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Módulo 1 - O envelhecimento no contexto das crises sanitárias e o direito à saúde

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1
Direito e Atenção à Saúde 
da Pessoa Idosa
O envelhecimento no 
contexto das crises 
sanitárias e o direito 
à saúde
1
2
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
SAIS - Área 2-A -70610-900 - Brasília, DF
Conteudista:
Paulo Adão de Medeiros (Conteudista, 2021). 
Diretoria de Desenvolvimento Profissional. 
3
Sumário
Unidade 1 – Epidemiologia do envelhecimento e crises sanitárias ....................................4
1.1 Transição demográfica e epidemiológica ...................................................................................................4
1.2 Crises sanitárias e a população idosa como grupo de risco no Brasil ..............................................9
1.3 Os serviços de atendimento à pessoa idosa e as perspectivas em cenários pós crises sanitárias............10
Referências ..................................................................................................................................................................13
Unidade 2 – O modelo de atendimento vigente no Brasil e seus limites ..........................17
2.1 A pessoa idosa na perspectiva dos Direitos Humanos .........................................................................17
2.2 A pessoa idosa como um sujeito de direitos .............................................................................................17
2.3 O direito à saúde no Brasil ..............................................................................................................................18
Referências ..................................................................................................................................................................21
4
O envelhecimento no contexto das 
crises sanitárias e o direito à saúdeMÓ
D
U
LO
1
Unidade 1 – Epidemiologia do envelhecimento e 
crises sanitárias
1.1 Transição demográfica e epidemiológica
Quem já não ouviu falar que o mundo todo está envelhecendo? A mídia, um olhar mais atento pelos 
locais que frequentamos, as nossas conversas informais e mesmo o contexto profissional mostram 
essa realidade todos os dias. Talvez um dos motivos de você buscar esse curso seja justamente para 
compreender melhor esse fenômeno, pois percebeu que essa é uma tendência que veio para ficar e que 
vai exigir preparação.
Para iniciar os estudos vamos trabalhar alguns conceitos muito importantes que nos explicam os 
motivos da população estar envelhecendo, bem como alguns padrões de doenças e mortalidade que 
acometem as pessoas atualmente.
Avatar do Professor João.
Fonte: br.freepik.com
A palavra demografia refere-se à ciência que estuda a dinâmica populacional humana e, nesse 
sentido, entende-se por transição demográfica a “oscilação das taxas de crescimento e 
variações populacionais”. Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson 
(1887-1973) para contestar matematicamente a Teoria Demográfica Malthusiana, a qual 
definia que não há um crescimento acelerado e contínuo da população, mas sim oscilações 
periódicas, que alternam crescimentos e desacelerações demográficas, podendo envolver, 
inclusive, estágios de estabilidade.
5
Portanto, a alta fecundidade do passado (principalmente após a Segunda Guerra Mundial) 
aliada à redução da mortalidade em todas as idades, resultou em um grande crescimento 
populacional. Atualmente a manutenção crescente da expectativa de vida aliada à redução das 
taxas de fecundidade (menor número de crianças e jovens) acarreta em aumento na proporção 
de pessoas idosas na sociedade, que atingem idades cada vez mais avançadas (longevidade). 
Para demonstrar o que esse envelhecimento populacional significa em termos demográficos a tabela abaixo 
apresenta alguns dados e projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) a nível mundial.
População absoluta e relativa de 60 anos e mais; 65 anos e mais; e 80 anos e mais no mundo, nos anos 
selecionados, entre 1950 e 2100. 
Fonte: Organização das Nações Unidas apud Alves (2019).
Assim, você pode perceber que o número de idosos de 60 anos e mais era de 202 milhões (8% da população) 
em 1950, passou para 1,1 bilhão (13,5% da população) em 2020 e deve alcançar 3,1 bilhões (28,2%) em 
2100, o que representa um crescimento absoluto de 15,2 vezes. 
1.1.2 Envelhecimento populacional em números 
Portanto, quando falamos em transição demográfica estamos nos referindo à ocorrência de uma 
mudança na proporção dos diversos grupos etários que compõem o total da população. Atualmente, 
essa alteração corresponde ao aumento percentual dos idosos na população e a consequente diminuição 
dos demais grupos etários, principalmente crianças e jovens.
Essa transição acontece em estágios que ocorrem em determinada população. No desenvolvimento das so-
ciedades modernas alguns fatores foram responsáveis pela queda nas taxas de mortalidade e fecundidade: 
Diminuição da mortalidade: melhoria das condições sanitárias (saneamento básico); avanços científicos e 
tecnológicos (saúde); tecnologia na produção de alimentos; e desenvolvimento industrial, econômico e social.
Diminuição da fecundidade: aumento da escolaridade e inserção da mulher no mercado de trabalho; difusão 
dos métodos contraceptivos; aumento dos custos e acelerado ritmo de vida.
1.1.1 Quais são as causas dessa transição?
6
Como você pode verificar, esses dados são impressionantes e demonstram que atingir a idade avançada 
deixou de ser privilégio de poucos e se tornou uma expectativa realista nas várias regiões do mundo. 
De acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos próximos 30 anos 
(em 2050) as pessoas com 60 anos ou mais representarão praticamente 30% da população brasileira. Esse 
fato contribui para uma inversão da pirâmide etária em que a base (representando os mais jovens) vem 
estreitando e o topo (representando os mais idosos) vem alargando.
Gráfico representando a pirâmide etária brasileira no ano de 2050.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2016).
Você sabia?
A cada segundo, duas pessoas no mundo celebram 60 anos de vida. 
Hoje existem mais pessoas com mais de 60 anos do que crianças com menos 
de cinco anos. 
Até 2050 a faixa etária de mais de 60 anos constituirá 30% da população 
em 64 países. A maioria dos países desenvolvidos estarão nessa lista, mas 
também a maior parte da América Latina, do Caribe e grande parte da Ásia, 
incluindo a China. 
A essa altura os indivíduos com mais de 60 anos formarão um bloco mundial 
de mais de dois bilhões de pessoas que superará em número os menores de 
15 anos de idade 
O número de centenários irá crescer dez vezes no mundo, passando de 
300.000 em 2011 para 3,2 milhões até 2050. 
Fonte: UNFPA (2012) e UN/DESA (2013).
7
Outro indicador interessante a ser observado para ilustrar o envelhecimento populacional é a expectativa 
de vida. De acordo com o IBGE, uma pessoa nascida no Brasil em 1940 tinha a expectativa de viver, em 
média, apenas 45,5 anos. Já no ano de 2019 esse indicador foi de 76,6 anos, em média, demonstrando que 
a esperança de vida aumentou 31,1 anos. E a longevidade feminina é, em média, sete anos acima da dos 
homens, conforme você pode observar no gráfico abaixo:
Gráfico representando a evolução da expectativa de vida ao nascer da população 
brasileira do ano de 1940 a 2019.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Gráfico representando a comparação do tempo em anos que alguns países levaram para 
passar de 10% para 20% da população idosa.
Adaptado de: Revista Pesquisa FAPESP nº254, a partir de dados da OMS.
1850
1995
1940
2015
2010
2035
1881
1970
1970 
1995
2020
2055
2000
2025
FRANÇA SUÉCIA EUA ÍNDIA JAPÃO BRASIL CHINA
25 anos25 anos25 anos
35 anos
75 anos
89 anos
145 anos O RÁPIDO AVANÇO DOS IDOSOS
As barras abaixo indicam o tempo que levou para a proporção 
de idosos passar de 10% para 20% da população
FONTE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
Veja a comparação do aumento da longevidadeentre os países
A cada ano 1 milhão de idosos são incorporados à estrutura etária brasileira e em 2050 o Brasil será a 6ª nação com 
maior número de idosos. Portanto, o aumento da população idosa vem ocorrendo muito rapidamente em comparação 
aos outros países, que tiveram mais tempo de se organizar para receber esse grande contingente de idosos em 
suas sociedades. Por exemplo, a França levou 145 anos para passar de 10% para 20% da proporção de idosos na 
população e o Brasil levará apenas 25 anos, exigindo medidas urgentes da gestão pública, conforme gráfico. 
8
Ainda, a expectativa de vida saudável, a qual se configura nos anos em que as pessoas podem esperar viver 
a mais com boa saúde, também aumentou no âmbito mundial. No entanto, devido ao fato de o aumento da 
expectativa de vida saudável ser menor do que o da expectativa de vida em geral, muitas pessoas também 
vão experimentar um período mais longo de incapacidade. Nesse sentido se torna um desafio para as 
políticas públicas fazer com que esses anos adicionais sejam vividos com qualidade. 
Portanto, ocorrem em conjunto transformações na composição etária e no modo como a população adoece 
e morre. Este processo acontece em 3 mudanças básicas: i) substituição das doenças transmissíveis por 
doenças não transmissíveis e causas externas; ii) maior carga de morbimortalidade dos grupos etários mais 
jovens aos grupos mais idosos; iii) transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para 
outra em que a morbidade é dominante.
Nas últimas décadas, os óbitos deixaram de ser principalmente uma questão infantil e passaram a ser uma 
questão gerontológica. Essa situação demonstra avanços das condições sociais e sanitárias, ou seja, é algo 
positivo, pois as pessoas estão adoecendo e morrendo menos em idades precoces, e progressivamente, 
atingindo idades mais avançadas.
As principais causas de mortalidade entre os idosos são as doenças crônicas não transmissíveis com 
destaque para as doenças do aparelho circulatório (incluindo as cardíacas e cerebrovasculares) e 
neoplasias. E com o crescimento acentuado do grupo de idosos octogenários, o país vai se deparar cada 
vez mais com o elevado número de casos de demência, fratura proximal do fêmur e sequelas de acidente 
vascular cerebral.
No entanto, cabe ressaltar que existem diferenças nos padrões de morbimortalidade entre as cinco 
regiões geográficas e que o Brasil não vem apresentando uma transição epidemiológica clássica, 
pois novos e velhos problemas em saúde estão coexistindo, com destaque para as doenças crônico-
degenerativas, embora as doenças transmissíveis ainda desempenhem um papel importante no perfil 
da população.
Conforme indica a Política do Envelhecimento Ativo, o processo de transição demográfica coincide com 
outras tendências globais convergentes e interdependentes que estão moldando nosso futuro. Assim, todos 
os países terão que encontrar estratégias para responder a essas questões de maneira inclusiva, sem criar 
desigualdade entre gerações, grupos sociais e nações. São tendências tais como: Urbanização; Globalização; 
Revolução Tecnológica; Migração; Mudanças Ambientais e Climáticas; Desigualdades Sociais etc.
Para sintetizar o que foi apresentado, indicamos que você assista um vídeo 
curto do Dr. Alexandre Kalache, grande estudioso da área. Segundo ele, 
todas essas modificações caracterizam a Revolução da Longevidade: Até 
2050, o Brasil terá mais de 30% de idosos
Entende-se por transição epidemiológica as modificações ocorridas no tempo nos padrões de 
morbidades, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que geralmente 
ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas.
Agora que você já aprendeu sobre o processo de transição demográfica, é importante conhecer outro 
conceito com o qual este possui estreita ligação, que é a transição epidemiológica. 
1.1.3 Transição Epidemiológica
https://www.youtube.com/watch?v=MI43UyFfaOI&t=131s
https://www.youtube.com/watch?v=MI43UyFfaOI&t=131s
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10074/1/NT_73_Disoc_Estimativa da populacao em situacao de rua no Brasil.pdf
9
Nesse tópico você aprendeu que a transição demográfica 
trouxe uma mudança no perfil etário e epidemiológico da 
população. O envelhecimento populacional não é só uma 
responsabilidade individual, e suas implicações atingem 
toda a sociedade. Um prognóstico comum entre os geron-
tólogos é de um declínio continuado de mortes prematuras, 
levando a um padrão de morte natural ao fim de um perío-
do natural de vida, ou seja, espera-se uma continuação nos 
ganhos da esperança de vida. Essa Revolução da Longe-
vidade demanda que repensemos radicalmente o curso de 
vida e que questionemos premissas há muito estabelecidas 
sobre estereótipos ligados ao envelhecimento, incluindo as 
definições de aposentadoria e de cuidados na velhice. 
1.2 Crises sanitárias e a população idosa como grupo de risco no Brasil
Podemos considerará-las emergências em saúde pública que se agudizam acarretando doenças e mortes 
à grande parcela da população em todo o mundo com repercussões sociais e econômicas. Nesse aspecto 
duas terminologias tornam-se importantes elucidar:
De acordo com o epidemiologista Roberto Medronho, a Epidemia é a elevação brusca, inesperada 
e temporária da incidência de determinada doença, ultrapassando os valores esperados para a 
população no período em questão. Já a Pandemia é a ocorrência epidêmica caracterizada por 
uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações. 
1.2.1 Você sabe o que se considera como crises sanitárias?
As pessoas idosas fazem parte do grupo mais acometido por complicações, a exemplo do coronavírus. 
Altas taxas de mortalidade têm sido associadas a pacientes idosos devido à presença de comorbidades 
e maiores déficits no sistema imunológico,os quais causam um aumento da vulnerabilidade às doenças 
infectocontagiosas, e consequentemente, acarretam prognósticos desfavoráveis. 
Nesse sentido, os mais velhos são impactados por vários aspectos: por serem mais vulneráveis aos efeitos, 
como gravidade da doença e mortalidade; emocionalmente, pelo medo da doença, mas também pelas 
outras consequências psicológicas; socialmente, já que como público mais suscetível, as medidas restritivas 
e de precaução, como por exemplo o isolamento social, são mais intensas. 
1.2.2 Você sabe o motivo pelo qual a população idosa é grupo de risco?
10
As crises pandêmicas acarretam sem dúvida, em grande impacto para as pessoas idosas e seus familiares. 
Porém, também ao colocar o envelhecimento em pauta na nossa sociedade, torna-se uma excelente 
oportunidade para a mobilização, a conscientização e a ação coletiva em defesa dos seus direitos, e para a 
promoção da melhoria das suas condições de saúde e de suporte psicossocial.
1.3 Os serviços de atendimento à pessoa idosa e as perspectivas em ce-
nários pós crises sanitárias
As crises sanitárias que atingem proporções globais trazem enormes desafios para a Saúde Pública, que 
vão além da fase crítica da doença e hospitalização, incluindo lidar com as sequelas físicas e emocionais e 
as repercussões sociais e econômicas que permanecem. 
Os impactos trazem mudanças em todas as áreas e assim buscamos mostrar alguns pontos que merecem 
destaque nesse processo de reconstrução. No entanto, muitos aspectos permanecem incertos e precisam 
ser vivenciados e resolvidos conforme as peculiaridades de cada situação e contexto. Neste sentido, surgem 
algumas tendências de ampliação e continuidade, como: 
Infográfico representando algumas tendências de ampliação e continuidade após as crises sanitárias.
Fonte: Elaborado por Paulo Medeiros em 2021 com base na literatura das referências utilizando imagem do br.freepik.com 
11
• Programas e serviços com o uso de tecnologias em saúde
O isolamento social trouxe grandes desafios para o trabalho das equipes de saúde no modelo tradicional 
presencial. Assim, o uso das tecnologias da comunicaçãoe da informação na saúde, mais conhecida 
como Telessaúde ou Telemedicina, tornou-se importante ferramenta para o tratamento dos pacientes, 
inclusive após altas hospitalares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza essa modalidade de 
tratamento nas suas diretrizes para reabilitação pós infecção. Estudos apontam que a reabilitação remota 
se mostrou uma alternativa eficiente e segura para o tratamento das sequelas da doença. O uso de 
diferentes tecnologias e ferramentas de Telemedicina permitem, por exemplo, a realização de grupos 
virtuais de educação, exercícios a distância, utilização de vídeos educacionais, manuais de instrução ou 
atendimento remoto. 
Portanto, a continuidade do uso da tecnologia na saúde deve permanecer e se ampliar com a devida 
regulamentação e fiscalização sobre os aspectos legais e éticos desta prática. O atendimento online tem 
suas restrições, mas com certeza facilita o acesso de pacientes em áreas distantes e com dificuldade 
de mobilidade. Serão necessários maiores investimentos na estruturação de redes de Internet com alta 
qualidade e o avanço progressivo de programas de acesso da população a equipamentos e à própria 
Internet. Um exemplo interessante do uso da tecnologia em benefício dos pacientes são as vídeo chamadas 
nos hospitais, principalmente em setores de isolamento e terapia intensiva, permitindo o contato com 
familiares e amigos e humanizando o atendimento. 
• Programas e serviços de capacitação profissional 
 As crises sanitárias trazem a necessidade de maior qualificação profissional com a busca 
de capacitação para entender os novos cenários e as novas demandas que se apresentam, sendo 
importante ressignificar as ações de atenção às pessoas idosas, respeitando a heterogeneidade deste 
grupo populacional. Com isso, diversos ambientes virtuais de aprendizagem foram desenvolvidos e/ou 
disponibilizados, com variados conteúdos e linguagem. A valorização oportuna, com destaque ao ensino 
geriátrico e gerontológico na formação profissional, deve ser item obrigatório na matriz curricular das 
profissões, principalmente da saúde. Evolução tecnológica para educação em saúde. 
• Programas e serviços de reabilitação 
As sequelas das infecções são comuns entre os idosos que se recuperam, sendo que os estudos 
demonstram que quanto mais avançada a idade e debilitado o organismo, maior a propensão de sequelas. 
Os principais impactos envolvem sobretudo as funções respiratória e motora, e possuem maior potencial 
de gravidade entre aqueles que já apresentavam comorbidades, estando mais propensos à fragilidade. 
Além disso, após grande período de isolamento; redução das atividades físicas e sociais; e interrupção 
nos cuidados de saúde de várias doenças crônicas, a maioria da população idosa possivelmente apresenta 
prejuízos em sua capacidade funcional. Portanto existe a necessidade de serviços especializados de 
reabilitação por meio de ambulatórios com equipe multiprofissional. 
Telemedicina/Telessaúde
Para a Organização Mundial da Saúde, a Telemedicina pode ser definida 
como a prestação de serviços de saúde por profissionais da área, onde 
a distância é um fator crítico, usando Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) para o intercâmbio de informações válidas para o 
diagnóstico, o tratamento e a prevenção das doenças e lesões; pesquisa e 
avaliação; e para a educação continuada dos profissionais de saúde, tudo 
no interesse de promover a saúde dos indivíduos e suas comunidades. 
No sentido de auxiliar na resolução das demandas trazidas pelas crises sanitárias surge a necessidade da 
estruturação de vários programas ou serviços conforme as explicações que seguem:
12
• Fortalecimento da Atenção Primária 
A Atenção Primária é o primeiro ponto de contato do paciente com o sistema de saúde e nesse sentido a OMS 
ressalta que os serviços de reabilitação localizados onde os pacientes residem são sempre os melhores locais 
para tratamentos de longo prazo. Nessa perspectiva cabe aos gestores prepararem os serviços comunitários 
de saúde e atenção psicossocial para o aumento da demanda das necessidades dos pacientes após uma 
crise sanitária, especialmente da população idosa. Ao analisar esta recomendação sob a ótica da organização 
do Sistema Único de Saúde (SUS), fica evidente a necessidade do fortalecimento da Atenção Primária de 
Saúde (APS) no Brasil, com recursos humanos e materiais para o cuidado adequado das sequelas da doença. 
As equipes da APS ocupam lugar privilegiado ao operarem na lógica do cuidado no território, que é centrada 
no usuário, e por constituírem uma rede de serviços de saúde altamente distribuída no país.
• Programas e serviços com foco na saúde mental 
As experiências traumáticas e sequelas associadas à doença ou morte de pessoas próximas, o estresse 
induzido pela mudança na rotina devida às medidas de distanciamento social seja pelas consequências 
econômicas ou pelas relações afetivas, além da interrupção dos tratamentos de saúde, acarretam 
o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais provocados 
diretamente pela doença ou por seus desdobramentos secundários. Ainda, o convívio prolongado dentro 
de casa também aumentou o risco de desajustes da dinâmica familiar. Além disso, as mortes de entes 
queridos em um curto espaço de tempo, juntamente à dificuldade para realizar os rituais de despedida, 
podem dificultar a experiência de luto, impedindo a adequada ressignificação das perdas e aumentando o 
estresse. Assim, com o aumento de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático na população idosa, 
torna-se necessário a estruturação de serviços e programas de saúde mental. 
• Programas e serviços de inclusão digital 
O isolamento social e a solidão têm sido associados ao aumento de doenças e mortalidade prematura. 
Além disso, sabe-se que a exclusão social está associada a maiores riscos de comprometimento cognitivo, 
depressão e incapacidade funcional. Nesse sentido a resiliência é muito importante como adaptação 
às adversidades, e muitos idosos, com a maior autonomia e independência funcional, têm buscado a 
ressignificação da velhice, adaptando-se aos desafios no uso de novas tecnologias para se aproximar das 
pessoas, resolver problemas, receber cuidados de saúde e lidar com a solidão. Logo serão necessários mais 
serviços e programas de inclusão digital das pessoas idosas para acompanhar as inovações tecnológicas, 
buscando promover a participação na comunidade.
• Programas e serviços de assistência social 
A crise trouxe destaque para esse grupo populacional que merece atenção e prudência, deixando como 
aprendizado, para os períodos de crise e projeção para cenários futuros, o cuidado e atenção com os idosos 
mediante estratégias de apoio e alerta para sinais e sintomas. Aqueles que residem sozinhos precisam contar 
com pessoas de referência para reportar suas necessidades, sentimentos ou relatos de saúde e doença. 
Além disso, as reduções econômicas e o desemprego pioram ainda mais a tensão sobre as famílias. Portanto, 
torna-se necessário maior suporte aos familiares e cuidadores, em adição a políticas públicas eficazes para a 
assistência social dos idosos, tanto na comunidade quanto em instituições de longa permanência. 
• Conheça os 5 R’s da Recuperação 
Uma crise sanitária de proporções gigantescas como uma pandemia também representa uma iminente 
reestruturação da ordem econômica global. A crise revela não apenas vulnerabilidades, mas oportunidades para 
melhorar o trabalho das empresas e serviços. Autores internacionais voltados à gestão dos serviços de saúde 
apontam que a superação de crises deve focar em 5 R’s: Resolução, Resiliência, Retorno, Reimaginação e Reforma.
Caso deseje saber mais, veja no Link: Além do coronavírus: o caminho para o 
próximo normal.
https://www.mckinsey.com/industries/healthcare-systems-and-services/our-insights/beyond-coronavirus-the-path-to-the-next-normal/pt-br
https://www.mckinsey.com/industries/healthcare-systems-and-services/our-insights/beyond-coronavirus-the-path-to-the-next-normal/pt-br13
2° DIA - I Fórum Nacional da Pessoa Idosa: Envelhecimento e seus Desafios no Brasil. Brasília, Df: 
Mulher, Família e Direitos Humanos, 2021. (220 min.), son., color. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=ybZn1qb55ZQ&ab_channel=Mulher%2CFam%C3%ADliaeDireitosHumanos. 
Acesso em: 27 jun. 2022. 
ABEL, T.M. The COVID-19 pandemic calls for spatial distancing and social closeness: not for 
social distancing! Int J Public Health., v. 65, n. 3, p. 231, 2020. 
ALVES, J. E. D. A revisão 2019 da ONU para as projeções populacionais do Brasil. 2019. 
EcoDebate. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2019/06/21/a-revisao-2019-
da-onu-para-as-projecoes-populacionais-do-brasil-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-
alves/. Acesso em: 23 jun. 2022. 
ALVES, J. E. D. O Índice de Envelhecimento no Brasil e no mundo. Portal do Envelhecimento 
e Longeviver, 18 set. 2019. Disponível em: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-
indice-de-envelhecimento-no-brasil-e-no-mundo/. Acesso em: 7 jun. 2021. 
BARRA, R. P.; MORAES, E. N.; JARDIM, A. A.; OLIVEIRA, K. K.; BONATTI, P. C. R.; ISSA, A. C. 
A importância da gestão correta da condição crônica na Atenção Primária à Saúde para o 
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2020. 
BENCIVENGA, L.; RENGO, G.; VARRICCHI, G. Elderly at time of CoronaVirus disease 2019 
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BERG-WEGER, M.; MORLEY, J. E. Loneliness in old age: an unaddressed health problem. J 
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de Solicitação de Teleconsultorias/ Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia e-Saúde para o Brasil. Comitê Gestor da Estratégia 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Informática do SUS. 
Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2018 [recurso eletrônico] - Brasília, 2020. 
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategia_saude_digital_
Brasil.pdf Acesso em: 12 jul. 2021. 
 
Referências
14
CANAL SAÚDE. Sala de Convidados: Telemedicina e Telessaúde. FioCruz, 19 fev. 2019. 
Disponível em: https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/telemedicina-e-
telessaude-sdc-0465 Acesso em: 12 jul. 2021. 
CANAL, R. De qué hablamos cuando hablamos de envejecimiento activo? Interpretaciones 
distintas, propuestas divergentes. In: EZQUERRA, S.; SALANOVA, M. P.; PLA, M., SUBIRATS, 
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17
Unidade 2: Princípios legais do Direito à Saúde da 
pessoa idosa e a perspectiva dos Direitos Humanos
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os direitos da pessoa idosa em relação à cidadania e à saúde.
Você já deve ter ouvido falar, mas sabe o que são Direitos Humanos? De acordo com a Organização das 
Nações Unidas (ONU) “São direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente da sua raça, 
sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Incluem o direito à vida e à liberdade, 
liberdade de opinião e expressão, ao trabalho, educação, entre outros. Todos têm direito a estes direitos, sem 
discriminação”.
Agora que você já conhece o conceito, vamos estudar de que maneira as pessoas idosas estão reconhecidas 
na perspectiva desses direitos fundamentais.
A compreensão e a aplicação dos Direitos Humanos fundamentais evoluem à medida que as sociedades mudam. 
Desta forma, houve grande evolução ao longo do último século, mas ainda há muito a ser feito. A presença cada 
vez mais visível dos idosos, uma melhor compreensão do potencial humano de longevidade e o reconhecimento 
da existência de preconceito etário têm direcionado o foco para a população idosa como grupo que requer 
especificidade legal a fim de proteger e promover direitos de maneira abrangente.
O Brasil, como signatário dos instrumentos internacionais de Direitos Humanos, passou a incorporar a temática 
da pessoa idosa de forma mais assertiva na sua agenda política, coincidindo com o período de redemocratização 
do País (final da década de 80), havendo a incorporação do tema no capítulo referente às questões sociais 
da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/1988), posteriormente destacando-se: a Lei Federal nº 
8.842, de 04 de janeiro de 1994 – Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1994), regulamentada pelo Decreto 
Federal nº 1.948, de 03 de julho de 1996 (BRASIL, 1996), – e a Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 
– Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003).
2.1 A Pessoa Idosa na perspectiva dos Direitos Humanos
A busca pelo Envelhecimento Ativo é uma 
abordagem baseada em direitos, e não em 
necessidades, que reconhece o direito das pessoas à 
igualdade de oportunidades e tratamento em todos 
os aspectos da vida à medida que se desenvolvem, 
amadurecem e envelhecem. Respeita a diversidade 
e cumpre todas as convenções, princípios e acordos 
2.2 A Pessoa idosa como um sujeito de direitos
de Direitos Humanos promulgados pelas Nações 
Unidas, com foco particular sobre os direitos das 
pessoas sujeitas à desigualdade e à exclusão ao 
longo da vida. Reconhece especialmente os Direitos 
Humanos da população idosa, e os Princípios 
das Nações Unidas para o Idoso: independência, 
participação, dignidade, cuidado e autorrealização.
Tá na Lei! 
O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, estabelece que “o 
idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei 
ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de 
sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e 
social, em condições de liberdade e dignidade” (BRASIL, 2003).
18
Além das determinações constitucionais quanto aos direitos e garantias fundamentais que abrangem todos 
os cidadãos, o Estatuto do Idoso, sendo o principal instrumento legal para a proteção específica desse 
segmento da população, determina que desde a atenção da família até a implantação de políticas públicas, 
a defesa dos direitos do idoso é dever de todos, cada parte com sua parcela e obrigações.
Vamos refletir, o direito é do idoso e o dever é de quem? De acor-
do com o art. 3º do Estatuto do Idoso, “é obrigação da família, 
da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao 
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, 
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à 
convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 2003).
Você percebeu que a pessoa idosa é um sujeito de direitos garantidos em várias legislações. Entretanto, deve 
ser vista como protagonista na luta pelo cumprimento destes direitos. Para tanto é necessário capacitar as 
pessoas idosas fazendo com que conheçam os seus direitos e participem da construção da sociedade em 
que estão inseridas. O protagonismo faz parte do envelhecimento ativo estando intimamente ligado com a 
participação em qualquer causa social, cívica, recreativa, cultural, intelectual ou espiritual que dê significado 
à vida e promova sentimento de realização e pertencimento. Isso traz uma nova maneira de compreender 
o cidadão idoso na abordagem baseada em direitos, não mais como sujeito passivo (apenas receptor de 
cuidados), mas como agente das ações a ele direcionadas. Portanto, um cidadão capaz, que deseja e tem 
potenciais para participar da vida em comunidade nos seus diferentes âmbitos. 
Para tanto é preciso estimular esse movimento emancipatório das pessoas idosas com estratégias 
de desenvolvimento pessoal visando sua autonomia enquanto gestores da própria vida, incluindo: 
autoconhecimento; acesso à informação, educação e capacitação; solidariedade intergeracional; divulgação 
dos mecanismos de participação e controle social; estímulo à organização sociopolítica; apoio para 
desmistificação de crenças e encorajamento de habilidades e capacidades.
2.3 O Direito à Saúde no Brasil
Você pode observar que os idosos devem ser resguardados na igualdade de oportunidades e tratamento 
em todos os aspectos da vida, bem como protegidos em suas especificidades. Embora a legislação 
brasileira seja bastante avançada na positivação dos direitos aos idosos, existem muitas dificuldadesna sua 
efetivação, entre as quais o desconhecimento da população em relação ao amplo conjunto de seus direitos e 
mecanismos de acesso. Desse modo, é muito importante que todos os segmentos da sociedade, operadores 
jurídicos e, principalmente, os próprios idosos conheçam seus direitos para exercê-los e reivindicá-los.
19
Tá na Lei! 
Estatuto do Idoso - art. 9º "É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção 
à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um 
envelhecimento saudável e em condições de dignidade" (BRASIL, 2003).
art. 15 "É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em 
conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, 
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que 
afetam preferencialmente os idosos" (BRASIL, 2003).
A saúde é um direito universal no Brasil, atingindo a todos os cidadãos. Assim, independentemente de A 
saúde é um direito universal no Brasil, atingindo a todos os cidadãos. Assim, independentemente de classe 
socioeconômica, a pessoa idosa pode buscar atendimento integral à saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 
o que pressupõe ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. Dentre outras medidas, 
inclui o direito a consultas gerais; à vacinação; ao atendimento fisioterápico e ao odontológico; e à participação 
em grupos especiais de hipertensos e diabéticos, bem como em grupos de terapias complementares para a 
promoção da saúde, incluindo programas de atividades físicas. 
No entanto, o Estatuto do Idoso garantiu a implementação de alguns direitos especiais aos idosos no âmbito 
do SUS. Entre os quais: o atendimento domiciliar quando estiver impossibilitado de se locomover (incluindo os 
idosos residentes em ILPIs), bem como o atendimento preferencial ao idoso (diferenciado e imediato) em relação 
aos demais, logo após a classificação de emergência e urgência (necessidade de intervenção imediata, dado o 
risco iminente ou potencial de morte ou de lesões irreparáveis) utilizada nos ambientes que cuidam da saúde. 
Cabe ressaltar que a Lei nº 13.466, de 12 de julho de 2017, alterou os arts. 3º, § 2º do Estatuto do Idoso, a 
fim de estabelecer a prioridade especial das pessoas maiores de oitenta anos (BRASIL, 2017). Com isso, em 
todo atendimento de saúde os maiores de oitenta anos terão preferência especial sobre os demais idosos, 
exceto em caso de emergência. 
Ainda, a pessoa idosa que necessita de medicamentos de uso continuado tem o direito de recebê-los 
gratuitamente no posto de saúde ou em outro setor da área de saúde do seu município. O infográfico abaixo 
resume as principais especificidades: 
Infográfico representando direitos especiais da população idosa no âmbito do SUS 
Fonte: Construído por Paulo Medeiros com base no Estatuto do Idoso.
Atendimento domiciliar 
(incluindo idosos em ILPIs) Diversos medicamentos gratuitos
Atendimento preferencial 
(diferenciado e imediato)
*exceto em situações de maior 
gravidade de outros usuários
Proibido exigir comparecimento do 
idoso enfermo em orgãos públicos
Proibida discriminação dos 
planos de saúde em função 
da idade
realizar 
em casos de violência
Acompanhante em 
internações hospitalares
Decidir pelo tratamento 
mais favorável
Próteses, órteses e outros 
recursos de reabilitação
20
Apesar da legislação brasileira referente aos cuidados da população idosa ser bastante avançada, na prática 
ainda há muito o que se fazer para que o Sistema Único de Saúde dê respostas efetivas às demandas 
de saúde da população idosa brasileira. Dessa maneira, é de fundamental importância a formulação de 
estratégias de ação capazes de dar conta da heterogeneidade desse grupo e garantir a saúde das pessoas 
idosas.
Em relação à população idosa esse conceito abrangente de saúde reforça essa perspectiva, pois a maioria 
das pessoas com 60 anos ou mais possuem algumas comorbidades. Entretanto, não necessariamente 
devem ser consideradas como não saudáveis, pois o importante é controlar suas doenças e manter a sua 
capacidade funcional, ou seja, as habilidades físicas e mentais necessárias para realização de atividades 
básicas e instrumentais da vida diária.
Pensando assim, para promover saúde, todas as políticas públicas voltadas às pessoas idosas precisam ser 
ampliadas, envolvendo questões relativas à educação, assistência social, cultura, esporte e lazer. E, apesar 
de todas as esferas de governo possuírem suas responsabilidades quanto à efetivação dessas políticas, é 
no âmbito municipal que o idoso vive. Com isso, o Poder Público Municipal é o primeiro e o mais próximo 
promotor de direitos, portanto sua estrutura deve prever um conjunto integrado e multissetorial de ações 
que atendam às necessidades e às características da população idosa local. 
Mas qual o conceito de saúde?
Pode parecer óbvio dizer que uma pessoa está saudável quando não está 
doente, mas o conceito de saúde é mais amplo, principalmente, levando em 
consideração os fatores que podem provocar o surgimento das doenças. Nesse 
sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu “saúde” como um 
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como 
a ausência de doença ou enfermidade. Além disso, a Lei orgânica da saúde 
(n.º 8.080), acrescenta que “a saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento 
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o 
lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais” (BRASIL, 1990).
21
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	Unidade 1 – Epidemiologia do envelhecimento e crises sanitárias
	1.1 Transição demográfica e epidemiológica
	1.2. Crises sanitárias e a população idosa como grupo de risco no Brasil
	1.3. Os serviços de atendimento à pessoa idosa e as perspectivas em cenários pós crises sanitárias
	Referências
	Unidade 2 – O modelo de atendimento vigente no Brasil e seus limites
	2.1 A Pessoa Idosa na perspectiva dos Direitos Humanos
	2.2 A Pessoa idosa como um sujeito de direitos
	2.3 O direito à saúde no Brasil
	Referências

Outros materiais