Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aviso! T ode esforço foi feito poro garantir o quolidode editorial deste obro, ogoro em versão digita l. Destocomos, contudo, que diferenças na apresentação do conteúdo podem ocorrer em função de restrições particulares às versões impressa e digita l e das características técnicos específicos d e cada dispositivo de leit uro. Este eBook é uma versão da obro impressa, podendo conter referências a este formato (p. ex.: "Circule conforme Indicado no exemplo 1", "Preencha o quadro abaixo·, etc.). Buscamos adequar todas os ocorrências para a leitura do conteúdo no versão d igital, porém alterações e inserções d e texto não são permitidas no eBook. Por esse motivo, recomendamos a criação de notas. Em coso de divergências, entre em contato conosco através de nosso site. Aviso! T ode esforço foi feito poro garantir o quolidode editorial deste obro, ogoro em versão digita l. Destocomos, contudo, que diferenças na apresentação do conteúdo podem ocorrer em função de restrições particulares às versões impressa e digita l e das características técnicos específicos d e cada dispositivo de leit uro. Este eBook é uma versão da obro impressa, podendo conter referências a este formato (p. ex.: "Circule conforme Indicado no exemplo 1", "Preencha o quadro abaixo·, etc.). Buscamos adequar todas os ocorrências para a leitura do conteúdo no versão d igital, porém alterações e inserções d e texto não são permitidas no eBook. Por esse motivo, recomendamos a criação de notas. Em coso de divergências, entre em contato conosco através de nosso site. Scott H . Waltman R. Tren t Codd III Lynn M . McFarr Bret A. Moore Questionamento , . socrat1co para terapeutas aprenda a pensar e a intervir como um terapeuta cognitivo-comportamental Tradução Marcos Vinicius Martim da Silva Arq,.úr.eu,e Urbanisra~J.a Uni\'ersidad.e f 1:.deral do Rio Grande-do Sul. Revisão técnica Carmem Beatriz Neufe.ld ProÍ~"SOra a.s..~da do Departamento de Psico!o,gia da Fao.lld:aàe de Fí!o.softa, Ciências e Lnrru de Ribeirdc:> Prero (FFCLRP) da Uniwrsidad,de Silo Paulo (USP). Fundadora e coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Imervençao Cogníti\•o-ccmpcnamen:al (La.PICC-USP). Me..ma e Douwra em Psicotogia pela Pontificia Univosidad.e CaWlica ão Rfo Grande do Su! (PUCRS). Bolsisra prOOurivid.ade do CNPq. Pre.sideme da faderaci6n Latinoame1'icana de PsicorerapiasCognitivas y Compor.ament.aíes (AL.4PCCO ~srdo 2019-2-02212022- 2025). Presidente f~dadora da .~ :soâaçdodeEnsino e Supervisão Basooãru em Evidências (AESBE' 2020-2023). Versão impressa desta obra: 2023 Porto Alegre 2023 Scott H . Waltman R. Tren t Codd III Lynn M . McFarr Bret A. Moore Questionamento , . socrat1co para terapeutas aprenda a pensar e a intervir como um terapeuta cognitivo-comportamental Tradução Marcos Vinicius Martim da Silva Arq,.úr.eu,e Urbanisra~J.a Uni\'ersidad.e f 1:.deral do Rio Grande-do Sul. Revisão técnica Carmem Beatriz Neufe.ld ProÍ~"SOra a.s..~da do Departamento de Psico!o,gia da Fao.lld:aàe de Fí!o.softa, Ciências e Lnrru de Ribeirdc:> Prero (FFCLRP) da Uniwrsidad,de Silo Paulo (USP). Fundadora e coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Imervençao Cogníti\•o-ccmpcnamen:al (La.PICC-USP). Me..ma e Douwra em Psicotogia pela Pontificia Univosidad.e CaWlica ão Rfo Grande do Su! (PUCRS). Bolsisra prOOurivid.ade do CNPq. Pre.sideme da faderaci6n Latinoame1'icana de PsicorerapiasCognitivas y Compor.ament.aíes (AL.4PCCO ~srdo 2019-2-02212022- 2025). Presidente f~dadora da .~ :soâaçdodeEnsino e Supervisão Basooãru em Evidências (AESBE' 2020-2023). Versão impressa desta obra: 2023 Porto Alegre 2023 Obra originalmente publicada sob o titulo Soaarirquesrfoningfor therapis:rsand oounselors: leam hcw to rhink anà ínrervene !lkea cognitive behavior therapi.st, 1st Edition ISBN 97S03ó733Sl99 Copyright© 2021 by Routle.dge, a member of the Taylor & Francis Group LLC. P..ll Rights Reserveà. Authorised translat:ion from the English language edition pub!ished by Routledge, a member of the Tayior & Francis Group LLC. Ge.rente editorial Letícia Bispo de Lima Colaboraram nesta edição: Consultora editorial ctáudia Blttencoun Capa Pao[a ManlCa I Brand&Book Preparaç~o de originais Fernanda Luzia .4nflor ferreira Leirura final Gabriela Dai Bosco Sina Editoração Leàur Seniiço.s Eâiro1iai.s Luia. Produção digita! Pixel Edirora,áo ..-. ASSOCIAOO CIL ' a.-. 1. -""'') ' doUwo --- OS Questionamento socrâtioo para terapeutas : aprenda a pensar e a in tcivir como um terapeuta oognitivo-oomportamental [recurso eletrônico]/ Scott H. Waltman ... [et ai.] ; tradução: Marcos Vinicius Martim da Sílva; revisão têcnica: Carmem Beatriz Ncufcld. - Pono Alegre : Anmcd, 2023. E-pub. Editado tambêm como tivro impresso cm 2023. ISBN 978-,65-5882-125,0 1. Psicoterapia. 2. Terapia cognitivo-oomportamcntal. 1. Titulo. CDU 615.85 1 catalogação na publicação: Karin Lonen Menoncin - CRB 10/2147 Reservado.s todos o.s direitos de publicação, e.m língua porruguesa, ao GRUPO A EDUCAÇÃO S.A. (Anmed é um selo editorial do GRUPO A EDUCAÇÃO 5.A.) Ru~ Ernesto Al\·es, 150 - Bairro f loresta 902 20-190 - Pono Alegre - R, fone: {51) 3027-7000 S.l>.C 0800 703 3444 - =i:,gi:yJ).lla.rom.br Ê proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou e.m pane, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (e!e.rrônioo, mecânico, gravação, fo1ocópia, distribuição na V·leb e. outros), sem permiss~o expressa da Editora . Obra originalmente publicada sob o titulo Soaarirquesrfoningfor therapis:rsand oounselors: leam hcw to rhink anà ínrervene !lkea cognitive behavior therapi.st, 1st Edition ISBN 97S03ó733Sl99 Copyright© 2021 by Routle.dge, a member of the Taylor & Francis Group LLC. P..ll Rights Reserveà. Authorised translat:ion from the English language edition pub!ished by Routledge, a member of the Tayior & Francis Group LLC. Ge.rente editorial Letícia Bispo de Lima Colaboraram nesta edição: Consultora editorial ctáudia Blttencoun Capa Pao[a ManlCa I Brand&Book Preparaç~o de originais Fernanda Luzia .4nflor ferreira Leirura final Gabriela Dai Bosco Sina Editoração Leàur Seniiço.s Eâiro1iai.s Luia. Produção digita! Pixel Edirora,áo ..-. ASSOCIAOO CIL ' a.-. 1. -""'') ' doUwo --- OS Questionamento socrâtioo para terapeutas : aprenda a pensar e a in tcivir como um terapeuta oognitivo-oomportamental [recurso eletrônico]/ Scott H. Waltman ... [et ai.] ; tradução: Marcos Vinicius Martim da Sílva; revisão têcnica: Carmem Beatriz Ncufcld. - Pono Alegre : Anmcd, 2023. E-pub. Editado tambêm como tivro impresso cm 2023. ISBN 978-,65-5882-125,0 1. Psicoterapia. 2. Terapia cognitivo-oomportamcntal. 1. Titulo. CDU 615.85 1 catalogação na publicação: Karin Lonen Menoncin - CRB 10/2147 Reservado.s todos o.s direitos de publicação, e.m língua porruguesa, ao GRUPO A EDUCAÇÃO S.A. (Anmed é um selo editorial do GRUPO A EDUCAÇÃO 5.A.) Ru~ Ernesto Al\·es, 150 - Bairro f loresta 902 20-190 - Pono Alegre - R, fone: {51) 3027-7000 S.l>.C 0800 703 3444 - =i:,gi:yJ).lla.rom.br Ê proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou e.m pane, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (e!e.rrônioo, mecânico, gravação, fo1ocópia, distribuição na V·leb e. outros), sem permiss~o expressa da Editora . Autores Scott H. Waltman, Doutor em Psicologia, n1embro da American Board of Professional Psychology, é clínico, instrutor internacional e faz pesquisas baseadas na prática. Seus interesses inclue1n prática de psicoterapia baseada em evidências e treinamento e implementação em sistemas que prestam atendimento a populações carentes. É certificado corno terapeuta cognitivo qualificado e instrutor/consultor pela Acade1ny of Cognitive & Behavioral Therapies. Ele tarnbém é certificado e1n psicologia comportamental e cognitiva pelo American Board of Professional Psychology.Mais recentemente, trabalhou como instrutor de terapia cognitivo- comportarnental (TCC) para uma das equipes de implementaçâo de TCC do Dr. Aaron T. Beck no sistema público de saúde 1nental da Filadélfia. Em sua prática, procura implementar de forma fle,xível e compassiva as intervenções cognitivas e comporta1nentais para ajudar as pessoas a superar as barreiras em suas vidas, facilitando a constn1ção de vidas significativas. R. Trent Codd III, especialista em educação, é vice-presidente de operações clínicas da Refresh Mental Health na Carolina do Norte. Além de prestar serviços clínicos, atua em treinan1ento e supervisâo e faz parte da maior iniciativa de treinan1ento sediada nos Estados Unidos. Ele é diplo1nata, n1en1bro e instrutor e consultor certificado da Academy of Cognitive & Behavioral Therapies e ex-membro do conselho geral da Ac.ademy of Cognitive. Therapy. Lynn M. McFarr, PhD, é professora de ciências da saúde da UCLA David Geffen Scliool of l,,1edicine no Harbor-UCLA Medical Center e fundadora e diretora executiva da CBT California. Ela é presidente da Academy of Cognitive & Behavioral Therapies, rnembro da Association of Behavioral and Cognitive Therapies e presidente da Intemational Association for Cognitive Therapy. A Dra. McFarr atua como líder de prática de TCC e terapia con1portamental dialética (DBT) para o departamento de saúde mental do Condado de Los Angeles, onde lançou um treinamento de capacitaç.ão em TCC (o LACROCBT) para 1nais de 1.500 médicos de linha de frente. Ela foi editora sênior da Cogni.ti.ve Therapy por 8 anos e lançou a primeira publicação dedicada à DBT, o DBT Bull.etin, em 2018. Realiza pesquisas e publica sobre todos os aspectos de treinamento, supervisão, disseminaçâo e implementação de TCC e DBT. É n1embro da Dialectical Behavior Therapy Strategic Planning Meeting, um consórcio de pesquisadores internacionais de DBT, e foi presidente do programa da International Society for the In1provement and Teaching of Dialectical Behavior Therapy (ISITDBT) de 2014 a 2015. Bret A. Moore, Doutor em Psicologia, membro da American Board of Professional Psychology, é psicólogo prescritor e psicólogo clínico certificado pelo conselho de San Antonio, Texas. É vice-presidente do Boulder Crest Institute, ex-psicólogo do exército e veterano da guerra do Iraque. É autor e editor de 22 livros e publicou dezenas de capítulos de livros e artigos científicos na área de trauma psicológico, psicologia militar e psicofam1acologia. Autores Scott H. Waltman, Doutor em Psicologia, n1embro da American Board of Professional Psychology, é clínico, instrutor internacional e faz pesquisas baseadas na prática. Seus interesses inclue1n prática de psicoterapia baseada em evidências e treinamento e implementação em sistemas que prestam atendimento a populações carentes. É certificado corno terapeuta cognitivo qualificado e instrutor/consultor pela Acade1ny of Cognitive & Behavioral Therapies. Ele tarnbém é certificado e1n psicologia comportamental e cognitiva pelo American Board of Professional Psychology. Mais recentemente, trabalhou como instrutor de terapia cognitivo- comportarnental (TCC) para uma das equipes de implementaçâo de TCC do Dr. Aaron T. Beck no sistema público de saúde 1nental da Filadélfia. Em sua prática, procura implementar de forma fle,xível e compassiva as intervenções cognitivas e comporta1nentais para ajudar as pessoas a superar as barreiras em suas vidas, facilitando a constn1ção de vidas significativas. R. Trent Codd III, especialista em educação, é vice-presidente de operações clínicas da Refresh Mental Health na Carolina do Norte. Além de prestar serviços clínicos, atua em treinan1ento e supervisâo e faz parte da maior iniciativa de treinan1ento sediada nos Estados Unidos. Ele é diplo1nata, n1en1bro e instrutor e consultor certificado da Academy of Cognitive & Behavioral Therapies e ex-membro do conselho geral da Ac.ademy of Cognitive. Therapy. Lynn M. McFarr, PhD, é professora de ciências da saúde da UCLA David Geffen Scliool of l,,1edicine no Harbor-UCLA Medical Center e fundadora e diretora executiva da CBT California. Ela é presidente da Academy of Cognitive & Behavioral Therapies, rnembro da Association of Behavioral and Cognitive Therapies e presidente da Intemational Association for Cognitive Therapy. A Dra. McFarr atua como líder de prática de TCC e terapia con1portamental dialética (DBT) para o departamento de saúde mental do Condado de Los Angeles, onde lançou um treinamento de capacitaç.ão em TCC (o LACROCBT) para 1nais de 1.500 médicos de linha de frente. Ela foi editora sênior da Cogni.ti.ve Therapy por 8 anos e lançou a primeira publicação dedicada à DBT, o DBT Bull.etin, em 2018. Realiza pesquisas e publica sobre todos os aspectos de treinamento, supervisão, disseminaçâo e implementação de TCC e DBT. É n1embro da Dialectical Behavior Therapy Strategic Planning Meeting, um consórcio de pesquisadores internacionais de DBT, e foi presidente do programa da International Society for the In1provement and Teaching of Dialectical Behavior Therapy (ISITDBT) de 2014 a 2015. Bret A. Moore, Doutor em Psicologia, membro da American Board of Professional Psychology, é psicólogo prescritor e psicólogo clínico certificado pelo conselho de San Antonio, Texas. É vice-presidente do Boulder Crest Institute, ex-psicólogo do exército e veterano da guerra do Iraque. É autor e editor de 22 livros e publicou dezenas de capítulos de livros e artigos científicos na área de trauma psicológico, psicologia militar e psicofam1acologia. Apresentação Quando aprendi a ser terapeuta, tudo girava em tomo da psicodinâmica. O terapeuta mantinha distância e neutralidade, abstinha-se de dar direcionamentos, interpretava os motivos e os pensa1nentos inconscientes e apontava analogias e paralelos con1 e.'<1>eriências anteriores da infância. Tudo parecia bastante profundo, complicado e - na prática - colocava o poder da interpretação nas mãos do terapeuta. E o mais importante: não parecia funcionar muito bem. O modelo de Beck deu fin1 à minha visão pessimista da psicoterapia e atraiu minha mente curiosa e, às vezes, lógica e até contestadora. Ao aprender terapia cognitiva da fonte, percebi que precisava me afastar de uma postura professoral e didática para entrar em diálogo con1 o cliente. Observando Beck, percebi que a terapia cognitiva eficaz não era como um promotor interrogando um cliente. Era um e.xame mais gentil, 1nais curioso, mais respeitoso das crenças e das expe.riências que o cliente relata. De fato, observar Beck fazendo terapia n1uitas vezes fazia você sentir que ele não estava usando as técnicas sobre as quais escreveu. Então, após uma reflexão cuidadosa, você percebia que ele entrelaçava perfeita1nente en1 seus diálogos o exame das consequências dos pensamentos, as evidências de sua validade e as formas alternativas de ver as coisas. Bec.k não estava "falando ao" cliente. Ele estava co1npartilhando perspectivas e examinando como o cliente pensava sobre as coisas. Ele tentava entender o que muitas vezes parece não ter sentido. Le1nbrava-me das disciplinas de filosofia que havia cursado na faculdade. Uma em particular foi ministrada por Paul Weiss, um e111inente filósofo da época. Weiss era um professor rabugento, caris1nático e espontâneo que se recusava a dar palestras. Ele tinha cerca de 100 alunos de Yale ouvindo cada uma de suas perguntas, as quais - quando um de nós era suficientemente corajoso ou impulsivo para responder - levavam a outra pergunta de. Weiss. Era o verdadeiro diálogo socrático - pergunta após pergunta, apontando as implicações e as contradições de nossas respostas. O que V>Jeiss fazia - e o que Sócrates fazia - não era nos ensinar os fatos. Eles fizeram algo 1nuito n1ais importante. Eles nos ensinaram a pensar. É isso que a boa terapia faz. Então o questionamentosocrático é didático e uma questão de poder? Ou é uma forma de empoderamento que ensina o cliente a pensar, a refletir e a ver de outro ponto de vista? Entendo que seja o empodera1nento do cliente solicitado a refletir. O objetivo é pensar sobre o pensamento, refletir sobre o sentir, dar um passo atrás e e.xaminar por que seus pensan1entos o levam a sentir e a agir de. 1naneira que. - na reflexão - pareça autodestrutiva. Sugiro que cha1nemos isso de insight. Na verdade, o n1étodo socrático é a ferramenta para engajar o insight, desenvolvê-lo e usá-lo para constnúr novas realidades e oportunidades. A abordagen1 da terapia cognitiva deve muito à filosofia. De fato, acho que uma das melhores preparações para o método socrático é ler A república, de Platão. Assim como a n1elhor base para entender Albert Ellis é ler Epicteto. E, é claro, como ocorre com a maioria das outras coisas que in1portam na vida, a melhor descriç.ão do 1nodelo cognitivo pode ser encontrada em Shakespeare (Hamlet, Ato 2, Cena 2), e1n que nosso desanimado, ambivalente e autorreflexivo Hanllet observa: Então para você não é. Não há nada de bom ou mau sem o pensamento que o faz assim. Para mim é uma prisão. Bem, então não é uma prisão para você, já que nada é realmente bom ou ruim em si mesmo - tudo é uma questão de o que uma pessoa pensa sobre algo. Para mim, a Dinamarca é uma prisão. Mas como podemos escapar da prisão em que nossos pensamentos pode1n funcionar con10 barreiras de contenção? Como nos libertamos? Terapeutas geralmente gostan1 de se dividir em campos - assim como alguns religiosos que se acreditam portadores da verdade. Mas este livro, escrito por quatro psicólogos sofisticados e rigorosos, ajudará a libertar os leitores cujas mentes procuran1 se abrir para novas formas de pensar, novas curiosidades e novos desafios. Na verdade, este livro é um tour de force. É um passeio intelectual pela paisagem de uma série de TCCs, abrindo novos caminhos e alcançando novas alttuas. Quando conheci este livro, meu pri1neiro pensamento foi: e,'(Íste algo de novo sob o sol na compreensão dos diálogos socráticos? E a resposta é "Sim!". E está aqui neste livro. Qualquer pessoa interessada em uma reflexão séria sobre investigação psicológica em psicoterapia deveria lê-lo. E não apenas ler, 1nas refletir sobre ele. Mesmo as abordagens da terceira onda têm elementos socráticos - até abordagens comporta1nentais nos pede1n para pensar, observar e extrair ideias. E, 1nesn10 ao prescrever 1nedicamentos, precisa1nos considerar o que o cliente está pensando sobre isso. Não simplesmente entrega1nos uma soluç.ão aos clientes. Não dizemos ao cliente que sofre de anorexia: "Pegue este doce. Agora coma!". Precisamos entender de onde vem o cliente e qual é o significado da resistência, da recusa e, quando for o caso, até mesmo dos gestos suicidas. E precisamos ajudá-lo a refletir sobre seus pensamentos, suas emoções e seus co1nportamentos. Como Sócrates indicou em suas reflexões, a resposta reside no interior. Está lá para ser descoberta e desvendada. De fato, o método socrático reflete o radical latino da palavra "educação", que significa Apresentação Quando aprendi a ser terapeuta, tudo girava em tomo da psicodinâmica. O terapeuta mantinha distância e neutralidade, abstinha-se de dar direcionamentos, interpretava os motivos e os pensa1nentos inconscientes e apontava analogias e paralelos con1 e.'<1>eriências anteriores da infância. Tudo parecia bastante profundo, complicado e - na prática - colocava o poder da interpretação nas mãos do terapeuta. E o mais importante: não parecia funcionar muito bem. O modelo de Beck deu fin1 à minha visão pessimista da psicoterapia e atraiu minha mente curiosa e, às vezes, lógica e até contestadora. Ao aprender terapia cognitiva da fonte, percebi que precisava me afastar de uma postura professoral e didática para entrar em diálogo con1 o cliente. Observando Beck, percebi que a terapia cognitiva eficaz não era como um promotor interrogando um cliente. Era um e.xame mais gentil, 1nais curioso, mais respeitoso das crenças e das expe.riências que o cliente relata. De fato, observar Beck fazendo terapia n1uitas vezes fazia você sentir que ele não estava usando as técnicas sobre as quais escreveu. Então, após uma reflexão cuidadosa, você percebia que ele entrelaçava perfeita1nente en1 seus diálogos o exame das consequências dos pensamentos, as evidências de sua validade e as formas alternativas de ver as coisas. Bec.k não estava "falando ao" cliente. Ele estava co1npartilhando perspectivas e examinando como o cliente pensava sobre as coisas. Ele tentava entender o que muitas vezes parece não ter sentido. Le1nbrava-me das disciplinas de filosofia que havia cursado na faculdade. Uma em particular foi ministrada por Paul Weiss, um e111inente filósofo da época. Weiss era um professor rabugento, caris1nático e espontâneo que se recusava a dar palestras. Ele tinha cerca de 100 alunos de Yale ouvindo cada uma de suas perguntas, as quais - quando um de nós era suficientemente corajoso ou impulsivo para responder - levavam a outra pergunta de. Weiss. Era o verdadeiro diálogo socrático - pergunta após pergunta, apontando as implicações e as contradições de nossas respostas. O que V>Jeiss fazia - e o que Sócrates fazia - não era nos ensinar os fatos. Eles fizeram algo 1nuito n1ais importante. Eles nos ensinaram a pensar. É isso que a boa terapia faz. Então o questionamento socrático é didático e uma questão de poder? Ou é uma forma de empoderamento que ensina o cliente a pensar, a refletir e a ver de outro ponto de vista? Entendo que seja o empodera1nento do cliente solicitado a refletir. O objetivo é pensar sobre o pensamento, refletir sobre o sentir, dar um passo atrás e e.xaminar por que seus pensan1entos o levam a sentir e a agir de. 1naneira que. - na reflexão - pareça autodestrutiva. Sugiro que cha1nemos isso de insight. Na verdade, o n1étodo socrático é a ferramenta para engajar o insight, desenvolvê-lo e usá-lo para constnúr novas realidades e oportunidades. A abordagen1 da terapia cognitiva deve muito à filosofia. De fato, acho que uma das melhores preparações para o método socrático é ler A república, de Platão. Assim como a n1elhor base para entender Albert Ellis é ler Epicteto. E, é claro, como ocorre com a maioria das outras coisas que in1portam na vida, a melhor descriç.ão do 1nodelo cognitivo pode ser encontrada em Shakespeare (Hamlet, Ato 2, Cena 2), e1n que nosso desanimado, ambivalente e autorreflexivo Hanllet observa: Então para você não é. Não há nada de bom ou mau sem o pensamento que o faz assim. Para mim é uma prisão. Bem, então não é uma prisão para você, já que nada é realmente bom ou ruim em si mesmo - tudo é uma questão de o que uma pessoa pensa sobre algo. Para mim, a Dinamarca é uma prisão. Mas como podemos escapar da prisão em que nossos pensamentos pode1n funcionar con10 barreiras de contenção? Como nos libertamos? Terapeutas geralmente gostan1 de se dividir em campos - assim como alguns religiosos que se acreditam portadores da verdade. Mas este livro, escrito por quatro psicólogos sofisticados e rigorosos, ajudará a libertar os leitores cujas mentes procuran1 se abrir para novas formas de pensar, novas curiosidades e novos desafios. Na verdade, este livro é um tour de force. É um passeio intelectual pela paisagem de uma série de TCCs, abrindo novos caminhos e alcançando novas alttuas. Quando conheci este livro, meu pri1neiro pensamento foi: e,'(Íste algo de novo sob o sol na compreensão dos diálogos socráticos? E a resposta é "Sim!". E está aqui neste livro. Qualquer pessoa interessada em uma reflexão séria sobre investigação psicológica em psicoterapia deveria lê-lo. E não apenas ler, 1nas refletir sobre ele. Mesmo as abordagens da terceira onda têm elementos socráticos - até abordagens comporta1nentaisnos pede1n para pensar, observar e extrair ideias. E, 1nesn10 ao prescrever 1nedicamentos, precisa1nos considerar o que o cliente está pensando sobre isso. Não simplesmente entrega1nos uma soluç.ão aos clientes. Não dizemos ao cliente que sofre de anorexia: "Pegue este doce. Agora coma!". Precisamos entender de onde vem o cliente e qual é o significado da resistência, da recusa e, quando for o caso, até mesmo dos gestos suicidas. E precisamos ajudá-lo a refletir sobre seus pensamentos, suas emoções e seus co1nportamentos. Como Sócrates indicou em suas reflexões, a resposta reside no interior. Está lá para ser descoberta e desvendada. De fato, o método socrático reflete o radical latino da palavra "educação", que significa "conduzir para forà'. O objetivo é tirar o sofrimento de seus hábitos de. pensar e de agir. É elucidar o que era auto1nático e, muitas vezes, autodestrutivo e den1onstrar que existen1 diferentes 1naneiras de pensar, sentir e agir. De fonna sen1elhante ao conceito de flexibilidade na terapia de aceitação e compro1nisso, este livro revela a necessidade de flexibilidade por parte de clientes e terapeutas. Ao de1nonstrar que, questionando nossas próprias ideias, podemos acessar novas ferramentas, os exemplos aqui reunidos ajudarão terapeutas de qualquer escola de TCC a encontrar novas 1naneiras de ajudar os clientes a se tornarem seus próprios terapeutas. Achei este livro encorajador, dadas as disputas territoriais anteriores entre as várias ondas que às vezes pareciam nos afogar. Há muita sabedoria a ser adquirida nesta leitura. Está lá se você estiver curioso o suficiente para encontrá-la. Robert L. Leahy, PhD Diretor do Ame.rican Instirute. for Cognitive Therapy Ex·presidente, da Assodaóon for Behavioral md Cognitive Thtrapies, da Imemaúonal Assocfation for Cognitive. Psycho!herapy e da Aca&my of Cognirive Therapy Editor associado do Imern.ariona1Jouma1 oj CognfW.-e Therap,.v Presidente honorá.:rio vita!ido da New York City Cognitive Behaviora! Therapy Assocfation Profe.ssor clínico de p,sicologia ào Departamento de Psiquiatria do \'leill Cornell Unive.rsity Medical College, New York Presbyte.rfan Hospital "conduzir para forà'. O objetivo é tirar o sofrimento de seus hábitos de. pensar e de agir. É elucidar o que era auto1nático e, muitas vezes, autodestrutivo e den1onstrar que existen1 diferentes 1naneiras de pensar, sentir e agir. De fonna sen1elhante ao conceito de flexibilidade na terapia de aceitação e compro1nisso, este livro revela a necessidade de flexibilidade por parte de clientes e terapeutas. Ao de1nonstrar que, questionando nossas próprias ideias, podemos acessar novas ferramentas, os exemplos aqui reunidos ajudarão terapeutas de qualquer escola de TCC a encontrar novas 1naneiras de ajudar os clientes a se tornarem seus próprios terapeutas. Achei este livro encorajador, dadas as disputas territoriais anteriores entre as várias ondas que às vezes pareciam nos afogar. Há muita sabedoria a ser adquirida nesta leitura. Está lá se você estiver curioso o suficiente para encontrá-la. Robert L. Leahy, PhD Diretor do Ame.rican Instirute. for Cognitive Therapy Ex·presidente, da Assodaóon for Behavioral md Cognitive Thtrapies, da Imemaúonal Assocfation for Cognitive. Psycho!herapy e da Aca&my of Cognirive Therapy Editor associado do Imern.ariona1Jouma1 oj CognfW.-e Therap,.v Presidente honorá.:rio vita!ido da New York City Cognitive Behaviora! Therapy Assocfation Profe.ssor clínico de p,sicologia ào Departamento de Psiquiatria do \'leill Cornell Unive.rsity Medical College, New York Presbyte.rfan Hospital Prefácio Este é o último livro de uma das séries mais populares publicadas pela Routledge em língua inglesa, Clinica! Topics in Psychology and Psychiatry (CTPP). O objetivo geral da série é fornecer aos profissionais de saúde mental informações práticas sobre assuntos relacionados à psicologia e à psicofarmacologia. Cada livro, ainda que abrangente, é fácil de compreender e de integrar à prática clínica diária. Também é multidisciplinar, cobrindo tópicos relevantes para os ca1npos da psicologia e da psiquiatria pertinentes a estudantes e profissionais iniciantes e experientes. Os livros escolhidos para a série são escritos ou organizados por especialistas nacionais e internacionais em suas respectivas áreas, e os colaboradores ta1nbéin são profissionais altamente respeitados. Este livro exemplifica a intenção, o escopo e os objetivos da série CTPP. E1n Qiwstionamenw socrático para terapeutas, Scott H. Waltinan, R. Trent Codd III, Lynn McFarr e Bret A. Moore fornecem uma revisão completa de um dos aspectos mais importantes da TCC - o questionamento socrático. Esse método, ta1nbé1n referido como descoberta guiada, tetn sido apontado como u1na das habilidades mais difíceis de sere1n aprendidas por terapeutas iniciantes no campo da TCC. Reconhecendo a importância de desenvolver proficiência nessa habilidade e os desafios inerentes à aprendizagem dessa técnica, os autores deste livro ensinam um modelo de quatro etapas para dominar a arte do questionamento socrático. O tnodelo inclui: (1) foco no conteúdo-chave; (2) desenvolvilnento de uma compreensão fenomenológica da cognição; (3) estimulo de uma curiosidade colaborativa; e ( 4) criação de um resumo e de u1na síntese. Ao longo do texto, os autores ilustram como esse modelo de quatro etapas se aplica a unia variedade de condições, abordagens de tratamento e estilos de profissionais. Por exemplo, o conteúdo é apresentado de forma simples e acessível, podendo interessar clínicos gerais, terapeutas ecléticos e clínicos da chamada "terceira onda''. Os autores faze1n um bom trabalho ao suavizar o jargão da psicologia e, quando são referenciados termos específicos que podem ser familiares a terapeutas experientes, mas não a profissionais em início de carreira, eles são habil1nente explicados. Estou convencido de que Questionamenw socrático para terapeutas se tornará uma das principais referências na capacitação de clínicos para a aplicação efetiva desse n1étodo, poré1n n1ais ainda no treina1nento de clínicos para se tornaretn especialistas. Alén1 disso, ajudará os profissionais já em atividade a aprin1orare1n suas habilidades e a se tornarem terapeutas mais eficazes e eficientes. Prevejo que este livro se tornará leitura obrigatória em programas de pós-graduação etn psicoterapia de todos os tamanhos, formas e orientações teóricas. Bret A. Moore Doutor e.m Psicologia e membro da Ame.rican Bo2rd of Professional Psychology Editor da série ~Jnicai Topics in Psycho!ogy and Psyclliatry Prefácio Este é o último livro de uma das séries mais populares publicadas pela Routledge em língua inglesa, Clinica! Topics in Psychology and Psychiatry (CTPP). O objetivo geral da série é fornecer aos profissionais de saúde mental informações práticas sobre assuntos relacionados à psicologia e à psicofarmacologia. Cada livro, ainda que abrangente, é fácil de compreender e de integrar à prática clínica diária. Também é multidisciplinar, cobrindo tópicos relevantes para os ca1npos da psicologia e da psiquiatria pertinentes a estudantes e profissionais iniciantes e experientes. Os livros escolhidos para a série são escritos ou organizados por especialistas nacionais e internacionais em suas respectivas áreas, e os colaboradores ta1nbéin são profissionais altamente respeitados. Este livro exemplifica a intenção, o escopo e os objetivos da série CTPP. E1n Qiwstionamenw socrático para terapeutas, Scott H. Waltinan, R. Trent Codd III, Lynn McFarr e Bret A. Moore fornecem uma revisão completa de um dos aspectos mais importantes da TCC - o questionamento socrático. Esse método, ta1nbé1n referido como descoberta guiada, tetn sido apontado como u1na das habilidades mais difíceis de sere1n aprendidas por terapeutas iniciantes no campo da TCC. Reconhecendo a importânciade desenvolver proficiência nessa habilidade e os desafios inerentes à aprendizagem dessa técnica, os autores deste livro ensinam um modelo de quatro etapas para dominar a arte do questionamento socrático. O tnodelo inclui: (1) foco no conteúdo-chave; (2) desenvolvilnento de uma compreensão fenomenológica da cognição; (3) estimulo de uma curiosidade colaborativa; e ( 4) criação de um resumo e de u1na síntese. Ao longo do texto, os autores ilustram como esse modelo de quatro etapas se aplica a unia variedade de condições, abordagens de tratamento e estilos de profissionais. Por exemplo, o conteúdo é apresentado de forma simples e acessível, podendo interessar clínicos gerais, terapeutas ecléticos e clínicos da chamada "terceira onda''. Os autores faze1n um bom trabalho ao suavizar o jargão da psicologia e, quando são referenciados termos específicos que podem ser familiares a terapeutas experientes, mas não a profissionais em início de carreira, eles são habil1nente explicados. Estou convencido de que Questionamenw socrático para terapeutas se tornará uma das principais referências na capacitação de clínicos para a aplicação efetiva desse n1étodo, poré1n n1ais ainda no treina1nento de clínicos para se tornaretn especialistas. Alén1 disso, ajudará os profissionais já em atividade a aprin1orare1n suas habilidades e a se tornarem terapeutas mais eficazes e eficientes. Prevejo que este livro se tornará leitura obrigatória em programas de pós-graduação etn psicoterapia de todos os tamanhos, formas e orientações teóricas. Bret A. Moore Doutor e.m Psicologia e membro da Ame.rican Bo2rd of Professional Psychology Editor da série ~Jnicai Topics in Psycho!ogy and Psyclliatry Figuras, quadros e planilhas FIGURAS 2.1 Estratégias oomp,ensatôrias muitas \!eze.s impedem novas aprendizagens e mantêm um conjunto de crenças 2.2 Mudando estratégias para promover nov;: aprendizagem 3.1 Mode!ode aprmdizag,m e.,periencial de Kolb 3.2 Ciclo de. ruminaçã.o-supergeneraiizaçào 3.3 Triângulo da TCC 4.1 Visão geral do diálogo socrático beckiano 4.2 Base revisada para: questionamem:o socrático 5.1 Setadesce.ndente 5.2 Seta descendente. e.m branco 5.3 Seta iate.ra1 5 4: Seta lateral em branco 6.1 Compree.ndendo a cre.nça: na crença 6.2 PanoI"a?m conceituai do modo de. questionamento socr,tioo 7 .1 Esdarecendo a perspectiva 7 .2 f.xpanó.L!lldo a pe.rspeaiva 7 .3 Panorama con-ceirual do modelo de questionamento socrático 7 .4 Hipótese A/hipótese B 7 .5 Dfagrama simplificado de conceitualização de.crenças funcionais 8.1 Panorama conceitua! do modelo de questionamento socrático 9 .1 Check!ist de problemas comuns 9.2 t ,~rdade eéútil? 9 .3 Lidando com pensamentos discutivelmente verdadeiros 10.1 Pan.orama c.onceitua1 do modelo de questionamento socrátioo 10.2 Diagrama simp!ificado deoonceirualização decre.nças funcionais 10.3 Exe.mp!o cte camadas de registros de pensamento e experimentos componamemais 10.4 formulário de. experimento compon;;me.ntal 10.5 Exemp!o de formulário de experimento oomponamenta! 11.1 Mudan,a modal 11.2 Prós e contras das crenças centrais 11.3 Crença cemrai A/cre.nça: central B 12.1 Registro de pensamento do método dialético socrático 12.2 Visão 3-Dedialétíc,. 15.1 Modelo de aprendizage.m e:..-periendal de Kolb 16.1 Registro de pE.nsamento-socrátloo. 16.2 Panorama do proces..(-0 autossocrátioo QUADROS 3.1 Esrruru.ra da se:ssào de TCC 5.1 Dividindo a hisi:ória 5.2 Identifique o pensamento quente 6.1 Estratégias para expressão sub e superemodonal 6.2 Etapas do processamento emocional 6.3 Elementos de validação 7 .1 Matriz cie empirismo oolaborarivo 7.2 Ameaç,is à validade 7 .3 SemeLiunças emre distorções e crenças irracionais 15.1 Matriz de empirismo colaborativo 16.1 Seme!hanç.as e.ntre âistorçôes e.crenças irracionais PLANILHAS 2.1 Diagrama simplifi,cado de oonceitualizaçào de crenças funcionais 2.2 Dfagrama aprofundado deoonceitualizaçã.o de crenças funcionais 2.3 Exemplo de um diagrama aprofundado de conceirualiz.a~o de caso: Trisha 2..4 E.'iemplo de. um diagrama simplificado deoonOOtualização de.caso: Trisha 3.1 Esrruru.ra da se:ssào e J,.ru,.Muido plano 4.1 Regisrro de pensamento socráiico 5.1 Planil~a àefocalização 5.2 Planilh>. de focalização: ,semplo de Harold 10.1 Plani!haàe focalização 10.2 Registro de pensamento socrático 15.1 Matriz de classifto~odo diálogo soc,ático Figuras, quadros e planilhas FIGURAS 2.1 Estratégias oomp,ensatôrias muitas \!eze.s impedem novas aprendizagens e mantêm um conjunto de crenças 2.2 Mudando estratégias para promover nov;: aprendizagem 3.1 Mode!ode aprmdizag,m e.,periencial de Kolb 3.2 Ciclo de. ruminaçã.o-supergeneraiizaçào 3.3 Triângulo da TCC 4.1 Visão geral do diálogo socrático beckiano 4.2 Base revisada para: questionamem:o socrático 5.1 Setadesce.ndente 5.2 Seta descendente. e.m branco 5.3 Seta iate.ra1 5 4: Seta lateral em branco 6.1 Compree.ndendo a cre.nça: na crença 6.2 PanoI"a?m conceituai do modo de. questionamento socr,tioo 7 .1 Esdarecendo a perspectiva 7 .2 f.xpanó.L!lldo a pe.rspeaiva 7 .3 Panorama con-ceirual do modelo de questionamento socrático 7 .4 Hipótese A/hipótese B 7 .5 Dfagrama simplificado de conceitualização de.crenças funcionais 8.1 Panorama conceitua! do modelo de questionamento socrático 9 .1 Check!ist de problemas comuns 9.2 t ,~rdade eéútil? 9 .3 Lidando com pensamentos discutivelmente verdadeiros 10.1 Pan.orama c.onceitua1 do modelo de questionamento socrátioo 10.2 Diagrama simp!ificado deoonceirualização decre.nças funcionais 10.3 Exe.mp!o cte camadas de registros de pensamento e experimentos componamemais 10.4 formulário de. experimento compon;;me.ntal 10.5 Exemp!o de formulário de experimento oomponamenta! 11.1 Mudan,a modal 11.2 Prós e contras das crenças centrais 11.3 Crença cemrai A/cre.nça: central B 12.1 Registro de pensamento do método dialético socrático 12.2 Visão 3-Dedialétíc,. 15.1 Modelo de aprendizage.m e:..-periendal de Kolb 16.1 Registro de pE.nsamento-socrátloo. 16.2 Panorama do proces..(-0 autossocrátioo QUADROS 3.1 Esrruru.ra da se:ssào de TCC 5.1 Dividindo a hisi:ória 5.2 Identifique o pensamento quente 6.1 Estratégias para expressão sub e superemodonal 6.2 Etapas do processamento emocional 6.3 Elementos de validação 7 .1 Matriz cie empirismo oolaborarivo 7.2 Ameaç,is à validade 7 .3 SemeLiunças emre distorções e crenças irracionais 15.1 Matriz de empirismo colaborativo 16.1 Seme!hanç.as e.ntre âistorçôes e.crenças irracionais PLANILHAS 2.1 Diagrama simplifi,cado de oonceitualizaçào de crenças funcionais 2.2 Dfagrama aprofundado deoonceitualizaçã.o de crenças funcionais 2.3 Exemplo de um diagrama aprofundado de conceirualiz.a~o de caso: Trisha 2..4 E.'iemplo de. um diagrama simplificado deoonOOtualização de.caso: Trisha 3.1 Esrruru.ra da se:ssào e J,.ru,.Muido plano 4.1 Regisrro de pensamento socráiico 5.1 Planil~a àefocalização 5.2 Planilh>. de focalização: ,semplo de Harold 10.1 Plani!haàe focalização 10.2 Registro de pensamento socrático 15.1 Matriz de classifto~odo diálogo soc,ático Sumário Apresentaç.ào Roi<rrL.~ Prefácio 1 tmroduçào: por que usar o questionamento socrático? 2 Por que. a aprendizagem corretiva nào acontece automaticameme.? 3 Começando 4 Uma base p;:rao questionamento socrático: àiáJogo socrático beckiano 5 foco no conteúdo-chave 6 Compreensão fenomenológica 7 Cwiosidade colaborativa 8 Resumo e síntese 9 Solucionando problemas com as estratégia:s soc.ráticas 10 Regisrros de pensa.me mo, experimentos componamentais e questionamento socrático 11 Trabalhando com c.ren,.as centrais e esque.mas 12 Mé.rodo àiaiético socrático: usando estratégias cognitivas e socrâticas na i:erapfa componamemal dia!ética pa ra transtorno da personalidade barder!ine 13 E-straté.gias socráticas e a terapfa: de acei..:açào e. compromisso 14 Estratégias socráticas para médicos e prescritores 15Estratégias socráticas para o e.nsino de estratégias socráticas 16 O método autos.socrátioo Sumário Apresentaç.ào Roi<rrL.~ Prefácio 1 tmroduçào: por que usar o questionamento socrático? 2 Por que. a aprendizagem corretiva nào acontece automaticameme.? 3 Começando 4 Uma base p;:rao questionamento socrático: àiáJogo socrático beckiano 5 foco no conteúdo-chave 6 Compreensão fenomenológica 7 Cwiosidade colaborativa 8 Resumo e síntese 9 Solucionando problemas com as estratégia:s soc.ráticas 10 Regisrros de pensa.me mo, experimentos componamentais e questionamento socrático 11 Trabalhando com c.ren,.as centrais e esque.mas 12 Mé.rodo àiaiético socrático: usando estratégias cognitivas e socrâticas na i:erapfa componamemal dia!ética pa ra transtorno da personalidade barder!ine 13 E-straté.gias socráticas e a terapfa: de acei..:açào e. compromisso 14 Estratégias socráticas para médicos e prescritores 15 Estratégias socráticas para o e.nsino de estratégias socráticas 16 O método autos.socrátioo Introdução Por que usar socrático? Scott H. Waltman o questionamento •!• O QUE VOCÊ VERÁ NESTE CAPÍTULO Como um terapeuta se toma hábil no questionamento socrático? Promovendo a mudança Exemplo breve Exemplo estendido O que esperar do restante do livro A noção de que a aprendizagem corretiva é essencial para a cura e o crescimento psicológico remonta às origens da psicoterapia (Alexander & French, 1946; Yalom, 1995). Esse fenômeno é comumente chamado de e.xperiência emocional corretiva (Alexander & French, 1946; Yalom, 1995). De u1na perspectiva integrativa, os elementos não biológicos de um transtorno psiquiátrico, 1nttitas vezes, estão enraizados en1 uma crença patogênica subjacente (ver Silberschatz, 2013; Weiss, 1993). Provocar uma mudança nessa crença pode aliviar o sofrimento, levando a transformações saudáveis no afeto, no pensamento e no comportamento. Existem diferentes canlinhos para 1nudar as crenças subjacentes: aprendizagem interpessoal em u1n ambiente de grupo (Yalom, 1995), experiência corretiva proporcionada pelo terapeuta em contraposição à aprendizagen1 precoce (Alexander & French, 1946; Silberschatz, 2013; Weiss, 1993), uso de questionan1ento e diálogo socrático para ajudar um cliente a ver as coisas de uma perspectiva diferente (Padesky, 1993) ou uso de questionamento socrático para canalizar o conhecimento inato, talvez de um inconsciente coletivo ou do campo espiritual (Peoples & Drozdek, 2017). Este livro se concentra no uso do questionamento socrático para a pron1oção direta de 1nudanças e no uso de estratégias socráticas para aprimorar os métodos experienciais/ interpessoais de mudança. Claro que Sócrates não era um terapeuta, e uma aplicação pura do 1nétodo socrático com uma fidelidade perfeita não seria terapêutica (Kazantzis, Fairburn, Padesky, Reinecke, & Teesson, 2014). Este livro apresenta tuna abordagen1 mais empática e colaborativa ao uso de estratégias socráticas em un1 conte;,1:o clínico. Esse método é integrado às boas práticas clínicas de maneira consistente co1n a base de evidências do que constitui uma terapia eficaz. O empirismo colaborativo descreve apropriadamente esse processo de usar estratégias colaborativas para se urtir ao cliente na aplicação da curiosidade científica aos seus processos de pensamento (Tee & Kazantzis, 2011). Diálcgo socrático beckiano ou diálogo beckiano tan1bém são descrições precisas do processo (ver Kazantzi et ai., 2018). Uma abundância de estratégias comprovadas de mudança cognitiva pode. ser encontrada nas terapias cognitivas. O princípio básico subjacente à terapia cognitiva e às terapias cogrtitivas e comportamentais mais a1nplas é que a maneira como as pessoas pensam e dão sentido às suas vidas e às situações afeta o que elas fazem e, consequentemente, como elas se sentem (Beck, 1979; Waltrnan & Sokol, 2017). Assim, provocar mudanças na vida de uma pessoa é algo alcançado por meio de modificações na maneira como ela pensa. Esse processo é chamado de reestruturação cognitiva, e nonnaln1ente é mais con1plicado do que simplesmente fornecer uma reformulação ou uma explicação alternativa. Os métodos socráticos levan1 a unia n1udança cognitiva mais profunda e duradoura e foram considerados preditivos da mudança dos sinton1as (Braun, Strunk, Sasso, & Cooper, 2015) - essa relação permanece significativa mesmo após se controlar a variável da aliança terapêutica. COMO UM TERAPEUTA SE TORNA HÁBIL NO QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO? Se você está co1n este livro em tela ou em mãos, provavelmente tem interesse em usar estratégias socráticas em an1bientes clínicos. Você pode estar procurando Introdução Por que usar socrático? Scott H. Waltman o questionamento •!• O QUE VOCÊ VERÁ NESTE CAPÍTULO Como um terapeuta se toma hábil no questionamento socrático? Promovendo a mudança Exemplo breve Exemplo estendido O que esperar do restante do livro A noção de que a aprendizagem corretiva é essencial para a cura e o crescimento psicológico remonta às origens da psicoterapia (Alexander & French, 1946; Yalom, 1995). Esse fenômeno é comumente chamado de e.xperiência emocional corretiva (Alexander & French, 1946; Yalom, 1995). De u1na perspectiva integrativa, os elementos não biológicos de um transtorno psiquiátrico, 1nttitas vezes, estão enraizados en1 uma crença patogênica subjacente (ver Silberschatz, 2013; Weiss, 1993). Provocar uma mudança nessa crença pode aliviar o sofrimento, levando a transformações saudáveis no afeto, no pensamento e no comportamento. Existem diferentes canlinhos para 1nudar as crenças subjacentes: aprendizagem interpessoal em u1n ambiente de grupo (Yalom, 1995), experiência corretiva proporcionada pelo terapeuta em contraposição à aprendizagen1 precoce (Alexander & French, 1946; Silberschatz, 2013; Weiss, 1993), uso de questionan1ento e diálogo socrático para ajudar um cliente a ver as coisas de uma perspectiva diferente (Padesky, 1993) ou uso de questionamento socrático para canalizar o conhecimento inato, talvez de um inconsciente coletivo ou do campo espiritual (Peoples & Drozdek, 2017). Este livro se concentra no uso do questionamento socrático para a pron1oção direta de 1nudanças e no uso de estratégias socráticas para aprimorar os métodos experienciais/ interpessoais de mudança. Claro que Sócrates não era um terapeuta, e uma aplicação pura do 1nétodo socrático com uma fidelidade perfeita não seria terapêutica (Kazantzis, Fairburn, Padesky, Reinecke, & Teesson, 2014). Este livro apresenta tuna abordagen1 mais empática e colaborativa ao uso de estratégias socráticas em un1 conte;,1:o clínico. Esse método é integrado às boas práticas clínicas de maneira consistente co1n a base de evidências do que constitui uma terapia eficaz. O empirismo colaborativo descreve apropriadamente esse processo de usar estratégias colaborativas para se urtir ao cliente na aplicação da curiosidade científica aos seus processos de pensamento (Tee & Kazantzis, 2011). Diálcgo socrático beckiano ou diálogo beckiano tan1bém são descrições precisas do processo (ver Kazantzi et ai., 2018). Uma abundância de estratégias comprovadas de mudança cognitiva pode. ser encontrada nas terapias cognitivas. O princípio básico subjacente à terapia cognitiva e às terapias cogrtitivas e comportamentais mais a1nplas é que a maneira como as pessoas pensam e dão sentido às suas vidas e às situações afeta o que elas fazem e, consequentemente, como elas se sentem (Beck, 1979; Waltrnan & Sokol, 2017). Assim, provocar mudanças na vida de uma pessoa é algo alcançado por meio de modificações na maneira como ela pensa. Esse processo é chamado de reestruturação cognitiva, e nonnaln1ente é mais con1plicado do que simplesmente fornecer uma reformulação ou uma explicação alternativa. Os métodos socráticos levan1 a unia n1udança cognitiva mais profundae duradoura e foram considerados preditivos da mudança dos sinton1as (Braun, Strunk, Sasso, & Cooper, 2015) - essa relação permanece significativa mesmo após se controlar a variável da aliança terapêutica. COMO UM TERAPEUTA SE TORNA HÁBIL NO QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO? Se você está co1n este livro em tela ou em mãos, provavelmente tem interesse em usar estratégias socráticas em an1bientes clínicos. Você pode estar procurando melhorar sua própria prática ou pode estar procurando ferramentas para ajudar seus alunos a aprender esse valioso (ainda que complicado) conjunto de habilidades. Este livro é u1n excelente recurso para qualquer dessas situações. Coletivamente, treinamos vários milhares de terapeutas para utilizar efetivamente o questionamento socrático na terapia a fun de provocar mudanças cognitivas duradouras que se traduze1n em 1nudanças eniocionais e comportamentais. Melhoramos e refinamos nossos 1nétodos ao longo do caminho, e este livro representa uma compilação das estratégias que consideramos mais eficazes em nosso próprio trabalho e na prática clínica dos clínicos que instruímos. Então, como um terapeuta se toma proficiente no questionamento socrático? As pessoas aprendem beni por meio de métodos ei-'Perienciais - aprender fazendo (Wenzel, 2019). No Capítulo 3, "Começando", revisaremos as quatro fases da aprendizagem experiencial de Kolb (1984): experiência concreta, observação reflexiva, conceitualizaçào abstrata e experimentação ativa. Como em qualquer outra atividade, você deve ser capaz de correr riscos, de refletir, de melhorar e de persistir mesmo que inicialniente o processo não seja tão boni quanto gostaria. Pode ser útil lembrar que Aaron Beck não co1neçou sendo Aaron Beck, e Sócrates não começou sendo Sócrates. Você pode ser o próximo Aaron Beck/Sócrates ou, na verdade, seu nome pode se sustentar sozinho, já que você é o primeiro e único. À medida que aprende1nos com nossos predecessores, descobrimos o valor da curiosidade e de ter u1na 1nentalidade empírica. A curiosidade o levará muito longe nessa prática (Kaz.antzis et ai., 2014), e cultivar uma curiosidade colaborativa ajudará você e seu cliente a ir além. Uma pergunta comum dos terapeutas que estão aprendendo a usar as estratégias socráticas é sobre quais questionanientos serão mais eficazes para mudar a mente de seus clientes. Chegaremos lá, mas as primeiras questões a serem abordadas são a identificação do que avaliar, o significado emocional do alvo cognitivo e o modo como o cliente o vê de sua perspectiva. As 1nelhores perguntas se baseiani em ter uma compreensão minuciosa do cliente e da situação. Se você puder ver a situação do ponto de vista dele, vocês poderão trabalhar para expandi-lo juntos. O pragmatis1no é outro atributo-chave a ser cultivado. Tenho boas lembranças de conversar sobre essa prática coni Aaron Beck quando eu trabalhava para ele. Ele foi notavelmente pragmático em suas visões dos niétodos socráticos e da modificação cognitiva. Ao discutir casos, ele tinha uma incrível capacidade de compreender rapidamente a essência da situação e fonnular uma hipótese do que pensava ser o conteúdo cognitivo-chave. no qual se concentrar. Dependendo da complexidade do caso, era necessária muita criatividade. De forma consistente com os resultados de pesqtúsas sobre conio os especialistas conduzeni a psicoterapia (Solomonov, Kuprian, Zilcha-Mano, Gonnan, & Barber, 2016), Beck estava apto a integrar estratégias que, para o observador, poderia1n parecer ir além dos limites da terapia cognitiva tradicional - co1no estratégias interpessoais, focadas na e111oção, baseadas em mi.ndfulness e focadas em insights. Sempre que isso era apontado, ele costumava sorrir e dizer: "Se funcionar, é terapia cognitiva". Da mesma fonna, este livro representa uma abordagem inclusiva das estratégias socráticas, com foco naquilo que funciona. As estratégias cognitivas tradicionais são aprimoradas com ele111entos ex,raídos da terapia focada nas emoções, da terapia de aceitação e conipronüsso, da terapia comporta1nental dialética, da psicoterapia analítica funcional, da terapia do esquema e das tradições de psicoterapia existencial e humanista. Aléni disso, as estratégias são e.i-'traídas da lógica filosófica, episteniológica, formal e matemática, da gestão de negócios e do campo jurídico, de modo a construir unia estrutura robusta para o uso de estratégias socráticas, a fim de provocar mudanças cognitivas duradouras. PROMOVENDO A MUDANÇA As pessoas normalmente têni boas razões para acreditar no que acreditam - chegaram a essas conclusões honestamente. Nossa tarefa como terapeutas é nos alinhar111os a nossos clientes, promover uma relação de confiança, desacelerar e esclarecer os processos cognitivos e co1nportamentais, e, e111 seguida, trabalhar e111 conjunto para pro1nover niudanças. Isso pode ser mais facil1nente dito do que feito. Nas últinias décadas, várias estratégias eficazes foram desenvolvidas para ajudar a promover mudanças cognitivas e coniportamentais. Este livro oferece uma base para o uso de estratégias socráticas capazes de provocar essas 1nudanças. Então, como um terapeuta promove a mudança cognitiva? O problema é que você não pode simplesmente dizer a alguém conio pensar sobre ttma situação. Tenho certeza de que todos já passamos por isso e podemos nos lembrar de um momento em que tentamos ajudar alguém a ver as coisas de uma perspectiva diferente, co1npartilhando a visão que pensávamos ser mais precisa - normalmente a nossa própria. Mas o que acontece é que, após semanas da mesma conversa, embora tenhamos dado às pessoas o que acreditamos ser a resposta certa, ela parece não funcionar. Assim, o objetivo do questiona111ento socrático é ajudar as pessoas a aprendereni a ver as situações de unia nianeira diferente por conta própria. O pensamento é o seguinte: se elas puderem chegar a essas novas conclusões por conta própria, a nova perspectiva será mais impactante em suas vidas. Na terapia cognitiva, tambéni há ttm foco e1n ajudar os clientes a aprender a chegar a essas novas conclusões por si mesmos, para que possani continuar esse melhorar sua própria prática ou pode estar procurando ferramentas para ajudar seus alunos a aprender esse valioso (ainda que complicado) conjunto de habilidades. Este livro é u1n excelente recurso para qualquer dessas situações. Coletivamente, treinamos vários milhares de terapeutas para utilizar efetivamente o questionamento socrático na terapia a fun de provocar mudanças cognitivas duradouras que se traduze1n em 1nudanças eniocionais e comportamentais. Melhoramos e refinamos nossos 1nétodos ao longo do caminho, e este livro representa uma compilação das estratégias que consideramos mais eficazes em nosso próprio trabalho e na prática clínica dos clínicos que instruímos. Então, como um terapeuta se toma proficiente no questionamento socrático? As pessoas aprendem beni por meio de métodos ei-'Perienciais - aprender fazendo (Wenzel, 2019). No Capítulo 3, "Começando", revisaremos as quatro fases da aprendizagem experiencial de Kolb (1984): experiência concreta, observação reflexiva, conceitualizaçào abstrata e experimentação ativa. Como em qualquer outra atividade, você deve ser capaz de correr riscos, de refletir, de melhorar e de persistir mesmo que inicialniente o processo não seja tão boni quanto gostaria. Pode ser útil lembrar que Aaron Beck não co1neçou sendo Aaron Beck, e Sócrates não começou sendo Sócrates. Você pode ser o próximo Aaron Beck/Sócrates ou, na verdade, seu nome pode se sustentar sozinho, já que você é o primeiro e único. À medida que aprende1nos com nossos predecessores, descobrimos o valor da curiosidade e de ter u1na 1nentalidade empírica. A curiosidade o levará muito longe nessa prática (Kaz.antzis et ai., 2014), e cultivar uma curiosidade colaborativa ajudará você eseu cliente a ir além. Uma pergunta comum dos terapeutas que estão aprendendo a usar as estratégias socráticas é sobre quais questionanientos serão mais eficazes para mudar a mente de seus clientes. Chegaremos lá, mas as primeiras questões a serem abordadas são a identificação do que avaliar, o significado emocional do alvo cognitivo e o modo como o cliente o vê de sua perspectiva. As 1nelhores perguntas se baseiani em ter uma compreensão minuciosa do cliente e da situação. Se você puder ver a situação do ponto de vista dele, vocês poderão trabalhar para expandi-lo juntos. O pragmatis1no é outro atributo-chave a ser cultivado. Tenho boas lembranças de conversar sobre essa prática coni Aaron Beck quando eu trabalhava para ele. Ele foi notavelmente pragmático em suas visões dos niétodos socráticos e da modificação cognitiva. Ao discutir casos, ele tinha uma incrível capacidade de compreender rapidamente a essência da situação e fonnular uma hipótese do que pensava ser o conteúdo cognitivo-chave. no qual se concentrar. Dependendo da complexidade do caso, era necessária muita criatividade. De forma consistente com os resultados de pesqtúsas sobre conio os especialistas conduzeni a psicoterapia (Solomonov, Kuprian, Zilcha-Mano, Gonnan, & Barber, 2016), Beck estava apto a integrar estratégias que, para o observador, poderia1n parecer ir além dos limites da terapia cognitiva tradicional - co1no estratégias interpessoais, focadas na e111oção, baseadas em mi.ndfulness e focadas em insights. Sempre que isso era apontado, ele costumava sorrir e dizer: "Se funcionar, é terapia cognitiva". Da mesma fonna, este livro representa uma abordagem inclusiva das estratégias socráticas, com foco naquilo que funciona. As estratégias cognitivas tradicionais são aprimoradas com ele111entos ex,raídos da terapia focada nas emoções, da terapia de aceitação e conipronüsso, da terapia comporta1nental dialética, da psicoterapia analítica funcional, da terapia do esquema e das tradições de psicoterapia existencial e humanista. Aléni disso, as estratégias são e.i-'traídas da lógica filosófica, episteniológica, formal e matemática, da gestão de negócios e do campo jurídico, de modo a construir unia estrutura robusta para o uso de estratégias socráticas, a fim de provocar mudanças cognitivas duradouras. PROMOVENDO A MUDANÇA As pessoas normalmente têni boas razões para acreditar no que acreditam - chegaram a essas conclusões honestamente. Nossa tarefa como terapeutas é nos alinhar111os a nossos clientes, promover uma relação de confiança, desacelerar e esclarecer os processos cognitivos e co1nportamentais, e, e111 seguida, trabalhar e111 conjunto para pro1nover niudanças. Isso pode ser mais facil1nente dito do que feito. Nas últinias décadas, várias estratégias eficazes foram desenvolvidas para ajudar a promover mudanças cognitivas e coniportamentais. Este livro oferece uma base para o uso de estratégias socráticas capazes de provocar essas 1nudanças. Então, como um terapeuta promove a mudança cognitiva? O problema é que você não pode simplesmente dizer a alguém conio pensar sobre ttma situação. Tenho certeza de que todos já passamos por isso e podemos nos lembrar de um momento em que tentamos ajudar alguém a ver as coisas de uma perspectiva diferente, co1npartilhando a visão que pensávamos ser mais precisa - normalmente a nossa própria. Mas o que acontece é que, após semanas da mesma conversa, embora tenhamos dado às pessoas o que acreditamos ser a resposta certa, ela parece não funcionar. Assim, o objetivo do questiona111ento socrático é ajudar as pessoas a aprendereni a ver as situações de unia nianeira diferente por conta própria. O pensamento é o seguinte: se elas puderem chegar a essas novas conclusões por conta própria, a nova perspectiva será mais impactante em suas vidas. Na terapia cognitiva, tambéni há ttm foco e1n ajudar os clientes a aprender a chegar a essas novas conclusões por si mesmos, para que possani continuar esse processo sem nós. En1 última análise, queremos que eles aprendan1 a ser seus próprios terapeutas (Beck, 2011). EXEMPLO BREVE Às vezes, uma única pergunta bem colocada pode funcionar n1uito bem e, outras vezes, o processo é muito mais demorado. Considere o exemplo de un1 jove1n terapeuta que procurou terapia depois de sofrer um esgotamento emocional secundário à sua ei-'Periência de trabalhar com traumas de adolescentes no sistema de adoção. Esse terapeuta teve uma experiência precoce de parentalidade e sentiu imensa tristeza por não poder salvar o jovem coin quem estava trabalhando. Sua terapeuta observou um paralelo entre suas primeiras experiências e suas dificuldades atuais e se perguntou que crenças ou atitudes desenvolvidas desde o início poderiam estar exacerbando sua situação atual. Ela percebeu un1a cognição relacionada à responsabilidade de cuidar de outras pessoas e utilizou estratégias socráticas para avaliá-la. Algumas questões direcionadas sobre por que, quando criança, seu trabalho era cuidar da fa1nília e por que os me1nbros adultos da família não se responsabilizaram mais foran1 suficientes para ajudar o jovem terapeuta a fazer as perguntas que ele nunca havia feito. Isso levou a atitudes mais razoáveis na esfera da responsabilidade pelos outros, à diminuição do esgotamento en1ocional e à n1elhora da eficácia clínica para o terapeuta. EXEMPLO ESTENDIDO Claro que nein sempre é tão fácil. Às vezes, uma crença subjacente excepcionalmente dolorosa ou contraproducente pode ser como un1 grande muro que foi construído tijolo por tijolo, isto é, experiência por experiência. Nesses casos, desmontar a crença e construir uma nova pode ser um processo gradual e contínuo. Considere o seguinte exen1plo de um cliente com transtorno de estresse pós- traumático (Tept). Esse cliente cresceu em um a1nbiente emocionalmente ilnprevisível. Sua mãe tinha problemas co1n álcool e desregulação emocional; seu pai era abusivo. Ele relatou que acadenricamente se saiu bem na escola, mas teve dificuldades socialn1ente. Sua vida se tornou significativamente 1nais difícil na adolescência, quando decidiu se assumir gay para sua familia, muito religiosa. Seu pai ocupou certo papel de liderança na igreja cristã que eles frequentavam, e o cliente experimentou várias invalidações, com diversos membros da congregação tentando pregar para "corrigi-lo". Esses primeiros esforços em un1a terapia de conversão obviamente não mudaram sua orientação sexual, mas causaram-lhe muito sofrimento e levaram a um heterossexismo internalizado no qual ele passou anos trabalhando. Logo depois, seu pai se tornou física e emocional1nente abusivo em relação a ele, e isso continuou por anos. Ele se formou em marketi.ng e fundou uma einpresa de muito sucesso. Conheceu um homem por quem se apaixonou e eles se casaram. Aproximadamente um ano antes de n1eu encontro com ele, seu parceiro experimentou seu primeiro episódio n1aníaco. Durante esse episódio, seu parceiro se ton1ou cada vez mais paranoico e errático; isso culminou com o homem mantendo-o em cativeiro e matando sua amada filha única na frente dele com tuna faca de cozmha. Seu parceiro mais tarde foi preso e mtemado en1 tuna instituição psiquiátrica estatal, depois de ser considerado inocente por 1notivo de msanidade ante acusações relacionadas ao evento traumático. Sem dúvida, o assassmato de sua filha foi extremamente angustiante, e o cliente acabou se culpando. Esse trauma horrível foi assimilado à sua crença anterior de que o mundo era perigoso. Ele se culpava por não ter sido capaz de prever que o desfeclio aconteceria e por não ter sido capaz de impedi-lo. Dizia a si 1nesn10 que sabia que o mundo não era seguro e que tinha sido um tolo por baixar a guarda. Além disso, ele viu isso como u1na falha moral. Ele dizia a si mesmo que, se tivesse sido unia pessoa melhor, teria conseguido in1pedirque os eventos acontecesse1n; em outras palavras, "Meu pai estava certo. Eu realmente sou uma n1á pessoa". A mais angustiante de suas crenças associadas ao tratuna estava relacionada à noção de que ele deveria ter sido capaz de antecipar e de impedir o que aconteceu. Por meio do uso de registros de pensan1entos e questionamentos socráticos, trabalhamos incansavel1nente nessas crenças. A noção de que ele deveria ter sido capaz de antecipar o tratuna foi relativamente fácil de reavaliar. Sua culpa e sua ansiedade dimi11uíram pouco depois. A crença de que ele deveria ter feito algo para salvar sua filha era muito mais insidiosa. De forn1a consistente com a ênfase recente na literatura sobre foco atencional (Beck & Haigh, 2014), usamos recursos visuais para facilitar a descoberta guiada. Ele relatou que a mte.rvenção mais impactante que usa1nos foi o quadro branco para mapear a casa e o que ele achava que faria diferente. Enquanto ele explicava seus cursos de ação alternativos hipotéticos, analisávamos o que seu parceiro teria feito de maneira diferente. Então, enquanto ele se questionava e apresentava o que, após meses de nunmação, emocionaln1ente parecia ser a "resposta certa", lançávamos mão dos cenários revisados para demonstrar que não havia tuna opção realista que teria salvado sua filha. Ele relatou que isso o ajudou a ver que não havia literalmente nada que ele pudesse ter feito na situação e que, na realidade, ele teve sorte de ter escapado con1 vida. Após tuna dose de terapia cognitiva, seus sintomas diminuíram, ele não preenclria n1ais os critérios diagnósticos para Tept e seu funcionamento no mundo real melhorou. Esse trabalho processo sem nós. En1 última análise, queremos que eles aprendan1 a ser seus próprios terapeutas (Beck, 2011). EXEMPLO BREVE Às vezes, uma única pergunta bem colocada pode funcionar n1uito bem e, outras vezes, o processo é muito mais demorado. Considere o exemplo de un1 jove1n terapeuta que procurou terapia depois de sofrer um esgotamento emocional secundário à sua ei-'Periência de trabalhar com traumas de adolescentes no sistema de adoção. Esse terapeuta teve uma experiência precoce de parentalidade e sentiu imensa tristeza por não poder salvar o jovem coin quem estava trabalhando. Sua terapeuta observou um paralelo entre suas primeiras experiências e suas dificuldades atuais e se perguntou que crenças ou atitudes desenvolvidas desde o início poderiam estar exacerbando sua situação atual. Ela percebeu un1a cognição relacionada à responsabilidade de cuidar de outras pessoas e utilizou estratégias socráticas para avaliá-la. Algumas questões direcionadas sobre por que, quando criança, seu trabalho era cuidar da fa1nília e por que os me1nbros adultos da família não se responsabilizaram mais foran1 suficientes para ajudar o jovem terapeuta a fazer as perguntas que ele nunca havia feito. Isso levou a atitudes mais razoáveis na esfera da responsabilidade pelos outros, à diminuição do esgotamento en1ocional e à n1elhora da eficácia clínica para o terapeuta. EXEMPLO ESTENDIDO Claro que nein sempre é tão fácil. Às vezes, uma crença subjacente excepcionalmente dolorosa ou contraproducente pode ser como un1 grande muro que foi construído tijolo por tijolo, isto é, experiência por experiência. Nesses casos, desmontar a crença e construir uma nova pode ser um processo gradual e contínuo. Considere o seguinte exen1plo de um cliente com transtorno de estresse pós- traumático (Tept). Esse cliente cresceu em um a1nbiente emocionalmente ilnprevisível. Sua mãe tinha problemas co1n álcool e desregulação emocional; seu pai era abusivo. Ele relatou que acadenricamente se saiu bem na escola, mas teve dificuldades socialn1ente. Sua vida se tornou significativamente 1nais difícil na adolescência, quando decidiu se assumir gay para sua familia, muito religiosa. Seu pai ocupou certo papel de liderança na igreja cristã que eles frequentavam, e o cliente experimentou várias invalidações, com diversos membros da congregação tentando pregar para "corrigi-lo". Esses primeiros esforços em un1a terapia de conversão obviamente não mudaram sua orientação sexual, mas causaram-lhe muito sofrimento e levaram a um heterossexismo internalizado no qual ele passou anos trabalhando. Logo depois, seu pai se tornou física e emocional1nente abusivo em relação a ele, e isso continuou por anos. Ele se formou em marketi.ng e fundou uma einpresa de muito sucesso. Conheceu um homem por quem se apaixonou e eles se casaram. Aproximadamente um ano antes de n1eu encontro com ele, seu parceiro experimentou seu primeiro episódio n1aníaco. Durante esse episódio, seu parceiro se ton1ou cada vez mais paranoico e errático; isso culminou com o homem mantendo-o em cativeiro e matando sua amada filha única na frente dele com tuna faca de cozmha. Seu parceiro mais tarde foi preso e mtemado en1 tuna instituição psiquiátrica estatal, depois de ser considerado inocente por 1notivo de msanidade ante acusações relacionadas ao evento traumático. Sem dúvida, o assassmato de sua filha foi extremamente angustiante, e o cliente acabou se culpando. Esse trauma horrível foi assimilado à sua crença anterior de que o mundo era perigoso. Ele se culpava por não ter sido capaz de prever que o desfeclio aconteceria e por não ter sido capaz de impedi-lo. Dizia a si 1nesn10 que sabia que o mundo não era seguro e que tinha sido um tolo por baixar a guarda. Além disso, ele viu isso como u1na falha moral. Ele dizia a si mesmo que, se tivesse sido unia pessoa melhor, teria conseguido in1pedir que os eventos acontecesse1n; em outras palavras, "Meu pai estava certo. Eu realmente sou uma n1á pessoa". A mais angustiante de suas crenças associadas ao tratuna estava relacionada à noção de que ele deveria ter sido capaz de antecipar e de impedir o que aconteceu. Por meio do uso de registros de pensan1entos e questionamentos socráticos, trabalhamos incansavel1nente nessas crenças. A noção de que ele deveria ter sido capaz de antecipar o tratuna foi relativamente fácil de reavaliar. Sua culpa e sua ansiedade dimi11uíram pouco depois. A crença de que ele deveria ter feito algo para salvar sua filha era muito mais insidiosa. De forn1a consistente com a ênfase recente na literatura sobre foco atencional (Beck & Haigh, 2014), usamos recursos visuais para facilitar a descoberta guiada. Ele relatou que a mte.rvenção mais impactante que usa1nos foi o quadro branco para mapear a casa e o que ele achava que faria diferente. Enquanto ele explicava seus cursos de ação alternativos hipotéticos, analisávamos o que seu parceiro teria feito de maneira diferente. Então, enquanto ele se questionava e apresentava o que, após meses de nunmação, emocionaln1ente parecia ser a "resposta certa", lançávamos mão dos cenários revisados para demonstrar que não havia tuna opção realista que teria salvado sua filha. Ele relatou que isso o ajudou a ver que não havia literalmente nada que ele pudesse ter feito na situação e que, na realidade, ele teve sorte de ter escapado con1 vida. Após tuna dose de terapia cognitiva, seus sintomas diminuíram, ele não preenclria n1ais os critérios diagnósticos para Tept e seu funcionamento no mundo real melhorou. Esse trabalho de usar estratégias socráticas para provocar 1nudanças cognitivas pode ser desafiador, 1nas as recompensas potenciais são enormes. O QUE ESPERAR DO RESTANTE DO LIVRO Os primeiros capítulos deste livro se concentrarão em por que as estratégias socráticas são necessárias e o que você, como terapeuta, pode fazer na sessão para criar as condições nas quais terá 1naior probabilidade de usar as estratégias socráticas de maneira eficaz. Em seguida, é apresentado um n1odelo de quatro etapas para o diálogo socrático beckiano. Cada etapa terá um capítulo dedicado e será revisada e1n detalhes e con1 an1plos exemplos de casos. Os capítulossubsequentes se concentrarão em tópicos avançados, como solução de problemas, estratégias cognitivas e comportamentais específicas e trabalho com as crenças centrais. Serão apresentados tópicos de especialidade nas práticas mais atualizadas, por exe1nplo, o uso de estratégias socráticas com as terapias comportamentais contextuais, con10 a terapia de aceitação e compro1nisso (ACT, do inglês acceptance and commitment therapy) e a terapia comportamental dialética (DBT, do inglês dialectical behavior therapy). Alé1n disso, são oferecidas considerações especiais aos capítulos sobre estratégias socráticas para clínicos prescritores e estratégias de treinamento para supervisores e instrutores c.línicos. Este livro deve ser lido e1n ordem, mas você tambén1 pode pular capítulos de acordo com suas necessidades e preferências. REFERÊNCIAS Alexander, F., & French, T. M. (1946). The corre.crive emotional experience. Psychoana\)ltic therapy: Principies and application. New York: Ronald Press. Beck, A. T. (1979}. Cognitive therapy and the emotional disorders. New York: Meridian. Beck, A. T., & Haigh, E. A. P. (2014). Advances in cognitive theory and therapy: The Generic Cognitive Model. Annual Reviewof Clinical Psychology, 1 O, 1- 24. doi:10.1146/annurev-clinpsy-032813-153734 Beck, J. S. (2011}. Cogni,ive behavior liierapy: Basics anà beyond (2nd ed.). New York: Guilford Press. Braun, J. D., Strunk, D. R., Sasso, K. E., & Cooper, A. A. (2015}. Therapist use of Socratic questioning predicts session-to-session symptom change in cognitive therapy for depression. Behaviour Research and Therapy, 70, 32- 37. Kazantzis, N., Beck, J. s., Clark, D. A., Dobson, K. s., Hofmann, s. G., Leahy, R. L., & Wong, e. w. (2018). Socratic dialogue and guided discovery in cognitive behavioral therapy: A modified Delphi pane!. Inierna,ionalJoumal of Cognitive Therapy, 11 (2), 140-15 7. Kazantzis, N., Fairburn, e. G., Padesk-y, e. A., Reinecke, M., & Teesson, M. (2014}. Unresolved issues regardíng the research and practice of cognitive behavior therapy: The case of guided díscovery using Soc.raticquestioning. Behaviour Change, 31(01}, 1-17. doi:10.1017/ bec.2013.29 Kolb, D. A. (1984). Erperienctal leaming: Experience as 1he source of learning and developmenc. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. Padesky, e. A. (1993}. Socratic questioning: Changíng minds or guidíng díscove.ry. Paper presented at the A keynote address delivered at the European Congress of Behavioural and Cognitive Therapies, London. Retrieved from: hnp://J1ades1IT.,com/ne'l\:pad/wpcontent/uploads/2012/1 1/socquest.pdf Peoples, K., & Drozdek, A. (2017). Using the Soaatic me,hod in counseling: A guide w channeling inbom knowledge. New York: Routledge. Silberschatz, G. (2013}. Transforma,ive relo.,ionships: The comrol masiery theory of p5>~hotherapy. New York: Rout!edge. Solomonov, N., Kuprian, N., Zilcha-Mano, S., Gorman, B. S., & Barber, J. P. (2016}. \Vhat do psychotherapy experts actually do in their sessions? An analysis of psychotherapy integration in prototypical demonstrations. Joumal of Psychotherapy Inregrarion, 26(2}, 202- 216. Tee, J., & Kazantzis, N. (2011}. Collaborative empiricism in cognitive therapy: A definition and theory for the relationship construct. Clinicai Psychology: Science and Praccice, 18(1}, 47- 61. Waltman, S., & Sokol, L. (2017}. The Generic Cognitive Model of cognitive beha\ioral therapy: A case conceptualization-driven approach. ln S. Hofmann & G. Asmundson (Eds.), The science of cogni,ive be.havioral therapy (pp. 3-18}. L.ondon: Academic Press. Weiss, J. (1993). How psychotherapy works: Process and ,echnique. New York: Guilford Press. Wenzel, A. (2019}. Cogni,ive behavioraê therapy for beginners: An experiencial learning approach. New York: Routledge. Yalom, 1. D. (1995). The theory anà praccice of group psycho,herapy. New York: Basic Books. de usar estratégias socráticas para provocar 1nudanças cognitivas pode ser desafiador, 1nas as recompensas potenciais são enormes. O QUE ESPERAR DO RESTANTE DO LIVRO Os primeiros capítulos deste livro se concentrarão em por que as estratégias socráticas são necessárias e o que você, como terapeuta, pode fazer na sessão para criar as condições nas quais terá 1naior probabilidade de usar as estratégias socráticas de maneira eficaz. Em seguida, é apresentado um n1odelo de quatro etapas para o diálogo socrático beckiano. Cada etapa terá um capítulo dedicado e será revisada e1n detalhes e con1 an1plos exemplos de casos. Os capítulos subsequentes se concentrarão em tópicos avançados, como solução de problemas, estratégias cognitivas e comportamentais específicas e trabalho com as crenças centrais. Serão apresentados tópicos de especialidade nas práticas mais atualizadas, por exe1nplo, o uso de estratégias socráticas com as terapias comportamentais contextuais, con10 a terapia de aceitação e compro1nisso (ACT, do inglês acceptance and commitment therapy) e a terapia comportamental dialética (DBT, do inglês dialectical behavior therapy). Alé1n disso, são oferecidas considerações especiais aos capítulos sobre estratégias socráticas para clínicos prescritores e estratégias de treinamento para supervisores e instrutores c.línicos. Este livro deve ser lido e1n ordem, mas você tambén1 pode pular capítulos de acordo com suas necessidades e preferências. REFERÊNCIAS Alexander, F., & French, T. M. (1946). The corre.crive emotional experience. Psychoana\)ltic therapy: Principies and application. New York: Ronald Press. Beck, A. T. (1979}. Cognitive therapy and the emotional disorders. New York: Meridian. Beck, A. T., & Haigh, E. A. P. (2014). Advances in cognitive theory and therapy: The Generic Cognitive Model. Annual Reviewof Clinical Psychology, 1 O, 1- 24. doi:10.1146/annurev-clinpsy-032813-153734 Beck, J. S. (2011}. Cogni,ive behavior liierapy: Basics anà beyond (2nd ed.). New York: Guilford Press. Braun, J. D., Strunk, D. R., Sasso, K. E., & Cooper, A. A. (2015}. Therapist use of Socratic questioning predicts session-to-session symptom change in cognitive therapy for depression. Behaviour Research and Therapy, 70, 32- 37. Kazantzis, N., Beck, J. s., Clark, D. A., Dobson, K. s., Hofmann, s. G., Leahy, R. L., & Wong, e. w. (2018). Socratic dialogue and guided discovery in cognitive behavioral therapy: A modified Delphi pane!. Inierna,ionalJoumal of Cognitive Therapy, 11 (2), 140-15 7. Kazantzis, N., Fairburn, e. G., Padesk-y, e. A., Reinecke, M., & Teesson, M. (2014}. Unresolved issues regardíng the research and practice of cognitive behavior therapy: The case of guided díscovery using Soc.raticquestioning. Behaviour Change, 31(01}, 1-17. doi:10.1017/ bec.2013.29 Kolb, D. A. (1984). Erperienctal leaming: Experience as 1he source of learning and developmenc. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. Padesky, e. A. (1993}. Socratic questioning: Changíng minds or guidíng díscove.ry. Paper presented at the A keynote address delivered at the European Congress of Behavioural and Cognitive Therapies, London. Retrieved from: hnp://J1ades1IT.,com/ne'l\:pad/wpcontent/uploads/2012/1 1/socquest.pdf Peoples, K., & Drozdek, A. (2017). Using the Soaatic me,hod in counseling: A guide w channeling inbom knowledge. New York: Routledge. Silberschatz, G. (2013}. Transforma,ive relo.,ionships: The comrol masiery theory of p5>~hotherapy. New York: Rout!edge. Solomonov, N., Kuprian, N., Zilcha-Mano, S., Gorman, B. S., & Barber, J. P. (2016}. \Vhat do psychotherapy experts actually do in their sessions? An analysis of psychotherapy integration in prototypical demonstrations. Joumal of Psychotherapy Inregrarion, 26(2}, 202- 216. Tee, J., & Kazantzis, N. (2011}. Collaborative empiricism in cognitive therapy: A definition and theory for the relationship construct. Clinicai Psychology: Science and Praccice, 18(1}, 47- 61. Waltman, S., & Sokol, L. (2017}. The Generic
Compartilhar