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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO XIII
LICENCIATURA EM LETRAS
Davi dos Santos
Emerson 
Ianca Silva Santos
Jacqueline Santos Magalhães
ENTREVISTA: AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO (TICs) E A LUDICIDADE NO CONTEXTO EDUCACIONAL DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA.
Itaberaba
2022
1. Introdução
A chegada dos computadores pessoais no início da década de 1980, iluminou as discussões sobre a adoção das tecnologias de informação e comunicação como ferramenta pedagógica. O uso da tecnologia é inevitável e foi intensificado com a evolução científica e a globalização, desenhando uma sociedade da Informação que, tem confirmado a importância da criação do conhecimento e o uso da informação como meios constituintes do valor e poder na contemporaneidade. Sabe-se que o uso da tecnologia digital a favor do ensino não é uma novidade. Porém muitos docentes ainda enfrentam adversidades quanto a sua implementação.
A presente entrevista tem como finalidade apresentar um relato de experiências de inserção das TICs em aulas. Propõe-se com este trabalho compreender como a tecnologia está sendo incorporada nos espaços escolares e como a ludicidade está presente no contexto educacional nas aulas de Língua Portuguesa.
ENTREVISTA
Somos alunos do curso de Letras na Universidade do Estado da Bahia e estamos fazendo um trabalho sobre as Tecnologias na educação e ludicidade. Primeiramente queremos agradecer pela sua disponibilidade em conceder uma parte do seu tempo para contribuir com nosso processo de aprendizagem. Sabemos que estamos no fim do ano, muitas cobranças acerca de notas, provas, avaliações. 
Entrevistador: Quando se trata de Novas Tecnologias no contexto educacional, qual parte você, enquanto professora, acha favorável ou não favorável dentro do ambiente escolar?
Entrevistada: Umm...(começa a refletir)Quando a gente fala de tecnologia a gente tem que pensar sempre nos dois lados. É... A tecnologia nos auxilia no processo de melhoria do planejamento pedagógico para nós enquanto professores e numa maior autonomia dos alunos nesse processo que chamamos de aprendizagem. O celular...O celular, por exemplo, constitui-se numa ótima ferramenta de estudo, no entanto, se for mal usado pode prejudicar os alunos nas notas e avaliações.
Entrevistador: Em qual ou quais sentidos o celular pode auxiliar o aluno na disciplina de LP (Língua Portuguesa) pensando no contexto da sala de aula?
Entrevistada: Ah, ele pode fazer muitas coisas...Por exemplo, esses dias trabalhei com gênero jornalísticos, notícia. Pedi aos alunos para que pesquisassem uma notícia e trabalhássemos o gênero, como ele é constituído e aproveitamos para trabalharmos as figuras de linguagem. 
Entrevistador: Que relação você consegue estabelecer entre essa disciplina (LP) e as tecnologias?
Entrevistada: Quase todas e possíveis relações. Primeiro que a educação tem avançado muito nos últimos anos, meus alunos já não são os mesmos de quando eu comecei dar aulas há dez anos. Naquela época poucos tinham celulares, alguns desconheciam dessa tecnologia, e pouquíssimos sabiam da existência da internet. Para mim, enquanto professora, foi difícil aprender o tecnológico, mas o pouco que eu sei, tento interagir com meus alunos. Eu tenho que acompanhar o ritmo deles para que a disciplina faça sentido. 
Entrevistador: De que forma acontecem essas interações, sobre quais assuntos? Há algo específico?
Entrevistada: Quando falo de interação estou falando de falar na linguagem deles. Fui muito redundante agora (risos). Uso muitos temas da mídia. Se é para construir um artigo de opinião, uso algo que está sendo bem comentado pela mídia, peço para que pesquisem em celulares, tablets, computadores e nos mais variados lugares dados e comentários sobre aquele conteúdo para que produzam um texto crítico. As redes sociais contribuem muito nesse sentido, numa aula falei para eles acerca dos textos que neles veiculam, no facebook, sobretudo. Quero que percebam que os textos estão em todos os lugares, utilizo as redes sociais como exemplos.
Entrevistador: Você falou muito acerca do ensino. E quanto a você? As tecnologias auxiliam em que sentido, digo, no contexto de sala de aula? 
Entrevistada: Estou sempre utilizando vídeos interativos acerca dos assuntos abordados em sala, facilitando assim, pelo menos eu penso, a aprendizagem dos alunos na minha disciplina. É que alguns assuntos permitem fazer isso, outros não, mesmo assim tento cada vez mais adentrar nessa realidade tecnológica e contribuir com minha profissão.
Entrevistador: Para você o conhecimento multimídico, ou seja, o conhecimento polivalente de respostas rápidas atrapalha no desenvolvimento da aprendizagem do aluno?
Entrevistada: De certa maneira sim, pois os alunos ao pesquisar querem uma solução rápida e não aprofunda em suas pesquisas, não ampliando assim seus conhecimentos, utilizando muitas vezes o copia e cola.
Relações entre a entrevista e teoria- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
De acordo com Moran (2000), o professor é um pesquisador em serviço, ele está sempre reaprendendo com a prática e a pesquisa e ensinando a partir do que aprende. Nesse processo podemos imaginar as múltiplas formas de aprendizagens em que passa esse professor num cenário de avanços na tecnologia em que novas práticas de ensino têm surgido no decorrer dos últimos anos, necessitando assim, do professor, uma preocupação maior no contexto educacional.
Em uma das falas da entrevista, ao ser questionada sobre de que forma as tecnologias auxiliam na sala de aula, a entrevistada responde: Estou sempre utilizando vídeos interativos acerca dos assuntos abordados em sala, facilitando assim, pelo menos eu penso, a aprendizagem dos alunos na minha disciplina. É que alguns assuntos permitem fazer isso, outros não, mesmo assim tento cada vez mais adentrar nessa realidade tecnológica e contribuir com minha profissão.Percebe-se uma preocupação da professora em buscar meios de aperfeiçoar sua prática em sala de aula, pesquisando novas ideias e adequando seus conteúdos para que os alunos compreendam os assuntos. De acordo com Moran (2000),
Na educação escolar ou organizacional, precisamos de pessoas que sejam competentes em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial, facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de aprender, de comunicar-se. (MORAN, 2000, p.62).
A atitude da professora refletirá de modo positivo no processo de ensino-aprendizagem. Essa prática revela a preocupação do docente em atender às necessidades dos discentes a fim de contribuir para esse processo, utilizando meios cotidianos para esse processo, adequando-se, desse modo, à realidade dos alunos. Nesse sentido, haverá uma aproximação de professor e aluno, uma vez que o aluno entende que existe uma preocupação do professor em trazer metodologias novas para sala de aula. De acordo com Moran (2000, p. 63), ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. No que se refere à internet, o autor aponta como “um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender “ (MORAN, 2000, p.63). Corroborando com essa ideia, Behrens (2000, p.99) aponta que:
O uso da internet com critério pode tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo em seu conjunto. Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeo que subsidiam a produção do conhecimento. Além disso, a internet propicia a criação de ambientes ricos, motivadores, interativos, colaborativos e cooperativos.
 
Em um certo momento da entrevista, a entrevistada afirma que a tecnologia nos auxilia no processo de melhoria do planejamento pedagógico para nós enquanto professores e numa maior autonomia dos alunos nesse processo quechamamos de aprendizagem. O celular...O celular, por exemplo, constitui-se numa ótima ferramenta de estudo, no entanto, se for mal usado pode prejudicar os alunos nas notas e avaliações.Essa afirmativa é explicada na citação anterior. A internet, enquanto ferramenta tecnológica, se for bem usada, contribui significativamente para o processo educativo.
A entrevistada é categórica em afirmar que é preciso investimento tecnológico na educação pública, ainda que uma parte de seus alunos tenha celulares, os mesmos não têm acesso à internet e outra parte não tem acesso aos celulares, computadores ou tabletes, à desigualdade sócia econômica é enorme em nosso meio escolar.
Moran afirma que O objetivo do ensino e aprendizagem é incluir de maneira eficaz as inovações tecnológicas para a sala de aula, viabilizando acesso a rede e facilitando o alcance da educação para todos em tempo real. Porém a educação presencial é muito essencial e saber dosar estas duas modalidades de ensino é muito importante para as práticas educacionais. Estas mudanças demorarão muito mais do que imaginamos, pois dependemos dos poderes públicos para facilitar a inserção de internet, assim como acessórios tecnológicos para toda comunidade escolar. De acordo com Moran:
O primeiro passo é procurar de todas as formas tornar viável o acesso freqüente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias, notadamente a internet. É possível que haja salas de aulas conectadas, salas adequadas para pesquisas, laboratórios bem equipados. Professores e alunos necessitam ter facilitada a aquisição de seus próprios computadores por meio de financiamento públicos, privados – com juros baixos – e apoio de organizações sociais e não governamentais. Pode parecer utopia falar isso no Brasil atualmente, mas hoje o ensino de qualidade passa necessariamente pelo acesso rápido, continuo e abrangente a todas as tecnologias, principalmente às telemáticas. (MORAN, 2000, p.50-51).
Com a realidade que estamos enfrentando fica cada dia mais evidente que os recursos tecnológicos estão sendo essenciais para dar continuidade a educação, visto que temos muitos alunos que procuram informações imediatas e utilizando recursos mais rápidos para atender as demandas, ainda assim o professor procura mecanismos e bom senso para agilizar e detectar formas prejudiciais a informação evitando equívocos e aprimorando os conhecimentos.
Cabe salientar que, as tecnologias da informação e comunicação (TICs) realmente funcionam como uma ferramenta que possa trazer benefícios para a aprendizagem dos educandos, mas faz-se necessário um planejamento adequado de sua utilização em sala de aula. Nesse sentido, para de fato, poder fazer um bom uso dessas ferramentas em favor do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, evidencia-se a necessidade da formação e o aperfeiçoamento dos docentes.
Assim o professor de língua portuguesa precisa ter consciência da importância de sua formação contínua, de estar sempre inovando sua prática pedagógico e deter senso crítico e atitude pesquisadora para mediar o ensino da língua.
REFERÊNCIAS
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos Tarciso; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 17ª ed. São Paulo: Papirus, 2000. p. 11-66.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos Tarciso; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 17ª ed. São Paulo: Papirus, 2000. p.67-132.
ENTREVISTA: LUDICIDADE NO CONTEXTO EDUCACIONAL DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Na atual circunstâncias da educação, é notório que é preciso repensar os métodos para aplicar os conteúdos. Pois muitos professores ainda têm trabalhado com o livro didático com aulas apenas expositiva, tornando-as repetitivas, cansativas e fazendo com que o aluno só memorize . Hoje os professores têm outro grande desafio, que é, prender a atenção dos alunos que vivem rodeados de recursos tecnológicos. E é preciso que o professor repense sua prática pedagógica. O riquíssimo universo lúdico pode ser umas das ferramentas com efeito positivo, pois através dela podemos incitar a criatividade, o raciocínio lógico, interação, e o respeito dos alunos. O lúdico pode ser de grande eficácia nas aplicações dos conteúdos, pois acaba fazendo com que o aluno cresça cognitivamente. É preciso que o professor tenha em mente qual o objetivo a ser alcançado e que ele reconheça qual real significado do lúdico para aplicá-lo adequadamente em sala de aula.
Portanto, ensinar de uma forma lúdica de maneira mais dinâmica é buscar o interesse por querer cada vez mais aprender, para ajudá-los a compreender os conteúdos escolares e superar suas dificuldades. 
1.Sabendo que o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana, para você qual a importância de trabalhar a ludicidade nas aulas de Língua Portuguesa?
Diante do cenário (pós-pandêmico) no qual estamos experienciando, tornar as aulas mais atrativas seria uma forma de acolher os nossos alunos no sentido deles se sentirem sujeitos protagonistas e importante desse processo de ensino-aprendizagem. A disciplina de LPLB sempre foi a vilã da escola, por conta da sua representação construída ao longo do tempo a partir do ensino pautado nos modelos tradicionais.
2.O intenso avanço da tecnologia, o maior acesso à informação e as novas demandas do século XXI levaram a um questionamento mais agudo do modelo tradicional de educação. Como você caracteriza esse modelo de ensino tradicional de LPLB ?
O modelo de ensino fundado numa gramática pouco interativa na qual prioriza as informações descontextualizada com a vivência dos alunos. Como se fosse um modelo de educação bancária na qual nos fala Paulo Freire. Modelo este no qual prioriza as regras gramaticais, sem levar em conta a dimensão e a reflexão dos usos da linguagem em diferentes situações comunicativas.
3.A utilização do lúdico como facilitador no processo ensino aprendizagem, propõe a buscar de novas metodologias. Neste sentido, de que forma a ludicidade estaria presente neste contexto?
Acredito que através de uma aula dinâmica, levando novidades, o que é difícil nos dias de hoje até porque a juventude é muito tecnológica e detém de muitas informações instantaneamente. É trazer para sala de aula o que mais eles se interessam ou se identificam, como celular, computador e tablet, por exemplo e procurar fazer este diálogo entre as diversas linguagens como a música e a literatura. 
4.São inúmeras razões que levam os educadores a recorrerem às atividades lúdicas. Você já utilizou a ludicidade como ferramenta de ensino nas aulas de LPLB? De que forma, nos relate essa experiência. 
Olha, recentemente eu adaptei uma brincadeira bastante conhecida por eles, o “abecedário” ou “adedonha”. Trouxe para a sala abordando as classes gramaticais variáveis, como substantivo e verbo. Percebi a interação entre eles, o entrosamento maior na tentativa de consultar o colega para tirar dúvidas. Foi nítido perceber o avanço na aula e um aprendizado dos conteúdos gramaticais. Inicialmente foi pensada para servir como uma revisão o que me surpreendeu porque muitas dúvidas foram sanadas e um grande divertimento na aula.
5. Quais são os desafios enfrentados pelos professores em despertar a atenção de seus alunos, já que vivem rodeados por uma infinidade de recursos tecnológicos?
Sem dúvida não é uma tarefa fácil, sobretudo nos dias de hoje diante desse cenário pandêmico, os alunos estão muito desmotivados. Mas por outro lado, é justamente neste momento que precisamos promover aulas mais dinâmicas, inovadoras e diferenciadas. O grande desafio, é não ficar preso a um ou outro modelo de aula que envolva atividades lúdicas, sabemos que não atingiremos todos os alunos, por isso é preciso continuar e continuar, sempre num exercício de reflexão da nossa prática. 
6.Como devem ser desenvolvidasas atividades lúdicas nas aulas de Língua Portuguesa, em que você se baseia ou quais aprendizagens priorizam durante a realização dessas atividades? 
Bem, a princípio procuro incluir uma atividade na qual envolva um pequeno grupo, visando contemplar a participação coletiva, o fazer junto. Outra característica é de que levem os educandos a pensarem na resolução de problemas, proporcionando o seu protagonismo ativo. Procuro planejar atividades lúdicas das quais contribuam para o desenvolvimento de habilidades diversas, por meio de brincadeiras que envolvam situações de comunicação cotidianas. 
Durante o momento no qual se realiza uma brincadeira ou jogo, pode ser um período oportuno para o professor poder perceber as especificidades de cada educando como: dificuldade na disciplina envolvida, como se relaciona com os colegas, comportamento, interação, timidez, assimilação do conhecimento e como lidam com a derrota.
Compreende-se que a partir do momento em que o professor de Língua Portuguesa leva para sua aula uma forma diferenciada de mediar o conhencimento, isso conduzirá aos educandos a ter um novo olhar, não só para o professor, como para a disciplina que está sendo lecionada, e que na maioria das vezes é encarada como um conjunto de regras que nem sempre são mobilizadas. Para Huizinga, antes de mais nada, o jogo é uma atividade voluntária (HUIZINGA, p.09, 2000). Há um estímulo encontrado no lúdico no qual involuntariamente envolve os participantes. 
Constata-se que a ludicidade no contexto educacional, embora possua um caráter competitivo, pode também propiciar momentos de distração, descontração e fantasia dos quais contribui para o aprendizado, assim um modo de estimulo do conhecimento. O educando envolvido pela atividade sente-se mais livre para criticar, argumentar e produzir. Ele se insinua como atividade temporária, que tem uma finalidade autônoma e se realiza tendo em vista uma satisfação que consiste nessa própria realização. (HUIZINGA, p.10, 2000).
Verifica-se que através do desenvolvimento de atividades lúdicas em sala de aula não só traz conhecimento, mas uma gama de outras habilidades são desenvolvida nos estudantes. Neste prisma, evidencia-se que a ludicidade pode sim fazer parte das aulas de Língua Portuguesa e contribuir, na aprendizagem desses alunos, contudo o professor ao utilizar tal estratégia deverá desempenhá-la adequadamente na qual possa desenvolver o aluno como um todo, para a vida social e profissional. A atividade precisa ter um propósito claro e ser elaborada de acordo com os alunos que a receberão em sua aula, caso contrário o objetivo não será atingido.
HUIZINGA. Johan. Homo Ludens. O Jogo Como Elemento da Cultura – in: Natureza e Significado do Jogo como Fenômeno Cultural. Coleção Estudos. Editora Perspectiva SA. 4º edição - São Paulo - SP - Brasil

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