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Sociedades no Código Civil

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Sociedades no Código Civil
Prof. Alexandre Assumpção
Descrição Teoria geral das sociedades no Código Civil e tipos simples, em nome
coletivo, em comandita simples e cooperativa.
Propósito O conhecimento das sociedades no Código Civil é essencial para a
prática do profissional do direito tanto na área do contencioso societário
quanto no consultivo e na mediação e conciliação.
Preparação Antes de iniciar seu estudo, você deve ter acesso ao Código Civil
atualizado e à Lei nº 5.764/1971.
Objetivos
Módulo 1
Noções gerais
de sociedades
Reconhecer o conceito de
sociedade e seus
elementos.
Módulo 2
Sociedades
simples, em
nome coletivo
e em
comandita
simples
Distinguir os tipos
societários simples, em
nome coletivo e em
comandita simples.
Módulo 3
Sociedades
cooperativas
Identificar as
características da
sociedade cooperativa.
Introdução
Estudaremos as noções gerais de sociedades previstas no Capítulo Único
do Título II do Livro II da Parte Especial do Código Civil (CC), bem como
alguns tipos societários previstos no Subtítulo II, como as sociedades
simples, em nome coletivo e em comandita simples.
Além disso, abordaremos as características fundamentais das sociedades
cooperativas que lhe imprimem singularidade e alguns aspectos da
legislação especial, ou seja, da Lei nº 5.764, de 1971.

1 - Noções gerais de sociedades
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o conceito de sociedade e
seus elementos.
Sociedade e seus elementos
De acordo com o art. 981, caput, do Código Civil (CC):
O contrato de sociedade é realizado entre pessoas que se
comprometem reciprocamente a contribuir, com o aporte de
bens ou de serviços, para o exercício de atividade econômica,
sendo partilhados os resultados dessa atividade entre eles.
Em complemento, o parágrafo único prevê que a atividade é capaz de restringir-
se à realização de um ou mais negócios determinados, ou seja, a sociedade
pode ter um propósito específico para sua constituição e funcionamento.
Ao contrário do Código de 1916, o atual não atribui o nomen juris sociedade a
qualquer associação de pessoas, submetendo-a a uma disciplina geral e
distinguindo as sociedades umas das outras de acordo com a atuação e as
consequências de sua extinção. Portanto, as associações de fins não
econômicos não se incluem no conceito de sociedade, razão pela qual são
disciplinadas na Parte Geral (arts. 53 a 61).
Como contrato, a sociedade é modalidade de negócio jurídico e deve respeitar
os elementos para sua validade e os quatro elementos essenciais, sendo três
deles indicados no conceito legal.
Os elementos comuns
Os elementos comuns do contrato de sociedade são aqueles indicados no art.
104 do CC para a validade do negócio jurídico:

Agente
capaz.

Objeto
lícito,
possível,
determinado
ou
determinável.

Forma
prescrita ou
não defesa
em lei.
Desse modo, tais exigências se refletem na capacidade do sócio, na licitude da
atividade econômica e na forma dada ao contrato.
Capacidade
A capacidade civil plena é atingida aos 18 anos completos para a pessoa natural
(art. 5º). Não se aplicam as normas de incapacidade para a pessoa jurídica,
ressalvando-se que ela pode ser sócia salvo vedação expressa de lei, desde que
seja regular sua constituição.
Ao determinar às juntas comerciais o arquivamento de contratos ou suas
alterações de sociedade que envolvam sócio incapaz, o CC admite a
participação de incapazes em sociedades (empresárias ou cooperativas) no art.
974, §3º, desde que sejam atendidos, de forma conjunta, os seguintes
pressupostos:
O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade.
O capital social deve ser totalmente integralizado.
O sócio relativamente incapaz tem de ser assistido, e o absolutamente
incapaz precisa ser representado por seus representantes legais.
Por isso, o requisito da capacidade civil plena não será obstáculo para a
participação nas referidas sociedades, exceto se algum dos requisitos estiver
ausente.
Outro destaque deve ser dado à restrição parcial da participação de pessoas
casadas em sociedade. Embora o casamento seja uma causa legal de
emancipação (art. 5º, parágrafo único, II) e o art. 977 do CC reconheça a
possibilidade de os cônjuges contratarem sociedade entre si ou com terceiros,
haverá vedação se eles tiverem casado no regime da comunhão universal de
bens ou se lhes for imposta a separação obrigatória de bens (art. 1.641).
Objeto
O objeto da sociedade, além de lícito, possível, determinado ou determinável,
deve, por exigência do art. 981, constituir uma atividade econômica
(especulativa). O objetivo é diferenciar a sociedade de outras espécies de
pessoas jurídicas que podem desempenhar atividades lícitas, mas sem
finalidade lucrativa.
Atenção!
Ressaltamos que o objeto não precisa ser uma empresa, pois o CC manteve a
divisão das sociedades quanto ao objeto em simples e empresárias.
A forma do contrato
Não há forma obrigatória para a validade do contrato de sociedade. Entretanto, o
CC distingue as sociedades em:
Personi�cadas
(Subtítulo I)
Precisam ter contrato
escrito.
Não personi�cadas
(Subtítulo II)
Não precisam ter contrato
escrito.
As sociedades não personificadas não possuem personalidade jurídica e os
efeitos dela decorrentes, como a autonomia patrimonial em favor dos sócios. As
não personificadas são a sociedade em comum (arts. 986 a 990) e a sociedade
em conta de participação (arts. 991 a 996).

A sociedade em comum é identificada pelo não cumprimento de alguma
formalidade necessária ao seu funcionamento regular (um exemplo é a falta de
arquivamento do contrato) e permanecerá assim até que se regularize. A
sociedade em conta de participação está dispensada do cumprimento dessas
formalidades, porém, em razão disso, não pode jamais adquirir personalidade
jurídica.
Os elementos especí�cos
Da definição legal do art. 981, extraem-se três elementos específicos ao contrato
de sociedade: pluralidade de contratantes (“pessoas”), contribuição para o
exercício de atividade econômica e coparticipação nos resultados. Há ainda um
quarto elemento implícito no conceito, embora fique ausente na redação do
dispositivo: a affectio societatis.
Pluralidade de sócios e possiblidade de a sociedade ser
unipessoal
A pluralidade de contratantes decorre do próprio conceito de sociedade, que
denota a reunião de pessoas para atingir fins comuns. O ato constitutivo é um
contrato plurilateral, em que cada sócio afigura-se titular de direitos e obrigações
perante a sociedade, e não em relação aos outros.
As manifestações de vontade e as prestações assumidas visam à realização dos
objetivos comuns e à repartição entre os contratantes dos resultados. Por
conseguinte, as hipóteses e os efeitos da extinção da sociedade mostram-se
diversos dos demais contratos, admitindo-se sua resolução apenas em relação a
certos sócios.
Atenção!
Excepcionalmente, admite-se a constituição de sociedades unipessoais tanto no
CC (sociedade do tipo limitada, art. 1.052, §1º) quanto em determinadas leis
especiais: subsidiária integral (Lei nº 6.404/1976, art. 251), empresa pública (Lei
nº 13.303/2016, art. 3º) e sociedade unipessoal de advocacia (Lei nº
8.906/1994, art. 15). Nesse caso, o ato constitutivo não é um contrato, e sim um
ato unilateral de vontade do sócio único.
A contribuição dos sócios
Os sócios são obrigados a contribuir para que a sociedade realize sua atividade
econômica. Tal contribuição pode se dar em bens ou em serviços, a depender da
natureza da sociedade, isto é, simples ou empresária.
É obrigatória a existência de capital, todos os sócios precisam contribuir
em bens e, se quiserem, adicionalmente em serviços. O capital deve ser
expresso em moeda nacional e declarado no contrato.
Sociedades empresárias 
Sociedades simples 
É possível a existência de sócio com contribuição em serviços, porém
esse capital é obrigatório (art. 997, III). O capital pode ser dispensado nas
cooperativas(art. 1.094, I, CC).
A coparticipação nos resultados
Os sócios devem partilhar entre si os resultados (lucros e perdas) da atividade
econômica desenvolvida pela pessoa jurídica. Nas sociedades sem
personalidade jurídica (sociedade em comum e em conta de participação), os
lucros não decorrem das operações realizadas pela sociedade, e sim por cada
um dos integrantes individualmente ou pelo sócio ostensivo, ainda que no
interesse comum.
A coparticipação nos lucros e nas perdas mostra-se essencial no contrato de
sociedade, sendo direito do sócio a percepção do lucro e dever a participação
nas perdas. Será considerada nula a cláusula que deixar de atribuir parcela do
lucro a um sócio ou exonerá-lo de participação nas perdas com vistas à
constituição de sociedade leonina (art. 1.008).
A a�ectio societatis
É o liame entre os sócios, elemento intencional presente na sociedade e ausente
no estado de comunhão pelo qual cada participante espontaneamente assume
obrigações no interesse comum, ainda que os interesses particulares sejam
perfeitamente identificáveis. Tal elemento manifesta-se externamente na
disposição dos contratantes em compartilhar os destinos da pessoa jurídica,
participando de ganhos e perdas comuns.
Trata-se do único elemento que não está presente no art. 981. Mesmo assim, ele
influencia os destinos da sociedade.
Exemplo
Quando o sócio se retira imotivadamente se a sociedade for contratada por
prazo indeterminado (cf. art. 1.029).
A affectio societatis se destaca nas sociedades de estrutura personalista,
constituídas por conta do caráter pessoal dos sócios. Não basta, no entanto, o
propósito de cooperar: os sócios precisam conjugar esforços direcionados a um
fim comum.
Aquisição da personalidade
jurídica pela sociedade
Embora a natureza de contrato seja atribuída à sociedade pelo art. 981, o
instituto também é reputado como pessoa jurídica de direito privado pelo art. 44,
II. Ao contrário da pessoa natural, que possui personalidade independentemente
de registro civil (art. 2º), as pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com o
art. 45, adquirem personalidade com a inscrição de seus atos constitutivos em
registro próprio.
Em linha com o art. 45, o art. 985 traz os mesmos requisitos para a aquisição da
personalidade jurídica pela sociedade: inscrição do documento de constituição,
seja por instrumento público ou particular, no registro próprio, na forma da lei.
De acordo com o art. 986, enquanto não estiverem arquivados os atos
constitutivos ou se o forem em desacordo com as prescrições legais, a
sociedade será denominada “em comum”, não personificada. Os sócios em
comum respondem ilimitadamente pelas obrigações assumidas por cada um no
interesse coletivo, sendo excluído do benefício de ordem previsto no art. 1.024
aquele que contratou pela sociedade.
A referência ao art. 1.150 pelo art. 985 alerta para a dualidade de registros
segundo o regime da sociedade. Atribui-se competência à junta comercial para a
inscrição do contrato, no caso de sociedade empresária, e ao Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, para as sociedades do tipo simples.
O requerimento e as condições para o arquivamento deverão observar os
preceitos da legislação especial em vigor. Para as sociedades empresárias e
cooperativas, a legislação aplicável é a do Registro Empresarial (Lei nº
8.934/1994 e Decreto 1.800/1996); para as sociedades do tipo simples, a do
Registro Civil de Pessoas Jurídicas (Lei nº 6.015/1973).
Sociedade e seus elementos
Confira como se caracteriza uma sociedade, como ela adquire personalidade e
quais são os seus elementos.
Sociedade simples e
sociedade empresária
Confira as distinções entre a sociedade simples e a empresária.
Distinção entre sociedade simples e
sociedade empresária
O art. 982 do CC preserva o critério tradicional no direito brasileiro ao adotar o
objeto como elemento distintivo, porém sem estar mais baseado nos atos de
comércio para qualificar a sociedade como comercial, e sim no exercício de
empresa. Dessa forma, salvo previsões legais específicas:
Toda sociedade cujo objetivo se traduzir no exercício
profissional de atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou de serviços será
empresária.
Serão consideradas simples as sociedades que exercerem atividade não
empresarial, como as que reúnem profissionais liberais, artistas, cientistas e
literatos, sem agregar elemento de empresa, nos termos do parágrafo único do
art. 966.
Em oposição às sociedades empresárias, a referência à sociedade simples
efetuada pelo art. 982 diz respeito à espécie societária. A expressão é
empregada pelo codificador com conotação distinta no art. 997, em que se
refere à sociedade simples como tipo societário. Ao se referir ao objeto da
sociedade empresária, o art. 982 menciona o “empresário sujeito a registro” com
remissão ao art. 967. A intenção do legislador é ressalvar o tratamento
diferenciado reservado às sociedades que exploram empresa rural, as quais
seguem presumidamente o regime das sociedades simples.
Hipóteses dissonantes à regra estabelecida pelo artigo, a título exemplificativo,
são a sociedade de advogados (Lei nº 8.906/1994, arts. 15 e 16) e os aeroclubes
(Lei nº 7.565/1986, art. 97). Ambos constituem sociedades simples
independentemente da forma com que o objeto é exercido.
Prevalência do tipo sobre o objeto
O parágrafo único do art. 982 afasta o critério do objeto para distinguir as
sociedades em simples e empresárias. Haverá prevalência do critério do tipo (ou
da forma jurídica) adotado(a) em relação ao objeto quando se tratar de
cooperativas e sociedades por ações (expressão que engloba os tipos
sociedade anônima e sociedade em comandita por ações):
É sempre vinculada ao regime das sociedades simples, sendo regulada
pelos arts. 1.093 a 1.096 do CC em conjunto com a Lei nº 5.764/1971,
que disciplina a constituição, o funcionamento e a dissolução dela. Os
arts. 3º e 4º dessa lei apresentam a cooperativa como sociedade de
natureza civil, com forma e regime jurídico próprios, sem fins lucrativos e
não sujeita à falência, ainda que exerça atividade empresária. Logo, a
razão para o tratamento diferenciado decorre da lei especial de
cooperativas.
Sociedade cooperativa 
Sociedade anônima ou companhia 
É tradicionalmente considerada empresária (outrora denominada
“mercantil”) independentemente de seu objeto por razões históricas
ligadas à sua origem, mostrando-se imprescindível a descrição no
estatuto de uma ou mais atividades lucrativas não contrárias à lei, à
ordem pública e aos bons costumes (cf. art. 2º, caput, e §1º da Lei nº
6.404/1976).
Tratamento diferenciado para sociedade
que explora empresa rural
A sociedade que explora empresa rural, isto é, aquela cujo objeto é uma
atividade própria de empresário rural, é considerada, a priori, sociedade simples.
Ela, assim, fica excluída do regime das sociedades empresárias, e o registro
próprio é o Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
Da mesma forma que aos empresários rurais individuais, faculta-se a essa
sociedade a inscrição dos atos constitutivos no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, momento em que, a partir de inscrita, ela fica
equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Nessas condições, a
sociedade rural se sujeitará à legislação aplicável aos empresários e às
sociedades empresárias, assim como à Lei de Falência e Recuperação de
Empresas (Lei nº 11.101/2005).
Para que a sociedade possa valer-se da faculdade que lhe é franqueada, o
legislador impôs a adoção, quer no momento da constituição, quer por meio de
transformação, de um dos tipos próprios das sociedades empresárias, sendo
excluídos desse rol os tipos companhia e em comandita por ações.
Tipos societários
Confira detalhes sobre os tipos societários existentes no nosso direito.
A escolha do tipo societário pode ou não influenciar o regime jurídico da
sociedade. Apenas nos casos de cooperativase sociedades por ações não
existe impacto, já que o objeto não determina o regime. O art. 983 prevê cinco
tipos societários para a sociedade empresária, cada um com regras próprias:
Em nome coletivo
Esse rol se considera exaustivo. O CC trata dos dois últimos de maneira
genérica, cabendo à lei especial (Lei nº 6.404/1976) primazia sobre suas
disposições (arts. 1.089 e 1.090). A sociedade simples pode adotar qualquer um
dos tipos de sociedade empresária ou um tipo próprio (também denominado
simples):
Em comandita
simples
Limitada
Anônima
(ou companhia)
Comandita por ações
O regime jurídico está atrelado ao objeto (exceto se o tipo for companhia
ou comandita por ações).
Será o regime simples, pois, apesar de o art. 983 permitir a constituição
de sociedade simples por meio de qualquer um dos tipos regulados nos
arts. 1.039 a 1.092, tal escolha implicaria a atribuição do regime
empresarial, porque o ordenamento brasileiro considera as companhias e
as sociedades em comandita por ações sociedades empresárias
independentemente de seu objeto.
Verifica-se, desse modo, a incompatibilidade entre a natureza de sociedade
simples e a adoção de qualquer uma dessas estruturas. Assim constituída, a
sociedade simples (em razão de seu objeto) será considerada obrigatoriamente
empresária ainda que não exerça atividade econômica organizada.
A escolha do tipo societário pode ser imposta por lei,
como adverte o art. 983, parágrafo único.
Primeiro caso 
Segundo caso 
É o caso da sociedade em conta de participação, uma sociedade não
personificada que tem sua existência reconhecida em documento escrito de
constituição arquivado em qualquer registro; como tal, ela é dispensada das
formalidades impostas às demais sociedades, sejam elas empresárias ou
simples.
Nessa estrutura, quem atua em proveito comum é o sócio ostensivo, em nome
próprio e com responsabilidade pessoal e ilimitada. Por isso, o legislador não
atribuiu à sociedade em conta de participação a natureza de sociedade simples
ou empresária, porque, de fato, a atividade social não é exercida por ela.
As sociedades cooperativas constituem outra exceção. Sendo um tipo próprio,
elas assumem a condição de sociedade simples por força de lei. Trata-se de
uma entidade constituída para atuar em benefício de seus membros, os
cooperados, com características próprias enumeradas no art. 1.094.
A exploração de certas atividades pode vincular-se a um ou alguns tipos
específicos de sociedade, conforme regra estabelecida em lei especial. Nesses
casos, o legislador exige requisitos suplementares para a constituição da
sociedade a fim de proteger o público, os consumidores e os credores,
submetendo-a à fiscalização de órgão da administração pública direta ou
indireta.
Podemos mencionar os seguintes casos:
As operadoras de seguros privados devem adotar a forma de
sociedades anônimas ou cooperativas, tendo as cooperativas que atuar
apenas em seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho
(Decreto-Lei nº 73/1966, art. 24).
As entidades abertas de previdência privada operadoras de planos de
benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda
continuada ou pagamento único, devem adotar a forma de sociedade
anônima (Lei Complementar nº 109/2001, art. 36).
Se adotar a forma de pessoa jurídica, a Empresa Simples de Crédito
(ESC) tem de ser sociedade limitada (art. 2º da Lei Complementar nº
167/2019).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
João, com 15 anos, é o único herdeiro de Mathias, sócio de uma sociedade
empresária. O contrato da sociedade permite que o herdeiro de qualquer
sócio o suceda independentemente do consentimento de qualquer sócio. A
esse respeito, assinale a única alternativa correta.
A
A junta comercial deve verificar se o capital da sociedade é
superior a R$ 100.000,00, se está integralizado e se o contrato
contém cláusula permissiva da sucessão.
B
A junta comercial precisa verificar se o capital da sociedade é
superior a R$ 100.000,00, se a João foi atribuída a
administração da sociedade e se a sociedade é por prazo
indeterminado.
C
A junta comercial tem de verificar se o contrato contém
cláusula permissiva da sucessão, se João está assistido por
seu representante legal e se a sociedade é por prazo
determinado.
D
A junta comercial deve verificar se João não exercerá a
administração da sociedade, se o capital social está
totalmente integralizado e se o herdeiro está assistido por seu
representante legal.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A resposta se fundamenta no art. 974, §3º, do CC: “I – o sócio incapaz não
pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser
totalmente integralizado; e III – o sócio relativamente incapaz deve ser
assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus
representantes legais” (LEI nº 10.406, 2002).
Questão 2
Cinco amigos decidiram formar uma sociedade, mas não se preocuparam
com as formalidades legais referentes à sua regularização. Nesses termos, a
sociedade é denominada pelo Código Civil (CC) como
E
A junta comercial precisa verificar deverá verificar se João não
exercerá a administração da sociedade, se a sociedade é
enquadrada como microempresa e se o herdeiro está
assistido por seu representante legal.
A em comum.
B personificada.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O art. 986 do CC denomina como em comum a sociedade constituída sem a
observação das formalidades do art. 985.
C por ações.
D em conta de participação.
E de fato.
2 - Sociedades simples, em nome coletivo e em
comandita simples
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir os tipos societários simples,
em nome coletivo e em comandita simples.
Sociedade simples
Caracterização da sociedade simples
Cabe apontar que o termo “simples” utilizado no Livro II do Código Civil (CC) para
as sociedades tem três sentidos distintos.
O primeiro sentido se refere ao objeto desenvolvido pela sociedade, que se opõe
ao termo “empresária” no caput do art. 982. O segundo diz respeito ao regime
imposto a certas sociedades, como a cooperativas, no parágrafo único do
mesmo artigo. Por fim, a sociedade simples também é um tipo societário não
empresarial com regras próprias, de acordo com o caput do art. 983. Vamos nos
concentrar agora sobre esse último sentido.
 A sociedade simples é originária do direito suíço (Código de
Obrigações de 1911, art. 530), sendo as disposições sobre
ela fonte subsidiária para os demais tipos societários
quando eles não se revestirem de forma especial. Em linhas
gerais, o CC seguiu a mesma orientação, pois as normas
das sociedades simples (arts. 997 a 1.038) podem servir,
além de regramento próprio desse tipo, como disciplina
supletiva de outros empresariais ou não (cf. arts. 986, 996,
1.040, 1.046, 1.053, 1.089 e 1.096). Decorre disso a
relevância do seu estudo e conhecimento.
 A técnica adotada foi inovadora, pois tanto o Código
Comercial quanto o anterior Código Civil tinham disposições
i í i i li t d ti d
A sociedade simples apresenta características próprias das sociedades de
pessoas, tais como:
e princípios gerais que se aplicavam a todos os tipos de
sociedades. O Código Civil atual almejou instituir uma
regulamentação mínima para as sociedades empresárias a
partir do tipo simples. Com isso, a sociedade simples
passou a representar um núcleo mínimo do direito
societário, isto é, o embrião de toda forma de estruturação
das sociedades de pessoas. A partir dessa estrutura mínima
de organização, torna-se possível estabelecer
particularidades para os demais tipos societários regulados
tanto no CC como em leis especiais.
 De acordo com a sistemática adotada pelo CC, a sociedade
simples destina-se ao exercício de atividades econômicas
não organizadas ou excluídas do conceito de empresa. É o
caso das cooperativas (art. 4º da Lei nº 5.764/1971) e das
sociedades de advogados, que sãodefinidas por lei como
não empresárias (Lei nº 8.906/1994, art. 15), bem como das
sociedades que exercem pequenas atividades negociais
sem organização.
Simplicidade do contrato social (apenas poucas cláusulas além das
obrigatórias, em geral).
Administração exclusiva por sócios pessoas naturais.
Inexistência de órgãos sociais em caráter obrigatório.
Impossibilidade de cessão da quota-parte do sócio a quem não faça
parte da sociedade e, quando possível, restrições à realização desse
negócio jurídico.
Possibilidade de resolução da sociedade em relação ao sócio por
questões particulares dele (falência, insolvência, interdição,
falecimento, desentendimentos com os demais sócios etc.).
Impossibilidade de restrição ou eliminação do direito a voto nas
deliberações.
Possibilidade de previsão de solidariedade entre os sócios pelas
obrigações sociais de forma subsidiária.
Vedação de funcionamento permanente com um único sócio.
Quórum de maioria absoluta, no mínimo, ou unanimidade para
alterações das cláusulas obrigatórias.
Contrato social: cláusulas obrigatórias e
arquivamento
O contrato da sociedade simples deve ser escrito por se tratar de sociedade
personificada, podendo assumir seu instrumento de forma pública ou particular
desde que contenha, no mínimo, as indicações do artigo 997. A ausência de
contrato escrito impõe a aplicação das normas da sociedade em comum até que
a sociedade esteja regularizada nos termos do art. 985.
Além das cláusulas obrigatórias, a serem indicadas a seguir, é permitido aos
sócios estabelecer outras necessárias ao funcionamento da sociedade, à
realização de seu objeto e às relações internas. Contudo, as disposições
contidas em instrumento separado que sejam contrárias ao contrato ou até
mesmo aquelas firmadas verbalmente não produzirão efeitos em relação a
terceiros em virtude da falta de publicidade imposta pela lei (art. 997, parágrafo
único).
Devem constar do contrato social:
A qualificação de todo os sócios pelo nome, nacionalidade, estado civil,
profissão e residência se forem pessoas naturais. No caso de sócio
pessoa jurídica, é necessário constar o nome (social ou empresarial), a
nacionalidade e a sede.
O objeto da sociedade, que tem de se conformar com o arts. 104 e 982.
A denominação social, que é o nome da pessoa jurídica. Embora não
seja considerada nome empresarial, tal denominação, em razão da
natureza da sociedade, goza da proteção conferida a esse nome por
força do art. 1.155, parágrafo único, do CC.
A sede da sociedade, ou seja, o município onde se centraliza a
atividade e/ou onde se localiza a administração. A sociedade pode
instituir filial, seja no próprio ato de constituição ou por deliberação
posterior dos sócios (art. 1.000).
O prazo de duração da sociedade, que pode ser determinado ou
indeterminado, não suprindo a lei a vontade das partes em caso de
omissão. A escolha implica distintas soluções para os casos de
retirada do sócio (art. 1.029) e de dissolução (art. 1.033, I).
A indicação do valor do capital, expresso em moeda corrente e
formado pela contribuição em qualquer espécie de bem, móvel ou
imóvel, corpóreo ou incorpóreo, inclusive de direitos suscetíveis de
avaliação e alienação, desde que sirvam à sociedade no
desenvolvimento do objeto.
O valor da quota do sócio. O capital divide-se em quotas que podem ou
não representar o mesmo valor. Se ele apresentar valor distinto, as
deliberações societárias deverão considerá-lo, pois o valor das quotas
determina o cômputo dos votos (CC, art. 1.010). Os sócios podem
decidir representar fisicamente as quotas sociais. Nesse caso, cabe a
eles decidir sobre a emissão de certificados.
A indicação, em caráter facultativo, das prestações em serviço
assumidas por algum sócio para a realização do objeto social. Tal
permissivo restringe-se à sociedade simples, não se autorizando a
contribuição à sociedade exclusivamente em serviços nos demais tipos
societários, salvo nas sociedades cooperativas. Na presença dessa
espécie de sócio, o contrato deve estipular suas obrigações e as
sanções ao sócio inadimplente com tais deveres.
As pessoas naturais responsáveis pela administração da sociedade,
bem como os poderes e as atribuições, especialmente quem poderá
usar o nome social e se haverá assunção conjuntiva ou disjuntiva de
obrigações, sendo certo que, no caso omisso, considera-se disjuntiva a
administração.
As regras de participação de cada sócio nos lucros e nas perdas. Será
vedada a exclusão de quaisquer sócios da participação nos resultados,
considerando-se nula a cláusula que assim dispuser (art. 1.008). A
distribuição poderá ser proporcional ou não à participação no capital,
dependendo do que os sócios ajustarem no contrato (art. 1.007).
A última cláusula obrigatória refere-se à responsabilidade dos sócios
pelas obrigações sociais, que pode ser subsidiária ou não. Pelo regime
de responsabilidade subsidiária, os bens particulares dos sócios, após
a execução dos bens sociais, poderão ser chamados a responder
perante terceiros por dívidas sociais que excedam as forças do
patrimônio da pessoa jurídica (art. 1.024), sem solidariedade entre si,
salvo se ela for prevista nos termos do art. 1.023. Do contrário, se a
inexistência de responsabilidade subsidiária for expressamente
consignada no contrato, os sócios responderão apenas até o valor das
respectivas quotas.
De acordo com o art. 998, compete ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas do
local da sede social o arquivamento do contrato. A ausência de registro implica
irregularidade da sociedade, a qual se considera sociedade em comum (art.
986). Nesses casos, a sociedade não assume obrigações perante terceiros; no
entanto, os sócios vinculam-se às obrigações entre eles estabelecidas no
contrato (art. 990).
O contrato deve ser apresentado ao órgão no prazo de 30 dias. Após o decurso
desse período, não se veda o arquivamento (art. 1.151); entretanto, os efeitos do
registro, quando ele for concedido, apenas retroagirão até a data do pedido de
arquivamento, e não a da constituição.
Obrigações e direitos dos
sócios
Embora o CC trate na Seção II (arts. 1.001 a 1.009) dos direitos e das obrigações
dos sócios, há outros dispositivos fora dessa seção que também abordam esse
tema. Em razão do caráter geral das normas da sociedade simples, a relação de
obrigações e de direitos apresentados se aplicará, no que couber, a outros tipos.
A eficácia das obrigações dos sócios independe do arquivamento do contrato no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas (art. 1.001). Assim, a simples assinatura
vincula os sócios às prestações necessárias à integralização do capital e ao
cumprimento das formalidades para o funcionamento regular da sociedade,
salvo disposição expressa em sentido contrário. Da mesma forma, as
obrigações por eles assumidas em relação à sociedade persistem até sua plena
liquidação, com o pagamento de todos os credores, ainda que não se exerça
mais o objeto social.
A dissolução sem o pagamento aos credores ou a partilha fraudulenta do
remanescente constitui um ato irregular e, sem embargo da extinção da
sociedade, não finda a responsabilidade dos sócios pelo passivo não solvido até
o valor do que eles receberam em partilha.
Obrigações dos sócios
A relação elencada a seguir é exemplificativa e tem por base as disposições do
tipo simples. O contrato social ou as normas para determinado tipo de
sociedade podem trazer obrigações diversas ou novas.
O sócio admitido em sociedade já constituída é responsável
pelas dívidas sociais anteriores à admissão, conforme a
responsabilidade do tipo societário (art. 1.001).
O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções
sem o consentimento dos demais sócios, o qual é expresso em
modificação do contrato social (art. 1.002).
Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos no
contrato, às contribuições estabelecidas. Aquele que deixar de
fazê-lo nos 30 dias seguintes ao da notificação pela sociedadese tornará remisso e responderá perante ela pelo dano
emergente da mora. Quanto ao sócio remisso, a maioria dos
demais sócios pode preferir a exclusão dele em vez da
Acompanhe as obrigações aqui. 
indenização ou reduzir sua quota ao montante já realizado (art.
1.004).
O sócio que, a título de integralização da quota social, transmitir
domínio, posse ou uso responderá pela evicção tal qual o
vendedor.
O sócio que transferir crédito responderá pela solvência do
devedor (art. 1.005).
O sócio de serviços não pode, salvo convenção em contrário,
empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de
ser privado de seus lucros e dela excluído (art. 1.006).
Com exceção do sócio de serviços, o sócio deve participar das
perdas sofridas pela sociedade na proporção das respectivas
quotas, salvo estipulação de critério diverso (art. 1.007).
Os sócios respondem solidariamente perante a sociedade pelo
recebimento de lucros ilícitos ou fictícios, conhecendo ou
devendo conhecer-lhes a ilegitimidade (art. 1.009).
O sócio que se retirou da sociedade ou dela foi excluído ou os
seus herdeiros respondem pelas obrigações sociais anteriores
até dois anos após a resolução da sociedade averbada, assim
como pelas obrigações sociais posteriores e no mesmo prazo,
enquanto não se requerer a averbação (art. 1.032). Tal
obrigação é imposta aos ex-sócios ou aos herdeiros mesmo
após a extinção do vínculo com a sociedade.
Direitos dos sócios
São direitos dos sócios, sem prejuízo de outros fixados em lei ou no contrato:
Participar dos lucros, na proporção das respectivas quotas,
salvo estipulação em contrário. O sócio cuja contribuição
consiste em serviços somente participa dos lucros na
proporção da média do valor das quotas (art. 1.007).
Votar nas deliberações sociais, sendo o quórum de deliberação
aferido por maioria de votos, contados segundo o valor das
quotas de cada um (art. 1.010), exceto para as deliberações que
modificarem cláusulas obrigatórias do contrato, situação na
qual se exige unanimidade (art. 999).
Os sócios têm direito de receber dos administradores contas
justificadas de sua administração e precisam apresentar-lhes o
inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de
resultado econômico (art. 1.020).
O sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e os
documentos, bem como o estado da caixa e da carteira da
sociedade, salvo estipulação que determine época própria (art.
1.021).
O sócio pode retirar-se da sociedade motivada ou
imotivadamente. Na sociedade por prazo indeterminado, isso é
Acompanhe os direitos aqui. 
feito mediante notificação aos demais sócios com antecedência
mínima de 60 dias. Já na de prazo determinado, o sócio tem de
provar judicialmente justa causa (art. 1.029).
O sócio retirante, o excluído ou os herdeiros do sócio têm direito
de receber da sociedade o valor da(s) quota(s), considerado o
montante efetivamente realizado. A liquidação é feita, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação
patrimonial da sociedade à data da resolução, a qual, por sua
vez, é verificada em balanço especialmente levantado (art.
1.031).
Sociedade simples
Confira as principais características da sociedade simples.

Administração, resolução e
dissolução da sociedade
simples
Confira as principais questões sobre a gestão e o encerramento da sociedade
simples.
Administração da sociedade simples
A sociedade se relaciona com terceiros por meio de sua administração, que é
desempenhada pelos administradores. O administrador é o órgão (de gestão) da
pessoa jurídica por meio do qual seus atos jurídicos são aperfeiçoados.
Não se trata de um mandato, já que tal técnica pressupõe a existência de duas
vontades: a do representante e a do representado. É a lei que atribui ao
administrador tal papel (art. 1.022), seja de modo disjuntivo ou conjuntivo (arts.
1.013 e 1.014).
Embora a designação da pessoa natural (ou pluralidade) que exercerá a
administração deva constar do contrato, é possível que a nomeação ocorra em
instrumento separado após o arquivamento do contrato, que também deve ser
levado a registro (art. 1.012). Como se trata de cláusula obrigatória do contrato,
a aprovação unânime do administrador eleito impõe-se (art. 999).
Atenção!
Somente o sócio poderá exercer a administração da sociedade simples,
conclusão extraída do art. 1.013 (que faculta a administração a qualquer dos
sócios), caso não exista uma designação para atuação conjunta no contrato.
Não havendo restrição de poderes no contrato ou no ato separado de nomeação,
os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade. Entretanto, a oneração ou a venda de bens imóveis dependerá do que
a maioria dos sócios decidir, exceto se tais atos constituírem objeto da
sociedade (art. 1.015).
Cumpre ao administrador, que deve ser pessoa natural (art. 997, VI) e sem
impedimento legal para a função (cf. art. 1.011, §1º), atuar com diligência na
gestão social. Segundo o CC, “O administrador da sociedade deverá ter, no
exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e
probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios” (LEI nº
10.406, 2002).
Espera-se que o administrador se paute pela gestão de seus negócios sociais do
mesmo modo que conduz seus negócios particulares, guardadas as devidas
proporções e peculiaridades de gestão de uma sociedade e dos interesses
envolvidos. Ao se afastar do dever de diligência e de outros a eles relacionados,
como o de lealdade, sigilo ou probidade, ele pratica ato ilícito e responde perante
sociedade e terceiros prejudicados pelos danos decorrentes (art. 1.016).
O CC enumera algumas condutas que ensejarão tal responsabilidade:
A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios (art. 1.009).
A realização de operações pelo administrador, sabendo ou devendo
saber que estava agindo em desacordo com a maioria (art. 1.013, §2º).
A aplicação sem consentimento escrito dos sócios de créditos ou de
bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, tendo de restituí-los à
sociedade, ou pagar o equivalente com todos os lucros resultantes, e,
se houver prejuízo, responder por ele também (art. 1.017, caput).
Tomar parte, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da
sociedade, na correspondente deliberação (art. 1.017, parágrafo único).
Além das obrigações de prestar contas ao sócio e lhe franquear acesso a livros e
documentos, é vedado ao administrador fazer-se substituir no exercício de suas
funções, ou seja, somente os sócios podem autorizar tal substituição. Por outro
lado, o administrador está autorizado, nos limites de seus poderes, a constituir
mandatários da sociedade, especificando no instrumento os atos e as operações
que poderão praticar.
Dica
Os poderes conferidos ao mandatário, que pode ser um sócio ou não, são
revogáveis a qualquer tempo (art. 1.019).
Resolução e dissolução da sociedade
simples
O vínculo jurídico entre a sociedade e os sócios pode ser extinto, total ou
parcialmente, em determinadas situações. A extinção parcial não implica a
dissolução da sociedade nem a liquidação do seu patrimônio, mas altera o
quadro social e impõe a liquidação da quota do ex-sócio.
Para tais situações, o CC utiliza a expressão “resolução da sociedade em relação
a um sócio”. Já quando a sociedade cessa a realização de sua atividade e
iniciam-se a liquidação e o pagamento coletivo dos credores, o termo utilizado é
“dissolução”.
A resolução da sociedade simples pode ocorrer:
Por morte de sócio, exceto se o contrato autorizar o ingresso do
sucessor ou se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição
do sócio falecido (art. 1.028).
Por ato de vontade do sócio, com ou sem justa causa (quebra de
affectio societatis), desde que haja notificação aos demais sócios, com
antecedência mínima de 60 dias (art. 1.029).
Por decisão judicial em ação ajuizada por sócio, provando justa causa,
no caso de sociedadeconstituída por prazo determinado (art. 1.029).
Por exclusão extrajudicial de sócio remisso deliberada pela maioria dos
demais sócios (art. 1.004, parágrafo único).
Por exclusão judicial de sócio por falta grave ou por incapacidade
superveniente (art. 1.030, caput).
De pleno direito, em razão da decretação da falência do sócio (art.
1.030, parágrafo único).
De pleno direito, em razão da liquidação integral da quota para
pagamento a credor particular de sócio (art. 1.030, parágrafo único).
Em todas essas situações, a sociedade não se dissolve, mas ocorre a liquidação
da quota do ex-sócio com apuração judicial ou extrajudicial de seus haveres (art.
1.031), mantendo-se intocada a continuidade da sociedade com os
remanescentes. A dissolução resulta na cessação da atividade econômica e na
posterior liquidação do patrimônio.
A causa pode decorrer de lei (art. 1.033), de decisão judicial (art. 1.034) ou de
previsão contratual, a ser verificada judicialmente quando contestada (art.
1.035). A dissolução constitui sequência de atos praticados para a extinção da
pessoa jurídica a partir de um fato jurídico que a desencadeia (dissolução
propriamente dita), vindo na sequência a realização do ativo, o pagamento do
passivo, a partilha do remanescente entre os sócios e, por fim, a extinção da
sociedade.
Atenção!
Durante todo o processo de dissolução e posterior liquidação, a sociedade
conserva sua personalidade jurídica, a qual somente se extingue após o
cancelamento de sua inscrição no registro próprio (art. 51 do CC).
O âmbito de incidência das disposições sobre a dissolução não se limita às
sociedades simples, aplicando-se também a todas as sociedades de pessoas,
empresárias ou não, salvo as sociedades cooperativas (v. arts. 1.044, 1.051 e
1.087). Já as sociedades por ações possuem suas causas dissolutórias
reguladas em lei especial (Lei nº 6.404/1976, art. 206).
As causas de dissolução de pleno direito são as seguintes:
Término do prazo de duração, salvo se os sócios se mantiverem inertes
após o decurso do prazo e a sociedade continuar em atividade. Nesse
caso, a lei considera a sociedade prorrogada por prazo indeterminado.
Consenso dos sócios na sociedade contratada por prazo determinado.
Deliberação dos sócios por maioria absoluta do capital na sociedade
de prazo indeterminado.
Extinção da autorização para funcionar caso a sociedade dependa dela.
Graças ao requerimento de qualquer um dos sócios e mediante sentença
proferida em ação pelo procedimento comum, a sociedade também poderá ser
dissolvida judicialmente quando for anulada sua constituição, exaurido o fim
social ou verificada sua inexequibilidade. Por defeito do ato respectivo, decai em
três anos o direito de anular a constituição, contado o prazo da publicação de
sua inscrição no registro (art. 45, parágrafo único, CC).
Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores providenciar imediatamente
a investidura do liquidante, que representará a pessoa jurídica até sua extinção
(art. 1.105), e restringir a gestão própria aos negócios inadiáveis, sendo vedadas
novas operações, pelas quais eles responderão solidária e ilimitadamente (art.
1.036).
Sociedade em nome
coletivo
Confira agora sobre sociedade em nome coletivo e suas principais
características.
Atualmente, a sociedade em nome coletivo é regulada no CC entre os arts. 1.039
a 1.044. Trata-se de uma sociedade de pessoas por excelência, ou seja, a pessoa
do sócio se apresenta como elemento fundamental não só nas relações internas
da sociedade, como também perante terceiros. Um de seus traços mais
marcantes é o fato de que somente pessoas físicas podem tomar parte nela,
sendo que todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, diferenciando-se, portanto, da sociedade simples.
Dessa forma, os sócios de sociedade em nome coletivo podem sofrer execução
sobre seu patrimônio pessoal pelas dívidas contraídas pela pessoa jurídica.
Além disso, respondem solidariamente entre eles, de modo que o credor pode
acionar qualquer um deles para obter pagamento.
Os sócios não podem afastar a solidariedade, afigurando-se ineficaz em relação
a terceiros a cláusula do contrato que assim disponha. Contudo, eles estão
autorizados a pactuar internamente sobre a responsabilidade de cada um,
aumentando-a ou diminuindo-a em relação à proporção de participação nas
perdas.
A espécie societária remonta às sociedades familiares existentes na Idade
Média, nas quais só se admitia a participação de membros de determinada
família. Paulatinamente, tais sociedades assumiram características
comerciais a partir da constituição de um patrimônio social distinto do
familiar, respondendo pelas obrigações assumidas por qualquer um dos
sócios. Surgia, assim, a sociedade coletiva, o que evidenciava a existência de
um mandato recíproco entre os sócios pelo qual todos se encontravam
autorizados a agir e obrigar a sociedade (o patrimônio em comum) mediante
o uso da firma.
Além da regulação própria, o art. 1.040 determina a aplicação supletiva das
disposições referentes à sociedade simples. Com isso, o legislador reafirma a
natureza intuitu personae desse tipo societário.
Todavia, o tipo em nome coletivo não é necessariamente submetido ao regime
das sociedades simples, já que o critério do objeto previsto no caput do art. 982
se aplica a ele. Desse modo, a sociedade poderá ser simples ou empresária se
exercer ou não empresa, o que inclui a opção de escolha de registro no caso de
empresa rural (cf. art. 984).

Por determinação do art.
1.041, as cláusulas do
contrato da sociedade
simples (art. 997), no que
couber, se aplicam ao
contrato da sociedade em
nome coletivo. Assim,
devem ser respeitadas as
disposições específicas do
tipo.

Os sócios são
necessariamente pessoas
físicas, a “denominação” a
que se refere o inciso II do
art. 997 corresponde à firma
social e as contribuições
em prestação de serviços
às quais o sócio está
obrigado (inciso V), caso
existam, são realizadas
adicionalmente à
contribuição ao capital
(inciso III).
Por conta da regra própria de responsabilidade (art. 1.039), o inciso VIII é
inaplicável; por isso, os sócios não podem afastar a responsabilidade subsidiária
no contrato.
Seja ou não empresária, a sociedade tem de adotar firma. No caso de sociedade
empresária, precisa observar o art. 1.157 na formação da firma, que pode ou não

conter os patronímicos de todos os sócios, os quais, por sua vez, têm idêntica
responsabilidade perante terceiros.
Caso não identifique individualmente todos os sócios, deve-se utilizar o aditivo “e
companhia” por extenso ou abreviado, como Borges & Companhia. Se os nomes
de todos os sócios estão indicados, o uso de qualquer outro aditivo está
dispensado, como no caso de Borges, Sá e Gomes.
Um aspecto nitidamente personalista da sociedade é
o fato de que apenas os sócios podem ser
administradores (art. 1.042).
Como órgão da pessoa jurídica, o administrador está autorizado, na ausência de
poderes especiais ou restrições contratuais, a praticar todos os atos necessários
à realização do objeto. Por aplicação supletiva do art. 1.018, os administradores
podem constituir procuradores ad negotia para atuar em nome da sociedade,
com poderes revogáveis.

O art. 1.043 aponta um
traço distintivo da
sociedade em nome
coletivo da simples. Nesse
tipo, o credor particular de

Na constituição por prazo
determinado, o credor
particular de sócio não
pode, antes de a sociedade
dissolver-se, pretender a
sócio pode liquidar sua
quota para realização do
crédito (art. 1.026,
parágrafo único). Aplica-se
a mesma regra apenas para
a sociedade em nome
coletivo constituída por
prazo indeterminado.
liquidação da quota do
devedor, embora esteja
autorizado a requerer a
penhora de lucros ainda não
distribuídos, já que, além do
amparo no art. 1.026, caput,
do CC, não há empecilho
para isso.
O impedimento à liquidação da quota deixa deexistir caso ocorra uma das
situações previstas no parágrafo único do art. 1.043, ou seja, a prorrogação
tácita da sociedade (inciso I) ou o acolhimento de pretensão por ele oposta
dentro de 90 dias da prorrogação contratual (inciso II).
A prorrogação tácita da sociedade se dá quando os sócios não iniciam a
dissolução após o término do prazo de duração da sociedade, passando a
funcionar por tempo indeterminado (art. 1.033, I). A segunda situação ocorre
quando eles decidem pela prorrogação da sociedade com alteração contratual e
arquivamento no registro peculiar. Nesse caso, o ato dilatório deve ser publicado
para que os credores do sócio saibam da continuidade da pessoa jurídica, o que
lhes, dentro de 90 dias, permite pleitear judicialmente o pagamento sobre a
quota do sócio, justificando seu direito.
Por fim, o art. 1.044 dispõe que as causas de dissolução de pleno direito da
sociedade em nome coletivo serão as mesmas da sociedade simples (art.
1.033), com o acréscimo da hipótese de declaração de falência se a sociedade

for empresária. Caso ela não seja, ocorrerá a dissolução pela declaração de
insolvência (art. 1.052 do CPC/2015 c/c art. 786 do CPC/1973).
Sociedade em comandita
simples
Confira as principais características da sociedade em comandita simples.
A sociedade em comandita simples é regulada nos arts. 1.045 a 1.051 do CC.
Sua característica fundamental é a presença simultânea de sócios com
responsabilidades distintas pelas obrigações. Veja a relação:

Sócio comanditário
(pessoa natural ou

Comanditado (apenas
pessoa natural)
jurídica)
Tem responsabilidade
limitada ao valor de sua
quota.
Tem responsabilidade
ilimitada e responde de
modo subsidiário pelas
dívidas sociais, como os
sócios em nome coletivo.
Por aplicação do art. 1.046, que impõe a disciplina da sociedade em comandita
pelas normas da sociedade em nome coletivo e da simples, nessa ordem, o
contrato social também deverá seguir as cláusulas do art. 997, no que couber, e
identificar cada um dos sócios, tornando pública, após o registro, a extensão da
responsabilidade de cada um.
A sociedade em comandita simples a depender da atividade por ela exercida
(vide comentários ao art. 982), pode caracterizar-se como:

Simples (não
empresária)

Empresária
Em qualquer caso, por aplicação do art. 1.046, a sociedade deverá adotar firma
social e, se a sociedade for empresária, observar na formação a regra do art.
1.057.


Como existe necessariamente um sócio de responsabilidade limitada, nem
todos poderão ter seu patronímico na firma (apenas o sócio comanditado). Por
essa razão, a firma social conterá ao final o aditivo “& Companhia ou & Cia”, que
indica a presença dos sócios omitidos na firma.
A administração da sociedade é privativa do sócio
comanditado (art. 1.047).
A regra é um efeito da atribuição dada a ele da responsabilidade ilimitada. O
legislador visa a impedir que a limitação de responsabilidade do comanditário o
estimule a obrigar a sociedade em operações arriscadas e de retorno duvidoso,
levando a pessoa jurídica a um endividamento progressivo e à insolvência
patrimonial, além de garantir a terceiros que a administração é exercida por
quem responde ilimitadamente pelos débitos da sociedade.
Apesar de a norma impedir que os sócios comanditários representem a
sociedade, eles podem os exercer poderes de fiscalização e participar da
administração interna da sociedade. Também é possível, com fundamento no
art. 1.047, parágrafo único, que o comanditário seja constituído procurador da
sociedade para negócio determinado (mandatário ad hoc) e com poderes
especiais, não se tornando, portanto, administrador. O contrato pode impor-lhes
outras restrições desde que não elimine ou restrinja direitos políticos essenciais
derivados da titularidade das quotas.
Atenção!
O comanditário que, ultrapassando a proibição legal, negociar em nome da
sociedade com terceiros ou fizer constar seu nome na firma social responderá
ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Outra característica da sociedade em comandita simples diz respeito à
resolução da sociedade em relação ao sócio comanditário e ao comanditado por
morte. Para cada um existe uma solução distinta.
No caso de morte de sócio comanditado, não há
regra especí�ca na disciplina da sociedade.
A norma da sociedade simples que trata de resolução da sociedade por morte
de sócio (art. 1.028) precisa ser aplicada subsidiariamente, ou seja, há a
liquidação da quota em favor dos sucessores, podendo o contrato dispor de
modo diverso. Por sua vez, no caso de morte de sócio comanditário, a
sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com seus sucessores, que
designarão quem os represente (art. 1.050).
Por fim, o art. 1.051 dispõe que as causas de dissolução de pleno direito da
sociedade em comandita simples são as mesmas da sociedade em nome
coletivo (art. 1.044), havendo o acréscimo da hipótese de ausência de
recomposição após o decurso de mais de 180 dias de uma das categorias de
sócio. Sobre tal situação, é preciso fazer alguns breves comentários.
Apesar de a presença dos sócios de natureza distinta – comanditário e
comanditado – se mostrar essencial à sociedade em comandita simples, o
legislador admite, em homenagem ao princípio da preservação da sociedade e
da atividade por ela desempenhada, a ausência temporária de um deles. Durante
o período legal (180 dias), caso a sociedade se mantenha apenas com sócios
comanditários, os sócios precisam nomear um administrador provisório,
vedando-lhes a lei o exercício da administração da sociedade, sob pena de
responderem ilimitadamente pelas obrigações sociais
Após o decurso de tal período, caso não se supra a ausência, considera-se
dissolvida a sociedade de pleno direito. O administrador provisório não assumirá
a condição de sócio, isto é, não responderá ilimitada e subsidiariamente pelas
obrigações sociais pretéritas, bem como por aquelas contraídas até o ingresso
de novo sócio comanditado.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Levando em consideração as características, a conceituação e os elementos
da sociedade em nome coletivo, marque a alternativa correta.
A
A espécie societária remonta às sociedades familiares
existentes na Idade Moderna.
Parabéns! A alternativa E está correta.
O art. 1.044 dispõe que as causas de dissolução de pleno direito da
sociedade em nome coletivo serão as mesmas da sociedade simples (art.
1.033), havendo o acréscimo da hipótese de declaração de falência se a
sociedade for empresária (art. 1.052 do CPC/2015 c/c art. 786 do
CPC/1973). Não possuindo tal natureza, a dissolução será por declaração de
insolvência.
B Além da regulação própria, o art. 1.040 determina a aplicação
supletiva das disposições referentes à sociedade cooperativa.
C
Qualquer pessoa, e não apenas os sócios, pode ser um
administrador (art. 1.042).
D
O administrador só poderá praticar todos os atos necessários
à realização do objeto da sociedade quando poderes
especiais lhe forem outorgados.
E
Caso não seja sociedade empresária, ocorrerá a dissolução
pela declaração de insolvência.
Questão 2
Uma sociedade em comandita simples é formada por quatro pessoas
naturais: Patrocínio Araguari e Esmeralda Passos são os sócios
comanditados; Leopoldina Formiga e Mateus Espinosa, os sócios
comanditários. De acordo com a regra legal de formação tanto da firma como
dessa sociedade, aponte a única alternativa que indica corretamente um
exemplo da firma.
A Passos & Cia.
B Formiga & Cia.
C Araguari, Passos, Formiga, Espinosa.
D Passos, Espinosa & Cia.
E Araguari, Passos, Espinosa.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Com base no art. 1.157 do CC, a opção A está correta, pois contém o
patronímico de sócio comanditado (Passos) e o aditivo (& Companhia) de
forma abreviada. As demais alternativas estão erradas por não observarem
as regras do art. 1.057.
3 - Sociedades cooperativasAo �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as características da
sociedade cooperativa.
Origem das cooperativas e
princípios do
cooperativismo
O que são cooperativas?
Entenda o que são as cooperativas e o que deu origem a este conceito.
A sociedade cooperativa regula-se pelos arts. 1.093 a 1.096 do Código Civil (CC)
em conjunto com a Lei nº 5.764/1971, que disciplina a constituição, o
funcionamento e a dissolução dela. Os arts. 3º e 4º dessa lei apresentam a
cooperativa como sociedade de natureza civil (atualmente, a natureza é simples)
com forma e regime jurídico próprios, sem fins lucrativos e não sujeita à falência,

ainda que ela exerça atividade empresária. Desse modo, a razão para o
tratamento diferenciado decorre da lei especial de cooperativas.
Embora a Lei de Cooperativas afirme que a cooperativa é uma sociedade “sem
fins lucrativos”, tal característica foi afastada pelo CC. Sendo assim:
 Se a sociedade cooperativa mantivesse a finalidade
puramente assistencial aos cooperados, ou seja, fosse uma
“sociedade sem fins lucrativos”, não se regularia pelo livro
referente ao direito de empresa, e sim pela parte geral, em
que estão disciplinadas as associações (arts. 53-61).
 Ao se referir à cooperativa, a lei sempre a identifica como
sociedade; como tal, os sócios almejam o lucro proveniente
da atividade econômica explorada, havendo a partilha entre
si dos resultados (art. 981).
 A ressalva do art. 1.093 à legislação especial não pode levar
à evidente incompatibilidade de vários dispositivos do CC
com a legislação especial.
A origem das cooperativas tem relação com o aparecimento, no século XIX, do
movimento cooperativista. O cooperativismo foi uma reação de trabalhadores da
indústria têxtil inglesa contra as péssimas condições de trabalho e
remuneratórias a que eles estavam sujeitos – em parte, advindas do êxodo rural
e da grande oferta de mão de obra.
No ano de 1844, na localidade de Rochdale, em Manchester, no interior da
Inglaterra, 28 tecelões decidiram unir suas parcas economias a fim de constituir
uma sociedade denominada Sociedade dos Pioneiros Probos de Rochdale, que
se dedicaria à compra e à venda de artigos adquiridos por eles. O diferencial dela
era a preocupação dos fundadores em não reproduzir internamente as mesmas
 Entre as características da sociedade cooperativa arroladas
no art. 1.094, situa-se a distribuição dos resultados entre os
cooperados em proporção ao valor das operações
efetuadas por eles com a sociedade (inciso VII).
 Assim, a cooperativa é uma pessoa jurídica de direito
privado da espécie sociedade, e não da espécie associação.
características do modelo societário da época (e até hoje vigente em sua quase
totalidade), no qual o maior investidor tem o poder de controlar a sociedade,
enquanto os demais sócios ficam subordinados ao seu poder decisório.
Na elaboração dos estatutos da Sociedade dos Pioneiros Probos de Rochdale,
estavam presentes valores, como honestidade, solidariedade, ajuda mútua,
responsabilidade, democracia, igualdade e equidade. Tais valores passaram a
ser a base para a elaboração dos princípios do cooperativismo:
Adesão livre
Controle democrático
Distribuição do
excedente na
proporção das
operações
Apenas os três primeiros itens foram incorporados ao direito cooperativo
brasileiro como características das sociedades cooperativas. A despeito dessa
omissão, em 2012, a Lei nº 12.690, que dispõe sobre a organização e o
funcionamento das cooperativas de trabalho, incorporou em seu art. 3º todos os
atuais princípios do cooperativismo.
Pagamento de juros
limitados ao capital
Neutralidade política
e religiosa
Vendas a dinheiro e à
vista
Fomento da educação
Desse modo, a Lei nº 12.690/2012 fez os seguintes acréscimos:
A preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre
iniciativa.
A não precarização do trabalho.
O respeito às decisões da assembleia.
A participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com
o previsto em lei e estatuto.
As cooperativas e a
legislação brasileira
Características das sociedades
cooperativas
Confira detalhes sobre as características das sociedades cooperativas no direito
brasileiro.

Os arts. 1.093 e 1.096 apontam uma hierarquia entre as disposições do Capítulo
VII do Subtítulo II, dedicado à sociedade cooperativa em relação à lei especial, e
as disposições situadas em outros Capítulos, Títulos ou Livros do Código Civil
(CC). O primeiro determina que a sociedade cooperativa se rege pelo capítulo
próprio, mas resguarda a legislação especial quando o CC é omisso no mesmo
capítulo.
Desse modo, o CC não revoga a legislação especial, mas a complementa, já que
a sociedade “reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo” (LEI nº 10.406,
2002). Em aditamento, o art. 1.096 determina a aplicação das disposições da
sociedade do tipo simples às cooperativas apenas em caso de omissão da Lei
nº 5.764/1971, ou seja, supletivamente. As características do art. 1.094, com
isso, ficam preservadas.
Descreveremos a seguir as características trazidas pelo art. 1.094:
O dispositivo modificou parcialmente o art. 4º, II, da Lei nº 5.764/1971.
Ele não autoriza a constituição de cooperativa sem capital, apenas com
I - Variabilidade ou dispensa do capital social 
capital mínimo e variável. Já a lei de 1971 admite tanto o capital variável
quanto a ausência dele.
A falta de menção na lei especial à dispensa do capital deve ser
interpretada como uma lacuna a ser preenchida pelo CCl.
Enquanto as demais sociedades devem ter obrigatoriamente o capital
fixo (indicado pelo seu valor em moeda nacional no contrato e
modificável em condições restritas sempre com alteração do ato
constitutivo), a cooperativa precisa informar no estatuto o “capital
mínimo” (art. 21, III), de modo que, resguardado o capital mínimo, o
ingresso ou a retirada de cooperados não torna obrigatória a alteração do
estatuto.
Se os sócios optarem pela dispensa de capital, a responsabilidade será
ilimitada (art. 1.095, §2º). A responsabilidade limitada está vinculada ao
valor das quotas-partes (fração do capital), que é inexistente nesse caso.
Um dos princípios do cooperativismo é a adesão livre ou a não limitação
ao número de sócios. Contudo, o CC estabelece, de modo genérico, a
necessidade de um mínimo, sem precisar qual seria, dizendo apenas que
é o “necessário a compor administração da sociedade”.
Essa lacuna é suprida pelo art. 6º da Lei nº 5.764/1971, que adotou os
seguintes quantitativos: 20 pessoas naturais nas cooperativas singulares,
II - Concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a
administração da sociedade, sem limitação de número máximo 
3 cooperativas singulares nas centrais e federações de cooperativas e 3
federações ou centrais de cooperativas nas confederações de
cooperativas.
Em consonância com a natureza de sociedade de pessoas, a vedação ao
sócio de subscrever a quantidade de quotas que bem entender configura
uma característica da cooperativa. Para as cooperativas que se
constituem com capital, a lei estabelece tanto um limite em relação à
quantidade quanto ao valor.
Com tal expediente, além da fixação de um mínimo de 20 sócios, não se
pode caracterizar as cooperativas como sociedades de fachada,
alcunhadas dessa forma pela presença de mais de 1 sócio. Porém, na
prática, elas são unipessoais, pois a quase totalidade do capital pertence
a uma única pessoa – e, por conseguinte, ela controla a sociedade com o
peso de seu voto.
Caso a cooperativa tenha capital, os sócios poderão optar entre a
responsabilidade ilimitada ou limitada. A responsabilidade limitada tem
como referencial o valor de suas quotas e o prejuízo verificado nas
operações sociais, uma vez guardada a proporção de sua participação
nas mesmas operações (art. 1.095, §1º).
III - Limitação do valor da soma de quotas do capital social que
cada sócio poderá tomar 
Nas sociedades cooperativas, vigora a regramais restritiva quanto à
cessão de quotas no direito societário, ou seja, não é permitida a
transferência dela a quem não faça parte da sociedade, mesmo que seja
um sucessor causa mortis do sócio. Trata-se da adoção em grau máximo
do caráter intuitu personae e do aspecto ímpar de uma sociedade em que
a figura do sócio é tão importante, porque, mesmo que a unanimidade
dos sócios consinta, nem assim o legislador permite o ingresso de um
terceiro.
Tampouco é permitido regular a cessão das quotas-partes no estatuto,
pois essa é uma característica do tipo cooperativa e não pode ser
afastada. A intransferibilidade das quotas não implica fechar a
cooperativa ao ingresso de novos membros. Pelo contrário: a adesão é
livre e ilimitada, embora o sócio só possa ingressar por subscrição de
quotas ou por sua transmissão a outro sócio, sem envolver estranhos.
Enquanto nas demais sociedades tanto o quórum de instalação quanto o
de deliberação são fixados em função do valor da quota ou das ações
IV - Intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos
à sociedade, ainda que por herança 
V - Quórum para a assembleia geral funcionar e deliberar fundado
no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social
representado

com direito a voto, nas cooperativas vigora uma igualdade formal entres
os sócios típica de sociedades constituídas com intuitu personae.
A cooperativa é o tipo societário no qual as decisões podem ter a alcunha
de democráticas, já que serão tomadas por maioria de pessoas e de
votos. Isso só é possível pelo sistema do voto por cabeça, e não pelo
valor da quota-parte. Tal regra está em perfeita consonância com o
“controle democrático” (princípio clássico do cooperativismo).
Os quóruns de instalação e deliberação são fixados na Lei nº 5.764/1971.
Entretanto, existem matérias importantes, como a reforma do estatuto ou
a mudança do objeto, que não podem ser aprovadas pelo quórum de
maioria de votos dos presentes, exigindo um quórum qualificado de dois
terços dos votos dos presentes (art. 46).
Em decorrência do princípio cooperativo do controle democrático, o voto
é singular. Como a aferição do quórum nas votações é sempre por
cabeça, e não em relação ao total do capital ou ao valor da quota-parte, o
voto nas referidas deliberações também segue a mesma regra, ou seja, é
computado por cabeça, sendo vedado tanto o voto plural (atribuir mais de
um voto ao mesmo associado) quanto a utilização do valor da quota-
parte como parâmetro (art. 42 da Lei nº 5.764/1971).
VI - Direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou
não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua
participação

A vontade deve ser coletiva, mas o voto é sempre singular. É na
cooperativa que, em toda a sua plenitude, se concretiza o princípio
majoritário das deliberações, isto é, os sócios ausentes, os dissidentes e
os que abstiveram ficam vinculados a elas, pois eles são, de fato,
minoritários no quadro social, e não porque suas quotas-partes
representam uma parcela menor do capital.
Não se aplica às cooperativas a seguinte disposição do art. 1.007 do CC:
o sócio participa dos lucros e das perdas na proporção das respectivas
quotas, salvo estipulação em contrário. Tal exceção se justifica em razão
de uma das “regras de ouro” do cooperativismo, ou seja, o 3º princípio,
segundo o qual o excedente é distribuído na proporção das operações de
cada cooperado. Com isso, o critério é o valor das operações efetuadas
pelo associado.
O objetivo dessa regra é estimular o trabalho em prol da coletividade e
recompensar aqueles que tiveram a melhor produtividade nas
negociações com a cooperativa, ficando excluídas aquelas efetuadas
com terceiros. Também é possível atribuir um juro fixo de até 12% ao ano
ao capital realizado, ou seja, ao valor integralizado das quotas-partes de
cada integrante (art. 24, §3º, da Lei nº 5.764/1971).
VII - Distribuição dos resultados proporcionalmente ao valor das
operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser
atribuído um juro fixo ao capital realizado

Destinado a compensar perdas e atender ao desenvolvimento das
atividades da cooperativa, o fundo de reserva é um elemento obrigatório
do seu patrimônio. A Lei nº 5.764/1971 também prevê o fundo de
assistência técnica, educacional e social, cuja finalidade é prestar
assistência a associados e familiares, podendo ser estendido aos
empregados se assim dispuser o estatuto (em linha com o art. 4º, X).
Outros fundos estatutários podem ser criados por autorização do art. 28,
§1º, da Lei nº 5.764/1971. Contudo, caberá à assembleia geral deliberar
quais serão os recursos destinados à formação, à finalidade e à
aplicação dos recursos e da liquidação.
O fundo de reserva é formado por, no mínimo, 10% das sobras líquidas do
exercício. Desse modo, a cooperativa deve reservar os recursos para ele
antes de efetuar a distribuição de participações nos resultados, inclusive
em razão de sua indivisibilidade.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
VIII - Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda
que em caso de dissolução da sociedade 
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um dos princípios do cooperativismo é a adesão livre e voluntária dos
membros. Entretanto, a Lei de Cooperativas estabelece números mínimos de
acordo com a categoria de cooperativa. Indique a única alternativa correta.
A
Mínimo de 10 pessoas físicas nas cooperativas singulares,
mínimo de 2 cooperativas singulares nas cooperativas
centrais ou federações de cooperativas e mínimo de 2
federações de cooperativas ou cooperativas centrais nas
confederações de cooperativas.
B
Mínimo de 50 pessoas físicas nas cooperativas singulares,
mínimo de 15 cooperativas singulares nas cooperativas
centrais ou federações de cooperativas e mínimo de 15
federações de cooperativas ou cooperativas centrais nas
confederações de cooperativas.
C
Mínimo de 15 pessoas físicas nas cooperativas singulares,
mínimo de 5 cooperativas singulares nas cooperativas
centrais ou federações de cooperativas e mínimo de 5
Parabéns! A alternativa D está correta.
A alternativa D, segundo o art. 6º da Lei nº 5.764/1971, dispõe corretamente
sobre os números mínimos de acordo com a categoria da cooperativa.
Questão 2
federações de cooperativas ou cooperativas centrais nas
confederações de cooperativas.
D
Mínimo de 20 pessoas físicas nas cooperativas singulares,
mínimo de 3 cooperativas singulares nas cooperativas
centrais ou federações de cooperativas e mínimo de 3
federações de cooperativas ou cooperativas centrais nas
confederações de cooperativas.
E
Mínimo de 100 pessoas físicas nas cooperativas singulares,
mínimo de 10 cooperativas singulares nas cooperativas
centrais ou federações de cooperativas e mínimo de 10
federações de cooperativas ou cooperativas centrais nas
confederações de cooperativas.
Além de tipo societário, a cooperativa reflete os princípios do movimento
cooperativista surgido no século XIX e cristalizado nos estatutos da
sociedade de homens probos de Rochdale. Das alternativas abaixo, assinale
a única que contém corretamente alguns desses princípios.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A Adesão livre, intangibilidade do capital, fomento da educação.
B
Distribuição do excedente na proporção das operações, voto
plural, adesão livre.
C
Venda a dinheiro e à vista, neutralidade política e religiosa,
fomento da educação.
D
Boa-fé objetiva, controle democrático, pagamento de juros
limitados ao capital.
E
Pagamento de juros limitados ao capital, affectio societatis,
vendas a dinheiro e à vista.
O ponto fulcral da criação Sociedade dos Pioneiros Probos de Rochdale foi a
preocupação em distanciar-se do modelo societário típico da época,
construindo um tipo societário calcado em diversos valores, os quais, com o
tempo, transformaram-se nos próprios princípios do cooperativismo: adesão
livre, controle democrático, distribuição doexcedente na proporção das
operações, pagamento de juros limitados ao capital, neutralidade política e
religiosa, vendas a dinheiro e à vista e fomento da educação.
Considerações �nais
Vimos que a sociedade pode ser fruto de um contrato plurilateral ou de um ato
unilateral de vontade do sócio único. Quando a sociedade é pluripessoal, certos
elementos, como a affectio societatis, a reciprocidade de obrigações com a
pessoa jurídica e a partilha dos resultados se fazem presentes.
O Código Civil (CC) não regula todos os tipos de sociedades, pois tanto as
sociedades cooperativas quanto as por ações são reguladas em leis especiais.
Ademais, as disposições do tipo simples servem de base normativa para outros
tipos de sociedade, sejam elas personificadas ou não personificadas. O CC, na
verdade, regula as sociedades de pessoas, ou seja, aquelas nas quais a pessoa
do sócio tem um papel preponderante para a realização do objeto social.
A sociedade simples se trata daquela cujo objeto não é empresa ou é empresa
rural, embora seus sócios arquivem o contrato no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas. Nesse tipo de sociedade, podem tomar parte tanto as pessoas
naturais quanto as jurídicas, enquanto os sócios podem ajustar se respondem
ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais.
Já nas sociedades em nome coletivo e em comandita simples, a participação de
pessoas jurídicas é vedada no primeiro tipo ou restrita aos sócios comanditários
no segundo. Além disso, não há possibilidade de escolha da responsabilidade
pelas obrigações sociais, que é ilimitada na sociedade em nome coletivo,
enquanto na sociedade em comandita simples ela depende da categoria do
sócio.
As sociedades cooperativas possuem muitas singularidades que se ajustam aos
princípios do cooperativismo. Por essa razão, elas mereceram do legislador um
tratamento diferenciado, inclusive no tocante à imposição do regime jurídico
simples qualquer que seja seu objeto.
Podcast
Para encerrar, ouça um resumo das diferentes espécies de sociedades reguladas
pelo Código Civil.

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Confira a indicação que separamos especialmente para você!
Leia O cooperativismo no Brasil: da vertente pioneira à vertente solidária, de
Pinho (2003).
Referências
BORBA. J. E. T. Variabilidade ou dispensa do capital socialDireito Societário. 19.
ed. São Paulo: Atlas, 2022.
BERTOLDI, M. M.; RIBEIRO, M. C. P. Curso Avançado de Direito Comercial. 11. ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código
Civil.
COELHO, F. U. Novo manual de Direito Comercial. 31. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2020.
GONÇALVES NETO, A. de A. Lições de Direito Societário. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2018.
MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. 39. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
NEGRÃO, R. Curso de Direito Comercial e de Empresa – teoria geral da empresa
e Direito Societário. v. 1. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
TEIXEIRA, T. Direito Empresarial sistematizado. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
TOMAZETTE, M. Curso de Direito Empresarial – teoria geral e Direito Societário.
v. 1. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
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