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AVP - ECONOMIA (1)

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CENTRO UNIVERSITÁ RIO 
DOUTOR LEÁ O SÁMPÁIO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
Caro aluno, baseado no texto do “Capítulo 3 - O mercado e a concorrência”, elabore um fichamento de 
leitura considerando 30 itens, e conforme modelo apresentado abaixo. A atividade deve ser realizada 
em grupo (mesmo grupo da atividade de Coase) de até 5 alunos e entregue até às 23h59min do dia 
12/06/2023. Essa atividade é parte da avaliação parcial da disciplina de Tópicos de Economia, com 
pontuação de até 1,5 (um vírgula cinco) ponto. 
 
N° Págs. Citação Síntese 
 
 
1 
 
 
 88 
 
“294 A troca, isto é, a transferência de 
um bem ou o fornecimento de um 
serviço mediante contrapartida 
semelhante, ou em moeda, constitui 
uma das relações essenciais que os 
seres humanos podem estabelecer 
entre si. [...]” 
A troca é uma relação essencial entre 
seres humanos, envolvendo a 
transferência de bens ou serviços em 
troca de algo semelhante ou em moeda. 
Essa capacidade de trocar é um traço 
distintivo dos seres humanos em 
comparação com outras espécies 
animais. A troca desempenha um papel 
fundamental na vida em sociedade, 
sendo considerada uma base 
indispensável. 
 
 
 
2 
 
 
88 
 
 
“[...]296 Proponha esta troca ao 
vizinho. Você cuidará da horta e, em 
contrapartida, o vizinho preparará suas 
refeições. Cada um faz sua parte. Você 
passará, agora, duas horas por dia 
cuidando das hortas e seu vizinho uma 
hora e meia para preparar as seis 
Essa citação propõe uma troca entre 
vizinhos, na qual um cuida da horta e o 
outro prepara as refeições. Ambos 
dedicam um tempo específico para suas 
tarefas: duas horas por dia para cuidar 
da horta e uma hora e meia para 
preparar seis refeições. A ideia é que 
 
Fichamento de Leitura 
 
 
Alunos: Adna Júlia Montenegro da Silva 
Ana Vitória Gonçalves Izidro Figueiredo 
Anna Vitória Félix Pinheiro 
Luiz Henrique Silva Angelim 
Petria Oliveira de Jesus 
Professor: José Eduardo de Carvalho Lima 
Disciplina: Tópicos de Economia Data de 
entrega 
12/06/2023 – 23h59 
Assunto: O mercado e a concorrência 
refeições. Cada um ganha na troca, um 
ganho Pareto. [...]” 
cada um faça sua parte e ambos se 
beneficiem com essa troca, obtendo um 
ganho Pareto, ou seja, um ganho em que 
pelo menos uma pessoa é beneficiada 
sem prejudicar a outra. 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
89 
“298 [...]. O vizinho tem vantagem 
comparativa na preparação das 
refeições, nós no cuidado das hortas. 
A troca é baseada nessa diferença e 
permite a cada um especializar-se na 
atividade em que tenha vantagem 
comparativa. O fator decisivo não está, 
pois, na eficácia absoluta (medida aqui 
em horas), mas na eficácia relativa da 
produção dos dois serviços: a troca é 
interessante mesmo se superarmos o 
vizinho nas duas atividades. As 
vantagens comparativas são a fonte 
dos ganhos do livre comércio entre 
países, mesmo com diferentes graus 
ou níveis de desenvolvimento.6”. 
A vantagem comparativa é uma teoria 
econômica que sugere que países ou 
indivíduos devem se especializar na 
produção daquilo em que são mais 
eficientes em relação aos outros e, em 
seguida, trocar esses produtos para 
obter benefícios mútuos. No caso do 
exemplo, o vizinho é mais eficiente na 
preparação de refeições, enquanto o 
narrador é mais eficiente no cuidado das 
hortas. Mesmo que o narrador possa ser 
mais eficiente do que o vizinho, em 
ambas as tarefas, a troca ainda é 
benéfica porque se baseia na eficácia 
relativa da produção dos dois serviços. 
Ao reconhecer as vantagens 
comparativas de cada um, o narrador e o 
vizinho podem se especializar no que 
são mais eficientes, o que resultará em 
uma produção total maior e em um 
melhor aproveitamento dos recursos 
disponíveis. Ao trocar os produtos, eles 
podem obter os benefícios, aproveitando 
a vantagem comparativa do outro. No 
contexto do livre comércio entre países, 
as vantagens comparativas são a fonte 
dos ganhos. Mesmo que um país seja 
mais desenvolvido ou mais eficiente em 
todas as áreas de produção, ainda é 
vantajoso para ambos os países se 
especializar naquilo em que possuem 
vantagem comparativa e trocarem bens 
e serviços. 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
90 
“[...] 301 A divisão do trabalho não é 
fruto de um plano ou programa 
visando a aumentar a riqueza de todos. 
Ela se impôs como “consequência 
necessária, ainda que de forma lenta e 
gradual, de certa propensão da 
natureza humana que não visa 
qualquer utilidade tão ampla, ou seja, a 
propensão de negociar e de trocar 
uma coisa por outra”.8 Cada um 
buscando seu interesse e a 
possibilidade de trocar bastam para 
que apareça a oportunidade de divisão 
do trabalho. [...]” 
A divisão do trabalho não é fruto de um 
plano ou programa intencional para 
aumentar a riqueza coletiva. Pelo 
contrário, ela emerge como uma 
consequência necessária da propensão 
humana para negociar e trocar. À medida 
que cada indivíduo busca seus próprios 
interesses e encontra oportunidades de 
troca, surge a possibilidade de 
especialização e divisão de tarefas. Essa 
divisão do trabalho permite uma maior 
eficiência e produtividade, uma vez que 
cada pessoa pode se dedicar a uma 
atividade específica na qual tenha 
habilidades e vantagens comparativas. 
Portanto, a divisão do trabalho não 
apenas atende aos interesses individuais, 
mas também beneficia a sociedade 
como um todo ao aumentar a produção 
e o bem-estar geral. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
91 
“[...] 305 As trocas ocorrem, sem 
dúvida, a todo tempo. As instituições 
necessárias para enquadrá-las são de 
compreensão relativamente fácil: 
respeito recíproco à propriedade das 
coisas a serem trocadas; acordo e 
transferência recíproca, simultânea ou 
em momentos diferentes de tempo. As 
considerações do capítulo precedente 
indicam que tais instituições podem ter 
sido descobertas e preservadas em 
todas as espécies de sociedades e de 
economias. A propriedade e o contrato 
bastam para explicar as trocas 
pontuais, assim como a atividade dos 
mercadores viajantes. Não explicam, 
contudo, por si sós, o que 
denominamos “mercado”. [...]” 
 
As trocas ocorrem constantemente e as 
instituições que as regulam são 
relativamente compreensíveis, 
envolvendo respeito mútuo à 
propriedade e acordos de transferência. 
Essas instituições podem ter sido 
descobertas e mantidas em várias 
sociedades e economias. A propriedade 
e o contrato são suficientes para explicar 
as trocas individuais e a atividade dos 
mercadores viajantes. No entanto, esses 
elementos não explicam sozinhos o 
conceito de "mercado". 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
91 e 92 
 
“[...] 306 “Mercado” é qualquer 
situação em que pessoas que têm 
bens ou serviços para oferecer 
procuram apresentar-se frente a 
pessoas interessadas em obtê-los, ou, 
ainda, aquela em que muitos 
compradores potenciais buscam se 
apresentar frente à pessoa ou às 
pessoas que tenham bens ou serviços 
a oferecer, podendo, portanto, os dois 
fenômenos ocorrer simultaneamente. 
Os primeiros mercados aparecem bem 
cedo na história: são os mercados de 
produtos agrícolas, as feiras e os 
souks. A fórmula dos mercados foi 
compreendida e progressivamente 
refinada. As Bolsas, reunindo 
mercadores atacadistas, ou 
negociantes, da mesma forma que as 
modernas Bolsas que negociam com 
opções a termo constituem formas 
evoluídas. [...]” 
"Mercado" é quando pessoas com bens 
ou serviços buscam compradores 
interessados ou quando compradores 
em potencial procuram fornecedores. 
Essa interação pode acontecer 
simultaneamente. Os mercados existem 
desde tempos antigos, como os 
mercados agrícolas, feiras e souks. Ao 
longo do tempo, a ideia de mercado foi 
compreendida e aprimorada. As bolsas, 
onde atacadistas e negociantes se 
encontram, inclusive as modernas bolsas 
de opções a termo, representam formas 
mais avançadasde mercado. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
92 
“307 Interessante deter-se sobre o 
desenvolvimento dos mercados. Os 
historiadores documentaram o 
fenômeno na Europa ocidental. A 
prática dos mercados suscita 
interesses opostos. Os mercados da 
Idade Média eram, sob qualquer 
forma, considerados propriedade do 
Durante a Idade Média, o 
desenvolvimento dos mercados na 
Europa Ocidental foi um fenômeno 
importante. Os mercados medievais 
eram locais de troca e comércio onde 
pessoas se reuniam para comprar e 
vender uma variedade de produtos. No 
entanto, a visão sobre a propriedade e 
senhor das terras nas quais 
ocorriam.10 Os senhores viam nos 
mercados fonte de receita e tinham 
interesse de estimulá-los. [...].” 
controle desses mercados era diversa e 
suscitava interesses opostos. Por um 
lado, os mercados eram frequentemente 
vistos como fonte de receita pelos 
senhores das terras onde ocorriam. Os 
senhores tinham interesse em estimular 
o comércio e a atividade econômica 
nesses mercados, pois isso poderia 
aumentar suas rendas e fortalecer seu 
poder econômico. Os mercados também 
eram de interesse para os comerciantes 
e artesãos que participavam das trocas. 
Eles viam nos mercados uma 
oportunidade de expandir seus negócios, 
estabelecer redes de comércio e 
alcançar lucros. Os mercados medievais 
eram pontos de encontro e interação 
social, além de serem importantes locais 
de trocas comerciais. 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
92 
“[...] 308 Contudo, a existência de um 
mercado implicava concorrência com 
as lojas e estabelecimentos no 
“circuito comercial” da região. O 
mercado de uma região podia fazer 
concorrência ao de outra região, cada 
um deles sob autoridade de um 
diferente senhor. O senhor que 
autorizasse um novo mercado – 
diretamente ou outorgando uma carta 
à cidade que desejasse sediá-lo – 
ficava submetido a pressões 
contraditórias. A permissão era, em 
geral, conferida com reservas, de 
forma a administrar a concorrência. 
[...]”. 
 
A existência de um mercado implicava 
competição com as lojas e 
estabelecimentos comerciais da região. 
Os mercados de diferentes regiões 
competiam entre si, cada um sob a 
autoridade de um senhor diferente. O 
senhor que permitisse a criação de um 
novo mercado estava sujeito a pressões 
contraditórias. A permissão para 
estabelecer um mercado geralmente era 
concedida com ressalvas, a fim de 
administrar a concorrência. 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
94 
“[...] 313 O que vale para custos de 
transporte aplica-se aos custos de 
transação. Tudo o que reduza os 
custos de encontrar um parceiro para 
a troca, de mostrar o que se tem a 
oferecer ou o que se deseja adquirir, 
estabelecer condições de acordo e 
assegurar sua execução contribui para 
formar o mercado. A periodicidade das 
feiras nos grandes centros comerciais 
na Idade Média foi invenção visando a 
reduzir custos de transação. 
Atualmente, os espetaculares 
progressos dos meios de 
comunicação, a informação (correio, 
jornais, mídias, recursos eletrônicos 
etc.) reduzem, continuamente, os 
custos de transação e alarga os 
Os custos de transporte e os custos de 
transação são semelhantes em sua 
aplicação. Qualquer fator que reduza os 
custos de encontrar um parceiro para 
trocar, mostrar o que se tem a oferecer 
ou deseja adquirir, estabelecer 
condições de acordo e garantir sua 
execução contribui para a formação do 
mercado. Nas feiras da Idade Média, a 
periodicidade foi estabelecida para 
reduzir os custos de transação nos 
grandes centros comerciais. Hoje em 
dia, os avanços espetaculares nos meios 
de comunicação e na informação, como 
correio, jornais, mídias e recursos 
eletrônicos, continuamente reduzem os 
custos de transação e ampliam os 
mercados. 
mercados. [...]” 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
94 
“315 A concorrência resulta não 
apenas da comparação de preços de 
produtos conhecidos e ofertados 
segundo as fórmulas tradicionais. Ela 
aparece, também, e, sobretudo, pela 
inovação das formas de produção, na 
natureza dos produtos, na maneira de 
apresentá-los aos clientes. Atualmente, 
por exemplo, quem introduziu a 
produção sem estoque (just in time 
production) obteve economias sobre 
custos de estoques que garantiram 
vantagem competitiva, rapidamente 
dissipada por efeito da imitação. Como 
consequência, a percepção de 
concorrência e mercado, evolui”. 
 
A concorrência não se limita à 
comparação de preços de produtos 
conhecidos e oferecidos de forma 
tradicional. Ela também surge e, 
principalmente, através da inovação nas 
formas de produção, na natureza dos 
produtos e na maneira de apresentá-los 
aos clientes. Por exemplo, a introdução 
da produção "just-in-time" resultou em 
economias de custos de estoque e 
vantagem competitiva, mas essa 
vantagem foi rapidamente dissipada 
devido à imitação. Como resultado, a 
percepção de concorrência e mercado 
está em constante evolução. 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
95 
“317. Os exemplos realçam a questão 
da extensão de um mercado. No caso 
da indústria cinematográfica, o 
mercado se limita à apresentação de 
filmes em salas? Devemos, então, 
explicar o declínio dessa indústria. Isso 
se explica facilmente se admitirmos 
que o mercado visado é aquele do 
espectador audio-visual, incluindo a 
televisão e os videoclipes, ou mesmo, 
de forma resumida, o mercado de 
espetáculos, o da diversão”. 
Ao reconhecer que o mercado alvo 
abrange uma variedade de formas de 
entretenimento e diversão, fica mais fácil 
compreender as mudanças e os desafios 
enfrentados pela indústria 
cinematográfica. O declínio da indústria 
cinematográfica pode ser atribuído a 
vários fatores, como a concorrência com 
outras formas de entretenimento 
audiovisual, a disponibilidade de 
plataformas de streaming, a pirataria, 
entre outros. A expansão do mercado 
audiovisual e o surgimento de novas 
formas de consumo de conteúdo 
representam desafios para a indústria 
cinematográfica tradicional. Para se 
manter relevante, é necessário que os 
estúdios e as empresas cinematográficas 
se adaptem às mudanças no 
comportamento do consumidor e 
explorem novas oportunidades de 
distribuição e produção de conteúdo. Em 
suma, ao considerar o mercado 
cinematográfico, é essencial ampliar a 
análise para abranger o mercado mais 
amplo do entretenimento audiovisual. 
Isso nos permite entender melhor as 
transformações ocorridas na indústria 
cinematográfica e os desafios 
enfrentados diante das mudanças nos 
hábitos de consumo do público. 
 
 
12 
 
 
 
99 e 100 
 “[...] 333 Os preços praticados nos 
mercados formam, pois, um sistema 
de sinais que permite a fornecedores e 
consumidores ajustarem seus planos 
: Os preços nos mercados 
desempenham um papel crucial na 
coordenação entre fornecedores e 
consumidores, permitindo que ajustem 
 
 
 
 
de forma coordenada, levando aqueles 
a produzir e vender na medida em que 
os consumidores se mostrem 
propensos a consumir. Tal 
coordenação, resultante das ações de 
numerosas pessoas que não se 
concertam, sem nenhuma planificação, 
inspirou Adam Smith a imaginar a 
“mão invisível”: “cada um busca seu 
ganho e, dessa forma, como em 
outros casos, é levado pela mão 
invisível a promover um fim que não 
faz parte de suas intenções”.15[...]”. 
seus planos de forma harmonizada. Essa 
coordenação ocorre de maneira 
descentralizada, sem a necessidade de 
um planejamento centralizado, e é 
inspirada pela ideia da "mão invisível" 
mencionada por Adam Smith. A busca 
individual pelo ganho próprio leva os 
agentes econômicos a tomar decisões 
que, em conjunto, promovem um 
resultado benéfico para a sociedade, 
mesmo que não seja sua intenção direta. 
Assim, o sistema de preços funciona 
como um mecanismo eficiente de 
alocação de recursos, permitindo que a 
economia se adapte e seajuste às 
preferências e demandas dos 
consumidores de forma espontânea. 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
101 
“337 Os economistas testaram a ideia 
por meio do conceito de elasticidade. A 
demanda é dita elástica num dado 
ponto se o aumento de 1% do preço 
leva a uma diminuição de mais de 1% 
da quantidade demandada, e inelástica 
se a redução for menor do que 1% da 
quantidade demandada”. 
 
: Na economia, o conceito de 
‘elasticidade’ diz respeito à quanto de 
variação na demanda ocorre em relação 
às variações no preço de um 
determinado produto. Quando a 
demanda é considerada elástica em um 
determinado ponto, significa que uma 
pequena variação percentual no preço 
leva a uma variação percentual maior na 
quantidade demandada. Por exemplo, se 
o preço de um produto aumentar em 
1%, e a quantidade demandada diminuir 
em mais de 1%, dizemos que a demanda 
é elástica. Isso indica que os 
consumidores são sensíveis às 
mudanças de preço e reagem reduzindo 
a quantidade que desejam comprar. Por 
outro lado, quando a demanda é 
inelástica, uma mudança percentual no 
preço resulta em uma mudança 
percentual menor na quantidade 
demandada. Nesse caso, uma redução 
no preço teria um efeito relativamente 
pequeno na quantidade demandada. Se a 
quantidade demandada diminui menos 
de 1% em resposta a um aumento de 1% 
no preço, consideramos a demanda 
como inelástica. A elasticidade da 
demanda é calculada em diferentes 
pontos ao longo da curva de demanda e 
pode variar de acordo com o produto, o 
mercado e o contexto econômico. 
 
 
14 
 
 
 
 
106 
“[...] 349 Sendo único no seu 
mercado, o monopolista pode se 
permitir oferecer seu produto ao maior 
preço, uma vez que nenhum 
concorrente pode desviar clientes ao 
O monopolista detém o poder de 
determinar o preço do seu produto, uma 
vez que não enfrenta concorrência 
direta. Isso lhe permite estabelecer 
preços mais altos, já que não há outros 
 
 
oferecer o bem por preço melhor ou 
inferior. Nada obstante, porém, o 
monopolista estar sujeito à limitação 
da capacidade produtiva e de os 
clientes se disporem a pagar o preço 
por ele cobrado. À medida que 
aumenta o preço, o monopolista perde 
clientes, mesmo que receba valores 
mais elevados daqueles que 
permanecem fiéis. [...]” 
competidores para atrair clientes 
oferecendo preços mais baixos. No 
entanto, mesmo o monopolista enfrenta 
limitações, como a capacidade produtiva 
e a disposição dos clientes em pagar o 
preço estabelecido. À medida que o 
preço aumenta, o monopolista 
inevitavelmente perde clientes, mesmo 
que aqueles que permanecem estejam 
dispostos a pagar mais pelo produto. 
Essa dinâmica revela que o poder 
monopolista não é absoluto e que existe 
um limite no qual a demanda diminui 
consideravelmente. Portanto, o poder de 
precificação do monopolista não é 
ilimitado e está sujeito a considerações 
de capacidade produtiva e 
comportamento dos consumidores. 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
109 
“362 A discriminação de preços 
pressupõe que o fornecedor possa 
separar, distinguir, grupos de clientes 
com diferentes preferências quanto a 
seu produto e impeça que o adquiram 
a preço inferior e o revendam a outros 
interessados (clientes) que o 
adquiririam pelo preço mais elevado. 
Esse fenômeno é denominado, pelos 
economistas, de arbitragem. [...]”. 
Na economia, a discriminação de preços 
refere-se à prática em que um 
fornecedor cobra preços diferentes para 
diferentes grupos de clientes por um 
determinado produto, de acordo com as 
preferências dos clientes. Isso permite 
que o fornecedor adquira o valor 
adicional que os consumidores estão 
dispostos a pagar por um produto. Ou 
seja, um consumidor pode pagar a mais 
que outro pelo mesmo produto. A 
arbitragem, neste contexto, consiste na 
prática da operação de compra e venda, 
visando o lucro sobre a diferença de 
preços do mesmo produto. Ocorre 
quando um indivíduo compra um bem a 
um preço mais baixo e o vende a um 
preço mais alto, beneficiando-se da 
diferença de preços. 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
112 
“[..] 370 [...] O inovador propõe novo 
produto a uma clientela até então fiel a 
produto tradicional. Deve convencer os 
consumidores de que, pelo preço 
proposto, o produto, com 
características particulares, pode 
substituir, com vantagem, aqueles 
tradicionais e disponíveis. Se o produto 
for, efetivamente, melhor, alguns 
consumidores alterarão, 
imediatamente, sua escolha; outros 
aguardarão que a nova fórmula seja 
aprovada para, então, mudarem. Os 
fornecedores de produtos mais 
tradicionais perderão clientela e lucros. 
Decorrido algum tempo, seguirão o 
exemplo do inovador e oferecerão, 
Essa dinâmica evidencia a importância 
da concorrência e da inovação para 
impulsionar o progresso econômico. Os 
consumidores se beneficiam com a 
possibilidade de escolher entre 
diferentes opções e de receber produtos 
melhores e mais atraentes. Os 
fornecedores são incentivados a se 
adaptar e melhorar seus produtos para 
atender às demandas do mercado. Essa 
competição contínua impulsiona a 
inovação e leva a um constante avanço 
na qualidade e na variedade dos 
produtos disponíveis para os 
consumidores. 
também, a nova fórmula, ou, de sua 
parte, envidarão a busca por inovação, 
proporão produto novo cuja atração 
supere, desde logo, a do produto 
inovador. E assim sucessivamente. 
[...]”. 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
114 
“[...]375 Concorrência é processo 
contínuo no qual os empresários, 
mediante recurso a uma gama infinita 
de estratégias, entre as quais preços, 
serviços, inovações em matéria de 
produção, de gestão e de oferta ao 
mercado, procuram e tentam, em seu 
benefício, realizar combinações de 
clientes e produtos que lhes deem 
vantagens sobre outros empresários 
que os clientes percebem como 
concorrentes. O processo de 
concorrência faz emergirem 
possibilidades até então ignoradas. A 
introdução de inovações, e sua 
aceitação pelos consumidores, 
permitem descobrir o que estes, os 
últimos, procuram e o que os 
fornecedores podem-lhes oferecer ao 
preço que sejam capazes de pagar. 
Não se trata de simples declarações de 
intenção, mas de possibilidades 
realistas. É a esta realidade que alude 
Hayek ao qualificar a concorrência de 
procedimento de descobertas.27 [..]” 
: Essa perspectiva enfatiza a importância 
da concorrência como um motor de 
progresso e inovação na economia. 
Através da competição, as empresas são 
incentivadas a explorar novas ideias, 
melhorar seus produtos e serviços, e 
encontrar maneiras de atender às 
necessidades e desejos dos 
consumidores de forma mais eficiente e 
eficaz. A concorrência não apenas 
impulsiona a descoberta de novas 
oportunidades de negócios, mas 
também beneficia os consumidores, que 
têm acesso a uma maior variedade de 
produtos, melhores opções e preços 
mais competitivos. Portanto, a 
concorrência desempenha um papel vital 
na promoção do progresso econômico e 
do bem-estar geral. 
 
 
18 
 
 
113 
“372. Assim que o inovador atinge seu 
escopo, quando o produto agrada aos 
consumidores, será, por certo tempo, 
o único a oferecê-lo. Ocupa um “nicho” 
de mercado em que pode se 
comportar como monopolista e, dessa 
forma, obter lucros excepcionais. Sua 
posição privilegiada é, entretanto, 
precária. O só fato de auferir lucros 
excepcionais atrai concorrentes para 
seu nicho, o que faz deslanchar uma 
tendência à redução dos lucros como 
descrito acima. O monopólio 
temporário tem a peculiaridade de ser, 
a todo momento, contestável pela 
entrada de concorrentes. Pode-se até 
dizer que a ameaça de entrada no 
mercado é a força que inibe o inovador 
monopolista: quanto mais guloso for, 
mais rapidamente os concorrentes se 
sentem estimulados a competir. Se 
limitar a remuneração ao mínimo 
necessário para operar com aNo entanto, essa posição privilegiada é 
precária, pois a obtenção de lucros 
excepcionais atrai a atenção de 
potenciais concorrentes. A existência de 
lucros acima da média cria um incentivo 
para que outras empresas entrem no 
mercado e ofereçam produtos 
semelhantes, aumentando a competição 
e, consequentemente, reduzindo os 
lucros do inovador original. 
Essa tendência à entrada de 
concorrentes é impulsionada pela 
ameaça de lucros excessivos. Quanto 
mais o inovador monopolista busca 
maximizar seus lucros, mais 
rapidamente os concorrentes são 
estimulados a entrar no mercado e 
competir com ele. A possibilidade de 
competição iminente inibe o inovador de 
se tornar excessivamente "guloso" em 
sua busca por lucros, pois ele sabe que 
isso atrairá concorrentes mais 
rapidamente. 
inovação, levando em conta o risco e o 
custo de começar, eventuais 
concorrentes estarão menos tentados 
a contestar a situação”. 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
115 
“379. Podemos examinar o conjunto 
de comportamentos proibidos nas leis 
de concorrência. Afora os casos de 
fraude em relação a consumidores, o 
caráter nefasto de práticas que afetam 
diretamente a concorrência (ex.: 
preços predatórios, dumping) não 
parece fácil de ser demonstrado”. 
As leis de concorrência são projetadas 
para promover a concorrência justa e 
prevenir comportamentos 
anticompetitivos que possam prejudicar 
os consumidores e restringir a eficiência 
econômica. Essas leis geralmente 
proíbem uma série de práticas 
comerciais consideradas prejudiciais 
para o funcionamento adequado do 
mercado. Embora seja verdade que a 
identificação e a demonstração de 
práticas anticompetitivas possam ser 
complexas em alguns casos, existem 
várias razões pelas quais certas práticas 
são consideradas prejudiciais à 
concorrência. É importante destacar que 
a detecção e a demonstração dessas 
práticas anticompetitivas podem ser 
desafiadoras, requerendo investigações 
aprofundadas, análises econômicas e 
provas sólidas. No entanto, a existência 
de leis de concorrência e a atuação das 
autoridades reguladoras buscam garantir 
a concorrência justa e proteger os 
interesses dos consumidores. 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
121 
“397 [...] compramos, em uma época 
na qual há abundância e na qual o bem 
tem preço baixo [...], para revender em 
período de escassez. Há uma diferença 
em relação à arbitragem: os preços 
futuros não são conhecidos [...]. 
Acredita que o preço futuro será mais 
alto. Se se enganar, sofrerá os 
contratempos, o que lhe dá certa razão 
para tentar apostar corretamente. 398 
Esse fenômeno é conhecido como 
especulação. [...]”. 
O fenômeno da especulação ocorre 
quando os indivíduos assumem riscos 
ao fazer previsões sobre os movimentos 
futuros dos preços ou condições de 
mercado. Acredita-se que os preços 
futuros serão mais altos e, portanto, há 
uma aposta de que a compra antecipada 
resultará em lucro. No entanto, a 
especulação envolve riscos 
consideráveis, uma vez que os preços 
futuros não são conhecidos com certeza. 
Se as previsões estiverem incorretas e 
os preços não aumentarem conforme 
esperado, a especulação pode resultar 
em perdas financeiras. Desse modo, os 
especuladores assumem riscos e 
buscam obter lucros com base em suas 
crenças sobre as tendências futuras do 
mercado. 
 
 
21 
 
 
 
 
121 
“398. Esse fenômeno é conhecido 
como especulação. Tem má fama 
porque, aos olhos do leigo, o 
especulador aufere um benefício 
indevido. Posto de outra forma, como 
Essa visão negativa em relação à 
especulação geralmente ocorre quando 
os preços dos bens sobem rapidamente 
devido à escassez ou à demanda 
aumentada. Nesses momentos, os 
 
 
os bens são vendidos por preço maior 
exatamente no momento em que se 
tornaram raros, escassos, parece que 
se exploram as pessoas nos 
momentos de suas necessidades]”. 
especuladores podem lucrar comprando 
os bens antes que se tornem raros e 
vendendo-os posteriormente a preços 
mais altos. Isso pode dar a impressão de 
que estão aproveitando a situação e 
obtendo ganhos excessivos à custa dos 
consumidores. 
No entanto, é importante entender que a 
especulação não é necessariamente um 
fenômeno negativo em si. Os 
especuladores desempenham um papel 
importante nos mercados, ajudando a 
melhorar a eficiência ao assumir riscos e 
fornecer liquidez. Eles estão dispostos a 
correr o risco de comprar ativos quando 
há incerteza em relação aos preços 
futuros, e isso contribui para uma 
melhor formação de preços e uma 
alocação mais eficiente dos recursos. 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
121 e 
122 
“Essa visão negativa em relação à 
especulação geralmente ocorre quando 
os preços dos bens sobem 
rapidamente devido à escassez ou à 
demanda aumentada. Nesses 
momentos, os especuladores podem 
lucrar comprando os bens antes que 
se tornem raros e vendendo-os 
posteriormente a preços mais altos. 
Isso pode dar a impressão de que 
estão aproveitando a situação e 
obtendo ganhos excessivos à custa 
dos consumidores. 
No entanto, é importante entender que 
a especulação não é necessariamente 
um fenômeno negativo em si. Os 
especuladores desempenham um 
papel importante nos mercados, 
ajudando a melhorar a eficiência ao 
assumir riscos e fornecer liquidez. Eles 
estão dispostos a correr o risco de 
comprar ativos quando há incerteza 
em relação aos preços futuros, e isso 
contribui para uma melhor formação 
de preços e uma alocação mais 
eficiente dos recursos.” 
Essa visão negativa em relação à 
especulação geralmente ocorre quando 
os preços dos bens sobem rapidamente 
devido à escassez ou à demanda 
aumentada. Nesses momentos, os 
especuladores podem lucrar comprando 
os bens antes que se tornem raros e 
vendendo-os posteriormente a preços 
mais altos. Isso pode dar a impressão de 
que estão aproveitando a situação e 
obtendo ganhos excessivos à custa dos 
consumidores. No entanto, é importante 
entender que a especulação não é 
necessariamente um fenômeno negativo 
em si. Os especuladores desempenham 
um papel importante nos mercados, 
ajudando a melhorar a eficiência ao 
assumir riscos e fornecer liquidez. Eles 
estão dispostos a correr o risco de 
comprar ativos quando há incerteza em 
relação aos preços futuros, e isso 
contribui para uma melhor formação de 
preços e uma alocação mais eficiente 
dos recursos. 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
114 
“Concorrência é processo contínuo no 
qual os empresários, mediante recurso 
a uma gama infinita de estratégias, 
entre as quais preços, serviços, 
inovação em matéria de produção, de 
gestão e de oferta ao mercado, 
procuram e tentam, em seu benefício, 
realizar combinações de clientes e 
produtos que lhes deem vantagens 
O trecho destaca a importância da 
concorrência no contexto econômico. 
Nesse processo, os empresários utilizam 
diversas estratégias para buscar 
vantagens sobre seus concorrentes, 
como preços competitivos, serviços 
diferenciados e inovações na produção e 
gestão. A concorrência permite a 
descoberta de novas possibilidades, 
sobre outros empresários que os 
clientes percebem como concorrentes. 
O processo de concorrência faz 
emergirem possibilidades até então 
ignoradas. A introdução de inovações, 
e sua aceitação pelos consumidores, 
permitem descobrir o que estes, os 
últimos, procuram e o que os 
fornecedores podem lhes oferecer ao 
preço que sejam capazes de pagar. 
Não se trata de simples declarações de 
intenção, mas de possibilidades 
realistas. É a esta realidade que alude 
Hayek ao qualificar a concorrência de 
procedimento de descobertas”. 
impulsionada pela introdução de 
inovações que são aceitas pelos 
consumidores. Isso possibilita aos 
empresários entenderem o que os 
consumidores desejam e o que estão 
dispostos a pagar. A concorrência não se 
resume a intenções,mas se baseia em 
oportunidades reais de mercado. 
Portanto, a concorrência é considerada 
um procedimento de descobertas que 
impulsiona o desenvolvimento 
econômico e beneficia tanto os 
empresários quanto os consumidores. 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
117 
“A relação entre o preço de um bem, 
seu valor e seu custo representa um 
problema para o jurista. Já no direito 
romano admitia-se a possibilidade de 
rescindir a venda de imóvel alienado 
por menos do que a metade do preço 
justo.40 A ideia se reflete no artigo 
1.674 do atual Código Civil Francês, 
que permite a rescisão da venda de 
imóvel se o vendedor for lesado por 
mais de sete doze avos do preço. 
Carbonnier remonta a ideia do que seja 
preço justo ligando-a à doutrina dos 
Pais da Igreja católica, segundo a qual 
comete-se pecado ao não contratar a 
preço justo. O preço justo traduziria o 
valor do bem”. 
No trecho explica a relação entre o 
preço, o valor e o custo de um bem é 
um assunto complexo no âmbito 
jurídico. No passado, tanto no direito 
romano quanto no atual Código Civil 
Francês, havia a possibilidade de 
rescindir um contrato de venda de 
imóvel se o preço estivesse 
significativamente abaixo do valor justo. 
Essa noção de "preço justo" remonta à 
doutrina dos Pais da Igreja Católica, que 
considerava um pecado não contratar a 
um preço justo. O conceito de preço 
justo é entendido como o valor real do 
bem, e sua determinação pode ser um 
desafio para os juristas, pois envolve 
considerações subjetivas e contextuais. 
Portanto, a questão do preço justo 
continua sendo objeto de reflexão e 
debate no campo jurídico. 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
122 
“Os mercados que funcionam 
adequadamente tendem a evoluir em 
direção a um estado de equilíbrio geral 
que é considerado um ótimo de 
Pareto. Isso significa que não é 
possível fazer uma realocação dos 
recursos que melhore a situação de 
um participante sem piorar a situação 
de outro. Essa ideia, fundamentada no 
modelo neoclássico da ciência 
econômica, é um dos resultados 
notáveis desse modelo. Ela respalda a 
intuição de economistas, como Adam 
Smith, de que os mercados livres 
servem ao interesse público, uma vez 
que promovem eficiência e maximizam 
o bem-estar social. Essa concepção 
baseia-se na crença de que a livre 
interação entre os agentes econômicos 
O conceito de equilíbrio geral em 
economia refere-se a um estado em que 
a alocação de recursos em um mercado 
atinge uma situação de estabilidade, na 
qual não há incentivos para que nenhum 
agente econômico altere suas escolhas. 
Esse equilíbrio é considerado um ótimo 
de Pareto quando não é possível realocar 
os recursos de forma a beneficiar um 
indivíduo sem prejudicar outro. Em 
outras palavras, é uma situação em que 
não é possível melhorar a condição de 
alguém sem piorar a situação de pelo 
menos uma outra pessoa. Essa ideia é 
um resultado importante do modelo 
neoclássico da ciência econômica, que 
busca entender o funcionamento dos 
mercados e suas consequências. 
Economistas, como Adam Smith, 
no mercado leva a resultados ótimos 
para a sociedade como um todo”. 
acreditam que mercados livres e 
competitivos são capazes de atingir esse 
estado de equilíbrio geral ótimo de 
Pareto, servindo assim ao interesse 
público. 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
123 
“Bens coletivos são aqueles que, uma 
vez disponíveis, não permitem que 
alguém seja excluído de seu uso e, 
portanto, que a utilização do bem por 
uma pessoa não diminui a quantidade 
dele disponível para outras. A defesa 
nacional é, em geral, citada como 
exemplo; a informação divulgada tem, 
também, característica de bem coletivo 
em muitas de suas manifestações. 
Dificuldade evidente, quanto aos bens 
coletivos, é que, se ninguém pode ser 
excluído de seu uso, cada um será 
tentado a abusar e ninguém, no 
mercado privado, terá interesse em 
produzi-lo”. 
No trecho, bens coletivos são aqueles 
que não permitem a exclusão de 
pessoas de seu uso e cuja utilização por 
um indivíduo não diminui a 
disponibilidade desse bem para outros. 
Um exemplo clássico de bem coletivo é 
a defesa nacional, que beneficia a 
sociedade como um todo. Outro 
exemplo é a informação divulgada, que 
pode ser acessada por várias pessoas 
simultaneamente. No entanto, a 
existência de bens coletivos apresenta 
desafios. Como não há possibilidade de 
excluir indivíduos do seu uso, pode 
haver o problema do abuso, em que 
cada pessoa tem incentivos para utilizar 
o bem de forma excessiva, prejudicando 
sua disponibilidade para os demais. Além 
disso, no mercado privado, não há um 
interesse direto em produzir bens 
coletivos, já que não é possível excluir 
pessoas e, portanto, não se pode cobrar 
individualmente por seu uso. Essa 
dificuldade de provisão de bens coletivos 
leva muitas vezes à necessidade de 
intervenção do setor público, que pode 
assumir a responsabilidade pela 
produção e fornecimento desses bens. O 
Estado, por meio de políticas públicas e 
financiamento governamental, busca 
garantir o acesso equitativo aos bens 
coletivos e gerenciar sua utilização de 
forma a beneficiar toda a sociedade. 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
123 
“As externalidades negativas impõem 
uma parcela do custo de uma atividade 
a um terceiro; as externalidades 
positivas lhe dão uma vantagem não 
compensada em face de quem a 
produz. A externalidade negativa 
implica que o preço da atividade reflita, 
incorretamente, os sacrifícios 
necessários para sua produção. A 
pessoa que a produz não suporta mais 
do que uma parcela do seu custo real. 
O custo privado calculado pelo 
produtor cobre apenas uma parte do 
custo social. Os bens produzidos em 
O trecho destaca que a pessoa ou 
empresa responsável pela atividade não 
suporta o custo real da externalidade 
negativa, resultando em uma má 
alocação de recursos. Isso ocorre 
porque o preço do bem ou serviço não 
incorpora o impacto negativo que ele 
causa aos terceiros afetados. Como 
resultado, ocorre uma falha de mercado, 
em que a oferta e a demanda não 
refletem adequadamente os custos e 
benefícios totais da atividade. Para lidar 
com essa situação, é necessário que 
sejam adotadas medidas corretivas, 
tais circunstâncias serão ofertados ao 
mercado, mas provocarão má alocação 
de recursos”. 
como intervenções governamentais por 
meio de regulamentações, impostos ou 
taxas, com o objetivo de internalizar os 
custos sociais das externalidades 
negativas. Dessa forma, busca-se 
corrigir as distorções de mercado, 
incentivando uma alocação mais 
eficiente de recursos e evitando danos 
prejudiciais aos terceiros afetados pelas 
externalidades. 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
124 
“Os fenômenos que denominamos 
imperfeições do mercado não eram 
estranhos aos que nos antecederam, e 
que, muitas vezes, encontraram 
respostas fora da ação do Estado. Ao 
longo dos últimos quarenta anos, série 
de relevantes estudos, todos 
empíricos, demonstrou que produtos e 
serviços citados na literatura 
econômica como exemplos típicos de 
imperfeições do mercado tinham, na 
verdade, têm sido produzidos pela 
iniciativa privada”. 
O trecho sugere que as chamadas 
imperfeições do mercado, que são 
situações em que o funcionamento do 
mercado não é ideal, não são algo novo 
e já foram observadas em períodos 
anteriores. No entanto, ao longo dos 
últimos quarenta anos, diversos estudos 
empíricos foram realizados e mostraram 
que produtos e serviços considerados 
exemplos típicos dessas imperfeições 
têm sido produzidos e fornecidos pela 
iniciativa privada, ou seja, por empresas 
privadas que atuam no mercado. Isso 
indica que, mesmo diante das 
imperfeições do mercado, a iniciativa 
privada tem sido capaz de suprir a 
demanda por esses produtos e serviços, 
contrariando a ideia de que apenas a 
ação do Estado poderia corrigir essasimperfeições. 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
124 
“A análise tem inúmeras debilidades. 
Se for verdade que os fenômenos 
ditos imperfeições do mercado 
espelham perguntas no plano teórico, 
estas não são diretamente 
observáveis. Uma transação não se 
perfaz por conta de imperfeição do 
mercado ou por força de condições 
normais de escassez (custo) Os filmes 
franceses são menos vistos nos 
cinemas, na França, do que os norte-
americanos, em razão de alguma falha 
de mercado (quase monopólio, falta 
de informação dos consumidores 
franceses), ou por motivo mais banal, 
os consumidores franceses preferem 
os filmes norte-americanos? Não se 
pode responder à questão por simples 
observação.53 Resulta que a só 
existência de elementos que 
permitem apreender alguma 
imperfeição de mercado não basta 
para justificar uma intervenção 
O trecho levanta críticas em relação à 
análise das imperfeições do mercado. 
Ele argumenta que as imperfeições do 
mercado não são diretamente 
observáveis e levanta a questão de se 
uma transação não ocorre devido a uma 
imperfeição do mercado ou 
simplesmente por condições normais de 
escassez e custo. O exemplo dos filmes 
franceses e norte-americanos é 
apresentado para ilustrar a dificuldade de 
atribuir as preferências dos 
consumidores a uma falha de mercado 
ou a simples preferências individuais. O 
trecho conclui que a mera existência de 
elementos que indicam uma imperfeição 
de mercado não é suficiente para 
justificar a intervenção corretiva do 
Estado, uma vez que essa intervenção 
pode alterar outros custos mais elevados 
associados às imperfeições identificadas. 
Em suma, o texto destaca a 
complexidade e as limitações na 
corretiva do Estado. Ou seja, nada 
garante que a intervenção do Estado, 
que se pretende corretiva, possa 
remediar a imperfeição do mercado 
sem, por sua vez, alterar os diferentes 
e mais elevados custos daquilo que as 
imperfeições apontam”. 
interpretação das imperfeições do 
mercado e na justificação da intervenção 
estatal para corrigi-las. 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
125 
“A intervenção do Estado, uma vez 
realizada, exclui, por sua existência, a 
iniciativa privada que poderia ter 
levado ao empreendedorismo de sorte 
a criar, inventar, práticas para superar 
a imperfeição do mercado 
considerado. A intervenção estatal 
tende a bloquear tal demonstração e, 
dessa forma, a se perpetuar. Mesmo 
nos casos de estarem caracterizadas 
imperfeições do mercado, os custos 
daí resultantes devem ser comparados 
com os da intervenção estatal que são 
por ela engendrados. Entre eles, é 
preciso considerar, fora da tendência a 
se perpetuarem indeterminadamente, a 
suscetibilidade da busca por rendas 
pelos grupos de interesse que agem 
sob a cobertura do interesse geral, 
assim como a ausência de estímulos 
visando à inovação por aqueles que 
agem em nome do Estado”. 
O trecho ressalta que a intervenção do 
Estado pode excluir a iniciativa privada, 
que poderia ter encontrado soluções 
empreendedoras para superar as 
imperfeições do mercado. Argumenta-se 
que a intervenção estatal pode bloquear 
essa demonstração e criar uma 
dependência contínua da intervenção. 
Mesmo nos casos em que as 
imperfeições do mercado são 
identificadas, é necessário comparar os 
custos resultantes dessas imperfeições 
com os custos gerados pela intervenção 
estatal. Além disso, são destacados dois 
pontos negativos da intervenção estatal: 
a busca por rendas por parte de grupos 
de interesse que atuam sob o pretexto 
do interesse geral e a falta de estímulos 
para a inovação por parte daqueles que 
agem em nome do Estado. Em suma, o 
trecho questiona a eficácia e os 
possíveis efeitos negativos da 
intervenção estatal, considerando o 
impacto na iniciativa privada, a 
perpetuação da intervenção e a falta de 
estímulo à inovação.

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