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DOC-20230315-WA0029

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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESARIAIS
Texto de Apoio
A Contabilidade Pública tem por objectivo a produção e manutenção de registos, bem como evidenciação das transacções realizadas pelos órgãos e instituições do Estado e os seus efeitos sobre o seu património, mantendo registos analíticos e sintéticos dos seus bens, direitos e obrigações, compreendidas as instituições com autonomia administrativa e financeira, bem como as autarquias e empresas do Estado.
1. PRINCÍPIOS
a) Consistência - os procedimentos de um exercício para outro não devem ser alterados;
b) Materialidade - a informação deve apresentar todos os elementos relevantes que permitam o acompanhamento da utilização dos recursos públicos;
c) Comparabilidade - registos e operações efectuados em observância às normas determinadas ao longo da vida dos respectivos órgãos ou instituições, para que os dados possam ser comparados ao longo do tempo e do espaço.
d) Oportunidade - a informação deve ser produzida em tempo oportuno e útil por forma a apoiar a tomada de decisões e a análise da gestão.
2. CRITÉRIO DE ESCRITURAÇÃO, REGIME DE REGISTO, MOEDA E EXERCÍCIO ECONÓMICO
O critério utilizado para os registos dos actos e factos administrativos, no âmbito do SISTAFE, é o princípio das partidas dobradas, no qual todo valor registado a débito (em uma ou mais contas contabilísticas) tem o correspondente valor registado a crédito (em uma ou mais contas contabilísticas).
Para lançamentos dos registos contabilísticos é adoptado o regime misto, aplicando-se para as receitas o regime de caixa e para as despesas o regime de compromisso (ou de competência). A escrituração dos actos e factos administrativos é efectuada em moeda nacional ou em dólar americano (CUT Mult-moeda)
O exercício económico, no âmbito do SISTAFE, coincide com o ano civil, sendo nele considerado:
a) As receitas nele cobradas, que consiste no acto de cobrar, receber ou tomar posse da receita e subsequente entrega ao Tesouro Público;
b) As despesas nele pagas, que consiste no acto de entrega de importância em dinheiro ao titular do documento de despesa;
c) As despesas nele por pagar quando regularmente efectuadas, ou seja, liquidadas.
3. 
PLANO BÁSICO DE CONTABILIDADE PÚBLICA - PBCP
Tem por objectivo a uniformização e sistematização do registo contabilístico dos actos e factos relacionados com execução orçamental, financeira e patrimonial do Estado. O PBCP deve ser adoptado por todas as Unidades do SISTAFE, sendo ele composto por Lista de Contas, Plano de Objectos e Tabela de Operações Contabilísticas.
É de responsabilidade da US do SCP a normalização do PBCP, competindo-lhe:
a) Criar, especificar, desdobrar, codificar e extinguir contas;
b) Criar e adequar o Plano de Objectos e a Tabela de Operações Contabilísticas de modo a atender as necessidades de registo pelas Unidades Executoras dos actos e factos relacionados com a execução do Orçamento do Estado;
c) Emitir instruções sobre a utilização do Plano Básico de Contabilidade Pública, contendo os procedimentos contabilísticos pertinentes;
d) Proceder os ajustes no PBCP, sempre que julgado necessário, observada a sua estrutura básica determinada pela legislação em vigor.
3.1 LISTA DE CONTAS
É a relação de contas contabilísticas adoptadas pela contabilidade pública, organizada de maneira uniforme e sistematizada, a fim de atender aos registos contabilísticos dos actos e factos relacionados à administração dos recursos do Estado pelos seus órgãos e instituições.
A conta corresponde ao título representativo de formação, composição, variação e situação de um património, bem como dos bens, direitos e obrigações e situações nele não compreendidas, que directa e indirectamente possam vir a afectá-lo, exigindo, por isso, controlo específico.
As contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando:
a) Identificar, classificar e efectuar a escrituração contabilística, pelo método das partidas dobradas, dos actos e factos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada;
b) Conhecer a situação dos responsáveis que, de algum modo, arrecadem receitas, efectuem despesas e administrem ou guardem bens pertencentes ou confiados ao Estado;
c) Acompanhar e controlar a execução orçamental, evidenciando a receita prevista, cobrada e recolhida, bem como a despesa autorizada, cabimentada e realizada e, também, as dotações disponíveis;
d) Elaborar os Balanços, Mapas de Controlo Orçamental e as Demonstrações de Resultados;
e) Conhecer a composição e situação do património analisado;
f) Analisar e interpretar os resultados económicos e financeiros;
g) Individualizar os credores e devedores, com a especificação necessária ao controlo contabilístico do direito ou obrigação;
h) Controlar contabilisticamente os direitos e obrigações oriundas de ajustes ou contratos de interesse da gestão;
i) Fornecer informações gerenciais para a tomada de decisão.
3.1.1 ESTRUTURA DAS CONTAS CONTABILÍSTICAS, TIPOS E NATUREZA
As contas contabilísticas são estruturadas por níveis de desdobramento, classificadas e codificadas, de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação orçamental, financeira e patrimonial, compreendendo seis níveis de desdobramento, da seguinte forma:
X. X. X. X. X. XX
				1º Nível: Classe
					2º Nível: Grupo
						3º Nível: Sub-grupo
							4º Nível: Elemento
								5º Nível: Sub-elemento
									6º Nível: Item
Exemplo: Conta – 2.1.1.1.1.06 – Assistência Médica e Medicamentosa
	Níveis
	Conta
	Título dos Níveis
	Classe
	2
	Passivo
	Grupo
	1
	Passivo Circulante
	Sub-grupo
	1
	Retenções de Curto Prazo
	Elemento
	1
	Consignações
	Sub-elemento
	1
	Previdência Social
	Item
	06
	Assistência Médica e Medicamentosa
Além dos seis níveis acima mencionados as contas podem sofrer desdobramentos de acordo com o “Plano de Objectos”, o qual não faz parte da estrutura da conta contabilísticas, e que objectiva individualizar os actos e factos a serem registados, a fim de permitir a qualificação do registo contabilístico.
As contas são, ainda, separadas em “escrituradas”, aquelas que admitem registos, e “não escrituradas”, aquelas que não admitem registos e compreendem o somatório dos valores escriturados nos seus desdobramentos.
 
As contas contabilísticas são também classificadas segundo à sua natureza:
a) Devedoras – lançamentos devedores aumentam seus saldos, em regra são iniciadas por números ímpares;
b) Credoras – lançamentos credores aumentam seus saldos, em regra são iniciadas por números pares;
c) De Redução – deduzem o grupo a que pertencem, sendo a sua natureza contrária às demais do mesmo grupo.
3.1.2 NÍVEL DE DESDOBRAMENTO DAS CONTAS CONTABILÍSTICAS
O primeiro nível representa a classificação máxima na agregação das contas e está desdobrado nas seguintes classes: 
	1 – Activo
	2 – Passivo
	3 – Despesas
	4 – Receitas
	5 - Resultado de Variação Patrimonial Negativa
	6 - Resultado de Variação Patrimonial Positiva
	7 – Contas de Ordem Activas
	8 - Contas de Ordem Passivas
3.1.2.1 ACTIVO 
Classe “1” que inclui as contas correspondentes aos bens e direitos, demonstrando as aplicações de recursos e compreendem os seguintes grupos de contas, dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez:
a) Activo Circulante – as disponibilidades de numerário, os recursos a receber, bem como outros bens e direitos, pendentes ou em circulação, realizáveis até ao término do exercício seguinte;
a. Exemplos: caixa, banco, aplicação financeira, créditos a receber, etc.
b) Activo Realizável a Médio e Longo Prazo – os bens e direitos, normalmente realizáveis após o término do exercício seguinte;
a. Exemplos: créditos diversos a receber, dívida activa, etc.
c) Activo Imobilizado – os activos de carácter permanente, representados pelas imobilizações corpóreas e incorpóreas, bem como as amortizações e reintegrações acumuladas.
a. Exemplos: Bens móveis, imóveis e incorpóreos.
3.1.2.2 PASSIVO 
Classe “2” que inclui as contas relativas às obrigações, evidenciando as origens dos recursosaplicados no Activo, as quais estão dispostas no PBCP em ordem decrescente de grau de exigibilidade e compreendem os seguintes grupos:
a) Passivo Circulante – as retenções de curto prazo, as coberturas de défices de tesouraria, as obrigações a pagar e os valores pendentes, exigíveis até o término do exercício seguinte;
a. Exemplos: consignações, obrigações a pagar, descontos da folha de salário etc.
b) Passivo Exigível a Médio e Longo Prazo – as obrigações exigíveis, normalmente, após o término do exercício seguinte;
a. Exemplos: obrigações a pagar, dívida a pagar, etc.
c) Fundos Próprios – o património da gestão, reservas de capital e outras que forem definidas, assim como o resultado acumulado.
a. Exemplos: Resultado do exercício, reservas, etc.
3.1.2.3 DESPESA 
Classe “3” que inclui as contas representativas dos recursos despendidos na gestão, a serem consideradas no apuramento do resultado do exercício, tendo características de contas de resultado, estando desdobradas nas seguintes categorias económicas:
a) Despesas Correntes - compreende as contas desdobradas em transferências e aplicações directas, despesas com pessoal, bens e serviços, encargos da dívida, subsídios, outras despesas correntes e exercícios findos;
b) Despesas de Capital - Compreende as contas desdobradas em transferências e aplicações directas, de despesas de capital, operações financeiras e outras despesas de capital.
Os códigos das contas de despesas iniciam-se com o número 3, sendo que os demais dígitos correspondem à Classificação Económica da Despesa.
Exemplo:Classificação Económica da Despesa – CED: Vencimento Base do Pessoal do Quadro 
3. 1. 1. 1. 0. 01 – Conta Contabilística: Vencimento Base do Pessoal do Quadro
				Classe - Despesas
					Grupo – Despesas Correntes
						Sub-grupo – Despesas com Pessoal	
							Elemento –Salários e Remunerações
								Sub-elemento - ---Vencimento Base do Pessoal do Quadro
									Item - 
3.1.2.3.1. DESPESA PÚBLICA
Constitui despesa pública todo o dispêndio de recursos monetários, seja qual for a sua proveniência ou natureza, gastos pelo Estado, com ressalva daqueles em que se encontra obrigado à reposição do benefício.
Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia.
As despesas só podem ser assumidas durante o ano económico para o qual tiverem sido orçamentadas, e as dotações orçamentais constituem limite máximo a utilizar na realização de despesas públicas, no corrente exercício.
Como o Orçamento do Estado é anual, as verbas orçamentais não utilizadas em um exercício não poderão ser transferidas para o próximo exercício.
3.1.2.3.2	FASES DA DESPESA PÚBLICA
A realização da despesa compreende três fases:
a) Cabimento – O Cabimento representa a 1ª fase da despesa pública. É definido como acto administrativo de verificação, registo e comprometimento do valor do encargo a assumir pelo Estado. Este acto só pode ser efectuado pelo gestor público se a Unidade Gestora possuir saldo suficiente nas contas denominadas Dotação Disponível e Quota de Limite Orçamental a Utilizar, onde os registos contabilísticos, quando da emissão de um Cabimento, são os seguintes:
Emissão do Cabimento – OC - 23001:
	Código e Título da Conta
	Registo
	Código e Título da Conta
	Registo
	8.2.1.1.0.00 – Dotação Disponível
	D - 
	8.2.1.3.1.00 – Dotação Cabimentada a Liquidar
	C - 
	8.3.1.4.1.00 - Quota de Limite Orçamental a Utilizar
	D - 
	8.3.1.4.2.00 – Quota de Limite Orçamental Utilizada
	C - 
	8.3.1.4.3.00 - Quota de Limite Orçamental a Utilizar - COD
	D - 
	8.3.1.4.4.00 – Quota de Limite Orçamental Utilizada – COD
	C - 
	7.2.4.1.1.00 – Emissão de Nota de Cabimento
	D - 
	8.2.4.1.1.01 – Cabimentos a Liquidar
	C - 
b) Liquidação – A Liquidação da Despesa representa a 2ª fase da despesa pública e é onde se verifica a entrega do bens ou serviços contratados, bem como o apuramento do valor que efectivamente há a pagar para emissão da competente ordem de pagamento. Os registos contabilísticos são:
Liquidação de Despesa – OC – 240XX + Apropriação de Obrigação – OC – 430XX:
	Código e Título da Conta
	Registo
	Código e Título da Conta
	Registo
	3.X.X.X.XX – Despesa 
	D - 
	2.1.X.X.X.XX – Obrigação 
	C - 
	8.2.1.3.1.00 – Dotação Cabimentada a Liquidar
	D - 
	8.2.1.3.2.00 – Dotação Cabimentada Liquidada
	C - 
	8.2.4.1.1.01 – Cabimentos a Liquidar
	D - 
	8.2.4.1.2.01 – Cabimentos Liquidados
	C - 
	8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras
	D - 
	7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR
	C - 
	7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR
	D - 
	8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras
	C - 
c) Pagamento – O Pagamento da Despesa representa a 3ª fase da despesa pública e significa a entrega de uma importância em dinheiro ao titular do documento de despesa, cujos registos contabilísticos são:
Liquidação de Obrigações–OC–440XX + Pagamento - OC - 42004:
	Código e Título da Conta
	Registo
	Código e Título da Conta
	Registo
	2.1.X.X.X.XX – Obrigação 
	D - 
	1.1.1.2.2.00 – Banco CUT
	C - 
	8.2.4.1.2.01 – Cabimentos Liquidados
	D - 
	8.2.4.1.3.01 – Cabimentos Pagos
	C - 
	8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras
	D - 
	7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR
	C - 
As despesas que sejam reconhecidas judicialmente no exercício em curso, pertencentes a exercícios anteriores, mas neles não liquidadas, são pagas em rubrica orçamental adequada do Orçamento do Estado desse exercício em curso.
3.1.2.3.3	FUNDO DE MANEIO
Pode ser autorizada a realização de despesas sob o regime de adiantamentos em numerário, denominado fundo de maneio, para atender despesas cujos valores seja de pequena monta e para as quais se dispense o cumprimento do normal processo de realização de despesas.
O Fundo de Maneio pode ser executado por meio de duas modalidades:
· Fundo de Maneio para Despesas Sigilosas
· Fundo de Maneio para Despesas Gerais
O limite máximo para concessão de fundos sob o regime de fundo de maneio é definido no eSistafe em tabela própria, pela Direcção Nacional de Contabilidade Pública.
Os registos contabilísticos referentes a realização de despesa como fundo de maneio assemelham-se aos de realização de despesa por meio de Adiantamento de Fundos à UGB.
3.1.2.3.4	DESPESAS POR PAGAR
Constituem despesas por pagar as despesas liquidadas e não pagas até 31 de Dezembro do exercício económico em curso, sendo que as despesas por pagar devem ser anuladas, caso não sejam pagas, decorrido um ano.
3.1.2.3.5	ANULAÇÃO DE DESPESA
Em função da adopção do regime de compromissos para o registo da despesa pública, os valores das despesas anulados no exercício reverte à respectiva dotação.
Quando a anulação ocorrer após o encerramento do respectivo exercício económico, o valor anulado deverá ser considerado receita do ano em que a anulação se efectivar.
3.1.2.4	RECEITA 
Classe “4” que inclui as contas representativas dos recursos auferidos na gestão a serem consideradas no apuramento do resultado do exercício, tendo características de contas de resultado, desdobradas nas categorias económicas de Receitas Correntes e de Receitas de Capital.
a) Receitas Correntes – receitas fiscais, não fiscais, as consignadas e as de donativos;
a. Exemplos: Imposto sobre o Rendimento de Pessoa Singular, Rendas de Casa, Taxas de Portagem, Donativos Não consignados à Projectos.
b) Receitas de Capital – receitas de alienação de bens, receitas de donativos e receitas de fundo de empréstimos.
a. Exemplos: Alienação do Patrimônio do Estado, Donativos em Espécie a Projectos, Fundo de Empréstimos Externos.
3.1.2.4.1	RECEITA PÚBLICA
Constituem receita pública todos os recursos monetários, seja qual for a sua fonte ou natureza, postos à disposição do Estado, com ressalva daquelas em que o Estado seja mero depositário temporário.
Nenhuma receita pode ser estabelecida, inscrita no Orçamento do Estado oucobrada senão em virtude de lei e, ainda que estabelecidas por lei, as receitas só podem ser cobradas se estiverem previstas no Orçamento do Estado aprovado.
Os montantes de receita inscritos no Orçamento do Estado constituem limites mínimos a serem cobrados no correspondente exercício.
Os códigos das contas de receitas iniciam-se com o número 4, sendo que os demais dígitos correspondem à Classificação Económica da Receita. Exemplo:
Classificação Económica da Receita – CER: Imposto sobre Veículos
4. 1. 1. 3. 0. 02 – Conta Contabilística: Imposto sobre Veículos
				Classe - Receita
					Grupo – Receitas Correntes
						Sub-grupo – Receita Fiscal
							Elemento – Outros Impostos
								Sub-elemento - ---
Imposto sobre Veículos
									Item - 
3.1.2.4.2.	FASES DA EXECUÇÃO DA RECEITA
A execução da receita compreende três fases:
a) Lançamento – A 1ª fase compreende o procedimento administrativo de verificação da ocorrência do facto gerador da obrigação correspondente;
b) Liquidação – A 2ª fase compreende o cálculo do montante da receita devida e identificação do respectivo sujeito passivo;
c) Cobrança – A 3ª fase corresponde a acção de cobrar, receber ou tomar posse da receita e subsequente entrega ao Tesouro Público.Em função da adopção do regime de caixa para o lançamento da receita pública, somente essa fase ocasiona registos contabilísticos, que estão a seguir descritos:
Recolhimento da Receita Classificada – OC - 12001
	Código e Título da Conta
	Reg.
	Código e Título da Conta
	Reg.
	1.1.1.2.2.00 – Banco CUT
	D - 
	4.X.X.X.X.XX – Receita 
	C - 
	7.1.1.2.1.00 – Receita Realizada 
	D - 
	7.1.1.1.1.00 – Receita a Realizar 
	C - 
	7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR
	D - 
	8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras
	C - 
3.1.2.4.3	ANULAÇÃO DA RECEITA
Em função da adopção do regime de caixa utilizado para o registo da receita pública, a restituição da receita arrecadada indevidamente, quando ocorra no respectivo exercício da sua arrecadação, deve ser efectuada nesse exercício, mediante anulação do valor na rubrica orçamental respectiva.
Quando a restituição da receita arrecadada indevidamente ocorra em exercícios posteriores, esta deverá ser realizada em rubrica orçamental de despesa adequada, do exercício em que ela ocorrer.
3.1.2.4.4.	DÍVIDA ACTIVA
Constituem dívida activa os valores relativos a contribuições e impostos e demais créditos fiscais do Estado liquidados e não cobrados dentro do exercício financeiro de origem, sendo incorporados pela contabilidade pública, em conta própria, findo o exercício.
3.1.2.5	RESULTADO DE VARIAÇÃO PATRIMONIAL NEGATIVA
Classe “5” que inclui as contas representativas das variações negativas da situação líquida sendo consideradas no apuramento do resultado respectivo, tendo características de contas de resultado, desdobradas nos grupos de Variações Ordinárias e Variações Extraordinárias:
a) Variações Ordinárias – correspondem à diminuição da situação líquida resultante da execução das despesas orçamentais, transferências passivas e mutações passivas.
a. Exemplos: Quota Financeira Concedida, Desincorporação de Activos, Incorporação de Passivos.
b) Variações Extraordinárias – correspondem à diminuição da situação líquida, ocorrida de forma independente da execução orçamental e incluem as contas de despesas não orçamentais, transferências passivas e decréscimos patrimoniais.
a. Exemplos: Subsídio de Tesouraria Concedido, Transferência Financeira Concedida para Pagamento de Despesas por Pagar, Desincorporação de Activos, Incorporação de Passivos.
3.1.2.6	RESULTADO DE VARIAÇÃO PATRIMONIAL POSITIVA
Classe “6” que inclui as contas representativas das variações positivas da situação líquida sendo consideradas no apuramento do resultado respectivo, tendo características de contas de resultado, desdobradas nos grupos Variações Ordinárias, Variações Extraordinárias e Resultado Patrimonial.
a) Variações Ordinárias – correspondem ao aumento da situação líquida e incluem as contas de receita orçamental, transferências activas e mutações activas.
a. Exemplos: Quota Financeira Recebida, Incorporação de Activos, Desincorporação de Passivos.
b) Variações Extraordinárias – correspondem ao aumento da situação líquida do património, ocorrido de forma independente da execução orçamental e incluem as contas representativas das receitas não orçamentais, transferências activas e acréscimos patrimoniais.
a. Exemplos: Subsídio de Tesouraria Recebido, Transferência Financeira Recebida para Pagamento de Despesas por Pagar, Incorporação de Activos, Desincorporação de Passivos.
c) Resultado Patrimonial – conta transitória utilizada no encerramento do exercício, para demonstrar o apuramento do resultado patrimonial do exercício, obtido pelo confronto das variações activas e passivas (Classes 3+5 X Classes 4+6) ocorridas no período, podendo ser positivo (quando apurado um Superávit) ou negativo (quando apurado um Déficit).
3.1.2.7	CONTAS DE ORDEM
Classes “7” e “8” compostas por contas de ordem activas e passivas, respectivamente, têm a função primária de controlo da execução orçamental, financeira e de outros controlos não compreendidos no património, mas que directa ou indirectamente possam vir a afectá-lo, tais como:
	Conta
	Tipo de Controlo
	Conta
	Tipo de Controlo
	7.1.1.1.1.00 - Receita a Realizar Classificada
	Execução Orçamental da Receita
	8.1.1.1.0.00 Previsão Inicial da Receita
	Previsão Orçamental da Receita
	7.2.1.1.0.00 –Dotação Inicial 
	Fixação Orçamental da Despesa
	8.2.1.1.0.00 Dotação Disponível
	Execução Orçamental da Despesa
	7.3.0.0.0.00 – Execução da Programação Financeira
	Programação Financeira
	8.3.0.0.0.00 – Execução da Programação Financeira
	Programação Financeira
	7.4.0.0.0.00 – Execução das Despesas por Pagar
	Execução das Despesas por Pagar
	8.4.0.0.0.00 – Execução das Despesas por Pagar
	Execução das Despesas por Pagar
	7.5.1.0.0.00 Valor Acordado
	Execução de Acordos e Contratos
	8.5.1.0.0.00 – Celebração de Acordos e Contratos
	Execução de Acordos e Contratos
	7.9.0.0.0.00 – Contas de Ordem Activas Diversas
	Demais Controlos Necessários
	8.9.0.0.0.00 – Contas de Ordem Passivas Diversas
	Demais Controlos Necessários
3.1.3	ESTRUTURA DAS CONTAS DO PLANO BÁSICO DE CONTABILIDADE PÚBLICA
	1. ACTIVO
	2. PASSIVO
	
	1.1 Circulante
	
	2.1 Circulante
	
	1.2 Realizável a Médio e Longo Prazo
	
	2.2 Exigível a Médio e Longo Prazo
	
	1.3 Imobilizado
	
	2.3 Resultado de Exercícios Futuros
	
	
	
	2.3 Fundos Próprios
	3. DESPESAS
	4. RECEITAS
	
	3.1 Despesas Correntes
	
	4.1 Receitas Correntes
	
	3.2 Despesas de Capital
	
	4.2 Receitas de Capital
	5. RESULTADO DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL NEGATIVA
	6. RESULTADO DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL POSITIVA
	
	5.1 Resultado Ordinário
	
	6.1 Resultado Ordinário
	
	5.2 Resultado Extraordinário
	
	6.2 Resultado Extraordinário
	
	
	
	6.3 Resultado Patrimonial
	7. CONTAS DE ORDEM ACTIVAS
	8. CONTAS DE ORDEM PASSIVAS
	
	7.1 Execução Orçamental da Receita
	
	8.1 Previsão Orçamental da Receita
	
	7.2 Fixação Orçamental da Despesa
	
	8.2 Execução Orçamental da Despesa
	
	7.3 Execução da Programação Financeira
	
	8.3 Execução da Programação Financeira
	
	7.4 Execução das Despesas por Pagar
	
	8.4 Execução das Despesas por Pagar
	
	7.5 Execução de Acordos e Contratos
	
	8.5 Direitos e Obrigações Acordadas
	
	7.9 Outras Contas de Ordem Activas
	
	8.9 Outras Contas de Ordem Passivas

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