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Neurotransmissores- Texto

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Transformando vidas e ambientes de maneira única. 
Escola de Ciências da Saúde e Bem-Estar 
Disciplina- Bases estruturais e funcionais do 
comportamento humano 
Professora – Lisane Pedroso 
 
Neurotransmissores: principais tipos e 
funções biológicas desempenhadas 
 11 
 Leonardo Faria 19/12/2018 
As funções complexas do cérebro e do sistema nervoso são 
um conseqüência da interação que ocorre no âmbito das redes neurais, e 
não o resultado de características específicas de cada neurônio 
isoladamente. A transmissão de impulsos nervosos de um neurônio para 
outro, ou para células efetoras, depende da ação combinada de certas 
substâncias com determinados receptores específicos para elas. Esses 
mensageiros químicos são conhecidos como neurotransmissores. 
Neste artigo, você vai poder entender mais sobre quais características 
uma substância precisa apresentar para ser considerada um 
neurotransmissor. Além disso, conhecerá os tipos principais, as principais 
funções biológicas desempenhadas e o que a falta delas pode produzir no 
organismo. 
Um pouco mais sobre neurotransmissão 
A neurotransmissão constitui a base para a maior parte dos eventos de 
transferência de informação no sistema nervoso. A acuidade e a 
complexidade desses processos durante o desenvolvimento humano 
formam o substrato para atividades superiores como aprendizado, 
memória, percepção e cognição. 
A quantidade de neurotransmissores liberada entre dois neurônios, ou na 
rede neural como um todo, pode aumentar ou diminuir para responder a 
mudanças fisiológicas. Muitos transtornos neuropsiquiátricos ocorrem 
por conta desse desbalanço excessivo. Nesse contexto, certos 
mensageiros químicos e muitas drogas podem modificar o processo de 
neurotransmissão, produzindo efeitos adversos ou, por outro lado, 
corrigindo algumas disfunções. A título de exemplo, temos as substâncias 
psicoativas e estimulantes do sistema nervoso central, como a cocaína, e os 
https://meucerebro.com/neurotransmissores-principais-tipos-e-funcoes-biologicas-desempenhadas/#show-comments
https://meucerebro.com/author/leonardofaria/
https://meucerebro.com/redes-neurais-substancia-branca/
https://meucerebro.com/anatomia-basica-sistema-nervoso-central-intracraniano/
 Transformando vidas e ambientes de maneira única. 
Escola de Ciências da Saúde e Bem-Estar 
antidepressivos que atuam inibindo a recaptação de neurotransmissores 
na fenda sináptica, como é o caso da fluoxetina. 
Não podemos falar sobre neurotransmissão e neurotransmissores sem 
falar sobre sinapse. O termo, cunhado pela primeira vez em 1897 pelo 
neurofisiologista Charles Sherrington, representa uma junção intercelular 
especializada, especificamente entre neurônios ou entre um neurônio e 
uma célula efetora (quase sempre glandular ou muscular). 
Basicamente, ao ser acionado, o neurônio receptor passa por uma 
transformação química em sua membrana, o que desencadeia uma 
descarga elétrica através de seus prolongamentos. Essa corrente elétrica 
pode ser transmitida (ou inibida) por longas distâncias no cérebro, 
principalmente a partir da atuação dos neurotransmissores. 
Por milênios, o sistema nervoso, em especial o cérebro, evoluiu e vários 
tipos de sinapses se formaram. Além das sinapses formadas entre 
axônios terminais e dendritos, já foram descobertas entre axônios e 
corpos celulares, músculos, outros axônios, e até mesmo outras sinapses. 
Em 2003, Kolb & Wishaw descobriram sinapses que conectam dendritos 
a outros dendritos. 
É importante destacar que a neurotransmissão é um processo 
extremamente específico. Em ouras palavras, para ser afetada por certos 
neurotransmissores, a célula deve ter receptores específicos para essas 
moléculas. 
Que substância pode ser considerada 
neurotransmissor? 
1. Existe em terminais de axônio pré-sináptico 
2. A célula pré-sináptica contém enzimas para sintetizar a substância 
3. A substância é liberada em quantidades significativas quando os 
impulsos nervosos 
terminais de alcance 
4. Receptores específicos da substância na membrana pós-sináptica 
5. Aplicação da substância causa potenciais pós-sinápticos 
6. O bloqueio da liberação da substância evita que os impulsos pré-
sinápticos 
gerem potenciais pós-sinápticos 
Classificação dos neurotransmissores 
De maneira geral, os neurotransmissores são classificados em relação à 
família química a qual pertencem. A neurociência considera atualmente a 
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Escola de Ciências da Saúde e Bem-Estar 
existência de seis grandes grupos de substâncias neurotransmissoras. São 
eles: 
• Aminas biogênicas: esse grupo é constituído pela acetilcolina, com 
características que a diferem de todo o restante, e pelas 
monoaminas. Estas ainda podem ser subdividas em catecolaminas, 
como dopamina, noradrenalina e adrenalina, e indolaminas, como 
a serotonina e outros derivados e a histamina. 
• Aminoácidos: o grupo de aminoácidos neurotransmissores é 
constituído por glutamato, GABA (ácido gama-aminobutírico), 
glicina, aspartato dentre outros). 
• Peptídios: Exemplos desta classe são as substâncias opioides, 
orexinas/hipocretinas, encefalinas, peptídios de origem 
hipofisária, NPY e substância P. 
• Purinas: adenosina e ATP. 
• Gases: NO (óxido nítrico) e CO (monóxido de carbono). 
• Substâncias de origem lipídica: endocanabinoides, 
prostaglandinas etc. 
Como os neurotransmissores atuam? 
Os neurotransmissores podem atuar como mensageiros de sinais 
inibitórios ou excitatórios para o neurônio pós-sináptico. Eles produzem 
uma hiperpolarização ou uma despolarização de sua membrana, embora 
a mesma molécula possa inibir ou excitar. Isso acontece porque há um 
certo número de neurotransmissores, mas uma grande variedade de 
receptores em diferentes tipos de células. 
Principais neurotransmissores do sistema 
nervoso 
Dentre as dezenas de substâncias com capacidade de propagar um sinal 
elétrico entre as células neuronais, selecionamos as seis principais. 
Confira a seguir. 
Acetilcolina 
A acetilcolina foi o primeiro neurotransmissor descoberto. Este feito 
rendeu o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1936 para Henry 
Hallet Dale (o primeiro a identificá-la 22 anos antes) e Otto Loewi (quem 
a categorizou como molécula neurotransmissora). 
A acetilcolina está amplamente distribuída por todo o sistema nervoso 
central (SNC) e periférico (SNP), e também na junção neuromuscular. É o 
único neurotransmissor utilizado no sistema nervoso somático e um dos 
 Transformando vidas e ambientes de maneira única. 
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muitos neurotransmissores do sistema nervoso autônomo (SNA). É 
também o neurotransmissor de todos os gânglios autonômicos. 
Um mediador sináptico muito importante para o cérebro e a mente. 
Desempenha papel central na modulação de determinados processos 
cognitivos, especialmente aprendizagem e memória. Ainda do ponto de 
vista da saúde mental e neurológica, perturbações do sistema colinérgico 
se associam a quadros patológicos importantes, como as doenças de 
Parkinson e Alzheimer, esquizofrenia, epilepsia e tabagismo. 
Dopamina 
A dopamina é um importante neurotransmissor que pode ser encontrado 
principalmente nos gânglios da base, como núcleo caudado e estriado, no 
sistema mesolímbico, na região do hipotálamo, hipófise e também na 
medula espinhal. 
A produção de dopamina ocorre especificamente em duas áreas do 
sistema nervoso central: substância negra e área tegumentar ventral. 
Fora do sistema nervoso, ela é produzida na medula das glândulas 
adrenais, tendo atuação importante no sistema cardiovascular. 
É o neurotransmissor da motivação. Além de regular o chamado sistema 
de recompensa cerebral, regula o sono, humor, atenção, aprendizagem, 
controle do vômito, dor e amamentação. 
Contudo, apesar de desempenhar importante papel em determinadas 
funções emocionais e cognitivas, a dopamina é sobretudo conhecida pela 
sua associação com a doença de Parkinson. Ocorre nesta doença a 
degeneraçãode neurônios dopaminérgicos provenientes da substância 
negra, e que enviam suas projeções para o estriado. Este está envolvido 
no controle do movimento. 
Noradrenalina 
A noradrenalina é o principal neurotransmissor do sistema nervoso 
autônomo simpático periférico. Pode ser encontrada sobretudo no tronco 
cerebral e hipotálamo, e possui ação depressora sobre os neurônios do 
córtex cerebral. Produzida no locus coeruleus. 
A noradrenalina do sistema nervoso central provém da metabolização da 
dopamina. É uma das monoaminas que mais influenciam o humor, 
ansiedade, sono e alimentação junto com a serotonina, dopamina e 
adrenalina. 
 Transformando vidas e ambientes de maneira única. 
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Regula os batimentos cardíacos, pressão arterial, conversão de glicogênio 
em energia e outros. A liberação da noradrenalina facilita a atenção e o 
alerta durante o dia. A neurociência tem estudado a atuação dela em 
distúrbios do sono, especialmente o sono REM, mecanismos de estresse, e 
nos processos de aprendizado e memória. 
Serotonina 
Esta amina biogênica neurotransmissora pode ser encontrada sobretudo 
no mesencéfalo, tálamo, hipotálamo e amígdala cerebral. Possui tanto 
ação excitatória quanto inibitória. Apesar de serem poucos os neurônios 
com capacidade para produzir e liberar serotonina, existe um grande 
número de células que detectam esse neurotransmissor. 
A diminuição da liberação de serotonina no sistema nervoso central está 
associada a transtornos afetivos e de humor, como agressividade, 
depressão e ansiedade. Há evidências de que ela atue na regulação do 
ritmo circadiano, sono e apetite. Diversos estudos já testaram 
medicamentos com atuação nas vias serotoninérgicas buscando tratar, 
além da ansiedade e depressão, também obesidade, enxaqueca e 
esquizofrenia. 
Drogas como ecstasy e LSD mimetizam a atuação da serotonina no 
cérebro. 
Glutamato 
O glutamato é o aminoácido livre mais abundante do sistema nervoso 
central. Além disso, atua como principal neurotransmissor excitatório, 
sendo extremamente importante para o desenvolvimento neural, 
plasticidade sináptica, aprendizado e memória. 
Estudos já identificaram a associação entre o glutamato e doenças como 
epilepsia, isquemia cerebral, tolerância e dependência a drogas, dor 
neuropática, ansiedade e depressão. 
Produzido em excesso, o glutamato é tóxico para as células nervosas. 
A doença de Lou Gherig é prova disso, onde a hiperprodução deste 
neurotransmissor causa morte neuronal por todo o cérebro e medula. 
Ácido gama-aminobutírico (GABA) 
O GABA está presente no córtex cerebral, no cerebelo, sendo liberado por 
diversos interneurônios localizados no cérebro e na medula espinhal. É 
o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, 
estando presente em aproximadamente 20% das sinapses. 
Os neurocientistas acreditam que o GABA seja responsável pela sintonia 
fina e coordenação dos movimentos; há relatos de que ele desempenhe 
importante papel na regulação do tônus muscular. 
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Medicamentos que aumentam a atuação deste neurotransmissor 
inibitório no sistema nervoso central são capazes de reduzir a ansiedade 
e produzir relaxamento muscular, prevenindo a hipertonia. Há hipóteses 
de que a deficiência de GABA possa levar a quadros de esquizofrenia. 
No entanto, a linha de pesquisa mais importante acerca desse 
neurotransmissor está relacionada à ansiedade. Duas evidências apontam 
para essa correlação: (1) há grandes concentrações de GABA no sistema 
límbico e (2) a atuação dos benzodiazepínicos, ansiolíticos que interagem 
em grande parte com receptores gabaérgicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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