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HIS1850_G2_ PORTO MARAVILHA

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Projeto Porto Maravilha
Ana Beatriz de Oliveira
Felipe Musa
Gabriela Andrade
Maria Fernanda Silveira
2
01
Contextualização
Do histórico da região ao contexto 
do projeto
 Sob o ponto de vista da modernização da 
cidade, que possam melhorar e recuperar o 
Rio,acho que tem muita coisa acontecendo como 
aconteceu no governo Passos - Eduardo Paes
3
As áreas/bairros que estão compreendidos o empreendimento "Porto 
Maravilha" (Caju, Saúde, Gamboa, Santo Cristo, Cidade Nova, Morro da 
Providência, Pedra Lisa, São Diogo, Moreira Pinto e São Cristovão) são 
espaços históricos e que tinham importância central para a cidade. O porto do 
Distrito Federal era na praça Mauá, que concentrava boa parte do fluxo 
migratório assim como a entrada de mercadorias. 
Apesar da importância social e econômica, até a segunda metade do século 
XIX a capital brasileira continha muitos problemas sanitários/higiênicos, 
principalmente na zona portuária.
1700 1763 1808 1821 1872 1890 1900
4.000
40.000
75.000
150.000
275.000
523..000
811..000
Crescimento populacional carioca
Contextualização histórica
4
Morro da 
Favella 
(direita), 
antigo morro 
da 
Providência, 
1900.
Desmonte 
do cortiço 
Cabeça de 
Porco 
(esquerda), 
1903.
Com aumento populacional desordenado e exponencial ao longo de dois 
séculos e muitas mudanças urbanas como a chegada da corte, 
desapropriação de casas para o príncipe regente, remoção de população 
para Petrópolis, criação de cortiços, etc, o então prefeito do Rio de 
Janeiro, Barata Ribeiro, propõe a primeira grande reforma urbana. Com a 
finalidade de promover uma "operação de limpeza", mandou demolir 
comunidades, entre elas o maior cortiço do Brasil, o Cabeça de Porco, e 
promoveu outras remoções em prol da construção de maiores vias e 
túneis.
Com um grande contingente populacional sem casa, os sobrados do 
centro assim como comunidades centrais remanescentes, passaram a 
receber essa população, fazendo com que novamente houvesse 
crescimento urbano desordenado na cidade. Essa questão perdurará mais 
sete anos até a gestão Pereira Passos, que focará no planejamento 
urbano.
Contextualização histórica
5
É com Pereira Passos que a elite carioca consegue emplacar uma das 
maiores reformas urbanísticas do Rio, o bota abaixo. Nessa gestão, o 
centro do Rio – principalmente a zona portuária – sofreu grandes 
transformações como a abertura da Av. Central para melhorar o fluxo 
de quem chegava de navio na Praça Mauá; mudança completa da Praça 
XV; a criação do Jardim Suspenso do Valongo, entre muitas outras pelo 
resto da cidade.
Por ter presenciado a reforma da Paris de Hausmann, Pereira Passos 
implementou um modelo parecido na capital, com a abertura de 
grandes boulevards e alteração radical da malha viária, relegando 
espaços de menor importância e dificultando a moradia e trabalho de 
muitos moradores locais em prol da cidade como mercadoria.
Contextualização histórica
Apesar de mais 
reconhecida por essa 
época, a política de 
bota abaixo se repete 
ao longo da história 
do Rio, e é com 
Vargas que ela é 
retomada com força.
6
Governo Barata 
Ribeiro 
1892 - 1893
"Limpeza" urbana; 
Desmonte do cortiço 
Cabeça de Porco 
Morro da Providência
e Canudos
1893 - 1905
Fundação da favela, 
fim da guerra e 
aumento da 
população local
Governo Paes
2009 - 2017
"Ordem" urbana; 
entretenimento & turismo; 
Olimpíadas e Copa
Governo 
Pereira Passos
1902 - 1906
Bota abaixo: Av. 
Central; Praça 
XV; Jardim do 
Valongo
Era Vargas
1930 - 1945
1951 - 1954
Aumento da 
urbanização e 
industrialização
Ditadura
1964 - 1988
Política desenvolvimentista; 
crescimento demográfico; 
aumento da população 
urbana
Porto Maravilha
2009 e 2011
Aprovação da lei municipal 
101 (OUC - Operação 
urbana consorciada)
Início das obras na região
Períodos que marcaram o planejamento urbano 
do Centro do Rio
7
8
9
Elevado já 
pronto, 1975.
Construção do 
Elevado da 
Perimetral, 1950.
Com o longo Governo Vargas, a cidade também foi submetida à uma 
série de transformações urbanas, principalmente de fortalecimento 
da indústria. O bota abaixo Varguista remodelou completamente o 
centro do Rio de Janeiro, deixando um rastro de praças, ruas, igrejas e 
cortiços para trás, modificando a relação das pessoas com a cidade. 
Uma das obras marcantes desse período foi a construção do Elevado 
da Perimetral, que apesar de iniciado em 1950, só foi terminado por 
completo em 1978, 14 anos depois de instaurada a ditadura. A 
utilização dos espaços da zona portuária para atividades 
majoritariamente industriais, junto à penumbra promovida pela 
perimetral, fez com que a área se desvalorizasse a partir dos anos 
1960. 
Esse projeto dialoga com outros projetos de recuperação de áreas 
portuárias ao redor do mundo. Um projeto de reurbanização mais 
amplo,ligado aos negócios, a oportunidades de negócios como 
escritórios, hotéis. Construíram dois museus, se ergueram vários 
prédios espelhados, é um investimento imobiliário essencialmente. – 
Rogério Pacheco, jornalista e pesquisador.
Contextualização histórica
10
No dia 02 de outubro de 2009, a cidade do Rio de Janeiro foi eleita para 
sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e mais uma vez poder 
sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Portanto, a cidade podia 
assim mostrar seu potencial e inserir-se de vez na na economia/aldeia 
global, tornando-se finalmente uma cidade global, a partir do "city 
marketing". No mesmo ano foram regulamentados no âmbito municipal 
instrumentos de política urbana no Estatuto da Cidade; a operação 
urbana consorciada (OUC); e estudo de impacto de vizinhança (EIV). 
Nessa conjuntura o antigo desejo da elite carioca, a revitalização da zona 
portuária, se tornou iminente. O projeto só pôde ocorrer em razão das 
possibilidades econômicas oriundas dos megaeventos e a consequente 
atração de investimentos do capital privado, além dos possíveis futuros 
royalites do pré-sal. Findava a era neodesenvolvimentista alcançada nos 
governos Lula e Dilma e a crise financeira global de 2008 começava a 
estender seus efeitos ao Brasil, então o Poder Público precisava de novas 
fontes de renda. O discurso (estilo Pereira Passos) de modernização 
buscou inserir o Rio de Janeiro no cenário de desenvolvimento e 
sofisticação experimentado por outras cidades que tiveram processos 
semelhantes de reestruturação de suas zonas portuárias, como Nova 
Iorque, Buenos Aires, Baltimore, Barcelona e Istambul: uma 
ressignificação das relações sociais tidas naquele espaço, bem como a 
modificação de seu uso.
11
A PPP (parceria Público Privada) – criada a partir de uma licitação com somente 
um contestante – permite a criação do consórcio Porto Novo, composto por três 
construtoras: OAS Ltda., Norberto Odebrecht Brasil S/A e a carioca 
Christiani-Nielsen Engenharia S/A. Além de mais de 60% dos terrenos 
pertencerem a União, o novo consórcio fica responsável pela gestão do espaço, 
o que facilita a remoção de prédios e famílias. Também a partir das CEPACS 
(certificado do potencial adicional de construção) – que foram bancadas por 
reservas do FGTS – o estado conseguia legitimidade legal no processo de 
gentrificação que ocorria. Ou seja, a implementação de um projeto neoliberal 
de planejamento urbano, onde as regras de zoneamento do solo urbano sejam 
flexibilizadas para atendimento de uma ótica mercantil de produção do espaço, 
na qual o negociado sobrepõe-se ao legislado, possibilitando o 
desenvolvimento da cidade-negócio
 Ao todo foram investidos aproximadamente 44 bilhões de reais no 
empreendimento na região e 1,1 bilhão de reais somente no VLT, sem somar os 
32 milhões de reais destinados ao programa Morar Carioca. 
"A prefeitura vem anunciando que seriam removidas 832 casas do morro da 
Providência, que simbolizava 80% da favela. O projeto parece ser de uma nova 
zona sul, de um lugar mais visado, pq era um lugar esquecido do governo e isso 
faz parte da gentrificaçào: um espaço abandonado, o governo vem comuma 
proposta de renovação, a especulação imobiliária cai em cima, o lugar começa a 
ser valorizado e aquele pessoal que está lá, que deveria ser atendido, é deixado 
de lado" - Cosme Felipsen, guia turístico 
12
02
Impactos
habitacionais 
13
O Porto Maravilha possui um recorte de 
ação amplo e que abrange mais de cinco milhões 
de metros quadrados, abrangendo a totalidade dos 
bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo e parte 
dos bairros do Centro, São Cristóvão, Cidade Nova 
e Caju. Durante sua obra, 675 famílias foram 
deslocadas de seus espaços de moradia. Muitas 
delas para bairros distantes do centro da cidade ou 
se encontram em dificuldades financeiras e em 
precárias condições de habitação.
14
No Morro da Providência, por exemplo, diversas 
casas e áreas de lazer foram destruídas, tudo isso para a 
instalação do teleférico e do plano inclinado. Sendo que 
os moradores dessa comunidade nunca foram 
consultados para avaliar se a construção desses 
equipamentos de mobilidade eram obras prioritárias para 
eles.
Os moradores que estavam sendo removidos 
tomaram conhecimento da decisão através da marcação 
em suas residências, em tinta spray, com a sigla da 
Secretaria Municipal de Habitação (SMH) e a numeração 
da residência. Um ato de intimidação da prefeitura, sem 
explicação prévia ou autorização dos residentes que só foi 
amenizado depois de diversas manifestações por parte 
dos moradores. A partir daí, a prefeitura “abriu” canais de 
diálogo com os moradores, mas que de nada adiantou 
pois os moradores ainda não possuíam voz. É frustrante 
ver a limitação do diálogo do poder público com os 
diferentes interesses presentes na região. 
15
Além disso, o bairro Caju, que é uma das 
principais áreas de sacrifício ambiental da cidade, 
mesmo possuindo cerca de 20 mil habitantes 
distribuídos em favelas e bairros e com uma 
infraestrutura urbana mínima, foi retirado do projeto de 
habitação planejado e sem que os moradores fossem 
consultados. Na obra do Porto, parte do bairro passou a 
ser ocupada por depósitos de contêineres que 
desembarcam e embarcam em navios.
 
Isso mostra que as autoridades públicas viram ali 
prioridade em melhorar as condições de alocação de 
contêineres e das empresas da indústria. E que, como 
não é uma área de interesse da indústria imobiliária, não 
foi alvo de melhorias para a população. Vale ressaltar 
que o bairro Caju tem recebido do Projeto Porto 
Maravilha apenas os impactos socioambientais 
negativos ocasionados pelos projetos de transformação 
viária da região.
16
Os exemplos citados acima mostram como 
que o projeto foi realizado de maneira autoritária. 
Não existe um espaço constituído, onde 
participantes tenham sido eleitos 
democraticamente, representando os setores e 
seções sociais que vivem na região e que pudessem 
debater os rumos do projeto “Porto Maravilha”. 
Por isso, uma das críticas que se pode fazer é 
que o projeto nunca buscou garantir o direito à 
cidade para os moradores existentes naquela região.
http://bit.ly/GRb6lx
http://bit.ly/GRb6lx
17
03
Impactos na 
mobilidade urbana 
18
O Porto
A modernização do Pier Mauá foi, certamente, um fator 
impactante no turismo e no comércio local. Isso por 
possibilitar a entrada de turistas que chegam ou deixam a 
cidade através de meios aquáticos, como cruzeiros, e 
também de produtos, transportados por navios. Iniciando 
com a restauração do armazém, essa mudança 
providenciou uma área mais nobre e versátil para 
congressos, shows e as mais variadas realizações artísticas 
e culturais do país. Cada Armazém possui em média 3.500 
m² que possibilitam a circulação de até 10 mil pessoas por 
dia em um evento de grande porte. Os cruzeiros, que são o 
principal meio de funcionamento do porto, têm seus 
serviços acumulados em temporada. Mesmo assim, o fluxo 
a partir de cruzeiros é de aproximadamente 325 mil 
pessoas por ano.
19
O “Elevado da Perimetral” foi demolido como 
parte do projeto do Porto Maravilha. A justificativa 
era que o viaduto não harmonizava com a região 
portuária. Além disso, houve uma falha de projeto 
em sua construção, que foi a inclusão de duas 
alças de acesso ao viaduto. Uma a sentido norte, e 
outra a sentido sul, a menos de 500 metros do 
final do viaduto, o que produzia um efeito de 
gargalo, causando engarrafamento. Com a 
demolição antecipada das duas pinças, corrigiu-se 
esse defeito. 
Demolição do viaduto
20
O elevado foi substituído por duas novas vias: a 
Avenida do Binário do Porto (primeira imagem), com 
3,5 km de extensão, e capacidade para 55 mil 
veículos por dia; e a Avenida Expressa (segunda 
imagem), com 6,8 km, parte na superfície e parte em 
túnel, no caso, o Túnel Prefeito Marcello Alencar, com 
3,02 km, considerado o maior túnel urbano no Brasil. 
A via Binário do Porto corta os bairros da Gamboa e 
do Santo Cristo, enquanto a Avenida Expressa liga o 
Aterro do Flamengo à Avenida Brasil e à Ponte 
Rio-Niterói, com três pistas por sentido e capacidade 
para 110 mil veículos por dia.
Enquanto a Via Expressa substitui definitivamente o 
elevado (ligando Ponte Rio-Niterói, avenidas Brasil e 
Rio de Janeiro à saída do Aterro do Flamengo sem 
saídas intermediárias), a Via Binário do Porto assume 
a função de circulação interna dos bairros portuários 
e seus acessos de entrada e saída do Centro.
21
Já o túnel estende-se por cerca de 3.382 m, entre a Rua 
Rivadávia Corrêa e a Avenida Alfred Agache. Ele tem por função 
escoar o tráfego proveniente da Avenida Rodrigues Alves até o 
Aterro do Flamengo e vice-versa, sendo fundamental para a 
ligação da Zona Sul do Rio de Janeiro com a Zona Norte da 
cidade e com outros municípios do estado do Rio de Janeiro.
O túnel possui duas galerias destinadas ao tráfego de veículos, 
cada uma contendo três faixas. A galeria no sentido Caju, 
batizada de Mar, possui 3.382 metros de extensão. Já a galeria 
no sentido contrário, Zona Sul, foi batizada de Continente e é 
um pouco menor em comprimento, com 3.370 metros de 
extensão.
O novo sistema viário elevou a capacidade de tráfego na região, 
dos 7.600 veículos por hora que circulavam antes das 
intervenções, para 10.500 veículos por hora em momentos de 
pico no trânsito.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Avenida_Rodrigues_Alves
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aterro_do_Flamengo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Sul_(Rio_de_Janeiro)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Norte_(Rio_de_Janeiro)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caju_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Sul_(Rio_de_Janeiro)
22
Teleférico da Providência
Foi inaugurado em 2014 o teleférico do morro da 
providência, implantado no âmbito do Porto 
Maravilha, visando ligar o topo do morro (Praça 
Américo Brum), o centro da cidade e a Gamboa. O 
sistema consiste em 16 gôndolas e é capaz de 
transportar aproximadamente 1000 pessoas por 
hora em cada sentido. O novo meio foi aclamado 
por moradores, que afirmaram uma significante 
melhora na locomoção. No entanto, o sistema está 
inativo desde 2016, e os habitantes locais esperam 
pela sua volta.
23
VLT Porto Maravilha
O principal componente de infraestrutura urbana 
do projeto foi o chamado “Projeto VT do Rio”. 
Trata-se de um sistema de veículo leve sobre 
trilhos na região do porto, com capacidade média 
e eficiência elevada. O VLT chega a transportar 
aproximadamente 22 milhões de passageiros 
anualmente, sendo o principal meio de 
transporte para grande parte da população local 
e cidadão que trabalham na área, por ser um 
veículo de locomoção sem risco de tráfego. É 
calculado que 110 mil pessoas o utilizam 
diariamente, contando hoje com 29 paradas e 
estações. Este foi um projeto benéfico para a 
população, pois interligou pontos turísticos e 
áreas de grande circulação, revitalizando o 
espaço urbano em harmonia com osprojetos 
urbanísticos.
24
As 3 linhas do VLT
Praia Formosa - Aeroporto Santos Dumont
Praia Formosa - Praça XV
Aeroporto Santos Dumont - Central
25
04
Impactos no circuito 
cultural carioca
26
O projeto trouxe impactos positivos no quesito cultural. As atrações do Porto Maravilha transformaram a 
região portuária em um ponto de referência do turismo carioca. Tanto a Praça Mauá, quanto os armazéns, abrigam 
diversos eventos ao longo do ano, movimentando o comércio da região. 
Além disso, houve a construção de um novo roteiro cultural que concilia os novos museus com outros pontos 
do circuito histórico do Rio, antes pouco visitados pelo ambiente inóspito. 
Um novo circuito cultural
Vária iniciativas procuraram incentivar tanto a visitação 
museológica, quanto o entretenimento alinhado à produção de 
conhecimento, fomentando o desenvolvimento econômico e 
identidade histórica. Um exemplo foi a iniciativa do Passaporte 
Cultural, que pode ser retirado nas instituições culturais 
participantes. O circuito Basil-Memória, por sua vez, reúne onze 
instituições que, juntas, abrigam mais de 500 anos de história. 
 Portanto, o projeto proporcionou uma maior proximidade 
entre os cariocas e a história da região portuária, onde nasceu a 
cidade do Rio de Janeiro. 
27
Por fim, é importante que salientemos o que, para nós, 
consiste na problemática central do Porto Maravilha. 
O projeto propôs uma revitalização da região portuária, e 
a fez. No entanto, não há espaço para “devolver vida” a uma 
região que já transbordava vitalidade. 
A área portuária suplicava por cuidados, por uma 
reabilitação. Reabilitar é, por definição, fazer recobrar a estima, 
consideração pública ou particular. 
 Infelizmente, não foi esse o caráter do processo. Houve 
um esforço para apagar o passado e construir um novo futuro, 
que não contempla parte significativa da população, de baixa 
renda e que já ocupava a região, por anos a fio.
A problemática reside nesse fato. A riqueza da cidade é a 
sua história. No porto o Rio nasceu. No porto moravam aqueles 
que ajudaram a construí-la. 
Documentário “Porto, maravilha pra quem?”
Ano 2017
Trabalho produzido por: Gabriela Maia, Jaqueline Suarez e 
Luis Henrick Teixeira.
http://www.youtube.com/watch?v=wapTeBugaSY&t=574
28
O Poder Público municipal associado a setores da iniciativa privada 
efetivaram um processo de gentrificação, ressignificação do espaço e 
mercantilização da cidade, disfarçado por um discurso de revitalização da 
região. Portanto, o verdadeiro objetivo por trás do Porto Maravilha seria a 
adequação da cidade do Rio de Janeiro ao dilema contemporâneo da 
cidade-negócio, sendo submetida à lógica da mercadoria. A cidade passa a 
ser produto de exportação, onde devem ser implementados aparelhos para 
atender à indústria do turismo de massas através da espetacularização dos 
espaços, acarretando no simulacro do cotidiano.
No caso específico do Porto Maravilha, assim como em outros exemplos 
históricos de reformas urbanas de grande porte, como a Paris de 
Haussmann, a Nova York de Robert Moses e o próprio Rio de Janeiro de 
Pereira Passos, a intervenção urbanística foi pensada a partir de uma 
modificação radical do uso e ocupação do solo, com as bases para a 
instauração de empreendimentos empresariais de grande porte e 
conjuntos residenciais de classe média e alta, além do fomento à indústria 
do turismo. A apropriação do espaço pela indústria do turismo transforma o 
espaço em mero produto a ser explorado e vendido no mercado de 
consumo, não havendo ali a criação de identidade ou de sentimento de 
pertencimento.
29
"Acredito que falta um diálogo desses equipamentos do governo que 
foram feitos, para atenderem compreenderem essa população que aqui 
vive." – Cosme Felipsen, guia turístico da providência
Desta maneira, o porto maravilha é uma política de reestruturação do 
waterfront carioca que se adéqua aao projeto liberal de espaço. Sendo 
assim enquanto agentes, podemos identificar o Estado represado pelo 
município do Rio de janeiro e pela caixa econômica federal enquanto 
agentes promotores dessa política em associação com setores 
privados do capital imobiliário e especulativo. Em relação ao 
atendimento das normas constitucionais referentes à política urbana, 
entendemos que o empreendimento é falho, posto que não atende a 
função social da propriedade e da cidade, pois não prevê o 
atendimento do bem estar dos cidadãos, abrigando lugar à 
especulação imobiliária.
30
Link do documentário “Porto, maravilha para quem?”:
https://www.youtube.com/watch?v=wapTeBugaSY

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