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Classificação e Parâmetros da Qualidade Ambiental

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WBA0388_v1.0
Fundamentos de Controle e 
Prevenção da Poluição 
Ambiental
Classificação e parâmetros da 
qualidade ambiental
Bloco 1
Cristiane Ronchi de Oliveira
Pegada ecológica
Você já ouviu falar em pegada 
ecológica?
Figura 1 – Viver de forma sustentável
Fonte: Petmal/ iStock.com.
Pegada ecológica
Tabela 1 – Os dez países com maior pegada ecológica
Fonte: adaptado de Global footprint network (2019).
Posição Países
Pegada ecológica per 
capita (em ha)
1 Qatar 14,4
2 Luxemburgo 12,9
3 Emirados Árabes 8,9
4 Barém 8,6
5 Kuwait 8,6
6 Trinidad e Tobago 8,4
7 EUA 8,1
8 Canadá 7,7
9 Mongólia 7,7
10 Bermuda 7,6
Poluição atmosférica
• Saúde: efeitos agudos e crônicos.
• Materiais: descoloração, corrosão e abrasão.
• Atmosfera: névoas e nuvens de poluentes, prejuízo na visibilidade e 
redução da absorção de radiação.
• Vegetação: prejuízo na absorção de luz, produtividade, crescimento e 
florada.
(MILLER, SPOOLMAN, 2015).
Poluição hídrica
• Alteração nas propriedades da água.
• Aumento da temperatura.
• Toxicidade nos seres vivos.
• Eutrofização e espumas tóxicas.
• Escassez de água doce.
• Doenças.
(DERISIO, 2012).
Petróleo, metais, 
agrotóxicos e esgotos.
Eutrofização
• Excesso de nutrientes 
nitrogenados e fosfatados 
despejados no corpo hídrico 
causa:
• Proliferação das algas.
• Pouco oxigênio e luz.
• Mortandade e toxicidade. 
• Entupimentos.
Figura 2 – Eutrofização
Fonte: HeikeKampe/ iStock.com.(BRAGA et al., 2007).
Poluição terrestre
• Perda e fragmentação de habitats.
• Redução da vegetação.
• Impermeabilização do solo.
• Alterações dos parâmetros.
• Efeitos na saúde e biodiversidade.
• Erosão do solo, assoreamento, lixiviação, 
salinização, desertificação e infertilidade.
(MILLER, SPOOLMAN, 2015).
Contaminação de 
água e ar.
Erosão do solo
• Ação da água e do vento que 
causa:
• Remoção das partículas do 
solo: nutrientes.
• Riscos para edificações.
• Assoreamento dos rios.
Figura 3 – Erosão
Fonte: NeilBradfield/ iStock.com.(DERISIO, 2012).
Classificação e parâmetros da 
qualidade ambiental
Bloco 2
Cristiane Ronchi de Oliveira
Poluição atmosférica
Fonte: elaborada pela autora.
Local
Inversão térmica.
Ilhas de calor.
Smog fotoquímico.
Smog industrial.
Global
Destruição da camada de ozônio.
Chuva ácida.
Efeito estufa.
Aquecimento global.
Figura 4 – Problemas correlacionados à poluição do ar
Mudanças climáticas
(ONU BRASIL, 2019).
A mudança climática é um dos maiores desafios do nosso 
tempo. Seus impactos afetam desde a produção de 
alimentos até o aumento do nível do mar.
IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças 
Climáticas: sintetiza e divulgas informações 
científicas sobre as mudanças climáticas. 
Relatório IPCC de 2018  necessidade de 
limitar o aquecimento global a 1,5ºC no máximo 
mudanças rápidas e de longo alcance.
Emissões de gás carbônico
Figura 5 – Emissão de CO2 adquiridas no 
Observatório Mauna Loa, Hawai
Fonte: NOAA Research (2019). 
PA
R
TE
S 
P
O
R
 M
IL
H
Ã
O
ANO
Instituição de Oceanografia/ NOAA -
Laboratório de Pesquisa do Sistema 
Terrestre
CO2 e temperatura
Figura 6 – Emissão de CO2 e aumento da 
temperatura nas últimas décadas
Fonte: Skeptical Science (2019). 
C
O
2
 (
p
p
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)
A
n
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al
 (
°
C
)
CO2 - Law Done, Antartica
CO2 - Mauna Loa.
Anomalia da temperatura global (NASA GISS)
Classificação e parâmetros da 
qualidade ambiental
Bloco 3
Cristiane Ronchi de Oliveira
Qualidade da água
• Indicadores físicos: cor, turbidez, 
sabor e odor. 
• Indicadores biológicos: algas e 
microrganismos patogênicos. 
• Indicadores químicos: pH, 
alcalinidade, corrosividade, 
salinidade, dureza, OD, DBO, 
DQO, substâncias químicas e 
nutrientes.
Figura 7 – Coleta de amostra de água
Fonte: LeoPatrizi/ iStock.com.(BRASIL, 2005, res. 357).
Qualidade da água
Parâmetros Valores
DBO 3 mg/L
OD ≥ 6 mg/L
pH 6 - 9
Sólidos dissolvidos totais 500 mg/L
Coloração natural
Turbidez 40 UNT
Coliformes termotolerantes 200 NMP/100 mL
Densidade de cianobactérias 20.000 cel/mL
Tabela 2 – Classificação de águas doces no Brasil - Classe 1
Fonte: adaptado de Brasil (2005, res. 357). 
IQA
Tabela 3 - Índice de qualidade da água (IQA)
Fonte: CETESB (2018, p. 4).
Categoria Ponderação
Ótima 79 < IQA ≤ 100
Boa 51 < IQA ≤ 79
Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA ≤ 36
Péssima IQA ≤ 19
Qualidade do ar
Medição de poluentes específicos que são divididos em:
• Material particulado: MP10 ou MP2,5 (sólido ou líquido).
• Gases e vapores: CO, NOx , SOx, O3, fumaça e PTS.
• Exceções: compostos orgânicos, halogenados e metais pesados. 
(BRASIL, 2018, res. 491).
Qualidade do ar
Tabela 4 – Classificação dos padrões de qualidade do ar
Fonte: BRASIL (2018, res. 491).
Poluente atmosférico
Período de 
referência
PI – 1 (µg/m³) PI – 2 (µg/m³) PI – 3 (µg/m³)
PF
µg/m³ ppm
Material partícula – MP10
24 h 120 100 75 50 -
Anual 40 35 30 20 -
Material partícula – MP2,5
24 h 60 50 37 25 -
Anual 20 17 15 10 -
Dióxido de enxofre – SO2
24 h 125 50 30 20 -
Anual 40 30 20 - -
Dióxido de nitrogênio – NO2
24 h 260 240 220 200 -
Anual 60 50 45 40 -
Ozônio – O3 1 h 140 130 120 100 -
Fumaça
8 h 120 100 75 50 -
24 h 40 35 30 20 -
Monóxido de carbono – CO 8 h - - - - 9
IQAr
Tabela 5 - Índice de qualidade do ar (IQAr)
Fonte: Braga et al. (2007, p. 190).
IQAr Qualidade do ar
0-50 Boa
51-100 Aceitável
101-199 Inadequada
200-299 Má
300-399 Péssima
Maior que 400 Crítica
Qualidade do solo
• Indicadores físicos: textura, 
estrutura, condutividade, 
porosidade etc. 
• Indicadores biológicos: 
microrganismos e biodiversidade.
• Indicadores químicos:
concentração de substâncias e 
nutrientes, sais, CTC, pH etc.
Figura 8 – Amostras de solo
Fonte: stevanovicigor/ iStock.com.(BRASIL, 2009, res. 420)
Qualidade águas subterrâneas
• Resolução CONAMA 420/2009: 
padrões de qualidade das águas 
subterrâneas.
• Valores orientadores de 
investigação são estabelecidos: 
compostos inorgânicos; 
hidrocarbonetos aromáticos; 
benzenos, etanos e etenos 
clorados; fenóis clorados ou não; 
e pesticidas organoclorados.
Figura 9 – Despejo de esgoto no oceano
Fonte: subjob/ iStock.com.
(BRASIL, 2009, res. 420).
Teoria em Prática
Bloco 4
Cristiane Ronchi de Oliveira
Reflita sobre a seguinte situação
Todos os anos, uma parte da população passa feriados prolongados e datas 
festivas na região litorânea. O grande problema é que a maioria das cidades 
litorâneas não possuem estações de tratamento de esgoto (ETE) ou não 
suportam o aumento do despejo de esgoto doméstico com a presença de 
turistas. Além disso, nesses períodos, visualiza-se um acréscimo do descarte 
de resíduos sólidos em local inapropriado e uma ampliação do consumo de 
água potável. 
Reflita sobre a seguinte situação
• Quais as consequências desses fatores citados para o ecossistema 
marinho? 
• Qual a solução implementada por esses municípios, sem ETEs, para o 
despejo de esgoto? 
• Por que optam por essa solução?
Vamos à 
resolução!
Norte para a resolução...
• Causará efeitos agudos ou crônicos nas espécies marinhas, até mesmo 
morte ou extinção de espécies.
• Resíduos sólidos, vazamento de petróleo e aumento da 
temperatura também são um problema.
• Os esgotos sanitários de cidades litorâneas, sem ETEs, são descartados 
diretamente no oceano.
• Porque o mar degradará os efluentes descartados, porém, estudos 
demonstram a presença de metabólitos e subprodutos em amostras de 
água.
Dica da Professora
Bloco 5
Cristiane Ronchi de Oliveira
Dica da professora
Assista ao documentário 
estadunidense ,lançado em 2007 no 
Brasil, intitulado A Última hora (The 
11th hour, em inglês), que aborda os 
principais desastres e problemas 
ambientais da humanidade, a partir 
de imagens, relatos e entrevistas 
com diversos cientistas que auxiliam 
na discussão e sugestões de 
potenciais soluções a serem 
implementadas pelos paísespara 
enfrentar esses problemas.
Figura 10 – Cartaz de divulgação do 
documentário A Última hora 
Fonte: http://www.adorocinema.com/. Acesso em: 15 
abr. 2020.
http://www.adorocinema.com/
Referências
BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J G L. Introdução à engenharia 
ambiental o desafio do desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo 
Pearson, 2007. 
BRASIL. Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005. Diário oficial 
[da] União, n. 53, 18/03/2005, p.58-63. Disponível em: 
http://pnqa.ana.gov.br/Publicacao/RESOLUCAO_CONAMA_n_357.pdf. 
Acesso em: 16 abr. 2020.
http://pnqa.ana.gov.br/Publicacao/RESOLUCAO_CONAMA_n_357.pdf
Referências
BRASIL. Resolução CONAMA n. 420, de 28 de dezembro de 2009. Diário oficial [da] 
União, n. 249, 30/12/2009, p.81-84. Disponível em: 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620. Acesso em: 16 
abr. 2020.
BRASIL. Resolução CONAMA n. 491, de 19 de novembro de 2018. Diário oficial [da] 
União, n. 223, 21/11/2018, p.155-156. Disponível em: 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=740. Acesso em: 16 
abr. 2020.
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=740
Referências
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Qualidade das 
águas interiores no estado de São Paulo 2017. Apêndice D. São Paulo : CETESB, 
2018. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-
content/uploads/sites/12/2017/11/Ap%C3%AAndice-D-%C3%8Dndices-de-
Qualidade-das-%C3%81guas.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. atual. São 
Paulo: Oficina de Texto, 2012. 
GLOBAL FOOTPRINT NETWORK. Open data platform. 2019. Disponível em: 
http://data.footprintnetwork.org/?_ga=2.7502836.737132863. 1579216764-
1304081610.1579216764#/. Acesso em: 15 abr. 2020.
https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/12/2017/11/Ap%C3%AAndice-D-%C3%8Dndices-de-Qualidade-das-%C3%81guas.pdf
http://data.footprintnetwork.org/?_ga=2.7502836.737132863.1579216764-1304081610.1579216764
Referências
MILLER, G. T.; SPOOLMAN, S. E. Ciência ambiental. 14. ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2015.
NOAA RESEARCH. National Oceanic & Atmospheric Administration, 2019. 
Trends in Atmospheric Carbon Dioxide. Disponível em: 
https://www.esrl.noaa.gov/gmd/webdata/ccgg/trends/co2_data_mlo.png. 
Acesso em: 15 abr. 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL (ONU). A ONU e a mudança 
climática. 2019. Disponível em: https://nacoesunidas.org/acao/mudanca-
climatica/. Acesso em: 15 abr. 2020.
https://www.esrl.noaa.gov/gmd/webdata/ccgg/trends/co2_data_mlo.png
https://nacoesunidas.org/acao/mudanca-climatica/
Referências
SKEPTICAL SCIENCE. The CO2/Temperature correlation over the 20th 
Century. 2019. Disponível em: 
https://skepticalscience.com/news.php?n=61&p=2. Acesso em: 15 abr. 2020.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. (WHO). 2019. PHE Infographics: air
pollution. Disponível em: http://origin.who.int/phe/infographics/air-
pollution/en/index1.html. Acesso em: 15 abr. 2020.
https://skepticalscience.com/news.php?n=61&p=2
http://origin.who.int/phe/infographics/air-pollution/en/index1.html
Bons estudos!

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