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Prof. Dr. Manoel Costa Há várias maneiras de organizar e descrever um conjunto de dados Algumas características importantes devem ser consideradas quando organizamos e descrevemos um conjunto de dados: o centro, a variabilidade (ou amplitude) e a forma. Quando um dado tem muitas entradas pode ser difícil de ver padrões. Por isso, podemos organizar um conjunto de dados agrupando em subintervalos chamados de classes do intervalo total de valores que se observa, relacionando esses subintervalos de valores com as respectivas contagens, chamada de frequências do número de observações verificadas em cada classe. Formando assim, uma distribuição de frequência. Essa distribuição de frequência são usadas para a construção de gráficos. Na prática em uma distribuição de frequência (de valores agrupados) o número de classes deve variar de 5 a 20. DESSA FORMA PODEMOS DEFINIR... A distribuição de frequência como sendo uma tabela que mostra classes ou intervalos das entradas de dados com uma contagem do número de entradas em cada classe. Ou seja, frequência (f) de uma classe é o número de respostas de cada tipo. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM INTERVALOS DE CLASSE Quando se trata de variável discreta ou contínua de variação relativamente pequena, cada valor pode ser tomado como um intervalo de classe (intervalo degenerado) e, nesse caso, a distribuição é chamada distribuição sem intervalos de classes, tomando a seguinte forma: DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM INTERVALOS DE CLASSE Exemplo: Numa pesquisa sobre preços de um modelo de microcomputador, em 20 lojas do ramo, foram coletados os valores a seguir, em reais. Para facilitar o estudo da variável (preço) agrupamos seus valores numa tabela, chamada de distribuição de frequência. Nesse caso, trata-se de uma distribuição de frequências para os valores / preços não agrupados (sem intervalos de classe) Observações: 1. Os números que aparecem na coluna frequência absoluta, indicam a frequência (quantidade de lojas) dos valores observados . 2. Os números que aparecem na coluna frequência absoluta acumulada, indicam a soma de cada frequência absoluta com as frequências absolutas anteriores. 3. As porcentagens que aparecem na coluna frequência relativa, indicam a comparação (porcentagem) entre a frequência absoluta e o total pesquisado. Por exemplo, 6:20 = 0,30 ou 30%. 4. As porcentagens que aparecem na coluna frequência relativa acumulada, indicam a soma de cada frequência relativa (porcentagem) com as frequências relativas anteriores. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM INTERVALOS DE CLASSE Quando se trata de variável discreta ou contínua de variação relativamente grande, os valores são agrupados por intervalos de classe. Exemplo: Um estudo feito pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo mostrou que a poluição sonora na cidade atingiu níveis alarmantes, colocando-a como a quarta cidade do mundo no ranking de ruído. A seguir estão os níveis de ruído (em decibéis) de algumas áreas residenciais da cidade. 73,94 66,84 66,18 64,78 71,46 64,43 66,01 64,71 71,52 64,17 65,70 65,81 70,08 63,29 65,08 64,15 63,14 61,89 60,32 56,67 62,69 61,49 60,22 56,03 62,57 60,96 60,14 55,89 61,92 60,74 59,36 55,77 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM INTERVALOS DE CLASSE COMO CONSTRUIR UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS COM DADOS AGRUPADOS 1.º Passo: Determinar o número de classes (k) - Convencionalmente, uma regra estatística é aplicada para determinar o número de classes, ou seja, extrair a raiz quadrada do número de dados (N) e utilizar o número inteiro mais conveniente (FAZER O ARREDONDAMENTO NORMAL). 2.º Passo: Amplitude (ou intervalo) total (At) – É a diferença entre o maior e o menor valor da distribuição. 3.º Passo: Amplitude (ou intervalo) de classe (i) - Obtemos pela razão entre a amplitude total e o número de classes , considerando o número inteiro mais conveniente. i = 𝐀𝐭 𝐤 . NESSA ETAPA, NÃO SE FAZ O ARREDONDAMENTO, PEGA O PRÓXIMO NÚMERO INTEIRO. CONSTRUIR UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DADOS AGRUPADOS Exemplo: A distribuição abaixo fornece os pesos (em kg), de um grupo de 60 funcionários de uma empresa, escolhidos aleatoriamente. 39 43 45 50 50 53 54 55 58 59 61 61 63 63 63 64 66 68 68 68 68 68 70 72 72 73 73 73 74 75 75 75 75 75 76 77 77 78 78 78 79 80 81 81 82 82 82 83 84 84 84 86 88 90 91 95 96 99 106 CONSTRUIR UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DADOS AGRUPADOS 1 – Determinar o número de classes da tabela: → 2 –Amplitude (ou intervalo) total: At → 3 –Amplitude (ou intervalo) da classe: i → CONSTRUIR UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DADOS AGRUPADOS 4.º Passo: Excesso – Para encontrar o excesso, basta multiplicar o número de classe ( k = 8) pelo intervalo da classe (i = 9) e subtrair a amplitude total (At = 67) para encontrar o excesso que aparecerá na construção dos limites da classe da tabela de distribuição de frequência, ou seja: Como esse excesso de 5 unidades é um número impar, devemos repartí- -lo entre os dois extremos da distribuição da seguinte forma: O primeiro limite inferior das classe será 37 (2 unidades antes do 39, que é o menor número da distribuição dada) e o último limite superior terminará com 109 (3 unidades após o 106, que é o maior valor da distribuição). TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DADOS AGRUPADOS TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DADOS AGRUPADOS Dado o rol dos seguintes valores: 33 – 35 – 35 – 39 – 41 – 41 – 42 – 45 – 47 – 48 50 – 52 – 53 – 54 – 55 – 55 – 57 – 59 – 60 – 60 61 – 64 – 65 – 65 – 65 – 66 – 66 – 66 – 67 – 68 69 – 71 – 73 – 73 – 74 – 74 – 76 – 77 – 77 – 78 80 – 81 – 84 – 85 – 85 – 88 – 89 – 91 – 94 – 97 Construir uma tabela de distribuição de frequência.
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