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Introdução de apresentação da disciplina Docente: Profª. Alessandra Vidal Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal I INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CAMPUS ALEGRETE TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA 09 de agosto de 2023, Alegrete, RS, Brasil. 1 Sobre a disciplina Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal I: Carga Horária: 80 h; Início da Disciplina: 31/07/2023; Término da Disciplina: 18/12/2023. 2 Sobre a disciplina Ementa: Processamento mínimo de frutas e hortaliças; Produção de conservas e molhos vegetais; Produção de geleias, doces em massa, frutas em calda, frutas cristalizadas e frutas desidratadas; Produção de bebidas não alcoólicas, alcoólicas fermentadas e destiladas; Legislação aplicada. 3 Sobre a disciplina Bibliografia básica: CHITARRA, M.I.; CHITARRA, A.B. Pós-colheita de frutos e hortaliças fisiologia e manuseio. Lavras, Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa Extensão, 1990. 293 p. OETTERER, Marília; REGITANO-D'ARCE, Marisa Aparecida Bismara; SPOTO, Marta Helena Fillet. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. Barueri:Manole, 2006. REGITANO ARCE, M.A.B. & SPOTO, M.H.F. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. Ed. Manole, 2006. 612p. 4 Sobre a disciplina Bibliografia complementar: AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHMIDELL, W.; LIMA, U.A. Biotecnologia Industrial: biotecnologia na produção de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. v. 4 VENTURINI FILHO, W.G. Bebidas alcoólicas: ciência e tecnologia. São Paulo: Editora Blucher, 2010. v. 1. VENTURINI FILHO, W.G. Bebidas não alcoólicas. São Paulo: Edgar Blucher, 2010. v.2. 5 Introdução • O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas. 6 Introdução • O Brasil possui colheitas significativas de laranja, banana, coco, abacaxi, mamão, castanha de caju, caju e castanha- do-pará. 7 Introdução • De acordo com a ABRAFRUTAS (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados) o país ainda ocupa a 23ª posição no ranking mundial em termos de volume exportado. 8 Introdução 9 • Já a produção de hortaliças apresenta dados escassos: boa parte da produção não é computada. • A Embrapa Hortaliças, em 2011, entre 32 itens, estimou uma colheita de 19,2 milhões de toneladas, excetuando a contribuição da mandioca. Os principais itens do levantamento foram alho, batata, batata-doce, cebola, cenoura, melancia, melão e tomate – industrial e de mesa. Schmidt e Efraim (2015) Introdução 10 • Entretanto, apesar do Brasil ser um grande produtor de frutas e hortaliças as perdas de alimentos destes gêneros ainda são muito grandes no nosso país. • Acredita-se que as perdas no mercado interno possam chegar a 40% do volume total produzido. Introdução 11 • Veja os percentuais de perdas de algumas frutas e hortaliças no nosso país: Introdução 12 Introdução 13 • E onde ocorrem essas perdas? Introdução 14 Motivos: • Falta de conhecimento técnico, mau uso das técnicas de manejo do solo e da planta, uso de máquinas inadequadas; • Escassez de pessoal treinado e habilitado; • Inexistência de técnicas adequadas de manuseio pós- colheita; • A falta de estrutura de armazenamento; • Logística e embalagens inadequadas; • Desinformação do produtor. Schmidt e Efraim (2015) Introdução 15 Frutas e hortaliças são sazonais e perecíveis! Estocagem por longos períodos é tecnicamente inviável, fato que exige rapidez em seu processo de comercialização, desde a produção até alcançar o consumidor final. Schmidt e Efraim (2015) Introdução 16 Introdução 17 As perdas pós-colheita podem ser definidas como aquelas que ocorrem após a colheita em virtude da não comercialização ou consumo do produto em tempo hábil (resultantes de danos à cultura, ocorridos após sua colheita, acumulada desde o local da produção), somando-se aos danos ocorridos durante o transporte, armazenamento, processamento e/ou comercialização do produto vendável. Chitarra e Chitarra (2005) Introdução 18 Mas o que todas essas informações sobre perdas de frutas e hortaliças tem a ver com a nossa disciplina??? Introdução 19 As tecnologias aplicadas na pós-colheita de frutas e hortaliças buscam manter a qualidade por meio da aparência, textura, sabor, valor nutritivo, segurança alimentar, e também reduzir perdas qualitativas e quantitativas entre a colheita e o consumo. Schmidt e Efraim (2015) Introdução 20 O uso de tecnologias adequadas pós-colheita auxilia na manutenção da qualidade da produção e permite unir a produção ao consumo, agregar valor e ampliar a comercialização em tempo e espaço. Introdução 21 A elaboração de produtos a base de frutas e hortaliças, como conservas, doces e bebidas são uma opção de aproveitamento das mesmas no período de safra, além de permitir a disponibilização de produtos destas frutas durante o ano todo, inclusive nos períodos de entressafra. Introdução 22 Mas primeiramente vamos ver o que são frutas e hortaliças. Você sabe?? Frutas e hortaliças 23 Frutas e hortaliças 24 Frutos: Após a fertilização os óvulos se desenvolvem e dão origem às sementes, enquanto o ovário se transforma em frutos. Frutas e hortaliças 25 Frutos: Frutas e hortaliças 26 Frutos: Frutas e hortaliças 27 Frutos: Quando o desenvolvimento do ovário ocorre sem a fecundação do(s) óvulo(s), não há produção de semente(s) e, nesse caso, o fruto é designado de partenocárpico. Frutas e hortaliças 28 Frutos: Partes de um fruto: Frutas e hortaliças 29 Frutos: Para saber mais sobre a formação e as partes do fruto assista ao seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=sgKHJtxJjsg Frutas e hortaliças 30 Frutos: Em alguns casos, a fecundação provoca o desenvolvimento carnoso de outros órgãos, além do ovário, sendo esses designados de pseudofrutos. No caju a parte carnosa e suculenta é um exemplo de pseudofruto, enquanto a castanha é o fruto verdadeiro. Frutas e hortaliças 31 Frutos: A maçã é um exemplo de pseudofruto, visto que o verdadeiro fruto é a parte interna que descartamos. Frutas e hortaliças 32 Frutos: Para saber mais sobre os pseudofrutos assista ao seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=A4Kz-U1hLsw Frutas e hortaliças 33 E o que são frutas??? Frutas e hortaliças 34 Frutas e hortaliças 35 Frutos: Classificação: Podem ser classificados por diversas características, sendo as principais: •Número de ovários de origem • Consistência do pericarpo •Abertura pra liberação de sementes (deiscência) •Número de sementes •Produção de Etileno Frutas e hortaliças 36 Frutos: Classificação: Frutas e hortaliças 37 Frutos: Classificação: Para saber mais sobre a classificação dos frutos você pode assistir ao seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=rVPldNAvVqw Frutas e hortaliças 38 Hortaliças: •Hortaliça é a planta herbácea da qual uma ou mais partes são utilizadas como alimento na sua forma natural. •São partes de plantas que não pertencem ao grupo de frutas e cereais e que são consumidas frescas, cruas ou processadas. Chitarra e Chitarra (2005) Frutas e hortaliças 39 O que vocês consideram hortaliças??? Exemplos! Frutas e hortaliças 40 Frutas e hortaliças 41 Frutas e hortaliças 42 Frutas e hortaliças 43 • Hortaliças tuberosas - são aquelas cujas partes utilizáveis desenvolvem-se dentro do solo, compreendendo: tubérculos (batata, cará), rizomas (inhame), bulbos (cebola, alho) e raízes (cenoura, beterraba, batata-doce, mandioquinha-salsa). Frutas e hortaliças 44 • Hortaliças tuberosas: Frutas e hortaliças 45 • Hortaliças herbáceas - aquelas cujas partes aproveitáveis situam-se acima do solo, sendo tenras e suculentas: folhas (alface, taioba, repolho, espinafre), talos e hastes (aspargo, funcho, aipo), flores e inflorescências (couve-flor, brócolis, alcachofra). Frutas e hortaliças 46 • Hortaliças fruto - utiliza-se o fruto, verde ou maduro, todo ou em parte: pimentão, quiabo, tomate, jiló,berinjela, abóbora... Fisiologia pós-colheita 47 • Fisiologia de pós-colheita de frutas e hortaliças é um ramo da fisiologia vegetal que estuda o desenvolvimento, bioquímica e das reações destes órgãos em interações com variáveis do meio ambiente como a temperatura, o poder evaporativo do ar, a composição da atmosfera e estresses mecânicos. Fisiologia pós-colheita 48 • Os frutos possuem um ciclo vital que é composto por: fertilização, formação, crescimento, maturação e senescência. • De todas estas fases, a mais importante após a colheita do fruto, é a senescência. Fisiologia pós-colheita 49 • Senescência – fase final da vida útil do fruto, ocorre após o máximo de amadurecimento. Ocorrem processos predominantemente degradativos, que resultam na morte dos tecidos. Fisiologia pós-colheita 50 • Mas o que acontece no fruto para que ele entre nessa fase de senescência??? Fisiologia pós-colheita 51 Fisiologia pós-colheita 52 • Mesmo após colhidos, os frutos continuam “vivos”, ou seja, seu metabolismo permanece ativo através destes três processos: respiração, transpiração e produção de etileno. • Esses três mecanismos são os responsáveis pelo avanço da maturação do fruto para o período de senescência. Fisiologia pós-colheita 53 Respiração: • É um dos mais importantes processos metabólicos que ocorrem nas frutas após a colheita. Nela ocorre a utilização das reservas (carboidratos) para a produção da energia que mantém o metabolismo ativo. • Quanto mais o fruto respira, ou seja, quanto maior a sua taxa respiratória, mais rápido ele irá entrar na fase de senecência. Fisiologia pós-colheita 54 Respiração: • Dessa forma, o controle da respiração garante a manutenção da qualidade e prolongamento da vida útil das frutas e hortaliças, ou seja, se reduzirmos a taxa respiratória dos frutos e hortaliças, consequentemente aumentará a vida-de- prateleira dos mesmos. Fisiologia pós-colheita 55 Transpiração: • A transpiração traduz-se na evaporação de água dos tecidos, mas ao contrário das plantas em crescimento, os produtos hortofrutícolas não podem repor a água perdida após separados da planta mãe. • A transpiração do produto fresco ocasiona enrugamento, flacidez e perda de peso. Fisiologia pós-colheita 56 Transpiração: • O controle da transpiração garante que não ocorram grandes perdas de peso dos frutos e também depreciação das características sensoriais, mantendo os mesmos aptos para consumo. • Prevenção da perda da transpiração: • A principal forma de controlar a transpiração é através do uso de filmes plásticos como PVC e polietileno, além da aplicação de ceras e outras coberturas. Fisiologia pós-colheita 57 Produção de Etileno: • É um gás produzido naturalmente pelas plantas, conhecido como o hormônio do amadurecimento. • Quanto mais etileno a fruta ou a hortaliça produz, mais rapidamente ela amadurece e também entra no período de senescência. Fisiologia pós-colheita 58 Produção de Etileno: • A produção de etileno pode ser inibida ou induzida, de acordo com as condições em que as frutas e hortaliças são armazenadas. Fatores que influenciam a biossíntese: oxigênio, CO2, temperatura, luz, estresse, danos físicos... • Além disso existem inibidores da produção de etileno, que podem ser utilizados em frutas e hortaliças afim de retardar o seu amadurecimento. Fisiologia pós-colheita 59 • Para evitar perdas, como aquelas descritas no início da aula, temos duas opções: 1 - Retardar o processo de senescência o máximo possível, através do controle da respiração, transpiração e produção de etileno. 2 - Processar as frutas elaborando novos produtos que terão uma vida-de-prateleira superior às frutas, devido aos métodos de conservação empregados. Fisiologia pós-colheita 60 Obrigada! 61 62 63