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GE - Métodos e Técnicas de Ensino_01_AO_04

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Métodos e Técnicas de
Ensino
GUIA DE ESTUDO
UNIDADE I
2
GUIA DA I UNIDADE-MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO 
PROF. EBER GUSTAVO DA SILVA GOMES
METODOLOGIAS DE ENSINO: POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS
PARA INÍCIO DE CONVERSA!
Olá, Estudante!
Seja bem-vindo a nossa disciplina de Métodos Quantitativos e Técnicas de Ensino. 
Espero contar com a sua dedicação nesta nova jornada de estudos. Será um prazer 
proporcionar a você informações importantes com relação a nossa disciplina.
Preparado (a). Acredito que sim!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro (a) aluno (a) em nossa jornada de estudo você terá a sua disposição vários recur-
sos com o objetivo de facilitar seu aprendizado. Aconselho antes de iniciar a leitura do 
guia de estudo, faça a leitura de seu livro texto. Você tem à sua disposição a nossa Bi-
blioteca virtual para fazer pesquisas e agregar novos conhecimentos. Ao final da nossa 
unidade acesse o Ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Em caso 
de quaisquer dúvidas pergunte ao seu tutor!
Vamos lá!
1. MÉTODOS, TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO: DO EDUCADOR AO 
EDUCANDO
Você já deve ter se perguntado: qual o melhor método para se utilizar em sala de aula? Ou talvez, algo 
como: Por que determinada técnica de ensino funciona com um professor, mas não com outro? As respos-
tas para essas perguntas não são tão simples. Comecemos pensando: se houvesse um método que fosse 
comprovadamente eficaz, por que cada um de nossos professores adotaria um método diferente? 
O que iremos discutir nessa unidade 1, está diretamente relacionado ao fazer docente e a prática em sala 
de aula. Ao longo dos anos, o ensino passou por uma série de mudanças, que modificaram fortemente os 
processos de ensino e aprendizagem, especialmente em sala de aula. 
Desde os primórdios, as pessoas se utilizavam de estratégias que os permitam transmitirem seus ensina-
mentos. A fala surge como primeiro modo de transmissão de conhecimentos, de uma geração para outra, 
e durante muito tempo a tradição oral era o principal meio de perpetuação dos costumes e tradições de 
um povo. 
3
Fonte: Link
Os registros escritos surgem como uma forma de solidificar os conhecimentos que eram socializados e 
nesse sentido, o advento da imprensa e a produção em larga escala de livros, jornais e revistas promove-
ram uma revolução no modo como o conhecimento era produzido e compartilhado. 
Atualmente, com a propagação cada vez mais acelerada das Tecnologias da Informação e Comunicação 
(TIC), o modo de transmissão de conhecimentos foi alterado substancialmente. A sociedade em rede 
(CASTELLS, 2005) é marcada, portanto, por novas formas de comunicação, interação e socialização de 
saberes.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Após esse breve histórico, é importante refletir: de que forma a escola tem sofrido os impactos dessas 
mudanças sociais? Como isso pode influenciar no modo como o professor ministra sua aula?
Fonte: Link
4
Em cada época histórica, a escola é impactada pelas mudanças ocorridas no cenário social. A forma de o 
professor conduzir os trabalhos em sala de aula tem uma relação direta com o papel que a escola desem-
penha nesse dado momento histórico. Claro, que isso não significa dizer que à medida que as mudanças 
sociais ocorrem, a escola rapidamente se reencaixa nos novos padrões (sabemos inclusive que muitas 
mudanças levam muito tempo para se processar). 
O que se pretende refletir aqui é que a escola, como espaço de construção de saberes, tem uma relação 
muito direta com o tempo e o espaço social. 
Ao pensarmos em métodos de ensino vale lembrar o que nos contavam nossos avôs, sobre os castigos e 
palmatórias. Durante muito tempo, esse tipo de forma de ensino foi aceita e, inclusive, respaldada pela 
família e pela sociedade. Nos dias atuais, a forma de ensinar e aprender despreza esse tipo de conduta 
e acolhe formas mais ligadas ao diálogo e a interação (ainda que guarde marcas fortes do caráter tradi-
cional). 
Libâneo (1994) discute a perspectiva dos métodos de ensino diretamente ligados aos métodos de apren-
dizagem. Ele elenca alguns métodos de ensino bastante recorrentes no cenário atual:
1. Método de exposição pelo professor – Bastante comum na escola, o aluno assume uma posição 
passiva perante a explanação da matéria. A exposição pode ser verbal, demonstração, ilustração, exem-
plificação.
2. Método de trabalho independente – Consiste em atividades orientadas pelo professor para que 
os alunos resolvam de maneira independente e criativa. Este método tem foco na capacidade do aluno 
de responder de forma autônoma. A forma mais comum de trabalho independente e o estudo dirigido 
individual ou em duplas.
3. Método de elaboração conjunta – É um método que pressupõe a interação entre o professor e o 
aluno com vistas a obter novos conhecimentos.
4. Método de trabalho de grupo - Consiste em distribuir atividades iguais ou não a grupos de estu-
dantes. Têm-se também formas específicas de trabalhos de grupos comuns: debate, tempestade mental, 
grupo de verbalização, grupo de observação (GV-GO), seminário, etc.
5. Atividades especiais – são aquelas que complementam os demais métodos de ensino, como ativi-
dades práticas, estudo do meio, etc.
Os métodos apresentados acima não esgotam a quantidade de outros existentes e largamente utilizados. 
Para saber um pouco mais, procure em outras fontes de pesquisa sobre: Case study-based learning ou 
Aprendizagem Baseada no Estudo de Caso e Problem Based Learning (PBL) ou Aprendizagem Baseada em 
Problemas. 
VOCÊ SABIA?
Você sabia que no Brasil existe um curso de Medicina que utiliza a Aprendizagem Ba-
seada em Problemas como modelo pedagógico? Esse é o curso de Medicina da Univer-
sidade Estadual de Santa Cruz – UESC, que fica na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia.
5
VISITE A PÁGINA
Ficou curioso para saber mais acesse o link
Boa Leitura!
Em todos os casos, é extremamente importante que o professor não se esqueça de que o ensino e a 
aprendizagem são faces de um mesmo processo. O papel do professor é mediar à aprendizagem do aluno 
e para isso, ele pode se valer de mais de um método em uma mesma aula.
VISITE A PÁGINA
Para saber um pouco mais sobre estilos de aprendizagens dos estudantes, você pode verificar o infográfi-
co desenvolvido por Lendo.org, clicando no link a seguir: LINK
O conhecimento sobre os diferentes estilos de aprendizagem, suas características e estratégias de estudo 
podem contribuir não só para entender a forma como armazenamos o conhecimento adquirido, mas tam-
bém para a maneira pela qual nos relacionamos com as pessoas e com o mundo.
A educação se propõe a pensar nos processos de aprendizagem dos estudantes. Desse modo, vale refletir: 
Como o material aprendido fica guardado na memória dos estudantes? Qual a importância da memória 
para a aprendizagem? Nos deteremos rapidamente a esse tema, discutindo como retemos as informações 
no nosso dia a dia.
2. A memória e o processo de armazenamento
 
Durante muito tempo, na escola, memorizar esteve sempre ligado a decorar datas, nomes, fórmulas 
que seriam exigidos nas provas. Com base nos estudos sobre o processo de aprendizagem da criança, 
porém, concluiu-se que a famosa decoreba era inimiga da educação.
Fonte: LINK
6
Para Sternberg (2000) a memória é o meio pelo qual os indivíduos recorrem às suas experiências passa-
das, a fim de usar essa informação no presente. Ele descreveu que os psicólogos cognitivos identificaram 
três operações básicas da memória: codificação, armazenamento e recuperação.
1. Codificação ou aquisição: sem aprendizagem não há memória e para que se possa recordar, é 
preciso aprender. A codificação diz respeito à forma como um item de informação é colocado na 
memória.
2. Armazenamento ou Retenção: é a capacidade de conservar as informações que serão utilizadas 
sempre que necessário. A retenção pode permanecer por períodos mais ou menos longos. Para que 
seja recordada ou ativada, a experiência adquirida tem que deixar algum registro no sistema nervoso,este por sua vez, tem que ser armazenado de forma permanente para permitir sua futura utilização. A 
retenção é uma condição necessária para a recuperação.
3. Recuperação ou Ativação: quando se torna necessário, as informações são recuperadas, para 
serem utilizadas na experiência presente. É quando o indivíduo tenta lembrar-se dos conteúdos que 
armazenou anteriormente. Um meio de recuperar as informações armazenadas é através da recor-
dação, que diz respeito aos esforços para produzir informação a partir da memória, por força de um 
determinado estímulo. 
A partir do que vimos acima, podemos inferir que a memória é um fator de extrema importância para a 
aprendizagem. Basicamente, nos valemos de duas memórias quando vamos recordar um material apren-
dido: a memória de curto prazo e a memória de longo prazo. 
A primeira, retém as informações por um tempo curto e limitado, podendo essas informações ser movidas 
ou não para a memória de longo prazo. Essa última, por sua vez, tem uma capacidade de armazenamento 
ilimitado e pode ser armazenada por tempo indeterminado. 
Desse modo, como os estudantes podem transferir as informações de uma memória para outra? Que 
estratégias eles podem criar para isso? Que outros fatores influenciam na retenção das informações? A 
atenção contribui para esse processo?
Você já se pegou distraído no meio da aula, da leitura e dos estudos? Quais os elementos que mais tiram 
a sua atenção? Como você faz para manter-se atento naquilo que está fazendo?
3. Atenção e os Fatores da Aprendizagem
A atenção é uma das principais competências cognitivas que o estudante precisa desenvolver no proces-
so de aprendizagem. O desenvolvimento da atenção se configura em dois momentos distintos: a atenção 
involuntária e a voluntária.
A atenção involuntária é reconhecida facilmente quando se está realizando alguma atividade e ouve-se 
um barulho forte de algo que caiu, automaticamente, a pessoa se dispersa, voltando-se para tal barulho. 
Desse modo, algo que desperte a atenção não consciente, mas, por reflexos é considerada uma atenção 
involuntária.
7
A atenção voluntária, por sua vez, ocorre por interesse do indivíduo em determinado assunto, e divide-se 
em: atenção seletiva, atenção alternada, atenção dividida.
A atenção seletiva é aquela em que o indivíduo consegue selecionar um estímulo específico em que irá 
se concentrar e mantém o foco, sem se preocupar-se com outras situações ao redor. A atenção alternada 
refere-se à capacidade de substituir um estímulo por outro. 
Por exemplo: uma pessoa está concentrada escrevendo um texto e atende a uma ligação telefônica. Nesse 
momento, ela muda seu foco atencional, alternando da escrita para se concentrar à conversa telefônica.
Na atenção dividida, é possível realizar inúmeras atividades ao mesmo tempo, por exemplo, assistir a 
televisão e fazer o almoço. Para Férnandez (2001) a atenção dividida é flutuante, sendo uma forte ca-
racterística da geração moderna. É possível ver, frequentemente, os adolescentes estudarem escutando 
música ao mesmo tempo.
Nos dias atuais somos bombardeados com uma série de diferentes estímulos. Troca de mensagens, mú-
sicas, outdoors luminosos. Quando se está lendo um livro, por exemplo, existem outros estímulos acon-
tecendo simultaneamente (o barulho do som do vizinho, as buzinas dos carros, as crianças brincando, 
etc) e, ainda assim, a pessoa mantém-se concentrada na leitura. Nesse sentido, a atenção seletiva é a 
capacidade de o sujeito escolher o estímulo ao qual irá se concentrar.
DICA
Como uma forma de exercício de concentração, que tal ficar 24 horas sem se conectar 
a internet ou usar o celular? Você conseguiria resistir a esse desafio? 
Faça registros de suas sensações e das atividades que você fez nesse período sem 
internet. Depois, compartilhe isso nas redes sociais e desafie outras pessoas a fazerem 
o mesmo. 
4. ENSINO E APRENDIZAGEM: PROCESSOS EDUCACIONAIS E TENDÊNCIAS E 
ABORDAGENS PEDAGÓGICAS
PALAVRAS DO PROFESSOR
Gostaria de iniciar essa sessão propondo uma reflexão: Ao longo dos anos muitas coi-
sas mudaram, os carros o formato das casas, as formas de comunicação. E no âmbito 
educacional, o que de fato mudou? Quais as mudanças que você consegue enxergar 
dentro dos espaços de ensino e aprendizagem? Liste ao menos três dessas mudanças.
8
Ao propor essa discussão inicial sobre os processos de ensino e a aprendizagem é importante frisar que 
aqui entendemos, de fato, como dois processos diferentes, porém indissociáveis. Eles se processam de 
modo e em tempos diferentes (o professor, por exemplo, pode trabalhar determinado conteúdo em sala 
de aula e o aluno pode levar um tempo maior para aprender o conteúdo trabalhado. Ele pode se valer 
de outros materiais, em espaços diferentes da sala de aula, para consolidar sua aprendizagem). Nesse 
sentido, é importante que possamos discutir agora os elementos principais desses processos: a escola o 
aluno e o professor.
Não queremos de modo algum tratá-los como se fossem os únicos elementos presentes nos processos 
de ensino e aprendizagem, uma vez que entendemos que o conteúdo, os recursos, a metodologia, entre 
outros, são certamente, muito importantes para consolidação dos saberes. 
Existem diversas abordagens teóricas para tratar dos processos de ensino e aprendizagem. Cada uma de-
las, leva em consideração o momento histórico, a cultura, e a sociedade na qual a educação está inserida. 
Esses são, portanto, pressupostos explícitos ou implícitos que fundamentam a ação docente em situações 
de ensino e aprendizagem. 
Para que seja possível compreender os três principais elementos apontados acima - a escola, o aluno e o 
professor - precisaremos situar qual corrente pedagógica estamos tomando como base de partida. Vale 
ressaltar que iremos nos valer da visão de educação no sentido formal1, tomando a escola como principal 
espaço representativo desse formato de educação. Desse modo, primeiramente dividiremos as principais 
abordagens segundo conceitos utilizados por Mizukami (1986) e para isso estruturamos o quadro abaixo, 
tomando como base as discussões de Santos (2005)
Quadro 1 – Abordagens pedagógicas 
Abordagem A escola O aluno O professor
Tradicional Organizada com fun-
ções claramente defi-
nidas.
Normas disciplinares 
rígidas.
É um ser “passivo” 
que deve assimilar 
os conteúdos 
transmitidos pelo 
professor.
É o transmissor dos 
conteúdos aos alunos.
Compo r ta -
mentalista
Modelo empresarial 
aplicado à escola.
Divisão entre quem 
planeja e que executa.
O aluno eficiente e 
produtivo é o que lida 
“cientificamente” com 
problemas da realida-
de.
É o educador que 
seleciona, organiza e 
aplica um conjunto de 
meios que garantem a 
eficiência do ensino.
1 Os processos de ensino e aprendizagem podem ocorrer em espaços formais e não-
formais de educação. Espaços formais entendidos como instituições de ensino como escolas, 
institutos, universidades, que são legalmente formalizadas para este fim.
9
Humanista Escola proclamada 
para todos. Afrouxa-
mento das normas dis-
ciplinares.
Um ser “ativo”. Cen-
tro do processo de 
ensino e aprendiza-
gem. 
É o facilitador da 
aprendizagem.
Cognitivista Deve dar condições 
de que o aluno possa 
aprender por si próprio.
Papel essencialmen-
te “ativo” de observar, 
experimentar, com-
parar, relacionar e ar-
gumentar.
Deve criar situações 
desafiadoras e de-
sequilibradoras, por 
meio da orientação. 
Sociocultural Deve ser organizada e 
estar funcionando bem 
para proporcionar os 
meios que a educação 
se processe de múlti-
plos aspectos.
Uma pessoa con-
creta, objetiva, que 
determina e é deter-
minada pelo social, 
político, econômico, 
individual.
A relação professor 
e aluno deve ser ho-
rizontal, ambos se 
posicionando como 
sujeitos do ato do co-
nhecimento.
Fonte: O autor, com base na obra de SANTOS (2005).
Por que é tão difícil pensar em estratégias de ensino para os alunos nos dias atuais? Como prender a 
atenção desse público quediariamente é envolvido com milhões de atividades? Quais metodologias o 
professor do Ensino Superior pode adotar em sua sala de aula? Nesse momento é importante pensar um 
pouco sobre o que é, de fato, o espaço acadêmico – as universidades, os institutos superiores, as facul-
dades – e qual o papel do professor dentro desse ambiente.
Na história da educação do Brasil, o ensino superior aparece um tanto tardiamente. No período colonial a 
formação de cursos superiores visava atender a necessidade de formação profissional que pudesse servir 
ao Rei e à corte. Todo o currículo dessa época era pensado em função das necessidades do governo im-
perial e da manutenção de uma infraestrutura que pudesse garantir a sobrevivência da corte portuguesa 
na colônia. (MENDONÇA, 2009)
Nesse contexto, é possível inferir que o ensino superior era, marcadamente, para poucos. Um grupo pe-
queno de pessoas tinha acesso a esse nível de ensino e substancialmente, a produção de conhecimentos 
era centrada em cursos específicos (Medicina, Direito, Arquitetura) que garantiam a manutenção do sta-
tus quo do reino Português no Brasil.
Muitas mudanças ocorreram de lá para cá, o que alterou significativamente o cenário do ensino superior. 
Algumas reformas empreendidas ao longo do século XX tornaram o sistema universitário mais democrá-
tico, na tentativa de minimizar as desigualdades sociais. As universidades passaram, assim, a tornar-se 
um espaço de formação de cidadãos nas diversas áreas de conhecimento. Diante disso, vale questionar: 
como os professores podem contribuir para mudar essa sociedade? De que maneira eles podem preparar 
os estudantes para serem mais críticos e construtivos?
É importante pensar que o professor deve contribuir para que a formação universitária se constitua num 
espaço de diálogo, produção de saberes, participação social e reflexão, tornando homens e mulheres 
conscientes de sua atuação no mundo e de seu papel na sociedade. Desse modo, não basta que o profes-
10
sor domine os conhecimentos específicos de sua área de conhecimento, sobretudo é importante que ele 
veja a práxis docente como um importante mecanismo de transformação social. 
Partindo dessas discussões iniciais nos detemos agora a pensar: como ensinar? Como tratar os conteúdos 
que são imprescindíveis que meu aluno aprenda? Como planejar uma aula? Como avaliar os estudantes? 
Essas são dúvidas comuns que fazem parte do imaginário de muitos professores. 
A didática é a área do conhecimento que pensa “forma como ensinar”. Entretanto, é importante salientar, 
que a didática não pode ser vista como uma disciplina que apresenta as fórmulas certas de como ensinar.
 O desenvolvimento científico dessa área contribui para que a ato educativo possa ser refletido e não 
meramente executado e reproduzido. Os processos de ensino e aprendizagem são, antes de tudo, práticas 
sociais que ultrapassam os muros da escola.
Atualmente, as discussões dentro desse campo do conhecimento, centram-se em como superar os pro-
cessos tradicionais de ensino, que enxergavam no professor a figura de protagonista e de detentor do 
conhecimento, para processos de aprendizagem que vislumbram o aluno como produtor do seu próprio 
conhecimento.
Nesse sentido, as resistências e dificuldades em lidar com esse novo paradigma que se constitui no 
ambiente educacional, são mecanismos que travam a interpretação da realidade escolar dentro de uma 
concepção político-social. Na visão de Cunha (2010, p.118) os principais paradigmas educacionais são a 
concepção bancária e a concepção libertadora de educação proposta por Paulo Freire. Para esse autor, na 
perspectiva bancária de educação:
“O ‘saber’ é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber... em lugar de 
comunicar-se o educador faz ‘comunicados’ e depósitos que os estudantes, meras incidên-
cias, recebem pacientemente, memorizam e repetem” (FREIRE, 1979, p.66). Já na concepção 
libertadora o “educador-problematizador refaz, constantemente seu ato na cognoscibilidade 
dos educandos... e estes, em lugares de ser recipientes dóceis, são agora investidores críticos 
em diálogo com o educador, investigador crítico, também (op.cit., p.80)”
Em face disso, não existem receitas prontas que funcionem em todas as salas de aulas e que possam, 
assim, ser compartilhadas como fórmulas mágicas. Atualmente, o professor se depara com desafios de 
ordens diversas que invadem o espaço escolar e que exigem uma postura docente diferenciada. A presen-
ça das tecnologias nas diversas esferas sociais e, consequentemente, nas salas de aula, é um exemplo 
das demandas com as quais o professor universitário tem que se deparar.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Então, gostou da nossa primeira unidade? Espero que tenham gostado! Agora chegou 
o momento de acessar o ambiente e responder as atividades e os fóruns avaliativos. 
Em caso de dúvidas não perca tempo, pergunte ao seu tutor! Ele está apto para fazer 
estes esclarecimentos. 
Encontramo-nos na próxima unidade! Até lá e bons estudos!
11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLS. M; CARDOSO. G. A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política. 
Casa da Moeda: Lisboa, 2005.
FERNANDEZ, Alicia. A sociedade hipercinética e desatenta medica o que produz. Porto 
Alegre, Artes Médicas, 2001.
FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LEWIN, Kurt. Fronteiras na Dinâmica de Grupo. In: Teoria do Campo em Ciência Social. 
São Paulo: Pioneira, 1965.
 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LURIA, Alexander. Curso de Psicologia Geral. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 
1979.
MENDONÇA, Ana Waleska P.C. A Universidade no Brasil. In: Revista Brasileira de Edu-
cação. Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei-
ro.2000,nº14.p.131-150.
MINICUCCI, A. Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. São Paulo: Atlas, 1997.
STEMBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
 
UNIDADE II
GUIA DE ESTUDO
Métodos e Técnicas
de Ensino
2
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO
UNIDADE II
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, Estudante! Como vão os estudos?
Seja bem-vindo a nossa unidade II, mais uma vez peço sua total atenção nesta nova etapa de estudos. 
Espero estar colaborando de maneira positiva para seu aprendizado através do estudo do nosso guia.
Vamos lá!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro aluno (a) em nossa unidade I estudamos os Métodos, Técnicas e Estratégias de Ensino, acredito que 
você tenha compreendido a importância de ter o domínio deste assunto para ter um bom desempenho 
em sua área profissional. Gostaria de lembrar a importância da leitura de seu livro-texto, ele irá nortear 
seus estudos. A nossa Biblioteca virtual está sempre à sua disposição para eventuais pesquisas. Assista 
também as nossa videoaulas! Em alguns momentos indicar a leitura de alguns links com o objetivo de 
facilitar o seu aprendizado. Não deixe de acessar o AVA e responder as atividades e os fóruns avaliativos.
3
O CONTEXTO COLETIVO ATRAVÉS DA SOCIEDADE
Desde os primórdios que a convivência em grupo é essencial para a sobrevivência. Os homens se agrupa-
vam e formavam pequenas comunidades com as quais compartilhava o fogo, os alimentos e até mesmo 
as experiências. Nesse sentido, a escola, como um dos principais espaços de coletividade humana, é 
cercada por ações que colocam os indivíduos em interação com os outros sujeitos. Porque os homens se 
organizam em torno de grupos sociais? Como a sociedade procura se estruturar? 
O homem é um ser social e como tal pressupõe-se que ele se constitui a partir da interação com outros 
indivíduos. Essa visão interacionista de enxergar a organização dos aspectos subjetivos do homem é uma 
dentre as muitas correntes que discutem a perspectiva do indivíduo enquanto ser social. 
É importante pensar que ninguém vive isolado, sem interação com outros sujeitos, ousem uma relação 
de dependência de alguém. O exemplo disso é que todos os bebês dependem de outra pessoa para que 
possam crescer e se desenvolver. Do mesmo modo, quando pensamos na criança como um ser aprendente/
aluno, é claramente fácil pensarmos como os adultos ou outras crianças estão sempre interagindo e 
promovendo a construção de conhecimentos.
 Pensando por esse viés, a escola como espaço de produção de saberes, é um ambiente permeado por 
diversos tempos e espaços de interação e colaboração entre os sujeitos. Nesse sentido, o trabalho em 
grupo na esfera educacional constitui-se uma atividade quase que natural entre os sujeitos.
DICA
Observe a imagem a seguir e reflita: Nos diversos espaços sociais as pessoas intera-
gem com inúmeras outras que são distintas em vários aspectos: características físicas, 
culturais, credo, valores, etc. Nesse sentido, de que modo a interação dessas pessoas 
por meio de trabalhos em grupo poderia ajudar a dirimir conflitos existentes entre elas, 
em virtudes dessas próprias diferenças?
Fonte:http://www1.sp.senac.br/hotsites/setor3/linha_do_tempo/linha_do_tempo.html
Para que o trabalho em grupo seja, de fato, bem aproveitado é preciso saber o que deve ser feito em 
conjunto e o que cada um pode fazer de forma separada. Saber dividir tarefas é essencial. É necessário 
compreender que não há aquele único integrante capaz de realizar uma determinada tarefa. Compartilhar 
informações e responsabilidades está diretamente ligado ao sucesso do trabalho, desse modo, cada inte-
grante do grupo deve saber dar o melhor de si e ao mesmo tempo ajudar aos outros.
4
A maior questão que precisamos levantar é: parte dos professores vem de uma formação tradicional, em 
que os alunos não tinham espaço para diálogo, eram incentivados a manterem-se calados, uns atrás dos 
outros, em filas, e isso certamente é um dos fatores que contribui para as atividades em grupos serem 
ainda tão escassas em sala de aula. Ora, mas se o agir em coletividade faz parte da natureza humana, 
porque as escolas insistem em reprimir isso? 
O nosso foco aqui é discutir o trabalho em grupo sobre a perspectiva de que um espaço de diálogo e inte-
gração entre os sujeitos. No tópico a seguir abordaremos mais sobre esse ponto.
Estratégias educacionais em grupo
Conforme discutido anteriormente, a ação coletiva do homem é algo que o acompanha desde sua ances-
tralidade. Nas instituições de ensino, o trabalho em equipe é uma importante ferramenta de interação en-
tre os estudantes. O trabalho em grupo possibilita o estudante ouvir e se posicionar, entretanto é preciso 
tomar cuidado para que a atividade não perca o sentido pedagógico.
Sabemos que as técnicas utilizadas pelos professores, voltadas para a utilização das dinâmicas de grupo 
têm sido de grande contribuição para a aprendizagem dos estudantes tendo em vista que, permite ao 
aluno participar ativamente da aprendizagem, sendo levado a refletir e construir conceitos e princípios 
complexos de maneira menos diretiva. 
Esse tipo de dinâmica promove a emancipação do sujeito, na medida em que permite a troca de ideias 
e a necessidade de argumentação em cima dos seus pontos de vista, adquirindo assim autoconfiança 
e fazendo com que o aluno deixe de ser um receptor passivo para se tornar um ser ativo na construção 
conhecimento.
Abaixo, seguem 10 relevantes justificativas para se realizar trabalhos em grupos:
1. Permite a interação de pessoas diferentes
2. Aprende a dividir e planejar tarefas
3. Desenvolve a capacidade de argumentação
4. Oportuniza ouvir a opinião dos outros
5. Estimula o respeito e a tolerância
6. Possibilita a capacidade de reflexão
7. Aprende a lidar com problemas e busca soluções eficientes
8. Oportuniza espaços de convivência assim como ocorre na sociedade
9. Aumenta a capacidade de autocrítica
10. Amplia a capacidade de se colocar no lugar do outro
Alguns estudiosos fazem importante destaque para a atividade em grupo, como estratégia para o apren-
dizado. Os estudos desenvolvidos por Vygotsky, no início do século XX, atribuíram um papel significativo 
às relações pessoais no processo de construção do conhecimento. 
Na perspectiva Vygotskyana, é por meio do aprendizado que o processo de desenvolvimento se movimen-
ta. Para ele existem dois níveis: um referente às capacidades já efetivadas, que ele chama de nível de 
5
desenvolvimento real ou efetivo, e outro, relacionado às conquistas ainda a serem construídas, chamado 
de nível de desenvolvimento potencial. 
No nível de desenvolvimento real, estão àquelas capacidades que o aluno já consolidou, aquilo que ele 
já aprendeu, domina e consegue utilizar sozinho, sem assistência de alguém mais experiente (professor 
ou outro colega). No nível de desenvolvimento potencial, está aquilo que o aluno é capaz de fazer, só que 
mediante a ajuda de outra pessoa (professor ou um colega mais experiente).
A distância entre aquilo que ele é capaz de fazer sozinho (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ele 
realiza em colaboração com os outros sujeitos do seu grupo social (nível de desenvolvimento potencial) 
caracteriza o que Vygotsky chamou de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).
 Os ambientes de aprendizagens desempenharão bem seu papel, na medida em que, partindo daquilo que 
o aluno já sabe, consiga possibilitar a ampliação e a construção de novos conhecimentos.
Para Piaget, as observações das atividades grupais põem em foco as condições intelectuais que tornam 
a pessoa capaz de cooperar e tendem a explicar o efeito da cooperação na formação de sua mente. A 
estruturação do pensamento em agrupamentos e em grupos móveis permite que cada sujeito assuma 
múltiplos pontos de vista. Nesse momento em ocorre contribuições de ajuda mútua, colaboração, o in-
divíduo raciocina com mais lógica quando discute com os outros, em reciprocidade. (MINICUCCI, 1997).
Paulo Freire aponta o processo de aprendizagem como uma ação de mão dupla. “Ninguém educa nin-
guém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (FREIRE, 
1981, p. 79). 
GUARDE ESSA IDEIA
Vale destacar aqui a clareza com que Paulo Freire aponta a importância do outro (‘os 
homens se educam entre si’) e do meio (‘mediatizados pelo mundo’) no processo de 
construção de saberes. Nesse sentido, a construção de conhecimentos, no ambiente 
educacional necessita de espaços de socialização para que isso se processe de forma 
dinâmica e colaborativa.
No trabalho em grupo, ao assumir uma postura mais ativa, o aluno desenvolve valores sociais impor-
tantes, como o respeito, a compreensão e a solidariedade, o saber ouvir e falar. Nos dias atuais, muito 
se estimula a criação de uma cultura de paz. Dessa forma, conviver, respeitar o próximo e trabalhar em 
equipe são habilidades fundamentais. 
As atividades em grupo permitem ao estudante acolher o ponto de vista alheio ao mesmo tempo em que 
cria estratégias mentais para garantir a defesa de suas ideias. 
Vale salientar que atividades em duplas ou até mesmo individuais desenvolvem habilidades como essas 
apontadas acima, bem como outros elementos que são também importantes para o desenvolvimento do 
estudante. O que queremos aqui dizer é que estas são modalidades de estudo diferentes e que não com-
petem entre si, antes se complementam. 
Como podemos ver acima, os grupos sociais são espaços de socialização e interação. Você já percebeu 
que geralmente quando há encontros de grupos (amigos, família, colegas de trabalho) as pessoas orga-
nizam dinâmicas para descontração, entretenimento ou apenas trocas de experiências? As dinâmicas de 
grupo estão presentes em diversos espaços sociais porque elas permitem a interação entre os sujeitos 
de forma não diretiva e mais livre.
Desse modo como elas podem ser utilizadas em sala de aula? Qual o papel dessas atividades no espaço 
escolar? 
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DINÂMICAS EM GRUPO 
Fonte: http://sereduc.com/6ySEbk
As dinâmicas de grupo possibilitam a tomada de consciência e facilitam a aquisiçãode novos modos de 
pensar, sentir e relacionar-se com os outros. Elas possibilitam trabalhar diversos aspectos em sala de 
aula: relacionamento interpessoal, socialização, capacidade de escuta, etc.
Assim, as pessoas que participam de dinâmicas de grupo devem encontrar um ambiente favorável, onde 
podem reduzir as próprias defesas, explorar e tomar consciência de aspectos que lhes dizem respeito. Em 
grupo, é possível estimular, de forma específica, três dimensões do funcionamento psicológico:
Ø	A dimensão emotivo-afetiva,
Ø	A dimensão cognitiva,
Ø	A dimensão experiencial.
Na dinâmica de grupo, a própria estrutura de jogos psicológicos permite ativar os processos dinâmicos 
dentro do grupo: a simulação da realidade que permite vivenciar temas relativos à vida do grupo e de cada 
um dos seus membros; as regras que norteiam o comportamento dos participantes e o espaço lúdico em 
que os membros do grupo experimentam o relacionamento interpessoal.
Kurt Lewin foi um dos primeiros estudiosos a se dedicar a investigação sobre as dinâmicas de grupo e 
também criadores da Teoria da Dinâmica dos Grupos, que busca analisar, do ponto de vista interindividual, 
as estruturas do grupo, como o poder, a comunicação e a liderança.
Para ele a maturidade dos grupos é algo essencial, pois isso é um fator determinante para a garantia 
do sentimento de pertença dos indivíduos em seus respectivos grupos (LEWIN, 1965). Todos os seres 
humanos necessitam interagir com os outros e, assim, fazem parte de grupos onde se sintam acolhidos e 
protegidos socialmente. 
A formação do grupo fundamenta-se na ideia de consenso nas relações interpessoais, ou seja, na concor-
dância comum sobre os objetivos e sobre os meios de alcança-los, resultando a solidariedade do grupo. 
Isso não significa dizer que os grupos possuem pessoas que pensa de forma homogênea em todos os 
aspectos. A lógica de consenso nas relações não pode ser confundida com a imagem de consenso nas 
ideias. Existe uma unidade que organiza o grupo (geralmente em torno de um mesmo objetivo) e que o faz 
existir e manter-se.
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VEJA O VÍDEO
Para saber mais, acesse ao vídeo, em que o autor conta um pouco sobre como desen-
volveu a Teoria da Dinâmica de Grupos.
No espaço educacional, a dinâmica de grupos é fundamental, não somente por todos os aspectos aponta-
dos até aqui, mas, sobretudo, pela fluidez e horizontalidade que ela proporciona aos trabalhos desenvol-
vidos em sala. A quebra da hierarquia faz com que as relações professor-aluno e aluno-aluno sejam mais 
simples e interativas. Isso quebra também com práticas diretivas, em que o professor era o detentor do 
conhecimento e o aluno um mero expectador dos conteúdos transmitidos.
Sugestões de dinâmicas de grupo:
1. Dinâmicas de apresentação – em que os estudantes devem se apresentar e conhecer aos ou-
tros.
2. Dinâmicas de interação – em que os alunos devem se envolver com a turma.
3. Dinâmicas de “quebra gelo” – ideais para início do ano letivo, em que as pessoas ainda não se 
conhecem.
VISITE A PÁGINA
Ficou curioso gostaria de saber mais então acesse o link.
Ainda seguindo essa mesma linha dialógica de pensamento de Kurt Lewin, a pesquisa ação surge como 
uma alternativa no campo das investigações. O que de fato, ela traz de novo? O que isso muda nos for-
matos de pesquisa?
Pesquisa-ação 
Quando se pensa em pesquisa, o que se vem à cabeça? Uma pessoa investigando um espaço ou um grupo 
de pessoas, geralmente questionando ou simplesmente observando. Você consegue pensar em um tipo 
de pesquisa em que pesquisador está de fato inserido na realidade, não mais como mero expectador de 
fatos e respostas? Um pesquisador que busca mudar a realidade que investiga? O que precisa analisar 
antes de pensar na pesquisa ação? Na imagem a seguir o que te faz refletir sobre ela? 
Fonte: http://www.elo.pro.br/cloud/aluno/atividade.php?id=71&etapa=1 
Nessa linha de pensamento, na década de 1960, na área da sociologia, a pesquisa ação surgiu como 
forma de romper com a lacuna existente entre teoria e prática. Assim, começa-se a pensar na ideia de 
que o cientista social deveria sair de seu isolamento, assumindo as consequências dos resultados de suas 
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pesquisas e colocá-los em prática, de forma a interferir no curso dos acontecimentos. As pesquisas de 
Kurt Lewin enfatizam o estudo do comportamento em seu contexto físico e social. Ele buscava investigar 
algo que fosse relevante para a realidade e imediatamente aplicável e útil. 
A pesquisa ação tem seu principal foco na informação, interação e colaboração. Constitui-se de passos 
diversos para investigação e solução de problemas. É uma forma de comprovar as ideias na prática como 
forma de aprimorar o conhecimento acerca de um tema. Baseia-se em quatro passos: 
Ø	Planejamento, 
Ø	Ação, 
Ø	Observação 
Ø	Reflexão. 
É um processo colaborativo por meio do qual os membros de uma equipe trabalham juntos para solucionar 
um problema refletindo criticamente sobre suas ações e suposições.
Essa pesquisa caracteriza-se pela intenção de transformação participativa do campo de estudo. Aqui o 
pesquisador se coloca a serviço de uma causa e tenta dar uma nova configuração a ela, contando com 
o envolvimento dos participantes. Nesse tipo de pesquisa o investigador deve assumir a todo instante a 
postura de pesquisador e participante, visando o direcionamento dialógico do grupo em prol da mudança.
Dentre as suas características duas delas destacam-se: 
1. O principal objetivo é resolver, ou pelo menos esclarecer, os problemas da situação observada; 
2. O acompanhamento das decisões e de toda a atividade é partilhada por todos os atores, em 
todo o processo. 
Em relação às etapas desse tipo de pesquisa, três podem ser ressalvadas, como as mais relevantes:
1. A aproximação, etapa na qual o pesquisador realiza um levantamento inicial da comunidade 
pesquisada, estabelece os laços e se integra ao grupo; 
2. A coleta de dados, fase em que o pesquisador já inserido, com os métodos de coleta definidos, 
age colaborativamente na busca pelos dados da pesquisa.
3. Elaboração do plano de ação (GIL, 2010). Este é o ponto de diferenciação entre a pesquisa 
ação e a pesquisa participante. No primeiro tipo de pesquisa, são pensadas as estratégias 
capazes de promover a transformação na realidade. Já na pesquisa participante não há esse 
compromisso com a mudança social, intenciona-se apenas integrar-se para conhecer. 
O elemento chave da pesquisa ação é justamente a mudança que é provocada pelos dois movimentos: a 
pesquisa e a ação, sistemicamente. O ponto positivo mais relevante dessa pesquisa é a possibilidade de 
intervir na realidade estudada, aprimorando-a e devolvendo aos sujeitos envolvidos, uma nova realidade.
Caro (a) aluno (a) o mais complexo desse modelo de estudo é o risco de não conseguir dar conta da mu-
dança efetiva. Outros sim, questões ideológicas, políticas e de poder, podem servir de base para pesqui-
sas como estas, descaracterizando os seus alicerces principais.
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PRATICANDO
Pense em grupo social no qual você considera interessante desenvolver uma pesquisa 
ação (indígenas, garis, presidiárias, etc.). Elabore um problema de pesquisa que lhe aju-
de a pensar sobre essa realidade. Defina um objetivo a ser pesquisado. Imagine quais 
ações poderiam ser feitas para investigar seu problema e inferir nele. Por fim, pense 
quais os resultados você espera alcançar. Agora, que tal por tudo isso em prática?
PALAVRAS DO PROFESSOR
Chegamos ao final da nossa unidade II, espero que tenha gostado do conteúdo que estudamos. Não dei-
xe de acessar o ambiente e responder as atividades e os fóruns avaliativos. Caso sinta alguma dificulda-
de em responder as atividades pergunte ao seu tutor!
Encontramo-nos na próxima unidade! 
Até lá e bons estudos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLS. M; CARDOSO. G. A Sociedade em Rede: do conhecimento à acção política. Casa da Moeda: 
Lisboa, 2005.
FERNANDEZ, Alicia. A sociedade hipercinética e desatenta medica o queproduz. Porto Alegre, Artes 
Médicas, 2001.
FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LEWIN, Kurt. Fronteiras na Dinâmica de Grupo. In: Teoria do Campo em Ciência Social. São Paulo: Pio-
neira, 1965.
 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LURIA, Alexander. Curso de Psicologia Geral. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1979.
MENDONÇA, Ana Waleska P.C. A Universidade no Brasil. In: Revista Brasileira de Educação. Departamen-
to de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.2000,nº14.p.131-150.
MINICUCCI, A. Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. São Paulo: Atlas, 1997.
STEMBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
UNIDADE III
GUIA DE ESTUDO
Métodos e Técnicas
de Ensino
2
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO 
GUIA DA III
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, estudante!
Vamos dar continuidade ao nosso estudo, conto com sua total atenção nesta nova jornada em busca de 
novos e importantes conhecimentos da nossa disciplina.
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Prezado (a) aluno (a) seja bem-vindo a nossa unidade III, elaborei este guia de estudo utilizando uma me-
todologia prática e objetiva para facilitar seu aprendizado. Gostaria de lembrar a importância da leitura 
de seu livro-texto, você tem à sua disposição a nossa Biblioteca virtual acesse e faça pesquisas. Ao final 
da nossa unidade acesse o ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Caso tenha alguma 
dúvida pergunte ao seu tutor!
Preparado (a). Vamos lá!
3
EDUCAÇÃO MODERNA: A NECESSIDADE DO SABER
O que precisamos saber sobre a educação?
Fonte:http://www.biblicabrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/08/duvidas.jpg
O que podemos discutir quanto à educação moderna? O que diferencia das propostas educacionais tradi-
cionais? Iremos discutir um pouco do percurso do contexto educacional que mudou a partir das necessida-
des sociais. Mas, uma questão introdutória nesta unidade para motivarmos nossas reflexões: a educação 
de fato está atendendo as mudanças sociais? Ela de fato está moderna? O que seria educação moderna? 
Moderna em quê? Estes questionamentos iniciais permitirão refletirmos para que tipos de caminhos a 
educação está se encaminhando! Então, vamos lá?
Aqui não iremos nos prender para a questão da história da educação como um todo, mas estaremos fazen-
do algumas reflexões a partir do que já foram contempladas neste percurso histórico. Vamos lá?
Você já deve saber da questão da Colonização Portuguesa aqui no Brasil a partir do descobrimento e a 
imposição dos jesuítas quererem catequisar os índios que aqui encontraram, lembra-se desta história? 
Pois bem! Seria o princípio de uma concepção de educar? Talvez para a época e seus interesses políticos, 
religiosos e pessoais era sim educar (por incrível que pareça)!
Fonte: http://danilosantanaucsal.blogspot.com.br/ 
Mas, o interessante não é apenas analisar a catequização dos jesuítas para os índios e sim observarmos 
todo o percurso educacional, os interesses religiosos, políticos e de imposição de que se houve!
LEITURA COMPLEMENTAR
Para um aprofundamento melhor quanto à história da educação no Brasil acesse este 
link de um texto, que é um artigo do Professor Paulo Ribeiro, que se encontra no site da 
Scielo. Este texto aponta toda uma questão do percurso da história educacional desde 
a colonização do Brasil até o final do Regime Militar.
Boa leitura!
4
Então, gostou da leitura do texto complementar? Que tal discutir com seus colegas e tutores virtuais nos 
fóruns de discussões?
Como podemos perceber neste texto complementar apontado, identificamos que para cada época havia 
um interesse com relação à educação brasileira, visto que passamos por diversas situações históricas 
que se relacionava com o contexto educacional. Para tanto, um dos marcos no contexto educacional 
apontamos a Lei 9394/96, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Lei esta que apresenta os direitos e deveres 
da União, Estado e Municípios com relação à educação para com os brasileiros, assim como, os direitos 
e deveres da sociedade garantindo a educação para todos.
A partir desta lei, a educação básica é contemplada com a: 
1) Educação infantil, com duração de 3 anos; 
2) Ensino fundamental, com duração de 8 anos; 
3) Ensino médio, com duração de 3 anos.
VISITE A PÁGINA
Para melhor compreensão da Lei, que tal ver na íntegra a partir deste link. Você poderá 
baixar em PDF ou ler de seu próprio Smartphone ou Tablet a versão mais atual. Lei 
9394/96 LDB.
Como você pode perceber a educação passou por grandes mudanças e paralelo a tais mudanças verifi-
camos a relação direta com os acontecimentos históricos. Assim discutimos na unidade I desta nossa 
disciplina, quando discutimos as concepções educacionais. Você se lembra? Não? Que tal voltar a ver 
aquele quadro teórico que vimos? Vamos lá? 
Quadro 1 – Abordagens pedagógicas 
Abordagem A escola O aluno O professor
Tradicional
Organizada com funções 
claramente definidas.
Normas disciplinares rígi-
das.
É um ser “passivo” 
que deve assimilar os 
conteúdos transmitidos 
pelo professor.
É o transmissor dos 
conteúdos aos alunos.
Comporta-
mentalista
Modelo empresarial aplica-
do à escola.
Divisão entre quem planeja 
e que executa.
O aluno eficiente e produti-
vo é o que lida “cientifica-
mente” com problemas da 
realidade.
É o educador que 
seleciona, organiza e 
aplica um conjunto de 
meios que garantem a 
eficiência do ensino.
Humanista
Escola proclamada para 
todos. Afrouxamento das 
normas disciplinares.
Um ser “ativo”. Centro 
do processo de ensino e 
aprendizagem.
É o facilitador da 
aprendizagem.
Cognitivista
Deve dar condições de que 
o aluno possa aprender por 
si próprio.
Papel essencialmente “ati-
vo” de observar, experimen-
tar, comparar, relacionar e 
argumentar.
Deve criar situações 
desafiadoras e desequi-
libradoras, por meio da 
orientação.
5
Sociocultural Deve ser organizada e es-
tar funcionando bem para 
proporcionar os meios que 
a educação se processe de 
múltiplos aspectos.
Uma pessoa concreta, 
objetiva, que determina e 
é determinada pelo social, 
político, econômico, indivi-
dual.
A relação professor e 
aluno deve ser horizontal, 
ambos se posicionando 
como sujeitos do ato do 
conhecimento.
Fonte: O autor, com base na obra de SANTOS (2005).
Se faz necessário resgatarmos este quadro para percebermos as concepções de educação que podemos 
destacar nas práticas educacionais que se transformou a partir de contextos históricos e a partir de pes-
quisas educacionais. 
E hoje, o que entendemos por educação será a mesma compreensão do que temos no início do século XX?
 Você já deve ter tido aquele professor ou professora que passou cálculos de matemática para fins de 
“reforço” da fórmula, que ele disse ser a razão de aprendizagem. Não foi? Você já deve ter vivenciado com 
algum professor ou professora em disciplinas de humanas, assim como a geografia e história, situações 
em que ele fazia vinte questões para você responder e “decorar” para dali tirar dez questões que cairia na 
prova. Não é verdade? Será que com esta postura ele garantiu uma educação de fato a construir signifi-
cados para o aprendizado de seus alunos e alunas?
Fazer reflexões em nossas práticas educacionais faz parte da nossa formação enquanto docente educacio-
nal. Sobretudo, por que esta nossa disciplina se refere a métodos e técnicas de ensino. Seria esta prática 
citada anteriormente o ideal para a sociedade que vivemos atualmente? O ato de educar se resume a 
isso?
Moran (2000) nos aponta que existe diferenças entre ensinar e educar, entre elas, ele destaca a questão 
de que ensino se resume a você “adestrar” o conhecimento de uma forma mecanizada sem reflexões para 
a prática social. Por outro lado, ele apresenta a educação diferentemente do ensino, como uma proposta 
de educar para a vida, para o exercícioda cidadania entre outras questões sociais. 
Quando paramos para pensar no que concerne a perspectiva da educação que queremos passamos a ob-
servar às mudanças que ocorreram inerentes as mudanças sociais e históricas. Você deve ter ouvido falar 
de situações em que a educação acontecia na escola a partir da palmatória e com isso era uma forma de 
punir os que erravam o que era para ser estudado ou não fazia as atividades propostas pelos professores 
(as). Mas será que hoje com este tipo de educação e com grandes mudanças sociais estaria de forma 
coerente? 
Fonte:http://mundodaedias.blogspot.com.br/2014/08/a-mao-palmatoria.html 
Quando paramos para pensar que já existiu a palmatória na educação para fins de “controle” e/ou “pu-
nição” nas escolas, para garantir a educação nos faz refletir se de fato funcionava estas propostas de 
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métodos nas práticas escolares. Será que garantia aprendizado? Que tal discutir com seus colegas de 
curso e tutores virtuais nos fóruns de discussões? E se a palmatória estivesse até hoje sendo usada, como 
estaríamos usando nas escolas?
Então, você já parou e refletiu na educação que precisamos ter? Será que o correto é educar por educar? 
Ou precisamos ter objetividade nas escolas do que educar?
LEITURA COMPLEMENTAR
A seguir disponibilizo para vocês um link de um texto complementar que retrata a edu- 
cação para a vida do autor Antoni Zabala, ele que defende a questão da educação 
para a formação para a vida e não para reproduções de conhecimentos. Com isso, você 
poderá fazer reflexões do que é educar para o contexto social atual. Acesse o LINK.
Quando paramos para fazermos pesquisas a respeito do que devemos contemplar na educação hoje, e 
fazemos formações continuadas assim como graduações e pós-graduações, sempre nos deparamos com 
perspectivas e concepções educacionais de modo a atender esta demanda social. Mas, será que a escola 
de fato está atenta a estas mudanças? O professor ou pr ofessora reflete nas questões que devem ser 
mudadas em suas práticas educacionais? Você ainda se depara com situações didáticas de professores 
em suas aulas com cadeiras em fileiras e sem questionamentos de modo a democratizar a educação? O 
professor ainda está caracterizado como “transmissor do conhecimento”?
Figura 3: Sala de aula tradicional do século XX
Fonte: http://sereduc.com/yN0ico
Figura 4: Sala de aula tradicional no século XXI
Fonte: http://allcet.com.br/reforco/aulas-tradicionais-sao-ineficientes-mostra-estudo/
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Como você pode perceber nas figuras anteriores (figuras 3 e 4) podemos perceber nas imagens que são 
fotografias tiradas em séculos diferentes, porém a prática educacional permanece a mesma. Quando 
pensamos em práticas educacionais de modo a contemplar a educação para a vida, nos deparamos com 
grandes reflexões e entre elas na nossa prática educacional. Será que enquanto professor ao colocar a 
minha sala de aula em círculo estarei priorizando uma prática educacional democrática? Estarei eu de fato 
refletindo em minhas ações pedagógicas enquanto professor? 
Evidentemente abrir uma turma em círculo também não é garantia de que mudei minha prática educacio-
nal, mas posso priorizar as falas dos alunos e alunas para se colocar diante dos debates, fazê-los refleti-
rem quanto aos questionamentos, e se colocarem enquanto protagonistas no percurso de sua educação. 
Enquanto professor, podemos refletir nos métodos e técnicas de nossas aulas e planejarmos para além 
das práticas de salas de aulas, de modo a ultrapassar as formas expositivas de conteúdo.
Entre as alternativas que poderão ser contempladas em nossas práticas educacionais enquanto profes-
sores, podemos destacar situações que mobilizem aos alunos e alunas a construírem significados, assim 
como propostas de atividades que fomentem as discussões, a levantar hipóteses, a vivenciar na prática 
significados efetivos de cidadania, entre outras questões que já discutimos na unidade 2 com relação a 
propostas de grupos.
DICA
Não podemos também deixar de enfatizar outros métodos de técnicas de ensino, as-
sim como estudo de casos que são exitosos para a troca de saberes e experiências, 
podemos destacar também produções de textos, dramatizações, seminários, rodas de 
conversas, a partir de discussões entre os aprendentes/alunos. 
Evidentemente que estas propostas de atividades serão contempladas a partir do olhar que o professor 
deverá ter com objetividade do que deverão aprender e como aprender com centro nas objetividades nos 
aprendentes/alunos, com isso, a educação que antes se constituía de forma verticalizada passa a ter um 
novo sentido quando observamos enquanto um ser sociável e cidadão garantindo uma aprendizagem com 
significado! 
Dizer que planejar é fácil estaria mentido, mas é uma forma que poderá garantir passos altos e largos 
dos alunos que estão aprendendo as competências e habilidades estabelecidas no Projeto Político Peda-
gógico (PPP) das escolas. Evidentemente, em cada sala de aula existe uma realidade diferente, de forma 
heterogênea, e que no cotidiano o professor (a) estarão observando as necessidades de aprimoramento 
de seus percursos didáticos para garantir a aprendizagem de seus aprendentes/alunos.
Quando paramos para observar grandes são os desafios inerentes as práticas docentes. Para tanto, o que 
deve ser o papel do docente de modo a garantir tais competências e habilidades aos nossos aprendentes/
alunos? Que tal discutirmos estas questões? 
Profissão: professor contemporâneo e à docência universitária
Você já deve ter ouvido falar que qualquer pessoa poderá ser professor na vida! Você concorda? Quando 
paramos para ver a construção do que é ser professor ao longo da história, nos deparamos com diversas 
situações. Inclusive se pararmos para analisar os próprios jesuítas, se comportaram como tal, para a 
época, evidentemente.
Mas, com o passar do tempo e necessidades que temos hoje de educar, podemos perceber que tais 
8
mudanças ocorreram na educação, inclusive a do professor que antes precisava ter apenas o antigo ma-
gistério do antigo 2° grau, hoje ensino médio, porém hoje torna-se obrigatório ter o Ensino Superior em 
Licenciatura para atuar como docente na educação básica que alterou o Art. 62 da LDB que se deu em 
20 de abril de 2009. Logo, o Art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a 
seguinte redação: 
“Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, 
em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de 
educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação 
infantil, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. A formação de docentes para 
atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação 
plena, em universidades e institutos superiores de educação”, (BRASIL, 1996)
Como podemos perceber, grandes mudanças ocorreram em relação a formação e requisitos para atuar-se 
como educador na educação brasileira. Claro, que esta relação de formação estará estreitamente rela-
cionada ao processo evolutivo educacional do país e paralelo estaremos melhorando o índice de escolari-
zação da sociedade, a medida que professores e professores (as) estarão investindo em suas formações.
Entre as formações dos professores podemos destacar o que já havíamos falado, entre elas destacamos 
a formação inicial que é a graduação. Nela, objetiva-se que o universitário contemple a formação ne-
cessária para atuar na educação básica, no caso dos profissionais da educação. Entre as disciplinas que 
serão ofertadas durante o curso que tem duração média de 4 ou 5 anos, podemos destacar as disciplinas 
especificas do curso que universitários escolherá e algumas em comum, do ponto de vista pedagógico, 
sobretudo. Entre elas os campos da psicologia educacional, sociologia e filosofia educacionais também. 
Podemos acrescentar entre outras disciplinas as metodologias e didáticas, nasquais estudamos os mé-
todos e estratégias de ensino contemplando uma boa educação significativa para os aprendentes/alunos 
exercerem sua vida cidadã! 
Levando em consideração todas estas questões, os desafios dos professores (as) são grandes. A própria 
LDB nos aponta o que compete ao professor e a professora em pleno exercício da sua profissão. Vejamos: 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento 
de ensino;
III - Zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V - Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos 
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. 
(LDB 9394, BRASIL, 1996)
A partir do que a própria LDB nos aponta, no que tange as demandas para o professor atuar enquanto 
docente, devemos destacar também o desafio dos professores universitários que atuam como formadores 
destes professores que atuarão na educação básica. Para tanto, sabemos que no contexto da história da 
educação apenas os cursos superiores ofertados eram apenas o de medicina e/ou direito para os filhos de 
latifundiários que garantia apenas a hierarquia do poder e tais cursos eram feitos apenas fora do Brasil.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Para maiores detalhes com relação a história da educação universitária podemos des-
tacar o artigo que descreve toda uma trajetória da Educação Superior até os dias 
atuais, com suas políticas públicas. Autores: Adilson pereira dos Santos & Eustáquio 
Amazonas de Cerqueria.
Gostou do texto complementar que foi proposto para você refletir? Percebeu que a necessidade de mudar 
um país de uma forma a garantir uma educação democrática se faz necessário com grandes mudanças? 
É claro que precisamos mudar ainda muito mais, porém precisamos refletir que começamos a dar passos 
largos e caminhando em frente! 
Não podemos deixar de destacar a importância do docente universitário, este que por sua vez precisará 
ter formação de pós-graduação para atuar enquanto docente. De acordo com Masetto (2003), surge no 
Brasil somente cerca de duas décadas atrás, em decorrência de uma autocrítica por parte de diversos 
membros do ensino superior, principalmente dos professores. Tal necessidade partiu de grandes desen-
volvimentos da indústria e que se precisava de formações específicas.
Quando pensamos em docentes universitários não se inclui apenas os universitários que atuaram na 
educação básica, mas se faz necessário vários cursos de formação superiores. Lembrando também da 
necessidade de termos cursos de tecnólogos e técnicos, no qual são níveis diferentes! 
E por falar em professores universitários que atuam em cursos técnicos, tecnólogos e superiores, eles não 
estarão longe de pensar em métodos e técnicas de ensino para atuarem enquanto docentes. Você sabia? 
O que pensa um professor universitário a partir de seu planejamento para contemplar em suas aulas a 
didática e a metodologia, de modo a garantir que seus aprendentes/alunos tenham competências e habi-
lidades para aprender os indicadores de desempenho atrelado as suas respectivas disciplinas? O educar 
estará para além de transmitir conhecimentos? 
Quais habilidades e competências que o professor universitário deverá contemplar de modo a formar os 
professores que atuarão na educação básica? Somos o formador do formador? Quais as práticas que de-
veremos ter enquanto professores (as) de modo que os universitários deverão desenvolver para atuarem 
enquanto futuros docentes da educação básica?
Para tanto devemos refletir: É preciso inovar na educação? O que seria inovar? Atuando com métodos e 
técnicas de ensino de formas diferenciadas garantirão uma educação que contemple uma visão holística? 
Grande são os desafios para garantir o aprendizado de nossos aprendentes/alunos! Entre os desafios de 
atuar enquanto docente podemos destacar dez princípios de educadores do terceiro milênio:
1- Aprimorar o estudante como pessoa humana;
2- Preparar o estudante para o exercício da cidadania através do ato de “fazer o bem”;
3- Construir uma escola democrática;
4- Qualificar o estudante para progredir no mundo do trabalho;
5- Fortalecer a solidariedade humana;
6- Fortalecer a tolerância recíproca;
7- Zelar pela aprendizagem dos alunos;
8- Colaborar com a articulação da escola com a família;
9- Participar ativamente da proposta pedagógica da escola;
10- Respeitar as diferenças.
10
PARA PESQUISAR
Quer aprender mais sobre a temática? Que tal aprofundar mais os nossos conhecimen-
tos? Acesse o link e retorne a leitura em seguida.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Então, refletiu sobre as questões iniciais do que é educação? O professor enquanto mediador do processo 
educacional e suas atitudes para garantir uma educação significativa! E o docente universitário, o que 
muda visto que é o formador do formador? Tais inquietações podemos perceber aos termos discutido aqui 
nesta unidade. Na próxima unidade estaremos refletindo o que muda na sociedade após a imersão das 
tecnologias no campo educacional. 
Finalizamos aqui nossa unidade III, agora chegou o momento de colocar em prática seus conhecimentos, 
acesse o ambiente e responda as atividades e os fóruns. Surgindo dúvidas, pergunte ao seu tutor!
Aguardo você na próxima unidade e bons estudos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Base (LDB). Art. 13 e 62.
CASTELLS. M; CARDOSO. G. A Sociedade em Rede: do conhecimento à acção política. Casa da Moeda: 
Lisboa, 2005.
FERNANDEZ, Alicia. A sociedade hipercinética e desatenta medica o que produz. Porto Alegre, Artes 
Médicas, 2001.
FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MENDONÇA, Ana Waleska P.C. A Universidade no Brasil. In: Revista Brasileira de Educação. Departamen-
to de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.2000,nº14.p.131-150.
MORAN. José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. José Manuel Moran, Marcos Maset-
to, Maria Aparecida Behrens. Campinas, São Paulo. Ed. Papirus 2000. 
UNIDADE IV
GUIA DE ESTUDO
Métodos e Técnicas
de Ensino
2
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO
IV UNIDADE
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, estudante!
Vamos dar continuidade ao nosso estudo, conto com sua total atenção nesta nova jornada em busca de 
novos e importantes conhecimentos da nossa disciplina.
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Prezado (a) aluno (a) seja bem-vindo (a) a nossa unidade IV, Elaborei este guia de estudo utilizando uma 
metodologia prática e objetiva para facilitar seu aprendizado. Gostaria de lembrar a importância da leitura 
de seu livro-texto! Você tem à sua disposição a nossa Biblioteca virtual acesse e faça pesquisas. Ao final 
da nossa unidade acesse o ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Caso tenha alguma 
dúvida pergunte ao seu tutor!
Preparado (a)!? Vamos lá?
3
A IMERSÃO DIGITAL NO ÂMBITO EDUCACIONAL
Você deve ter percebido que chegamos a nossa última unidade da nossa disciplina! Não é? Portanto, 
você deve estar se questionando: Quais as relações que existem das tecnologias digitais e sua imersão 
no campo educacional com os métodos e técnicas educacionais! Correto!? Se você parar e pensar existe 
todas as relações possíveis! Talvez existam dificuldades para o professor(a) perceber que tais tecnologias 
poderão facilitar o processo de mediação pedagógica, por que dependerá de uma reflexão aprofundada 
com relação a seu uso de modo a contemplar competências e habilidades com os conteúdos, assim como, 
de um bom planejamento, com seus respectivos usos, etc. Evidentemente, não será apenas com a utiliza-
ção da tecnologia que resolverá os problemas educacionais,mas, com elas poderemos pensar em vários 
métodos e técnicas de ensino a partir de quando tivermos um olhar diferenciado com seu respectivo uso.
PALAVRAS DO PROFESSOR
E você agora deve se questionar: e o ensino atual como está sendo realizado com as 
tecnologias que já estão nas escolas “pelas mãos dos alunos/as? ” Se você parar 
e pensar um pouco, as metodologias e recursos sempre foram pensadas e trazidas 
apenas pelos professores/as, (assim como vimos nas unidades anteriores). Hoje, di-
ferentemente, as tecnologias estão nas mãos dos alunos e com elas os desafios – de 
planejar as aulas utilizando-se das tecnologias digitais trazidas pelos(as) alunos(as) 
como instrumentos que favorecerão as práticas pedagógicas.
É inegável que grandes mudanças vêm ocorrendo nas sociedades diante as transições de tecnologias 
digitais e o acesso a informação cada vez mais democrático! Muito embora sabemos que não atingimos 
ainda 100% de usuários de internet em suas casas, inclusive estamos muito longe disso, por várias 
questões, entre elas a inclusão digital que está associada à inclusão social, que estaremos discutindo 
em breve! Mas, não podemos descartar que “não estar conectado pode significar estar excluído, fora do 
círculo de conversa, de um modo ou de todo um estilo de vida” (PELLANDA, 2009, p.92). Baseado nestas 
afirmativas nos deparamos com várias realidades que observamos em nosso cotidiano; pessoas nas ruas 
com seus celulares digitando e interagindo com seus amigos e familiares, a partir de aplicativos de redes 
e mídias sociais; assim como, fazendo pesquisas em sites como fontes de informações, entre outros! 
Caro(a) aluno(a), quando paramos para analisar estas questões a respeito da realidade atual da socieda-
de, em seguida nos perguntamos: por que as práticas educacionais em sua maioria ainda permanecem as 
mesmas? Quais concepções educacionais que tenho para ainda permanecer em uma perspectiva educa-
cional tradicional? Não é verdade? E se mudássemos de questionamentos e passássemos a nos questio-
narmos: Quais mudanças posso fazer em minha prática educacional a partir de tecnologias digitais? O que 
muda em minha postura enquanto docente ao utilizar tais tecnologias com meus alunos?
Muitas são as reflexões que podemos ter enquanto docente em nossa prática educacional para pensar-
mos no que será melhor para nossos alunos, não é!? Mas, uma coisa também é verdade, não precisamos 
saber de todas as tecnologias que estão disponíveis nos sites e como aplicativos, mas precisamos saber 
sua objetividade e analisarmos em qual momento de nossas práticas poderão nos auxiliar enquanto me-
diação pedagógica com a utilização das mesmas. 
VEJA O VÍDEO!
Para que você tenha e faça maiores reflexões, assista ao vídeo e observe se de fato 
as tecnologias estarão por si só mudando a postura do professor (a) com relação a 
mediação pedagógica! Pegue a pipoca e o refrigerante e bom filme! Ele é rapidinho e 
você vai adorar! 
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PALAVRAS DO PROFESSOR
Então! Gostou do vídeo!? Quais as concepções educacionais você tem a partir do uso 
das tecnologias na prática educacional? Você concorda com o papel do professor? Que 
tal discutir este vídeo nos fóruns de discussões com seus tutores virtuais, junto a seus 
colegas de curso? Qual a relação deste vídeo com a nossa disciplina de métodos e 
técnicas de ensino? 
Você percebeu que as tecnologias chegaram para agregar valores em nossas vidas!? Você concorda? 
Não? Seria hoje possível vivermos sem elas? Será que elas estão para agregar praticidade em nossas 
vidas ou de isolarmos uns dos outros!? As opiniões a respeito deste contexto são muitas e inclusive diver-
gem! Mas, é inegável que redes e mídias sociais no contexto da cibercultura provocam comportamentos 
diversos na atuação dos sujeitos aprendentes. Inclusive recorremos a Lévy (2011) que utiliza a seguinte 
argumentação:
(...) o ciberespaço permite a combinação de vários modos de comunicação. Encontramos, 
em graus de complexidade crescente: o correio eletrônico, as conferências eletrônicas, o 
hiperdocumento compartilhado, os sistemas avançados de aprendizagem ou de trabalho co-
operativo e, enfim, os mundos virtuais multiusuários (Lévy, 2011, p. 104).
Apontado por Lévy (2011) o ciberespaço favorece transformações nas sociedades comparando-se ao que 
já vivemos muito antes nas relações humanas sem o uso destas tecnologias digitais, na qual podemos 
citar, as tecnologias que geraram as fábricas a vapor, ainda no século XVIII, assim como as substituições 
das ferramentas manuais pelas máquinas, entre outras transformações que geraram novos comportamen-
tos e relações na sociedade atual Castells (2009).
Você percebeu que as tecnologias são muito mais do que aquelas que pensamos que é!? Embora te-
nhamos vários recursos de tecnologias digitais, como: tablets, smartphones, que agregam aplicativos, 
existiram outras ferramentas que também são tecnologias, inclusive o velho giz que hoje foi substituído 
pelo lápis de escrever em quadros brancos. 
Colaborando com estes olhares quanto ao uso de tecnologias digitais, destacamos também a concepção 
de Kenski (2012, p. 38) “neste momento não podemos mais identificar todas as novas tecnologias como 
orientadas para as mesmas finalidades e com os mesmos graus de complexidade. Múltiplas são as tec-
nologias e diversas são as suas finalidades e funções.” Como podemos perceber, a revolução tecnológica 
nos impulsiona a ter medidas e atuações com o uso constante destes recursos envolvendo toda uma 
transformação social ao longo das mudanças sociais, sobretudo na postura dos sujeitos que interagem a 
partir de seus respectivos usos, quebrando todas as concepções hierárquicas do conhecimento, para uma 
construção de inteligência coletiva, de todos para todos. (LÉVY, 2011; GOMES, 2014).
Caro (a) estudante, hoje vivemos em uma sociedade diferenciada e antes nunca vista! Vivemos em uma 
sociedade do compartilhamento, da colaboração e da autonomia entre os sujeitos nas redes e mídias so-
ciais! Você tem dúvida? Quem nunca pesquisou a repercussão de um produto que você deseja comprar na 
internet? Será que compraríamos algum produto ao saber que sua repercussão é baixa!? Uma outra coisa: 
você já deve ter visto algum tutorial para realizar alguma tarefa em casa ou até mesmo uma receita! Cor-
reto!? Muitas vezes, já estamos inseridos no contexto da cibercultura e não nos damos conta! Contudo, 
estar inserido neste contexto cibercultural, perpassa mais além do que tais situações vivenciadas até aqui 
apontadas! Logo, nos remetemos à concepção de Lemos (2003, p. 12) ao afirmar que a Cibercultura é “a 
forma sócio-cultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e a novas tecnologias 
de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na 
década de 70.”
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Então, você percebeu que a cibercultura está atrelada a concepções que perpassam a nossa prática social 
em apenas pesquisar as informações na internet? A partir destas construções iniciais, o que você aponta 
como ferramentas tecnológicas? O que muda em nossos comportamentos a utilização das mesmas? Qual 
a relação destas tecnologias com a nossa prática educacional ao pensarmos em métodos e técnicas 
educacionais?
Quando paramos para observar tais mudanças inerentes ao uso das tecnologias digitais, paralelamente 
pensamos como está a educação atual! Será que a escola está dando conta de atender a esta demanda? 
Os professores/as estão com formação especifica para atuar com o uso de tecnologias enquanto instru-
mentos que favorecem mediação pedagógica? Políticas públicas estão sendo pensadas para resolver tais 
questões? Utilizar-se de tecnologias digitais é sinônimo de inclusão digital e/ou social?
PALAVRAS DO PROFESSOR
Muitos questionamentos não é? Pensando nestas inquietações iniciais nos deparamos com grandes pro-
blemas que ainda persistem na educação! Entre elas a falta de infraestrutura nas escolas que impedem 
de avançarmos enquanto mediadorespara pensarmos e refletirmos em quais tecnologias devemos utilizar 
para mediar tais situações pedagógicas! Seria o fim das salas de laboratórios visto que as tecnologias 
digitais estão nas mãos dos alunos ou devemos repensar seu uso? 
Uma outra questão: qual a objetividade de usar a “tecnologia A” e não a “tecnologia B” na minha prática 
educacional? Lembre-se: toda educação deverá ser contemplada com objetividade, pensando nas compe-
tências e habilidades que os alunos/as deverão contemplar ao serem mediados pelos professores! Logo, 
planejar se faz necessário para de fato termos êxitos nas escolhas das tecnologias, agregando valores 
aos objetivos levantados inicialmente! 
VEJA O VÍDEO!
Mas, em quais momentos utilizar as tecnologias a favor da educação? Seriam todos e 
abominarmos as outras práticas educacionais!? Seria com o uso das tecnologias o úni-
co método e técnica de ensino? Que tal analisarmos o vídeo que foi tema do fantástico 
em 2 de agosto de 2015, vamos lá?
PALAVRAS DO PROFESSOR
Após analisar o vídeo, suas concepções de uso das tecnologias mudaram ou permanecem as mesmas? 
Você é a favor da escola que utiliza a prática com tecnologias ou daquelas que abominam o uso? Ou atuar 
de forma híbrida é o ideal, visto que não podemos deixar de discutir e deixar de usá-las, já que vivemos 
em uma imersão tecnológica? Tais informações nos deixam em profundas reflexões! Não é? Mas se faz 
necessário refletirmos em nossas práticas educacionais! A escola precisa “abraçar” o que a sociedade 
já tem e apontar indicativos de seu uso, do contrário qual será a objetividade da escola? Que tal agora 
discutirmos sobre as redes e mídias sociais a favor de uma colaboração entre os sujeitos!? Elas também 
poderão ser usadas como métodos e técnicas de ensino? Vamos discutir?
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Redes e Mídias Sociais a favor da educação? 
E por falarmos tanto em tecnologias digitais e cibercultura, por que não falarmos em redes e mídias so-
ciais? Que tal já trazermos o olhar de Recuero (2009) a respeito dos sites de redes sociais?
Sites de redes sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria dos 
sistemas focados em expor e publicar as redes sociais dos atores. São sites cujo foco prin-
cipal está na exposição pública das redes conectadas aos atores, ou seja, cuja finalidade 
está relacionada à publicização dessas redes. É o caso do Orkut, do Facebook, do Linkedin e 
vários outros. (RECUERO, 2009, p.102,). 
VOCÊ SABIA?
Você já deve ter publicado algo em sua rede social e que foi compartilhado por al-
guém de sua rede! Correto? Caso você não tenha vivenciado está situação poderá estar 
deixando de usufruir de uma das grandes ferramentas de colaboração em rede! Você 
sabia? 
Hoje vivemos em uma era do compartilhar ideias e experiências e o uso da web 2.0 favoreceu muito com 
isso, quebrando os paradigmas e pilares da educação que sempre tivemos de forma informacional, no 
qual apenas os professores tinham apenas a voz! Atualmente, com os recursos da web 2.0 provocam-se 
nos/as alunos/as autonomias e favorecem a colaboração entre os pares e o impacto é inevitável nas prá-
ticas educativas. Inclusive, os sistemas compartilhados na Web, essencialmente eles são caracterizados 
pelas possibilidades de participação e intervenção dos sujeitos, possibilitando a interação de muitos-
-para-muitos, que constituem a base do conceito da web 2.0. E suas aplicações são aquelas que utilizam 
as possibilidades desta plataforma criando efeitos na rede através de uma “arquitetura de participação”, 
potencializando os processos de autoria individual e coletiva (O’REILLY, 2007).
Fonte: http://www.solution-one.net/wpweb/?page_id=493 
???
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PALAVRAS DO PROFESSOR
Meu caro(a) estudante, você deve ter percebido o quanto a web 2.0 provoca a autonomia nos sujeitos 
que atuam na rede e deve ter feito uma reflexão em sua prática educacional! Portanto, os professores 
que utilizam as práticas educacionais centradas no professor ainda estão por se caracterizar de forma 
significativa? Não! 
Com estas autonomias provocadas pela web 2.0 devemos pensar na nossa prática educacional com foco 
no aluno/a de modo a construir significados! 
Você já teve algum caso exitoso com uso de tecnologias em sua vida? Esperamos que sim! Na sua refle-
xão você já parou para pensar que tais tecnologias enquanto ferramenta pedagógica na prática docente 
poderá construir significados de modo a provocar autonomia entre os sujeitos? Mas, o que muda no papel 
do professor? Estaríamos atendendo as demandas sociais? Estes questionamentos nos faz refletir sobre 
a nossa prática docente no sentido: 
1) Quais sujeitos queremos formar? 
2) Qual a melhor estratégia podemos adotar com o uso das tecnologias a favor da mediação pedagógica?
Como podemos perceber, muito temos o que se discutir ainda sobre o uso das tecnologias a favor da 
construção de saberes e estreitarmos os laços entre a escola e o uso das tecnologias! Mas, a tarefa não 
é fácil e para piorar ainda mais a situação, alguns estados e municípios aderem leis que proíbem o uso 
das tecnologias em salas de aulas. Mesmo com algumas ressalvas do tipo que poderá ter o uso para fins 
didáticos, muitas escolas não abraçam a ideia!
GUARDE ESSA IDEIA!
Apesar destes contrastes que ainda nos deparamos com relação ao uso das tecnologias 
nas práticas educativas, temos a certeza que um bom planejamento de seu uso tornará 
um salto na qualidade educacional, ao ser pensada como instrumento de mediação 
pedagógica com intervenções dos professores que estarão mediando o processo! Mas, 
para isso, devemos ter um olhar bastante crítico para que no planejamento se tenha 
objetividade a partir de seu uso!
E agora, que tal discutirmos sobre a Educação a Distância enquanto modalidade de ensino assim como 
estratégia de formação quanto ao método e técnica de ensino? Vamos lá!? 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) E EDUCAÇÃO ONLINE (EOL): O QUE SE APROXI-
MA E O QUE SE DISTANCIA? 
O que você entende por Educação a Distância (EaD)? E o que você entende por Educação Online (EOL)? An-
tes deste curso, você já teve alguma experiência anterior? Não? Que tal discutirmos sobre as temáticas? 
Se você parar para pensar um pouco a modalidade sempre existiu e estaremos em breve discutindo-as! 
Mas de antemão, concordamos com Maia e Mattar (2007, p.6) ao afirmar que a EaD pode ser considerada 
como “uma modalidade de educação em que professores e educandos estão separados, planejada por 
instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação”.
8
PALAVRAS DO PROFESSOR
Não podemos afirmar que existe apenas um modelo de EaD e este ser único e verdadeiro! Até por que 
existem desenhos didáticos e realidades diferentes! Mas, não podemos deixar de enfatizar que: 
O crescimento dessa modalidade de ensino no nosso país é um fato. Vai além de uma ini-
ciativa apenas de âmbito municipal, estadual ou nacional, pois está orientada por políticas 
mundiais. Diante dessa realidade temos que nos inserir com competência técnica e crítica 
nesse processo, e para isso precisamos capacitar os profissionais que se voltam para essa 
modalidade de educação. (DIAS e LEITE, 2010, p. 08).
Você deve ter percebido que existem peculiaridades na modalidade à distância quanto à questão do pla-
nejamento e desenho do curso, assim como papeis de sujeitos que antes tinham significados diferentes 
deverão ser repensados, sobretudo nesta modalidade. Se o desenho do curso contempla propostas de de-
senhos didáticos interativos, logo, alunos/as estarão sendo mediados nos espaços virtuais como autores 
e autônomos, do contrário estaremos reproduzindo conhecimentos de forma muito mais bancária.
A partir do que discutimos até agora sobre EaD o que poderemos pensar enquanto métodos e técnicas 
de ensino? Será que a EaD favorece ainda mais tais métodos de modo a garantir autonomia, autoria e 
colaboração? Antes de responder a estes questionamentos, que tal discutirmos sobre as ferramentas que 
são inerentes as práticas de EaD? 
Caro(a) aluno(a),

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