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NR 10

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS 
REGULAMENTADORAS
2 
 
LEGENDA 
 
• IMPORTANTE – Negrito; 
• EXCEÇÕES e VEDAÇÕES – Vermelho; 
• PRAZOS E QUÓRUNS – Verde
3 
 
NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM 
ELETRICIDADE 
 
*Publicação D.O.U. 
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 
 
Alterações/Atualizações D.O.U. 
SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 
Portaria MTE n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 
Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016 
Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 
(Texto dado pela Portaria MTE n.º 598, de 07 de dezembro de 2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
10.1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 
10.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições 
mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta 
ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 
 
10.1.2. Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, 
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das 
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, 
observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, 
na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. 
 
 
10.2. MEDIDAS DE CONTROLE 
10.2.1. Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas 
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, 
mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no 
trabalho. 
 
10.2.2. As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da 
empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do 
trabalho. 
 
10.2.3. As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das 
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de 
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. 
 
10.2.4. Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e 
manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 
10.2.3, no mínimo: 
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança 
e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle 
existentes; 
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas 
atmosféricas e aterramentos elétricos; 
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, 
aplicáveis conforme determina esta NR; 
 d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, 
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 
5 
 
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de 
proteção individual e coletiva; 
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, 
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 
 
10.2.5. As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do 
sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 
e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados: 
a) descrição dos procedimentos para emergências; 
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 
 
10.2.5.1. As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de 
Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 
10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5. 
 
10.2.6. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido 
atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, 
devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e 
serviços em eletricidade. 
 
10.2.7. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem 
ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 
 
 
10.2.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA 
10.2.8.1. Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser 
previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, 
mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir 
a segurança e a saúde dos trabalhadores. 
 
10.2.8.2. As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a 
desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o 
emprego de tensão de segurança. 
 
10.2.8.2.1. Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., 
devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das 
6 
 
partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento 
automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. 
 
10.2.8.3. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme 
regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve 
atender às Normas Internacionais vigentes. 
 
 
10.2.9. MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
10.2.9.1. Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção 
coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, 
devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados 
às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. 
 
10.2.9.2. As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo 
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. 
 
10.2.9.3. É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas 
ou em suas proximidades. 
 
 
10.3. SEGURANÇA EM PROJETOS 
10.3.1. É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem 
dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento 
de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição 
operativa. 
 
10.3.2. O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de 
dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de 
impedimento de reenergização do circuito. 
 
10.3.3. O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto 
ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, 
quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção. 
 
10.3.3.1. Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, 
sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados 
7 
 
separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir 
compartilhamento, respeitadas as definições de projetos. 
 
10.3.4. O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a 
obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a 
conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. 
 
10.3.5. Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados 
dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização 
e aterramento do circuito seccionado. 
 
10.3.6. Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento 
temporário. 
 
10.3.7. O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores 
autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela 
empresa e deve ser mantido atualizado. 
 
10.3.8. O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras 
de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, 
e ser assinado por profissional legalmente habilitado. 
 
10.3.9. O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens 
de segurança:a) especificação das características relativas à proteção 
contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; 
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - 
“D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado); 
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, 
incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos 
condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações 
devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; 
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos 
componentes das instalações; 
e) precauções aplicáveis em face das influências externas; 
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, 
destinados à segurança das pessoas; 
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação 
elétrica. 
8 
 
 
10.3.10. Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos 
trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo 
com a NR 17 - Ergonomia. 
 
 
10.4. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 
10.4.1. As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, 
reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança 
e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional 
autorizado, conforme dispõe esta NR. 
 
10.4.2. Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas 
preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a 
altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, 
poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança. 
 
10.4.3. Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e 
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-
se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as 
influências externas. 
 
10.4.3.1. Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento 
elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e 
testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos 
fabricantes. 
 
10.4.4. As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de 
funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados 
periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de 
projetos. 
 
10.4.4.1. Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de 
equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo 
expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer 
objetos. 
 
10.4.5. Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador 
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - 
9 
 
Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a 
realização das tarefas. 
 
10.4.6. Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de 
instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 
10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de 
qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR. 
 
 
10.5. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 
10.5.1. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas 
liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a 
sequência abaixo: 
a) seccionamento; 
b) impedimento de reenergização; 
c) constatação da ausência de tensão; 
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores 
dos circuitos; 
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II); 
(Alterada pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização. 
 
10.5.2. O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização 
para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de 
procedimentos abaixo: 
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; 
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo 
de reenergização; 
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções 
adicionais; 
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; 
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. 
 
10.5.3. As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 
podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das 
peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e 
mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o 
mesmo nível de segurança originalmente preconizado. 
10 
 
 
10.5.4. Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com 
possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que 
estabelece o disposto no item 10.6. 
 
 
10.6. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 
10.6.1. As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 
Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente 
podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 
desta Norma. 
 
10.6.1.1. Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de 
segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, 
carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo III desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.6.1.2. As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, 
realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito 
estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por 
qualquer pessoa não advertida. 
 
10.6.2. Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados 
mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo II. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.6.3. Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser 
suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os 
trabalhadores em perigo. 
 
10.6.4. Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada 
em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser 
previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos 
desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho. 
 
10.6.5. O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando 
verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização 
imediata não seja possível. 
 
11 
 
 
10.7. TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) 
10.7.1. Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com 
alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como 
zonas controladas e de risco, conforme Anexo II, devem atender ao disposto no item 
10.8 desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.7.2. Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de 
segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas 
proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações 
estabelecidas no Anexo III desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.7.3. Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles 
executados no Sistema Elétrico de Potência - SEP, não podem ser realizados 
individualmente. 
 
10.7.4. Todo trabalhoem instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas 
que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço 
específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. 
 
10.7.5. Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior 
imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma 
avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de 
forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança 
em eletricidade aplicáveis ao serviço. 
 
10.7.6. Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser 
realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por 
profissional autorizado. 
 
10.7.7. A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites 
estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo II desta NR, somente pode ser 
realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos 
e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
12 
 
10.7.7.1. Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com 
identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho 
específico padronizado. 
 
10.7.8. Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com 
materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a 
testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as 
especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, 
anualmente. 
 
10.7.9. Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como 
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita 
a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de 
operação durante a realização do serviço. 
 
 
10.8. HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS 
TRABALHADORES 
10.8.1. É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de 
curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 
 
10.8.2. É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente 
qualificado e com registro no competente conselho de classe. 
 
10.8.3. É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes 
condições, simultaneamente: 
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e 
autorizado; e 
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. 
 
10.8.3.1. A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas 
condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela 
capacitação. 
 
10.8.4. São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados 
e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa. 
 
13 
 
10.8.5. A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer 
tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item 
10.8.4. 
 
10.8.6. Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter 
essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa. 
 
10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser 
submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, 
realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico. 
 
10.8.8. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir 
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as 
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com 
o estabelecido no Anexo III desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.8.8.1. A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores 
capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado 
com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do Anexo III 
desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.8.8.2. Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que 
ocorrer alguma das situações a seguir: 
a) troca de função ou mudança de empresa; 
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três 
meses; 
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, 
processos e organização do trabalho. 
 
10.8.8.3. A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem 
destinados ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as 
necessidades da situação que o motivou. 
 
10.8.8.4. Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento 
especifico de acordo com risco envolvido. 
 
14 
 
10.8.9. Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas 
desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define 
esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam 
identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. 
 
 
10.9. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO 
10.9.1. As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser 
dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 - Proteção 
Contra Incêndios. 
 
10.9.2. Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à 
aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente 
explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema 
Brasileiro de Certificação. 
 
10.9.3. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular 
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga 
elétrica. 
 
10.9.4. Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado 
de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como 
alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, 
falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 
 
10.9.5. Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão 
ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme 
estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação 
da área. 
 
 
10.10. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
10.10.1. Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização 
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao 
disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as 
situações a seguir: 
a) identificação de circuitos elétricos; 
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; 
c) restrições e impedimentos de acesso; 
15 
 
d) delimitações de áreas; 
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação 
de cargas; 
f) sinalização de impedimento de energização; 
g) identificação de equipamento ou circuito impedido. 
 
 
10.11. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 
10.11.1. Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em 
conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com 
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que 
atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR. 
 
10.11.2. Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de 
serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o 
tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem 
adotados. 
 
10.11.3. Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de 
aplicação, base técnica,competências e responsabilidades, disposições gerais, 
medidas de controle e orientações finais. 
 
10.11.4. Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a 
autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de 
desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho - SESMT, quando houver. 
 
10.11.5. A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o 
treinamento ministrado, previsto no Anexo III desta NR. 
(Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) 
 
10.11.6. Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de 
exercer a supervisão e condução dos trabalhos. 
 
10.11.7. Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o 
responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar 
e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender 
16 
 
os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao 
serviço. 
 
10.11.8. A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas 
e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a 
saúde no trabalho. 
 
 
10.12. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA 
10.12.1. As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com 
eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa. 
 
10.12.2. Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e 
prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação 
cardiorrespiratória. 
 
10.12.3. A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às 
suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação. 
 
10.12.4. Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar 
equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações 
elétricas. 
 
 
10.13. RESPONSABILIDADES 
10.13.1. As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos 
contratantes e contratados envolvidos. 
(Revogado pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019) 
 
10.13.2. É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores 
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos 
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. 
 
10.13.3. Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo 
instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e 
corretivas. 
 
17 
 
10.13.4. Cabe aos trabalhadores: 
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas 
por suas ações ou omissões no trabalho; 
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais 
e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e 
saúde; e 
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que 
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. 
 
10.14. DISPOSIÇÕES FINAIS 
10.14.1. Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de 
recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua 
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu 
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. 
(Revogado pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019) 
 
10.14.2. As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por 
outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, 
denúncia aos órgãos competentes. 
 
10.14.3. Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE 
adotará as providências estabelecidas na NR-03. 
 
10.14.4. A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição 
dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as 
abrangências, limitações e interferências nas tarefas. 
 
10.14.5. A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição 
das autoridades competentes. 
(Revogado pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019) 
 
10.14.6. Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra baixa 
tensão. 
 
 
 
 
 
18 
 
GLOSSÁRIO 
 
1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts 
em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
 
2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. 
 
3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada 
intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente 
durante a intervenção na instalação elétrica. 
 
4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias 
inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a 
combustão se propaga. 
 
5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts 
em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 
volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
 
6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das 
instalações elétricas. 
 
7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma 
atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua 
segurança e saúde ou de outras pessoas. 
 
8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou 
móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos 
trabalhadores, usuários e terceiros. 
 
9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou 
barreira. 
 
10. Extra Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 
120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
 
19 
 
11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção 
de medidas de proteção para segurança das pessoas e desempenho dos componentes 
da instalação. 
 
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com 
características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma 
parte determinada de um sistema elétrico. 
 
13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de 
segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados 
desde o início até o final dos trabalhos e liberação para uso. 
 
14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do 
circuito através de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos 
trabalhadores envolvidos nos serviços. 
 
15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato 
com partes internas. 
 
16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, 
por interposição de materiais isolantes. 
 
17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato 
direto por ação deliberada. 
 
18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou 
dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. 
 
19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar 
os perigos da eletricidade. 
 
20. Procedimento: sequência de operações a serem desenvolvidas para realização de 
um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de 
segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização. 
 
21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de 
informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores. 
 
20 
 
22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à 
saúde das pessoas. 
 
23. Riscos Adicionais:todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, 
específicos de cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, 
possam afetar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e 
advertir. 
 
25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a 
atingir um determinado objetivo. 
 
26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos 
destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, 
inclusive. 
 
27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança. 
 
28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na 
zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões 
condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. 
 
29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de 
manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não 
autorizada. 
 
30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível 
inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, 
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas 
e instrumentos apropriados de trabalho. 
 
31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, 
de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é 
permitida a profissionais autorizados. 
 
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21 
 
ANEXO II 
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA 
 
Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. 
 
Faixa de 
tensão 
Nominal da 
instalação 
elétrica em 
kV 
Rr - Raio de 
delimitação 
entre zona de
 risco e 
controlada 
em metros 
Rc - Raio de 
delimitação 
entre zona 
controlada e 
livre em 
metros 
<1 0,20 0,70 
1 e <3 0,22 1,22 
3 e <6 0,25 1,25 
6 e <10 0,35 1,35 
10 e <15 0,38 1,38 
15 e <20 0,40 1,40 
20 e <30 0,56 1,56 
30 e <36 0,58 1,58 
36 e <45 0,63 1,63 
45 e <60 0,83 1,83 
60 e <70 0,90 1,90 
70 e <110 1,00 2,00 
110 e <132 1,10 3,10 
132 e <150 1,20 3,20 
150 e <220 1,60 3,60 
220 e <275 1,80 3,80 
275 e <380 2,50 4,50 
380 e <480 3,20 5,20 
480 e <700 5,20 7,20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
 
Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada 
e livre 
 
 
 
Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada 
e livre, com interposição de superfície de separação física adequada. 
 
ZL = Zona livre 
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. 
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, 
instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. 
PE = Ponto da instalação energizado. 
SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos 
dispositivos de segurança. 
ZL 
Rc ZCP 
ZR 
PE 
Rr 
ZL 
Rc 
ZL 
ZC 
ZR 
PE 
Rr 
SI 
 
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23 
 
ANEXO III 
TREINAMENTO 
 
1. CURSO BÁSICO - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM 
ELETRICIDADE 
 
I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima - 40h. Programação 
Mínima: 
1. introdução à segurança com eletricidade. 
 
2. riscos em instalações e serviços com eletricidade: 
a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; 
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; 
c) campos eletromagnéticos. 
 
3. Técnicas de Análise de Risco. 
 
4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: 
a) desenergização. 
b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário; 
c) equipotencialização; 
d) seccionamento automático da alimentação; 
e) dispositivos a corrente de fuga; 
f) extra baixa tensão; 
g) barreiras e invólucros; 
h) bloqueios e impedimentos; 
i) obstáculos e anteparos; 
j) isolamento das partes vivas; 
k) isolação dupla ou reforçada; 
l) colocação fora de alcance; 
m) separação elétrica. 
 
5. Normas Técnicas Brasileiras - NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras; 
 
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24 
 
 
6. Regulamentações do MTE: 
a) NRs; 
b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade); 
c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização. 
 
7. Equipamentos de proteção coletiva. 
 
8. Equipamentos de proteção individual. 
 
9. Rotinas de trabalho - Procedimentos. 
a) instalações desenergizadas; 
b) liberação para serviços; 
c) sinalização; 
d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento; 
 
10. Documentação de instalações elétricas. 
 
11. Riscos adicionais: 
a) altura; 
b) ambientes confinados; 
c) áreas classificadas; 
d) umidade; 
e) condições atmosféricas. 
 
12. Proteção e combate a incêndios: 
a) noções básicas; 
b) medidas preventivas; 
c) métodos de extinção; 
d) prática; 
 
13. Acidentes de origem elétrica: 
 
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25 
 
a) causas diretas e indiretas; 
b) discussão de casos; 
 
14. Primeiros socorros: 
a) noções sobre lesões; 
b) priorização do atendimento; 
c) aplicação de respiração artificial; 
d) massagem cardíaca; 
e) técnicas para remoção e transporte de acidentados; 
f) práticas. 
 
15. Responsabilidades. 
 
 
2. CURSO COMPLEMENTAR - SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA 
(SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES 
 
É pré-requisito para frequentar este curso complementar, ter participado, com 
aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. 
 
Carga horária mínima - 40h. 
 
(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as 
condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de 
tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, 
sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. 
 
I - Programação Mínima: 
1. Organização do Sistema Elétrico de Potência - SEP. 
 
2. Organização do trabalho: 
a) programação e planejamento dos serviços; 
b) trabalho em equipe; 
c) prontuário e cadastro das instalações; 
 
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NORMAS REGULAMENTADORAS – NR 10 
 
26 
 
d) métodos de trabalho; e 
e) comunicação. 
 
3. Aspectos comportamentais. 
 
4. Condições impeditivas para serviços. 
 
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*): 
a) proximidade e contatos com partes energizadas; 
b) indução; 
c) descargas atmosféricas; 
d) estática; 
e) campos elétricos e magnéticos; 
f) comunicação e identificação; e 
g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais. 
 
6. Técnicas de análise de Risco no SEP (*) 
 
7. Procedimentos de trabalho - análise e discussão. (*) 
 
8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*) 
a) em linha viva; 
b) ao potencial; 
c) em áreas internas; 
d) trabalho a distância; 
e) trabalhos noturnos; e 
f) ambientes subterrâneos. 
 
9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, 
ensaios) (*). 
 
10. Sistemas de proteção coletiva (*). 
 
 
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27 
 
11. Equipamentos de proteção individual (*). 
 
12. Posturas e vestuários de trabalho (*). 
 
13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos (*). 
 
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho (*). 
 
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*). 
 
16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados 
(*). 
 
17. Acidentes típicos (*) - Análise, discussão, medidas de proteção. 
 
18. Responsabilidades (*).

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