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CRIMINOLOGIA @profmaribarreiras Conceito de Criminologia A Criminologia é uma ciência empírica, indutiva e interdisciplinar, que se ocupa do estudo: • do crime • do criminoso • da vítima • e dos mecanismos de controle social. Ela se aproxima do fenômeno criminal com o intuito de entender muitos de seus aspectos: sua origem, suas causas – individuais e sociais –, sua prevenção, suas consequências e o funcionamento das instâncias de controle. Métodos da Criminologia • CRIMINOLOGIA • INDUTIVA • INTERDISCIPLINAR • “IMPÍRICA” Métodos da Criminologia • Empirismo: baseia-se na observação de um fenômeno ou na experimentação (crimes concretamente ocorridos num grupo social) • Indução: parte de dados particulares (fatos observados, experiências, ou seja, crimes) e chega a regras ou conceitos mais gerais. • Interdisciplinariedade: realiza-se com a cooperação de várias disciplinas: • Ex: Sociologia, Psicologia, Medicina, Direito, Biologia, Antropologia, Estatística, Assistência Social, etc... Métodos da Criminologia A Criminologia NÃO é Exata Teorética Normativa Intuitiva, Subjetiva Jurídica Metafísica Dogmática Conceitual Dedutiva Abstrata Valorativa (axiológica) Racional Silogística Do “dever-ser” Objetos da Criminologia Crime • Para a Criminologia: • Incidência massiva • Incidência aflitiva • Persistência espaço-temporal • Inequívoco consenso social Crime para a Criminologia Crime para o Direito Penal Incidência massiva na população Tipicidade Incidência aflitiva Ilicitude (Antijuridicidade) Persistência espaço-temporal Culpabilidade Inequívoco consenso social Criminoso • A Criminologia passa a estudar o delinquente a partir da segunda metade do século XIX, com o advento da filosofia positivista, que se opunha aos ideais clássicos. • Positivistas defendem a observação dos fenômenos criminais. • Começam a estudar o próprio delinquente, cuja conduta é observável. • Paradigma etiológico: busca das causas do crime. Vítima • Idade de ouro da vítima: primórdios da civilização até o fim da Alta Idade Média. Possibilidade de autotutela. A vítima tinha muitos poderes. • Neutralização do poder da vítima: tem início com a adoção do processo penal inquisitivo, no século XII. O processo inquisitivo concentra as funções de acusar e julgar nas mãos do juiz. A vítima não podia mais se vingar. • Revalorização do poder da vítima: tem início no século XVIII e perdura até os dias atuais. Percebe-se que a vítima havia sido esquecida pelo processo criminal e que é necessário recuperar certa parcela de seu protagonismo. O discurso se verifica de maneira pronunciada com Benjamim Mendelsohn, advogado romeno-israelita que utiliza o termo Vitimologia, no contexto pós 2ª Guerra Mundial. Controle Social • Controle social é o conjunto de meios de intervenção acionados por cada sociedade ou grupo social a fim de induzir os próprios membros a se conformarem às normas. • Informal: realizado pela sociedade: família, a vizinhança, o trabalho, a igreja, a opinião pública, os clubes, as associações, os meios de comunicação de massa. • Formal: realizado pelo Estado: Polícia, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Administração Penitenciária, o sistema penal. Funções da Criminologia A função básica da Criminologia consiste em informar a sociedade e os poderes públicos sobre o delito, o delinquente, a vítima e o controle social, reunindo um núcleo de conhecimentos – o mais seguro e contrastado – que permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem delinquente. (García-Pablos de Molina) • Escola Clássica do Direito Penal • O crime é um ente jurídico. • O criminoso é uma pessoa normal, dotada de livre-arbítrio. • O criminoso é um pecador, que escolheu o mal quando poderia e deveria ter escolhido o bem. • Preocuparam-se, por primeira vez, em fundamentar, delimitar e legitimar a pena. • A pena poderia e deveria ser útil, justa e proporcional. Clássicos – século XVIII Expoentes da Escola Clássica • Marquês de Beccaria (Cesare Bonesana) • Jurista italiano • Obra Dos Delitos e das Penas, de 1764 • Base para a valorização da dignidade das pessoas e para a consequente humanização das penas • Feuerbach, Franceso Carrara, Giovanni Carmignani Clássicos (Música clássica) Carrara (mármore Carrara) Feuerbach (fogo, Bach) Beccaria, Bonesana (beca com “boné”) Carmignani (Carminha) • Defendem a observação dos fenômenos criminais. • Começam a empregar método indutivo, empírico e interdisciplinar. • Como não era possível realizar essa aplicação em relação às normas, começam a estudar o próprio delinquente. • O crime é um fenômeno biológico • O delinquente é um selvagem, um doente, portador de atavismo, que já nasce criminoso → criminoso nato. • Substituição do livre-arbítrio pelo determinismo. • Análise da etiologia criminal. • Emprego de medida de segurança com finalidade curativa. Positivistas – século XIX • Cesare Lombroso, fase antropológica • “O Homem Delinquente”, 1876 • Classificava os criminosos em: natos, loucos, ocasionais, passionais • Raffaele Garofalo, fase jurídica • “Criminologia”, 1885 • Classificava os criminosos em: assassinos, violentos, ímprobos e lascivos • Enrico Ferri, fase sociológica • “Sociologia Criminal”, 1900 • Classificava os criminosos em: natos, loucos, ocasionais, passionais e habituais Expoentes da Escola Positivista POSITIVISMO É POSITIVO ANDAR DE FERRARI (FERRI) SER CAMPEÃO E ESTOURAR UMA GARRAFA (GAROFALO) DE LAMBRUSCO (LOMBROSO) @profmaribarreiras Slide 1 Slide 2 Slide 3: CRIMINOLOGIA Slide 4: Conceito de Criminologia Slide 5: Métodos da Criminologia Slide 6: Métodos da Criminologia Slide 7: Métodos da Criminologia Slide 8: Objetos da Criminologia Slide 9: Crime Slide 10 Slide 11: Criminoso Slide 12: Vítima Slide 13: Controle Social Slide 14: Funções da Criminologia Slide 15 Slide 16: Expoentes da Escola Clássica Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21: @profmaribarreiras Slide 22 Slide 23
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