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CENTRO UNIVERSITÁ RIO DOUTOR LEÁ O SÁMPÁIO CURSO DE DIREITO Caro aluno, baseado no texto do “Capítulo 3 - O mercado e a concorrência”, elabore um fichamento de leitura considerando 30 itens, e conforme modelo apresentado abaixo. A atividade deve ser realizada em grupo (mesmo grupo da atividade de Coase) de até 5 alunos e entregue até às 23h59min do dia 12/06/2023. Essa atividade é parte da avaliação parcial da disciplina de Tópicos de Economia, com pontuação de até 1,5 (um vírgula cinco) ponto. N° Págs. Citação Síntese 1 88 “294 A troca, isto é, a transferência de um bem ou o fornecimento de um serviço mediante contrapartida semelhante, ou em moeda, constitui uma das relações essenciais que os seres humanos podem estabelecer entre si. [...]” A troca é uma relação essencial entre seres humanos, envolvendo a transferência de bens ou serviços em troca de algo semelhante ou em moeda. Essa capacidade de trocar é um traço distintivo dos seres humanos em comparação com outras espécies animais. A troca desempenha um papel fundamental na vida em sociedade, sendo considerada uma base indispensável. 2 88 “[...]296 Proponha esta troca ao vizinho. Você cuidará da horta e, em contrapartida, o vizinho preparará suas refeições. Cada um faz sua parte. Você passará, agora, duas horas por dia cuidando das hortas e seu vizinho uma hora e meia para preparar as seis Essa citação propõe uma troca entre vizinhos, na qual um cuida da horta e o outro prepara as refeições. Ambos dedicam um tempo específico para suas tarefas: duas horas por dia para cuidar da horta e uma hora e meia para preparar seis refeições. A ideia é que Fichamento de Leitura Alunos: Adna Júlia Montenegro da Silva Ana Vitória Gonçalves Izidro Figueiredo Anna Vitória Félix Pinheiro Luiz Henrique Silva Angelim Petria Oliveira de Jesus Professor: José Eduardo de Carvalho Lima Disciplina: Tópicos de Economia Data de entrega 12/06/2023 – 23h59 Assunto: O mercado e a concorrência refeições. Cada um ganha na troca, um ganho Pareto. [...]” cada um faça sua parte e ambos se beneficiem com essa troca, obtendo um ganho Pareto, ou seja, um ganho em que pelo menos uma pessoa é beneficiada sem prejudicar a outra. 3 89 “298 [...]. O vizinho tem vantagem comparativa na preparação das refeições, nós no cuidado das hortas. A troca é baseada nessa diferença e permite a cada um especializar-se na atividade em que tenha vantagem comparativa. O fator decisivo não está, pois, na eficácia absoluta (medida aqui em horas), mas na eficácia relativa da produção dos dois serviços: a troca é interessante mesmo se superarmos o vizinho nas duas atividades. As vantagens comparativas são a fonte dos ganhos do livre comércio entre países, mesmo com diferentes graus ou níveis de desenvolvimento.6”. A vantagem comparativa é uma teoria econômica que sugere que países ou indivíduos devem se especializar na produção daquilo em que são mais eficientes em relação aos outros e, em seguida, trocar esses produtos para obter benefícios mútuos. No caso do exemplo, o vizinho é mais eficiente na preparação de refeições, enquanto o narrador é mais eficiente no cuidado das hortas. Mesmo que o narrador possa ser mais eficiente do que o vizinho, em ambas as tarefas, a troca ainda é benéfica porque se baseia na eficácia relativa da produção dos dois serviços. Ao reconhecer as vantagens comparativas de cada um, o narrador e o vizinho podem se especializar no que são mais eficientes, o que resultará em uma produção total maior e em um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Ao trocar os produtos, eles podem obter os benefícios, aproveitando a vantagem comparativa do outro. No contexto do livre comércio entre países, as vantagens comparativas são a fonte dos ganhos. Mesmo que um país seja mais desenvolvido ou mais eficiente em todas as áreas de produção, ainda é vantajoso para ambos os países se especializar naquilo em que possuem vantagem comparativa e trocarem bens e serviços. 4 90 “[...] 301 A divisão do trabalho não é fruto de um plano ou programa visando a aumentar a riqueza de todos. Ela se impôs como “consequência necessária, ainda que de forma lenta e gradual, de certa propensão da natureza humana que não visa qualquer utilidade tão ampla, ou seja, a propensão de negociar e de trocar uma coisa por outra”.8 Cada um buscando seu interesse e a possibilidade de trocar bastam para que apareça a oportunidade de divisão do trabalho. [...]” A divisão do trabalho não é fruto de um plano ou programa intencional para aumentar a riqueza coletiva. Pelo contrário, ela emerge como uma consequência necessária da propensão humana para negociar e trocar. À medida que cada indivíduo busca seus próprios interesses e encontra oportunidades de troca, surge a possibilidade de especialização e divisão de tarefas. Essa divisão do trabalho permite uma maior eficiência e produtividade, uma vez que cada pessoa pode se dedicar a uma atividade específica na qual tenha habilidades e vantagens comparativas. Portanto, a divisão do trabalho não apenas atende aos interesses individuais, mas também beneficia a sociedade como um todo ao aumentar a produção e o bem-estar geral. 5 91 “[...] 305 As trocas ocorrem, sem dúvida, a todo tempo. As instituições necessárias para enquadrá-las são de compreensão relativamente fácil: respeito recíproco à propriedade das coisas a serem trocadas; acordo e transferência recíproca, simultânea ou em momentos diferentes de tempo. As considerações do capítulo precedente indicam que tais instituições podem ter sido descobertas e preservadas em todas as espécies de sociedades e de economias. A propriedade e o contrato bastam para explicar as trocas pontuais, assim como a atividade dos mercadores viajantes. Não explicam, contudo, por si sós, o que denominamos “mercado”. [...]” As trocas ocorrem constantemente e as instituições que as regulam são relativamente compreensíveis, envolvendo respeito mútuo à propriedade e acordos de transferência. Essas instituições podem ter sido descobertas e mantidas em várias sociedades e economias. A propriedade e o contrato são suficientes para explicar as trocas individuais e a atividade dos mercadores viajantes. No entanto, esses elementos não explicam sozinhos o conceito de "mercado". 6 91 e 92 “[...] 306 “Mercado” é qualquer situação em que pessoas que têm bens ou serviços para oferecer procuram apresentar-se frente a pessoas interessadas em obtê-los, ou, ainda, aquela em que muitos compradores potenciais buscam se apresentar frente à pessoa ou às pessoas que tenham bens ou serviços a oferecer, podendo, portanto, os dois fenômenos ocorrer simultaneamente. Os primeiros mercados aparecem bem cedo na história: são os mercados de produtos agrícolas, as feiras e os souks. A fórmula dos mercados foi compreendida e progressivamente refinada. As Bolsas, reunindo mercadores atacadistas, ou negociantes, da mesma forma que as modernas Bolsas que negociam com opções a termo constituem formas evoluídas. [...]” "Mercado" é quando pessoas com bens ou serviços buscam compradores interessados ou quando compradores em potencial procuram fornecedores. Essa interação pode acontecer simultaneamente. Os mercados existem desde tempos antigos, como os mercados agrícolas, feiras e souks. Ao longo do tempo, a ideia de mercado foi compreendida e aprimorada. As bolsas, onde atacadistas e negociantes se encontram, inclusive as modernas bolsas de opções a termo, representam formas mais avançadasde mercado. 7 92 “307 Interessante deter-se sobre o desenvolvimento dos mercados. Os historiadores documentaram o fenômeno na Europa ocidental. A prática dos mercados suscita interesses opostos. Os mercados da Idade Média eram, sob qualquer forma, considerados propriedade do Durante a Idade Média, o desenvolvimento dos mercados na Europa Ocidental foi um fenômeno importante. Os mercados medievais eram locais de troca e comércio onde pessoas se reuniam para comprar e vender uma variedade de produtos. No entanto, a visão sobre a propriedade e senhor das terras nas quais ocorriam.10 Os senhores viam nos mercados fonte de receita e tinham interesse de estimulá-los. [...].” controle desses mercados era diversa e suscitava interesses opostos. Por um lado, os mercados eram frequentemente vistos como fonte de receita pelos senhores das terras onde ocorriam. Os senhores tinham interesse em estimular o comércio e a atividade econômica nesses mercados, pois isso poderia aumentar suas rendas e fortalecer seu poder econômico. Os mercados também eram de interesse para os comerciantes e artesãos que participavam das trocas. Eles viam nos mercados uma oportunidade de expandir seus negócios, estabelecer redes de comércio e alcançar lucros. Os mercados medievais eram pontos de encontro e interação social, além de serem importantes locais de trocas comerciais. 8 92 “[...] 308 Contudo, a existência de um mercado implicava concorrência com as lojas e estabelecimentos no “circuito comercial” da região. O mercado de uma região podia fazer concorrência ao de outra região, cada um deles sob autoridade de um diferente senhor. O senhor que autorizasse um novo mercado – diretamente ou outorgando uma carta à cidade que desejasse sediá-lo – ficava submetido a pressões contraditórias. A permissão era, em geral, conferida com reservas, de forma a administrar a concorrência. [...]”. A existência de um mercado implicava competição com as lojas e estabelecimentos comerciais da região. Os mercados de diferentes regiões competiam entre si, cada um sob a autoridade de um senhor diferente. O senhor que permitisse a criação de um novo mercado estava sujeito a pressões contraditórias. A permissão para estabelecer um mercado geralmente era concedida com ressalvas, a fim de administrar a concorrência. 9 94 “[...] 313 O que vale para custos de transporte aplica-se aos custos de transação. Tudo o que reduza os custos de encontrar um parceiro para a troca, de mostrar o que se tem a oferecer ou o que se deseja adquirir, estabelecer condições de acordo e assegurar sua execução contribui para formar o mercado. A periodicidade das feiras nos grandes centros comerciais na Idade Média foi invenção visando a reduzir custos de transação. Atualmente, os espetaculares progressos dos meios de comunicação, a informação (correio, jornais, mídias, recursos eletrônicos etc.) reduzem, continuamente, os custos de transação e alarga os Os custos de transporte e os custos de transação são semelhantes em sua aplicação. Qualquer fator que reduza os custos de encontrar um parceiro para trocar, mostrar o que se tem a oferecer ou deseja adquirir, estabelecer condições de acordo e garantir sua execução contribui para a formação do mercado. Nas feiras da Idade Média, a periodicidade foi estabelecida para reduzir os custos de transação nos grandes centros comerciais. Hoje em dia, os avanços espetaculares nos meios de comunicação e na informação, como correio, jornais, mídias e recursos eletrônicos, continuamente reduzem os custos de transação e ampliam os mercados. mercados. [...]” 10 94 “315 A concorrência resulta não apenas da comparação de preços de produtos conhecidos e ofertados segundo as fórmulas tradicionais. Ela aparece, também, e, sobretudo, pela inovação das formas de produção, na natureza dos produtos, na maneira de apresentá-los aos clientes. Atualmente, por exemplo, quem introduziu a produção sem estoque (just in time production) obteve economias sobre custos de estoques que garantiram vantagem competitiva, rapidamente dissipada por efeito da imitação. Como consequência, a percepção de concorrência e mercado, evolui”. A concorrência não se limita à comparação de preços de produtos conhecidos e oferecidos de forma tradicional. Ela também surge e, principalmente, através da inovação nas formas de produção, na natureza dos produtos e na maneira de apresentá-los aos clientes. Por exemplo, a introdução da produção "just-in-time" resultou em economias de custos de estoque e vantagem competitiva, mas essa vantagem foi rapidamente dissipada devido à imitação. Como resultado, a percepção de concorrência e mercado está em constante evolução. 11 95 “317. Os exemplos realçam a questão da extensão de um mercado. No caso da indústria cinematográfica, o mercado se limita à apresentação de filmes em salas? Devemos, então, explicar o declínio dessa indústria. Isso se explica facilmente se admitirmos que o mercado visado é aquele do espectador audio-visual, incluindo a televisão e os videoclipes, ou mesmo, de forma resumida, o mercado de espetáculos, o da diversão”. Ao reconhecer que o mercado alvo abrange uma variedade de formas de entretenimento e diversão, fica mais fácil compreender as mudanças e os desafios enfrentados pela indústria cinematográfica. O declínio da indústria cinematográfica pode ser atribuído a vários fatores, como a concorrência com outras formas de entretenimento audiovisual, a disponibilidade de plataformas de streaming, a pirataria, entre outros. A expansão do mercado audiovisual e o surgimento de novas formas de consumo de conteúdo representam desafios para a indústria cinematográfica tradicional. Para se manter relevante, é necessário que os estúdios e as empresas cinematográficas se adaptem às mudanças no comportamento do consumidor e explorem novas oportunidades de distribuição e produção de conteúdo. Em suma, ao considerar o mercado cinematográfico, é essencial ampliar a análise para abranger o mercado mais amplo do entretenimento audiovisual. Isso nos permite entender melhor as transformações ocorridas na indústria cinematográfica e os desafios enfrentados diante das mudanças nos hábitos de consumo do público. 12 99 e 100 “[...] 333 Os preços praticados nos mercados formam, pois, um sistema de sinais que permite a fornecedores e consumidores ajustarem seus planos : Os preços nos mercados desempenham um papel crucial na coordenação entre fornecedores e consumidores, permitindo que ajustem de forma coordenada, levando aqueles a produzir e vender na medida em que os consumidores se mostrem propensos a consumir. Tal coordenação, resultante das ações de numerosas pessoas que não se concertam, sem nenhuma planificação, inspirou Adam Smith a imaginar a “mão invisível”: “cada um busca seu ganho e, dessa forma, como em outros casos, é levado pela mão invisível a promover um fim que não faz parte de suas intenções”.15[...]”. seus planos de forma harmonizada. Essa coordenação ocorre de maneira descentralizada, sem a necessidade de um planejamento centralizado, e é inspirada pela ideia da "mão invisível" mencionada por Adam Smith. A busca individual pelo ganho próprio leva os agentes econômicos a tomar decisões que, em conjunto, promovem um resultado benéfico para a sociedade, mesmo que não seja sua intenção direta. Assim, o sistema de preços funciona como um mecanismo eficiente de alocação de recursos, permitindo que a economia se adapte e seajuste às preferências e demandas dos consumidores de forma espontânea. 13 101 “337 Os economistas testaram a ideia por meio do conceito de elasticidade. A demanda é dita elástica num dado ponto se o aumento de 1% do preço leva a uma diminuição de mais de 1% da quantidade demandada, e inelástica se a redução for menor do que 1% da quantidade demandada”. : Na economia, o conceito de ‘elasticidade’ diz respeito à quanto de variação na demanda ocorre em relação às variações no preço de um determinado produto. Quando a demanda é considerada elástica em um determinado ponto, significa que uma pequena variação percentual no preço leva a uma variação percentual maior na quantidade demandada. Por exemplo, se o preço de um produto aumentar em 1%, e a quantidade demandada diminuir em mais de 1%, dizemos que a demanda é elástica. Isso indica que os consumidores são sensíveis às mudanças de preço e reagem reduzindo a quantidade que desejam comprar. Por outro lado, quando a demanda é inelástica, uma mudança percentual no preço resulta em uma mudança percentual menor na quantidade demandada. Nesse caso, uma redução no preço teria um efeito relativamente pequeno na quantidade demandada. Se a quantidade demandada diminui menos de 1% em resposta a um aumento de 1% no preço, consideramos a demanda como inelástica. A elasticidade da demanda é calculada em diferentes pontos ao longo da curva de demanda e pode variar de acordo com o produto, o mercado e o contexto econômico. 14 106 “[...] 349 Sendo único no seu mercado, o monopolista pode se permitir oferecer seu produto ao maior preço, uma vez que nenhum concorrente pode desviar clientes ao O monopolista detém o poder de determinar o preço do seu produto, uma vez que não enfrenta concorrência direta. Isso lhe permite estabelecer preços mais altos, já que não há outros oferecer o bem por preço melhor ou inferior. Nada obstante, porém, o monopolista estar sujeito à limitação da capacidade produtiva e de os clientes se disporem a pagar o preço por ele cobrado. À medida que aumenta o preço, o monopolista perde clientes, mesmo que receba valores mais elevados daqueles que permanecem fiéis. [...]” competidores para atrair clientes oferecendo preços mais baixos. No entanto, mesmo o monopolista enfrenta limitações, como a capacidade produtiva e a disposição dos clientes em pagar o preço estabelecido. À medida que o preço aumenta, o monopolista inevitavelmente perde clientes, mesmo que aqueles que permanecem estejam dispostos a pagar mais pelo produto. Essa dinâmica revela que o poder monopolista não é absoluto e que existe um limite no qual a demanda diminui consideravelmente. Portanto, o poder de precificação do monopolista não é ilimitado e está sujeito a considerações de capacidade produtiva e comportamento dos consumidores. 15 109 “362 A discriminação de preços pressupõe que o fornecedor possa separar, distinguir, grupos de clientes com diferentes preferências quanto a seu produto e impeça que o adquiram a preço inferior e o revendam a outros interessados (clientes) que o adquiririam pelo preço mais elevado. Esse fenômeno é denominado, pelos economistas, de arbitragem. [...]”. Na economia, a discriminação de preços refere-se à prática em que um fornecedor cobra preços diferentes para diferentes grupos de clientes por um determinado produto, de acordo com as preferências dos clientes. Isso permite que o fornecedor adquira o valor adicional que os consumidores estão dispostos a pagar por um produto. Ou seja, um consumidor pode pagar a mais que outro pelo mesmo produto. A arbitragem, neste contexto, consiste na prática da operação de compra e venda, visando o lucro sobre a diferença de preços do mesmo produto. Ocorre quando um indivíduo compra um bem a um preço mais baixo e o vende a um preço mais alto, beneficiando-se da diferença de preços. 16 112 “[..] 370 [...] O inovador propõe novo produto a uma clientela até então fiel a produto tradicional. Deve convencer os consumidores de que, pelo preço proposto, o produto, com características particulares, pode substituir, com vantagem, aqueles tradicionais e disponíveis. Se o produto for, efetivamente, melhor, alguns consumidores alterarão, imediatamente, sua escolha; outros aguardarão que a nova fórmula seja aprovada para, então, mudarem. Os fornecedores de produtos mais tradicionais perderão clientela e lucros. Decorrido algum tempo, seguirão o exemplo do inovador e oferecerão, Essa dinâmica evidencia a importância da concorrência e da inovação para impulsionar o progresso econômico. Os consumidores se beneficiam com a possibilidade de escolher entre diferentes opções e de receber produtos melhores e mais atraentes. Os fornecedores são incentivados a se adaptar e melhorar seus produtos para atender às demandas do mercado. Essa competição contínua impulsiona a inovação e leva a um constante avanço na qualidade e na variedade dos produtos disponíveis para os consumidores. também, a nova fórmula, ou, de sua parte, envidarão a busca por inovação, proporão produto novo cuja atração supere, desde logo, a do produto inovador. E assim sucessivamente. [...]”. 17 114 “[...]375 Concorrência é processo contínuo no qual os empresários, mediante recurso a uma gama infinita de estratégias, entre as quais preços, serviços, inovações em matéria de produção, de gestão e de oferta ao mercado, procuram e tentam, em seu benefício, realizar combinações de clientes e produtos que lhes deem vantagens sobre outros empresários que os clientes percebem como concorrentes. O processo de concorrência faz emergirem possibilidades até então ignoradas. A introdução de inovações, e sua aceitação pelos consumidores, permitem descobrir o que estes, os últimos, procuram e o que os fornecedores podem-lhes oferecer ao preço que sejam capazes de pagar. Não se trata de simples declarações de intenção, mas de possibilidades realistas. É a esta realidade que alude Hayek ao qualificar a concorrência de procedimento de descobertas.27 [..]” : Essa perspectiva enfatiza a importância da concorrência como um motor de progresso e inovação na economia. Através da competição, as empresas são incentivadas a explorar novas ideias, melhorar seus produtos e serviços, e encontrar maneiras de atender às necessidades e desejos dos consumidores de forma mais eficiente e eficaz. A concorrência não apenas impulsiona a descoberta de novas oportunidades de negócios, mas também beneficia os consumidores, que têm acesso a uma maior variedade de produtos, melhores opções e preços mais competitivos. Portanto, a concorrência desempenha um papel vital na promoção do progresso econômico e do bem-estar geral. 18 113 “372. Assim que o inovador atinge seu escopo, quando o produto agrada aos consumidores, será, por certo tempo, o único a oferecê-lo. Ocupa um “nicho” de mercado em que pode se comportar como monopolista e, dessa forma, obter lucros excepcionais. Sua posição privilegiada é, entretanto, precária. O só fato de auferir lucros excepcionais atrai concorrentes para seu nicho, o que faz deslanchar uma tendência à redução dos lucros como descrito acima. O monopólio temporário tem a peculiaridade de ser, a todo momento, contestável pela entrada de concorrentes. Pode-se até dizer que a ameaça de entrada no mercado é a força que inibe o inovador monopolista: quanto mais guloso for, mais rapidamente os concorrentes se sentem estimulados a competir. Se limitar a remuneração ao mínimo necessário para operar com aNo entanto, essa posição privilegiada é precária, pois a obtenção de lucros excepcionais atrai a atenção de potenciais concorrentes. A existência de lucros acima da média cria um incentivo para que outras empresas entrem no mercado e ofereçam produtos semelhantes, aumentando a competição e, consequentemente, reduzindo os lucros do inovador original. Essa tendência à entrada de concorrentes é impulsionada pela ameaça de lucros excessivos. Quanto mais o inovador monopolista busca maximizar seus lucros, mais rapidamente os concorrentes são estimulados a entrar no mercado e competir com ele. A possibilidade de competição iminente inibe o inovador de se tornar excessivamente "guloso" em sua busca por lucros, pois ele sabe que isso atrairá concorrentes mais rapidamente. inovação, levando em conta o risco e o custo de começar, eventuais concorrentes estarão menos tentados a contestar a situação”. 19 115 “379. Podemos examinar o conjunto de comportamentos proibidos nas leis de concorrência. Afora os casos de fraude em relação a consumidores, o caráter nefasto de práticas que afetam diretamente a concorrência (ex.: preços predatórios, dumping) não parece fácil de ser demonstrado”. As leis de concorrência são projetadas para promover a concorrência justa e prevenir comportamentos anticompetitivos que possam prejudicar os consumidores e restringir a eficiência econômica. Essas leis geralmente proíbem uma série de práticas comerciais consideradas prejudiciais para o funcionamento adequado do mercado. Embora seja verdade que a identificação e a demonstração de práticas anticompetitivas possam ser complexas em alguns casos, existem várias razões pelas quais certas práticas são consideradas prejudiciais à concorrência. É importante destacar que a detecção e a demonstração dessas práticas anticompetitivas podem ser desafiadoras, requerendo investigações aprofundadas, análises econômicas e provas sólidas. No entanto, a existência de leis de concorrência e a atuação das autoridades reguladoras buscam garantir a concorrência justa e proteger os interesses dos consumidores. 20 121 “397 [...] compramos, em uma época na qual há abundância e na qual o bem tem preço baixo [...], para revender em período de escassez. Há uma diferença em relação à arbitragem: os preços futuros não são conhecidos [...]. Acredita que o preço futuro será mais alto. Se se enganar, sofrerá os contratempos, o que lhe dá certa razão para tentar apostar corretamente. 398 Esse fenômeno é conhecido como especulação. [...]”. O fenômeno da especulação ocorre quando os indivíduos assumem riscos ao fazer previsões sobre os movimentos futuros dos preços ou condições de mercado. Acredita-se que os preços futuros serão mais altos e, portanto, há uma aposta de que a compra antecipada resultará em lucro. No entanto, a especulação envolve riscos consideráveis, uma vez que os preços futuros não são conhecidos com certeza. Se as previsões estiverem incorretas e os preços não aumentarem conforme esperado, a especulação pode resultar em perdas financeiras. Desse modo, os especuladores assumem riscos e buscam obter lucros com base em suas crenças sobre as tendências futuras do mercado. 21 121 “398. Esse fenômeno é conhecido como especulação. Tem má fama porque, aos olhos do leigo, o especulador aufere um benefício indevido. Posto de outra forma, como Essa visão negativa em relação à especulação geralmente ocorre quando os preços dos bens sobem rapidamente devido à escassez ou à demanda aumentada. Nesses momentos, os os bens são vendidos por preço maior exatamente no momento em que se tornaram raros, escassos, parece que se exploram as pessoas nos momentos de suas necessidades]”. especuladores podem lucrar comprando os bens antes que se tornem raros e vendendo-os posteriormente a preços mais altos. Isso pode dar a impressão de que estão aproveitando a situação e obtendo ganhos excessivos à custa dos consumidores. No entanto, é importante entender que a especulação não é necessariamente um fenômeno negativo em si. Os especuladores desempenham um papel importante nos mercados, ajudando a melhorar a eficiência ao assumir riscos e fornecer liquidez. Eles estão dispostos a correr o risco de comprar ativos quando há incerteza em relação aos preços futuros, e isso contribui para uma melhor formação de preços e uma alocação mais eficiente dos recursos. 22 121 e 122 “Essa visão negativa em relação à especulação geralmente ocorre quando os preços dos bens sobem rapidamente devido à escassez ou à demanda aumentada. Nesses momentos, os especuladores podem lucrar comprando os bens antes que se tornem raros e vendendo-os posteriormente a preços mais altos. Isso pode dar a impressão de que estão aproveitando a situação e obtendo ganhos excessivos à custa dos consumidores. No entanto, é importante entender que a especulação não é necessariamente um fenômeno negativo em si. Os especuladores desempenham um papel importante nos mercados, ajudando a melhorar a eficiência ao assumir riscos e fornecer liquidez. Eles estão dispostos a correr o risco de comprar ativos quando há incerteza em relação aos preços futuros, e isso contribui para uma melhor formação de preços e uma alocação mais eficiente dos recursos.” Essa visão negativa em relação à especulação geralmente ocorre quando os preços dos bens sobem rapidamente devido à escassez ou à demanda aumentada. Nesses momentos, os especuladores podem lucrar comprando os bens antes que se tornem raros e vendendo-os posteriormente a preços mais altos. Isso pode dar a impressão de que estão aproveitando a situação e obtendo ganhos excessivos à custa dos consumidores. No entanto, é importante entender que a especulação não é necessariamente um fenômeno negativo em si. Os especuladores desempenham um papel importante nos mercados, ajudando a melhorar a eficiência ao assumir riscos e fornecer liquidez. Eles estão dispostos a correr o risco de comprar ativos quando há incerteza em relação aos preços futuros, e isso contribui para uma melhor formação de preços e uma alocação mais eficiente dos recursos. 23 114 “Concorrência é processo contínuo no qual os empresários, mediante recurso a uma gama infinita de estratégias, entre as quais preços, serviços, inovação em matéria de produção, de gestão e de oferta ao mercado, procuram e tentam, em seu benefício, realizar combinações de clientes e produtos que lhes deem vantagens O trecho destaca a importância da concorrência no contexto econômico. Nesse processo, os empresários utilizam diversas estratégias para buscar vantagens sobre seus concorrentes, como preços competitivos, serviços diferenciados e inovações na produção e gestão. A concorrência permite a descoberta de novas possibilidades, sobre outros empresários que os clientes percebem como concorrentes. O processo de concorrência faz emergirem possibilidades até então ignoradas. A introdução de inovações, e sua aceitação pelos consumidores, permitem descobrir o que estes, os últimos, procuram e o que os fornecedores podem lhes oferecer ao preço que sejam capazes de pagar. Não se trata de simples declarações de intenção, mas de possibilidades realistas. É a esta realidade que alude Hayek ao qualificar a concorrência de procedimento de descobertas”. impulsionada pela introdução de inovações que são aceitas pelos consumidores. Isso possibilita aos empresários entenderem o que os consumidores desejam e o que estão dispostos a pagar. A concorrência não se resume a intenções,mas se baseia em oportunidades reais de mercado. Portanto, a concorrência é considerada um procedimento de descobertas que impulsiona o desenvolvimento econômico e beneficia tanto os empresários quanto os consumidores. 24 117 “A relação entre o preço de um bem, seu valor e seu custo representa um problema para o jurista. Já no direito romano admitia-se a possibilidade de rescindir a venda de imóvel alienado por menos do que a metade do preço justo.40 A ideia se reflete no artigo 1.674 do atual Código Civil Francês, que permite a rescisão da venda de imóvel se o vendedor for lesado por mais de sete doze avos do preço. Carbonnier remonta a ideia do que seja preço justo ligando-a à doutrina dos Pais da Igreja católica, segundo a qual comete-se pecado ao não contratar a preço justo. O preço justo traduziria o valor do bem”. No trecho explica a relação entre o preço, o valor e o custo de um bem é um assunto complexo no âmbito jurídico. No passado, tanto no direito romano quanto no atual Código Civil Francês, havia a possibilidade de rescindir um contrato de venda de imóvel se o preço estivesse significativamente abaixo do valor justo. Essa noção de "preço justo" remonta à doutrina dos Pais da Igreja Católica, que considerava um pecado não contratar a um preço justo. O conceito de preço justo é entendido como o valor real do bem, e sua determinação pode ser um desafio para os juristas, pois envolve considerações subjetivas e contextuais. Portanto, a questão do preço justo continua sendo objeto de reflexão e debate no campo jurídico. 25 122 “Os mercados que funcionam adequadamente tendem a evoluir em direção a um estado de equilíbrio geral que é considerado um ótimo de Pareto. Isso significa que não é possível fazer uma realocação dos recursos que melhore a situação de um participante sem piorar a situação de outro. Essa ideia, fundamentada no modelo neoclássico da ciência econômica, é um dos resultados notáveis desse modelo. Ela respalda a intuição de economistas, como Adam Smith, de que os mercados livres servem ao interesse público, uma vez que promovem eficiência e maximizam o bem-estar social. Essa concepção baseia-se na crença de que a livre interação entre os agentes econômicos O conceito de equilíbrio geral em economia refere-se a um estado em que a alocação de recursos em um mercado atinge uma situação de estabilidade, na qual não há incentivos para que nenhum agente econômico altere suas escolhas. Esse equilíbrio é considerado um ótimo de Pareto quando não é possível realocar os recursos de forma a beneficiar um indivíduo sem prejudicar outro. Em outras palavras, é uma situação em que não é possível melhorar a condição de alguém sem piorar a situação de pelo menos uma outra pessoa. Essa ideia é um resultado importante do modelo neoclássico da ciência econômica, que busca entender o funcionamento dos mercados e suas consequências. Economistas, como Adam Smith, no mercado leva a resultados ótimos para a sociedade como um todo”. acreditam que mercados livres e competitivos são capazes de atingir esse estado de equilíbrio geral ótimo de Pareto, servindo assim ao interesse público. 26 123 “Bens coletivos são aqueles que, uma vez disponíveis, não permitem que alguém seja excluído de seu uso e, portanto, que a utilização do bem por uma pessoa não diminui a quantidade dele disponível para outras. A defesa nacional é, em geral, citada como exemplo; a informação divulgada tem, também, característica de bem coletivo em muitas de suas manifestações. Dificuldade evidente, quanto aos bens coletivos, é que, se ninguém pode ser excluído de seu uso, cada um será tentado a abusar e ninguém, no mercado privado, terá interesse em produzi-lo”. No trecho, bens coletivos são aqueles que não permitem a exclusão de pessoas de seu uso e cuja utilização por um indivíduo não diminui a disponibilidade desse bem para outros. Um exemplo clássico de bem coletivo é a defesa nacional, que beneficia a sociedade como um todo. Outro exemplo é a informação divulgada, que pode ser acessada por várias pessoas simultaneamente. No entanto, a existência de bens coletivos apresenta desafios. Como não há possibilidade de excluir indivíduos do seu uso, pode haver o problema do abuso, em que cada pessoa tem incentivos para utilizar o bem de forma excessiva, prejudicando sua disponibilidade para os demais. Além disso, no mercado privado, não há um interesse direto em produzir bens coletivos, já que não é possível excluir pessoas e, portanto, não se pode cobrar individualmente por seu uso. Essa dificuldade de provisão de bens coletivos leva muitas vezes à necessidade de intervenção do setor público, que pode assumir a responsabilidade pela produção e fornecimento desses bens. O Estado, por meio de políticas públicas e financiamento governamental, busca garantir o acesso equitativo aos bens coletivos e gerenciar sua utilização de forma a beneficiar toda a sociedade. 27 123 “As externalidades negativas impõem uma parcela do custo de uma atividade a um terceiro; as externalidades positivas lhe dão uma vantagem não compensada em face de quem a produz. A externalidade negativa implica que o preço da atividade reflita, incorretamente, os sacrifícios necessários para sua produção. A pessoa que a produz não suporta mais do que uma parcela do seu custo real. O custo privado calculado pelo produtor cobre apenas uma parte do custo social. Os bens produzidos em O trecho destaca que a pessoa ou empresa responsável pela atividade não suporta o custo real da externalidade negativa, resultando em uma má alocação de recursos. Isso ocorre porque o preço do bem ou serviço não incorpora o impacto negativo que ele causa aos terceiros afetados. Como resultado, ocorre uma falha de mercado, em que a oferta e a demanda não refletem adequadamente os custos e benefícios totais da atividade. Para lidar com essa situação, é necessário que sejam adotadas medidas corretivas, tais circunstâncias serão ofertados ao mercado, mas provocarão má alocação de recursos”. como intervenções governamentais por meio de regulamentações, impostos ou taxas, com o objetivo de internalizar os custos sociais das externalidades negativas. Dessa forma, busca-se corrigir as distorções de mercado, incentivando uma alocação mais eficiente de recursos e evitando danos prejudiciais aos terceiros afetados pelas externalidades. 28 124 “Os fenômenos que denominamos imperfeições do mercado não eram estranhos aos que nos antecederam, e que, muitas vezes, encontraram respostas fora da ação do Estado. Ao longo dos últimos quarenta anos, série de relevantes estudos, todos empíricos, demonstrou que produtos e serviços citados na literatura econômica como exemplos típicos de imperfeições do mercado tinham, na verdade, têm sido produzidos pela iniciativa privada”. O trecho sugere que as chamadas imperfeições do mercado, que são situações em que o funcionamento do mercado não é ideal, não são algo novo e já foram observadas em períodos anteriores. No entanto, ao longo dos últimos quarenta anos, diversos estudos empíricos foram realizados e mostraram que produtos e serviços considerados exemplos típicos dessas imperfeições têm sido produzidos e fornecidos pela iniciativa privada, ou seja, por empresas privadas que atuam no mercado. Isso indica que, mesmo diante das imperfeições do mercado, a iniciativa privada tem sido capaz de suprir a demanda por esses produtos e serviços, contrariando a ideia de que apenas a ação do Estado poderia corrigir essasimperfeições. 29 124 “A análise tem inúmeras debilidades. Se for verdade que os fenômenos ditos imperfeições do mercado espelham perguntas no plano teórico, estas não são diretamente observáveis. Uma transação não se perfaz por conta de imperfeição do mercado ou por força de condições normais de escassez (custo) Os filmes franceses são menos vistos nos cinemas, na França, do que os norte- americanos, em razão de alguma falha de mercado (quase monopólio, falta de informação dos consumidores franceses), ou por motivo mais banal, os consumidores franceses preferem os filmes norte-americanos? Não se pode responder à questão por simples observação.53 Resulta que a só existência de elementos que permitem apreender alguma imperfeição de mercado não basta para justificar uma intervenção O trecho levanta críticas em relação à análise das imperfeições do mercado. Ele argumenta que as imperfeições do mercado não são diretamente observáveis e levanta a questão de se uma transação não ocorre devido a uma imperfeição do mercado ou simplesmente por condições normais de escassez e custo. O exemplo dos filmes franceses e norte-americanos é apresentado para ilustrar a dificuldade de atribuir as preferências dos consumidores a uma falha de mercado ou a simples preferências individuais. O trecho conclui que a mera existência de elementos que indicam uma imperfeição de mercado não é suficiente para justificar a intervenção corretiva do Estado, uma vez que essa intervenção pode alterar outros custos mais elevados associados às imperfeições identificadas. Em suma, o texto destaca a complexidade e as limitações na corretiva do Estado. Ou seja, nada garante que a intervenção do Estado, que se pretende corretiva, possa remediar a imperfeição do mercado sem, por sua vez, alterar os diferentes e mais elevados custos daquilo que as imperfeições apontam”. interpretação das imperfeições do mercado e na justificação da intervenção estatal para corrigi-las. 30 125 “A intervenção do Estado, uma vez realizada, exclui, por sua existência, a iniciativa privada que poderia ter levado ao empreendedorismo de sorte a criar, inventar, práticas para superar a imperfeição do mercado considerado. A intervenção estatal tende a bloquear tal demonstração e, dessa forma, a se perpetuar. Mesmo nos casos de estarem caracterizadas imperfeições do mercado, os custos daí resultantes devem ser comparados com os da intervenção estatal que são por ela engendrados. Entre eles, é preciso considerar, fora da tendência a se perpetuarem indeterminadamente, a suscetibilidade da busca por rendas pelos grupos de interesse que agem sob a cobertura do interesse geral, assim como a ausência de estímulos visando à inovação por aqueles que agem em nome do Estado”. O trecho ressalta que a intervenção do Estado pode excluir a iniciativa privada, que poderia ter encontrado soluções empreendedoras para superar as imperfeições do mercado. Argumenta-se que a intervenção estatal pode bloquear essa demonstração e criar uma dependência contínua da intervenção. Mesmo nos casos em que as imperfeições do mercado são identificadas, é necessário comparar os custos resultantes dessas imperfeições com os custos gerados pela intervenção estatal. Além disso, são destacados dois pontos negativos da intervenção estatal: a busca por rendas por parte de grupos de interesse que atuam sob o pretexto do interesse geral e a falta de estímulos para a inovação por parte daqueles que agem em nome do Estado. Em suma, o trecho questiona a eficácia e os possíveis efeitos negativos da intervenção estatal, considerando o impacto na iniciativa privada, a perpetuação da intervenção e a falta de estímulo à inovação.
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