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DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA CASO DE USO MERCADO ANIMAL

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HORUS FACULDADES
CURSO DE BACHAREL EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Ana Cláudia Antunes Pinto
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE
VENDA – CASO DE USO – MERCADO ANIMAL
PINHALZINHO/SC
 2011
ANA CLÁUDIA ANTUNES PINTO
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE
VENDA – CASO DE USO – MERCADO ANIMAL
Monografia de Trabalho de Graduação de Curso
apresentado à Horus Faculdades, como parte dos
requisitos á obtenção do grau de bacharel em Sistemas
de Informação.
Orientador: Eduardo Urnau
Coorientador: Leodacir Mior
PINHALZINHO/SC
 2011
1
ANA CLÁUDIA ANTUNES PINTO
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE
VENDA – CASO DE USO – MERCADO ANIMAL
Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em
Sistemas de Informação, e aprovada em sua forma final pelo curso de Sistemas de
Informação da Horus Faculdades. 
__________________________________________
Ms. Eduardo Urnau
Coordenador do curso de Sistemas de Informação
Apresenta à comissão examinadora integrada pelos seguintes professores:
__________________________________________
Ms. Eduardo Urnau
Orientador e membro banca – Horus Faculdades
__________________________________________
Jean Carlos Hennrichs
Presidente banca – Horus Faculdades
__________________________________________
Renata Silva
Membro banca – Horus Faculdades
__________________________________________
Revisão ortográfica realizada em 06/11/2011por Valdir Seraglio – Graduado(a) em
Letras pela Universidade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas-Paraná.Registro
nº 40712 .
2
AGRADECIMENTOS
A Deus, o centro da minha vida, por ter me sustentado em suas mãos para
que eu não tropeçasse em meio as adversidades e provações. 
Aos meus pais que me ensinaram: “Para ser grande é preciso ser
perseverante e forte”. Obrigado pela dedicação e por muitas vezes ter deixado de
lado seus sonhos para acreditar nos meus. Vocês são os responsáveis por essa
conquista. Eu os amo muito. Obrigada pela confiança e pelo amor em mim
depositados.
Ao meu querido irmão André Felipe que mesmo longe sempre me apoiou
para a realização deste sonho.
Ao meu noivo Wando, obrigada por ter vivenciado comigo passo a passo
todos os detalhes deste trabalho; por ter me dado todo o apoio que necessitava nos
momentos difíceis, todo carinho, respeito e por tornar minha vida cada dia mais feliz.
Ao orientador, Eduardo Urnau, pelos conhecimentos e incentivos que foram
fundamentais para a concretização deste trabalho. 
Ao Coorientador, Leodacir Mior, muito obrigada pelo apoio, paciência,
incentivos e ajuda quando precisei.
A todos os meus colegas de trabalho da JB Software, em especial aos
colegas Ulisses Olivo, Rafael Wagner e Sandro Valgoi pela suas ajuda, paciência e
dedicação.
3
Os sonhos são como vento, você os
sente, mas não sabe de onde eles
vieram e nem para aonde vão. Eles
inspiram o poeta, animam o escritor,
arrebatam o estudante, abrem a
inteligência do cientista, dão ousadia
ao líder.
AUGUSTO CURY
4
RESUMO
Para as empresas inovarem precisam acompanhar as tendências do mercado, no
que diz respeito a produtos comercializados, isto promove um aumento na
diversificação dos produtos ofertados. Formar o preço de venda dos produtos com
um mix diversificado é uma tarefa que envolve um grande tempo dos seus
administradores e exige vários cálculos para uma formação adequada do preço,
envolvendo tributos, faturamento, despesas entre outros. A proposta desta
monografia foi a de desenvolver um protótipo para formação de preço de venda, e
realizar o caso de uso na empresa Mercado Animal. Para o desenvolvimento do
protótipo foi utilizado a linguagem de programação object pascal, quanto ao
armazenamento de informação utilizou-se o banco de dados firebird. O protótipo
mostrou-se eficiente, demonstrado no estudo de caso a sua aplicação. Conforme os
testes realizados, apresentou resultados que auxiliaram o administrador na formação
do preço de venda, no que diz respeito ao tempo atribuído e precisão nos valores
apresentados.
Palavras-chave: Preço de Venda; Mark-up; Sistema de Informação Gerencial;
Contabilidade; Delphi; Firebird.
5
ABSTRACT
For companies to innovate they need to follow market trends, concerning to sold
products, this promotes an increase in the diversification of offered products. Forming
the selling price of products with a diverse mix, is a task that involves a great time of
its directors, and requires several calculations for adequate training of the price,
involving taxes, revenues, expenses and more. The purpose of this thesis was to
develop a prototype for training of the sales price, and make the use case for
Mercado Animal company. For the development of the prototype was used in object
pascal programming language, and storing information used the firebird database.
The prototype proved to be efficient, as it was demonstrated in the case study
application. According to the tests, results showed that the training helped the
administrator to form the sale price, concerning to the time allotted and accuracy to
the presented amount.
Keywords: Selling Price, Mark-up; Management Information System, Accounting,
Delphi, Firebird.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Componentes do Sistema de Informação Gerencial..................................20
Figura 2: Componentes que Formam um Sistema de Informação............................23
Figura 3: Exemplo de um Relacionamento de Ator e Use Case...............................59
Figura 4: Representação do Diagrama de Casos de Uso do Protótipo Para
Formação de Preço de Venda...................................................................................60
Figura 5: Exemplo de um Diagrama de Sequência...................................................67
Figura 6: Diagrama de Sequência – Cadastro de Produto........................................68
Figura 7: Diagrama de Sequência – Cadastro de Fornecedor..................................68
Figura 8: Diagrama de Sequência – Cadastro de Despesas Variáveis de Venda... .69
Figura 9: Diagrama de Sequência – Cadastro de Custos Fixos e Despesas
Operacional...............................................................................................................69
Figura 10: Diagrama de Sequência – Cadastro de Faturamento Período.................70
Figura 11: Diagrama de Sequência – Formação de Preço de Venda.......................71
Figura 12: Modelo Entidade Relacionamento............................................................72
Figura 13: Tela do Menu Principal do Protótipo........................................................79
Figura 14: Tela de Cadastro de Fornecedor..............................................................80
Figura 15: Tela de Pesquisa do Cadastro de Fornecedor.........................................81
Figura 16: Tela de Cadastro de Produto...................................................................82
Figura 17: Tela de Cadastro de Despesas Variáveis de Venda................................82
Figura 18: Tela de Cadastro de Custos fixos e Despesas Operacionais..................83
Figura 19: Tela de Cadastro de Faturamento Período..............................................84
Figura 20: Formação de Preço de Venda..................................................................84
Figura 21: Relatório de Fornecedor...........................................................................85
Figura 22: Relatório de Produtos...............................................................................86
Figura 23: Relatório de Formação de Preço de Venda.............................................86
7
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Mark-up multiplicador.............................................................................42
Quadro 2 – Mark-updivisor.......................................................................................42
Quadro 3 – Documentação dos Casos de Uso.........................................................61
Quadro 4 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Cadastro de Fornecedor.....75
Quadro 5 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Cadastro de Produtos.........75
Quadro 6 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Cadastro de Despesas
Variáveis de Venda...................................................................................................76
Quadro 7 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Cadastro de Custos Fixos e
Despesas Operacionais............................................................................................77
Quadro 8 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Cadastro de Faturamento por
Período.......................................................................................................................77
Quadro 9 – Requisitos Funcionais e não Funcionais – Formação de preço de
venda..........................................................................................................................78
Quadro 10 – Formulário Cadastro de Fornecedor – Botão Salvar............................87
Quadro 11 – Formulário Visualizar Fornecedor – Botão Procurar.............................87
Quadro 12 – Formulário Cadastro de Fornecedor – Botão Editar.............................88
Quadro 13 – Soma da Alíquota do Cadastro de Despesas Variáveis de Venda.......88
Quadro 14 – Soma Total e Soma Média do Cadastro de Custos Fixos e Despesas
Operacionais.............................................................................................................89
Quadro 15 – Cálculo da Formação de Preço de Venda............................................90
8
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1: Diferença de Cálculo - Margem de 75% - Mercepton Oral...................93
GRÁFICO 2: Diferença de Cálculo no Total de Vendas Mensal Margem de 75% -
Mercepton Oral..........................................................................................................94
GRÁFICO 3: Diferença de Cálculo - Margem de 50% Aradog Premium Carne e
Vegetais 15 Kg..........................................................................................................95
GRÁFICO 4: Diferença de Cálculo no Total de Vendas Mensal - Margem de 50%
Aradog Premium Carne e Vegetais 15 Kg.................................................................96
9 
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Comparativo Preço de Venda.................................................................98
TABELA 2: Comparativo Lucratividade.....................................................................98
10
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CPU - Unidade Central de Processamento
CTN - Código Tributário Nacional
DLL - Data Definition Language
DML - Data Manipulation Language 
IDE - Integrated Development Environment 
IPL - InterBase Public License
IR - Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza
POO - Programação Orientada a Objetos
RAD - Rapid Application Development
SIG - Sistemas de Informação Gerencial
SGBDR - Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacional
SQL - Structured Query Language
UML - Unified Modeling Language
VB - Visual Basic
XML - Extensible Markup Language
WWW - World Wide Web
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO........................................................................15
2 SISTEMA................................................................................................................16
2.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO..............................................................................16
2.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL........................................................17
2.2.1 Conceituação do SIG......................................................................................18
2.2.2 Levantamento e análise do SIG.....................................................................19
2.2.3 Componentes do SIG.....................................................................................20
2.3 FLUXO DE INFORMAÇÕES...............................................................................21
2.4 FEEDBACK.........................................................................................................22
2.4.1 Entrada............................................................................................................23
2.4.2 Processamento...............................................................................................23
2.4.3 Saída................................................................................................................24
2.4.4 Realimentação................................................................................................24
2.5 RELATÓRIOS GERENCIAIS...............................................................................24
3 CONTABILIDADE..................................................................................................27
3.1 CONTABILIDADE GERENCIAL..........................................................................28
3.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS..........................................................................29
3.3 TERMINOLOGIA DE CUSTOS...........................................................................30
3.3.1 Gasto................................................................................................................30
3.3.2 Desembolso....................................................................................................31
3.3.3 Investimento....................................................................................................31
3.3.4 Custo................................................................................................................32
3.3.5 Despesa...........................................................................................................32
3.3.6 Perda................................................................................................................33
3.4 CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS..........................................................................34
3.4.1 Custos Fixos ..................................................................................................34
3.4.2 Custos Variáveis ............................................................................................35
3.4.3 Custo Direto....................................................................................................35
3.4.4 Custo Indireto .................................................................................................36
12
3.4.5 Critérios de rateio...........................................................................................36
3.4.6 Depreciação e Exaustão ................................................................................37
3.5 RECEITA.............................................................................................................38
3.6 LUCRO................................................................................................................38
3.7 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA.................................................................39
3.7.1 O método baseado no custo da mercadoria ...............................................40
3.7.1.1 O Mark-up......................................................................................................41
3.7.2 O método baseado nas decisões das empresas concorrentes.................433.7.3 O método baseado nas características do mercado...................................44
3.7.4 O método misto ..............................................................................................45
3.8 ALGUMAS FORMAS DE TRIBUTAÇÃO PARA ENQUADRAMENTO FISCAL. .45
4 BANCO DE DADOS...............................................................................................48
4.1 ARMAZENAMENTO............................................................................................48
4.2 RECUPERAÇÃO.................................................................................................49
4.3 HISTÓRIA DO SISTEMA DE BANCO DE DADOS.............................................49
4.4 LINGUAGEM DE BANCO DE DADOS................................................................50
4.5 APLICAÇÃO DE BANCO DE DADOS.................................................................51
5 FIREBIRD ..............................................................................................................53
5.1 O QUE É O FIREBIRD........................................................................................53
5.2 HISTÓRIA DO FIREBIRD....................................................................................54
6 DELPHI ..................................................................................................................55
6.1 HISTÓRICO.........................................................................................................55
6.2 O QUE É DELPHI................................................................................................56
6.3 FUNCIONALIDADES DO DELPHI......................................................................57
7 ANÁLISE E IMPLEMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO ...............................................58
7.1 DIAGRAMA DE CASO DE USO (UML)...............................................................59
7.1.1 Documentação dos Use Case........................................................................61
7.2 DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA (UML)...................................................................66
7.3 MODELO ER.......................................................................................................72
7.4 REQUISITOS.......................................................................................................73
13 
7.4.1 Requisitos Funcionais...................................................................................74
7.4.2 Requisitos Não Funcionais............................................................................74
7.5 PROTÓTIPO PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA................................79
7.5.1 Relatórios........................................................................................................85
7.5.2 Código Fonte...................................................................................................87
8 ANÁLISE DO ESTUDO REALIZADO....................................................................92
9 CONCLUSÃO.........................................................................................................97
9.1 TRABALHOS FUTUROS.....................................................................................98
REFERÊNCIAS.........................................................................................................99
14
1 INTRODUÇÃO
A empresa Mercado Animal, fundada em 28 de abril de 2001, pelo gerente
proprietário Gilmar Pinto encontra- se situada na cidade de Guairá, Paraná e conta
com quatro colaboradores e cerca de 250 clientes. 
Apesar do tempo que a empresa atua no comércio de rações e produtos
agropecuários, a mesma não possui um padrão para formar seu preço de venda
adequadamente conforme os procedimentos contábeis. Conforme Porton, et al.
(2011) “Uma das mais importantes decisões a serem tomadas, pelos gestores, diz
respeito a estipulação dos preços de seus produtos. A sobrevivência da empresa e o
retorno esperado pelos investidores dependem desta escolha”. A formação do preço
de venda percorre pelo conhecimento de fórmulas contábeis adequadas, que na
atualidade não está sendo realizada, por motivos de desconhecimento e incertezas.
Para que os gestores saibam realmente quais são seus verdadeiros custos
reais de produção ou comercialização, os mesmos necessitam da utilização de uma
ferramenta que seja capaz de formar o preço de venda baseado em um método
cientificamente comprovado de formação de preço de venda, como o Mark-up. 
Desta maneira, este trabalho de conclusão de graduação tem por objetivo
geral, desenvolver um protótipo que auxilie o gestor na formação de preço de venda,
utilizando a ferramenta de desenvolvimento Delphi com banco de dados Firebird.
Entretanto algumas questões envolveram o desenvolvimento deste protótipo
destacando: quais as dificuldades encontradas por um empresário ao formar um
preço de venda; que benefícios trariam um protótipo para formação de preço de
venda; principais vantagens em se utilizar o Firebird; quais as vantagens de se
utilizar o Delphi para o desenvolvimento do protótipo.
 Quanto aos procedimentos metodológicos aplicados no desenvolvimento
deste, foi utilizado o método de pesquisa aplicada, na forma de abordagem
qualitativa, nos objetivos da pesquisa é utilizado o método exploratório, quanto aos
procedimentos técnicos foram feito uma pesquisa bibliográfica e desenvolvido um
estudo de caso.
15
1.1 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Neste capítulo foi feita uma abordagem do proposto por este trabalho de
conclusão de graduação, a fim de mostrar os objetivos alcançados.
Sequencialmente segue uma breve abordagem do que está descrito em cada
capítulo da presente monografia.
No capítulo 2, inicia o trabalho incansável de atender os conteúdos teóricos
necessários para estruturação deste trabalho, fundamentando o leitor sobre os
principais assuntos percorridos, uma previa destes assuntos são: Sistema de
Informação Gerencial (SIG), fluxo de informações, feedback e relatórios gerenciais.
Este capítulo ressalta a importância de um sistema de informação dentro de uma
empresa, e quanto o mesmo vem a auxiliar os administradores na tomada de
decisão, percebendo as variáveis internas e externas que influenciam na formação
de preço de venda.
 No capítulo 3, é apresentada uma breve abordagem sobre a contabilidade,
contabilidade gerencial e de custos, onde são contextualizados os quatro principais
métodos para formação de preço de venda, sendo estes os mais utilizados no
mercado atualmente.
No capítulo 4, percorre assuntos relacionados ao banco de dados, seu
histórico e como o mesmo vem a auxiliar no armazenamento de dados de um
sistema de informação.
No capítulo 5, uma abordagem sobre o sistema gerenciador de banco de
dados Firebird.
O capítulo 6, é voltado para a linguagem de programação Delphi percorrendo
seu histórico, o que é a ferramenta e quais são as suas funcionalidades.
Já no capítulo 7, é realizada a apresentação da empresa onde foi realizado o
estudo de caso, o processo de análise e modelagem do protótipo, e as principais
interfaces gráficas do protótipo de formação de preço de venda. 
No capítulo 8, é feito uma análise do protótipo de formação de preço de
venda, demonstrando em forma de gráficos de barras a eficiência do protótipo.
Para encerrar, o capítulo 9 atende as devidas considerações finais e
apresenta trabalhos futuros, permitindo uma continuidade desta obra.
16
2 SISTEMA
Podemos definir um sistema, como um conjunto de objetos unidos de alguma
forma. “Sistema pode ser definido simplesmente como um grupo de elementos inter-
relacionados ou em interação que formam um todo unificado.” (O’BRIEN, 2004, p.
07). Ressalvando, acredita-se que sistema se perfazcomo uma junção de
informações, que interagindo entre si, alcançam um objetivo pré-definido cumprindo
eficientemente a função desejada.
Os sistemas são vários elementos conectados que tem como objetivo formar
um todo organizado. “Conceitua-se sistema como sendo um conjunto de elementos,
ou de componentes que mantêm relações entre si.” (MELO, 2006, p. 21).
Em uma organização pode-se identificar um sistema, pela classificação de
diversos setores onde os mesmos realizam suas tarefas paralelamente, mas se
comunicam entre si, recursos humanos, administração, contabilidade e financeiro.
Cada setor realiza suas tarefas, mas todas estão conectadas entre si, em prol da
mesma organização.
2.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O conceito de sistema de informação pode ser definido como um conjunto de
recursos e informações presentes dentro de uma organização. “Sistema de
informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de
comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações”.
(O’BRIEN, 2004, p. 06). 
O sistema de informação recebe dados das mais diversas áreas da empresa,
os classifica e processa e em seguida emite relatórios com informações que auxiliam
seus gestores no seu dia a dia. 
Assim ressalva o autor:
Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um
conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam),
processam, armazena e distribui informações para dar suporte à tomada de
decisão e ao controle da organização. Além de apoiar, coordenar e controlar
17
a tomada de decisão, os sistemas de informações também podem ajudar os
gerentes e trabalhadores a analisar problemas. (LAUDON et al., 1999, p. 4).
Os sistemas de informação são compostos por três partes: os dados, o
processamento e a informação. O dado é a matéria prima que vem de todas as
áreas da empresa, o processamento é a fase em que os dados são classificados e
transformados em relatórios, a informação é o produto final que se origina deste
processo.
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
O Sistema de Informação Gerencial é utilizado como instrumento para apoio à
decisões das pequenas, médias e grandes empresas. Isto ocorre porque toda
empresa possui dados, e estes devem ser tratados e transformados em informações
úteis, que possam ser utilizadas na produção de relatórios para tomada de decisão
dentro da empresa. “Sistema de Informação Gerenciais (SIG) é o processo de
transformação de dados que são utilizados na estrutura decisória da empresa,
proporcionando ainda a sustentação administrativa para aperfeiçoar os resultados
esperados”. (OLIVEIRA, 2005, p. 40).
Conforme o autor cita acima, o SIG é chave para o sucesso do negócio,
fazendo uso deste, a empresa toma as decisões baseada na realidade presente
dentro de sua organização, diminuindo assim as chances de erros na tomada de
decisão, pois “os sistemas de informação, independentemente de seu nível ou
classificação, têm como maior objetivo auxiliar os processos de tomada de decisões
na empresa”. (REZENDE E ABREU, 2003, p. 63).
Este processo de tomada de decisão da empresa dá-se pelo fato de que o
sistema de informação gerencial emite relatórios que são capazes de ajudar os
administradores a executar suas obrigações interferidas na tomada de decisão.
18
2.2.1 Conceituação do SIG 
A conceituação do SIG ocorre devido ao amplo conhecimento das
informações que circulam dentro da organização. Os empresários tratam as
informações e utilizam as que são importantes para decisões da organização.
O sistema de informação equivale aos “olhos e ouvidos da administração e
uma das características que distinguem as empresas mais bem-sucedidas
é, muitas vezes, a qualidade da informação de que dispõem os
responsáveis pela tomada de decisão” (CREPALDI, 2008, p. 62).
Conforme Crepaldi (2008), a informação deve ter qualidade, ser relevante e
íntegra, pois é com base nela que os empresários poderão ter sucesso em
quaisquer operações que realizar.
Quanto ao sigilo das informações, os empresários devem ficar atentos quanto
a sua base de dados, e verificar se as informações obtidas estão de acordo com as
normas de política da empresa, assim as organizações ficam livres de ameaças
internas e externas.
Esse aspecto do sigilo das informações esta ligado às políticas da empresa.
O executivo deve ter o discernimento necessário para saber identificar as
informações que, porventura, sejam confiáveis, normalmente por um
período de tempo reduzido (OLIVEIRA, 2005, p. 91).
Conforme Oliveira (2005), a informação é de grande importância. A mesma
deve ser confiável e composta de recursos que fazem com que o administrador leve
menos tempo para definir qual informação realmente é importante para a
organização. 
Ressalta-se que:
Se ele não tiver adequado senso crítico a esse respeito, o tipo de
quantidade de informação sigilosas serão extremamente elevados e,
consequentemente, o seu trabalho pessoal será intensificado, sem o devido
retorno na qualidade do processo decisório. Esse é um problema no qual o
executivo catalisador do desenvolvimento e da implementação do SIG deve
estar bastante atento. (OLIVEIRA, 2005, p. 92).
Com a grande quantidade de informações que circulam dentro de uma
organização, o trabalho dos gestores aumentam cada vez mais, pois cabe aos
gestores filtrarem as informações que realmente são importantes para a empresa,
para depois, se tomar a decisão necessária, esse é o principal papel do SIG. “A
informação deve ser usada pelos que tenham competência e tempo necessário para
19
compreender seu significado e adotar medidas corretivas se necessária”
(CREPALDI, 2008, p. 62).
Assim identifica-se que segurança, sigilo de informação e compreensão é
algo imprescindível, pois todos estes itens devem estar presentes no dia a dia de
cada organização.
2.2.2 Levantamento e análise do SIG
Toda organização depende de suas informações gerenciais, são elas que
armazenam todo o histórico da empresa, é nela que o empreendedor vai se basear
na hora da tomada de decisão de forma segura e clara. 
É por meio do sistema de informação gerenciais que fluem as informações
permitindo o otimizado funcionamento da empresa. As informações
gerenciais são muito importantes, pois a sobrevivência da empresa pode
depender dessas informações na hora certa e de o executivo da empresa
utilizá-las rápidas e corretamente. (OLIVEIRA, 2005, p. 96).
Os documentos provenientes das informações podem ser originados de
dentro ou de fora da organização. As informações externas, sobre outras
organizações podem ser utilizadas no processo decisório desde que seja uma
informação confiável.
O meio ambiente externo condiciona o desenvolvimento da organização,
que é altamente influenciada por esses fatores externos. Além da
globalização mercadológica que envolve a organização em sua totalidade,
outros são os componentes do meio ambiente externo: concorrentes,
fornecedores ou intermediários; clientes ou consumidores (usuários),
mercado nacional e internacional. (REZENDE, 2005, p. 21).
A organização tem que estar sempre focada nos dois âmbitos, interno e
externo, assim a mesma terá noções das atividades realizadas por ela internamente,
também como sua empresa e seus concorrentes se desenvolvem lá fora e então
saberá quais as verdadeiras necessidades do mercado, baseado no levantamento e
análises de informação.
20
2.2.3 Componentes do SIG
Os componentes do SIG respondem toda a idéia do sistema de informação
gerencial, assim sabemos que o sistema é o caminho de qualquer dado e
informação que passa pela organização. 
Segundo Oliveira (2005) os componentes do SIG podem ser apresentados
em forma de processos.
Figura 1 – Componentedo Sistema de Informação Gerencial
Fonte: Oliveira (2005)
A figura 1 demonstra os processos de um SIG. Percebe-se que vários
processos fazem parte do SIG, cada um tendo sua importância no conjunto.
Dado pode ser definido através de um ou vários algarismos numéricos ou
alfabéticos, que sozinhos não podem ser compreendidos diante de um fato ou
situação, necessitando de tratamento para a transformação de um dado bruto, em
uma informação, sendo este um dado trabalhado. “Um dado é a expressão lógica de
um fato isolado e uma informação é a expressão lógica do fato global”. (MELO,
2006, p. 30).
21
É possível haver alternativas, em que o empreendedor pode chegar ao
mesmo resultado de forma diferente. A decisão é a escolha entre diversas
alternativas em que se leva a um resultado. Recurso é a identificação de alocações1
ao longo do processo decisório de uma organização. A coordenação é responsável
pela aproximação de resultados, que foram planejados anteriormente. Resultado é o
produto final do processo decisório da organização.
Fazem-se necessário o controle e avaliação do processo administrativo que
compara os padrões previamente estabelecidos, avaliando o desempenho de ações
da organização, com o objetivo de corrigir, reforçar e aprimorar os encarregados na
tomada de decisão da organização. 
2.3 FLUXO DE INFORMAÇÃO
A informação é algo indispensável dentro de uma organização, pois qualquer
gestor necessita de informações condizentes sobre o ambiente externo e interno de
sua organização. Compreende Melo (2006), que o fluxo de informação inicia-se
quando há uma coleta de dados, sendo estes obtidos referentes a um determinado
fato. Caso não houver uma boa coleta de dados, todo o sistema estará
comprometido em termo de qualidade, confiabilidade e integridade. A organização
poderá até ter seu funcionamento correto, mas estará transmitindo informações que
não são reais.
A etapa de comunicação que ocorre dentro de um fluxo de informação
acontece devido a passagem de informações de saída, para a entrada de uma outra
etapa de processamento, onde ocorre o transporte da informação.
Os meios de comunicação fazem fluir a informação na empresa, seja a
fonte externa ou interna, seja o receptor um agente interno ou externo á
empresa. Uma vez recebida à informação ou é utilizada de imediato ou é
mantida em registro de um arquivo de dados. (MELO, 2006. p. 32).
A informação possui um grande efeito dentro da organização e pode ser
transportada por recursos físicos, como uma linha telefônica ou por recursos lógicos,
como protocolos e programas de controle de transmissão e recepção de sinais. Com
1 Colocar (um ser) num lugar de uma seqüência de lugares. (FERREIRA, 1988, p. 32).
22
a grande evolução da tecnologia nos dias de hoje, o fluxo de informação têm um
efeito multiplicador, o que faz com que as informações cheguem as empresas em
tempo real.
2.4 FEEDBACK 
O feedback consiste na retroação de informações, onde a empresa pode
identificar quais pontos melhorar, o que deve fazer para se readequar e saber como
solucionar um problema. O feedback é uma prática que vem auxiliar na
comunicação da empresa, em suas melhorias, tanto internas como externas, assim
cita o autor:
Uma forma pela qual os transmissores e receptores eliminam a imprecisão
da comunicação é por meio do feedback, o processo por meio do qual o
receptor da mensagem se comunica de volta com o transmissor. A troca de
informações por meio de feedback pode ser muito útil para melhorar o
processo de comunicação. .(SCHERMERHORN et al., 1999, p. 241).
Com base em Schermerhorn et al. (1999), a organização que se utiliza do
feedback, saberá quais seus melhores pontos desenvolvidos dentro da empresa, e
quais devem ser melhorados. Com isto, a empresa ficará mais receptiva,
identificando quais são suas qualidades e necessidades. 
Para Stair, et al. (2009), feedback é um conjunto de elementos que coletam
entrada, manipulam processo e disseminam saída em dados e informações que
oferecem um mecanismo de realimentação para atingir o objetivo, sendo este
definido pela organização em si.
Compreende-se que o feedback, é um retorno de resposta, isto ocorre pelo
fato de que tendo sido enviada uma informação, o sistema emite uma resposta a
informação que foi enviada, assim ocorre o feedback. A palavra feedback vem do
inglês feed que significa alimentar e back que significa voltar, voltar a alimentar,
assim pode-se ter o entendimento necessário do significado de retroalimentação.
23
Figura 2 – Componentes que formam um sistema de informação.
Fonte: Stair (2006)
Compreendendo a figura 2, identifica-se que fazem parte de um sistema de
informação, quatro componentes. Estes são entrada, processamento, saída e
realimentação, que são exemplificados a seguir.
2.4.1 Entrada
Os recursos econômicos são a entrada de um sistema de informação. Estes
recursos podem ser dinheiro, matéria-prima, informação (dado), um sistema para
gerar folhas de pagamento, entre outros. Stair, et al. (2009) define a entrada como
um sistema de informação para coletar e capturar dados básicos. São muitas as
formas de entrada de dados dentro de uma organização, mas independente de qual
método de entrada for utilizado, todos buscam a obtenção da saída desejada.
2.4.2 Processamento
O processamento de um sistema de informação é um mecanismo de
conversão, é a transformação da entrada e saída de dados, exemplos de processos
são: comercializar, desenvolver, produzir, entregar, dar assistência entre outros.
Para Stair, et al. (2009), um processamento é a conversão de dados em saídas
úteis. O processamento de uma informação envolve cálculos comparações, ações
alternativas e armazenamento dos dados para uso futuro. 
24
2.4.3 Saída
Os bens e serviços de uma organização são à saída de um processamento,
levando em consideração muitas vezes vários feedbacks. Tendo exemplos de saída
como, produtos, pagamentos, serviços, contribuição, informações entre outros. Para
Stair, et al. (2009), a saída envolve a produção de informações úteis, em geral na
forma de documentos e relatórios. Uma saída pode incluir folha de pagamento para
os funcionários, emissão de relatórios sobre informações da empresa, informação
adicionais de banco entre outras. A saída pode ocorrer de diferentes formas através
de um computador, impressora, ou também pode ocorrer de forma manual onde a
saída envolve relatórios e documentos escritos manualmente.
2.4.4 Realimentação
A realimentação tem por objetivo, fazer comparação de saídas de dados, com
a entrada de dados acompanhados de critérios previamente estabelecidos. “Nos
sistemas de informação, realimentação é a saída que é usada para alterar a entrada
ou as atividades em processamento”. (STAIR et al., 2009, p. 13). Um exemplo de
realimentação é a correção de erros automáticos que o sistema pode fazer, como
por exemplo, o cadastramento de horas da folha de pagamento, por engano, um
funcionário cadastra 400 horas semanais no computador e tenta gerar a folha de
pagamento, o sistema irá apresentar uma mensagem de erro, pois sabe que é
inviável a informação recebida, fazendo assim uma realimentação. 
2.5 RELATÓRIOS GERENCIAIS
Os relatórios gerenciais são muito importantes dentro de uma empresa, pois
os mesmos auxiliam os empresários na tomada de decisão dentro da organização.
25
Conforme Oliveira (2008, p. 183) “Relatórios gerenciais são os documentos que
consolidam, de forma estruturada, as informações para o tomador de decisão”. 
A contabilidade define os relatórios gerenciais como não obrigatórios, não são
vinculados à legislação fiscal e regras emanadas dos princípios fundamentais de
contabilidade, sendo assim, relatórios são objetivados à administração da empresa.
Segundo Marion (2003), a contabilidade representa um instrumentoque auxilia a
administração na tomada de decisão, coletando todos os dados econômicos,
mensurando-os monetariamente, desde que registrados e sumarizados em forma de
relatórios.
Os relatórios são definidos conforme necessidade da empresa e elaborados
tanto para fins gerenciais ou de controle. 
Além das informações diárias ou semanais, como a posição de caixa, de
faturamento, de produção, fluxo semanal de caixa e outras que a
administração da empresa considere importante quanto ao conteúdo e a
periodicidade. (IUDÍCIBUS et al., 2009, p. 19).
Conforme Iudícibus (2009) os relatórios gerenciais devem ser utilizados de
acordo com a necessidade da organização. São exemplos de relatórios; relatório de
fluxo de caixa, demonstração de valor adicionado, demonstrações para avaliações
de desempenhos, análise de custos, despesas e receitas, entre outras
demonstrações úteis no gerenciamento da empresa. Oliveira (2008) compreende
cinco aspectos básicos que devem estar presentes na estruturação dos relatórios
gerenciais; números; gráficos; comentários; decisões e ações e resultados.
Os números representam à situação atual que ocorre dentro da organização.
Os gráficos são formas de representar visualmente os números, são de fácil
compreensão aos empresários, com isto o mesmo não precisa perder horas
analisando números, uma vez que o gráfico mostra a representação dos mesmos.
Comentários sobre os relatórios gerenciais devem ser levados em consideração
desde que apresentem análises comparativas. As decisões e ações dentro da
empresa devem ser tomadas de forma clara, pois elas são os pontos mais
importantes para os relatórios gerenciais. Para que a organização chegue ao
resultado estimado, a mesma deve explicar que resultado pretende atingir baseados
nas informações apresentadas.
Padoveze (2000) afirma que os relatórios gerenciais devem ser orientados
para o futuro, facilitando o planejamento, controle e avaliação do desempenho da
26
empresa. Neste sentido podemos relatar o quanto é importante uma empresa fazer
o uso de relatórios gerenciais, pois os mesmos têm um grande papel na tomada de
decisão dentro de uma empresa, facilitando a compreensão da situação real da
mesma de forma segura e ágil.
27
3 CONTABILIDADE
A contabilidade esta presente no dia a dia das organizações sejam elas de
grande, médio ou pequeno porte. Conforme a Resolução nº. 774, do Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) de 1994, a Contabilidade tem por objetivo prover os
usuários com informações de natureza econômica, financeira e física do patrimônio
da entidade e suas mutações, sendo demonstrada em relatórios, pareceres, tabelas
ou outros meios.
A contabilidade é considerada tão antiga quanto à origem do homem, pois
este sempre quis controlar seus bens e patrimônios que tem a sua volta. Graças à
contabilidade é possível o ser humano controlar as riquezas que possui e isso se
tornou cada vez mais constante, pois quanto mais o homem aumentava seu
patrimônio mais necessidades ele tinha de controlar o que era seu, por isso,
considera-se ciência social2.
A contabilidade, desde antigamente, desenvolveu um grande papel, fazendo
com que a sociedade tomasse conhecimento do patrimônio que cada um possui.
Anos depois, o governo usava da contabilidade para saber a quantidade de bens
que uma pessoa possuía e começou a se recolher imposto sobre as empresas.
A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informaçôes útil
para a tomada de decisão dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e
sempre existiu para auxiliar as pessoas na tomada de decisão (MARION,
2004, p. 26).
Conforme Marion (2004), não se usa a contabilidade só para atender as
regras do governo. A contabilidade vai muito mais além disso. Ela também auxilia os
responsáveis na tomada de decisão dentro da organização, com isto, cresceu a
quantidade de informação contábil em todos os setores, assim surgiu uma grande
necessidade de se controlar melhor as informações, de maneira organizada e
separada, eis que surge a contabilidade gerencial.
2 Aquelas cujo objeto de estudo são os diferentes aspectos da sociedade humanas. (FERREIRA, 
1988, p.150).
28
3.1 CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial pode ser construída dentro de uma organização a
partir de informações como relatórios, informações operacionais e financeiras,
podem ser úteis para administradores, funcionários, acionistas e demais pessoas
que pretendem usar a informação contábil gerencial, para uma correta tomada de
decisão, ou apenas para conhecer a estrutura dentro de uma organização.
De acordo com Padoveze (2009, p. 45), “Para que a informação contábil seja
usada no processo de administração, é necessário que essa informação contábil
seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade”.
Para garantir o sucesso de uma organização, o administrador deve usar a
informação a seu favor devendo avaliar qual informação será mais útil ao tomar
determinada decisão dentro da empresa. 
Pode-se afirmar que todo procedimento, técnica, informação ou relatório
contábil feito “sob medida” para que a administração os utilize na tomada de
decisão entre alternativas conflitantes, ou na avaliação do desempenho,
recai na contabilidade gerencial. (LUDÍCIBUS, 2008, p. 21).
Com base em Ludícibus (2008), verifica-se o quão importante é a informação
para a contabilidade gerencial. Neste sentido toda a informação de custos, lucros,
clientes e fornecedores são itens principais que devem ser levados em consideração
e prezados pelo administrador da organização, pois elas são informações chave
para a contabilidade gerencial. 
Medidas da condição econômica da empresa, como as de custos e
lucratividade dos produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das
empresas, estão disponíveis apenas nos sistemas de contabilidade
gerencial. (ATKINSON, 2000, p. 37). 
Deve-se salientar que a informação gerencial contábil não garante o sucesso
de uma organização, apenas auxilia a mesma na tomada de decisão. Muitas
organizações que têm um grande nível de informações gerenciais não conseguem
obter o sucesso, devido à falta de interpretação destas informações, por este fato o
administrador deve ter o seu lado contador e saber interpretar as informações e
manter o foco nas decisões da organização que é muito importante para o sucesso
do negócio nos dias atuais. 
29
3.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS
A sociedade vive em transformação, assim como suas ciências. Após a
revolução industrial iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, muito se
mudou, o que antes era feito a mão, por pequenas empresas, passou a ser
substituído pelas máquinas a vapor.
Antes disso, os artigos normalmente eram produzidos por artesãos que, via-
de-regra, não constituíam pessoas jurídicas, e praticamente só existiam
empresas comerciais, as quais utilizavam à contabilidade financeira
basicamente para a avaliação do patrimônio e apuração do resultado do
período (BORNIA, 2009, p. 11).
Com base em Bornia (2009) antes da revolução industrial, o modo de se
definir custos era diferente, onde o resultado das vendas era subtraído do valor dos
custos dos produtos, o que sobrava deste valor era o lucro bruto e ainda eram
deduzidos nesse valor despesas da empresa para seu funcionamento. Após a
revolução industrial, isto mudou, as empresas deixaram de comprar os produtos
prontos, feitos por artesões e passaram a produzir os produtos, ai então surgiu à
dificuldade de se definir custos.
A principal dificuldade que as empresas tiveram para se definir custo ocorreu
porque as mesmas passaram a produzir o que antes compravam o cálculo então
aumentou, pois teriam que calcular a mercadoria que comprarampara produzir
determinado produto, mão-de-obra, despesas, impostos, entre outros. Dessa forma,
determinar o verdadeiro custo de um produto se tornou uma tarefa difícil para os
empresários naquela época.
Compreende-se que o custo de um produto vendido dá-se por gastos de
produção que são: matéria prima, itens prontos, pessoal, equipamentos e energia
alocados. “Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam
despesa. Costumamos chamá-los custo do produto vendido”. (MARTINS, 2009, p.
26)
Identifica-se que o custo de um produto vendido dá-se pela soma de toda a
matéria prima gasta na fabricação e os agentes que utilizam e a produzem, até a
confecção do produto final. Além dos gastos embutidos na produção, há outros
fatores que também definem o custo do produto vendido.
30
Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer o
custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja
necessária, não é o suficiente. Além do custo, é preciso saber o grau de
elasticidade da demanda, os preços dos produtos concorrentes, os preços
dos produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa (MARTINS,
2009, p. 38),
Conforme definição de Martins (2009), existe diversos fatores que interferem
no valor de custo de um produto. Entre eles são a demanda do produto no mercado,
os preços dos produtos concorrentes, preço de produtos substitutos, margem de
lucro, elasticidade entre outros.
3.3 TERMINOLOGIA DE CUSTOS
A terminologia de custos industriais compreende ações que ocorrem dentro
de uma organização ao gerar um bem ou serviço. A fabricação de um bem ou
serviço gera um lucro para a organização, mas além disso, gera também gastos,
desembolsos, investimento, custo, despesa e perda. Todos estes itens fazem parte
do dia a dia de uma organização, conforme explicitado nos itens a seguir.
3.3.1 Gasto
O gasto é a compra de bens para uso próprio, que posteriormente irá gerar
um desembolso, que poderá ser pago na forma de dinheiro. Esse gasto, por ser
considerado investimento, mas não pode ser contabilizado como despesa. “Compra
de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifício financeiro para a entidade,
sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos”.
(MARTINS, 2003, p. 24).
Uma organização pode ter diversas formas de gastos, como compra de
matéria-prima, bens e serviços, mão-de-obra qualificada, honorários, entre outros.
31
3.3.2 Desembolso
Desembolso é o pagamento efetivo de uma compra que surgiu do gasto, o
mesmo ocorre quando a organização adquire um bem ou serviço. Esta forma de
desembolso pode ocorrer no ato da compra, anteriormente a compra, ou após a
compra do bem ou serviço. “Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da
utilidade comprada, portanto, defasada ou não no momento do gasto”. (MARTINS,
2003, p. 25).
3.3.3 Investimento
O investimento pode ser compreendido quando se compra algo que vai gerar
ganho no futuro, mas que no momento é um investimento. “Gasto ativado em função
de sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuro(s) período (s)”. (MARTINS, 2009, p.
25). 
O investimento dá-se quando uma organização adquire bens ou serviços e os
estocam, assim quando os mesmos foram adquiridos, é dado baixa de sua venda,
consumo e desvalorização. “Investimento é o valor dos insumos adquiridos pela
empresa não utilizados no período, os quais poderão ser empregados em períodos
futuros.” (BORNIA, 2009. p. 18). Há duas formas de investimentos que podem ser
realizados pela empresa.
A matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como
investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num
investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são
gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes,
dependendo da intenção que levou a sociedade a aquisição. (MARTINS,
2003, p. 23).
O investimento de uma empresa pode se enquadrar de duas formas, o
investimento circulante, que é um gasto que muda freqüentemente, e o investimento
permanente, que ocorre na compra de um terreno, ou uma máquina. Toma-se como
exemplo, o gasto que é considerado uma forma de investimento dentro da empresa.
Os investimentos podem ser ao longo, médio e curto prazo, isto irá depender de qual
32
segmento a empresa atua no mercado. O investimento é algo imprescindível dentro
de uma organização, pois sem investimento, não haveria retorno e sem retorno não
haveria lucro.
3.3.4 Custo
O custo ocorre no momento do consumo de um investimento, como uma
matéria-prima, quando é consumida se transforma em custo. Segundo Martins
(2003) ,o custo também é considerado um gasto, mas só é reconhecido, quando se
utiliza de fatores de produção como, bens e serviços, para a fabricação de um
produto ou a realização de um serviço. 
Um exemplo de custo é quando uma organização precisa fabricar
determinado produto, para a fabricação do mesmo, a organização precisa comprar
bens como máquinas, que também geram outro custo, o consumo de energia.
 “Custo é um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços”. (MARTINS, 2009, p. 25) Todo produto ao ser fabricado gera um
custo, sejam eles de matéria-prima, funcionários ou máquinas. 
3.3.5 Despesa
A despesa é caracterizada como as combinações dos fatores de produção,
equipamentos usados na produção, comissão do vendedor, o computador utilizado
pelo gerente, entre outros itens que são utilizados para o funcionamento da
organização e não são identificados na fabricação.
De acordo com Zanluca (2011), a despesa pode se caracterizar como um
gasto com bens e serviços relativos à empresa, bem como os esforços para
obtenção de receitas através da venda de produtos.
A despesa se compreende como:
A expressão monetária do consumo ou da utilização de bens ou serviços no
processo de administração geral da organização e da transferência de
33
produtos, mercadorias e serviços aos clientes, no processo de geração de
receita. Para que um evento seja caracterizado como despesa, há que
satisfazer a dois requisitos, (a) ocorrência do consumo, utilização ou
transferência de um recurso econômico e (b) objetivo de manter em
atividade a empresa como um todo e gerar receita (MARTINS, et al., 2010,
p. 17).
Segundo Martins, et al. (2010), uma despesa está relacionada ao processo de
geração de uma receita, onde o custo se refere aos recursos que estão sendo
utilizados para a fabricação do produto, e a despesa e quem designa os valores
confrontados com a receita.
As despesas são classificadas de duas formas, fixas e variáveis. As despesas
variáveis são definidas de acordo com o volume de mercadoria vendida e produzida,
assim só irá ocorrer despesa se a empresa vender ou produzir a mercadoria. Já as
despesas fixas são as que não dependem do volume e nem da mercadoria vendida,
esta despesa pode ser de aluguel, salários, energia, impostos, contador, seguro,
dentre outras.
3.3.6 Perda
 Quando ocorre uma perda dentro de uma empresa costuma-se dizer perda de
matéria prima, mas neste caso a perda que estamos nos referindo, não é a perda de
desperdício de material, mas sim, a catástrofe proporcionada por alguma
anormalidade.
A perda é definida como um “Bem ou serviço consumido de forma anormal e
involuntária”. (MARTINS, 2003, p. 26). A perda pode ocorrer de diversas formas
dentro de uma organização, perdas de estoques, perdas devido à ação da natureza,
como enchentes e raios, perdas de matéria-prima, perdas devido à falta de
manutenção de máquinas, perdas durante um período de greve, perdas devido à
falha humana, entre outros.
34
3.4 CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
Existem várias formas de se classificar custos, assim afirma Bornia (2009, p.
18) “Além de várias classificações possíveis,muitos conceitos são utilizados para se
diferenciarem os custos”. Entres as várias classificações de custos podem se
destacar; custos fixos, custos variáveis, custo direto, custos indiretos, abaixo iremos
constatar os mesmos.
3.4.1 Custos Fixos
Os custos fixos estão sempre presentes em uma organização, são custos que
podem ou não mudar a cada mês, exemplos de custos fixos são aluguel, conta de
telefone, ou valor da mão de obra, entre outros, para melhor entendimento segue um
exemplo de modelo de custo fixo.
Os salários dos empregados em uma organização podem variar de um mês
para o outro, mas não de forma proporcional ao aumento de produção, por mais que
houver uma oscilação nos salários dos empregados, não será algo que esteja
relacionado com o nível de produção da organização, isso só aconteceria se a mão
de obra fosse à escala muito artesanal, ou a mão de obra fosse terceirizada, ai o
valor da mão de obra ficaria atrelada ao volume. 
De acordo com Martins (2003) há pelo menos duas causas que justificam a
modificação de um custo fixo: a mão de obra indireta pode subir em determinado
mês, o aluguel do imóvel pode crescer devido à adição de mais um imóvel. Todos
são custos fixos apesar de seus valores se modificarem, já que seu montante em
cada período é independente do volume de produção da organização.
Com relação ao aumento da mão de obra indireta dentro de uma organização,
podemos justificar este aumento devido à relação custo x volume. A relação custo x
volume ocorre de acordo com o acréscimo do nível de produção da organização. 
35
3.4.2 Custos Variáveis
O custo variável ocorre quando uma organização consome uma matéria
prima, no decorrer do mês, para a fabricação de seu produto. Este produto pode
sofrer alterações de mercado, aumento de produção e consumo, isto pode variar de
mês para mês. “Um custo variável é um custo que é proporcional ao nível da
atividade (o custo total aumenta á medida que a atividade aumenta)” (LEONE, 1981,
p. 68). Os custos variáveis só ocorrem em uma empresa quando se tem atividade ou
produção da mesma, assim conforme Leone (1981), estes custos são custos
evitáveis, porque se pode controlar o volume de atividade e produção de uma
empresa.
Ressalvando a idéia anterior Martins (2003), afirma que o consumo das
matérias utilizadas por uma empresa por mês, depende do volume de produção da
mesma, ou seja, se ela produzir mais, vai consumir mais, se produzir menos vai
consumir menos.
3.4.3 Custo Direto
O custo direto, conforme seu próprio nome diz é aquele que está ligado
diretamente ao produto. Conforme Hernandez, et al. (1999), o custo direto pode ser
quantificado e identificado na prestação de serviço, linha de um produto, centro de
custo ou departamento. O custo direto é identificado com uma relativa facilidade,
assim não necessitam de critério de rateio para ser atribuído ao objeto.
O custo direto se compõe de matérias-primas, usada na fabricação do
produto e mão-de-obra direta, também pode ser compreendido como:
Todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao
produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos
mesmos. Mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de
medição é necessário para determinar estes custos (ZANLUCA ... 2011).
Para uma organização determinar custos, a mesma deve identificar o custo
de todos os elementos para a fabricação de um produto ou serviço. É indispensável
36
que uma organização saiba identificar quais são seus custos finais e individuais de
um produto ou uma prestação de serviço.
3.4.4 Custo Indireto
São os custos incidentes indiretamente no produto ou serviço, em alguns
casos os custos podem até incidir diretamente, porém apresentam dificuldade para
serem controlados individualmente. De acordo com Hernandez, et al. (1999), são
custos que não podem ser identificados nos produtos e serviços, não podem ocorrer
de forma direta para unidades especificas ordens de serviço, ordens de produtos,
serviços executados entre outros. Portanto, o custo indireto é ao contrario do custo
direto, assim necessita-se de critérios de rateio.
Todo o item de custo que precisa de um parâmetro para ser identificado e
debitado ao produto ou objeto do custeio é considerado um custo indireto.
São debitados indiretamente por meio de taxas de rateio ou critérios de
alocação. Assim podemos generalizar identificando o custo indireto como
aquele item que precisa de um critério de rateio para sua identificação ao
produto ou objeto cujo custeio é desejado. (LEONE, 1981. p. 54).
O custo indireto dentro de uma empresa pode ser exemplificado da seguinte
maneira: o salário do gerente da empresa pode ser considerado um custo indireto,
pois o mesmo pode realizar diversas outras atividades, agora, se desejarmos saber
o custo da empresa no todo, o salário do gerente passa a ser um custo direto, ou
seja, a forma de custo varia de acordo com qual objeto da empresa se deseja
custear.
3.4.5 Critérios de rateio 
O rateio é compreendido como uma apropriação, divisão, alocação de
determinada coisa, neste caso custos. Conforme descreve Martins (2009, p. 79) “Os
custos indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma
indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de
37
comportamentos de custos etc.”. Isto ocorre porque os custos não se relacionam
com determinado produto, unidade, e na maioria das vezes os mesmo são
distribuídos através de critérios de rateio gerando assim certa arbitrariedade.
Assim afirma o autor:
Por não estarem vinculados a nenhum produto especifico ou a uma unidade
de produção, os custos fixos são sempre distribuídos aos produtos por meio
de critérios de rateio que contêm, em maior ou menor grau, a arbitrariedade.
A maioria dos rateios é feita com a utilização de fatores, que na realidade,
não vinculam cada custo a cada produto [...] Todavia para tomada de
decisão, o rateio por melhores que sejam os critérios adotados, mais
atrapalha do que ajuda. Basta verificar que a simples modificação de
critérios de rateio pode fazer um produto não rentável passar a ser rentável,
isto não está correto. (BARBOSA et al,... 2011).
A utilização de critérios de rateio dentro de uma empresa só e aceitável
quando a mesma não tiver nenhuma alternativa melhor, conforme Barbosa et al.
(2011), dependendo da situação que se faz o uso do critério de rateio a mesma só
vem a prejudicar, ao invés de beneficiar a empresa.
3.4.6 Depreciação e Exaustão
A depreciação de um bem ocorre a partir do momento em que o produto
recém adquirido é colocado em uso, “A depreciação é a despesa com a perda de
valor de bens tangíveis do ativo permanente, sujeito ao desgaste pelo uso, ação da
natureza ou por se tornarem obsoletos”. (FERRARI, 2008, p. 255). Todo bem
adquirido passa por um desgaste ao longo do tempo de uso. “Depreciação é um
desgaste natural de um bem com decorrer do tempo”. (PIMENTEL, 2007, p. 18).
Um exemplo são máquinas e equipamentos que perdem seu valor com o uso
e até mesmo com a aparição de novas tecnologias, que surgem rapidamente, o
deixando pra trás. A depreciação de um bem, ocorre dentro da organização a partir
do momento em que o mesmo é instalado dentro da empresa e posto em
funcionamento, assim ocorre diminuição do valor do ativo permanente, em
decorrência do desgaste, perda ou ação da natureza.
A exaustão de um bem ocorre devido ao seu desgaste ao longo do tempo,
conforme Greco, et al. (1997), exaustão é a perda do valor dos bens ou direitos do
ativo, ao longo do tempo, decorrente de sua exploração, como as britadeiras que
38
exploram a rocha em busca de britas, diminuindo o tamanho do terreno rochoso. É a
exploração de bens extraídos da próprianatureza. Neste sentido Ribeiro (2009, p.
252) “Exaustão é a diminuição de valor dos recursos minerais ou florestais,
resultante da exploração”. 
Na verdade, as duas são sinônimos e representam a perda de valores, seu
desgaste, ou até mesmo sua sucateação. 
3.5 RECEITA
É a entrada financeira, ou a promessa de recebimento que a empresa recebe
ou vai receber por um bem material fornecido, ou um serviço prestado, como forma
de resolução para as obrigações assumidas anteriormente com outras empresas,
para a manutenção das atividades da empresa de forma lucrativa.
De acordo com Hendriksen, et al. (1999, p. 224) "As receitas são o fluído vital
da empresa. Sem receitas, não haveria lucros. Sem lucros não haveria empresa". A
receita é indispensável dentro de uma organização. A falta de receitas pode
comprometer a continuidade de uma empresa. 
Conforme Hendriksen, et al. (1999), a receita de uma empresa é igual a
multiplicação do total de bens vendidos ou serviços prestados pelo respectivo preço
unitário recebido pela empresa. A receita é o produto de uma entidade, que ocorrem
da produção de bens, prestação de serviço ou entrega do produto.
3.6 LUCRO
Conforme dito anteriormente, toda empresa tem um custo para adquirir uma
mercadoria, onde a empresa compra um produto e espera obter lucro do mesmo. O
lucro é um fator necessário para o funcionamento de uma empresa. “O Lucro de
uma empresa começa a nascer a partir do momento em que o custo total (fixo e
marginal) estiver coberto pelas receitas de vendas”. (SANTOS, 2008, p. 10).
39
Com base em Santos (2008), identifica-se que muitas empresas formam seu
lucro de forma mensal, assim a empresa consegue cobrir seu custo total com as
receitas de venda, por exemplo, até no máximo dia 20 ou 25 de cada mês, após
esse período todas as vendas ocorridas, contribuirão para formar lucro.
O lucro é o principal motivo de uma empresa estar competindo no mercado.É
ele que enriquece e aumenta o patrimônio dos empreendedores. O lucro é a soma
total ou parcial do que a empresa trabalhou e produziu. Para se ter lucro é preciso
conter os custos dentro de uma organização. 
3.7 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA
A formação de preço de venda é indispensável dentro de qualquer atividade
econômica. Quem não souber formar preços de seus produtos, mercadorias,
serviços ou bens, é porque não tem conhecimento de seus custos ou despesas
operacionais. “A formação do preço de venda de produtos é um trabalho técnico e
também um fator determinante de sobrevivência da exploração da atividade.”.
(CREPALDI, 2008, p. 336). Neste sentido, entende-se que não é possível que uma
empresa possa funcionar com resultados satisfatórios se não tiver informações
suficientes para formar seu preço de venda. 
A formação de preço de venda está ligada a diversas áreas de uma empresa:
produção, marketing e finanças. Devido a esta ligação a formação de preço deve ser
realizada de uma forma ampla e coerente com o mercado.
Na empresa moderna entende-se o preço como uma das variáveis de
política de marketing, cuja função é servir aos objetivos gerais da
organização. O objetivo de uma empresa pode ser formalmente
estabelecido como, por exemplo, o de torna-se aquela que detém a maior
participação em um mercado ou ainda o de ser a maior exportadora de um
produto. Seja qual for o objetivo estipulado, o preço deve estar plenamente
ajustado á estratégia de alcance do mesmo (SARDINHA, 1995, p. 18).
A formação de preço de um produto não se resume em somar gastos de
compra de um produto e adicionar sua margem de lucro, existem muitos fatores que
contribuem para a formação de preço de venda. Todos devem ser analisados de
forma coerente e coesa.
40
Existem vários fatores que interferem na formação de preço de venda,
podendo-se destacar: custos, setor de atividades, concorrência, valor
percebido pelo cliente, estrutura do mercado, demanda dos produtos, nível
de atividade da empresa, sensibilidade dos consumidores aos preços,
serviços oferecidos aos clientes, localização, objetivos de marketing,
conjuntura e restrições impostas pelo governo. (SOUZA, et al., 2006)
Para uma empresa formar seu possível preço de venda, com base em seus
custos e despesas, a mesma pode fazer um planejamento baseado no custo da
mercadoria. Pode também definir seu preço com base nas características do
mercado, nas decisões das empresas concorrentes, ou optar pelo método misto. 
A estratégia é importante para a aplicação de um procedimento sensível e
coerente para a escolha do preço final do produto. Entretanto, pode-se
perceber que, independente do tipo de critério empregado, o retorno sobre o
investimento, o volume de produção e os custos de operação são variáveis,
interdependentes e essenciais na adoção de uma política de preços
(SARDINHA, 1995, p. 18).
Conforme Santos (1991) ,dos diversos métodos disponíveis para formação de
preço de venda, geralmente são adotados os seguintes métodos:
 Método baseado no custo da mercadoria;
 Método baseado nas decisões das empresas concorrentes;
 Método baseado nas características do mercado;
 Método misto.
Para entender melhor a aplicação dos métodos para formação de preço de
venda, será abordado a seguir como ocorre cada um dos métodos citados acima.
3.7.1 O Método baseado no custo da mercadoria
O método baseado no custo da mercadoria é um dos mais utilizados por
empresários e comerciantes na formação de preço de venda, desde as grandes
indústrias até os pequenos comércios. “O método baseado no custo das
mercadorias vendidas é o método mais tradicional entre os gestores de preços”.
(SANTOS, 1991, p. 54).
Com base em Lunkes (2007), verifica-se que o método baseado no custo da
mercadoria, é definido pelo custo total, mais a margem de preço adicional que deve
ser suficiente para cobrir todas as despesas e mais o lucro desejado pela empresa. 
41
A muitas maneiras de se definir o preço para a venda de um produto ou
mercadoria, entre todos eles o mais conhecido é o Mark-up. “A maneira mais
popular para determinar preço de um produto se baseia no princípio do Mark-up, ou
seja, o preço é determinado adicionando-se uma margem de lucro ao custo do
produto”. (PEREIRA, 2000, p. 44). 
Assim identifica-se o quanto é importante o uso do Mark-up para se formar
preço de venda. Fazendo uso dele o gestor terá o conhecimento de todos os custos
que ele tem de arcar para colocar uma mercadoria, bens ou serviço no mercado.
Neste sentido afirma Crepaldi (2009, p. 325) ,”O Mark-up é o valor acrescentado ao
custo de um produto para determinar o preço de venda final”.
Visto que o mark-up é um dos métodos mais utilizados para se formar preço
de venda, utilizei o mesmo para o desenvolvimento do protótipo. 
3.7.1.1 O Mark-up
O Mark-up tem como função adicionar ao custo os gastos não inclusos no
mesmo, como impostos, fretes, comissão entre outros, e também incluir o lucro
desejado pela empresa.
Em outras palavras, o mark-up representa um percentual sobre o preço de
venda, necessário para cobrir uma parcela de despesas não diretamente
atribuíveis ao produto (como despesas de vendas, administrativas e
financeiras), impostos e a margem de lucro pretendida.(PORTON, et al.,
2011)
Visto que o mark-up é um método formador do preço de venda baseado na
realidade interna de suas atividades, podemos dizer que “a forma mais tradicional de
apuração de custos consiste na agregação de todos os seus fatores com vista na
obtenção de um custo total do produto, mercadoria ou serviço” (CREPALDI, 2008, p.
343). 
Para conseguir formar o preço de venda utilizando-se do mark-up, os
administradores podem se utilizar do Mark-up multiplicador ou divisor.
 Conforme Porton, et al. (2011) ,“O mark-up multiplicador será encontrado a
partir do valor de compra e do preçode venda de um determinado item”. O mark-up
multiplicador corresponde a seguinte fórmula:
42
Quadro 1. Mark-up multiplicador
MARK-UP = preço de venda / valor da mercadoria
Fonte: Porton, et al. (2011)
Conforme o quadro 1 identifica-se que para se determinar o mark-up,
devemos multiplicar o valor da mercadoria pelo mark-up multiplicador. “Essa fórmula
permite a determinação do preço de venda de todos os ítens do grupo bastando
para tal multiplicar o valor da mercadoria (valor pago ao fornecedor) pelo Mark-up
multiplicador.”. (PORTON, et al., 2011).
Quadro 2. Mark-up divisor
MARK-UP = valor da mercadoria / preço de venda
Fonte: Porton, et al. (2011)
Identifica-se no quadro 2 que para se utilizar da fórmula do mark-up divisor,
deve-se dividir o valor da mercadoria pelo mark-up divisor. “Encontrado o Mark-up
divisor ,será possível encontrar o preço de venda de todos os itens do grupo,
bastando dividir o valor da mercadoria (valor pago ao fornecedor) pelo Mark-up
divisor.”. (PORTON, et al., 2011).
Independente do Mark-up que o empresário irá utilizar-se, o resultado será
sempre o mesmo, seja ele o Mark-up divisor ou multiplicador. Para o
desenvolvimento de protótipo, foi utilizado o Mark-up divisor. Para melhor
entendimento segue o exemplo como se calcula o mesmo.
Custo unitário R$10,00
Impostos (COFINS, PIS, ICMS) 26,25%
Comissão do vendedor 5%
Despesas operacionais 8%
Lucro que o empresário deseja adquirir sobre a mercadoria 20%
Primeiramente se realiza a soma dos impostos, mais o percentual de lucro
que o empresário deseja ter sobre a mercadoria que ficará no total de 59,25%.
Mark-up = 100% - 59,25% = 40,75%
43
Utilizando-se da fórmula com o Mark-up multiplicador, podemos chegar ao
seguinte resultado.
Mark-up multiplicador= (100/40,75) = 2,453987%
Aplicação do Mark-up multiplicador= 10,00 x 2,453987 = R$24,53
Com o Mark-up divisor chegamos ao mesmo resultado
Mark-up divisor= (40,75/100) = 0,4075%
Aplicação do Mark-up divisor= 10,00 / 0,4075 = R$24,53
Para comprovar que o Mark-up funciona baseado nas despesas operacionais
dentro da empresa e em seus custos e impostos, abaixo se fará uma comprovação
do lucro.
Preço de venda R$24,53 
Impostos + comissão + despesas operacionais R$9,62 (39,25 %)
Custo R$10,00
Total: R$24,53 – R$9,62 - R$10,00 = Lucro do produto R$4,91
Baseado nos cálculos acima, se constata que o uso do método baseado no
custo da mercadoria, é um método onde não ocorrem falhas. Se o empresário se
utilizar do mesmo saberá exatamente os custos que sua empresa tem ao formar um
preço de venda.
3.7.2 O Método baseado nas decisões das empresas concorrentes
Para a utilização deste método ,a empresa deve primeiramente formar seu
preço de venda. Após isto, deve fazer uma análise comparando o seu preço com o
preço de seus concorrentes, assim o responsável pela formação de preço pode
analisar os preços que estão em atividade no mercado, e utilizar o que melhor se
adaptar as suas condições de venda. “Qualquer método de determinação de preço
deve ser comparado com os preços das empresas concorrentes que porventura
atuam no mercado”. (LUNKES, 2007, p. 134). 
O empresário que se utiliza deste método deve estar atento aos produtos dos
concorrentes, saber identificar se o produto do concorrente é similar ao seu, se tem
um preço compatível e oferece qualidade.
44
Considerando a competividade das empresas em nível nacional e
internacional, é importante conhecer bem os concorrentes e as formas como
se movimentam no mercado [...] o empresário deve estar atento, pois o
consumidor tem no fator preço sua principal decisão para compra. Isto
ocorre muitas vezes, quando o empresário tem muitos produtos, semelhante
ou, até mesmo, da mesma marca. (SEBRAE, 1999, p. 37)
Segundo Lunkes (2007), existem quatro métodos para comparação de preços
no mercado: preços correntes; Imitação de preços; preços agressivos; preços
promocionais. Cada método citado acima deve ser utilizado de acordo com a
necessidade de cada empresa, pois se trata de um método empírico.
3.7.3 O Método baseado nas características do mercado 
Este método tem seu foco voltado aos preços de mercado, levando em conta
o que mercado está disposto a pagar pelo produto e adequa seu preço de venda
conforme o mercado.
Com base no conhecimento do mercado, a empresa pode estabelecer seu
preço de venda, considerando fatores ambientais, objetivos, demandas e
etc. Diante disto, ela pode optar em atender determinada classe social ou
região, com um tipo de produto ou serviço, considerando um conjunto de
atributos na formação do preço para atender melhor os consumidores em
particular (LUNKES, 2007, p. 134).
De acordo com Lunkes (2007), pode-se afirmar que, o método baseado nas
características do mercado exige da empresa um grande conhecimento, assim a
mesma poderá decidir para que classe social ela irá vender seu produto e a que
preço irá vender. “O método baseado nas características de mercado exige da
empresa um conhecimento do segmento em que atua.” (PORTON, et al., 2011). 
Para se fazer o uso deste método, a empresa deverá fazer um grande estudo,
antes de colocá-la em prática no mercado, pois o mesmo trata-se de um método
empírico. 
Neste sentido relata o autor que
Assumindo esta condição, praticamente seria desnecessário o cálculo dos
custos e subseqüente formação de preço de venda a partir dele. O que a
empresa teria que fazer seria abalizar corretamente o preço do mercado do
produto através dos preços dos concorrentes existentes, ou através de
pesquisas de mercado (no caso de produtos inéditos), e fazer
considerações específicas de gasto de comissões, canais de distribuição,
publicidade, localização da fábrica etc. (PADOVEZE, 1997, p. 296)
45
Compreende-se que a empresa que se utiliza deste método, atende uma
quantidade menor de clientes que as empresas que atendem todos os tipos de
consumidores. Conforme Lunkes (2007) a empresa prefere uma quantidade menor
de consumidores, assim a mesma pode se aperfeiçoar somente nas características
que aquele mercado exige.
3.7.4 O Método misto
O método misto é baseado nos três métodos vistos anteriormente, utilizados
na formação de preço de venda. “O método misto para a formação de preços deve
observar a combinação dos seguintes fatores: Custos envolvidos, Decisões de
concorrência; Características do mercado”. (LUNKES, 2007, p. 134).
Neste sentido entende-se que para uma empresa formar um preço de venda,
ela deve avaliar os três fatores citados acima, caso a mesma não se utilize dos três
fatores, pode correr sérios riscos, que poderiam ter sido evitados. “Seria bastante
temeroso para a gestão de uma empresa, estabelecer preços sem a combinação de
todos esses fatores. A não consideração de qualquer fator pode trazer
conseqüências desagradáveis para o negocio”. (LUNKES, 2007, p. 135).
Os fatores citados acima correspondem às características que devem ser
levadas em consideração ao formar o custo de um produto, compreende que a
organização que se utilizar do método misto, irá fazer uma junção dos três principais
métodos para formação de preço de venda.
3.8 ALGUMAS FORMAS DE TRIBUTAÇÃO PARA ENQUADRAMENTO FISCAL
Conforme lei nº. 5.172, do Código Tributário Nacional (CTN) o tributo é toda
prestação pecuniária compulsória em moeda ou em bens que possa se exprimir em
valor monetário, e que não represente sanção do ato ilícito, cobrada mediante
atividade vinculada da administração e veiculada por meio de lei. De acordo com
46
Fabretti (2007), pode-se definir o tributo como um gênero e suas espécies são
impostos, contribuições e taxas.
O imposto é um tributo instituído por lei que deve ser pago independente se
seja pessoa física ou jurídica. “É aquele instituído por lei, é devido,
independentemente de qualquer atividade

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