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Observação: As partes escritas em vermelho negrito, estamos alterando. ADAPTAÇÕES CURRICULARES PARA O TDAH NO ENSINO FUNDAMENTAL RESUMO As adaptações curriculares auxiliam o aluno com alguma necessidade especial em seu processo de ensino- aprendizagem, e o professor precisa estar atento à subjetividade de cada aluno, especialmente se houver em sua turma alguma criança com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Crianças com o TDAH tendem a ser agitadas, desatentas e impulsivas. Nessa perspectiva, o professor em sua prática pedagógica necessita trazer para o ambiente escolar recursos didáticos com adaptações para que esses estudantes se concentrem e sintam-se atraídos pelas aulas para que o aprendizado se torne significativo. Essa pesquisa foi realizada através de consultas baseadas em literaturas e artigos científicos. Justificamos a pesquisa por considerar que todos os alunos têm capacidades de aprender, não importando os tipos de dificuldades que apresentem. Como referência teórica optamos pelos estudos de Drago 2012, Krieger 2010, Costoldi e Polinarski 2009, Souza 2007, Polity 2003, Carvalho e Netto 1994, Amorim 2010, Reis 2011, Mainardes, 2012, Seno 2010, Markoni e Lakatos 2010, Gil 2007 e Lev Seminovich Vygotsky 1998, 2000 que vê a criança como ativa, criadora de objetivos e inserida em um contexto sócio, histórico e cultural, com isso, aponta que a interação social realizada por adultos (professores) potencializa o processo de ensino-aprendizagem. E ainda, será citado a importância das adaptações pedagógicas direcionadas a estudantes com o TDAH e a importância dos recursos didáticos como instrumentos auxiliares no processo de ensino-aprendizagem. Palavras chave: Prática pedagógica. Adaptações curriculares.Tdah. Professor. 1 INTRODUÇÃO 1.1 PRINCIPAIS ASPECTOS NORTEADORES DO TDAH De acordo com a Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria, quarta edição (1994), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. A qual podem apresentar um comportamento aparentemente difícil, no convívio social, principalmente no escolar e no ambiente familiar, nesse sentido a compreensão acerca do TDAH se torna importante. O TDAH já passou por várias nomenclaturas durante o século XX, dentre elas "encefalite letárgica", "dano cerebral mínimo", "disfunção cerebral mínima", "hipercinesia", "doença do déficit de atenção" (DDA) e "transtorno de déficit de atenção com hiperatividade" (TIMIMI, 2002). Essas classificações de doença apresentam conjuntos de sintomas equivalentes, que descrevem algumas características consideradas comuns na infância. O nome Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade surgiu na quarta edição do DSM (DSM-IV), (PHELAN, 2005). Os critérios diagnósticos utilizados atualmente são os que constam na revisão da quarta edição do DSM (DSM-IV-TR, 2002). O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) caracteriza o TDAH com a seguinte definição: A característica essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. A desatenção manifesta-se comportamentalmente no TDAH como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização – e não constitui consequência de desafio ou falta de compreensão. A hiperatividade refere-se à atividade motora excessiva (como uma criança que corre por tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso. Nos adultos, a hiperatividade pode se manifestar como inquietude extrema ou esgotamento dos outros com sua atividade. A impulsividade refere-se a ações precipitadas que ocorrem no momento sem premeditação e com elevado potencial para dano à pessoa (p.ex., atravessar uma rua sem olhar). A impulsividade pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação. Comportamentos impulsivos podem se manifestar com intromissão social (p. ex., interromper os outros em excesso) e/ou tomada de decisões importantes sem considerações acerca das consequências no longo prazo (p.ex., assumir um emprego sem informações adequadas). (DSM – 5, 2014, p. 61) Dessa forma, considera-se que o TDAH não se manifesta apenas na escola, mas também em outros ambientes distintos, como no convívio familiar e amigos, por exemplo. Na escola o desenvolvimento e o aprendizagem das crianças tendem a ser observadas de acordo com sua relação com seus pares, e essa, é afetado muitas vezes, pois os comportamentos no meio escolar, estão presentes quando as crianças com TDAH apresentam dificuldade ao se relacionar com os demais alunos e pela agitação no âmbito da sala de aula ou por falta excessiva de concentração nas atividades que estão sendo ministradas pelo professor. A agitação, a dificuldade em se concentrar e concluir algumas atividades propostas afeta o rendimento escolar da criança com o TDAH, pois, muitas vezes começam a ter um contato maior com a leitura, à escrita e à matemática. Com isso, se torna necessário que o professor tente buscar e realizar determinadas intervenções individuais com o apoio dos pais e de toda equipe pedagógica para compreender os interesses, experiências, competências e habilidades que o TDAH. 1.2 DIAGNÓSTICO O diagnóstico do TDAH é realizado por meio de um conjunto de sintomas que são lidos, traduzidos e interpretados por professores, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e neuropediatras. E ainda, esse transtorno tem acometido inúmeras crianças, em principal no contexto educacional que por sua vez os sintomas característicos como desatenção, impulsividade, e agitação, prejudica a criança no processo de ensino aprendizagem. Nesse contexto, a ação pedagógica torna-se um fator relevante no processo de aprendizagem. Adaptar as aulas vai além da relação professor x aluno, é necessário reconhecer a individualidade de cada estudante, com o objetivo de compreender que cada um tem uma particularidade ao aprender, principalmente se em sua sala de aula há crianças com o TDAH, pois a aprendizagem é interligada em outros fatores e não somente ter acesso ao ensino. Ao levar esses fatores em consideração, o docente começa a criar situações significativas para possibilitar que seus alunos com o TDAH possam interagir nas diferentes demandas sociais e assim, poder avaliar cada estudante em relação a ele mesmo. Assim, o presente estudo justifica-se pela relevância da pesquisa por evidenciar as adaptações curriculares na ação educativa, através dos aspectos norteadores do processo de aprendizagem de crianças com o TDAH no Ensino Fundamental. Diante do exposto, surge o questionamento: quais adaptações podem ser desenvolvidas no processo educativo do TDAH, para que essas crianças alcancem uma aprendizagem significativa? E ainda, Apresentamos como objetivo geral –Objetivo Geral: e objetivos específicos: **** olhar o que foi escrito no caderno. Desse modo, o presente estudo está estruturado em seções. Na primeira seção apresentamos;; a terceira seção, aborda; a quarta seção metodologia. Por fim, no resultado da pesquisa seção apresentamos algumas considerações a respeito do tema e dos resultados desta pesquisa. 2 TDAH NO CONTEXTO EDUCATIVO As adaptações pedagógicas têm como principal função constituir para o atendimento às dificuldades de alunos com o TDAH, favorecendo a acomodação do conhecimento escolar e contribuindo para o avanço educativo de crianças com TDAH, a qual relacionamos as adaptações pedagógicas com a incumbência de auxiliar o processo de ensino aprendizagem das crianças acometidas com esse transtorno nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e assim reforçando o papel do professor em sua ação pedagógica. O EnsinoFundamental é uma etapa muito importante na vida da criança, pois essa fase concretiza-se pelo processo de alfabetização. Assim, a criança estará estabelecendo trocas experiências culturais e sociais, construindo conhecimento sobre si e o mundo. Ao longo do Ensino Fundamental a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto ao que ainda precisam aprender. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) declara: Portanto, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. Em outras palavras, aprender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania (BRASIL, 2017, p.319). O entendimento de TDAH é caracterizado por um transtorno que interfere no processo de aprendizagem, devido ao tipo a qual está combinado, seja por desatenção, impulsividade e hiperatividade. Segundo o DSM-5, o TDAH se classifica entre os transtornos do neurodesenvolvimento, que são caracterizados por dificuldades no desenvolvimento que se manifestam precocemente e influenciam o funcionamento pessoal, social, acadêmico ou pessoal. Assim, é dessa forma a criança acometida por esse transtorno no contexto educacional demonstra dificuldades na concentração, comportamento, foco e atenção. E ainda, esses aspectos podem ser identificados por comportamento indisciplinar. Drago (2012, p.178) afirma que Cada pessoa particularmente, possuem características muito específicas que precisam ser observadas pelas escolas para que seja realizado um trabalho que leve em consideração o sujeito como um ser que, independente de qualquer característica, pode aprender, pode se desenvolver, pode produzir, pode infinitas coisas [...] No entanto, o professor, ao reconhecer a individualidade de cada estudante e principalmente as peculiaridades do TDAH em sua ação pedagógica, poderá fornecer pistas e oferecer instruções sobre como vai ser a rotina e em como serão as atividades. Assim, a criança poderá ampliar e avançar em seu aprendizado, com a confiança de que se errar tem alguém para corrigi-la e a ajudar a refazer. Observa-se, que a singularidade de cada criança está intrínseca em sua forma de expressar suas habilidades, não só no contexto educativo, mas também no social. Diante disso compreende-se a necessidade do conhecimento sobre as características, sintomas e diagnóstico do aluno com TDAH, para que não se tenha uma visão estereotipada sobre o comportamento e suas características no seu processo de desenvolvimento. 2 As Adaptações Currículares Para Sebastian Heredero, entende-se como adaptação curricular “[...] toda e qualquer ação pedagógica que tenha a intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos alunos no contexto escolar” (2010, p.199). **pegar referencia Essas adequações requerem o uso de recursos ou técnicas especiais para que seja viabilizado o acesso ao currículo por parte do estudante. Atender a esse contínuo de dificuldades requer respostas educativas adequadas, que abrangem graduais e progressivas adaptações de acesso ao currículo, bem como adaptações de seus elementos (BRASIL, 2001, p. 58). As adaptações curriculares tornam uma possibilidade de atender às dificuldades específicas dos alunos, garantindo a apropriação do conhecimento escolar e incluindo-os no processo de ensino/aprendizagem, permitindo que sua participação na programação escolar ocorra de maneira tão normal quanto possível. No “[...] currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos” (BRASIL, 1998, p.33). Essas adaptações curriculares constituem-se em modificações progressivas do currículo regular, destinando-se aos alunos que necessitam de serviços e/ou situações especiais, devendo ocorrer pelo menor período possível, de forma a possibilitarem que esses alunos possam gradativamente participar de um ensino cada vez mais comum caminhando junto com seu grupo/classe (BRASIL, 1998). O planejamento das adaptações curriculares deve ser pensado desde a construção coletiva do projeto pedagógico da escola, que necessita prever e respaldar as adaptações a serem realizadas. Para Sebastian Heredero (2010, p. 194), “a primeira atuação será descrever no Projeto Político Pedagógico, como marca de identidade, o desejo de fazer da atenção à diversidade uma forma de trabalho da escola que responda às suas necessidades educativas especiais”. Na organização das classes comuns, faz-se necessário prever: [...] flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades Para a abordagem de quais recursos serão necessários em sala de aula com alunos com TDAH, o educador em suas práticas necessita elaborar Um trabalho pedagógico imbuído de uma proposta curricular de educação inclusiva deve combinar respeito ao nível de desenvolvimento da criança, com atitude educativa cuidadosa e constante, com tarefas desafiadoras, mas possíveis de serem realizadas, de forma que a criança possa superar o que se apresentava como limite naquele determinado momento, e que oportunize avanços para uma situação mais privilegiada e ampliação dos contextos de desenvolvimento das crianças (VYGOTSKY, p. 45, 2000). Neste contexto, o professor como mediador precisa conhecer a criança, seus gostos, habilidades e os conhecimentos já adquiridos para que possa atuar a partir dessas informações. E ainda, o processo de aprendizagem acontece desde que nascemos e perpassa por todas as etapas da vida e é por meio desta interação com o ambiente e com outros parceiros mais experientes que compartilhamos e aprendemos. Krieger (2010, p.38), afirma que: Há vários ambientes que possibilitam aprendizagens, entre eles os informais, onde provavelmente acontece a maioria delas, pois, nesses ambientes, ocorrem uma grande quantidade de experiências e situações sem programação prévia, sem planejamento. E as aprendizagens formais, que se dão em ambientes estruturados e planejados onde se encontram o professor de um lado, e o aprendente do outro. É através da aprendizagem que o ser humano modifica o mundo em que vive. Verifica-se que, existem vários ambientes que proporcionam a aprendizagem, entre eles, os ambientes formais. Na escola o professor é um personagem atuante para que essa aprendizagem seja pautada em aprendizagens culturalmente e socialmente construídas, favorecendo este conhecimento/aprendizagem, servindo de mediador entre a criança e o mundo, ou seja, o caminho entre o que a criança não sabe e o que através da mediação poderá de saber. Assim, Vygotsky apresenta a teoria intitulada por Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): A zona de desenvolvimento proximal, é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, p.112, 1998) Ao apresentar às crianças os mais diversos recursos didáticos, que para Lorenzato (2009) “são os instrumentos empregados pelo professor como aliados no processo de ensino-aprendizagem”.Esses recursos são utilizados no ambiente educacional como estimuladores do educando, facilitando e enriquecendo o processo de aprendizagem. Dessa maneira, tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o processo ensino pode se transformar em um recurso didático, desde que utilizado de forma adequada. Assim, o processo de aprendizagem envolve um amplo caminho, que implica não somente na capacidade intelectual, mas também na capacidade social, emocional, física e psicológica e requer da criança e educadores uma interação que envolva todas as áreas do desenvolvimento do aluno, ampliando suas habilidades e potencialidades no percurso do ensino e da aprendizagem. Conforme Costoldi e Polinarski (2009, p. 2), “os recursos didáticos são de fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno”, uma vez que, aproxima o estudante de um pensamento concreto e garante que ele tenha contato com algo real, o auxiliando na absorção dos conteúdos de maneira significativa e que está presente em seu cotidiano. Para Souza (2007, p.111), O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina. Vale ressaltar, que o professor no ambiente escolar se torna um dos principais responsáveis para que os alunos com TDAH sejam capazes de receber as mesmas aprendizagens que seus colegas, e isso pode ser possível, se o docente em suas ações pedagógicas diárias oportunizar o estabelecimento de rotinas, a produção de atividades diferenciadas durante a aula e o trabalho em grupo, para que as crianças troquem conhecimentos entre si. Polity (2003, p.31) apresenta que o processo de ensino não conduz ao acúmulo de novos conhecimentos, mas possibilita a integração, a modificação, favorece as relações e a coordenação entre esquemas de conhecimentos já reconhecidos. Assim é necessário que o planejamento curricular da escola, os métodos de ensino, a sequência dos conteúdos e os critérios de avaliação, estejam de acordo com as demandas educativas especiais da criança com o TDAH. 3 PRATICAS PEDAGÓGICAS COM ALUNOS COM O TDAH NO ENSINO FUNDAMENTAL Para abordarmos as adaptações curriculares para crianças com TDAH deve-se salientar a relevância das práticas pedagógicas para conhecer o que é esse transtorno e suas especificações e não ter apenas o laudo médico. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade afeta o processo de aprendizagem escolar, pois no cérebro da criança com o TDAH ocorre um mau funcionamento em algumas partes, como inibição, organização e modulação das respostas, motricidade fina e interações sociais. De acordo com Carvalho e Netto (1994): A prática pedagógica, nessa perspectiva, é uma prática social e como tal é determinada por um jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas necessidades e possibilidades próprias a seus atores e própria à realidade em que se situam (CARVALHO; NETTO, 1994, p.59 apud CALDEIRA & ZAIDAN, 2010). Por isso, que se torna importante que o professor conheça as especificidades do TDAH, que se caracteriza como um distúrbio neuropsíquico que afeta algumas partes do cérebro, causando hiperatividade, impulsividade e falta de atenção que impede a criança de se desenvolver adequadamente no meio social, acadêmico e doméstico. E a partir das práticas desenvolvidas em conjunto com os demais colegas de classe, possa utilizar estratégias que contribuam com o processo de aprendizagem desse aluno em sala de aula. [...] o professor tem papel fundamental no desenvolvimento das habilidades e controle do comportamento da criança com TDAH. Desse modo, ele deve ser instruído, tanto na formação inicial como na continuada, como também deve ser auxiliado em sua prática pedagógica e deve ter conhecimento sobre o transtorno e as estratégias adequadas em sala de aula para que esses alunos sejam efetivamente inclusos na escola (REIS, 2011, p.7). Estabelecer uma rotina, diminuir os estímulos distratores em sala de aula e identificar as qualidades do aluno são importantes praticas para que o aluno possa se desenvolver no processo de ensino aprendizagem. [...] O déficit de atenção/hiperatividade é um quadro psicopatológico complexo e que afeta todo o desenvolvimento psicoemocional, cognitivo e social do sujeito, e por esta razão, a intervenção junto a ele deve ocorrer em diversas dimensões (MAINARDES, 2012, p.1). Assim, A família necessita compreender como funciona o TDAH e buscar ajuda de outros profissionais como avalição clínica médica por um neuropediatra para que a criança tenha acesso adequado a estímulos de habilidades cognitivas por meio da ginástica cerebral para que haja um aumento das redes neuronais e consequentemente uma melhora no desempenho cerebral, ficando mais criativo, recordando-se de situações com mais facilidade e conseguir manter o foco por mais tempo. Para que ocorram as adaptações necessárias, diversos procedimentos são primordiais e envolvem métodos, técnicas e práticas pedagógicas. Para iniciar as aulas com o aluno com o TDAH, o professor deve analisar a singularidade do sujeito com base nos interesses, habilidades e necessidades. [...] Uma vez diagnosticado o TDAH, esse aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educacionais especiais, pois para que tenha garantidas as mesmas oportunidades de aprender que os demais colegas de sala de aula, serão necessárias algumas adaptações visando diminuir a ocorrência dos comportamentos indesejáveis que possam prejudicar seu progresso pedagógico [...] (REIS, 2011 p.8). Seno (2010, p. 3) faz algumas sugestões objetivando a diminuição de alguns comportamentos do quadro do TDAH: - sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; - reduzir o número de alunos em sala de aula; - procurar manter uma rotina diária; - propor atividades pouco extensas; - intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; - utilizar estratégias atrativas; - explicar detalhadamente a proposta; - tentar manter o máximo de silêncio possível; - orientar a família sobre o transtorno; - evitar situações que provoquem a distração. Vale ressaltar que, não existe uma receita pronta e atividades ideais para se trabalhar com os alunos com o TDAH. As aulas precisam desafiar os alunos, ser diversificada a forma de apresentar e explorar os conteúdos programados e incluir materiais pedagógicos como recursos concretos na explicação da matéria. Desse modo, as aulas programadas, práticas pedagógicas com intencionalidade e o respeito às individualidades de cada um são essenciais para que os alunos com o TDAH tenham uma aprendizagem efetiva e significativa 5 METODOLOGIA De acordo com Chinazzo (2009) “a expressão método dignifica “caminho”, isto é, algo que viabiliza a busca de um fim, meio para atingir um objetivo”. Este estudo foi fundamentado inicialmente em pesquisas bibliográficas, sendo utilizados livros, buscas em sites de alta confiabilidade com referências, conceitos e instrumentos legais existentes relacionados à temática sobre as práticas pedagógicas com crianças com TDAH. Moreira e Calefe (2016) afirmam “que o objetivo principal da pesquisa bibliográfica é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que já foi produzido na área”. Então, com base nos objetivos, a pesquisa tornou-se de caráter exploratório, pois proporciona a atualização e a contextualização, o que torna o objeto de estudo compreensível. Neste capítulo, pretendemos demonstrar os procedimentos metodológicos, a coleta de dados, e a forma de tratamento desses dados.Tomando como ponto de partida o objetivo desta pesquisa que foi investigar as práticas pedagógicas em crianças com o TDAH, para o presente estudo, a coleta de dados foi feita no decorrer do levantamento de pesquisas realizadas sobre o tema. Após esse processo de pesquisa fizemos a seleção dos artigos que mais se acercavam da nossa temática de estudo e assim, pudéssemos fazer a escolha das informações que seriam úteis em nosso progresso de investigação. Em outro momento, examinamos acerca das práticas pedagógicas direcionadas aos alunos com TDAH. Desta forma, tivemos uma comunicação relevante com produções cientificas relacionada ao tema, de modo a conhecer e compreender o trabalho desenvolvido com as crianças que apresentam esse transtorno. Neste sentido, chegamos a alguns resultados que apresentamos no próximo capítulo. É importante salientar que os resultados apresentados não se configuram como modelos imprescindíveis nas ações docentes, e sim, como possibilidades e estratégicas de trabalho no atendimento a crianças com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. 6 RESULTADO DA PESQUISA De acordo com os objetivos que levaram o enfoque dessa pesquisa bibliográfica, reiteramos acerca do resultado sobre a análise da pesquisa realizada em livros e artigos. Em que conduziu a algumas perspectivas fundamentais que se configurou como possibilidades quanto às práticas pedagógicas desenvolvidas para atender o aluno com TDAH. Entre eles, mencionamos a importância da formação dos professores, para que eles sejam capacitados para atuar junto a essas crianças. [...] o professor tem papel fundamental no desenvolvimento das habilidades e controle do comportamento da criança com TDAH. Desse modo, ele deve ser instruído, tanto na formação inicial como na continuada, como também deve ser auxiliado em sua prática pedagógica e deve ter conhecimento sobre o transtorno e as estratégias adequadas em sala de aula para que esses alunos sejam efetivamente inclusos na escola (REIS, 2011, p.7). É de grande relevância a formação acadêmica do professor diante dos aspectos sociais, principalmente a formação inicial, para que o mesmo possa desenvolver métodos didáticos e estratégias diante dos desafios ao ensinar crianças com transtornos e dificuldades de aprendizagem, esses aspectos estão cada vez mais presentes dentro da sala de aula, considerando que essas aprendizagens possam colaborar em sua prática como professor. E também, na formação continuada, o professor referência-se, se aprofunda na busca, e nos conhecimentos referentes às características do TDAH, como se manifestam os estudantes, quais seus possíveis comportamentos e aceitações e sugestões de atividades que possam ser realizadas por eles, mediante esforço de ambas as partes. Almeja-se do professor uma observação ampla e um olhar atento no acompanhamento das crianças diagnosticadas com TDAH, tem sido um ponto de chave para o exercício dos profissionais da educação frente às práticas pedagógicas adequadas. Busca-se, práticas essa que possa trabalhar conteúdos adaptados que contribua com às necessidades do aluno, no contexto social como é na sala de aula, para que possa ser um ambiente de construção de conhecimento e aprendizagem, onde estimulará, incentivará e abrirá novos caminhos para mais conhecimento e autoconfiança, que promova sua autonomia, que são essenciais para a participação e interação do professor-aluno, aluno- escola e escola-família. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Consideramos a importância dessa pesquisa, relevante para o aprofundamento sobre as ações curriculares necessárias para atuar junto ao aluno com TDAH. Conhecer o processo de aprendizagem, o diagnóstico, e os principais sintomas, demonstra o avanço significativo da criança dentro e fora da sala de aula. A partir da pesquisa realizada de forma bibliográfica em livros e sites confiáveis, a qual evidenciamos em nossos objetivos as referidas abordagens, construímos uma compreensão clara acerca do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Compreendendo sobre as causas e sintomas do referido transtorno e sobre as adaptações curriculares voltadas a essas crianças, bem como, as práticas pedagógicas que são pensadas com o objetivo de que o processo de aprendizagem da criança com TDAH sejam alcançadas, apontamos também, a necessidade do professor na compreensão sobre as especificidades que envolvem os processos de aprendizagem. A partir deste entendimento, as práxis pedagógicas contribuem para a formação desses alunos. Assim, ao pensar nas atividades propostas para crianças com o TDAH, o professor começa a refletir de forma responsável e consciente em como ofertar uma aprendizagem significativa e que garanta seu desenvolvimento seja atendido em sua integralidade. Os procedimentos que norteiam o TDAH, que reforçam o entendimento das reais necessidades de aprendizagem que engloba a construção do conhecimento do aluno. Desse modo, as principais perspectivas sobre as práticas pedagógicas remetem a uma forma de contemplar a criança dentro das suas especificidades, propiciando a elas desafios e momentos de reflexão na compreensão. Onde, a criança aprimore as habilidades inerentes aos aspectos do processo do desenvolvimento que são o físico, o social, o emocional e o cognitivo, contribuindo assim, com a formação cultural, social, e política no contexto educativo. Entende-se que a adaptação das práticas, através dos recursos pedagógicos proporciona à criança com TDAH uma interação favorável a compreensão e o desenvolvimento integral da criança. Assim, práticas essa que possa trabalhar conteúdos adaptados às suas necessidades, para que a escola possa ser um ambiente adequado para a aprendizagem, onde estimulará, incentivará e abrirá novos caminhos para mais conhecimento e autoconfiança, o que são essenciais para uma boa relação professor-aluno, aluno- escola e escola-família. REFERÊNCIAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais :DSM - V.5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. disponivel em: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico- de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf Acesso em: 18 de Abr. 2021. AMORIM, C. IPDA – Instituto Paulista de Déficit de Atenção, 2010: Disponível em: https://dda-deficitdeatencao.com.br/. Acesso em: 18 de abr. 2021. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília. 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