
deve, sempre que for possível, evitar ter 
contato com o aparelho (resguardando-
-se para o caso de queda ou qualquer 
outro evento que possa causar dano ao 
bem alheio).
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 48
Caso o Policial Militar tenha o 
FISCALIZAÇÃO DENATRAN 
instalado em seu smartphone, 
pode fazer uso deste aplicativo 
para ler o QR Code da CNH Digi-
tal confirmando as informações 
nela contidas, que são as de 
praxe quando da verificação da 
CNH impressa oficialmente.
Deste modo, o agente de trân-
sito no momento da abordagem 
do condutor, deverá digitalizar o 
QR Code apresentado, que por 
sua vez promoverá a consulta 
automática nos bancos de dados 
do sistema interno de controle 
(RENACH) a fim de possibilitar 
a verificação da existência de 
alguma restrição administrativa 
ativa no prontuário do condutor.
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 49
Deve-se atentar que o aplicativo FIS-
CALIZAÇÃO DENATRAN depende de 
acesso online para consulta aos dados do 
condutor, bem como, para consulta de 
eventuais autuações e demais restrições 
administrativas, exatamente nos moldes 
da atual sistemática adotada, garantindo 
que as atualizações inseridas pelos 
DETRAN’s sejam divulgadas a todos 
os integrantes do Sistema Nacional de 
Trânsito o mais breve possível.
Se não possuir o aplicativo ou não for 
possível o acesso on-line ao sistema, 
deverá ser realizado contato via CRE 
para acesso via sistema DetranNet, 
a fim de confirmar as informações da 
CNH Digital.
Caso não seja verificado, no veículo 
abordado nenhuma infração de trânsi-
to ou esta infração não ensejar a apli-
cação da medida administrativa pre-
vista no art. 269, III, os procedimentos 
serão os normalmente já adotados 
pelos agentes de trânsito, em confor-
midade com os Manuais Brasileiros de 
Fiscalização de Trânsito.
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Aplicação da medida administrativa:
Recolhimento do Documento de Habilitação
São dezenove as infrações que preveem 
as medidas administrativas de recolhi-
mento do documento de habilitação.
 O Manual Brasileiro de Fiscalização de 
Trânsito (MBFT) estabelece que o reco-
lhimento do documento de habilitação 
tem por objetivo imediato impedir a 
condução de veículos nas vias públicas 
enquanto perdurar a irregularidade 
constatada, e deve ser efetuado median-
te recibo, sendo que uma das vias será 
entregue, obrigatoriamente, ao condutor 
e o documento ficará sob custódia do ór-
gão ou entidade de trânsito responsável 
pela autuação até que o condutor com-
prove que a irregularidade foi sanada.
Sanada a irregularidade, a restituição do 
documento de habilitação se dará sem 
qualquer outra exigência.
O recibo expedido pelo agente não 
autoriza a condução do veículo, o docu-
mento de habilitação deverá ser enca-
minhado ao órgão executivo de trânsito 
responsável pelo seu registro. 
Caso o condutor não compareça ao 
órgão ou entidade de trânsito responsá-
vel pela autuação em até 5 (cinco) dias 
da data do cometimento da infração, o 
documento será encaminhado ao órgão 
executivo de trânsito responsável pelo 
seu registro.
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Com relação às 19 infrações que deter-
minam o recolhimento da CNH/PPD/
ACC, e considerando que devemos cum-
prir o determinado no MBFT e restituir o 
documento assim que sanada a irregula-
ridade, temos uma situação fatídica que 
resulta no seguinte cenário:
1. O documento de habilitação somente 
será efetivamente recolhido em caso 
de infração penal (documento falso ou 
falsificado); e 
2. Em apenas 05 (cinco) infrações de 
trânsito, considerando que as demais 
infrações o saneamento da irregulari-
dade é automático, pois com a abor-
dagem cessa a conduta infracional, as 
cinco infrações que causam o recolhi-
mento são as infrações aos seguintes 
artigos do CTB:
162 II - com Carteira Nacional de 
Habilitação, Permissão para Dirigir ou 
Autorização para Conduzir Ciclomotor 
cassada ou com suspensão do direito 
de dirigir;
162 V - com validade da Carteira Na-
cional de Habilitação vencida há mais 
de trinta dias; (devendo o prazo tam-
bém ser entendido para PPD e ACC)
165 - Dirigir sob a influência de álcool 
ou de qualquer outra substância psi-
coativa que determine dependência;
165 A - Recusar-se a ser submetido a 
teste, exame clínico, perícia ou outro 
procedimento que permita certificar 
influência de álcool ou outra substân-
cia psicoativa, na forma estabelecida 
pelo art. 277;
244 I - Conduzir motocicleta, motoneta 
e ciclomotor, sem usar capacete de 
segurança com viseira ou óculos de 
proteção e vestuário de acordo com 
as normas e especificações aprovadas 
pelo CONTRAN.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL 
| APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 52
Nos casos em que há previsão de reco-
lhimento do documento de habilitação, 
sendo este apresentado em modelo 
físico em papel moeda, deverão ser 
realizados os procedimentos até então 
adotados normalmente, porém em si-
tuação de apresentação do CNH Digital, 
fica impossibilitado o recolhimento do 
documento, e é justamente nestes casos 
que afloram as dúvidas.
Em resposta ao questionamento sobre 
a atuação do agente de trânsito nestes 
casos o DENATRAN respondeu da se-
guinte forma, verbo ad verbum:
5. No que concerne ao questionamento 
apresentado nas alíneas “a” e “b”, 
esclarecemos que as providências 
sistêmicas estão sendo adotadas por 
este DENATRAN a fim de que seja 
possível ao agente de trânsito inserir 
a restrição administrativa de“CNH 
Retida” junto ao Sistema RENACH em 
tempo real, no momento da aborda-
gem ao condutor.
6. Já em relação ao questionamento da 
alínea “c”, esclarecemos que o aplica-
tivo de consulta da versão eletrônica 
encontra-se em constante atualiza-
ção, sendo que a versão atual já pos-
sui atualização sistêmica que atende 
as situações de aplicação da medida 
administrativa de recolhimento da 
CNH eletrônica, previstas no CTB.
7. Desta forma, nas situações em que o 
condutor está com a respectiva CNH 
cassada ou suspensa, o aplicativo 
da CNH-e informa na tela a medida 
administrativa aplicada ao caso, de 
modo a garantir que não seja utili-
zada como instrumento de burla da 
fiscalização de trânsito.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL 
| APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 53
Em análise a resposta exarada restou 
esclarecido, que o DENATRAN deveria 
desenvolver uma solução sistêmica 
que permitisse ao agente de trânsito o 
cadastramento da medida administrativa 
adotada no momento da abordagem ao 
condutor, desta forma em caso de nova 
abordagem o condutor ao apresentar a 
CNH Digital, o sistema já faria um alerta 
com relação à situação verificada, o que 
na prática não ocorreu e, portanto não há 
como inserir essa restrição no sistema.
Tal integração garantiria, por exemplo, 
que uma restrição administrativa recém 
inserida no sistema (v.g. recolhimento 
virtual da CNH em face da autuação 
por embriaguez ao volante) pudesse ser 
consultada por outro agente, logo em 
seguida, em local distinto, a fim de garan-
tir o seu efetivo cumprimento.
Também, restou ululante, que em 
nenhuma hipótese haverá a retenção, 
apreensão, confisco ou qualquer outra 
atitude com relação ao aparelho móvel 
apresentado pelo condutor.
Ressalte-se que ainda não foi relatado 
data ou prazos para a entrada em ação 
deste sistema de inserção da medida 
administrativa.
Deste modo até que seja possível a in-
serção no respectivo sistema da medida 
administrativa, fica o Policial Militar im-
pedido de cumpri-la, fato este que deve 
ser consignado no Auto de Infração de 
Trânsito (AIT). 
Porém o sistema PMSC Mobile permite 
a lavratura do Recibo de Recolhimento 
de Documento de Trânsito (RRDT), o 
que deve ser feito, mesmo sem a possi-
bilidade de recolhimento do documento 
físico, pois este procedimento será enca-
minhado ao SADE e ficará registrada a 
aplicação da medida administrativa.
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 54
Orientações Gerais
A possibilidade de compartilhamento ou 
mesmo impressão do arquivo da CNH 
Digital já devidamente autenticado, não 
exime a responsabilidade do condutor 
em apresentar a respectiva CNH origi-
nal, seja na versão oficial impressa em 
papel-moeda, seja na versão eletrônica 
(na tela do smartphone), em consonância 
com o que determina o artigo 159 do 
Código de Trânsito Brasileiro - CTB. Se-
não vejamos:
Art. 159 A Carteira Nacional de Ha-
bilitação, expedida em modelo único 
e de acordo com as especificações do 
CONTRAN, atendidos os pré-requisitos 
estabelecidos neste Código, conterá 
fotografia, identificação e CPF do 
condutor, terá fé pública e equivalerá 
a documento de identidade em todo o 
território nacional.
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão 
para Dirigir ou da Carteira Nacional de 
Habilitação quando o condutor estiver 
à direção do veículo.
[...]
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação 
e a Permissão para dirigir somente 
terão validade para a condução de veí-
culo quando apresentada em original.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL 
| APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL 
| APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 55
A existência da nova modalidade (CNH 
Digital) não dispensa o seu porte, nem 
cria a opção de que ela seja substituída 
por documento autenticado, ainda que 
este documento seja gerado pelo próprio 
aplicativo oficial de consulta.
Em outras palavras, se no momento da 
abordagem o condutor não possuir a 
respectiva versão ORIGINAL, física (em 
papel moeda) ou eletrônica da CNH (ins-
talada no celular apresentado ao agente 
de trânsito), este não poderá solicitar a 
terceiros o envio via whatsapp, e-mail 
ou qualquer outro meio eletrônico do 
arquivo da CNH autenticado ou mesmo 
realizar seu download (do documento 
autenticado) de banco de dados em nu-
vem, a fim de suprir tal ausência. 
Nesta situação, o condutor deverá ser 
autuado pelo cometimento da infração 
de trânsito prevista no artigo 232, do 
CTB, devendo o veículo ser retido até a 
apresentação do documento ORIGINAL, 
físico ou eletrônico, ou liberado para 
outro condutor devidamente habilitado.
Caberá também autuação se o condutor, 
que por questões de defeito ou falta de 
bateria no smartphone não conseguir 
apresentar a CNH Digital.
É importante ressaltar que a possibili-
dade de compartilhamento ou mesmo 
a impressão do documento com auten-
ticação digital objetivou, tão somente, 
fornecer ao condutor uma solução 
tecnológica e gratuita de acesso à CNH 
para uso em situações cotidianas, onde 
é necessário a fotocópia de um docu-
mento físico.
Podemos citar como exemplos dessas 
situações: abertura de contas bancárias, 
realização de cadastros comerciais, 
entre outros. 
Uma vez que a versão eletrônica da 
Carteira Nacional de Habilitação 
possui o mesmo valor jurídico da 
CNH impressa, conforme disposto no 
artigo 2º da Portaria DENATRAN nº 
1.657/2018, este pode ser plenamente 
utilizado como documento de identi-
ficação civil - em consonância com o 
disposto no artigo 159, do CTB e orien-
tação exarada pela Advocacia-Geral 
da União, no Parecer nº 00266/2017/
CONJUR-MCID/CGU/AGU.
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 56
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL | CONCLUSÃO
Pelo anteriormente exposto, o Policial 
Militar deverá, quando da abordagem ao 
veículo e apresentação de documento de 
habilitação, sempre adotar a prática de pro-
curar, via os meios tecnológicos possíveis, 
verificar a autenticidade e/ou veracidade 
do documento apresentado, seja através 
do app FISCALIZAÇÃO DENATRAN ou de 
consulta ao sistema DetranNet.
A medida administrativa de recolhimen-
to do documento de habilitação (CNH/
PPD/ACC) se dá efetivamente nos se-
guintes casos:
1. Documento falso ou falsificado, o que 
enseja medidas criminais (Art. 298 e/
ou 304 do Código Penal);
2. Infração aos artigos 162 II (CNH/
PPD/ACC suspensa ou cassada) e 162 
V (CNH/PPD/CNH vencida), neste 
caso não é necessário o prazo de 
05 (cinco) dias, considerando que o 
condutor não conseguirá regularizar 
a situação, devendo ser informado via 
ofício imediatamente ao DETRAN/
CIRETRAN;
Conclusão
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 57
3. Infração aos artigos 165 e 165-A, no 
qual deverá ser adotado os procedi-
mentos do item 01 ou 03 acima.
4. Infração do art. 244, I (condutor de 
motocicleta sem capacete), no qual se 
dará a imediata restituição do docu-
mento, assim que sanada a irregulari-
dade, o que na maioria dos casos ocor-
re logo após a abordagem ou conforme 
o caso, encaminhar o documento após 
o prazo de 05 (cinco) dias.
A inovação proposta aos procedimentos 
já adotados, é o recolhimento virtual 
do documento de habilitação, através 
da inserção no sistema PMSC Mobile, e 
registro junto ao SADE, e posterior libe-
ração do mesmo ao condutor (no caso 
das infrações do art. 165, 165-A e 244 I) 
ou após o prazo de 05 (cinco) dias o en-
caminhamento de um ofício informando 
do recolhimento virtual da CNH/PPD/
ACC ao DETRAN/CIRETRAN, via SGPe, 
para que aquele órgão possa tomar as 
providênciascabíveis.
No caso de constatar infração que deter-
mine a medida administrativa de reco-
lhimento da CNH, desde que seja neces-
sário, conforme as orientações citadas, 
adotar os seguintes procedimentos:
Situação 1
Caso seja apresentado o documento 
físico, atuar normalmente conforme 
as medidas desde sempre adotadas, 
com a confecção do RRDT e inserção 
no SADE do recolhimento e posterior 
liberação ao condutor ou o encami-
nhamento da CNH/PPD ao DETRAN/
CIRETRAN;
Situação 2
Caso o condutor afirmar que não 
porta a CNH/PPD, e também não 
possui a CNH Digital, será autuado 
no art. 232 do CTB, após consulta ao 
sistema informatizado (FISCALIZA-
ÇÃO DENATRAN ou DETRANET), 
permanecendo o veículo retido, até 
a apresentação do documento (físico 
ou eletrônico) ou a apresentação 
de outro condutor devidamente 
habilitado;
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL | CONCLUSÃO
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 58
Situação 3
Se o condutor afirmar que possui a 
CNH Digital, mas por defeito ou falta 
de bateria no aparelho no qual a CNH 
Digital está instalado, não conseguir 
apresentá-lo, será autuado no art. 
232 do CTB, sem prejuízo das demais 
autuações que forem constadas, 
após consulta ao sistema informati-
zado (FISCALIZAÇÃO DENATRAN 
ou DETRANET), permanecendo o 
veículo retido, até a apresentação do 
documento (físico ou eletrônico) ou a 
apresentação de outro condutor devi-
damente habilitado;
Situação 4
No caso de apresentação da CNH 
Digital, até que seja possível inserir no 
sistema a restrição do recolhimento da 
CNH, o Policial Militar deverá constar 
no AIT e no RRDT, e após a lavratura 
do RRDT no sistema PMSC Mobile, 
informar ao condutor que em até 05 
(cinco) dias, este deverá comparecer 
a OPM para regularizar a situação, e 
após este prazo será informado ao DE-
TRAN, via ofício relatando a infração 
e as informações do documento reco-
lhido virtualmente, com o respectivo 
protocolo do SADE, o encaminhamen-
to deste documento se dará via SGPe, 
após o envio deverá ser registrado o 
encaminhamento da CNH/PPD/ACC 
para DETRAN/CIRETRAN no SADE.
FISCALIZAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DIGITAL | CONCLUSÃO
59
Deve ficar claro que a inovação 
tecnológica é primordial para 
avançar em busca da diminuição 
da burocracia e da facilidade do 
acesso aos cidadãos dos serviços 
prestados pelo Poder Público, 
porém com a implantação do 
formato digital dos documentos 
de habilitação e licenciamento do 
veículo, sem a necessária e pru-
dente contrapartida nos meios 
de fiscalização dificultou o exer-
cício operacional das funções do 
Policial Militar como agente de 
trânsito.
Com esta instrução buscamos 
amenizar os problemas encon-
trados, padronizar as ações, mas 
também é necessário buscar as 
ferramentas tecnológicas ne-
cessárias para que a fiscalização 
possa ser eficiente e eficaz.
Para tanto, deve-se buscar uma 
parceria da PMSC e DETRAN 
para integrar a base de dados 
dos registros de RRDT no 
PMSC Mobile, com as informa-
ções do prontuário do condutor 
e do veículo no DETRANET e 
no próprio RENACH e RENA-
VAM, através dos protocolos 
informatizados de transmissão 
de informações.
O uso da tecnologia, também 
deve partir do próprio Policial 
Militar, que deve via os canais 
competentes, buscar a autoriza-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
60
ção para uso do aplicativo FIS-
CALIZAÇÃO DENATRAN, que 
entre outras informações para 
consulta, também disponibiliza 
o leitor de QR Code que como 
vimos é essencial para verificar 
a autenticidade dos documen-
tos, bem como também da nova 
Placa de Identificação Veicular, 
pois esta não é mais lacrada a 
estrutura do veículo e também 
vem com QR Code para veri-
ficação por parte do agente 
fiscalizador. 
Obviamente novas alterações vi-
rão em breve, e este estudo não 
esgota o assunto, apenas visa dar 
uma linha de conduta a seguir, 
obviamente não há como se des-
crever caso a caso prático que 
os Policiais Militares encontram 
diariamente no serviço operacio-
nal, mas procuramos embasar a 
atuação na grande maioria das 
situações, e esperamos contar 
com todos para juntos ampliar-
mos nossos conhecimentos em 
Legislação de Trânsito.
CONTATO
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Caso você tenha dúvidas em relação ao conteúdo, envie men-
sagem para Secretária EAD. Sua dúvida será encaminhada ao 
coordenador da disciplina e respondida o mais breve possível.
Secretária EAD:
http://enavirtual.sc.gov.br/user/profile.php?id=126380
http://enavirtual.sc.gov.br/user/profile.php?id=126380
Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 62
TÍTULO | TÍTULO SECUNDÁRIO
Referências
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1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Leis/L9503.htm. Acesso em: 20 mar. 
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BRASIL. Lei n. 13.281, de 01 de maio de 2016. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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Disponível em https://infraestrutura.gov.br/
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Instrução de Revitalização 2020 | Legislação de Trânsito | 63
TÍTULO | TÍTULO SECUNDÁRIO
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https://infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html
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https://infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html
https://infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html
https://infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html
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https://infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html

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