Buscar

Conteudos provas psicologia juridica

Prévia do material em texto

Lei menino bernardo
Sobre as Violências
➢ Violência Física:
➢A violência física tem como grande característica o ato de atentar contra o corpo da
criança, lhe causando qualquer nível de dor física, de forma intencional, se utilizando
de objeto ou da própria força física, deixando marcas ou não, objetivando ferir,
lesionar ou levar à óbito;
➢Como exemplos que “[...] vão desde tapas, beliscões, até lesões e traumas causados
por gestos que atingem partes muito vulneráveis do corpo, uso de objetos e
instrumentos para ferir” (BRASIL, 2002);
➢Há porém, dissensos e interpretações na literatura que falam sobre diferenças
culturais para a consideração de violência física, como, por exemplo, o uso de
palmadas ser visto como mera ferramenta educativa;
➢ Violência Psicológica:
➢A violência psicológica pode ser caracterizada por danos causados, de forma direta
ou indireta, à autoestima, à identidade e ao desenvolvimento da criança, podendo
acarretar em disfuncionalidades à personalidade e promover dificuldades no
aprendizado, relações interpessoais insatisfatórias, comportamentos destrutivos e
até desenvolver sintomas psicossomáticos;
➢Alguns exemplos incluem “[...] rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito,
cobranças exageradas, punições humilhantes e utilização da criança ou do
adolescente para atender às necessidades psíquicas dos adultos” (BRASIL, 2002)
➢Geralmente, a violência psicológica vem acompanhada de outros tipos de violência,
funcionando como um reforçador de submissão da vítima ao agressor.
➢ Violência Sexual:
➢A violência sexual, pode ser definida pelo ato de excitação sexual, genital ou não,
intrafamiliar ou extrafamiliar, através de sedução ou coerção, visando estimular a
criança para a realização de desejos eróticos do violentador.
➢Pode-se considerar ainda que haja consentimento ou aceitação por parte da criança,
visto que o estado psicossexual do adulto é superior e, portanto, se tratou de um
jogo erótico de manipulação de sentimentos e de identidade sexual;
➢O violentador se utiliza de palavras estimulantes ou ameaçadoras, gestos, presentes,
pornografias. Por vezes, deixam-se marcas na genitália que colaboram numa
visualização e no exame clínico para apuração de casos. Além disto, podem ocorrer
sintomas como corrimentos, dores abdominais e problemas intestinais;
• A violência sexual pode ocorrer de duas formas:
• a) Abuso sexual – é a utilização da sexualidade de uma criança ou adolescente para a
prática de qualquer ato de natureza sexual. Segundo pesquisas realizadas no Rio Grande
do Sul, o abuso sexual geralmente é praticado por uma pessoa com quem a criança ou o
adolescente têm uma relação de confiança ou que participa de seu convívio, como
amigos, parentes próximos, padrasto ou até mesmo o próprio pai. Essa violência pode
ocorrer dentro do ambiente doméstico (intrafamiliar) ou fora dele (extrafamiliar).
• b) Exploração sexual – é a utilização de crianças e adolescentes para fins sexuais com
vistas à obtenção de lucro, objetos de valor ou outros elementos de troca. A exploração
pode ocorrer de quatro formas:
• 1. prostituição;
• 2. pornografia;
• 3. redes de tráfico;
• 4. turismo com motivação sexual.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
➢No Brasil, as origens do atendimento a crianças e adolescentes em serviços de
acolhimento remontam
ao período colonial. (Situação Irregular e Códigos de Menores)
➢ Foi apenas com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que
crianças e
adolescentes passaram a ser concebidos como sujeitos de direito, em peculiar condição de
desenvolvimento e que o encaminhamento para serviço de acolhimento passou a ser
concebido como
medida protetiva, de caráter excepcional e provisório (Art.101).
➢ O ECA assegurou, ainda, o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e
comunitária,
prioritariamente na família de origem e, excepcionalmente, em família substituta (Art. 19).
➢Portanto, deve-se recorrer ao encaminhamento da criança e do adolescente a serviços de
acolhimento
apenas quando esgotados todos os recursos para sua manutenção na família de origem,
extensa ou
comunidade.
ATENÇÃO
➢A medida de Acolhimento Institucional não pode se confunde com internação, pois esta é
“medida socioeducativa privativa de liberdade para os adolescentes que praticam atos
infracionais” enquanto o abrigamento é medida de proteção transitória, sem conotação à
liberdade de locomoção do infante.
➢“Então, no abrigo, crianças e adolescentes não estão privados de liberdade mas, como
em qualquer outra situação social, estão submetidos ao regulamento, ao regimento da
entidade que os acolhe. Isso os distingue dos que estão ‘internados’. A distinção técnica
que o Estatuto faz é a de que o ‘abrigo’ é um lar coletivo organizado sob regras
específicas e o ‘internato’ é um regime de ‘privação da liberdade.
Provisoriedade do Afastamento do Convívio
Familiar
➢Com o objetivo de aprimorar os serviços de acolhimento institucional e a reinserção
familiar, foi
aprovada no ano de 2009, a lei n. 12010 (Brasil,2009) que dispõe sobre o reordenamento
de leis
vigentes, em especial, em relação ao acolhimento institucional e a reintegração familiar;
➢ Busca aperfeiçoar o sistema já existente de direito a convivência familiar e comunitária
de todas
as crianças e adolescentes previstas no ECA.
➢ As principais modificações da lei 12010 são:
1. A obrigatoriedade da reavaliação semestral das crianças e adolescentes acolhidos;
Obs: Com a nova lei de adoção 13509/17 essa reavaliação deve ser de no máximo 3
meses.
2. A preferência pela reintegração em sua família natural;
3. A permanência máxima de dois anos em acolhimento institucional;
Obs: Com a nova lei de adoção 13509/17 esse período não poderá se exceder a 18 meses.
Princípios que norteiam o atendimento nos
serviços de Acolhimento Institucional
➢ Os serviços de acolhimento para crianças e adolescentes deverão estruturar seu
atendimento de acordo
com os seguintes princípios:
1. Excepcionalidade do Afastamento do Convívio Familiar;
2. Provisoriedade do Afastamento do Convívio Familiar;
3. Preservação e Fortalecimento do Vínculos Familiares e
Comunitários;
4. Garantia de Acesso e Respeito à Diversidade e Não-discriminação;
5. Oferta de Atendimento Personalizado e Individualizado;
6. Garantia de Liberdade e Crença Religiosa;
7. Respeito a autonomia da Criança, adolescente e Jovem;
Curso psicossocial
JUSTIFICATIVA
A Lei n° 12.010/09, vigente em nosso país desde novembro/2009, preconiza que
a inscrição de pessoas interessadas na adoção de crianças/adolescentes deverá
obrigatoriamente ser precedida de um período de preparação psicossocial e
jurídica, implementado através da equipe técnica da Justiça da Infância e
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. A
referida lei enfatiza que quando for possível e recomendável, essa preparação
deverá incluir contatos entre postulantes à adoção e crianças/adolescentes para
inserção em família substituta, sob a forma de adoção.
Atualmente, o Serviço Social realiza avaliações de pretendentes à adoção tendo
como instrumental técnico entrevistas individuais/familiares, visitas domiciliares
e informações contidas nos autos.
Consideramos que a criação de um Programa de Orientação e Preparação à
Adoção poderá melhorar a qualidade da avaliação já realizada pela equipe
técnica e ao mesmo tempo oportunizará aos postulantes à a doção, um espaço
para expor sua angustias, trocar idéias, dirimir dúvidas, repensar preconceitos,
conhecer o perfil das crianças que estão disponíveis para adoção e ainda,
conhecer e trocar experiências com pessoas que já adotaram ou foram
adotadas.
OBJETIVO GERAL:
Orientar, preparar e apoiar os postulantes à adoção de crianças e adolescentes
do município da Serra, inscritos na 1ª Vara da Infância e Juventude, em
consonância com o Art. 28, §5° e Art. 50, §3° e §4°, do Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei Federal 8.069/90, alteradopela Lei 12.010/09.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
– Avaliar postulantes à adoção, utilizando técnicas de grupo.
– Esclarecer, informar e orientar postulantes à adoção, no que tange aos
aspectos legais que envolvem a adoção.
– Conduzir os pretendentes à reflexões sobre a motivação pessoal para adoção,
correlacionando com as necessidades das crianças e adolescentes em situação
de acolhimento institucional.
– Promover o diálogo e a troca de experiências entre os pretendentes à adoção,
adotantes e adotados.
– Estimular a reflexão do tema Adoção, seus mitos e preconceitos, buscando
dessa forma a quebra de antigos paradigmas e o surgimento de uma nova
cultura de adoção em nosso país.
– Estimular a criação de uma rede de apoio, a fim de que pais e filhos adotivos
não se sintam sozinhos na experiência de família construída pelos laços de
afeto.
PÚBLICO ALVO:
Postulantes à adoção em fase de habilitação pela 1ª Vara da Infância e
Juventude da Serra, bem como postulantes à a doção com habilitação deferida
pela autoridade judiciária, conforme previsto em lei.

Continue navegando