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Lógica Caderno de Exercícios 1ª Edição Rodolfo Petrônio da Costa Araújo Jakler Nichele Lógica Caderno de Exercícios 1ª Edição Rodolfo Petrônio da Costa Araújo Jakler Nichele UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Humanas e Sociais Faculdade de Filoso�a www.unirio.br/cch/�loso�a Avenida Pasteur, 468 - Urca Rio de Janeiro / RJ 22290-240 Rodolfo Petrônio da Costa Araújo rodolfo.araujo@unirio.br Jakler Nichele jakler@edu.unirio.br 1ª edição: abril de 2023. 1ª revisão: agosto de 2023. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). A663l Araújo, Rodolfo Petrônio da Costa, 1958 ‒ Lógica : Caderno de Exercícios / Rodolfo Petrônio da Costa Araújo, Jakler Nichele. ‒ 1. ed. ‒ Rio de Janeiro, RJ : UNIRIO, 2023. 68 p. ISBN: 978-65-86694-13-0 1. Filosofia. 2. Lógica. 3. Silogismos. 4. Cálculo de Predicados. 5. Cálculo Proposicional. I. Nichele, Jakler, 1983 ‒ II. Título. CDD: B160 CDU: 161/162 Índice para catálogo sistemático: 1. Lógica: Filoso�a 160 Lógica Caderno de Exercícios Rodolfo Petrônio da Costa Araújo Jakler Nichele 1ª edição Rio de Janeiro, 2023 Sumário Prefácio Exercício 1 - Identi�cação de argumentos Exercício 2 - Identi�cação da força de enunciados Exercício 3 - Identi�cação de premissas e conclusão Exercício 4 - Identi�cação de premissas e conclusão Exercício 5 - Identi�cação de premissas e conclusão Exercício 6 - Argumentos dedutivos ou indutivos Exercício 7 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Exercício 8 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Exercício 9 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Exercício 10 - Extensão de proposições Exercício 11 - Extensão de proposições e distribuição de sujeito e predicado Exercício 12 - Quantidade, qualidade, simbologia e símbolo Exercício 13 - Correção e incorreção de silogismos Exercício 14 - Análise de silogismos Exercício 15 - Conclusão de silogismos Exercício 16 - Análise de silogismos Exercício 17 - Figuras, modos e validade de silogismos Exercício 18 - Conclusão de argumentos Exercício 19 - Conclusão, �gura e modo de silogismos Exercício 20 - Forma típica de proposições Exercício 21 - Forma típica de proposições Exercício 22 - Forma típica e análise de silogismos Exercício 23 - Forma típica e análise de silogismos 6 7 9 10 11 13 15 16 18 19 21 22 23 24 25 26 27 28 30 31 32 34 35 37 Exercício 24 - Forma típica e análise de silogismos Exercício 25 - Questões sobre estrutura de silogismos Exercício 26 - Questões sobre estrutura de silogismos Exercício 27 - Classi�cação de argumentos e operadores lógicos Exercício 28 - Cálculo proposicional clássico (CPC) Exercício 29 - Tabelas verdade e análise de fórmulas do CPC Exercício 30 - Recuperação da informação Exercício 31 - Expressões bem formadas no CQC Exercício 32 - Tradução de sentenças para o CQC Exercício 33 - Tradução de sentenças para o CQC Exercício 34 - Avaliação de fórmulas Exercício 35 - Transcrição de sentenças para o CQC Exercício 36 - Formalização de sentenças para o CQC Exercício 37 - Avaliação de fórmulas Exercício 38 - Transcrição de sentenças para o CQC Exercício 39 - Avaliação de fórmulas e escopo de quanti�cadores Exercício 40 - Tradução de sentenças para o CQC Exercício 41 - Tradução de sentenças para o CQC Exercício 42 - Questões gerais sobre cálculo de predicados de primeira ordem Exercício 43 - Distinção de uso e menção Exercício 44 - Distinção de uso e menção Bibliogra�a Índice Remissivo 39 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 54 55 57 58 60 61 63 64 65 66 Prefácio Este pequeno livro, nascido como produto das atividades de monitoria de Lógica nos cursos de Filoso�a e de Biblioteconomia da Unirio, apresenta uma coletânea de exercícios alinhada à proposta pedagógica da disciplina. Os exercícios foram em grande parte retirados de livros didáticos importantes de introdução à Lógica como o de Irving Copi e o de Cezar Mortari. A organização dos exercícios acompanha a sequência de desenvolvimento da disciplina para um treinamento e compreensão adequados dos conteúdos tratados em aula. Agradecemos à Faculdade de Filoso�a da Unirio pela possibilidade de construir essa jornada introdutória de formação em Lógica desde 2010. Que seja de bom proveito para os alunos e demais interessados no tema. Os autores EXERCÍCIO 1 - Identificação de Argumentos Veri�que, em cada um dos itens abaixo, se se trata ou não de um argumento: a. Ele é do signo de Leão, pois nasceu na primeira semana de agosto. b. Como pode a economia estar melhorando? O dé�cit comercial aumenta a cada dia. c. Não posso ir pra cama, mãe. O �lme ainda não acabou. d. A construção era um prédio baixo, desgastado e coberto de fuligem numa vizinhança decadente. O ruído dos ratos correndo ecoava nos ambientes vazios. e. Qualquer pessoa tão talentosa como você é deveria receber uma educação melhor. Vá para uma escola! f. Éramos de longe superados em número e em armas pelo inimigo, e as tropas deles eram constantemente abastecidas, enquanto nossas forças minguavam. Por conseguinte, um ataque direto teria sido um suicídio. g. O pulso dele estava lento, mas estava batendo. Por isso, ele estava vivo. h. Alguém aqui é capaz de entender este documento? i. Muita gente no Brasil desconhece se o Brasil apoia ou se opõe a um tratado interamericano que proíbe o aborto. j. O triângulo ABC é equiângulo. Portanto, cada um de seus ângulos internos mede 60 graus. k. Um mamífero é um animal vertebrado que amamenta sua prole. Assim, observa-se que gatos e cachorros são mamíferos, como o são ovelhas, macacos, coelhos e ursos. 7 l. Mordidas de mosquitos nem sempre são pequenas irritações inofensivas que a maioria de nós considera. Alguns tipos de mosquito como o Aedes aegypti portam o vírus da Dengue, cujos infectados podem adoecer gravemente ou mesmo morrer. m. É altamente recomendado que você dedetize seu apartamento contra danos por cupins na primeira oportunidade em que isso for possível. n. Se a educação pública continuar a falhar em melhorar a qualidade do ensino tanto nas escolas primárias como nas secundárias, então é provável que, nos próximos anos, alguns estudantes as abandonem em favor do ensino privado. 8 EXERCÍCIO 2 - Identificação da força de enunciados Classi�que cada um dos enunciados a seguir, segundo sua força, em forte ou fraco: a. Há precisamente 200 cidades com população superior a 100.000 habitantes no Brasil, segundo os resultados preliminares do censo 2010. b. Algo está acontecendo agora em algum lugar. c. Existe algo. d. Os hobbits [de O Senhor dos Anéis] são criaturas humanoides, di�cilmente com altura superior a um metro, com rostos corados e pés peludos, habitando em tocas nas encostas de uma terra chamada O Condado. e. Se existem corvos, alguns deles são machos. f. A casa do Antônio �ca no terceiro prédio à direita, tão logo você vire na Rua João Pessoa, a partir da RuaMariz e Barros, emNiterói. g. Todo organismo que está vivo hoje obteve seu material genético de organismos que um dia viveram. h. Algumas pessoas são meio esquisitas. i. Todo vertebrado possui um coração. j. Não é verdade que a cidade de Gravatá, no estado de Pernambuco, tenha neste exato momento 76.669 habitantes. 9 EXERCÍCIO 3 - Identificação de premissas e conclusão Identi�que, nos argumentos abaixo, as premissas e a conclusão: a. É improvável que compostos de ouro e argônio sejam produzidos mesmo em laboratório, muito menos na natureza, visto que é difícil fazer com que o argônio reaja com qualquer coisa, uma vez que o ouro também forma pouquíssimos compostos. b. A in�ação caiu consideravelmente, embora as taxas de juros tenham permanecido elevadas. Desse modo, em termos concretos, os empréstimos se tornaram mais caros, visto que, sob tais condições, o dinheiro emprestado não poderá ser retornado (como aconteceria com a in�ação mais alta) em quantidade altamente in�acionada de reais. c. Henrique Pizzolatonão foi tão esperto assim. Se ele realmente tivesse sido tão esperto como se pensava, o Procurador-Geral da República jamais o teria acusado de desvio de recursos públicos com base em evidências irrefutáveis. d. Muitos políticos são hipócritas. Eles dizem que devemos pagar mais impostos para manter em condições condizentes a saúde e a educação. No entanto, eles despendem grandes quantias de dinheiro em obras inúteis ou inacabadas. 10 EXERCÍCIO 4 - Identificação de premissas e conclusão Identi�que as premissas e conclusões nos seguintes textos, os quais contêm apenas um único argumento: a. Foi assinalado que, embora os ciclos de negócio não sejam períodos, são adequadamente descritos pelo termo “ciclos” e, portanto, são suscetíveis de medição. (James Arthur Estey). b. O fato de que jamais existiu uma ponte de terra entre a Austrália e a Ásia continental evidencia-se pelo fato de que as espécies animais nas duas áreas são muito diferentes. Os mamíferos placentários da Ásia e os mamíferos marsupiais australianos não têm contato nos últimos muitos milhões de anos. (T. Douglas Price; Gary M. Feinman ). c. Malthus, por exemplo, diz que os lucros e salários podem subir ao mesmo tempo, e, com frequência, é o que acontece. Isto, digo, eu, jamais pode ser verdade. Por quê? Porque o valor é medido por proporções, e um valor elevado signi�ca uma grande proporção de produto total. Desse modo, quando a proporção de um todo aumenta, a outra tem que diminuir. (David Ricardo). d. Para cada coisa que existe Deus lhe deseja algum bem. Por conseguinte, visto que amar algo nada mais é do que desejar o bem desse algo, é manifesto que Deus ama tudo o que existe. (Santo Tomás de Aquino). e. A precipitação radioativa não é a única preocupação no que se segue a explosões nucleares. As nações da Terra se muniram com um arsenal nuclear com poder explosivo igual ou superior a um milhão de bombas de Hiroshima. Estudos sugerem que a explosão de somente metade desse arsenal produziria su�ciente fuligem, fumaça, e poeira para cobrir a Terra, bloquear o Sol, e provocar um inverno nuclear que ameaçaria a sobrevivência da raça humana. (John Hill; Doris Kolb). 11 f. Maupertuis era um homem engenhoso, mas não um homem de forte sentido prático. Isto é evidenciado pelos esquemas que estava incessantemente ideando: audazes proposições para fundar uma cidade em que só se falasse latim; cavar um poço profundo a �m de encontrar novas substâncias; instituir investigações psicológicas através do ópio e da dissecação de macacos; explicar como se forma o embrião por gravitação; e assim por diante. (Ernst Mach). 12 EXERCÍCIO 5 - Identificação de premissas e conclusão Identi�que as premissas e conclusões nos seguintes argumentos (podem conter mais de um argumento). a. É ilógico raciocinar assim: “Sou mais rico do que tu, portanto, sou superior a ti”. “Sou mais eloquente do que tu, portanto, sou superior a ti”. É mais lógico raciocinar: “Sou mais rico do que tu, portanto, minha propriedade é superior à tua”. “Sou mais eloquente do que tu, portanto, meu discurso é superior ao teu”. As pessoas são algo mais do que propriedade ou fala (Epicteto,Discursos). b. Ainda que exista um embusteiro, sumamente poderoso, sumamente ardiloso, que empregue todos os seus esforços para manter-me perpetuamente ludibriado, não pode subsistir dúvida alguma de que existo, uma vez que ele me ludibria; e por mais que me engane a seu bel-prazer, jamais conseguirá que eu não exista, enquanto eu continuar pensando que sou alguma coisa. Então, uma vez ponderados escrupulosamente todos os argumentos, tenho de concluir que, sempre que digo ou concebo em meu espírito Eu sou, logo existo, esta proposição tem que ser necessariamente verdadeira (Descartes, Meditações Metafísicas). c. Consideremos as cores vermelha e branca da rocha porfírea; impeça-se a luz de incidir nela e as cores desaparecem; deixa de produzir em nós quaisquer idéias ou noções de cor. Com o retorno da luz, esta nos transmite, de novo, essas aparências. Poderá alguém pensar que alterações reais são feitas nessa rocha pela ausência ou presença da luz, e que essas ideias de brancura e vermelhidão estão realmente na rocha sob a luz, quando é evidente que não há cor no escuro? Possui, de fato, uma tal con�guração de partículas, quer de noite quer de dia, que estão aptas, graças aos raios de luz re�etidos em algumas partes dessa pedra dura, a nos transmitir a ideia de vermelhidão, e re�etir, em outras partes, a ideia de brancura. Mas o branco e o vermelho não estão na 13 pedra, em momento nenhum, tratando-se apenas de uma contextura que tem o poder de nos conceder tais sensações. (John Locke, Ensaios sobre o Entendimento Humano). 14 EXERCÍCIO 6 - Argumentos dedutivos ou indutivos Classi�que cada um dos argumentos a seguir como dedutivo ou indutivo: a. Nenhummortal pode impedir a passagem do tempo. Você é mortal. Logo, você não pode impedir a passagem do tempo. b. Está normalmente nublado quando chove. Está chovendo neste momento. Desse modo, está nublado agora. c. Não existem casos con�áveis e documentados de seres humanos com altura superior a 2,8 metros. Portanto, nunca houve um ser humano com altura superior a 2,8 metros. d. Alguns porcos têm asas. Todas as coisas que têm asas cantam. Por conseguinte, alguns porcos cantam. e. Todos são ou presidencialistas, ou parlamentaristas, ou tolos. O líder do partido na Câmara não é presidencialista. O líder do partido na Câmara não é um tolo. Em razão disso, o líder do partido na Câmara é parlamentarista. f. Se houver uma guerra nuclear, a civilização será destruída. Ora, haverá uma guerra nuclear. Conclui-se que a civilização será destruída por uma guerra nuclear. g. Do ponto de vista químico, o cloreto de potássio é bastante semelhante ao sal de cozinha comum (cloreto de sódio). Assim, o cloreto de potássio tem sabor semelhante ao do sal de cozinha. 15 EXERCÍCIO 7 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Identi�que premissa e conclusão dos argumentos abaixo. Arrisque dizer, em cada caso, se se trata de indução ou dedução: a. Como os testes demonstraram que são necessários pelo menos 2,3 segundos para manobrar a culatra do ri�e de Oswald, é óbvio que Oswald não poderia ter disparado três vezes – atingindo Kennedy duas vezes e Connaly uma vez – em 5,6 segundos ou menos. [Relatório da comissão de investigação do senado americano sobre o assassinato de John Kennedy]. b. Um horticultor que cultiva sua própria horta, com suas próprias mãos, reúne em sua própria pessoa três diferentes papéis: o de proprietário rural, o de agricultor e o de trabalhador rural. Sua produção, portanto, deveria pagar-lhe a renda do primeiro, o lucro do segundo, e o salário do terceiro. [Adam Smith, ARiqueza das Nações]. c. A água tem um calor superior ao do ar: mais calorias são necessárias para aquecer uma determinada quantidade de água do que para aquecer igual montante de ar. Assim, a temperatura do mar determina de ummodo geral a temperatura do ar acima dele. d. Como o homem é essencialmente racional, o reaparecimento constante da metafísica na história do conhecimento humano deve ter explicação na estrutura da própria razão humana. [Etienne Gilson, L´Unité de l´Expérience Philosophique]. e. A instituição do longo aprendizado não é favorável à formação de jovens para a indústria. Um jornaleiro, que trabalha por peça, é provavelmente ativo, porque extrai o benefício de todos os esforços resultantes de sua atividade. Um aprendiz é provavelmente preguiçoso, e quase sempre o é, porque não tem qualquer interesse imediato em ser outra coisa. [Adam Smith, ARiqueza das Nações]. 16 f. Nota-se, pela situação do país, pelos hábitos do povo, pela experiência que temos tido sobre esse ponto, que é impraticável levantar qualquer soma muito considerável para a tributação direta. As leis �scais têm-se multiplicado em vão; novos métodos para aplicar à arrecadação foram tentados inutilmente; a expectativa pública tem sido uniformemente desapontada e as tesourariasestaduais continuam vazias. [Alexander Hamilton, The Federalist n. XII]. 17 EXERCÍCIO 8 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Identi�que premissa e conclusão dos argumentos abaixo. Arrisque dizer, em cada caso, se se trata de indução ou dedução: a. “[...] Jim disse que as abelhas não picariam idiotas; mas não acreditei nisso, porque já experimentara uma porção de vezes e nunca me haviam picado.” (Mark Twain, A Aventuras de Huckleberry Finn). b. Apenas direi, sucintamente, que a teoria da irrealidade do mal parece-me agora insustentável. Se fosse demonstrado tudo o que pensamos ser mau era, na realidade, bom, persistiria ainda o fato de pensarmos que é mau. Isto poderia ser considerado uma ilusão ou um erro. Mas uma ilusão ou um erro são coisas tão reais quanto quaisquer outras. A crença errônea de um selvagem de que a terra é estacionária é tão real quanto o fato de um astrônomo acreditar, corretamente, que ela se movimenta. A ilusão de que o mal existe é, portanto, real. Mas, então, para mim pelo menos, parece certo que uma ilusão ou um erro que nos escondem a bondade do universo seriam, em si mesmos, um mal. Portanto, seria um mal real, em última análise. (JohnMcTaggart, Some Dogmas of Religion). c. Uma subsistência abundante incrementa o vigor físico do trabalhador, e a consoladora esperança de melhorar sua condição, a �m de terminar seus dias, talvez, no conforto e na prosperidade, anima-o a empregar ao máximo esse vigor. Assim, quando os salários são altos, veremos sempre os trabalhadores mais ativos, diligentes e desembaraçados do que quando os salários são baixos. (Adam Smith, ARiqueza das Nações). 18 EXERCÍCIO 9 - Premissas, conclusão e tipo de argumento Identi�que premissas e conclusão, e se são argumentos indutivos ou dedutivos os contidos nos trechos abaixo, justi�cando o tipo de inferência. Avalie, também, se o argumento é aceitável, isto é, se podemos considerá-lo um bom argumento. a. Porque o triângulo A é congruente ao triângulo B, e o triângulo A é isósceles, segue-se que o triângulo B é isósceles. b. A placa na torre inclinada de Pisa diz que Galileu ali executou experimentos com objetos em queda. Deve então ser o caso de Galileu ter de fato executado esses experimentos lá. c. A Enciclopédia Britânica possui um verbete sobre simbiose. A Enciclopédia Barsa (brasileira), do mesmo modo que a Britânica, é considerado um excelente trabalho de referência. Portanto, a Barsa também deve possuir um verbete sobre simbiose. d. Parece que a vontade de Deus é variável. Pois o Senhor disse (Gn 6,7): “Porque me arrependo de ter feito o homem”. Mas quem se arrepende do que fez tem uma vontade variável. Portanto, Deus tem uma vontade variável. (Santo Tomás de Aquino). e. Se uma determinada entidade é empiricamente percebida por todos ou quase todos os membros de uma comunidade, então essa entidade existe. Na história da humanidade, somente um número extremamente reduzido de pessoas proclamou ter percebido empiricamente a entidade à qual chamamos Deus. Ora, não é verdade então que Deus tenha sido empiricamente percebido por todos ou quase todos os membros das mais diversas comunidades existentes na história da humanidade. Portanto, Deus não existe. f. O mundialmente conhecido físico inglês Stephen Hawking diz que a condição do universo no instante do Big Bang era muito mais ordenada do que é presentemente. Em vista do reconhecimento que Hawking 19 possui junto à comunidade cientí�ca, devemos concluir que sua descrição do universo está correta. g. Todo elemento químico, tal como o hidrogênio e o ferro, tem uma série de lacunas, que são comprimentos de onda nos quais o elemento absorve em vez de emitir radiação. Assim, se esses comprimentos de onda estão ausentes do espectro, sabemos que o elemento está presente na estrela que está sendo observada. h. Se Alexandre o Grande morreu de febre tifo, então ele foi infectado na Índia. Ora, Alexandre o Grande de fato morreu de febre tifo. Logo, ele foi infectado na Índia. i. A nave estatal é como um navio no mar. Ora, nenhummarinheiro está autorizado a protestar contra as ordens do comandante. Pela mesma razão, a nenhum cidadão se deveria jamais conceder protestar contra as políticas presidenciais. j. Jô Soares, Paulo Betti e José Abreu são simpáticos ao socialismo. Portanto, deve ser o caso de todos os astros de TV serem simpáticos ao socialismo. 20 EXERCÍCIO 10 - Extensão de proposições Identi�que a extensão das proposições seguintes: a. Todo pássaro tem asas. b. Judas traiu. c. Os judeus forammassacrados na Segunda Guerra Mundial. d. O homem não é imortal. e. Este homem é mortal. f. A gaveta está fechada. g. O inseto tem oito patas. h. Cada cavalo é mamífero. i. Se é estudante, então é homem. 21 EXERCÍCIO 11 - Extensão de proposições e distribuição de sujeito e predicado Indique a qualidade e a quantidade de cada uma das proposições seguintes, e diga se os sujeitos e os predicados estão distribuídos ou não: a. Alguns candidatos à presidência serão pessoas tristemente desapontadas. b. Todos os que morreram em campos de concentração nazistas foram vítimas de uma tirania cruel e irracional. c. Alguns elementos instáveis recentemente identi�cados não foram descobertas inteiramente acidentais. d. Alguns membros do complexo industrial-militar são pessoas de bom senso para as quais a violência é repugnante. e. Nenhuma líder do movimento feminista é uma grande executiva de negócios. f. Todos os que defendem duramente a lei e a ordem a qualquer custo são pessoas que serão lembradas, se tanto, somente por haver falhado em compreender as grandes pressões sociais do século XXI. g. Algumas regras recentes do STF foram decisões politicamente motivadas que infringiram toda a história da prática legal no Brasil. h. Nenhum pesticida nocivo ou esfoliante químico foi contribuição genuína aos objetivos agrícolas de longo prazo para o país. i. Alguns defensores de amplas reformas políticas, sociais, e econômicas não são pessoas responsáveis que se arriscam para manter seu status quo. j. Todos os novos dispositivos que poupam esforço e trabalho são grandes ameaças ao movimento sindical. 22 EXERCÍCIO 12 - Quantidade, qualidade, simbologia e símbolo Seja a seguinte proposição Todos os F são G: a. Explique porque se trata de uma proposição particular. b. Alterá-la quanto à quantidade e simbologia. c. Alterá-la quanto à qualidade e símbolo. 23 EXERCÍCIO 13 - Correção e incorreção de silogismos Determine, a partir dos símbolos, a correção ou incorreção dos seguintes silogismos, no que se refere às regras das premissas: a. A A / A b. E O / O c. A A / E d. A A / I e. I O / A f. E O / I 24 EXERCÍCIO 14 - Análise de silogismos Identi�que a quantidade e qualidade das proposições nos argumentos silogísticos abaixo, cuidando de ordenar adequadamente as premissas, onde necessário, e indicando se o silogismo é correto ou incorreto. Caso incorreto, identi�que a regra que ele viola (você tanto pode usar as 8 regras referentes a termos e premissas, como as três regras práticas aliadas à situação de distribuição dos termos no silogismo): a. Algum homem não é virtuoso. Alguns maus são homens. Alguns maus são virtuosos. b. Alguns A são B. Todo C é A. NenhumC é B. c. Toda borboleta não é ave. Nenhuma abelha é ave. Toda abelha não é borboleta. d. Nenhum derivado de alcatrão é alimento nutritivo, porque todos os corantes arti�ciais são derivados de alcatrão, e nenhum corante arti�cial é alimento nutritivo. e. Nenhum submarino é barco de recreio, porque os barcos de recreio não andam debaixo d’água e todos os barcos que andam debaixo d’água são submarinos. 25 EXERCÍCIO 15 - Conclusão de silogismos Identi�que, a partir dos símbolos, qual a conclusão correta para cada um dos argumentos que apresentam as seguintes premissas: a. A E / ... b. I O / ... c. O I / ... d. O A / ... e. I A / ... f. E E / ... 26 EXERCÍCIO 16 - Análise de silogismos Identi�que se o silogismo é correto ou incorreto. Caso incorreto,identi�que a regra que ele viola (você tanto pode usar as 8 regras referentes a termos e premissas, como as três regras práticas aliadas à situação de distribuição dos termos no silogismo): a. Todo círculo é redondo. Todo círculo é �gura. Toda �gura é redonda. b. Todo animal é vivente. Algum vivente é planta. Alguma planta é animal. c. Os etíopes são negros. Todo etíope é homem. Todo homem é negro. d. Todo tolo é aborrecido. Algum falante não é aborrecido. Algum falante não é tolo. 27 EXERCÍCIO 17 - Figuras, modos e validade de silogismos Identi�que as �guras e os modos dos silogismos abaixo, indicando se são válidos ou não (use as regras de distribuição): a. Todo ser vivo se alimenta. Ora, todo vegetal é um ser vivo. Logo, todo vegetal se alimenta. b. Nenhum homem odeia a vida. Ora, todo desesperado é homem. Logo, nenhum desesperado odeia a vida. c. Tudo o que favorece o mal é pernicioso. Ora, alguma indulgência favorece o mal. Logo, alguma indulgência é perniciosa. d. Nenhuma coisa perniciosa é louvável. Ora, alguma indulgência é perniciosa. Logo, alguma indulgência não é louvável. e. Todo centauro é um homem-cavalo. Ora, todo centauro é um ser mítico. Logo, algum ser mítico é homem-cavalo. f. Algumministro não é honesto. Ora, todo ministro é poderoso. Logo, algum poderoso não é honesto. g. Nenhum ambicioso é desinteressado. Ora, algum ambicioso é �lantropo. Logo, algum �lantropo não é desinteressado. h. Todo invejoso é cruel. Ora, nenhum homem bom é cruel. Logo, nenhum homem bom é invejoso. 28 i. Nenhum homem cruel está em paz. Ora, todo homem bom está em paz; Logo, nenhum homem bom é homem cruel. 29 EXERCÍCIO 18 - Conclusão de argumentos Conclua corretamente os argumentos abaixo: a. Todas as aranhas têm oito patas e nenhum inseto tem oito patas, logo... b. Se todo P é H, e visto que sempre P é I, logo... c. Onde há fumaça há fogo; desse modo, quando não há fumaça no porão é porque... d. Maria está chorando agora e isto apenas ocorre sempre que Pedro lhe fala asperamente. Portanto... 30 EXERCÍCIO 19 - Conclusão, figura e modo de silogismos Identi�que a conclusão dos seguintes silogismos, indicando-lhes a �gura e o modo: a. Nenhum homem sábio fala muito. Ora, alguns velhos falammuito. Logo, ... b. Tudo o que é venenoso é nocivo ao homem. Ora, alguns frutos são venenosos. Logo, ... c. Toda coisa bela é rara. Ora, a virtude é uma coisa bela. Logo, ... d. Todo mamífero é vivíparo. Ora, todo mamífero é animal de sangue quente. Logo, ... e. Nenhuma mentira é louvável. Ora, algum elogio é mentira. Logo, … 31 EXERCÍCIO 20 - Forma típica de proposições Traduzir as seguintes proposições atípicas para proposições categóricas de forma típica: a. As rosas são fragrantes. b. As orquídeas não são fragrantes. c. Mais de um homem viveu o bastante para se arrepender de uma mocidade malbaratada. d. Nem todos os que se encontram são dignos de ter como amigos. e. Se é um Junko, é o melhor que se pode comprar. f. Se não é um autêntico Havana, não é umRopo. g. Nada é ao mesmo tempo seguro e excitante. h. Somente os bravos ganharam aMedalha de Honra do Congresso. i. Os bons conselheiros não são universalmente apreciados. j. Não vê a sua sombra quem estiver de frente para o sol. k. Ouvi-lo cantar é um arrebatamento. l. Aquele que tomar a espada morrerá pela espada. m. Somente os sócios podem usar a porta principal. n. Os fornecedores podem usar unicamente a porta de serviço. o. Os jovens turcos não apoiaram candidato algum da Velha Guarda. p. Os regulares do partido apoiam qualquer candidato da Velha Guarda. q. Eles também servem a quem mantiver, apenas, uma posição de expectativa. r. Deveras feliz é o homem que conhece suas próprias limitações. 32 s. Uma coisa bela é uma alegria eterna. t. Rezará bem quemmuito amou. u. Nem tudo o que brilha é ouro. v. Ninguém, salvo os grandes, pensa que os grandes são infelizes. w. Zomba das cicatrizes quem nunca foi ferido. x. Seja o que for que um homem semeia, ele o colherá. y. Uma resposta amável dissipa a ira. 33 EXERCÍCIO 21 - Forma típica de proposições Traduzir as seguintes proposições para a forma típica, usando parâmetros sempre que necessário: a. Ele que resmunga necessário: sempre, quando recorda seu prejuízo. b. Ela jamais vai de carro para o trabalho. c. Ele passeia por onde quer. d. Ela pede sempre, o prato mais caro do “menu”. e. Ele não dá sua opinião, a menos que lhe solicitem. f. Ele tenta vender apólices de seguro, onde quer que esteja. g. Ele �ca vermelho quando se encoleriza. h. Se lhe pedirem para dizer algumas palavras, ele falará durante horas. i. O erro de opinião pode ser tolerado, quando a razão está livre para combatê-lo. j. Nunca há mais probabilidades de os homens resolverem um assunto corretamente do que quando o discutem livremente. 34 EXERCÍCIO 22 - Forma típica e análise de silogismos Identi�que as premissas e conclusões nos seguintes argumentos, colocando-os sob a forma de um silogismo típico, indicando a �gura, o modo, e sua validade. Este exercício procura mesclar a identi�cação de argumentos com sua elaboração e teste de validade silogística. a. João não foi trabalhar esta manhã, porque vestia uma bermuda, e ele nunca veste uma bermuda para trabalhar. b. Deve haver uma greve no banco, pois há um piquete na porta, e os piquetes só estão presentes durante as greves. c. Este silogismo é válido, pois todos os silogismos inválidos cometem um processo ilícito e este silogismo não comete um processo ilícito. d. Nenhum dos presentes está sem trabalho. Nenhum associado está ausente. Portanto, todos os associados estão empregados. e. Alguns pregadores são homens de impressionante vigor. Nenhum pregador é não-intelectual. Portanto, alguns intelectuais são homens de impressionante vigor. f. Alguns metais são substâncias raras e caras, mas nenhum material de soldagem é um não-metal; portanto, alguns materiais de soldagem são substâncias raras e caras. g. Alguns abstêmios são atletas, porque os abstêmios são homens em perfeita condição física, e alguns homens em perfeita condição física não são não-atletas. h. Todos os que não são membros nem convidados dos membros são aqueles que estão excluídos; portanto, nenhum não-conformista é membro ou convidado dos membros, porque todos os que estão incluídos são conformistas. 35 i. Nem todos os que têm emprego são moderados na bebida. Somente os devedores bebem em excesso. Logo, nem todos os desempregados têm dívida. j. Todos os silogismos válidos distribuem seus termos médios em, pelo menos, uma premissa; logo, este silogismo deve ser válido, pois distribui seu termo médio em, pelo menos, uma premissa. k. A concorrência é dura, porque há muito dinheiro envolvido, e nunca há concorrência fácil, quando muito dinheiro está em jogo. l. Amanhã haverá um bom jogo, porque o título está em disputa, e nenhum encontro para disputar o título é monótono. m. Parece que a misericórdia não pode ser atribuída a Deus. Pois a misericórdia é uma espécie de compaixão, como diz Damasceno. Mas não existe compaixão em Deus; e, portanto, não há misericórdia em Deus (Tomás de Aquino. Suma Teológica I q21 a3 ad1). n. Portanto, como a moral tem in�uência nas ações e afeições, segue-se que ela não se origina da razão; e isso porque a razão, por si só, como já demonstramos, nunca pode ter tal in�uência (David Hume, Tratado da Natureza Humana). o. Nenhum escritor de artigos licenciosos e sensacionais é cidadão honesto e decente, mas alguns jornalistas não são escritores de artigos licenciosos e sensacionais; por conseguinte, alguns jornalistas são cidadãos honestos e decentes. 36 EXERCÍCIO 23 - Forma típica e análise de silogismos Identi�que as premissas e conclusões nos seguintes argumentos, colocando-os sob a forma de um silogismo típico, indicando a �gura, o modo, e sua validade. Este exercício procura mesclar a identi�cação de argumentos com sua elaboração e teste de validade silogística. a. Todos os criminosos são parasitários.Alguns neuróticos não são criminosos porque alguns neuróticos não são parasitários. b. Todos os satélites arti�ciais são importantes realizações cientí�cas; portanto, algumas importantes realizações cientí�cas não são invenções americanas, visto que alguns satélites arti�ciais não são invenções americanas. c. Todas as coisas in�amáveis são coisas inseguras; assim, todas as coisas que são seguras são não explosivas, visto que todos os explosivos são coisas in�amáveis. d. Todas as bombinhas de chocolate são alimentos que engordam, porque todas as bombinhas de chocolate são sobremesas ricas, e alguns alimentos que engordam não são sobremesas ricas. e. Algumas cobras não são animais perigosos, mas todas as cobras são répteis; portanto, alguns animais perigosos não são répteis. f. Alguns metais são substâncias raras e caras, mas nenhum material de soldagem é um não-metal; portanto, alguns materiais de soldagem são substâncias raras e caras. g. Todos os que não são membros nem convidados dos membros são aqueles que estão excluídos; portanto, nenhum não-conformista é membro ou convidado dos membros, porque todos os que estão incluídos são conformistas. 37 h. Todos os silogismos válidos distribuem seus termos médios em, pelo menos, uma premissa; logo, este silogismo deve ser válido, pois distribui seu termo médio em, pelo menos, uma premissa. i. Amanhã haverá um bom jogo, porque o título está em disputa, e nenhum encontro para disputar o título é monótono. j. Nenhum escritor de artigos licenciosos e sensacionalistas é cidadão honesto e decente, mas alguns jornalistas não são escritores de artigos licenciosos e sensacionalistas; por conseguinte, alguns jornalistas são cidadãos honestos e decentes. k. Nenhum elétron é um bóson, pois somente partículas com carga fracionária são elétrons, e nenhum bóson possui carga fracionária. 38 EXERCÍCIO 24 - Forma típica e análise de silogismos Reescrever cada um dos seguintes silogismos em forma típica e indicar seu modo e �gura: a. Nenhum submarino de propulsão nuclear é um navio mercante, assim, nenhum vaso de guerra é navio mercante, visto que todos os submarinos de propulsão nuclear são vasos de guerra. b. Alguns sempre-verdes são objetos de culto, porque todos os abetos são sempre-verdes e alguns objetos de culto são abetos. c. Todos os satélites arti�ciais são importantes realizações cientí�cas, portanto, algumas importantes realizações cientí�cas não são invenções americanas, à medida que alguns satélites arti�ciais não são invenções americanas. d. Nenhum ator de televisão é contador público, mas todos os contadores públicos são homens de bom senso comercial; segue-se que nenhum ator de televisão é homem de bom senso comercial. e. Alguns conservadores não são defensores de tarifas elevadas, porque todos os defensores de tarifas elevadas são republicanos, e alguns republicanos não são conservadores. f. Todos os aparelhos de alta �delidade são constituídos de mecanismos caros e delicados, mas nenhum mecanismo caro e delicado é um brinquedo adequado para as crianças; por consequência, nenhum aparelho de alta �delidade é um brinquedo adequado para crianças. g. Todos os delinquentes juvenis são indivíduos desajustados e alguns delinquentes juvenis são produtos de lares desfeitos; logo, alguns indivíduos desajustados são produtos de lares desfeitos. h. Nenhum indivíduo obstinado que jamais admite um erro é bom professor; portanto, como algumas pessoas bem informadas são 39 indivíduos obstinados que nunca admitem um erro, alguns bons professores não são pessoas bem informadas. i. Todas as proteínas são compostos orgânicos; daí, todas as enzimas são proteínas, porque todas as enzimas são compostos orgânicos. j. Nenhum carro de corrida foi feito para ser conduzido em velocidades moderadas, mas todos os automóveis destinados a uso familiar são veículos feitos para serem conduzidos em velocidades moderadas; segue-se, então, que nenhum carro de corrida é automóvel destinado a uso familiar. 40 EXERCÍCIO 25 - Questões sobre estrutura de silogismos Recorra às regras do silogismo para responder às seguintes perguntas: a. Poderia ser válido um silogismo categórico típico da quarta �gura cujos únicos termos distribuídos fossem as duas ocorrências de seu termo médio? b. Adicionalmente, se apenas um dos termos extremos fosse escolhido para estar distribuído na conclusão, o silogismo acima se tornaria válido em razão disso? Qual seria esse termo? 41 EXERCÍCIO 26 - Questões sobre estrutura de silogismos Considere o seguinte silogismo: “Todo paralelogramo cuja diagonal o divide em dois triângulos isósceles possui duas diagonais perpendiculares entre si. Ora, todo losango é um paralelogramo cujas diagonais o dividem em dois triângulos isósceles. Portanto, todo losango possui as diagonais perpendiculares entre si.”. a. Você concorda que se trata de um silogismo da 1ª �gura em BARBARA? Explique. b. Bem, caso sim, você concordaria que a conclusão seria tão universal quanto a premissa de maior alcance, que é a maior? c. Neste último caso, se o silogismo, do ponto de vista das relações lógicas entre os termos e as proposições, apresenta caráter essencialmente dedutivo, então não seria sua característica mais relevante o passar da proposição mais universal àquela menos universal? Explique. 42 EXERCÍCIO 27 - Classificação de argumentos e operadores lógicos Classi�que cada um dos argumentos a seguir (condicional, bicondicional, conjunção, disjunção, negação) e, em cada caso, dê o nome da(s) sentença(s) componente(s) a que o operador se aplica. a. Hoje é segunda-feira somente se ontem foi domingo. b. Hoje é segunda-feira, se ontem foi domingo. c. Se hoje é segunda-feira, ontem foi domingo. d. Ela mentiu, se hoje é segunda-feira. e. É seu aniversário se, e somente se hoje for segunda-feira. f. Ou é segunda-feira ou é segunda-feira. g. João e Maria são competentes. h. Ele é incompetente. i. Ele não é muito competente. j. Ele é competente, mas muito velho. k. Ele é competente ou corrupto. l. Se ele for competente, ela é uma mentirosa. m. Ou ele ou ela são grandemente corruptos. n. Somente se ela for uma mentirosa ele é competente. o. Embora ele seja muito competente, ela o evita. 43 EXERCÍCIO 28 - Cálculo proposicional clássico (CPC) Interpretando a letra sentencial ‘P’ como ‘está chovendo’ e a letra sentencial ‘Q’ como ‘está fazendo frio’, expresse a forma de cada uma das seguintes sentenças em língua portuguesa na linguagem do CPC: a. Está chovendo. b. Não está chovendo. c. Está chovendo ou está fazendo frio. d. Está chovendo e fazendo frio. e. Está chovendo, mas não está fazendo frio. f. Não está chovendo e fazendo frio. g. Se não está chovendo, então está fazendo frio. h. Não é o caso que, se estiver chovendo, então está fazendo frio. i. Não é o caso que, se estiver fazendo frio, então está chovendo. j. Está chovendo se, e somente se, não estiver fazendo frio. k. Nem está chovendo nem está fazendo rio. l. Se estiver fazendo frio e chovendo, então está fazendo frio. m. Se não estiver chovendo, então não está fazendo frio e chovendo. n. Ou está chovendo, ou está fazendo frio e chovendo. o. Ou está chovendo e fazendo frio, ou está fazendo frio, mas não chovendo. 44 EXERCÍCIO 29 - Tabelas verdade e análise de fórmulas do CPC Construa as tabelas verdade para determinar se as fórmulas abaixo do CPC são tautologias, contradições ou contingências. a. ((¬P∨ㄱQ)↔ (P∧Q)) b. (P→ (Q∨ ¬R)) c. (((P∧Q)∧R)→ P) d. ((P→Q)∧ (¬P∨Q)) e. (¬(P∨ ¬P)∧ (P→ P)) f. ¬((P∨ ¬P)∧ (P→ P)) 45 EXERCÍCIO 30 - Recuperação da informação Exercício-padrão de aplicação de operadores lógicos à recuperação da informação. Abaixo, encontra-se uma tabela de incidência de termos num vocabulário controlado (VC). Pede-se dizer, para cada uma das solicitações abaixo, que tipos de registros de mídia (vídeos preto e branco, vídeos coloridos, registros impressos, registros digitais em mp3 ou mp4) seriam recuperados em cada caso: a. v((C∨ P)∧(¬M∧ ¬J)) = 1 (registros com o termo Chaplin ou Piaf, mas nem com o termoMarilyn nem com o termoMichael Jackson). b. v(B→ ¬(B∧ J)) = 1 (registros em que se há o termo Bach, então neles não há os termos Bach e Michael Jackson). VC = {Charles Chaplin (C), Edith Piaf (P), Johann Bach (B), Marilyn Monroe (M), Michael Jackson (J)} Charles Chaplin Edith Piaf Johann Bach Marilyn Monroe Michael Jackson Vídeos PB 1 1 0 1 0 Vídeos Cor 0 0 0 1 1 R. Impressos 0 1 1 0 0 R. mp4, mp3 0 0 1 1 1 46 EXERCÍCIO 31 - Expressões bem formadas no CQC Diga de cada uma das expressões abaixo, se ela é ou não uma expressão bem formada da linguagem do CQC. Caso seja, diga também se ele á uma constante ou uma variável: a. a b. z2 c. xVI d. t47 e. e′ f. p0 g. 9 h. ‒a i. w725 j. pq k. q‒1 l. k 47 EXERCÍCIO 32 - Tradução de sentenças para o CQC Usando a notação sugerida, traduza as sentenças abaixo para a linguagem do CQC. c: Cleo m: Miau t: Tweety F: x é um peixe P: x é um pássaro G: x é um gato M: x é maior do que y L: x gosta mais de y do que de z a. Cleo é um pássaro. b. Miau é um peixe. c. Miau é maior que Cleo. d. Tweety é um gato. e. Tweety é maior queMiau. f. Miau é maior que Tweety. g. Miau gosta mais de Cleo do que de Tweety. h. Tweety gosta mais de Miau do que de Cleo. i. Cleo gosta mais de si mesma do que deMiau. 48 EXERCÍCIO 33 - Tradução de sentenças para o CQC Traduza as seguintes sentenças para a linguagem do CQC, usando a notação sugerida: a. Carla é pintora. (c: Carla; P: x é pintora) b. Paulo é jogador de futebol. (p: Paulo; J: x é jogador de futebol) c. Carla é mais alta que Paulo. (A: x é mais alto que y) d. Paulo é irmão de Carla. (I: x é irmão de y) e. Paulo ama Denise. (d: Denise; A: x ama y) f. Denise ama Paulo. g. Carla gosta de si própria. (G: x gosta de y) h. A Lua é satélite da Terra. (l: a Lua; t: a Terra; S: x é satélite de y) i. Carla deu a Paulo o livro de Denise. (D: x dá a y o livro de z) j. Paulo deu a Carla o livro de Denise. k. Paulo é �lho de Alberto e Beatriz. (a: Alberto; b: Beatriz; F: x é �lho de y e z) l. Florianópolis �ca entre Porto Alegre e Curitiba. (f: Florianópolis; p: Porto Alegre; c: Curitiba; E: x �ca entre y e z) m. Curitiba �ca entre Florianópolis e São Paulo. (s: São Paulo) n. Paulo comprou em Curitiba um quadro de Matisse para presentear Denise. (m: Matisse; C: x comprou em y um quadro de z para presentear w) o. Alberto comprou em São Paulo um quadro de van Gogh para presentear Beatriz. (g: van Gogh) 49 EXERCÍCIO 34 - Avaliação de fórmulas Diga, das expressões abaixo, se são fórmulas ou não, e por que, supondo que A é um símbolo de predicado zero-ário, P e Q são símbolos de propriedade, e R, de relação binária: a. Rab b. ¬Px c. aRb d. (Ra→Qb) e. ((¬Rxa↔Qb)∧ Pc) f. (𝛼∨ ¬β) g. ((¬Rxy→Qc)∧ ¬(Pb∨A)) h. (A→ (Pb∨Rcc)) 50 EXERCÍCIO 35 - Transcrição de sentenças para o CQC Usando a notação sugerida, transcreva as sentenças abaixo para a linguagem do CQC. c: Cleo m: Miau t: Tweety F: x é um peixe P: x é um pássaro G: x é um gato; M: x é maior do que y L: x gosta mais de y do que de z a. Cleo não é um pássaro. b. Miau não é um peixe. c. Miau é um gato ou é um pássaro. d. Miau é um gato e é maior que Cleo. e. Tweety não é um gato. f. Ou Tweety é maior queMiau, ouMiau é maior que Tweety. g. Se Miau é maior que Tweety, então Tweety não é maior queMiau. h. Miau é maior que Tweety, se Tweety não é maior queMiau. i. Se Miau é um gato, então não é um peixe. j. Miau gosta mais de Cleo do que de Tweety se e somente se Tweety é um pássaro. k. Tweety gosta mais de Miau do que de Cleo, mas Miau não gosta mais de Cleo do que Tweety. l. NemMiau nem Cleo são pássaros. m. Tweety não é um gato ou não é um peixe. n. Não é verdade que Tweety é um gato e um peixe. o. Não é o caso que, se Miau é um gato, então é um peixe. 51 EXERCÍCIO 36 - Formalização de sentenças para o CQC Formalize as sentenças abaixo, usando a notação sugerida: a. Carla é pintora, mas Paulo é jogador de futebol. (c: Carla; p: Paulo; P: x é pintora; J: x é jogador de futebol) b. Ou Paulo é um engenheiro, ou Carla o é. (E: x é engenheiro) c. Carla é pintora, mas Paulo é engenheiro ou jogador de futebol. d. Se Sócrates é o mestre de Platão, então Platão é um �lósofo. (s: Sócrates; p: Platão;M: x é o mestre de y; F: x é um �lósofo) e. Paulo ama Denise, que ama Ricardo. (d: Denise; r: Ricardo; A: x ama y) f. Paulo ama a si próprio se e somente se ele é narcisista. (A: x ama y;N: x é narcisista) g. Chove ou faz sol. (C: chove; S: faz sol) h. Não chove, mas nem faz sol nem está frio. (F: está frio) i. João vai à praia, se o tempo estiver bom. (j: João; P: x vai à praia; T: o tempo está bom) j. Se o tempo estiver bom, e não �zer muito frio, João irá à praia. (F: faz muito frio) k. Se o tempo não estiver bom, então, se �zer muito frio, João não irá à praia. l. A Terra é um planeta, e a Lua gira em torno da Terra. (t: a Terra; l: a Lua; P: x é um planeta;G: x gira em torno de y) m. Saturno é um planeta, mas não gira em torno de Alfa Centauri. (s: Saturno; a: Alfa Centauri) n. A Lua não é um planeta, nem gira em torno de Saturno. 52 o. Miau é um gato preto. (m: Miau;G: x é um gato; P: x é preto) p. Miau é um gato angorá que não é preto. (A: x é angorá) q. Carla é mais alta que Paulo somente se Paulo é mais baixo que Carla. (A: x é mais alto que y; B: x é mais baixo que y) · r. Carla não é mais alta que Paulo somente se for mais baixa ou tiver a mesma altura que ele. (T: x tem a mesma altura que y) 53 EXERCÍCIO 37 - Avaliação de fórmulas Supondo que C é um predicado zero-ário, que P e Q são predicados unários, e que T e R são predicados binários, diga quais das expressões abaixo são fórmulas e, caso sejam, se são atômicas, moleculares, ou gerais. a. ∀x(Px∨Tay) b. (∃xQx) c. (¬C→∀xC) d. ∃Rax↔ Pab e. (¬Rax↔ Tab) f. ¬∀w(¬Rxy→(Qx∨Tzw)) 54 EXERCÍCIO 38 - Transcrição de sentenças para o CQC Transcreva as sentenças abaixo para a linguagem do CQC, usando a notação sugerida: a. Algo é branco. (B: x é branco) b. Tudo é azul. (A: x é azul) c. Alguma coisa não é azul. (A: x é azul) d. Algo é bonito. (B: x é bonito) e. Todos são mortais. (M: x é mortal) f. Nada é insubstituível. (I: x é insubstituível) g. Nem tudo dura para sempre. (D: x dura para sempre) h. Centauros não existem. (C: x é um centauro) i. Alguma coisa não é verde. (G: x é verde) j. Cada objeto é igual a si mesmo. (I: x é igual a y) k. Há objetos que não são iguais a si mesmos. l. Nem tudo é cor-de-rosa. (R: x é cor-de-rosa) m. Nada é cor-de-rosa. n. Alguém é mais velho que Pedro. (p: Pedro;O: x é mais velho que y) o. Ninguém é mais velho que Pedro. p. Matusalém é mais velho que alguém. (m: Matusalém) q. Matusalém é mais velho que todos. r. Não é verdade queMatusalém é mais velho que todos. s. Alguém gosta de si mesmo. (G: x gosta de y) 55 t. Todos gostam de si mesmos. u. Ninguém gosta de Miau. (m: Miau) v. Alguém não gosta de si mesmo. w. Não existe alguém que goste de si mesmo. x. Não existe alguém que não goste de si mesmo. y. Ninguém gosta mais de Paulo do que de Denise. (p: Paulo; d: Denise; L: x gosta mais de y do que de z) z. Nem todos gostammais de Paulo do que de Denise. 56 EXERCÍCIO 39 - Avaliação de fórmulas e escopo de quantificadores Diga se as fórmulas abaixo são sentenças ou não, qual é o escopo de cada quanti�cador e quais são variáveis que ocorrem livres ou ligadas nelas. a. Fx b. ∀xFx c. Pa d. ∀y¬Py e. ¬∀xFx∨Ga f. ∀xPx→Qb g. ∀x(∀yRxy→Ryx) h. ∃x∀yGxy→∀y∃xGyx i. ∀xFx∨ ¬Fx j. Pa→ (Pa→ Pa) k. Ax→∀xAx l. (∃x(Qa↔Qx) ↔Qa) ↔Qx m. ¬Pa∧ ¬Qb n. ∀x∃y∀z((Sxyz∧ Szya) → Cx) 57 EXERCÍCIO 40 - Tradução de sentenças para o CQC Traduza as sentenças abaixo para a linguagem do CQC, usando a notação sugerida: a. Alguns homens não são sinceros. (H: x é homem; S: x é sincero) b. Todas as mulheres são lindas. (M: x é mulher; L: x é linda) c. Nenhum peixe é anfíbio. (P: x é peixe; A: x é anfíbio) d. Algunsmetais são líquidos. (M: x é ummetal; S: x é líquido) e. Nenhum animal é vegetal. (A: x é um animal; T: x é um vegetal) f. Nem todos os animais são invertebrados. (I: x é invertebrado) g. Alguns papagaios não são vermelhos. (P: x é um papagaio; R: x é vermelho) h. Nenhum papagaio é vermelho. i. Há ao menos um papagaio vermelho. j. Há ao menos um papagaio, e ao menos uma coisa vermelha. k. Alguns números naturais são ímpares. (N: x é um número natural; I: x é ímpar) l. Tudo que é azul é bonito. (A: x é azul; B: x é bonito) m. Todo poeta é romântico. (P: x é um poeta;R: x é romântico) n. Nenhum poeta romântico vende muitos livros. (L: x vende muitos livros) o. Qualquer pessoa que seja persistente pode aprender lógica. (P: x é uma pessoa; T: x é persistente; L: x pode aprender lógica) p. Há crianças que gostam de brincar. (C: x é criança; G: x gosta de brincar) 58 q. Toda criança gosta de brincar. r. Toda criança travessa gosta de brincar. (T: x é travessa) s. Toda criança travessa gosta de brincar e de ir ao cinema. (K: x gosta de ir ao cinema) t. Qualquer amigo de Pedro é amigo de João. (p: Pedro; j: João; A: x é amigo de y) u. Nem todos os espiões são mais perigosos do que Boris. (b: Boris; S: x é um espião;D: x é mais perigoso do que y) v. Nenhum espião é mais perigoso do que Natasha. (n: Natasha) w. Qualquer um que seja mais perigoso do que Natasha é mais perigoso do que Boris. x. Nenhum espião que seja mais perigoso do que Natasha é mais perigoso do que Boris. y. Alguém é mais perigoso do que Boris e Natasha. z. Há um espião que não é mais perigoso do que Boris e nem do que Natasha. 59 EXERCÍCIO 41 - Tradução de sentenças para o CQC Usando a notação sugerida, transcreva as sentenças abaixo para a linguagem do cálculo de predicados de primeira ordem: a: Altamiro M: x é um músico b: Bernardo N: x é uma cantora c: Catarina L: x gosta de y I: x apresentou y a z a. Ninguém gosta de Bernardo. b. Há algo de que Catarina não gosta. c. Há algo do qual Bernardo e Catarina gostam. d. Há algo do qual Bernardo gosta e algo do qual Catarina gosta. e. Se Bernardo gosta de si mesmo, então ele gosta de algo. f. Se Bernardo gosta de algo, então ele gosta de tudo. g. Existe alguma coisa da qual todos gostam. h. Ummúsico gosta de si mesmo. i. Bernardo gosta de uma cantora. j. Há ummúsico do qual todas as cantoras gostam. k. Ummúsico apresentou Bernardo a Altamiro. l. Catarina apresentou ummúsico e uma cantora a Bernardo. m. Algummúsico apresentou uma cantora a ummúsico. 60 EXERCÍCIO 42 - Questões gerais sobre cálculo de predicados de primeira ordem Identi�que as a�rmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): a. ( ) A formalização correta da sentença “A Lua não é um planeta, nem gira em torno de Saturno” (sendo P, ‘x é um planeta’; G, ‘x gira em torno de y’; ‘a’, Lua; ‘s’, Saturno) no CQC é dada por ¬ (Pa∧Gas). b. ( ) A tradução da fórmula do CQC, (Gbb → Dcb), em que G é a relação ‘x gosta de y’, D é a relação ‘x detesta y’, ‘b’ denota Bernardo, e ‘c’ denota Carmen é dada por “Se Bernardo gosta de si mesmo, então Carmen o detesta”. c. ( ) Uma interpretação ou valoração de uma fórmula válida no CQC nem sempre apresenta como resultado os valores V ou F. d. ( ) Não podemos a�rmar que um esquema qualquer de fórmula expresso na metalinguagem seja uma fórmula própria do CQC, ainda que represente uma fórmula do CQC. e. ( ) O argumento “Nenhum espião que seja mais perigoso do que Natasha é mais perigoso do que Boris” (sendo D a relação ‘x é mais perigoso do que y’; S, o predicado ‘x é um réptil’; ‘n’, denota Natasha, e ‘b’ denota Boris) pode ser escrito na linguagem do CQC com a fórmula ∀x((Sx∧Dxn) → ¬Dxb). f. ( ) O argumento “Existe pelo menos uma rosa, e pelo menos algo que seja amarelo” (sendo R, ‘x é uma rosa’; M, ‘x é amarelo’) pode ser escrito na linguagem do CQC com a fórmula (∃xRx∧∃yMy). g. ( ) A fórmula ∃xyRax → ∀yxRya, em que R é um predicado binário, é uma fórmula geral bem-formada (w�) no CQC. h. ( ) Se x é uma variável e α é uma fórmula na qual x ocorre, então∀xα e∃xα são esquemas de fórmulas gerais do CQC. 61 i. ( ) O Princípio de não-Contradição pode ser expresso simbolicamente por: ¬(P∧ ¬P). j. ( ) O Princípio de Identidade pode ser expresso simbolicamente por: (P→ P). k. ( ) O Princípio do Terceiro Excluído pode ser expresso simbolicamente por: (P∨ ¬P). l. ( ) A sentença universal negativa ‘Nenhum M é N’ pode ser simbolizada no CQC por∀x(Mx∧ ¬Nx). m. ( ) A sentença particular negativa, ‘Algum F não é G’ pode ser simbolizada no CQC por∃x(Fx→¬Gx). n. ( ) Os sinais lógicos válidos para o Cálculo de Predicados são: ¬,∧, ∨, →,↔. o. ( ) Ao introduzir uma interpretação para a linguagem do Cálculo de Predicados, de�niríamos os sinais acima, respectivamente, como equivalendo na língua portuguesa a “não”, “ou”, “e”, “causalidade (ou temporalidade) material”, e “bi-implicação”. p. ( ) A fórmula ((¬B∧ (A→B))→ ¬A) é sempre falsa. q. ( ) A fórmula (¬(A ∨ B) ↔ (¬A ∨ ¬B)) apresenta V e F, dependendo dos valores de A e B. r. ( ) A fórmula (¬(¬(¬D→G)→ (¬G∨ ¬D))) é sempre verdadeira. 62 EXERCÍCIO 43 - Distinção de uso e menção Diga se as sentenças abaixo são verdadeiras ou falsas: a. 'O nome da rosa' é o título de uma obra de Umberto Eco. b. Stanford tem oito letras. c. '3 + l' é igual a '4'. d. 'Pedro Álvares Cabral' descobriu o Brasil. e. A palavra 'Logik' não é uma palavra do português. f. "Logik" não pode ser usada como sujeito de uma sentença do português. g. "Pedro" não é o nome de Sócrates, mas é o nome de 'Pedro'. h. Há um livro de James Joyce cujo nome é Ulisses. 63 EXERCÍCIO 44 - Distinção de uso e menção Coloque aspas, ou não, nas a�rmações abaixo, de modo a torná-las verdadeiras. a. Rosa é dissílaba. b. Napoleão foi imperador da França. c. Sócrates é o nome de um �lósofo grego. d. A palavra water tem o mesmo signi�cado que a palavra portuguesa água. e. A expressão Rosa é o nome da palavra Rosa, que, por sua vez, é o nome de Rosa. f. A sentença nenhum gato é preto é falsa. g. Todavia e contudo, mas não também, têm o mesmo signi�cado que mas, contudo, não, não. h. O numeral 8 designa a soma de 4 mais 4. i. 2 + 2 é igual a 3 + l, mas 3 + 1 é diferente de 4. 64 Bibliogra�a COPI, I. M. Introdução à Lógica. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. MORTARI, C. A. Introdução à Lógica. São Paulo: Editora Unesp, 2001. 65 Índice Remissivo argumento(s) 7, 10, 11, 13, 15, 16, 18, 19, 25, 26, 30, 35, 37, 43, 61 cálculo de predicados 60, 61 categórico 32 conclusão(ões) 10, 11, 13, 16, 18, 19, 26, 31, 35, 37, 41, 42 contingências 45 contradições 45 correção/incorreção 18, 20, 24, 25, 26, 27, 30, 34, 61 CPC 44, 45 CQC 47, 48, 49, 51, 52, 55, 58, 60, 61, 62 dedução 15, 16, 18, 19, 42 distribuição 22, 25, 27, 28 enunciados 9 escopo 57 extensão 21 �gura 27, 28, 31, 35, 37, 39, 41, 42 forma 10, 12, 32, 34, 35, 37, 39, 44 forma típica 32, 34, 39 formalização 61 fórmula 45, 50, 54, 57, 61, 62 indução 15, 16, 18, 19 inferência 19 menção 63, 64 modo 10, 11, 15, 16, 19, 28, 30, 31, 35, 37, 39, 64 notação 48, 49, 51, 52, 55, 58, 60 predicado 22, 50, 54, 61, 62 binário 62 unário 54 zero-ário 50, 54 premissa 10, 11, 13, 16, 18, 19, 24, 25, 26, 27, 35, 36, 37, 38, 42 proposição 12, 13, 21, 22, 23, 25, 32, 34, 42 qualidade 8, 22, 23, 25 quantidade 10, 16, 22, 23, 25 quanti�cador 57 recuperação da informação 46 regra 22, 24, 25, 27, 28, 41 sentença 43, 44, 48, 49, 51, 52, 55, 57, 58, 60, 61, 62, 63, 64 silogismo 24, 25, 26, 27, 28, 31, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 42 símbolo 23, 24, 26, 50 66 sujeito 22, 63 tabela verdade 45 tautologias 45 tradução 61 uso 40, 63, 64 validade 28, 35, 36, 37, 38, 62 67 Esta obra foi composta nas famílias tipográ�cas EB Garamond e Oswald. Sobre os Autores RODOLFO PETRÔNIO DA COSTA ARAÚJO Doutor em Filoso�a pela PUC-Rio (2008), com mestrado em Filoso�a pela UFRJ (2004) e graduação em Engenharia Naval pela UFRJ (1980). É docente na UNIRIO desde 2010, lecionando disciplinas com ênfaseem Lógica, Epistemologia, Filoso�a da Ciência, Filoso�a da Matemática, Filoso�a da Natureza, Filoso�a da Linguagem e Introdução à Filoso�a. Coordena o Grupo de Estudos em Filoso�a e Ontologia da Natureza (GEFONT). JAKLER NICHELE Discente da graduação em Filoso�a da UNIRIO desde 2020 (bacharelado). Atua como monitor da disciplina Lógica desde 2022 e é integrante do GEFONT. Capa Sumário Prefácio Exercícios Bibliografia Índice Remissivo
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