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ResenhaSIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). MANA 11(2)577-591, 2005.

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SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903).MANA
11(2):577-591, 2005.
As problemáticas das grandes cidades para o psicológico do indivíduo
Iasmin Bastos Rodrigues
O texto do sociólogo alemão Georg Simmel, aborda a relação entre as pessoas e as grandes
cidades, e como essa questão se dá no psicológico de cada um. E também analisa de
contraponto às perspectivas da vida nas cidades pequenas, campo. Nas grandes cidades
pode-se dizer que o tempo é mais “corrido”, e acaba envolvendo os indivíduos com sua
velocidade e diversidade econômica, profissional e social. Já no campo a situação é mais
calma, pacata, e suas relações são pautadas no sentimento.
O autor também faz um destaque a ligação entre a economia monetária que se concentra nas
metrópoles. “Todas as relações de ânimo entre as pessoas fundamentam-se nas suas
individualidades, enquanto que as relações de entendimento contam os homens como
números, como elementos em si indiferentes, que só possuem um interesse de acordo com
suas capacidades consideráveis objetivamente”. (p3), pode-se observar assim que o sociólogo
faz uma analogia entre as relações primárias dos produtores com os clientes, que se tem uma
correlação, já nas metrópoles modernas os produtores e seus fregueses são completamente
desconhecidos uns dos outros.
Simmel traz uma linha de pensamento que o espírito moderno torna-se cada vez mais um
espírito contábil, uma vez que a questão monetária está presente na vida das pessoas em,
comparações, cálculos, pontualidade e etc. Pois, quando a vida das pessoas que moram nas
metrópoles se tornam, complexas, cheia, é de extrema necessidade o compromisso com a
pontualidade em suas atividades.
O sociólogo aborda algumas consequências, como o blasé dos indivíduos, que é o resultado
da intensificação dos estímulos nervosos através da rapidez e intelectualidade da cidade
grande, levando assim o indivíduo a incapacidade de reagir a novos estímulos. O blasé, os
significados, as distinções, vão se tornando irrelevantes, já que o dinheiro que é o dominador
total dos valores, o que fez destruir, acabar com a peculiaridade e o valor específico, e até
sentimental dos objetos.
E com o intuito de se ajustar à metrópole, acaba se criando uma indiferença entre os
indivíduos, o que acaba sendo vista de uma forma negativa aos olhos das pessoas que moram
em cidades pequenas. Porém é o que lhe dá uma espécie de liberdade pessoal, o que acaba
levando a uma grande tendência de desenvolvimento social. “l. O estádio mais inicial das
formações sociais (…) é este: um círculo relativamente pequeno, com uma limitação
excludente rigorosa perante círculos vizinhos, estranhos ou de algum modo antagônicos, e em
contrapartida com uma limitação includente estrita em si mesmo, que permite ao membro
singular apenas um espaço restrito de jogo para o desdobramento de suas qualidades
peculiares e movimentos mais livres, de sua própria responsabilidade.” (p.7)- desse modo se
dá os diversos grupos sociais.
O conceito de liberdade individual e as personalidades singulares significativas trazidos pelo
autor estão relacionados à divisão de trabalho nas grandes cidades. Pois é através dessas
divisões que se compreende um grande variedade de realizações que tendem a sofre processo
de espacialização.
Na visão do sociólogo, a economia monetária e as empresas capitalistas, elas fracionam as
atividades produtivas e variedades nas etapas de ocupação, tendo assim um grande poder em
mãos, o que leva assim a questão problemática da alienação. Na sociedade urbana torna
inviável o auto reconhecimento do indivíduo como produto, seu lugar na "pirâmide", pois a
sociedade urbana industrial nada é simples, forma-se uma rede complexa e fragmentada de
relações dependentes e interdependentes.
Em conclusão, achei o texto ter uma leitura de média para difícil, para leitores iniciantes, ou
que não tenham tanta experiência na área, mas é um texto consistente, com análise e
observações importantes e coerentes, ou seja, com uma leitura atenta, o texto tem muito a
passar e acrescentar sobre as grandes cidades e a vida do espírito.
Referências: SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). MANA
11(2):577-591, 2005.
https://www.google.com/search?q=Blas%C3%A9&oq=Blas%C3%A9&aqs=chrome..69i57j0
i433i512j0i512l5j46i10i512j46i512j0i512.6359j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Simmel.
https://www.youtube.com/watch?v=IWQ8Q-L8dOU&t=315s.
https://www.google.com/search?q=Blas%C3%A9&oq=Blas%C3%A9&aqs=chrome..69i57j0i433i512j0i512l5j46i10i512j46i512j0i512.6359j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://www.google.com/search?q=Blas%C3%A9&oq=Blas%C3%A9&aqs=chrome..69i57j0i433i512j0i512l5j46i10i512j46i512j0i512.6359j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Simmel

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