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Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia - Curso de Graduação em Engenharia Aeroespacial UNI007 - Introdução à Engenharia Aeroespacial Alunos: - A pandemia provocou no mundo um grande salto no uso da tecnologia, com destaque à internet e às interações virtuais. Porém, muitas pessoas ainda não possuem acesso à internet, ou a tem de forma precária. Nesse contexto, foi proposta a missão AAJ, de caráter tecnológico e político, com o objetivo de levar internet ou melhorar o acesso à rede em lugares e comunidades brasileiras com tal problema. A missão foi inspirada em uma já existente no país. Porém, a mesma está desatualizada e ainda não é acessível a toda a população, sendo a tecnologia altamente cara e de baixa qualidade de rede. Para a realização da missão, devem ser considerados diversos aspectos. Inicialmente, foi pensado na forma de estabilização do satélite, que é por rotação. Esse método foi escolhido pela simplicidade do projeto, baixo custo, além de ser mais resistente à falhas. Como o satélite não tem objetivo de capturar imagens, a estabilização por rotação não seria um problema. Foram considerados também efeitos que podem atrapalhar na missão. Um deles é a radiação solar e cósmica, que causam o desgaste dos componentes expostos do satélite, como os painéis solares, que são muito importantes para a manutenção de seu funcionamento. Além disso, pode causar fenômenos como bit flip, bit latch up e burnout. Outra questão a ser considerada é a grande variação de temperatura. Como o satélite é geoestacionário, passará muito tempo em exposição direta ao sol, o que pode provocar dilatação dos componentes. O terceiro ponto é a gravidade, pois seriam necessários constantes ajustes finos de altitude para manter a órbita geoestacionária. Há também efeitos que não atrapalhariam a missão. O primeiro é o campo magnético, que poderia gerar correntes elétricas na carcaça metálica. Porém, esse efeito pode ser remediado no projeto. O segundo é a baixa pressão, que poderia causar micro soldaduras, mas que não afetaria o satélite, que não possui componentes mecânicos e rotativos que se encostam. O terceiro ponto é a atmosfera, que seria relevante apenas no lançamento e não na órbita, já que o satélite estará em uma altitude muito alta e a atmosfera estará muito rarefeita. Por último, o maior desafio a ser enfrentado para a realização do projeto é a baixa disponibilidade de espaço na única órbita geoestacionária. Essa órbita é dividida entre todos os países, portanto, caso o Brasil não possua espaço para o posicionamento de um novo satélite, será necessário um acordo de compra com um país disposto a ceder seu espaço na órbita, o qual deve cobrir o território nacional por completo. Como a missão proposta consiste em levar internet e comunicação a todos os pontos do país, a carga útil do satélite consiste em antenas para comunicação bidirecional. Estas antenas serão responsáveis por recepcionar e emitir sinais do usuário e servidor, permitindo o acesso a internet e telefonia. Ademais, fazem parte da carga útil os amplificadores e o transponder. Os amplificadores têm a função de amplificar os sinais recebidos, enquanto o transponder, um conjunto de unidades interligadas que formam um canal de comunicação entre as antenas de recepção e o receptor, é o responsável pela retransmissão do sinal recebido. A estrutura do satélite é muito importante para a missão, visto que tem como função suportar todos os seus subsistemas e a carga útil. Além da estrutura primária, que consiste no “corpo” do satélite, este também possui estruturas secundárias e terciárias. As estruturas secundárias do satélite são as antenas e os painéis solares, que apesar de não influenciarem a dinâmica do satélite tanto quanto a estrutura primária, ainda desempenham um papel importante. As estruturas terciárias são os elementos de ligação, como os parafusos e as porcas, que, apesar de serem importantes para manter o satélite íntegro, quase não influenciam na sua dinâmica. O satélite possui diversos subsistemas que o permitem funcionar da maneira adequada. É necessário que todos funcionem de maneira correta para que a missão seja bem sucedida. Um subsistema importante para o satélite é o sistema determinação e controle de órbita, pois ele é fundamental para que a órbita geoestacionária seja mantida. Para o satélite cumprir o seu papel de telecomunicações, é necessário que ele se mantenha em cima do Brasil para que as antenas dentro do país estejam sempre ao alcance dele. Caso este subsistema falhe e a órbita mude, o satélite não será mais geoestacionário e deixará de cumprir o papel de comunicação para o Brasil. Outro subsistema importante para a missão é o sistema de suprimento de energia, que tem o papel de fornecer energia de forma adequada a todos os demais subsistemas. Este subsistema tem papel fundamental para o sucesso da missão, pois sem o seu correto funcionamento, nenhum outro subsistema que necessite de energia será capaz de funcionar. Por último, outro subsistema de fundamental importância na missão é o subsistema de comunicações. O primeiro papel deste subsistema é de enviar e receber dados que permitem o acompanhamento do funcionamento e o comando do satélite. O segundo papel deste sistema é de efetivamente realizar o fornecimento de internet e telecomunicações para diversos locais do território brasileiro. Para que este subsistema funcione de maneira otimizada, é importante que as antenas do satélite possuam um mecanismo de rotacionar e apontar para os locais de maior demanda ou grandes servidores no país. Estes locais de maior demanda podem ser alterados constantemente, o que pode tornar necessário que esta antena mude sua posição no decorrer da missão. Para que esta rotação e movimento funcione corretamente, são necessários componentes atuadores com o propósito específico de atuar sobre as antenas. Outro componente de alta importância para o sistema de comunicações são os amplificadores e o transponder, já citados anteriormente.
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